fbpx

08 jul
Como manter (e ampliar) seu networking na quarentena?

iCEV

Procurar emprego pode ser uma jornada longa, extenuante e cheia de reviravoltas. Que tal uma bússola?

O isolamento forçado pela pandemia criou um paradoxo aparentemente insolúvel: estamos mais distantes, mas precisamos uns dos outros como nunca. Uma pesquisa da consultoria Robert Half mostrou que 41% dos profissionais brasileiros qualificados — e atualmente empregados — têm buscado novas oportunidades de trabalho. Diante da escalada do desemprego, eles não estão errados: faz sentido ligar o radar e fortalecer nossas redes de contatos caso o pior aconteça.

Mas como investir em relacionamento se as interações humanas seguem tão dificultadas pela pandemia? A quarentena não terminará por extinguir a chance de criar novos vínculos ou aprofundar contatos já iniciados com outros profissionais?

Para Maurício Cardoso, cofundador do Clube do Networking, o cenário não é tão desanimador quando parece. “Na verdade não estamos vivendo um ‘isolamento social’ e sim um ‘distanciamento físico’, o que significa que continuamos a nos relacionar socialmente”, diz ele. As interações podem e devem seguir muito ativas; o que mudou foi o espaço e o formato em que elas se dão.

“Enviar um e-mail, uma mensagem ou comentar uma postagem de um amigo é um ato muito simples que pode ajudar a manter o contato social”, explica Maurício. “A questão é saber usar a tecnologia para criar confiança”.

Como compensar a falta de “olho no olho”?

A habilidade de se comunicar de forma consistente, clara e empática pela internet será uma competência essencial para sobreviver ao novo normal. “Sempre atribuímos a afetividade das nossas relações ao olho no olho, ao sorriso, ao abraço, mas em um momento em que nada disso é possível, tudo se ressignifica”, explica Laís Ribeiro, sócia do LIDE Futuro. “Precisamos ter consciência de que os tempos mudaram e que precisaremos de atitudes diferentes para criar laço com o outro”.

A quarentena é um período em que as pessoas estão dentro de suas casas e sem realizar deslocamentos, o que garante um pouco mais de disponibilidade nas suas agendas. Saber aproveitar essa oportunidade é essencial para ter conversas mais frequentes ou até mais longas. “No ambiente doméstico, as pessoas também mais próximas da sua intimidade, distantes da formalidade dos trajes e escritórios, o que proporciona uma ótima equação para acionar e construir conexões”, diz Laís.

Na falta do “olho no olho”, é importante prestar atenção à sua postura nas conversas por vídeo. A dica de Vitor Silverio, gerente de recrutamento da Robert Half, é olhar diretamente para a câmera, para evitar o desagradável efeito de “olhar desviado”, tão comum em videoconferências.

Também é importante compensar a falta da presença física com uma dose extra de foco e atenção ao outro. O ideal é manter desligadas as notificações para evitar distrações, interrupções. “A empatia, a escuta e a capacidade de entender a visão do outro serão cada vez mais importantes para gerar confiança”, explica Vitor.

Outro desafio é lidar com o conhecido cansaço gerado pelas videoconferências. Segundo Laís, o segredo é descontrair ao máximo. “Não convide o contato para uma reunião, proponha sempre um café ou um happy hour virtual”, explica. “E não se preocupe com a formalidade, fique à vontade abrir sua câmera em um lugar em que você fica confortável”.

Também é importante lembrar que todos estão em seu ambiente doméstico e que o vídeo pode ser invadido por interrupções dos filhos ou algum barulho na rua — e está tudo bem. Na verdade esses elementos até ajudam a humanizar a conversa.

Investir em temas leves também ajuda a minimizar a distância e tornar a conversa mais agradável. “Evite pautas duras ou tópicos chatos”, recomenda Laís. “Pergunte verdadeiramente como a pessoa está se sentindo, troque experiências desse período de quarentena, compartilhe seu otimismo, estabeleça gatilhos emocionais, porque é a partir desses lugares que as conexões acontecem”.

Regras “clássicas” não mudaram com a pandemia

Ainda que a crise tenha imposto desafios inéditos para o networking, os princípios que norteiam as boas relações profissionais continuam intactos. Ser interessante, e não interesseiro, é a regra de ouro para estabelecer relacionamentos duradouros em qualquer contexto.

Isso significa que enxergar as suas conexões como pessoas reais, e não como peças em um jogo de xadrez, continua sendo a única forma de crescer de forma sustentável na carreira.

“É importante conhecer profissionais que podem ajudar você, mas sempre lembrando que você também tem que estar disponível”, explica Andrea Greco, fundadora da Conecte-se. “Networking não é algo em que só um dos lados sai beneficiado, é uma via de mão dupla”.

