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29 maio
StableLM é um concorrente de código aberto para o ChatGPT

Escola de tecnologia aplicada

Feito pela mesma empresa que criou o gerador de imagens Stable Diffusion, modelo de linguagem promete resultados similares ao do GPT-3 com mais eficiência

A Stability AI ficou famosa nos últimos meses com o Stable Diffusion, modelo de geração de imagens com inteligência artificial. Agora, ela vai partir para o campo da escrita. A empresa anunciou uma alternativa ao ChatGPT chamada StableLM, com código aberto.

Demonstração do StableLM
Demonstração do StableLM (Imagem: Giovanni Santa Rosa/Tecnoblog)

O StableLM gera texto prevendo qual o próximo token, como é chamado o fragmento de palavra. A sequência começa com uma informação fornecida por um ser humano.

O funcionamento é bem parecido com o GPT-4, modelo grande de linguagem (LLM, na sigla em inglês) que serve de base para o ChatGPT.

“Modelos de linguagem formarão a espinha dorsal da nossa economia digital, e queremos que todo mundo possa opinar nesses projetos”, diz a Stability AI no blog post anunciando a novidade. “Modelos como o StableLM demonstram nosso compromisso com tecnologias de inteligência artificial transparentes, acessíveis e solidárias.”

StableLM promete ser mais eficiente

Por enquanto, o StableLM está em fase alpha. Ele foi disponibilizado no GitHub, nos tamanhos de 3 bilhões e 7 bilhões de parâmetros. A Stability AI promete que os modelos de 15 bilhões e 65 bilhões de parâmetros serão liberados em breve.

Os parâmetros são variáveis que um modelo usa para aprender a partir dos dados de treinamento. Números menores significam que os modelos podem ser mais eficientes, podendo rodar localmente em notebooks ou smartphones.

Por outro lado, eles precisam de projetos mais elaborados para conseguir entregar bons resultados usando menos recursos.

O StableLM é mais um dos modelos grandes de linguagem a prometer desempenho próximo ao do GPT-3, da OpenAI, com número menor de parâmetros — o GPT-3 usa 175 bilhões.

Outros são o LLaMA, da Meta; o Alpaca, de Stanford; o Dolly 2.0; e o Cerebras-GPT.

Os modelos foram disponibilizados sob a licença Creative Commons BY-SA-4.0. Isso significa que projetos derivados devem dar créditos ao autor original e ser compartilhados usando a mesma licença.

Por enquanto, é possível testar uma versão do modelo de 7 bilhões de parâmetros já customizada para chatbots no Hugging Face.

Publicado por TecnoBlog

25 maio
O que é ESG: conceito e como aplicá-lo aos negócios

Escola de negócios e gestão

Grandes empresas e economistas do mundo todo já reconhecem como imprescindível a sustentabilidade dos negócios, que devem se comprometer tanto com o meio ambiente, quanto com a sociedade. Neste contexto, o conjunto de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) ou traduzindo, Ambiental, Social e Governança (ASG), ganha cada vez mais força no mundo dos negócios.

Neste artigo nós vamos te explicar os detalhes do conceito e como aplicá-lo ao seu negócio. Continue a leitura.

O que é ESG?

A sigla em inglês ESG representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (Environmental, Social and Governance) nas empresas. O objetivo de tal compromisso é mais do que apenas evitar a deterioração dos recursos naturais. É também combater a ausência de práticas corporativas voltadas para as políticas sociais e a falta de uma gestão íntegra.

ESG é mais que uma política de compensação, é uma estratégia sólida que deve ser planejada e incorporada em todas as ações da empresa. Por isso, entender como o ESG é importante para a sua empresa é fundamental para que ela possa se desenvolver.

Como surgiu o conceito de ESG?

A sigla ESG surgiu pela primeira vez em 2004, em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado  “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”, em tradução livre). Com 20 instituições financeiras, de nove países, o documento foi criado para estabelecer diretrizes que incluíssem as questões ambientais, sociais e de governança para o mercado financeiro.

Além disso, o relatório apontou que empresas que se preocupam com esses três valores podem, além de trazer benefícios para a sociedade, agregar valor aos negócios, visto que tais princípios são cada vez mais primordiais para o investidor moderno.

Apesar do seu início no mercado de investimentos, o conceito de ESG foi, ao longo dos anos, ganhando notoriedade em outros setores da economia. Em 2015, o movimento ganhou ainda mais força com Agenda 2030 da ONU e o Acordo de Paris. Ambos focados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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Posteriormente, em agosto de 2019, o Business Roundtable, grupo empresarial que reúne os líderes das maiores companhias norte-americanas, divulgou uma carta rompendo com a ideia de que os negócios existem apenas para dar retorno aos acionistas.

Em 2020, com a pandemia de Covid-19, ficou ainda mais evidente a necessidade de uma agenda de desenvolvimento consciente. Para reforçar este contexto, o Fórum Econômico Mundial lançou na Reunião Anual de 2020 em Davos, um guia de métricas com bases no valores de ESG. Prática novamente reforçada no encontro de janeiro de 2021.

Os três pilares de ESG

#1 Ambiental (Environmental)

São as ações da empresa voltadas para o meio ambiente, que envolvem comportamentos relacionados ao consumo dos recursos naturais do planeta, emissão de carbono e outros gases poluentes, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição do ar e da água etc.

Pode parecer um pilar distante para empresas que não estão ligadas diretamente à emissão de gases poluentes, por exemplo, no entanto, ao ignorar pontos importantes como reciclagem ou descarte de resíduos danosos ao meio ambiente, como aparelhos tecnológicos, a sua empresa está falhando neste pilar.

#2 Social (Social)

Leva em conta como a organização lida com fatores sociais como: inclusão e diversidade, relações de trabalho com colaboradores, clientes, fornecedores, direitos humanos, relações com as comunidades, entre outros.

Este pilar do ESG tem se tornado cada vez mais importante, tanto na nossa sociedade como também dentro das organizações, já que, cada vez mais, investidores estão apoiando empresas que estão prezando pelo bem – mental e físico – dos colaboradores.

Dessa forma, contar com ferramentas e metodologias capazes de gerar uma gestão de talentos mais conectada se faz necessário e fundamental para empresas de todos os portes.

#3 Governança (Governance)

Este pilar do ESG avalia as esferas administrativas e de gestão da empresa, considerando a independência e diversidade do conselho, política de remuneração dos altos cargos, transparência e ética da instituição.

Além disso, esse pilar também é responsável por trabalhar na proteção de dados e privacidade das informações dos colaboradores, garantindo segurança e integridade aos dados deles.

Dessa forma, este pilar busca atender diferentes esferas da empresa – colaboradores, acionistas e clientes – garantindo as melhores práticas para que nenhuma das partes seja prejudicada.

Agenda de 2030: objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU

ESG para a sua empresa: importância das práticas e seus benefícios

A pandemia escancarou o que muitos de nós já imaginávamos: é preciso repensar a forma como lidamos com o mundo ao nosso redor. Os nossos recursos naturais são limitados, pessoas são o que movem a engrenagem do sistema e bons valores perduram.

Com isso, as relações de consumo, que já estão há bastante tempo em constante mudança, dão mais uma volta. O cidadão moderno está mais do que nunca preocupado com os impactos no planeta, o uso de recursos naturais, a igualdade de gênero, a inclusão, a diversidade, entre diversos outros pontos.

Não levar as normas de ESG em consideração causa um reflexo negativo aos negócios, gerando uma insatisfação dos clientes, parceiros e colaboradores, que cada vez mais consideram e exigem das empresas um compromisso com esses valores.

Dessa forma, é essencial entender a importância das práticas de ESG e de cada pilar que a sustenta para gerar mais valor aos negócios.

1. Impacto nos investimentos

Uma pesquisa da Deloitte mostrou que 75% dos investidores globais aplicaram os indicadores ESG em pelo menos um quarto dos seus investimentos totais. A lista é crescente e os investidores estão cientes de que todas essas questões influenciam no valor de mercado e na avaliação de uma empresa.

2. Impacto nos consumidores

E os consumidores do varejo também parecem concordar. De acordo com o Centro para Negócios Sustentáveis da Universidade de Nova York, a preferência do consumidor é por produtos mais sustentáveis em todas as categorias. 

Ou seja, na hora de escolher um chocolate, por exemplo, o consumidor moderno vai muito além do sabor. Ele leva em consideração toda a fabricação do chocolate, desde a agricultura do cacau, passando pela qualidade de vida do produtor, o impacto ambiental da produção e se há ou não trabalho escravo ou infantil no processo.

3. Impacto nos trabalhadores

Os trabalhadores também querem que suas companhias tenham responsabilidade social em suas decisões a curto e longo prazo. Além disso, colaboradores satisfeitos possuem o dobro de chances de permanecer em uma empresa por pelo menos cinco anos, comparados àqueles que trabalham apenas pelo pagamento.

A lealdade de um funcionário é um grande benefício para empresa, já que reduz os custos de contratação, mantém colaboradores mais alinhados às estratégias do negócio e fortalece a memória institucional.

Ou seja, o ESG altera fundamentalmente a maneira como as empresas trabalham com clientes, funcionários, fornecedores, comunidades e governos locais. É uma via de mão dupla na qual todas as partes envolvidas ganham.

Como aplicar ESG ao seu negócio?

Já vimos até aqui, percebemos que é imprescindível adotar práticas de ESG no seu negócio. Porém, não é uma tarefa simples incorporá-las no cotidiano da empresa. Para te ajudar a iniciar este processo, confira algumas dicas que separamos para você.

1. Defina uma estratégia de ESG

O primeiro passo é definir uma estratégia sólida para colocar em prática. Como qualquer metodologia de gestão, ESG envolve um processo de melhoria contínua.

Para desenvolver um bom planejamento de ESG é possível utilizar alguma ferramenta como PDCA, 5W2H, Análise SWOT para listar as estratégias e como elas serão aplicadas.

Confira algumas das boas práticas de ESG com base nos seus três pilares:

Boas Práticas Ambientais

  • Investir no uso de energias renováveis, como solar, eólica etc.
  • Reduzir significativamente ou zerar emissões de gases de efeito estufa;
  • Diminuir a geração de resíduos sólidos;
  • Criar um plano de gerenciamento de resíduos (reciclagem, descarte adequado);
  • Evitar a poluição das águas pelo descarte de substâncias tóxicas;
  • Respeito à biodiversidade;
  • Adoção de medidas de prevenção a desastres e gestão de riscos.

Boas Práticas Sociais

  • Tenha políticas de inclusão e diversidade;
  • Promova o bem-estar no ambiente de trabalho;
  • Execute ações positivas para a comunidade local;
  • Contribua para projetos sociais desenvolvidos por esta comunidade;
  • Auxilie no desenvolvimento intelectual dos funcionários e colaboradores;

Boas Práticas de Governança

  • A empresa deve atuar com ética e transparência em todas as relações;
  • Garanta que os Conselhos e cargos de gestão sejam diversos e inclusivos;
  • Esteja em consonância com a legislação em todas as esferas do seu negócio;
  • Elabore ações de combate à corrupção.

Cuidado com Greenwashing!

A prática de Greenwashing quando a empresa diz estar adotando políticas sustentáveis, porém, na realidade, não está. É ter um discurso diferente da prática. Algo incompatível com os princípios de ESG. Já que alguns dos principais pontos é a transparência da gestão, mostrando as ações da empresa para este contexto.

Além de questionar os impactos ambientais e uma possível campanha de boicote à empresa, o consumidor está resguardado pelo Código de Defesa do consumidor, que prevê a prática como propaganda enganosa.

2. Defina a estruturação dos Dados

Há uma grande variedade de estruturas de relatórios, padrões e diretrizes para avaliar as ações e impactos da sua empresa relacionadas às métricas de ESG. Ou seja, não existe uma abordagem única para todos os tipos de negócio. E é preciso que seu planejamento e estruturação de dados sejam feitos de acordo com as necessidades da sua organização.

3. Análise e aprimoramento contínuo

A implementação das práticas de ESG no seu negócio não é algo pontual, a ser realizado apenas uma vez. É preciso um esforço contínuo para manter a atividade empresarial pautada dentro de tais princípios.

Dessa forma, é preciso manter sempre ativa a pauta, com análises constantes e aprimoramentos das ações para alcançar a excelência neste modelo de gestão.

4.Tenha a sustentabilidade como modelo de negócio

A sustentabilidade nos pilares de ESG não deve ser algo independente da sua estratégia de negócio. Ela deve ser a sua estratégia de negócio. É muito importante que todos os passos futuros da empresa sejam pensados com base neste cenário.

5.Forme um conselho de ESG

Por fim, mas bem menos importante, crie internamente uma área especializada para debater, planejar, executar e analisar todos os processos de ESG na sua empresa.

A inserção de um modelo de gestão mais sustentável é uma tarefa árdua, mas extremamente compensatória às empresas que optam por incorporá-lo. Um futuro sustentável é o único futuro possível para os negócios.

Por isso, comece a implementar as práticas de ESG o quanto antes. Não há mais volta para o antigo modelo de negócios. Comece a plantar boas ações para colher seus bons resultados.

Publicado por Blog Siteware

24 maio
Advogado cria petição no ChatGPT e leva multa do TSE

Escola de direito aplicado

Um advogado protocolou uma petição redigida pelo ChatGPT e acabou multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, condenou o profissional a pagar R$ 2,4 mil em até 30 dias por agir de má-fé ao usar a inteligência artificial para fazer seu trabalho.

O advogado teria usado a inteligência artificial para tentar ser admitido no processo que analisa a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma reunião de 2022, em que ele teria atacado o sistema eleitoral brasileiro.

O profissional, que não seria ligado a nenhuma parte da investigação, apresentou ao TSE argumentos preparados pelo ChatGPT na tentativa de participar como amicus curiae (“amigo da Corte”) — pessoa interessada em contribuir com esclarecimentos para o julgamento de uma causa.

Na avaliação da petição, o ministro Gonçalves disse que o advogado enviou uma “fábula” para o tribunal. “Causa espécie que o instituto [amicus curiae], que exige que o terceiro demonstre ostentar representatividade adequada em temas específicos, tenha sido manejado por pessoa que afirma explicitamente não ter contribuição pessoal a dar e, assim, submete ao juízo uma fábula, resultante de conversa com uma inteligência artificial”, pontuou o corregedor.

Para o magistrado, o advogado entende que a petição era inadequada, considerando sua experiência na área jurídica.

Uso indevido de IA gera problemas

Desde o boom das IAs generativas, surgiram discussões acerca do uso das ferramentas para automatizar ou reproduzir trabalhos humanos — e, lógico, muitas questões éticas acerca disso. Um dos tópicos mais debatidos envolve a autoria de imagens geradas por máquina, afinal elas devem ser creditadas a quem: bot, usuário que inseriu o prompt ou ao artista cujo material serviu de inspiração?

22 maio
O que é a Web3?

Escola de tecnologia aplicada

Para analisar a evolução da internet, é possível dividir a história da Web em alguns estágios principais com base nas tecnologias e transformações aplicadas no período. É nesse contexto que surge o termo Web3, indicado para apontar uma nova fase entre as formas de conexão.

O que significa Web3?

A Web3 é um conjunto de tecnologias que representa um novo marco durante a evolução da internet. Tem como grande premissa a descentralização da Web, reforçada por conceitos como o blockchain e a tokenização digital, indo na contramão de um cenário em que dados e plataformas ficam concentradas em Big Techs.

O termo foi criado por Gavin Wood, fundador da plataforma de blockchain Ethereum, em 2014. Vale a pena ressaltar que o conceito é muito abstrato e, em algumas situações, ainda reside no campo teórico. Mas, antes de entender o que significa essa terceira etapa, é preciso definir o que veio antes.

Web1, Web2 e Web3

Esses termos foram usados para definir outras grandes evoluções no uso da internet. Não há um único ponto de partida que separa as épocas, mas pesquisadores analisam um conjunto de características semelhantes entre os períodos.

Web 1.0

O início da World Wide Web, entre o final da década de 1980 e a década de 1990, marca esse primeiro estágio. Os sites eram principalmente estáticos, limitados a textos, hiperlinks e poucas imagens.

Por conta dessas características, a Web1 limitou a experiência dos usuários somente à leitura, com poucas opções de interação e dificuldade para obter um site próprio.

Web 2.0

No início dos anos 2000, já era possível vivenciar a segunda evolução da internet: a Web 2.0 abria espaço para a interação entre usuários. Mensageiros instantâneos, espaços de comentários em sites e plataformas de blogs viabilizavam a criação de conteúdo próprio.

O grande salto veio com as redes sociais — as plataformas protagonizaram a experiência de ficar online e ampliaram as formas de produção (e monetização) de conteúdo. Enquanto a Web 1.0 se limitou à leitura, a etapa seguinte permitia ler e criar ao mesmo tempo.

Redes sociais são um expoente da Web 2.0 (Imagem: Reprodução/Pixabay)

Além disso, a Web 2.0 também representou a chegada da portabilidade e dos aplicativos. Com a opção de acessar a internet em qualquer dispositivo, foi possível desenvolver plataformas versáteis e que atendessem a diferentes demandas.

O resultado é a mudança nas formas convencionais de consumo: o pedido de comida por telefone foi substituído pelo app de delivery, o táxi deu espaço para o Uber e por aí vai.

Uma das principais consequências da “Web2” foi a centralização dos dados nas Big Techs. Meta, Amazon, Google e outras gigantes da tecnologia concentraram as informações dos usuários e mantiveram o controle dos hábitos na internet entre poucos produtos.

Web3

Se a Web2 centralizou o fluxo de dados entre grandes empresas, a Web3 surgiu para descentralizar esse processo. A ideia envolve usar tecnologias de blockchain para dar poder aos usuários e permitir que eles gerenciem os próprios dados.

De forma resumida, o blockchain pode armazenar as informações sobre a propriedade de um ativo digital e disponibilizar os registros publicamente. Assim, as pessoas não dependeriam dos servidores de uma grande empresa para acessar essa informação, enquanto toda a comunidade de usuários pode manter o registro ativo, sem a participação de empresas na intermediação.

“A Web3 elimina a necessidade de intermediários porque oferece a possibilidade de realizar transações seguras diretamente entre os usuários (peer-to-peer), por meio das novas tecnologias baseadas na blockchain, como os smart contracts”, explica a CEO da consultoria especializada em Web3 Go Digital Factory, Adriana Molha. “É a era da propriedade, da descentralização e das comunidades”, complementa a executiva.

O uso do blockchain é um dos aspectos mais importantes da Web3 (Imagem: envato/Prostock-studio)

Muitos dos conceitos da Web3 já são aplicados nos mercados de criptomoedas, tokens não fungíveis (NFT) e outros ativos digitais — por isso é muito difícil falar sobre um sem mencionar o outro. Esse estágio da web promete que todos poderão ler, criar e possuir alguma propriedade digital dentro da internet.

Adriana Molha reforça a importância do blockchain para essa função. “Ao mesmo tempo em que oferece a privacidade dos dados, também garante a propriedade do conteúdo produzido pelo usuário”, explica. “Em outras palavras, aquilo que é seu na Web3, é seu mesmo. Está registrado nestas redes descentralizadas chamadas Blockchains e não no servidor de alguma empresa”, prossegue.

Quais as principais características da Web3?

A Web3 possui alguns pilares principais:

  • Descentralização: cria independência de estruturas tradicionais da Web, órgãos governamentais, sistemas de bancos, entre outros casos. A ideia é usar a hospedagem em blockchain para criar uma estrutura livre e sem fronteiras;
  • Privacidade: permite que os usuários tenham mais controle sobre os próprios dados, em uma resposta à estratégia de uso de rastreadores e publicidade direcionada por redes sociais e outros sites;
  • Virtualização: amplia as possibilidades de ações no espaço virtual — o metaverso é um dos principais exemplos.

Web3 e Web 3.0 são a mesma coisa?

Aqui, a resposta fica um pouco mais complicada. Existem alguns teóricos que usam uma separação entre Web3.0 e Web3: nesse caso, a nomenclatura “3.0” representa alguns padrões de acesso a sites, enquanto a Web3 é usada para englobar todas as outras tecnologias.

Um conceito muito atribuído à Web 3.0 é o de web semântica, ou seja, uma padronização da internet que pode ser compreendida por humanos e máquinas. Isso muda a interpretação dos dados e permite que os algoritmos desenvolvam respostas e antecipem problemas.

Então, é comum que alguns pesquisadores usem o termo Web 3.0 para abordar a web semântica e Web3 para definir os processos de segurança e descentralização.

O metaverso tem a ver com isso tudo?

Quando o assunto é a criação de novas experiências para a internet, o metaverso é um exemplo mencionado com frequência. Apesar do espaço virtual não ser um conceito recente, ele pode ser combinado com as tecnologias da Web3 para aumentar sua popularidade.

Ativações com metaverso e realidade virtual podem expandir a comercialização de ativos digitais para esses espaços (Imagem: Reprodução/Freepik)

Esses dois temas se interligam quando envolvem token e ativos digitais. “O metaverso está inserido dentro do contexto da Web3 a partir do momento em que as transações nesse metaverso são feitas via tecnologia Blockchain”, reforça Adriana Molha.

“Quando é mencionado que a Web3 será uma web imersiva, podemos entender a proposta de metaverso como a interface possível para esta realização”, completa a executiva.

O que já é prática e o que ainda é teoria

A forma mais prática de entender o funcionamento da Web3 ainda envolve o uso de criptomoedas. Como essas tecnologias costumam ser operadas em blockchain, já é possível compreender as etapas dessa rede.

Alguns navegadores, como o Opera e o Brave, já adaptaram a própria interface para receber recursos voltados ao Web3, como uma carteira própria de criptomoedas.

Fora do mercado financeiro, o blockchain também é utilizado para proteger assinaturas digitais, por exemplo, além de adicionar camadas de criptografia no armazenamento em nuvem. Há, inclusive, um projeto de criação de sistema de blockchain nacional para uma moeda virtual desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, chamado Real Digital.

Por outro lado, ainda existem outros recursos que dão seus primeiros passos ou nem saíram do papel. O conceito de dApps, aplicativos criados em uma rede descentralizada e protegida por blockchain, pode ser uma resposta aos apps convencionais, mas ainda existem poucos modelos disponíveis.

Possíveis problemas

Ao mesmo tempo em que procura resolver problemas gerados pela Web 2.0, o Web3 também levanta alguns questionamentos sobre o próprio jeito de funcionar.

O primeiro envolve a capacidade de processamento de dados: a tecnologia de blockchain demora para concluir uma transação e não consegue operar com tantas informações ao mesmo tempo. Por isso, servidores de Google, Amazon e outras empresas são opções mais consolidadas e com maior poder de armazenamento.

Há, ainda, a questão ambiental de todo esse processo. O blockchain depende da mineração e da presença de supercomputadores, que geram problemas a partir do consumo de energia e da necessidade do espaço físico para comportá-los.

Os riscos com a privacidade também chamam a atenção: uma carteira de criptomoedas poderia armazenar todas as informações do usuário com gastos pessoais. Nesse caso, ainda não existem métodos para ocultar alguns dados de visitantes.

Fonte: Harvard Business ReviewThe New York Times

Publicado por Canaltech 

19 maio
Como atrair o consumidor na era da Economia da Atenção?

Escola de negócios e gestão

A Economia da Atenção coloca em pauta a quantidade excessiva de conteúdo e informações versus a escassez de tempo e a sensação de estar perdendo algo. Como medir tudo isso?

Nunca fomos tão bombardeados por conteúdo por todos os lados como na sociedade atual. Toda hora estamos sendo impactados com uma notificação no celular, na rede social, um novo email e por aí vai.

Estima-se que os usuários são expostos, em média, à exibição de 6 a 10 mil anúncios por dia, o que leva a uma fadiga publicitária. Esse fenômeno faz com que as campanhas sejam simplesmente ignoradas ou rejeitadas pelos consumidores, levando-os ao esquecimento da mensagem em poucos segundos.

(Foto: freepik)

Dessa forma, em uma sociedade cada vez mais distraída e dispersa, como ganhar a atenção da audiência? E mais: como medir os resultados de desempenho da campanha de forma assertiva e se destacar da concorrência?

O que é a Economia da Atenção?

O conceito da Economia da Atenção coloca em pauta a quantidade excessiva de conteúdo e informações com a qual os usuários são impactados atualmente versus a escassez de tempo e a sensação de que está sempre perdendo algo. É o chamado FOMO, sigla em inglês para “fear of missing out”.

Com esse dilema, a atenção do usuário torna-se o ativo mais valioso nos dias atuais, sendo alvo de disputa das empresas de consumo. Ou seja, em uma sociedade hiperconectada, a atenção está se tornando a nova moeda publicitária.

Para onde está indo a atenção do usuário?

Como já esperado, as telas captam diariamente a atenção do usuário, tendo índices ainda mais altos de consumo no Brasil. Segundo relatório da GWI (Q3-2022), os brasileiros de 16 a 64 anos passam 9 horas e 32 minutos diariamente utilizando a internet, contando dispositivos móveis e desktop.

Somos o segundo país mais conectado globalmente e estamos bem acima da média global, que é de 6 horas e 37 minutos.

Quando falamos do uso de internet em smartphones, o tempo diário gasto fica em 5 horas e 28 minutos. Mantemos ainda o índice elevado se comparado à média global, que é de 3 horas e 46 minutos.

Esse tempo online costuma se dividir entre redes sociais, apps de mensagens instantâneas, serviços de streaming, ecommerces e portais de notícias. E muitas vezes fazemos diversas atividades ao mesmo tempo, o famoso multitasking, o que divide ainda mais a atenção do usuário.

Os vídeos curtos também se destacam com o crescimento do TikTok, indo além da geração Z e sendo consumido por millenials e geração X. Veja o gráfico abaixo do eMarketer.

 Economia da Atenção: dados de uso do TikTok

Qual a forma de metrificar a Economia da Atenção na publicidade?

O modelo de métricas de audiência, tanto online como offline, já está sendo questionado de forma direta pela própria indústria. O mercado busca incorporar novas maneiras mais efetivas de mensurar os resultados das suas campanhas.

Por exemplo: atualmente o ponto do Ibope pode representar de maneira quantitativa quantos usuários estão com a TV ligada em determinado programa, mas a repercussão sobre o assunto nas redes sociais acaba se tornando uma alternativa ainda mais efetiva de medir a real interação do usuário com o conteúdo.

Da mesma forma, no ambiente online, há o fenômeno da “cegueira” principalmente em torno dos banners estáticos. Ele faz os internautas ignorarem os anúncios exibidos nas páginas e direcionarem a sua atenção para o conteúdo orgânico.

Já foi inclusive constatado por pesquisa da Dentsu que apenas um terço dos anúncios recebe atenção total do consumidor. Dessa forma, será que é justo mensurar o resultado da campanha com métricas como impressões e visualizações?

Em estudo sobre o tema, é proposto um novo modelo de medição do impacto dos anúncios, com tecnologias como “eye-tracking”, que conseguem analisar a direção do olhar do usuário para medir o real impacto do anúncio.

No experimento, que foi feito com TV linear e formatos de vídeo online, alguns fatores se destacaram. Notou-se que a eficácia da campanha está intimamente relacionada ao tempo dedicado ao anúncio, mas, ao mesmo tempo, a visualização parcial da propaganda pode surtir efeitos positivos no recall e nas vendas.

Ainda não há um modelo mundial para quantificar a atenção de forma exata. Contudo, percebe-se a tendência em medir de forma mais humanizada a interação do usuário com o conteúdo para obter relatórios mais assertivos, com mecanismos que analisam expressões faciais, reações corporais, movimentos dos olhos e estímulos neurológicos.

Economia da Atenção: homem olhando para o smartphone
Foto de Štefan Štefančík na Unsplash

Como a publicidade pode chamar a atenção do consumidor?

Obviamente, a criatividade continua sendo um dos principais elementos para gerar interação com o público, especialmente em um ambiente tão concorrido. Porém, há alguns elementos que podem auxiliar a estabelecer uma conexão mais autêntica com o consumidor:

Segmentação contextual

O uso dos algoritmos e da Inteligência Contextual para definir os canais de veiculação da propaganda, de forma a conectar o conteúdo da página com os produtos promovidos, geram maior aceitação da mensagem, sendo esperado que o mercado global da publicidade contextual cresça significativamente até 2026.

Por exemplo, a MGID, plataforma de publicidade digital, usa a sua solução de Segmentação Contextual para ler os artigos de notícia dos publishers do seu inventário, definir o seu sentimento e inserir campanhas publicitárias nativas que estejam integradas ao contexto da página.

Com isso, consegue aumentar a performance da campanha e a taxa de cliques nos anúncios, além de aprimorar a experiência do usuário.

Emoção

Criar uma conexão emocional com o usuário a ponto de incentivar o compartilhamento espontâneo da campanha é um dos maiores desejos das marcas e anunciantes atualmente. Um estudo feito com análise de expressões faciais constatou que algumas emoções positivas e negativas estimulam essa tomada de ação por parte do consumidor.

Curiosamente, não apenas humor, animação ou admiração, mas também ansiedade, repulsa e raiva são elementos que impulsionam a disseminação da mensagem. Às marcas, cabe estudar como explorar ativamente esses gatilhos emocionais em consonância com os seus valores, produtos e serviços, para refletir na estratégia criativa.

Por exemplo, em 2020, ano que começou a pandemia, o Bradesco elaborou uma mensagem tocante de fim de ano, que até hoje é uma das campanhas mais compartilhadas nas redes sociais.

Elementos dinâmicos e interativos com protagonismo do usuário

Em uma sociedade hiper estimulada por conteúdo de toda a parte, nota-se que elementos dinâmicos e que reforçam o papel do usuário como protagonista da ação costumam ganhar a atenção do consumidor. 

O Burger King explorou esse aspecto com criatividade em sua campanha BugKing, onde estimulava os consumidores a buscarem por ofertas “bugadas” no app e nos canais da marca. A ativação foi divulgada nos canais digitais e com influenciadores do universo gaming, para gerar ainda mais engajamento com o público-alvo.

Os anúncios interativos rich media também oferecem uma camada extra de interação com os usuários, ao usar recursos de arrastar e tocar a tela para que o usuário possa revelar o conteúdo na íntegra.

Com diversos modelos, realça-se o de divisor (que mostra duas versões da mesma imagem, bastante usado por marcas de beleza em antes x depois). Em alguns casos, as taxas de engajamento são até 6x maiores do que os formatos estáticos.

O domínio do vídeo na Economia da Atenção

O consumo de vídeo ganhou ainda mais importância na Economia da Atenção. O formato dominou o investimento de 68% das marcas líderes em 2022 no Brasil, segundo estudo da Kantar Ibope.

No estudo, a empresa compara o desempenho do conteúdo em diversas plataformas como TV linear, redes sociais e streaming, concluindo que a sobreposição de devices já é uma constante no mercado.

Com o estudo da jornada do consumidor, é possível analisar como o formato pode ser utilizado em diferentes etapas com foco em desempenho. Em parceria com a Inteligência Artificial, é possível personalizar o conteúdo com base nos hábitos dos consumidores e entregar uma proposta diferenciada de valor.

O Spotify, por exemplo, divulgou recentemente uma mudança na sua interface para inserir vídeos curtos para cada usuário com base no seu algoritmo, dados e preferências, reformulando o conceito da plataforma que consistia em consumo apenas de áudio para oferecer também apelos visuais.

A atenção terá a atenção que merece?

A indústria da publicidade online está em constante mudança, com novos formatos sendo lançados frequentemente, o que demanda uma evolução também no modelo de medição de resultados.

Na Economia da Atenção, a abundância de dados ao quais se têm acesso pode facilitar para criar relatórios de performance, mas também pode enviesar a leitura dos resultados. Isso porque, muitas vezes, consideramos apenas métricas proxy como visualizações e impressões, sem uma humanização dos números.

Espera-se que a tendência de mensuração da atenção com tecnologias mais sofisticadas avance de forma mais acessível às marcas e anunciantes. Assim, a experiência fica melhor no mercado como um todo, não apenas do ponto de vista do consumidor, mas também do anunciante.

Afinal, se estão todos competindo pela atenção do usuário, como saber quem está tendo sucesso nessa estratégia?

Publicado por Resultados Digitais 

17 maio
17 De Maio – Dia Internacional Contra A Homofobia

iCEV

Em 17 de maio, é celebrado o Dia Internacional contra a Homofobia, uma data marcada pela luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros ao redor de todo o mundo.

Mesmo com muitos avanços nas políticas públicas de proteção aos membros da comunidade, os números de violência e morte de pessoas LGBTQIA+ são altíssimos. O fato de o Brasil ser o país em que mais se mata pessoas trans no mundo, por si só, já demonstra a importância do dia 17 de maio.