Isso significa que, com ou sem pandemia, é importante se colocar à disposição do outro sem esperar nada em troca. O que também significa se despir de preconceitos e lembrar que não há cargo, empresa ou área de atuação que determine o valor de uma pessoa.

Apostar em conteúdo relevante e útil sobre a sua área de atuação também continua valendo. “É importante usar as redes sociais para compartilhar pontos de vista e informações que agreguem algo para os seus contatos”, diz Andrea. “Fazer conteúdo é uma forma de criar pontes com outros profissionais que estão com dúvidas ou buscam conhecimentos sobre a sua área de atuação”.

Investir nas estratégias “clássicas” ajuda não só a preservar antigos contatos como também a inaugurar conexões com profissionais que você nunca chegou a conhecer no mundo pré-Covid.

A última regra de ouro que não mudou com a pandemia: quem não é visto não é lembrado. “O que muda é que agora precisamos nos expor ainda mais, afirma Maurício, do Clube do Networking. Segundo ele, é preciso marcar (ainda) mais presença nas redes sociais, participar de grupos e fóruns online e impulsionar a sua marca profissional na internet.

Alguns erros também permanecem “clássicos”…mas suas consequências podem piores

Os especialistas com que conversei foram unânimes na descrição dos erros mais comuns do networking: ligar só para pedir favor, entupir a caixa de e-mail alheia com “propagandas” suas, tentar vender o seu produto no primeiro contato, ligar em horários inadequados, ser egocêntrico, falar apenas de si e não se interessar pelo outro. Essas sempre foram e continuam sendo práticas a evitar.

O detalhe é que o distanciamento físico forçado pela pandemia e pode incrementar os efeitos nocivos desses deslizes para a sua imagem profissional. Isso porque a comunicação se tornou 100% digital — portanto, muito mais suscetível a desencontros frequentes e duradouros.

O maior risco está em tentar usar a internet para fazer uma “comunicação em massa”, diz Laís, da LIDE Futuro. “Não há nada mais falho que as comunicações ‘Ctrl+C, Ctrl+V’, que demonstram claramente a falta de interesse e cuidado na tentativa de construir esse contato”, diz ela. “Existem aquelas pessoas com que estamos começando a construir um relacionamento e do nada vamos parar na sua lista de transmissão do WhatsApp, uma enxurrada de informações então começa a ser enviada, em larga escala, sem saber se aquilo interessa a todos os destinatários”.

Em resumo: qualquer estratégia que trate as pessoas como massa será ineficaz na construção de relacionamento. “Um passo mal pensado e acelerado demais neste momento não só impede o avanço, mas fecha uma porta”, diz Laís. O pior erro é esquecer que, longe ou perto de você, há um ser humano do outro lado.

Fonte: LinkedIn

03 jul
10 dicas para novos Programadores

Escola de tecnologia aplicada

Ter dificuldades é um processo comum para todos em fase de aprendizado da programação. Não tem problema se você cometeu erros, o mais importante é aprender com eles para tornar-se um profissional de excelência. Galera de Engenharia de Software, essas dicas são para vocês:

1. Tenha sua razão

Se você quer começar a programar, tem que ter uma razão. Você gosta de escrever código ou quer ter uma carreira mais lucrativa.
Programação não é simples, você vai ficar frustrado muitas vezes. Será essencial manter essa razão em mente para seguir em frente.

2. Construa uma base sólida

Antes de começar, revise alguns conceitos, a maior parte da programação é construída em matemática 1, funções e variáveis.

3. Encontre um grupo

Será útil para apoiá-lo quando começar. Será valioso porque outras pessoas estarão no mesmo lugar que você.

4. Divida os problemas

Uma das partes mais importantes da programação é pegar um grande problema e dividi-lo em partes cada vez menores até que essas partes sejam solucionáveis.

5. Pseudocódigo (pseudocoding)

Muitas vezes é útil escrever em detalhes o que você está tentando fazer em palavras simples antes de tentar escrever código.

6. Abrace o ciclo de aprendizagem

Se você está aprendendo a programar como uma segunda carreira, aprender a aprender será uma grande parte do seu processo.
Há muitos altos e baixos envolvidos, o que é muito natural! Se prepare para aquela montanha-russa antes de começar.

7. Comece com recursos gratuitos

Há um milhão de recursos para aprender a codificar. Alguns são gratuitos e alguns são pagos. Certifique-se de escrever código, e depois disso, você poderia pensar em recursos pagos.

8. Encontre o seu nicho

Há muitos mundos dentro da programação, encontrar um mundo que você ama e focar nisso, em vez de tentar aprender 8 linguagens de programação, todos os editores e ferramentas de desenvolvimento, etc.

9. Seja bom em reconhecimento de padrões

Reconhecer padrões no código é uma das habilidades mais importantes que você pode ter.