A escolha do dia 17 de maio

17 de maio foi escolhido como comemoração do Dia Internacional contra a https://www.somosicev.com/criminalizacao-da-homotransfobia-uma-analise-argumentativa-da-ado-26/ justamente para relembrar a data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma decisão histórica em 1990, deixou de considerar a homossexualidade como uma doença.

Criada em 2004, a data já foi aderida por mais de 130 países, que comemoram anualmente. Nesse dia, assim como no mês do orgulho LGBTQIA+, as cidades se enchem de passeatas, manifestações e atos políticos.

O principal objetivo da comemoração é aumentar a conscientização da população no geral sobre a violência e a discriminação contra o movimento LGBT e cobrar a instauração de medidas que garantam direitos e dignidade aos membros dessa comunidade. Além disso, é uma grande oportunidade de trazer luz ao tema e dialogar com diferentes classes, religiões e culturas.

O que diz a legislação

O Brasil foi o 43º país a criminalizar a homofobia, de acordo com a decisão do STF em junho de 2019. Hoje, segundo o Supremo Tribunal, todas as declarações homofóbicas podem ser enquadradas no crime de racismo, com pena prevista de um a três anos.

Além disso, outras conquistas foram estabelecidas junto ao tribunal, como um decreto de lei que estabelece a obrigatoriedade no tratamento nominal de transexuais e travestis nos órgãos públicos.

A legalização do casamento e da adoção por pessoas do mesmo sexo também é marco importante nessa história. Porém, precisamos lembrar que ainda existem muitas barreiras e direitos que devem ser reivindicados na luta contra homofobia, o que reforça a importância das datas como o dia 17 de maio.

Importância dessa data para a comunidade LGBTQIA+

O dia 17 de maio é um ato de resistência. Mesmo com a difusão e a facilidade de consumo de conhecimento, seja por meio da internet, seja pela televisão ou por outras mídias, existem muitas dúvidas sobre o que é homofobia. 

 

O Dia Internacional contra a Homofobia é muito importante para alavancar essa questão, dar o lugar de fala a essas pessoas e aprofundar o debate sobre o tema. Com ele, o tópico ganha espaço na mídia e, de certa forma, educa e normaliza tais questões que ainda são alvo de pré-julgamentos por grande parte da população.

 

 

Com o apoio de figuras públicas e membros políticos à causa, assuntos como o que é transfobia, homofobia e bifobia ganham cada vez mais atenção pelas mais variadas camadas da sociedade, reforçando a necessidade do debate.

Anos de desafios e conquistas

Antes mesmo da instauração do Dia Internacional contra a Homofobia, muitas datas foram marcantes para a caminhada dos direitos dos  LGBTQIA+ desde o ano de 1990, quando a homossexualidade deixou de ser tratada como doença mental por parte da OMS. Alguns desses marcos foram:

  • Em 1995, aconteceu a primeira marcha em protesto dos direitos LGBTQIA+, ao redor da orla de Copacabana. Foi o início do que hoje conhecemos como a parada  LGBTQIA+, que reúne milhares de pessoas na Avenida Paulista;
  • Em 1997, ocorreu a primeira edição da marcha “GLS” nas ruas de São Paulo;
  • Em 2009, tornou-se legal a mudança de registro e sexo em certidões de nascimentos e documentos sociais;
  • Em 2010, foi aprovada a lei de adoção de crianças por casais de pessoas do mesmo sexo em todo o Brasil.
  • Em 2011, a Parada  LGBTQIA+ chegou a marca de 4 milhões de pessoas na Avenida Paulista, a maior já registrada até hoje.
  • Em 2013, tornou-se lei  que os cartórios registrem casamentos entre pessoas do mesmo sexo em todo território brasileiro.
  • Em 2019, na conquista mais recente, o Supremo Tribunal Federal declarou a homofobia como crime de racismo.

O caminho ainda é longo

Não podemos esquecer nunca que, mesmo com tantos direitos conquistados, o caminho não termina com a instauração do Dia Internacional contra a Homofobia. Ainda existe muito mais a alcançar pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.

O Brasil ainda lidera o ranking de violência e mortes de pessoas  LGBTQIA+s, com 44% do total mundial. Segundo o relatório do Grupo Gay da Bahia, somente em 2019, cerca de 329  LGBTQIA+ tiveram mortes violentas no Brasil, vítimas da homotransfobia, sendo 297 homicídios e 32 suicídios.

Já a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) mostra que, no mesmo ano, foram confirmadas 124 pessoas trans assassinadas, com apenas 11 suspeitos identificados.

Dados tão duros como esses nos mostram a importância de resistir e continuar lutando pela garantia dos direitos  LGBTQIA+, seja no dia 17 maio, seja em todos os outros dias do ano.

15 maio
Marketing jurídico: Como divulgar o seu trabalho?

Escola de direito aplicado

Agora mais que nunca é importante nos preocuparmos, cada vez mais, com a visibilidade do nosso serviço, durante a pandemia fomentou-se mais ainda sobre o marketing e o reconhecimento de marca, e claro, a área jurídica não ficaria de fora. Mas existem algumas restrições em publicidade e no marketing jurídico, e aqui vamos pontuar algumas dessas restrições, para não infringir o Código de Ética da OAB.


O mercado jurídico é competitivo? Sim, atualmente os advogados já ultrapassam mais de 1 milhão no Brasil, segundo dados da própria OAB. O fato é que advogados que lidam com marketing, planejam e testam estratégias, são capazes de se destacar e atrair o público certo em qualquer situação, seja com 30 ou 300 concorrentes.

Para você que ainda não sabe ou tem dúvidas de como iniciar seu projeto de marketing, confira algumas dicas essenciais em nosso artigo 5 tarefas preliminares do marketing jurídico de resultado

E aqui pontuaremos algumas práticas muito eficientes de divulgação do seu trabalho. Confira a seguir:

Invista em identidade visual

A identidade visual deve compor a estratégia de marketing jurídico, afinal, é um ponto fundamental para quem quer transmitir profissionalismo e por isso deve estar entre as primeiras ações. Por isso é importante definir a identidade da marca, ou seja, como os clientes devem enxergar seu trabalho. Dessa forma, é possível planejar o logotipo, as fontes usadas para o nome da empresa e as cores para replicar na fachada do escritório, no cartão de visitas da empresa, no site, na assinatura de e-mails e em toda comunicação.

Defina as redes sociais a serem usadas

O uso das mídias sociais impulsiona bastante a comunicação com muitos potenciais clientes, simplificando a tarefa de levar esses visitantes para seu website. Para isso, além de estratégia, é necessário determinar em quais redes sociais você deve estar.

Um público engajado? O Twitter é uma opção, já que é fácil começar um debate e comentar as atualidades de forma bem rápida. Trabalha atendendo empresas? O LinkedIn pode ser uma ponte entre seu negócio e novos clientes.
Visibilidade e Branding? Instagram, nesta rede é possível se posicionar mais presente e imersivo com seus clientes, além de poderem acompanharem o dia a dia da sua marca. É uma ferramenta potente de marketing.

O Facebook também é uma mídia social útil aos advogados. A rede permite anúncios com bom alcance e a custos baixos. O segredo para não errar é, sim, se adaptar aos formatos nos diferentes canais, mas sem deixar de lado o discurso da empresa, o que é essencial para novos e atuais clientes.

Tenha um site

Para muitos segmentos, estar online ainda é algo novo. Porém, cabe ressaltar que um site não é somente uma página estática na web, ele pode ter várias funções, tanto para escritórios quanto para profissionais autônomos do direito. Ter um site é essencial para:

  • Estar disponível a qualquer momento: O site pode ser um canal de contato fora do horário comercial. Desse modo, quem pesquisa sobre serviços como o que você fornece ou quiser enviar alguma mensagem, pode ter essas informações rapidamente;
  • Demonstrar autoridade: Conteúdos dentro do site por meio do Blog sobre assuntos do seu domínio, agregam uma autoridade sobre o que se fala, para clientes e possíveis clientes.
  • Conquistar novos clientes: O site facilitará que visitantes, ou seja, novos clientes, ao verificar as informações disponibilizadas  entrem em contato para solicitar um orçamento ou conhecer um pouco mais do seu serviço, seja por e-mail ou telefone;
  • Manter as informações atualizadas: Seja uma mudança no local da empresa, no telefone ou nos serviços, isso deve constar no site. Desse modo, todos os clientes e possíveis clientes sempre poderão te encontrar.

Aplique práticas de marketing local

Um escritório de advocacia ou mesmo um advogado autônomo com um raio de atuação menor pode utilizar o marketing local. Ele se traduz em parcerias, eventos e até nas instalações físicas da empresa.

Por meio de parcerias é possível receber menções e indicações. Nesse contexto, é uma boa opção conhecer outros escritórios que prestem uma assessoria diferente da sua para que indiquem clientes para você fazer o mesmo pelo parceiro.

Outro meio de se destacar em seu raio de atuação é por meio de eventos. Há uma feira de empreendedores em sua cidade onde seu público-alvo pode estar presente? Se não for possível palestrar, por exemplo, ou falar 10 minutos sobre algo interessante, patrocine esse evento para tornar o nome da empresa conhecido.

Ainda em termos de marketing local, também cabe promover seu espaço físico para ser atrativo para visitantes e clientes. Possuir uma sala de espera, música ambiente agradável, estacionamento, se possível, e uma localização estratégica, próxima a um fórum, por exemplo, facilitam a chegada de clientes até você.

Incentive as indicações

Além das indicações por meio de parcerias, os próprios clientes podem ser incentivados a fazer isso. No contexto jurídico, é possível aplicar ações que serão úteis também para fidelizar. Quer um exemplo? Caso o nível de satisfação de clientes esteja bom, defina uma premiação para quem indicar novos clientes, assim ele entrará em um sorteio para ganhar ingressos para o teatro, por exemplo, ou aquilo que você julgar mais conveniente para seu público, outra opção é fornecer um brinde, como uma agenda com seu logotipo, para o cliente e a indicação dele.

Ao estimular indicações, lembre-se que não se trata de uma ação do tipo “varejo”. Faça o que interessa seu público e seja compatível com a identidade da sua empresa.

Restrições do Marketing Jurídico

Código de Ética da OAB é que regula todos os tipos de divulgação da área, assegurando que não haja fraudes ou maiores problemas, tanto para os advogados, quanto para os clientes, além do sigilo de dados e informações. E para você, profissional do Direito, é essencial dominar essas restrições para evitar qualquer punição futuramente.

O código está devidamente listado como:

  • Título I – Da Ética do Advogado – Art. 1º ao Art. 54
    • Capítulo I – Dos Princípios Fundamentais (Art. 1º a Art. 7º)
    • Capítulo II – Da Advocacia Pública (Art. 8º)
    • Capítulo III – Das Relações com o Cliente (Art. 9º ao Art. 26)
    • Capítulo IV – Das Relações com Colegas, Agentes Políticos, Autoridades, Servidores Públicos e Terceiros (Art. 27 ao Art. 29)
    • Capítulo V – Da Advocacia Pro Bono (Art. 30)
    • Capítulo VI – Do Exercício de Cargos e Funções na OAB e na Representação da Classe (Art. 31 ao Art. 34)
    • Capítulo VII – Do Sigilo Profissional (Art. 35 ao Art. 38)
    • Capítulo VIII – Da Publicidade Profissional (Art. 39 ao Art. 47)
    • Capítulo IX – Dos Honorários Profissionais (Art. 48 ao Art. 54)
  • Título II – Do Processo Disciplinar – Art. 55 ao Art. 72
    • Capítulo I – Dos Procedimentos (Art. 55 ao Art. 69)
    • Capítulo II – Dos Órgãos Disciplinares (Art. 70 ao Art. 72)
    • Seção I – Dos Tribunais de Ética e Disciplina (Art. 70 ao Art. 71)
    • Seção II – Das Corregedorias Gerais (Art. 72)
  • Título III – Das Disposições Gerais e Transitórias – Art. 73 ao Art. 80

É importante que o profissional atente-se a todos os pontos e siga a risca, sendo assim não haverá nenhum problema e conseguirá se destacar cada vez mais neste mercado.

Quais efeitos esperar da divulgação?

O marketing tem um efeito muito eficaz para se tornar conhecido, trazendo muitos benefícios como novos clientes, novas parcerias e oportunidades dentro do próprio segmento de Direito. Isso garante maior autoridade à sua marca, e uma visibilidade mais amigável, que hoje é o que os clientes procuram em um profissional.

Publicado por JurisBlog 

12 maio
Lei das Fake News: o que é o PL 2630?

Escola de direito aplicado

Nas últimas semanas, um tema que tem gerado muita discussão é a chamada Lei das Fake News (PL 2.630/2020). Devido aos intensos debates provocados em todo o país, nesse texto, te explicaremos os principais pontos abordados pela projeto de lei.

(Imagem: Freepik)

O que é a Lei das Fake News?

Em maio, foi apresentado no Senado Federal o PL 2.630/2020. Também denominado como Lei das Fake News, o projeto de lei foi proposto pelo Senador Alessandro Vieira (CIDADANIA – SE) e definido como a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.

A votação da proposta estava marcada para o início de junho. No entanto, até então, o projeto não havia recebido um parecer de seu relator, o Senador Angelo Coronel (PSD – BA). Além disso, devido à falta de consenso entre os senadores e as divergências apresentadas pela sociedade, a votação foi adiada até que ocorresse no dia 30 de junho. Através de uma sessão virtual, o texto final do PL foi aprovado com 44 votos favoráveis e 32 votos contrários, seguindo para tramitar na Câmara dos Deputados.

Destaques principais da Lei das Fake News

Desde a apresentação do texto inicial até a votação, o PL recebeu 152 emendas. Após as intensas manifestações da sociedade e as discussões promovidas durante as sessões, o projeto sofreu importantes modificações em relação ao seu conteúdo inicial.

Aprovada pelo Senado Federal, a versão final do texto nos indica no caput de seu art. 1º que a Lei

estabelece normas, diretrizes e mecanismos de transparência para provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada a fim de garantir segurança, ampla liberdade de expressão, comunicação e manifestação do pensamento.

A matéria exclui das suas determinações provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada com menos de dois milhões de usuários brasileiros registrados. Nesse ponto, vale lembrarmos que mídias como Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, WhatsApp e Telegram, amplamente utilizadas no Brasil (com dezenas de milhões de usuários), deverão se enquadrar às novas regras.

Conforme a proposta, a Lei das Fake News busca a aplicação de um programa de boas práticas a partir de “medidas adequadas e proporcionais no combate ao comportamento inautêntico e na transparência sobre conteúdos pagos”. Para tanto, em seu art. 3º, o texto estabelece que devem ser protegidos princípios como:

a) a liberdade de expressão e de imprensa;

b) a garantia dos direitos de personalidade, dignidade, honra e privacidade;

c) o respeito à formação de preferências políticas e de uma visão de mundo pessoal do usuário;

d) o compartilhamento da responsabilidade de preservação de uma esfera pública livre, plural, diversa e democrática;

e) a garantia da confiabilidade e da integridade de sistemas informacionais;

f) a promoção do acesso ao conhecimento de assuntos de interesse público;

g) a proteção dos consumidores; e

h) a transparência nas regras para anúncios e conteúdos patrocinados.

Após as pressões sociais das últimas semanas, que alertavam para os riscos do PL 2.630/2020 à liberdade dos usuários frente à rede, podemos destacar que a versão final aprovada pelo Senado Federal destaca entre seus objetivos “a defesa da liberdade de expressão e o impedimento da censura no ambiente online” (art. 4º, II).

Medidas de responsabilidade

Como medidas de responsabilidade, as redes sociais e os serviços de mensageria privada devem vedar o funcionamento de contas inautênticas e de contas automatizadas não identificadas (ou seja, cuja automatização é desconhecida por provedores e usuários), além de definir que conteúdos patrocinados devem ser identificados para todos os usuários.

Vale destacar, ainda, que outra medida a ser tomada é a restrição, através de políticas de uso, do número de contas por usuário (art. 6º, § 5º). Além disso, o texto permite que sejam exigidos dos usuários a sua identificação por meio de documento de identidade válido, em caso de descumprimento às determinações da Lei ou por ordem judicial específica.

No caso de contas em desacordo com a legislação, os provedores responsáveis por plataformas virtuais (como o Twitter, por exemplo) também devem tornar públicas informações e documentos relacionados às contas identificadas. Publicações com conteúdos considerados inapropriados (como incitação à violência, exploração sexual infantil ou fake news contra candidatos) poderão ser excluídos imediatamente após a sua postagem.

Novas práticas da Lei das Fake News

Entre as inovações previstas pela matéria, os serviços de mensageria privada deverão possibilitar aos usuários que aceitem ou rejeitem a sua inclusão em grupos de mensagens e listas de transmissões, além de que deverão desabilitar, por padrão, a inclusão de usuários no encaminhamento de mensagens para múltiplos destinatários (art. 9º, III, IV). Porém, permanecem exigidos o limite de encaminhamentos de uma mesma mensagem a usuários ou grupos (no WhatsApp, esse limite é de cinco encaminhamentos), bem como o número máximo de 256 membros por grupo de mensagens.

Para fins judiciais, torna-se obrigatório que as redes sociais detenham a guarda de registros de envios massivos de mensagens para mais de mil usuários e cujo conteúdo tenha sido identificado como ilícito. Além disso, é vedado o uso e a comercialização de ferramentas externas de disparo em massa de mensagens, devendo os provedores de aplicação coibi-las, dentro de seus limites técnicos.

Relatórios

Conforme a versão final do texto, as redes sociais e os serviços de mensageria privada passam a ter a responsabilidade de publicar, trimestralmente, relatórios de transparência com padrões tecnológicos abertos, contendo uma série de informações relacionadas ao programa de boas práticas proposto pela Lei.

Além da obrigatoriedade em apontar possíveis redes artificiais de disseminação de conteúdo e em permitir o compartilhamento facilitado de dados com instituições de pesquisas acadêmicas, conforme o art. 13 do PL, os relatórios devem conter, no mínimo, informações com números totais:

a) de usuários brasileiros e de usuários localizados no Brasil;

b) de medidas de moderação de contas e conteúdos adotadas, com a motivação e o tipo de metodologia utilizada na detecção da irregularidade;

c) de contas automatizadas, redes de distribuição artificial, conteúdos impulsionados e publicitários não identificados, com as medidas, motivações e tipo de metodologia adotadas para a detecção da irregularidade;

d) de medidas de identificação de conteúdo e os tipos de identificação, remoções ou suspensões que foram revertidas pela plataforma;

e) de características gerais do setor responsável por políticas aplicáveis a conteúdos gerados por terceiros, incluindo informações sobre a qualificação, a independência e a integridade das equipes de revisão de conteúdo por pessoa natural;

f) de médias de tempo entre a detecção e a adoção de medidas em relação às contas ou conteúdos;

g) de dados relacionados a engajamentos ou interações com conteúdos que foram identificados como irregulares, incluindo número de visualizações, de compartilhamentos e alcance; e

h) de atualizações das políticas e termos de uso feitas no trimestre, a data da modificação e a justificativa para a sua adoção.

Além disso, torna-se obrigatória a garantia de acesso à informação e à liberdade de expressão dos usuários quanto à elaboração e aplicação dos termos de uso de redes sociais e serviços de mensageria privada.

Para tanto, a matéria propõe o combate à disseminação de desinformação e às redes artificias de distribuição de conteúdos, principalmente através do desencorajamento de compartilhamento de conteúdos inautênticos, à medida que também busca defender o fomento à diversidade de informações, desde que livre de automatização.

Questões eleitorais

Sob as exigências da Lei Eleitoral (Lei nº 9.504/1997), o PL prevê que as redes sociais disponibilizem à Justiça Eleitoral todos os anúncios identificados como propaganda eleitoral e que tenham sido impulsionados, além de conteúdos que mencionem candidato, coligação ou partido, identificando características gerais como: valores gastos para propaganda na internet; CNPJ ou CPF do responsável pela contratação da propaganda; e tempo de veiculação da propaganda.

De acordo com o art. 16 da matéria:

Art. 16. Os provedores de redes sociais devem disponibilizar mecanismos para fornecer aos usuários as informações do histórico dos conteúdos impulsionados e publicitários com os quais a conta teve contato nos últimos 6 (seis) meses.

Responsabilização do poder público

Quanto ao poder público, o PL estabelece uma série de responsabilidades relacionadas à Administração Pública brasileira. Conforme o art. 18, tornam-se de interesse público as contas de agentes políticos ocupantes de mandatos eletivos. Nesse caso, ficam sujeitas as contas oficiais de vereadores, deputados estaduais/distritais, deputados federais e senadores, bem como de prefeitos e vice-prefeitos, governadores e vice-governadores e presidente e vice-presidente, além de outros cargos de gestão de órgãos públicos diretos e indiretos.

No entanto, o art. 24 do PL resguarda:

Art. 24. É vedado perseguir e de qualquer forma prejudicar o servidor público em função de conteúdo por ele compartilhado em caráter privado, fora do exercício de suas funções e que não constitua material cuja publicação tenha vedação prevista em lei.

Além disso, o texto cria o Conselho de Transparência e Responsabilidade na Internet, que deverá ser composto por 21 conselheiros, com indivíduos de diferentes setores da Administração Pública e da sociedade civil e que ficará responsável pelo acompanhamento das medidas estabelecidas pela proposta.

Sanções

De acordo com o Capítulo VI do PL 2.630/2020, que trata das sanções:

Art. 31. Sem prejuízo das demais sanções civis, criminais ou administrativas, os provedores de redes sociais e de serviços de mensageria privada ficam sujeitos a:

I – advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas; ou

II – multa de até 10% (dez por cento) do faturamento do grupo econômico no Brasil no seu último exercício.

§1º Na aplicação da sanção, a autoridade judicial observará a proporcionalidade, considerando a condição econômica do infrator, as consequências da infração na esfera coletiva e a reincidência.

§2º Para os efeitos desta Lei, será considerado reincidente aquele que repetir no prazo de 6 (seis) meses condutas anteriormente sancionadas.

Além disso, para o caso de aplicação de multas, observamos que no art. 33 da matéria que “os valores das multas aplicadas com base nesta Lei serão destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) e serão empregados em ações de educação e alfabetização digitais”.

Debates e argumentos

Como visto, a versão final do PL 2.630/2020 estabelece uma série de medidas válidas para redes sociais e usuários com a intenção de coibir o compartilhamento de desinformações na internet.

No início do artigo, mencionamos que a Lei das Fake News tem dividido opiniões entre a sociedade e os parlamentares envolvidos no processo de construção da proposta. Por esse motivo, destacamos os principais argumentos favoráveis e contrários ao projeto de lei, que têm sido manifestados por diversos usuários nas principais redes sociais utilizadas no Brasil e que foram expostos nas sessões virtuais do Senado Federal.

 

Argumentos favoráveis

Entre os usuários que apoiam a aprovação da Lei das Fake News, podemos destacar que há o entendimento de que é necessário o combate à desinformação nos ambientes virtuais de interação social, sobretudo as redes sociais. Além disso, há o reconhecimento da dificuldade de muitos indivíduos em identificar conteúdos desinformativos, devido à comum realidade de grande parte dos usuários, que utilizam as redes sociais apenas como meio de entretenimento, sem colocar todos os conteúdos que veem sob análise crítica.

Outra questão apontada em favor da proposta trata da proteção das privacidades individual e coletiva na internet, que deverá ser assegurada após a Lei entrar em vigor, caso seja aprovada no Congresso Nacional. Por fim, também ganharam destaque a necessidade de controle do disparo massivo de mensagens (que hoje ocorre através de redes de disseminação artificial de conteúdos) e a preocupação com a propaganda irregular de candidatos a cargos eletivos, em períodos eleitorais.

Argumentos contrários

Por outro lado, em oposição às propostas do PL 2.630/2020, os usuários contrários à sua aprovação destacam, em primeiro lugar, a falta de consenso sobre o assunto, visto que não existe hoje uma visão única que garanta a eficácia do poder público em aplicar às determinações da Lei das Fake News.

Outra questão é a possibilidade de cerceamento dos usuários frente à rede e o risco à liberdade de expressão em um ambiente plural, já que, conforme a proposta, as redes sociais poderão exigir apresentação de documento de identidade válido aos usuários (em casos específicos, como abordado ao longo do texto) e, além de cobrar uma série de informações a partir dos relatórios periódicos que serão apresentados pelas redes sociais, o Estado deverá realizar a checagem e o controle de mensagens consideradas inadequadas e/ou desinformativas.

Considerações finais

Hoje reconhecemos que, ao longo das últimas décadas, a disseminação do acesso ao mundo digital por pessoas de diferentes classes socioeconômicas tem contribuído para a ampliação do envolvimento da sociedade na esfera pública.

Diante desse cenário, as redes sociais assumiram um importante papel no compartilhamento de ideias e conteúdos por pessoas comuns, permitindo com que os cidadãos assumam todos os dias posições de protagonismo frente à realidade. A partir do surgimento de ferramentais digitais de participação política, a internet foi transformada em um instrumento importante de exercício do poder pelo povo.

Entre outros benefícios, as ferramentas digitais possibilitam com que os cidadãos tenham acesso àquilo que antes estava restrito à elite política e permitem com que a própria sociedade, munida de informações e conhecimentos, promova debates e dialogue com maior frequência tanto com o poder público quanto com outros setores sociais. Em especial, podemos destacar as conquistas obtidas através da Lei nº 12.527/2011, denominada de Lei de Acesso à Informação (ou, simplesmente, LAI).

A LAI determina um conjunto de obrigações aos órgãos e entidades do poder público quanto à divulgação de informações, dados e documentos para livre acesso da população, principalmente por meio de canais digitais (excetuando-se casos previstos como imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado).

Logo, observamos que, através de mecanismos como os que são oferecidos pela LAI, a sociedade brasileira pode participar de forma democrática da vida política do país e cobrar cada vez mais responsabilidade do poder público, utilizando-se da conexão e da interação proporcionadas pelos canais digitais, sobretudo as redes sociais e os serviços de troca instantânea de mensagens.

Sabemos que o século XXI trouxe muitas inovações à humanidade, mas também impôs desafios muito grandes. Vivemos em tempos nos quais complexos algoritmos têm a capacidade de induzir nosso comportamento, notícias falsas insistem em ser compartilhadas de maneira desenfreada e somos condicionados a viver lidando com pós-verdades.

Cabe-nos destacar que a Constituição Federal, nos seus incisos II, IV e IX de seu art. 5º, estabelece que:

II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Logo, devemos lidar com a responsabilidade de examinar de forma calma e lúcida como o poder público tem buscado regular a maneira como vivemos e agimos, a fim de que não sejamos submetidos no futuro a estruturas distópicas como as apresentadas por Aldous Huxley, em sua obra Admirável mundo novo, e George Orwell, em 1984, nas quais o Estado determina exatamente como será a vida de cada um de seus cidadãos e os condiciona a penalidades incontornáveis.

Publicado por Politize 

04 maio
iCEV Explica – O que é a taxa Selic?

iCEV

O diretor-presidente do iCEV e economista, Bruno Agrelio Ribeiro, PhD, explica sobre o assunto

Entender o que é a taxa Selic e como ela afeta a economia é fundamental para todo e qualquer investidor e cidadão. Isso porque este índice, tão falado no mercado financeiro, acaba influenciando o comportamento também de outros indicadores, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Quem entende muito sobre o assunto é o diretor-presidente do iCEV e economista, Bruno Agrelio Ribeiro, PhD. Ele explica o que é e pra que serve a taxa Selic:

(Imagem: Freepink)

 O que é a taxa Selic?

O significado da sigla é simples: Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Trata-se de um sistema usado pelo governo, pelo Banco Central, para controlar emissão, compra e venda de títulos.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Por isso, ela é usada no mercado interbancário para financiamento de operações diárias, com lastro em títulos públicos federais.

A taxa de juros é um instrumento do governo para controlar a inflação e como isso ocorre?

Como é a taxa que remunera o dinheiro que o governo toma emprestado, ou seja, o dinheiro que que o governo vai pagar para quem emprestar esse dinheiro para o governo, acaba sendo a taxa que baliza todas as outras.

A Selic é que vai definir quanto que vai ser o financiamento dos imóveis, empréstimos para compra de carro, empréstimos pessoais. Então, é a taxa que vai definir todas as demais.

Taxa Selic alta

Em função disso, quando se quer reduzir a inflação, aumenta-se a taxa Selic, porque quando aumenta a taxa Selic, aumentam todas as outras taxas e o dinheiro desaparece, ou seja, o dinheiro disponível para os empréstimos desaparece, porque todas as outras taxas sobem.

Assim, fica mais caro financiar casa, carro e pegar empréstimos no banco. Isso desaquece a economia. Desaquecendo a economia, os preços não crescem e a inflação é contida.

Taxa Selic baixa

Quando o governo quer aquecer a economia, fomentar as empresas, quando a taxa de inflação está baixa, ele baixa a taxa Selic, ou seja, ele fala: “Mercado, agora vou pagar menos juros para pegar dinheiro emprestado”. E o mercado, que é composto pelos bancos e pelos investidores, vai buscar outras alternativas para ganhar dinheiro, para ter seu dinheiro remunerado.

Assim, os juros dos outros empréstimos, para financiar casas, carros, empresas e empréstimos pessoais, também caem e a economia volta a crescer.

 

Como essa taxa Selic é definida?

A taxa Selic é definida a cada 45 dias pelo Comitê de Políticas Monetárias, que é um órgão atrelado ao Banco Central que tem como objetivo controlar a inflação.

Como acompanhar a taxa Selic?

Para verificar mais informações sobre a taxa Selic atual, é só acessar o site do Banco Central: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/selicdadosdiarios

 

Bruno Agrélio

Diretor-presidente do iCEV, economista,  Doutor em Métodos de Apoio à Decisão (PUC-Rio) e PhD.

10 fev
Níveis de desenvolvedores de software

Escola de tecnologia aplicada

Artigo escrito pelo professor da Escola de Tecnologia Aplicada Dimmy Magalhães, junto com o ChatGPT

(Imagem: Freepik)

Os desenvolvedores de software são divididos em três categorias principais: júnior, pleno e sênior. Cada categoria tem habilidades e responsabilidades diferentes, e é importante entender essas diferenças para saber em quais posições os desenvolvedores se encaixam melhor.

Desenvolvedores júnior

São aqueles que acabaram de entrar no mercado de trabalho ou têm pouca experiência em programação. Eles geralmente trabalham em tarefas simples, como correção de bugs ou manutenção de código existente. Eles também podem atuar em projetos pequenos e simples, mas geralmente sob a supervisão de um desenvolvedor pleno ou sênior.

Desenvolvedores plenos

São aqueles que já têm alguma experiência como desenvolvedor, mas ainda estão sempre aprendendo e aprimorando suas habilidades. Este grupo geralmente trabalha em tarefas mais complexas e podem ser responsáveis por partes específicas de um projeto, podendo também ser responsáveis por orientar e supervisionar desenvolvedores júnior, ajudando-os a crescer e maximizar suas habilidades.

Desenvolvedores sêniors

São aqueles que têm muita experiência como desenvolvedores e possuem habilidades avançadas. Eles geralmente trabalham em projetos complexos e são responsáveis por tomar decisões importantes em relação ao projeto e à equipe. Eles também podem ser responsáveis por orientar e supervisionar desenvolvedores plenos e júnior, ajudando-os a crescer e se desenvolver.

Cada categoria de desenvolvedor tem suas próprias responsabilidades e habilidades, e cada uma é importante para o sucesso de um projeto. Desenvolvedores júnior fornecem suporte básico, enquanto desenvolvedores plenos e sêniors fornecem suporte mais avançado e tomam decisões importantes.

É importante ter em mente que essas classificações são baseadas na experiência e habilidade dos desenvolvedores e não são uma medida exata da capacidade de um desenvolvedor, nem mesmo no tempo de experiência. Alguns desenvolvedores júniores podem ser muito talentosos e capazes, enquanto alguns desenvolvedores sêniors podem não ser tão habilidosos.

(Imagem: Freepik)

Há algumas habilidades e características que podem ajudar um desenvolvedor júnior a se tornar um desenvolvedor pleno:

👉Conhecimento técnico: Um desenvolvedor pleno deve ter um bom conhecimento das ferramentas, linguagens e técnicas utilizadas em seu trabalho. Conforme vai ganhando experiência, deve estar sempre buscando aprender novas tecnologias e aprimorar as já conhecidas.