10. Faça bons hábitos cedo

Será mais fácil escrever código limpo no futuro se você adquirir o hábito cedo. Maus hábitos podem ser difíceis de quebrar. Um hábito pode influenciar no seu código.

Aprenda no Youtube

Umas das formas prazerosas e acessíveis de aprender coisas novas é pelo Youtube, então aí vai algumas dicas de canais para programadores:
– Rocketseat
– WP Masters
– Rodrigo Branas
– Código Fonte TV
– RB Tech
– Danki Code
– Filipe Deschamps
– Lucas Montano
– CFB Cursos
– DEV Media
– Vinícius Thiego
– Cursos em Vídeo

26 jun
Empreendedorismo em tempos de crise: desafios e oportunidades

Escola de negócios e gestão

Embora o cenário pareça muito desanimador, a verdade é que a crise é, também, uma fonte de oportunidades. O empreendedorismo nesses tempos parece ser um combustível para a retomada de economia durante esses períodos históricos, e não está sendo diferente nesse momento.

Os primeiros passos para o crescimento nesse período desfavorável são sempre os mais difíceis, mas muitos pontos positivos são encontrados nesse momento econômico e, por isso, o mais aconselhável é persistir e tirar o melhor proveito de todas as oportunidades.

Vale a pena empreender em tempos de crise?

Empreender sempre é uma maneira de recomeçar para muitos brasileiros. Em tempos de recessão, a estagnação pode significar a morte profissional. Nem todos conseguem manter seus empregos quando a economia se desestabiliza e, por esse motivo, é a hora de mudar de planos para não viver tempos ainda mais sombrios.

Reinventar, inovar e criar soluções são metas que podem ajudar você a entender a sua oportunidade. É preciso aprender a utilizar as suas habilidades e não ficar esperando que as coisas melhorem.

Como identificar oportunidades?

É muito importante fazer uma análise de mercado. Identificar quais são os nichos de produtos e serviços que a população demanda nesse período de restrição é fundamental. Já que o essencial não pode faltar, esse pode ser o mercado mais interessante para esse momento.

Quando você descobre uma necessidade dos clientes, você acerta diretamente no alvo e as chances de sucesso são ainda maiores. Portanto, identificar as oportunidades é estar em constante análise dos setores que mais crescem, ou que pelo menos não perdem tantos clientes, em tempos de crise. É trabalhar com a informação do que agrada o cliente e se concentrar para trazer o melhor resultado. Pense na reestruturação dos modelos de negócios tradicionais e aposte na inovação.

Invista no Marketing Digital

Via de regra, a internet tem sido um excelente balcão de negócios. Mas, em tempos de crise, se torna uma necessidade. Atrás de descontos, preços mais baixos, comodidade e segurança, os clientes passam a consumir ainda mais os produtos e serviços oferecidos pelos sites e lojas virtuais na internet.

Quais os maiores desafios para quem deseja empreender na crise?

Os desafios para quem quer abrir uma empresa em meio a instabilidade econômica é ter a persistência e criatividade necessárias para driblar as adversidades do mercado.
Os principais desafios para empreender são:
• analisar o cenário de forma realista para encontrar o nicho de mercado que se adéque às suas habilidades e às necessidades dos clientes;
• executar um bom planejamento estratégico e orçamentário;
• tomar decisões de forma racional;
• ser persistente mesmo com as intemperes econômicas, que podem se mostrar negativas e assustadoras;
• entrar nesse mercado motivado para o sucesso e não deixar que as dificuldades sejam maiores que a sua força de vontade de empreender — a resistência é palavra de ordem para quem quer empreender em tempos de crise.

25 jun
Dicionário da Programação

Escola de tecnologia aplicada

Aprender termos básicos são essências para a evolução nos estudos e na profissão de programador. Confira alguns termos nesse dicionário da programação que nós do iCEV preparamos para você.

Algorithm
Um algoritmo é uma fórmula ou conjunto de etapas para resolver um problema específico.
API
A interface de programação de aplicatívos é uma maneira de os apps emprestarem funcionalidades e dados uns para os outros.
Array
São usados para armazenar vários valores em uma única variável.
Boolean
Uma expressão que resulta em um valor VERDADEIRO ou FALSO.
Breakpoint
A localização no código de programação que, quando alcançada, dispara uma parada temporária no programa.
Bug
Um “bug” é u m erro ou defeito de software ou hardware que causa mau funcionamento de um programa.
Class
Uma classe é uma descrição que abstrai um conjunto de objetos com características similares.
Caia
Chamar uma rotina em uma linguagem de programação. Chamar uma rotina consiste em especificar o nome da rotina e, opcionalmente, os parâmetros.
Character
No software de computador, qualquer símbolo que exija um byte de armazenamento.
Data Structure
Na programação, o termo estrutura de dados refere-se a um esquema para organizar informações relacionadas.
Data Type
Classificação de um tipo específico de informação. É fácil para os humanos distinguir entre diferentes tipos de dados.
Decode
Decodificação refere-se à reversão do processo de um método de codificação.