👉Comunicação eficaz: Um desenvolvedor pleno deve ser capaz de se comunicar eficazmente tanto com os membros da equipe quanto com os clientes ou usuários finais. Isso inclui a capacidade de explicar complexidades técnicas de forma simples e clara.

👉Habilidade de resolução de problemas: Um desenvolvedor pleno deve ser capaz de resolver problemas técnicos e encontrar soluções para problemas com pouca ou nenhuma orientação.

👉Habilidade de trabalhar em equipe: Um desenvolvedor pleno deve ser capaz de trabalhar em equipe e colaborar com outros desenvolvedores e profissionais de outras áreas.

👉Autonomia: Um desenvolvedor pleno deve ser capaz de tomar decisões e trabalhar de forma autônoma. Isso inclui a capacidade de priorizar e gerenciar suas tarefas, bem como a capacidade de lidar com mudanças e adaptar-se a novos desafios.

Essas habilidades e características não são exigidas de forma simultânea, e a evolução de um desenvolvedor júnior para um desenvolvedor pleno pode levar algum tempo. No entanto, trabalhando nessas áreas, é possível desenvolver as habilidades necessárias para se tornar um desenvolvedor pleno e eficaz.

Salários atrativos

Os salários para desenvolvedores de software variam amplamente no Brasil, dependendo de fatores como localização, tipo de empresa, habilidades e experiência. No entanto, é possível dar uma ideia geral das faixas salariais para cada categoria de desenvolvedor:

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Desenvolvedor júnior: pode ganhar entre R$ 2.500 e R$ 4.500 por mês, dependendo da localização e do tipo de empresa. Isso pode aumentar para R$ 5.000 a R$ 7.000 por mês para desenvolvedores com habilidades mais avançadas e/ou experiência anterior.

Desenvolvedor pleno: pode ganhar entre R$ 5.000 e R$ 8.000 por mês, dependendo da localização e do tipo de empresa. Isso pode aumentar para R$ 8.000 a R$ 12.000 por mês para desenvolvedores com habilidades mais avançadas e/ou experiência anterior.

Desenvolvedor sênior: pode ganhar entre R$ 8.000 e R$ 12.000 por mês, dependendo da localização e do tipo de empresa. Isso pode aumentar para R$ 12.000 a R$ 15.000 por mês para desenvolvedores com habilidades mais avançadas e/ou experiência anterior.

 

Áreas promissoras

Existem algumas áreas de TI que geralmente oferecem salários mais elevados para desenvolvedores juniores. Essas áreas incluem:

Desenvolvimento de jogos é uma área em crescimento e pode oferecer salários atraentes. Isso pode incluir desenvolvimento de jogos para dispositivos móveis, consoles e computadores pessoais.

Desenvolvimento de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML) está em alta demanda e podem oferecer salários mais elevados para desenvolvedores juniores com habilidades em IA e ML.

Segurança da informação é uma área crítica e pode oferecer salários mais elevados para desenvolvedores juniores com habilidades em segurança de rede e criptografia.

O desenvolvimento de blockchain também está em crescimento e requer pouca experiência para início na carreira.

Desenvolvimento de aplicativos móveis tem alto acoplamento para desenvolvedores juniores e é uma excelente porta de entrada para uma carreira promissora.

(Imagem: Freepik)

Neste contexto, é importante frisar que a área de TI que engloba esses níveis profissionais está em franca expansão. Pode-se afirmar isso devido a vários fatores, dos quais destacamos:

Crescimento do setor: A tecnologia está se tornando cada vez mais importante em quase todos os setores, e isso está impulsionando o crescimento do setor de TI. Isso significa que há uma grande demanda por profissionais de TI qualificados, o que aumenta as oportunidades de carreira e salários.

Inovação contínua: A tecnologia está sempre evoluindo e há sempre novas tendências e inovações emergentes.

Ampla variedade de carreiras, desde desenvolvimento de software e segurança da informação até gerenciamento de projetos e gerenciamento de TI.

Salários atraentes: Profissionais de TI geralmente ganham salários mais elevados do que profissionais em outras áreas, especialmente para aqueles com habilidades e experiência avançadas.

Oportunidades globais: A tecnologia é utilizada em todo o mundo, o que significa que as oportunidades de carreira em TI são globais. Isso pode incluir trabalhar para empresas multinacionais ou viajar para trabalhar em projetos em outros países.

Oportunidade de trabalhar remotamente: A pandemia aumentou a necessidade de trabalhar remotamente e muitas empresas estão adotando essa modalidade como uma forma de trabalhar. Isso oferece aos profissionais de TI a flexibilidade de trabalhar de qualquer lugar, o que pode ser uma grande vantagem.

Este artigo foi escrito pelo ChatGPT

A própria construção desse artigo é um exemplo de como a revolução digital é imparável. Este artigo foi escrito em conjunto com a ajuda de ChatGPT, um modelo de linguagem de grande porte treinado pela OpenAI. O processo funcionou da seguinte maneira:

O usuário forneceu um conjunto de perguntas ou tópicos para o qual desejava obter informações.

O modelo de linguagem ChatGPT foi utilizado para gerar uma resposta baseada em seu conhecimento prévio e sua capacidade de compreender e produzir texto natural.

O modelo de linguagem ChatGPT forneceu um conjunto de respostas, que foram revisadas, validadas e editadas pelo usuário para garantir precisão e clareza.

O usuário pode continuar perguntando e o modelo de linguagem ChatGPT continuaria gerando respostas para continuar o artigo.

É importante notar que, embora o modelo de linguagem ChatGPT seja capaz de gerar respostas precisas e informativas, ele não possui opiniões ou sentimentos próprios e pode não estar completamente atualizado com as informações mais recentes. Portanto, é importante verificar e editar as informações geradas pelo modelo antes de usá-las. A revolução não para.

 

09 fev
Piauí é o maior exportador de mel do país, com 7 mil toneladas do produto

Escola de negócios e gestão

O Piauí se consagra como o maior exportador de mel do Brasil. No ano passado, o Estado exportou 7 mil toneladas do produto, obtendo U$ 26 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A produção de mel cresceu mais de 100 vezes nos últimos dezoito anos, de acordo com o IBGE.

O município de Oeiras é o principal polo exportador de mel, com a participação de cerca de 4.500 toneladas do produto, com faturamento de R$ 89 milhões. O segundo lugar é ocupado pelo município de Picos que, no ano passado, exportou cerca de 1.800 toneladas de mel, o que resultou em quase R$ 36 milhões em vendas. O terceiro município piauiense na exportação de mel é Simplício Mendes, que conseguiu comercializar cerca de 130 mil quilos para outros países, movimentando quase R$2,5 milhões.

A cadeia produtiva do mel se estende por outras regiões do Estado por meio de cooperativas, como a do Vale do Rio Piracuruca, localizada na zona rural de Piracuruca, que recebeu o Selo de Inspeção Federal (SIF) em abril do ano passado.

Os dados do IBGE sobre o valor da produção piauiense de mel nos últimos 18 anos são capazes de comprovar parte dessa história. Em 1994, o estado produziu o equivalente a R$ 953 mil (R$ 180 mil dólares). Até o final da década de 1990 houve um crescimento anual contínuo, mas muito baixo. No início dos anos 2000, o valor produzido dobra, chegando a R$ 13,5 milhões em 2003 e depois se mantém até haver um novo grande impulso na década de 2010 e começo da de 2020, quando atinge R$ 99,4 milhões em 2021, o equivalente a R$ 19,8 milhões de dólares. Portanto, entre 1994 e 2021, a produção do mel cresceu mais de 100 vezes.

 

Se esses números conseguem descrever parte da ascensão da produção de mel piauiense, a história completa só pode ser contada por meio da história de muitas pessoas. Foi e continua sendo necessário o envolvimento de muitos indivíduos, empresas e instituições para que o produto piauiense continue gerando resultados.

Desafios para o futuro

Apesar de a produção de mel nos últimos cinco anos ter tido um crescimento forte no Piauí, os atores que fazem parte da cadeia apontam dificuldades que devem ser superadas. Para os pequenos produtores, o desafio mais antigo que se perpetua é a falta de capital de giro. José de Anchieta Moura destaca que esse problema acaba reduzindo as receitas das cooperativas, que não podem cobrar taxas que seriam mais adequadas para a sua manutenção.

Além disso, facilitam a ação de atravessadores que são muito prejudiciais para a agricultura familiar. Essa realidade prejudica, inclusive, a constatação de dados mais reais sobre a produção e exportação de mel piauiense. Especialistas acreditam que a apicultura gera muito mais recursos do que as estatísticas oficiais apontam, mas que parte do que é produzido e vendido para o exterior vai para os dados de outros estados.

 

Outro desafio para os produtores piauienses, segundo Mercês Dias, é a alta concorrência internacional do produto. Países tradicionais no setor como Argentina e China estão muito acima do Brasil e há outras nações que passam a figurar entre os principais exportadores. Além disso, alguns países importadores estão começando a produzir o próprio mel internamente.

Com dados da Cidade Verde e Piauí Negócios 

08 fev
ChatGPT-3: primeiras impressões – Nazareno Reis

Escola de direito aplicado

Artigo escrito pelo professor da Escola de Direito Aplicado Nazareno Reis

Nos últimos dias, virou febre na internet conversar com o robô ChatGPT-3[1]. Trata-se de um poderoso modelo de Inteligência Artificial para o processamento de linguagem natural (PLN), pertencente à empresa OpenAI, que consegue manter uma conversa por escrito com um ser humano sobre praticamente qualquer tema.

A coisa ainda está num estágio experimental, mas já aberta para uso por qualquer um que se interesse. Basta acessar o site https://chat.apps.openai.com/auth/login e seguir as instruções.

Já há notícias de que o ChatGPT conseguiu ser aprovado nos testes de proficiência para ser médico, advogado e concluir um MBA nos Estados Unidos[2]. Uma mulher britânica de 37 anos, residente em Londres, decidiu deixar o marido e assumir o amante que conheceu online, depois de ser aconselhada pelo ChatGPT[3]. No Brasil, o robô escreveu, em 50 segundos, uma redação sobre o tema do Enem2022, com um nível bem razoável de expressividade[4]. Um homem publicou um livro infantil escrito e ilustrado inteiramente pelo GPT-3[5], em poucos dias, suscitando a revolta de alguns artistas com o uso da criatividade humana por máquinas.

(Imagem: freepik)

É possível pedir ao ChatGPT-3 para traduzir e resumir um livro em outro idioma, escrever poesias ou músicas, gerar diálogos entre personagens de um livro ou filme, com base nos perfis oferecidos pelo usuário etc. Enfim, o ChatGPT-3 pode funcionar como um assistente pessoal superinteligente; um oráculo capaz de responder virtualmente a qualquer pergunta que se faça sobre qualquer tema, em questão de segundos e com satisfatória redação. Lembra um pouco aqueles assistentes pessoais de super-heróis dos quadrinhos e do cinema, como o J.A.R.V.I.S., do Homem de Ferro. Com o detalhe de que, por enquanto, o robô GPT-3 se comunica apenas por escrito com o usuário.

A grande novidade desse chatbot é que ele foi treinado numa colossal base de dados e dispõe de nada menos que 175 bilhões de parâmetros para decidir sobre o texto que vai escrever como resposta a alguma demanda que lhe é apresentada. Para que se tenha uma ideia do tamanho disso, o ChatGPT2 tinha “apenas” 1,5 bilhão de parâmetros.

Como resultado dessa vasta “experiência” com dados, o ChatGPT-3 pode responder por escrito, sem nenhum ajuste especial, desde questões filosóficas, até receitas de bolo, passando por matemática, ciências, biologia, astronomia etc. O GPT-3, por isso mesmo, pode em tese ser usado como tradutor, programador, professor, escritor de ficção, jurista, conselheiro amoroso, poeta, e por aí vai.

Apesar dessa grande versatilidade, não dá para dizer ainda que o ChatGPT-3 é uma Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês para Artificial General Intelligence) — até porque a inteligência humana, que seria o parâmetro absoluto para medir o que é a inteligência em si, não atua apenas por meio de textos, mas também por meio de imagens, sons, sensações táteis e até pelo silêncio e pela inação. Mas, sem dúvida, é o mais próximo que se chegou de uma AGI, até este momento.

Os algoritmos Processamento de Linguagem Natural (PLN) de última geração eram treinados em tarefas particulares — como, por exemplo classificação de sentimentos e classificação textual —, usando aprendizado supervisionado. O ChatGPT-3 foi pensado para lidar com qualquer assunto a respeito dos quais ele tenha sido treinado, desde que a pergunta seja feita por escrito em certos idiomas, e isso tudo sem qualquer supervisão humana específica dos seus desenvolvedores.

(Imagem: freepik)

Os modelos GPT têm sido concebidos para aprender um modelo de linguagem usando dados não rotulados, isto é, sem significado explicitamente indicado pelo programador. Apenas para ajustar o modelo são fornecidos exemplos de tarefas específicas. Nos modelos de aprendizado supervisionado, o programador apresenta o objeto e o associa ao respectivo nome (rótulo); no GPT, os objetos e os nomes são apresentados como aparecem no dia a dia e o programa deve inferir as conexões entre eles pela massa dos exemplos que são oferecidos. Mal comparando: no aprendizado supervisionado, a máquina aprende uma língua com um professor; no não supervisionado, tem que aprender sozinha, por superexposição aos dados e inferência estatística de padrões, com correções e ajustes sendo feitos a partir dos feedbacks dos “nativos” do idioma.

Em todo caso, mesmo no aprendizado não supervisionado, o desenvolvimento do modelo não se faz por exposição a dados brutos. Os dados de treinamento são tratados antes de serem apresentados ao modelo de linguagem, num procedimento conhecido como pré-processamento de dados. Isso é para dizer que, mesmo num programa tão avançado e complexo como o GPT, o recorte inicial do que a máquina deve conhecer é escolhido pelo desenvolvedor. Há um efeito de enquadramento aqui e isso tem consequências posteriores sobre o design final do modelo.

É impossível dizer agora quais serão as consequências sociais da incorporação de “motores de conversação”, como o ChatGPT-3, à vida cotidiana das pessoas, das empresas e dos governos. Mas certamente elas serão muitas.

Em primeiro lugar, o uso da internet deve mudar bastante. Quando olhamos para a maneira como a web é usada hoje pela maioria das pessoas — com exceção das redes sociais, que têm uma lógica diversa — percebemos que ela ainda é muito tributária da visão original de Tim Barners-Lee, o pai da web, a saber: há um grande livro (hipertexto), formado por muitas páginas (sites), que podemos “navegar” (não seria melhor “folhear”?) conforme o nosso interesse, com a ajuda de índices móveis ad hoc, dos quais o Google é o mais importante.

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Com os motores de conversação, deverá ocorrer uma mudança importante: as fontes das informações passarão a segundo plano e o usuário focará em um resultado interpretado, ou seja, um resumo bem estruturado do tema, em vez de vários textos para ler (muitos deles irrelevantes).

Vamos a um exemplo, típico da área jurídica, para esclarecer melhor o que dizemos: imaginemos que um aluno de graduação (ou mesmo um bacharel), deseje saber o que é “hipoteca”. Ele então digita a palavra “hipoteca” no Google. O motor de busca produz mais de 34 milhões de resultados em 0,45 segundos. Na prática, dificilmente alguém passa da primeira página dos milhões de resultados, o que indica haver certa desproporção dos resultados em relação à expectativa média dos usuários. Enfim, os resultados são vários links sobre o tema, com artigos, notícias e toda ordem de postagens que tangenciam o tópico e sobre os quais o usuário deverá ainda se debruçar para extrair a informação que deseja.

Agora, se o mesmo usuário fizer a pergunta “O que é hipoteca?” para o ChatGPT-3, a resposta será essa (ou algo aproximado, já que o modelo evolui): “Hipoteca é um empréstimo garantido por uma propriedade imobiliária. Ela é concedida pelo banco ou outra instituição financeira e é usada para financiar a compra de uma casa ou outro imóvel. O mutuário, ou tomador do empréstimo, coloca a propriedade como garantia para o empréstimo e se compromete a pagar as parcelas do empréstimo, juntamente com juros e outros encargos, de acordo com as condições acordadas no contrato de hipoteca. Se o mutuário não pagar as parcelas do empréstimo, a instituição financeira pode tomar posse da propriedade e vendê-la para recuperar o valor do empréstimo.”

Certo, essa não é uma resposta perfeita. Ela contém algumas imprecisões, mas é mais do que suficiente para que se tenha uma boa ideia do que é hipoteca. E o mais interessante é que vem num formato imediatamente legível e compreensível (e “colável”, infelizmente), sem a necessidade de novos cliques em inúmeros outros links para aumentar a legibilidade da pesquisa.

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Comparando esses dois formatos de resultados de pesquisa, é justo supor que o design dos motores de busca — e até o modelo de negócios de empresas responsáveis por eles — deve mudar em breve, dada a concorrência dos motores de conversação. Hoje o Google e seus homólogos têm importante fatia do seu faturamento atrelada à colocação de páginas patrocinadas no topo de seus resultados de busca. Como não haverá “resultados de busca” nos motores de conversação, senão a própria resposta já formulada em formato imediatamente legível pelo usuário, então provavelmente esses serviços serão oferecidos por meio de streaming, mediante assinatura mensal, visto que não será viável, em princípio, a promoção explícita de certas páginas patrocinadas.

Em contrapartida, uma preocupação importante trazida pelo uso do ChatGPT-3 é que ficará ainda mais difícil para os produtores de conteúdo controlar o uso de suas criações. O ChatGPT-3 não indica especificamente de onde extrai as suas respostas diretas e sucintas, embora seja claro que ele tira de conteúdos hospedados na web.  Indagado sobre quais são as bases de dados que usa para produzir as suas incríveis respostas sobre tudo que há, o ChatGPT-3 respondeu: “Eu sou treinado com uma variedade de fontes de dados, incluindo artigos de notícias, livros eletrônicos, sites e fóruns na internet. Isso me permite responder a uma variedade de perguntas e tópicos.” Resposta bastante elusiva, como se vê.

A questão da fraude em provas e trabalhos acadêmicos é outro ponto sensível. Os maus alunos de cursos de graduação ou pós-graduação poderão, em tese, assumir para si a autoria de textos produzidos mediante perguntas ao ChatGPT-3. Isso evidentemente é uma manipulação da IA para um propósito malicioso — que, no entanto, por infelicidade pode ocorrer na prática.

Para além dos eventuais controles pedagógicos das universidades, colégios e instituições de ensino em geral, estima-se que a solução para isso talvez esteja na criação de outros algoritmos, capazes de sondar o texto para saber se ele foi produzido por máquinas; ou então na incorporação no próprio design do ChatGPT-3 de uma espécie de “marca d´água” digital que aponte a origem do texto[6]. Essa é uma questão que promete muitas vicissitudes ainda.

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Os vieses também merecem cuidadosa atenção. Já se sabe que um dos grandes problemas dos algoritmos é que eles tendem a reproduzir visões distorcidas da realidade, o que se torna mais grave por causa da escala que isso alcança na internet. Se, em vez de dar uma lista de fontes, como nos motores de busca, o algoritmo de conversação tem de dar uma resposta resumida sobre o que foi perguntado pelo usuário, aumentam proporcionalmente as chances de enviesamento, por conta da condensação que precisa ser feita para produzir a síntese de tudo que foi encontrado, deixando de lado detalhes contextuais que eventualmente podem ser relevantes para uma boa compreensão de certos temas.

A superação dos vieses depende fundamentalmente de um conjunto de dados de treinamento apropriado e de ajustes posteriores no design do algoritmo, conforme sejam apresentados elementos objetivos que indiquem a efetiva ocorrência de enviesamento. Esse não é um problema exclusivo ou particularmente mais grave no ChatGPT-3, mas antes é típico de todos os algoritmos que lidam com grandes conjuntos de dados. É provável, inclusive, que medidas de profilaxia anti-viés se tornem rotineiras em algoritmos que operem com o público em geral, dada a inerente tendência para o enviesamento de modelos estatísticos.

Olhando pela perspectiva do trabalho, o ChatGPT-3 tem potencial para abalar uma série de profissões. Se, no passado, as tecnologias eliminaram postos de trabalho entre os menos letrados, agora parece que estamos diante de uma ferramenta que tem capacidade para abalar profissões intelectuais — na verdade, principalmente elas.

Com efeito, a existência de uma coisa que pode responder bem, por escrito, a dúvidas sobre tudo, é uma clara ameaça, em tese, a todas as profissões que se baseiam em conhecimentos técnicos e que se exercem predominantemente por escrito (assim, por exemplo, as profissões jurídicas em geral). É claro que temos de considerar também a contracorrente formada pelas pressões de ordem política, econômica e mesmo cultural que se farão para manter os postos de trabalho nas mãos das pessoas, mas não podemos desprezar a força dos fatos. Há empregos e profissões em perigo, sim.

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Para ilustrar isso, convém lembrar que recentemente Joshua Browder, dono da empresa DoNot Pay, anunciou pelo Twitter que um robô de sua empresa daria assistência, como se advogado fosse, a uma pessoa num tribunal americano. Convenientemente, ele deixou de mencionar onde e quando se daria o julgamento e qual seria o processo, para evitar impugnações. Mas, poucos dias depois do anúncio, o conselho dos advogados locais conseguiu impedir a experiência[7], ameaçando de prisão Joshua Browder. Outro exemplo que, graças a uma reportagem da revista Wired de 2019[8], sempre é lembrado quando se fala de perda de postos de trabalho para computadores, é o de robôs-juízes que estariam atuando na Estônia. Tal fato, no entanto, foi categoricamente negado pelo Ministério da Justiça daquele país[9]. Isso não quer dizer, claro, que a ideia não possa ser cogitada em algum momento no futuro, aqui ou no exterior.

Ao lado desses senões e de muitos outros que ainda se apresentarão, não podemos deixar de ver, já nesses primeiros contatos, muitas coisas boas que o ChatGPT-3 e seus similares poderão trazer. De fato, ter um assistente virtual superinteligente que responda a todas as nossas dúvidas, a qualquer hora do dia ou da noite, pode nos poupar tempo e energia, simultaneamente aumentando a nossa produtividade. Basta pensar no próprio Google, que tem desempenhado, ao longo dos últimos anos, função semelhante à de assistente pessoal em algumas circunstâncias. Quantas tarefas do dia a dia e do trabalho foram facilitadas pelo Google? Inúmeras! O mesmo deve ocorrer quando o ChatGPT-3 entrar em operação para valer e se incorporar aos hábitos cotidianos.

Yann LeCun, uma das maiores autoridades do mundo em Inteligência Artificial, fez um prognóstico auspicioso, numa recente publicação em uma rede social. Ele disse que, num mundo em que todos tiverem acesso a um assistente pessoal com Inteligência Artificial, o conhecimento e a inteligência se tornarão menos importantes do que a motivação, o senso moral e a habilidade para ouvir, assim como se passa com grandes líderes, que são cercados por gente que sabe mais do que eles mesmos, e nem por isso perdem a sua proeminência.

Esse é um destino possível e francamente desejável, mas receio que, para chegar lá, tenhamos ainda um longo e acidentado caminho a percorrer.


[1] O “Chat” é de conversa, em inglês, e o “GPT-3” é para se referir à terceira geração de um algoritmo de Generative Pretrained Transformer.

[2] ChatGPT: inteligência artificial é aprovada em provas para médico, advogado e MBA nos EUA | Exame

[3] Mulher decide se divorciar de seu marido e ficar com seu amante porque o bot de IA ChatGPT lhe disse para | Daily Mail Online

[4] Robô ‘ChatGPT’ escreve redação do Enem em 50 segundos; saiba quanto ele tiraria na prova | Educação | G1 (globo.com)

[5] AI-generated kids’ book using ChatGPT, Midjourney caught in art debate – The Washington Post

[6] Há possibilidade técnica de se fazer isso, conforme se vê em: A Watermark for Large Language Models (arxiv.org)

[7] AI-powered “robot” lawyer won’t argue in court after jail threats – CBS News

[8] Can AI Be a Fair Judge in Court? Estonia Thinks So | WIRED

[9] Estonia does not develop AI Judge | Justiitsministeerium

07 fev
O que é Knowledge Management (Gerenciamento de conhecimento)?

iCEV

Gerenciamento de conhecimento é uma abordagem integrada para coletar, usar e distribuir conhecimentos, recursos e informações em uma organização.

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Por que o gerenciamento do conhecimento é importante?

Nós aprendemos com a experiência. À medida que enfrentamos novos desafios, nossos sucessos e fracassos melhoram nossa capacidade de enfrentar desafios semelhantes no futuro. Infelizmente, o progresso pela experiência tem sido classicamente limitado ao indivíduo; nós aprendemos com nossa própria experiência, e os outros são forçados a fazer o mesmo. No entanto, o gerenciamento de conhecimento pode mudar tudo isso.

Ao criar um só sistema de TI que pode armazenar e recuperar o conhecimento coletivo e a experiência da equipe de trabalho de uma organização, o gerenciamento de conhecimento compartilha conhecimentos específicos entre os funcionários. Isso permite maior eficiência, melhor capacidade de tomada de decisões e resolução de problemas mais rápida e precisa.

Além disso, o gerenciamento de conhecimento ajuda a promover a inovação. Com fácil acesso a ideias compartilhadas, experiências e informações atualizadas, os funcionários têm os recursos de que precisam para pensar de modo não convencional e fazer mudanças culturais importantes para adaptar sua organização a fim de atender melhor às crescentes necessidades de negócios.

O gerenciamento de conhecimento também pode ajudar a diminuir a rotatividade de funcionários, apresentando aos funcionários informações avançadas sobre como fazer seus trabalhos de modo mais eficaz.

Mas, talvez o mais importante seja que o gerenciamento de conhecimento permite que os negócios permaneçam competitivos. Ao compartilhar experiências e informações por meio de ferramentas fáceis de usar, os negócios se tornam mais flexíveis e inteligentes, mais bem preparados para detectar problemas com mais facilidade e inovar mais rapidamente.

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Quais eventos impulsionam o gerenciamento de conhecimento?

Embora o gerenciamento eficaz de conhecimento possa oferecer retornos significativos para basicamente qualquer organização, muitas vezes, a necessidade de um sistema desse tipo só é reconhecida quando eventos específicos o exigem. Isso pode incluir:

Fusões ou aquisições que exigem a necessidade de conhecimento codificado e incentivam as equipes a compartilhar seus conhecimentos específicos.
– Funcionários importantes que se aposentam ou deixam o cargo, o que oferece a oportunidade de capturar os conhecimentos deles para transmissão aos demais.
– O recrutamento futuro ajuda no treinamento de novos funcionários.

O processo de gerenciamento de conhecimento

Embora não haja um procedimento padronizado para estabelecer um sistema funcional de gerenciamento de conhecimento, as etapas a seguir descrevem o processo mais comum de gerenciamento de conhecimento.

Captura do conhecimento

As pessoas que respondem às solicitações dos clientes criam um artigo como um subproduto da solução do problema ou da consulta do cliente.

Estruturação do conhecimento

O artigo é criado usando um modelo ou um formulário, o que ajuda a manter a base de conhecimento consistente e fácil de acessar pelos usuários.

Reutilização do conhecimento

Os artigos relevantes e relacionados da base de conhecimento podem ser vinculados, o que permite que os usuários explorem soluções mais detalhadas.

Aprimoramento do conhecimento

Os usuários revisam regularmente o conhecimento à medida que continuam pesquisando artigos, dando feedback e permitindo possíveis melhorias para iterações futuras.

Quais são os benefícios do gerenciamento de conhecimento?

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Gerenciamento de conhecimento para melhores experiências dos funcionários

É mais provável que os funcionários sejam mantidos e fiquem felizes quando têm acesso a informações e oportunidades para compartilhar seu conhecimento e aprimorar a experiência de seus colegas de trabalho. Isso permite uma maior colaboração, uma tomada de decisões mais rápida e mais eficiência na organização.

Gerenciamento de conhecimento no processo de integração

As melhores experiências de integração aumentam as taxas de retenção e a produtividade. O gerenciamento de conhecimento é uma maneira rápida e fácil de melhorar a integração e o compartilhamento de conhecimento dos funcionários, o que ajuda os novos funcionários a desenvolver uma ideia clara do que se espera deles, aprender como concluir as tarefas da melhor forma e determinar quem pode ajudá-los a realizar o que precisam fazer. Uma base de conhecimento acelera a integração com um tour abrangente dos sistemas e uma visão geral dos procedimentos, o que simplifica o processo.

Gerenciamento de conhecimento na jornada do funcionário

A jornada do funcionário abrange todas as etapas que um funcionário segue como parte de sua contratação em uma organização, desde o momento em que ele se inscreve em uma vaga de emprego até quando aceita uma nova oferta de trabalho. Ela identifica os momentos importantes, o que ajuda na melhoria da jornada. Os momentos importantes incluem o primeiro dia na empresa, a primeira avaliação de desempenho ou quaisquer promoções recebidas. O gerenciamento de conhecimento prevê as informações de que os funcionários precisarão em cada fase, o que reduz o atrito e ajuda a mantê-los motivados e comprometidos.

Exemplos de sistemas de gerenciamento de conhecimento

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Os sistemas de gerenciamento de conhecimento podem assumir várias formas. Alguns exemplos comuns de sistemas de gerenciamento de conhecimento são:

Gerenciamento de Documentos

Oferece acesso fácil a documentos importantes da empresa. Atuando como um repositório centralizado para arquivos, manuais etc., os sistemas de gerenciamento de documentos foram projetados para simplificar ao máximo a localização e a recuperação de arquivos. Basicamente, o gerenciamento de documentos é um gabinete de arquivamento digital; ele oferece soluções de armazenamento e acessibilidade, mas não captura nem analisa automaticamente os dados por conta própria.

Gerenciamento de conteúdo

Os sistemas de gerenciamento de conteúdo levam o gerenciamento de documentos um passo adiante. Além de armazenarem e recuperarem documentos essenciais, também incluem mídia adicional, como áudio, vídeo e muito mais.

Bancos de dados

Usando um banco de dados, os negócios têm a oportunidade de capturar, armazenar, analisar e interagir com dados. Geralmente, os bancos de dados são indexados para aumentar a acessibilidade das informações. Muitas vezes, os bancos de dados são projetados com medidas adicionais de segurança para proteger os dados armazenados, mas podem ser caros de projetar e implementar e podem exigir maior experiência de TI para uso e manutenção.

Depósitos de dados

Os depósitos de dados redirecionam o foco para a própria organização, localizando e armazenando dados importantes de todo o negócio para fins de relatórios e análise. Para fazer isso de forma eficaz, eles devem ser completamente integrados a todos os sistemas de negócios relevantes, o que os torna uma opção de maior manutenção do que muitas outras formas de gerenciamento de conhecimento.

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Opções de intranet

As redes privadas de computadores são criadas em plataformas pesquisáveis que oferecem recursos de informação de fácil acesso. Isso aprimora a colaboração e o networking em uma empresa.

Redes sociais

Seguindo dicas do Facebook e de outros sites de redes sociais de sucesso, essas opções oferecem aos usuários a oportunidade de se conectar com outras pessoas, contribuir com informações, ingressar em grupos e discutir questões de interesse.

Wikis

As ferramentas de colaboração que assumem a forma de enciclopédias on-line de código aberto, as wikis, permitem que praticamente qualquer pessoa com acesso autorizado edite e aprimore os artigos contidos na base de conhecimento. As wikis são eficazes para lidar com a manutenção de documentos de negócios e catálogos de produtos, mas podem ter dificuldades para garantir a precisão.

Publicado por Blog ServiceNow

02 fev
Além da codificação: Trabalhos em Engenharia de Software para quem não quer programar

Escola de tecnologia aplicada

Artigo escrito pelo professor da Escola de Tecnologia Aplicada Carlos Futino

Engenharia de Software e Programação

Engenharia de Software é, por definição, a aplicação de técnicas, conhecimentos e ferramentas à construção de software de qualidade. A função do engenheiro de software é produzir aplicações que atendam às necessidades dos clientes dentro do prazo e orçamento disponíveis.

Software é construído através do processo de programação. Embora o processo de desenvolvimento envolva outros passos anteriores à codificação, o software não fica pronto sem programação.

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Programação é o processo de criar e descrever um conjunto de instruções que informem a um computador o que fazer para resolver um dado problema. Para programar, é necessário entender a lógica básica de programação (algoritmos) e alguma linguagem de programação que possa ser “entendida” pelo computador.

Diante da importância da programação no desenvolvimento de software, cursos e discussões na área tendem a focar fortemente em desenvolver habilidades técnicas voltadas para essa atividade. De fato, basta olhar a grade de qualquer curso de engenharia de software ou computação e veremos disciplinas voltadas para programação em praticamente todos os blocos.