Encapsulamento
Empacotamento de dados e métodos em um único componente.
Exception (Exceção)
Um erro que ocorre durante a execução de um programa.
Exponenciação
A potenciação ou exponenciação é a operação de elevar um número ou expressão a uma dada potência.
Feature (Característica)
Uma propriedade notável de um dispositivo ou aplicativo de software.
Float
Um número com um ponto decimal.
Function (Função)
Um bloco de código reutilizável parametrizado que executa uma tarefa.
Gamification
Gamificação significa usar técnicas de design de jogos digitais em contextos que não são de jogos, como educação, negócios ou social.
Garbage Collection
Coletor de lixo é um processo usado para a automação do gerenciamento de memória.
Geek
Abreviação de nerd de computador, um indivíduo apaixonado por computadores, com exclusão de outros interesses humanos normais.
Hacker
Um termo de gíria para um entusiasta de computadores, ou seja, uma pessoa que gosta de aprender linguagens de programação e sistemas de computador e pode frequentemente ser considerado ] um especialista no (s) assunto (s).
Hard Disk
Um disco magnético no qual você pode armazenar dados do computador. O termo hard é usado para diferencia-lo de um disco flexível ou flexível.
Hardware
Refere-se a objetos nos quais você pode realmente tocar, como discos, unidades de disco, telas, teclados, impressoras, placas e chips. Por outro lado, o software é intocável.
I/O – input/output
Abreviação de entrada/saída. O termo E/S é usado para descrever qualquer programa, operação ou dispositivo que transfira dados para ou de um computador e para ou de um dispositivo periférico.
loT
loT é a abreviação de Internet das Coisas. Refere-se à crescente rede de objetos físicos que apresentam um endereço IP para Internet.
Java
Java é uma linguagem de programação de alto nível e uso geral desenvolvida pela Sun Microsystems.
Javascript
JavaScript é uma linguagem de script desenvolvida pela Netscape para permitir que autores da Web projetem sites e sistemas interativos.
Json
Abreviagao deJavaScript Object Notation,JSON 6 um formato leve de intercâmbio de dados que é fácil para humanos lerem e escreverem e para máquinas analisarem e gerarem.
KB – kilobyte
Abreviação de kilobyte. Quando usado para descrever o armazenamento de dados, o KB geralmente representa 1 .024 bytes.
Kbps – kilobits per second
Abreviação de kilobits por segundo, uma medida da velocidade de transferência de dados. Modems.por exemplo, são medidos em Kbps.
Kernel
O kernel é o módulo central de um sistema operacional (SO). É a parte do sistema operacional que carrega primeiro e permanece na memória principal.
Label
Um rótulo! Há muitas aplicações para esse termo na área de TI.
LAMP
Shortfor Linux, Apache, MYSQL and PHP, uma plataforma/pilha open-source para desenvolvimento web.
Latency – Latência
Na rede, a quantidade de tempo que um pacote leva para viajar da origem ao destino.

23 jun
Descubra como tecnologia e empreendedorismo são aliadas ao sucesso

iCEV

Sebastião Gomes tem 61 anos e herdou do pai uma loja que conseguiu construir. Faz dela até hoje seu próprio negócio e segue vendendo os mesmos produtos artesanais de outrora. O que mudou, no entanto, foi a forma de administrar as vendas. “Antes, era tudo no papel. Agora vai tudo pro celular ou computador”, afirma o empreendedor sobre o uso dos novos recursos da tecnologia.

Ele, que vende produtos de couro em geral, como bolsas, sapatos e chapéus, explica que a internet lhe deu mais opções para aumentar seu rendimento. A investida tem feito seu negócio render financeiramente ainda mais e, com a ajuda de seu filho, Sebastião adere a ferramentas como Facebook, Instagram e Google ADS.

Liana Silva, de 36 anos, também é dona de um negócio. Ela explica que tem começado a aderir aos poucos a algumas tecnologias e que isso vai de acordo com as suas necessidades. “Não dá para investir em tudo. Mas a gente precisa se atualizar mesmo”, afirma.

Ela revela que antes só vendia seus produtos artesanais à vista, mas com chegada do “dinheiro de plástico” precisou ter uma maquineta. “Nem todo mundo queria pagar à vista e eu tava começando a perder vendas. Por conta disso, resolvi  comprar uma maquineta e isso me ajudou bastante”, garante a microempreendedora.