Com essa informação, parece que todo engenheiro de software precisa ser, acima de tudo, um programador. Mas será mesmo verdade?

 

Nem todo mundo programa

Programação é uma habilidade complexa. É também uma atividade complexa e longa.

Programar envolve criar algoritmos. A base para a criação de qualquer programa é a definição da sequência de instruções que serão realizadas para resolver o problema do cliente. Esse conjunto de instruções é conhecido como algoritmo.

Criar algoritmos exige conhecimento das estruturas de comando e de lógica matemática, bem como a capacidade de visualizar e organizar a solução para problemas.

Além disso, programar exige o domínio de uma linguagem de programação. Linguagens de Programação são sistemas de notação que podem ser compreendidos pelo computador. Computadores não entendem o que chamamos de linguagens naturais (as que falamos no dia a dia, como o português). Por isso, é necessária uma linguagem que possa ser entendida tanto pelo programador quanto pelo computador. Diversas dessas linguagens existem no mercado, é cada software é desenvolvida em uma linguagem.

(Imagem: freepik)

Por esses motivos, nem todos desejam dedicar tempo ou esforço para a atividade de programação. Algumas pessoas não se interessam por aprender as habilidades necessárias. Outras, mesmo sabendo programar, não demonstram interesse pelo dia a dia da atividade.

Ainda assim, várias dessas pessoas se interessam pelo poder de inovação e solução de problemas que a área de engenharia de software pode trazer. Existem espaços para aqueles que não desejam ou não conseguem programar dentro do universo da produção de software.

 

Trabalhos sem programação

 

Desenvolver software envolve programar, mas essa não é a única atividade envolvida na Engenharia de Software. Entender as necessidades, projetar as interfaces, controlar as equipes, acompanhar os usuários e muitas outras atividades são necessárias para a criação e manutenção de softwares em qualquer ambiente.

Essas atividades são melhor exercidas por pessoas com expertise na área de Engenharia de Software, mas não exigem habilidades de programação propriamente ditas. São atividades voltadas para o gerenciamento da equipe, para o contato com o cliente ou para a operação cotidiana do software.

Seguem alguns dos principais trabalhos que um engenheiro de software pode fazer sem precisar escrever código.

 

Product Owner/Product Manager

 

Geralmente o cliente de uma equipe de desenvolvimento de software não é um profissional da área. Clientes são, em última análise, usuários finais. Assim, eles não entendem o linguajar e os métodos envolvidos no desenvolvimento de software. Isso pode dificultar a comunicação entre as partes envolvidas.

Entra em cena o Product Owner, profissional responsável pela comunicação entre a equipe e o cliente. Mais que a comunicação, o P.O. funciona como um representante do cliente junto à equipe.

(Imagem: freepik)

A função do Product Owner é garantir que o software atenda as necessidades dos clientes. O P.O. precisa entender não apenas o que o cliente afirma querer, mas o que ele efetivamente precisa para resolver seus problemas. Um bom P.O. consegue visualizar o produto de forma estratégica para direcionar o trabalho da equipe.

O trabalho cotidiano do Product Owner consiste em especificaras funcionalidades do software a serem desenvolvidas, tirar dúvidas da equipe sobre as necessidades do cliente, atribuir prioridades diferentes para cada funcionalidade e avaliar as funcionalidades entregues.

 

Gerente de Projetos

 

O desenvolvimento de um software se encaixa perfeitamente na definição tradicional de um projeto (“Um esforço finito com o objetivo de produzir um produto ou serviço novo”). Por isso está sujeito às mesmas restrições que qualquer projeto: Prazo, custo e escopo. Está, também, sujeito a riscos e a restrições de pessoal. Alguém precisa controlar essas restrições e riscos.

Essa função cabe ao Gerente de Projetos. Ele é o responsável final pelo sucesso do esforço de desenvolvimento. Cabe ao gerente planejar e estimar o projeto, bem como se preparar para riscos e controlar e facilitar o trabalho da equipe.

As atividades do dia a dia de um gerente de projeto são estimar o prazo e o custo do processo de desenvolvimento, estabelecer o cronograma de desenvolvimento, montar a equipe do projeto, identificar e criar planos de contingência para possíveis riscos e controlar e liderar a equipe de software.

Por controlar e liderar a equipe de software entende-se acompanhar o trabalho, garantindo que o mesmo cumpra o cronograma estabelecido, e ajudar a equipe a manter o ritmo, tanto motivando a equipe como removendo eventuais obstáculos que a equipe encontre, mas não tenha autoridade para remover.

O nível de autonomia e de poder que gerentes de projeto possuem variam entre organizações, mas de forma geral eles operam como líderes e chefes de equipes. Bons gerentes de projeto devem ter capacidades de liderança, negociação e resolução de conflitos.,

 

Designer de UX

Um produto de software não existe no vácuo. Ele tem a função de resolver um problema enquanto é usado pelo usuário, bem como de existir no ecossistema de T.I. da empresa. Em resumo, um sistema oferece um conjunto de experiências ao usuário.

Essa lógica não se aplica somente a software. Qualquer produto existe, ao fim e ao cabo, para oferecer um conjunto de experiências ao usuário.  Mesmo produtos simples, como uma roupa, existem em função do que eles oferecem quando usados.

Produtos podem, e devem, ser projetados a partir de suas funcionalidades, mas podem, também, ser projetados com a experiência do usuário em mente. Todo o produto pode ser pensado de forma a otimizar a forma como o usuário se sente e como ele interage com o produto.

(Imagem: freepik)

A título de exemplo, olhemos o caso do Iphone. Smartphones já existiam antes dele, como o Blackberry ou o Sidekick. O que a Apple fez com o primeiro Iphone foi visualizar uma experiência mais agradável, com o touchscreen, a aparência mais bonita e a tela com cores mais vivas. Perceba-se que as funções básicas de um smartphone já eram atendidas pelos antecessores, mas a experiência oferecida pelo Iphone era diferente. Por isso, o produto revolucionou o mercado.

Essa mesma lógica se aplica ao desenvolvimento de software. Produtos de software podem ser pensados com foco na experiência que o usuário final terá ao utilizá-lo. Esse é o trabalho do User Experience Designer (Designer de Experiência do Usuário, em uma tradução livre), ou UX Designer.

Bons UX Designers deve ter a capacidade de se colocar no lugar do usuário, foco na satisfação e boa comunicação. Precisam também ter a capacidade de enxergar o produto como um todo. Conhecimento de técnicas de design de soluções também pode ser um diferencial.

 

Designer de UI

É comum confundir UX Design e UI Design. Enquanto o UX Designer foca na experiência como um todo, o UI Designer foca especificamente na maneira como o usuário vai interagir com o sistema. O termo UI significa User Interface, ou Interface de Usuário.

O UI Designer tem um trabalho mais técnico, projetando e desenhando as interfaces que o usuário visualizará ao lidar com um sistema. Ele vai se preocupar com telas, ergonomia, organização da informação, cores e coisas similares.

O trabalho do designer de interfaces exige capacidade de organização visual e capacidade de entender seus usuários. O bom UI Designer consegue entender a diferente facilidade ou dificuldade de cada grupo de usuários com cada tipo de interface.

Vale ressaltar que muitas equipes de software colocam o trabalho de UI Designer sob a mesma tutela do UX Designer, para minimizar a quantidade de membros. Embora isso seja comum, não significa que sejam a mesma coisa. UX Designer foca na experiência do usuário e UI Designer foca exclusivamente nas telas.

 

Arquiteto de Software

 

O projeto de software é o processo de tomar decisões acerca de como o software será feito. Geralmente pode ser entendido em vários níveis de detalhamento diferente. Desde o projeto extremamente detalhado descrevendo estruturas de dados, algoritmos ou classes, até o mais amplo, que descreve tecnologias e partes básicas do sistema.

Esse último tipo de projeto, considerado um projeto de alto nível (pois mais distante da implementação propriamente dita), é conhecido como arquitetura do software. A arquitetura do software vai descrever a pilha tecnológica usada, quais as partes do sistema e como essas partes falarão entre si.

Um projeto de arquitetura pode, por exemplo, especificar em quantos componentes o sistema será dividido, em que linguagem cada componente será implementado, quais frameworks de desenvolvimento serão utilizados, onde e como serão hospedados os componentes e como cada componente se comunicará com os outros.

(Foto: Denise Nascimento)

Para citar um exemplo mais prático: Uma arquitetura bastante comum hoje em dia é criar o sistema com três componentes. Um banco de dados em algum sistema gerenciado de bancos de dados moderno (sistema de armazenamento de dados), um “backend” em Java utilizando framework Springboot e hospedado através de um servidor de aplicações Wildfly e um “frontend” em TypeScript, utilizando plataforma Angular e hospedado em um servidor Node.js. O frontend se comunica com o backend via HTTP resdtfull (tecnologia para comunicação simples via WEB) e o backend se comunica com o sistema gerenciador de bancos de dados utilizando JDBC (tecnologia própria para a comunicação entre aplicações Java e sistemas gerenciadores de bancos de dados).

O trabalho de criar, manter e comunicar esses projetos de arquitetura é responsabilidade do arquiteto de software. Esse profissional se dedica a, com o auxílio da equipe, decidir quais serão os componentes, quais funcionalidades serão implementadas em cada componente e como cada componente será implementado.

Bons arquitetos de software devem conhecer linguagens de modelagem, entender as tecnologias e tendências do mercado, ter noção básica de vantagens e desvantagens de tecnologias e linguagens de programação, além de ter capacidade de resolução de problemas, organização e priorização.

 

Analista de Informação

 

Um clichê comum sobre a tecnologia da informação é que os dados serão o próximo petróleo. A frase significa que as novas fortunas surgirão de empresas que manipulam e extraem informação. Embora clichês tendam a ser frases sem sentido, esse tem mais que um pé na realidade.

Parte importante das necessidades dos clientes atuais é entender os dados é transformá-los em informações.  Dados são fatos individuais enquanto informação é a organização e interpretação desses fatos.

Um dos profissionais responsáveis por interpretar dados e extrair informações e conhecimento deles é o analista de informação. Analistas de informação utilizam ferramentas de dados e de análise para interpretar os dados de diversas fontes e encontrar padrões e narrativas a partir das informações.

É o analista de informação que vai utilizar os dados para entender o comportamento de clientes, prever tendências a auxiliar na tomada de decisões.

Para realizar o trabalho, um profissional da área precisa ter capacidade de comunicação e de previsão, além de conhecimento razoável de estatística e, preferencialmente, álgebra linear.

 

Engenheiro de Dados

 

Se analistas de informação e cientistas de dados vão acessar dados de diversas fontes diferentes para executar suas funções, alguém precisa organizar esses dados. Essa função pertence ao engenheiro de dados.

Engenheiros de Dados tem a responsabilidade de gerenciar fontes de dados tanto estruturadas (como bancos de dados) como não estruturadas (como textos ou bancos de imagens) e organizar ferramentas que permitam cientistas ou analistas trabalhar com esses dados.

Um engenheiro de dados deve ter conhecimento de bancos de dados e outras arquiteturas de dados. Ele precisa, também, conhecer ferramentas de big data e de conversão de dados. Além disso, é interessante que o engenheiro apresente habilidades de colaboração e criatividade. Por fim, conhecimento básico das áreas de ciência de dados ou análise de informação, conforme a área em que se trabalha, pode ajudar.

 

Administrador/Operador de Bancos de Dados

 

Sistemas gerenciadores de bancos de dados são a ferramenta número um para armazenamento de dados no mercado moderno de T.I. Esses sistemas são ferramentas que permitem, com relativa facilidade, armazenar, recuperar e manipular dados de forma concorrente e segura.

As estruturas de dados armazenadas dentro de um banco de dados precisam ser criadas, otimizadas e mantidas. Criadas para que se possam armazenar os dados dentro delas, otimizadas para garantir que a recuperação dos dados se dê da forma mais eficiente possível e mantidas para garantir que as estruturas de dados atendam às eventuais mudanças do software.

Os administradores de bancos de dados (e seus auxiliares, os operadores de bancos de dados) são os responsáveis por essas tarefas. Eles vão operar e manter os bancos de dados da empresa, bem como tomar decisões sobre a organização das estruturas de dados.

Em muitas organizações o administrador de bancos de dados acumula as funções do engenheiro de dados ou até do analista de informações, mas essas são funções tecnicamente diferentes.

(Imagem: freepik)

Dado o tema desse artigo, é preciso ressaltar que essa não é uma função 100% livre de codificação. É comum se usar linguagens de consultas, como SQL, para realizar as funções do administrador. Decidimos incluir essa função no artigo por dois motivos. Primeiro pois as ferramentas modernas de administração de bancos de dados permitem realizar quase todas as operações sem necessidade de codificação e segundo porque linguagens de consulta são formas bastante simplificadas e domínio bastante restrito de linguagens de programação.

Além de conhecimento de bancos de dados e das ferramentas de bancos dados, um bom administrado de bancos dados precisa ter capacidade de organização e visão analítica dos problemas.

 

Analista de Suporte

 

Uma vez desenvolvido o software, ele vai ser colocado para funcionar (ou em produção, como se diz no jargão de T.I.) e ser operado no dia a dia pelos usuários finais. Esses usuários podem vir a precisa de ajudas ou pequenas operações administrativas no sistema, como correção de erros ou cadastro de usuários. Além disso, operações administrativas de menor porte, como backups e restauração de sistemas podem ser necessárias.

Os responsáveis por todas essas operações é o analista de suporte e sua equipe. Esse é um profissional de perfil técnico, que tomará as decisões referentes ao suporte ao usuário, as regras e padrões desse suporte, o hardware e os softwares auxiliares instalados na organização e a forma como se farão as operações administrativas.

Vale ressaltar que o analista de suporte não é, necessariamente, a pessoa que vai realizar as operações de suporte ou administração, mas o responsável por discutir e implementar regras e políticas para essas operações. Em geral., ele terá em sua equipe pessoas responsáveis pela implementação manual ou pela automatização dessas tarefas.

Por ser uma das funções com maior número de atividades, é também uma das que requer maior número de habilidades técnicas. Conhecimento de softwares e hardwares existentes no mercado, conhecimento dos softwares a que se dá suporte e de ferramentas e metodologias de suporte são essenciais para esse profissional. Além disso, ele deve ser focado no cliente, ter boa capacidade de comunicação e de gerenciar relacionamentos, bem como resposta rápida aos problemas.

 

Conclusão

 

Como se pode ver, existem diversas funções que podem ser exercidas por engenheiros de software sem necessidade de programação. Essas funções permitem a engenheiros de software continuar participando do processo inovativo sem necessidade de se dedicar ao trabalho de codificação.

Vale ressaltar que, embora esses trabalhos normalmente não exijam programação propriamente dita, um conhecimento básico de lógica de programação e das tecnologias de programação podem auxiliar na comunicação com a equipe e na capacidade de avaliar o software.

30 jan
STF e a desnecessária agitação midiática em torno da “demissão sem justa causa”: na prática, nada mudará para as empresas

Escola de direito aplicado

Artigo escrito por Raphael Miziara, Doutorando em Direito do Trabalho (USP)

Os primeiros dias do ano de 2023 começaram agitados para o Direito do Trabalho. Circula nas redes sociais, com alguma intensidade, a notícia de que o STF poderá “proibir demissão sem justa causa”. O fato tem causado pânico e preocupação em muitos empresários.

Não poderia ser diferente, pois a imprensa, como tem sido praxe nos tempos de “caça cliques”, tem propagado a notícia de forma totalmente deturpada e sem o devido compromisso técnico, sempre com o objetivo de atrair e chocar o leitor. Contudo, o que mais causa espanto, é a quantidade de comentários e postagens recheadas de equívocos feitas pelos próprios profissionais da área trabalhista nas super confiáveis dicas de instagram e de tiktok, algumas, inclusive, com erros banais, tal como tratar como sinônimos os institutos da despedida sem justa causa e o da despedida imotivada.

Diante das considerações acima, tornou-se necessário um texto que tenha por objetivo esclarecer importantes pontos sobre a tão divulgada notícia. Em síntese, é preciso explicar os motivos pelos quais não há praticamente nenhuma chance de, na prática, os empregadores não mais poderem realizar despedidas sem justa causa e, inclusive, de forma imotivada. Na prática, para fins de despedida imotivada e/ou de demissão sem justa causa, nada vai mudar com o julgamento do STF, como será explicado a seguir, sendo que toda a repercussão midiática em torno do assunto tem mais a “cara” de terrorismo desnecessário do que o real propósito de informar.

De forma sucinta, porém, sem descuidar de detalhes necessários ao entendimento da questão, além das colocações até aqui descritas, o texto ainda está dividido em quatro partes: i) inicialmente, apresenta ao leitor o que é e do que trata a Convenção n.º 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); ii) posteriormente, o texto apresenta a discussão existente quanto aos requisitos ou pressupostos necessários para que uma Convenção da OIT seja retirada do ordenamento jurídico brasileiro; iii) em terceiro lugar, busca o texto apresentar um breve resumo do que está em jogo perante o STF, ou seja, tenta demonstrar o que envolve a controvérsia que o STF irá julgar e o motivo pelo qual esse caso está sob julgamento. É o que no meio jurídico se denomina, em síntese, de “objeto” da ação; iv) por fim, objetiva o texto explicar os motivos pelos quais não há praticamente nenhuma chance de, na prática, os empregadores passarem a ser obrigados a terem que motivar suas despedidas, ou seja, na prática, para fins de demissão imotivada e sem justa causa, nada vai mudar com o julgamento do STF.

 

Convenção n.º 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

No ano de 1982, a OIT aprovou a Convenção n.º 158, intitulada “Convenção sobre o Término da Relação de Trabalho”, que impõe aos empregadores a obrigação de justificar o término da relação de emprego, conforme previsto em seu artigo 4º, a seguir transcrito: “Art. 4 — Não se dará término à relação de trabalho de um trabalhador a menos que exista para isso uma causa justificada relacionada com sua capacidade ou seu comportamento ou baseada nas necessidades de funcionamento da empresa, estabelecimento ou serviço.”. Como se nota, de acordo com a referida norma internacional, a extinção do contrato de trabalho por iniciativa do empregador deve ser, necessariamente, justificada (motivada). Dito de outro modo, a Convenção proíbe a despedida imotivada do empregado, o que não se confunde com despedida sem justa causa.

Neste ponto, uma importante distinção se mostra necessária. Despedida sem justa causa é aquela na qual o empregador, por sua iniciativa, põe fim ao contrato de trabalho sem se basear em alguma das hipóteses de justa causa previstas no artigo 482 da CLT. Instituto diverso é o da despedida imotivada, entendida como aquela por meio da qual o empregador coloca fim ao contrato sem que exponha os motivos que ensejaram a ruptura do contrato. Em nenhum momento a Convenção n.º 158 da OIT proibiu a despedida sem justa causa. O objetivo da norma internacional é evitar a despedida imotivada. Apenas por essa distinção já é possível notar os equívocos das manchetes dos principais noticiários do país que relacionam o caso do STF com a despedida “sem justa causa”.[1]

Para que uma norma internacional tenha validade e vigência dentro do Brasil é necessário que ela passe por uma sistemática procedimental de internalização. Em apertada síntese, o procedimento possui quatro fases: a) assinatura, em regra, pelo Presidente da República; b) aprovação da norma internacional pelo Parlamento brasileiro; c) ratificação; d) publicação do decreto executório.

A Convenção n.º 158 da OIT teve a sua aprovação pelo Congresso Nacional brasileiro por meio do Decreto Legislativo n.º 68, de 16.09.1992. Sua ratificação se deu em 05.01.1995 e a sua promulgação se pelo Decreto n.º 1.855, de 10 de abril de 1996. Ocorre que pouquíssimo tempo depois, o Presidente da República, sem a participação do Congresso Nacional, denunciou a Convenção, por meio do Decreto n.º 2.100, de 20.12.1996. E, foi justamente em razão dessa denúncia que se instaurou a controvérsia perante o STF, pois uma das questões mais controvertidas em relação à denúncia dos tratados é a legitimidade do Poder Executivo ou do Poder Legislativo na iniciativa unilateral para denúncia de um tratado. A controvérsia gira em torno da aplicação dos chamados princípios do ato contrário e o da continuidade da vontade nacional.

Pelo princípio do ato contrário, se a participação do Congresso Nacional é obrigatória para a ratificação dos tratados internacionais, a sua desconstituição (denúncia) também torna imprescindível a participação do Congresso Nacional. Sucintamente, o tratado só pode ser denunciado caso sejam observadas as mesmas condições que o originaram. Logo, se das duas vontades tiverem de somar-se para a conclusão do pacto, é preciso vê-las de novo somadas para seu desfazimento.

Por outro lado, a teoria da Continuidade da Vontade Nacional propugna que se ambas as vontades (Executivo e Legislativo) são necessárias para que o Estado possa se obrigar originariamente, lançando-se numa relação contratual internacional, reputa-se suficiente a vontade de apenas um daqueles dois poderes para desobrigá-lo por meio da denúncia. Isso quer dizer que nenhum tratado pode continuar vigendo contra a vontade de um dos poderes. Assim, para Franciso Rezek, por exemplo, o ânimo negativo de um dos dois poderes em relação ao tratado há de determinar sua denúncia, visto que significa o desaparecimento de uma das bases em que se apoiava o consentimento do Estado.

Tradicionalmente, a praxe brasileira sempre acolheu a teoria da Continuidade da Vontade Nacional. Mas, o STF terá agora a chance de impor a adoção do princípio do ato contrário. O resultado desta ADI passará a balizar a problemática de legitimidade ou não do Executivo e do Legislativo na primazia de denúncia de tratados.

A discussão, que não é nova, foi recentemente retomada em razão do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n.º 1625. Referida ADI foi ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG com o objetivo de questionar a constitucionalidade do Decreto n.º 2.100/1996, por meio do qual o então Presidente da República deu publicidade à denúncia à Convenção n.º 158 da OIT. Na ADI, sustenta-se que o Decreto que denunciou a Convenção é inconstitucional por violar a separação dos poderes, pois, ao fim e ao cabo, seria necessária a participação do Parlamento, como bem orienta o princípio do ato contrário.

Em resumo, a discussão consiste em saber qual é o procedimento a ser adotado no âmbito do direito interno para promover a denúncia de preceitos normativos decorrentes de acordos internacionais. Enfim, se a norma constitucional (artigo 49, I, CRFB/88) só se refere à aprovação ou também à denúncia.

Alguns Ministros já votaram. O saudoso Ministro Teori Zavascki acompanhou a orientação de que é necessária a participação do Poder Legislativo na revogação de tratados e sugeriu modulação de efeitos para que a eficácia do julgamento seja prospectiva. Em seu voto, propôs tese segundo a qual “a denúncia de tratados internacionais, pelo presidente da República, depende de autorização do Congresso Nacional”.

Já nas palavras da Ministra Rosa Weber, “a derrogação de norma incorporadora de tratado pela vontade exclusiva do presidente da República, a meu juízo, é incompatível com o equilíbrio necessário à preservação da independência e da harmonia entre os Poderes (artigo 2º da Constituição da República), bem como com a exigência do devido processo legal (artigo 5º, inciso LIV) […] por isso, não se coaduna com o Estado Democrático de Direito”.

Atualmente, a situação é a seguinte: já foram proferidos 8 (oito) votos. Dos ministros que já votaram, já há maioria formada pela necessidade de participação do Congresso Nacional na denúncia de um tratado, o que indica que prevalecerá a tese do princípio do ato contrário.

Até 03.11.2022, o feito estava com vista ao Ministro Dias Toffoli, que na referida data proferiu voto-vista no sentido de julga improcedente o pedido formulado na ADI, mantendo a validade do Decreto nº 2.100, de 20 de dezembro de 1996, mas com a proposta de tese no sentido de que “a denúncia pelo Presidente da República de tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, para que produza efeitos no ordenamento jurídico interno, não prescinde da sua aprovação pelo Congresso, entendimento que deverá ser aplicado a partir da publicação da ata do julgamento, mantendo-se a eficácia das denúncias realizadas até esse marco temporal, formulando, por fim, apelo ao legislador para que elabore disciplina acerca da denúncia dos tratados internacionais, a qual preveja a chancela do Congresso Nacional como condição para a produção de efeitos na ordem jurídica interna, por se tratar de um imperativo democrático e de uma exigência do princípio da legalidade”.

Em seguida ao voto do Ministro Dias Toffoli, pediu vista dos autos o Ministro Gilmar Mendes. Já o Ministro Ricardo Lewandowski antecipou seu voto e acompanhou o voto da Ministra Rosa Weber (Presidente). Não votam no caso os Ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia por sucederem, respectivamente, aos Ministros Teori Zavascki, Joaquim Barbosa, Ayres Britto, Maurício Corrêa (Relator) e Nelson Jobim, que já proferiram voto em assentadas anteriores.

Contudo, mesmo que a ADI seja julgada procedente e a Convenção nº 158 se reestabeleça, o efeito prático poderá ser nenhum, pois é preciso lembrar que no julgamento da medida cautelar na ADI 1480, que questionava a constitucionalidade da Convenção 158 da OIT (sobre término da relação de trabalho por iniciativa do empregador), o STF entendeu que as normas da Convenção não eram inconstitucionais, desde que fossem interpretadas como sendo não autoaplicáveis, pois a sua aplicação direta violaria a reserva de Lei Complementar do art. 7º, I, da CR/88. (ADI 1480, Relator: Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, julgado em 04/09/1997, DJ 18/05/2001), de modo que a Convenção teria conteúdo meramente programático, ou seja, uma mera intenção sem efeito vinculante.

Além da questão da reserva de Lei Complementar, outro ponto mostra-se importante para demonstrar que, na prática, nada mudará: mesmo que a ADI seja julgada procedente, por certo o STF modulará os efeitos da decisão, de modo que o novo entendimento só vincule a partir do julgamento, ou seja, com efeitos para o futuro, mantendo-se a eficácia das denúncias realizadas até esse marco temporal. Isso porque, caso os efeitos não sejam modulados, o que geraria eficácia ex tunc (desde a data da publicação do decreto de denúncia), todas as despedidas realizadas seriam consideradas nulas, o que geraria, sem dúvidas, caos desnecessário com o consequente ajuizamento de milhares de ações judiciais.

[1] Isto É: “Sem justa causa? Sindicatos e STF podem arrasar o mercado de trabalho”. Disponível em <https://istoe.com.br/sem-justa-causa-sindicatos-e-stf-podem-arrasar-o-mercado-de-trabalho/>; Folha: “O que está em jogo no julgamento do STF sobre demissões sem justa causa”. Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/01/o-que-esta-em-jogo-no-julgamento-do-stf-sobre-demissoes-sem-justificativa.shtml>; O Globo: “STF pode proibir demissão sem justa causa? Entenda”. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2023/01/stf-pode-proibir-demissao-sem-justa-causa-entenda.ghtml>

 

Artigo escrito por

Raphael Miziara

Doutorando em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) – Mestre em Direito do Trabalho e das Relações Sociais (UDF) – Especialista em Direito do Trabalho e Governança Global pela Universidad Castilla-La Mancha (Espanha) – Advogado e Consultor Jurídico nas áreas trabalhista e de proteção de dados

23 jan
Engenharia de Software iCEV agora tem Inglês desde o 1º período

Escola de tecnologia aplicada

“English for Technology” deve aproximar o estudante do mercado internacional

Análise de dados, machine learning, inteligências artificiais e computação quântica, todas essas tecnologias têm como base o inglês, tanto nas linguagens de programação, como na comunicação entre os profissionais de TI de todo o mundo.

Dominar bem o inglês, principalmente o técnico, é uma exigência imprescindível para os bons profissionais da área de tecnologia.

A disciplina estará presente em todos os períodos do curso de Engenharia de Software

O iCEV quer formar os melhores profissionais de Tecnologia do Piauí, por isso o curso de Engenharia de Software agora oferta para seus estudantes a disciplina de “English for Technology”, que estará presente em todos os períodos, desde o primeiro período.

Professor Ney Rubens

Quem vai comandar a disciplina é o professor Ney Rubens, que é mestre em Educação pela Universidad del Atlántico (Barcelona, Espanha), é especialista em inglês acadêmico com experiência na área do ensino de idiomas há mais de 20 anos, além da experiência prática após anos morando no exterior.

“Inglês é a porta do mundo globalizado para os profissionais de tecnologia. Saber Inglês escancara portas para empresas de todo o mundo. Tudo isso aliado ao conteúdo dinâmico e moderno da faculdade”, afirma Dimmy Magalhães, coordenador do curso de Engenharia de Software do iCEV.

Mais oportunidades internacionais

Com isso, o iCEV está preparando os futuros profissionais para oportunidades internacionais, já que muitas empresas globais de tecnologia procuram profissionais de qualquer lugar do mundo para atuar de forma remota. Assim, o domínio da língua inglesa se torna essencial.

Dicionário de inglês da área de TI

Aqui estão alguns termos e siglas em inglês que todo profissional de TI deve conhecer. Confira:

Bit
Bit é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida por um dispositivo.

Internet of Things – IoT
Internet of Things ou Internet das Coisas é um termo utilizado para a conectividade de diversos equipamentos à internet, como geladeiras, tênis, lâmpadas, produtos que até pouco tempo não utilizavam a internet.

Com a expansão do 5G, é esperado que a internet das coisas se expanda no Brasil e no mundo.

Information Technology – IT
IT é o acrônimo em inglês para a TI (Tecnologia da Informação), termo que abrange todas as soluções tecnológicas para facilitar o acesso e o gerenciamento de informações.

Bug
A palavra bug tem como tradução inseto, mas também é empregada na área de tecnologia para situações em que o software ou hardware não funciona conforme esperado. O termo entrou em uso na área de TI na década de 40, quando um computador teria parado de funcionar pela presença de um inseto no equipamento.

Hypertext Markup Language – HTML
É uma linguagem utilizada para a construção e desenvolvimento de websites, por meio de textos que serão interpretados pelos navegadores. Podemos traduzir a sigla HTML como Linguagem de Marcação de Hipertexto.

Cascading Style Sheets – CSS
Cascading Style Sheets, ou Folhas de Estilo em Cascatas, é um mecanismo utilizado para personalizar um documento web por meio da mudança de estilo, cores e fontes, por exemplo. O CSS trabalha em conjunto com o HTML na construção do layout de um website.

Business Intelligence – BI
A sigla BI significa Business Intelligence, ou “inteligência de negócios”, em português. É uma área em grande expansão no Brasil e no mundo, abrangendo todo processo de coleta, análise e gerenciamento de informações que darão suporte à tomada de decisões estratégicas.

Cloud Computing
Cloud Computing ou computação em nuvem abrange recursos tecnológicos que não estão presentes no computador, mas totalmente on-line. Com a expansão da internet e o aumento da velocidade de conexão, surgiram muitos serviços em nuvem que oferecem armazenamento de dados on-line, como o Google Photos, por exemplo.

Uniform Resource Locator – URL
Uniform Resource Locator ou localizador uniforme de recursos é o termo referente ao endereço no qual se encontra um arquivo, website ou dispositivo periférico. Na internet é utilizado como sinônimo de link.

Structured Query Language – SQL
Pode ser traduzido como linguagem de consulta estruturada. Na área de TI, query é utilizado para toda consulta ou pedido de informação realizado em um banco de dados através de comandos específicos.

Domain Name System – DNS
Domains Name System, ou Sistema de Nomes de Domínios, em português, é o sistema que converte sites (exemplo: www.lfidiomas.com.br) em endereços de IPs para serem lidos por máquinas (por exemplo, 192.1.2.44.42).

Cache
Cache é a área de armazenamento de dados e processos, visando economizar tempo e uso de hardware. Muitos navegadores costumam utilizar a memória cache para guardar dados dos sites mais acessados para posteriormente abri-los com maior rapidez.

Database
Termo em inglês para banco de dados, o conjunto de arquivos que guardam informações de forma estruturada.

Malware
Esse termo vem da junção de malicious (malicioso) com software. É todo programa criado para causar danos a dispositivos, roubar dados e prejudicar os usuários. Os vírus são os exemplos mais conhecidos de malware.

Spyware
Spyware é um malware criado para rastrear informações do usuário sem que ele saiba. Muitas vezes são utilizados por parceiros abusivos, governos antidemocráticos ou para apresentar propagandas segmentadas.

Ransomware
Ransomwares são malwares que funcionam como um programa de extorsão, exigindo algo do usuário (geralmente dinheiro) em troca da integridade dos dados no dispositivo. O backup também é utilizado na prevenção de ataques de ransomwares

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