Tecnologia e vendas juntas

As histórias de Sebastião e Liana coincidem com as de vários empreendedores e microempresários que visam continuar no mercado em meio às instabilidades financeiras. A grande novidade do mundo atual é que a tecnologia e as vendas estão diretamente ligadas em um vínculo que deve se fortalecer com o tempo.

O fato é que o mundo interconectado exige que os vendedores se atualizem e mudem a sua forma de empreender. Nesse sentido, a tecnologia tem se mostrado cada vez mais como grande benefício capaz de auxiliar na performance empresarial e alcance de resultados.

Velhas empresas, novos caminhos

Muitos profissionais, no entanto, ainda resistem a tais mudanças. Para muitos, isso se deve à dificuldade em entender o que deve ser feito para alcançar um resultado mais positivo. É aí que se faz necessária a atualização para aprimorar o que já existe, inovar com novas formas de vendas e manter uma boa relação com o público-alvo.

Agregar tecnologia ao negócio permite novas formas de contato com o cliente, inovações de dinâmicas para entender suas preferências e até mesmo boas estratégias para tomar decisões com precisão.

Dê boas vindas ao sucesso com negócios online!

Alguns recursos resultantes da tecnologia surgem como fortes aliados. Conheça alguns deles:

  • Uso de aplicativos – Serve para facilitar a comunicação, gerenciamento e otimização de tempo. Essas são algumas das vantagens que ferramentas e aplicativos visam auxiliar. As funções de algumas ferramentas podem otimizar de forma direta ou indireta os processos internos da empresa.  E o que é melhor, o negócio pode ser acompanhado remotamente.

  • Loja virtual – Uma loja virtual ganha a vantagem de estar sempre aberta, seja de madrugada ou em feriados.Chega também como um “plus” no quesito em fornecer serviços que trazem comodidade a clientes de rotina corrida e não conseguem fazer compras em horário comercial. Uma loja virtual é a forma mais prática de expandir o negócio, no intuito de torná-lo ainda mais conhecido.

  • Marketing de conteúdo- Essa é uma das mais eficazes formas de consolidar a marca no mercado e conquistar mais clientes. Apostar no marketing de conteúdo é uma alternativa para divulgar produtos ou serviços, promover o engajamento do seu público-alvo, melhorar a presença digital da sua empresa, além de abrir espaço para a ampliação do networking.

  • Ferramentas de gestão empresarial- São as ferramentas que permitem uma melhor organização e otimização da equipe e de seu trabalho como gestor. Assim como os aplicativos que mencionamos acima, existem softwares capazes de facilitar o controle de setores como: estoque, vendas, relatórios e vários outros.

De uma maneira geral, é preciso cuidado e atenção no atendimento tanto presencial quanto remotamente. A tecnologia veio para ficar e nos auxiliar, mas o bom e velho toque humano permanece sendo essencial para um relacionamento próximo com clientes.

15 jun
Covid-19 pode ser acidente de trabalho? Advogado explica decisão do STF

Escola de direito aplicado

O STF suspendeu artigo da MP 927 que determinava que casos do novo coronavírus não eram considerados ocupacionais

Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, no dia 29 de maio, dois artigos da medida provisória 927/2020, a qual determinou flexibilizações da lei trabalhista durante a pandemia do novo coronavírus.

A maioria seguiu o relatório do ministro Marco Aurélio de Mello para suspender os artigos 29 e 31 da MP. Enquanto o segundo falava da atuação de fiscais do trabalho, o primeiro considerava que a contaminação por coronavírus não poderia ser considerada como relacionada ao trabalho, “exceto mediante comprovação do nexo causal”.

O advogado trabalhista Pedro Maciel, sócio do escritório Advocacia Maciel, comenta que a decisão tira da MP uma questão que nunca existiu antes. Para ele, o texto apresentado pelo governo deixa a questão muito aberta.

“O artigo dizia ‘não é acidente, a não ser que se prove’, isso coloca a doença ocupacional como uma exceção. O que pode não ser verdadeiro para trabalhadores essenciais e atuando na linha de frente contra a doença. A decisão do STF vem como uma proteção a esse trabalhador”, diz o advogado.

No entanto, Maciel não acredita que a suspensão do artigo abra a possibilidade de que qualquer trabalhador declare que um diagnóstico de covid-19 seja relacionado ao trabalho.

Pela facilidade de contágio, é mais difícil comprovar que o contato com o vírus tenha ocorrido por causa de uma atividade na empresa. “Uma pessoa fazendo teletrabalho, por exemplo, tem mais chance de pegar a doença por sair do isolamento ou por meio de um parente”, explica ele.

O caso se torna diferente quando o ambiente de trabalho é o foco de contágio, como um hospital.

“Um médico dentro de um hospital tem uma discrepância entre a probabilidade de pegar no ambiente de trabalho e a de pegar de um parente em casa”, fala ele.

A mesma proteção pode ser aplicada a funcionários de empresas que mantiverem as atividades, contrariando medidas de quarentena dos governos estaduais e municipais. Ou de empresas que não fornecerem equipamentos de proteção, como máscaras e álcool em gel.

Segundo o advogado, o efeito prático da mudança pode ser na segurança de estabilidade de emprego para os trabalhadores essenciais que ficarem doentes.

Ao comprovar acidente de trabalho, a pessoa tem direito a 15 dias de afastamento pagos pela empresa e a auxílio pago pelo INSS a partir do 16º dia. Após o período fora de serviço, o funcionário tem 12 meses de estabilidade no emprego e não pode ser dispensado sem justa causa.

Como exemplo, Maciel cita novamente profissionais da saúde que tiverem covid-19 e precisarem ser afastados. A caracterização como doença ocupacional evita a demissão da pessoa.

Outro efeito seria o maior cuidado dos empregadores para fornecer equipamentos de segurança a todos os funcionários.

Com a chance do coronavírus ser doença ocupacional, a falta de distribuição de álcool em gel e de máscaras pode mostrar a vulnerabilidade do trabalhador e ser uma prova da responsabilidade da empresa.

O advogado diz que sua firma ainda não recebeu nenhum caso relacionado ao tema e ainda deve demorar para ter uma análise de como a decisão será interpretada. “Temos que esperar para ver como a Justiça vai atuar nesse caso”, explica ele.

Por Exame 

08 jun
A volta às aulas na China pós-quarentena pelo relato de uma brasileira

iCEV

Rebecca Steinhoff, que vive com a família no país, conta como foi a readaptação da escola à nova realidade de distanciamento e higiene

Estudantes fazem distanciamento social ao hastearem a bandeira chinesa na escola, em Taiyuan. A retomada das aulas presenciais no país começou em abril. Foto: China News Service via Getty Images

Moramos na China há seis anos e meio, na cidade de Changzhou, na província de Jiangsu. A cidade tem cerca de 6 milhões de habitantes, fica a 700 quilômetros de Wuhan e a uns 200 quilômetros de Xangai. Ainda assim, é considerada uma cidade de interior. Meu marido, Rafael, trabalha em uma empresa que tem negócios de importação com a China e, como ele passava mais tempo aqui do que no Brasil, decidimos nos mudar para cá com nossas duas filhas no Natal de 2013. Na época, Sarah estava com 5 anos e Valentina com 3.

Hoje, Sarah cursa o quinto ano e Valentina o quarto, em uma escola tradicional chinesa — elas duas são as únicas estrangeiras. A escola fica dentro de um condomínio e é de graça para quem mora lá. Nós pagamos uma taxa equivalente a cerca de R$ 150 por mês por aulas no período integral, das 7 horas às 16 horas. Ao todo, são 2.400 alunos. O ano letivo começou em setembro do ano passado e estava tudo indo muito bem, até a tradicional pausa por causa do Ano-Novo Chinês, quando as pessoas costumam viajar e se deslocar muito. É o principal feriado do país. Até então, em dezembro, não se falava muito sobre o novo coronavírus.

No começo de janeiro, quando os casos começaram a se espalhar, ficamos preocupados e compramos muita comida e máscaras. O álcool já estava em falta. Imediatamente foi decretado lockdown em nossa cidade — estava tudo fechado, apenas farmácia e supermercados abertos. Parecia um apocalipse. Aqui em Changzhou, os condomínios são como prefeituras e têm o poder de ditar normas. O nosso tem três prédios e cerca de 30 casas. Foi proibida a entrada de visitantes e determinado que apenas uma pessoa da família poderia sair para supermercado ou farmácia durante duas horas por dia. Éramos, e ainda somos, obrigados a usar máscara e medir a temperatura antes de sair do condomínio. Recebemos um cartão onde está carimbado o horário que saímos e temos de voltar dentro de duas horas. E medir a temperatura de novo.

Era previsto que as aulas voltassem no meio de fevereiro, mas, em razão da pandemia, foram substituídas por aulas on-line. Ficamos 65 dias em lockdown absoluto. Até que, com o controle dos casos, as medidas extremas foram afrouxando. Meu condomínio, por exemplo, liberou as pessoas para saírem de casa por mais do que duas horas, mas receber visitas está proibido até hoje. Existe um controle intenso da movimentação das pessoas.

Quando nossa cidade zerou o número de novos casos, a vida foi voltando ao novo normal, com restaurantes reabrindo, comércio, lojas, shoppings. Mas, quando recebi o comunicado de que as aulas presenciais seriam retomadas, fiquei tensa, chorei e não queria mandar as meninas para a escola. Cogitamos não mandá-las nos primeiros 15 dias — com a ideia de que, se algo mais sério acontecesse, seria nesse período —, mas depois avaliamos que, se elas não voltassem, isso não seria muito bem-visto pela comunidade e minhas filhas poderiam sofrer algum tipo de bullying, ainda mais por serem estrangeiras. Seria como se nós não confiássemos na segurança da escola. Aqui na China, se a criança falta a um dia de aula, a escola liga para saber a razão.

Com o comunicado de volta às aulas veio uma lista de acessórios de higiene que as crianças precisam levar todos os dias e que eu apelidei de “kit pandemia”: uma toalha de rosto; uma toalha para colocar embaixo da bandeja de comida, pois agora as refeições são feitas na sala de aula; lenço de papel; lenço umedecido; um frasco de álcool em gel; um frasco de álcool em spray; saco de lixo; talheres para o almoço; e máscaras para trocar durante todo o período. As de tecido são proibidas, e os alunos precisam usar os modelos N95 ou a máscara cirúrgica, todas descartáveis.

“Mesmo a escola sendo desinfetada todos os dias, as crianças precisam limpar com álcool sua mesa e cadeira antes de sentar. As salas passaram a ter mesas individuais. Os amiguinhos não podem tirar a máscara nem ter qualquer contato físico entre si”

O rigor com a segurança das crianças começa antes mesmo de sair de casa. Tenho de medir a temperatura das meninas e informar por meio do QR code do aplicativo do colégio. Até 36,9 graus as crianças podem ir para a escola, se der 37 a recomendação é ficar em casa. Antes da pandemia, os pais podiam entrar no condomínio onde fica a escola para deixar as crianças na porta. Agora, não mais — foram organizadas filas do lado de fora, e as crianças entram sozinhas. Antes de entrar, no entanto, elas passam pelo scanner de temperatura corporal para uma nova checagem.

Mesmo a escola sendo desinfetada todos os dias, as crianças precisam limpar com álcool sua mesa e cadeira antes de sentar. As salas com cerca de 45 alunos foram reorganizadas. As mesas eram duplas, agora são separadas e ficam mais distantes umas das outras. Os amiguinhos não podem tirar a máscara nem ter qualquer contato físico entre si. Antes que digam que é um absurdo, as crianças sabem que isso não será para sempre e estão seguindo as novas regras sem estresse.

Durante o dia, a professora volta a medir a temperatura dos alunos — repete isso pelo menos três vezes. Se alguma criança medir mais do que 37,1 ela é retirada da sala até a temperatura baixar. Se chegar a 37,8, ela é encaminhada para o ambulatório da escola. É a professora quem faz a troca das máscaras dos alunos: com luvas, ela retira e descarta a máscara para que a criança não leve as mãos ao rosto. Tudo com muito cuidado. A Sarah já mediu mais do que 37 graus e foi retirada da sala algumas vezes. As aulas de educação física também foram adaptadas — a caminhada substituiu a corrida, pois as crianças não podem correr usando máscara.

Também não podem mais jogar futebol, mas podem pular corda. Nos primeiros dias de volta às aulas, as professoras explicaram tudo sobre o vírus, os riscos, o que está acontecendo aqui e no mundo. E explicaram também o porquê de todo aquele rigor nos procedimentos, a importância de medir a temperatura e o que fazer caso algum colega apresentasse febre. As professoras falaram até mais do que nós contamos para as crianças. E elas chegaram em casa muito tranquilas, sem medo, sem pânico.

Além do rigor dentro da escola, a cada 15 dias nós temos de mandar um relatório para o colégio com os dados da temperatura de todos em casa, se saímos da cidade ou do país, se tivemos contato com alguém infectado, se tivemos algum sintoma. São dezenas de perguntas para que eles tenham total controle do ambiente das crianças. Apesar de meu desespero inicial, elas adoraram voltar para a escola e entenderam que esse controle é necessário. No dia 15 de maio completou um mês do início das aulas dentro desse “novo normal”. Já não estou mais neurótica, me sinto segura e bem mais tranquila.

Por Época 

05 jun
Como sobreviver ao eterno ‘home office’

iCEV

Vestir uma roupa como se de fato fôssemos ao escritório e diferenciar vida profissional e privada são dois aspectos fundamentais para que o trabalho em casa seja uma experiência positiva.

 

Imagem: SR GARCÍA

O home office veio para ficar. Embora o confinamento termine, muitos empregados não voltarão ao escritório. Trabalharão em casa ou no lugar onde estiverem. Antes de a covid-19 ter entrado em nossas vidas, a porcentagem de pessoas que faziam home office diariamente na Espanha mal superava os 4%, segundo o Eurostat.

É provável que o número de trabalhadores que se juntarão a essa nova rotina será muito maior quando estes tempos estranhos terminarem, por decisão das empresas ou dos próprios profissionais. Trabalhar em casa tem suas vantagens: poupamos tempo e gastos no deslocamento e desfrutamos de maior flexibilidade horária.

No entanto, para algumas pessoas isso pode ser um fardo, e não apenas pelas dificuldades que podem encontrar em casa com a família. Podemos nos acostumar com o home office e até tirar proveito dele se soubermos incorporar alguns hábitos simples, como reconhecem os profissionais que estão há anos nessa dinâmica.

O primeiro passo é organizar nossa agenda como se estivéssemos no escritório. Temos que revisar quais são as coisas importantes que devemos fazer, mas sem nos esquecer de reservar um tempo para responder e-mails, pensar ou comer tranquilamente. Muitas organizações caem no risco da reunionite digital, ou seja, o excesso de reuniões ou de chamadas telefônicas a qualquer hora e o consequente estresse.

“Como não existe a barreira ou a desculpa das viagens ou das reuniões presenciais, supõe-se que todos podem se reunir a qualquer momento, mas não é assim”, diz o diretor de uma empresa de telecomunicações. Precisamos aprender a gerenciar nosso tempo e estabelecer limites para que nossa jornada não seja de 24 horas. Se queremos ser produtivos, precisamos descansar e trabalhar de maneira saudável.

Outro ponto fundamental para viver melhor o home office é incorporar hábitos simples para que nossa mente aprenda a passar do modo trabalho ao modo vida pessoal. Por um lado, devemos escolher um espaço para trabalhar, mesmo que seja no canto de uma mesa se nossa casa for muito pequena. Por outro lado, “precisamos nos vestir como se esperássemos uma visita”, explica Javier de Alfonso, empreendedor da vocesenlared.com, que faz home office desde 1995. Com estes dois passos simples conseguimos que nossa cabeça aprenda a desconectar do trabalho sem precisar sair de casa.

As relações pessoais também serão afetadas pelos novos hábitos. Não será tão fácil tomar um café com os colegas ou uma cerveja depois do expediente. No entanto, existe a possibilidade de gerar novas relações de maneira digital. Silvia Carrillo, especialista sênior de marketing da SAP, uma empresa de tecnologia que incentiva o home office entre seus funcionários há quase duas décadas, afirma que esse modelo facilita o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional. “Quando cheguei, nenhum colega da minha equipe estava na Espanha.

Meu ambiente de trabalho passou a ser 100% virtual.” Carrillo diz que essa circunstância obriga a se comunicar “de outra forma”. Trata-se de sermos mais expressivos nas mensagens escritas para que o emissor capte bem o conteúdo. Também são organizados eventos na SAP para fazer com que as pessoas se sintam mais próximas. Por exemplo, são realizadas comemorações por ocasião do Natal ou do Halloween, quando todos se fantasiam ou buscam algo para surpreender os colegas. “Outro dia organizaram uma festa surpresa para uma colega norte-americana que ia ter um filho, um chá de bebê”, explica Carrillo.

Foi uma reunião virtual, durou menos de uma hora e mais de 50 pessoas participaram. Entre outras coisas, foram organizados jogos digitais. Em um deles os funcionários tinham que adivinhar o preço de alguns produtos infantis ou reconhecer quem era quem através de fotografias que mostravam aos colegas de quando eram pequenos. São alguns exemplos de iniciativas que podem substituir a necessidade de proximidade entre os colegas e que podem ser compatibilizadas com as carregadas agendas de trabalho.

Para que o home office tenha o sucesso desejado é necessário que conviva com as experiências presenciais. Às vezes, a inércia pode nos levar a ficar em casa, mas temos que nos forçar a sair nos fins de semana, ver os amigos e ter certas rotinas de esporte ou de caminhadas diárias. O trabalho é uma parte importante de nossa vida e pode ser gratificante se desfrutarmos das vantagens de trabalhar em casa.

 

Cinco dicas para neófitos em um novo modelo de home office

• Organizar a agenda, reter o que é importante e dedicar tempo a outras atividades relevantes. Não cair na reunionite virtual, ou seja, chamadas a qualquer momento do dia.

• Definir truques para diferenciar muito bem o modo trabalho do modo vida pessoal quando estivermos em casa.• Gerar novas interações com os colegas.

• Devemos continuar nos encontrando de maneira virtual.• Ver os amigos, se obrigar a sair de casa nos fins de semana… É preciso criar vida para além da tela do computador ou do telefone celular.

• Tomar consciência e desfrutar das vantagens que o home office oferece: flexibilidade, economia de gastos e de tempo no transporte e maior liberdade para compatibilizar as atividades familiares.

Por: El País

01 jun
US colleges urged to sharpen online teaching for next year

iCEV

Improving remote learning may be smartest move universities can make, quality chief advises

While publicly dangling possibilities and preparations for campus reopenings, US colleges must keep a serious internal focus on strengthening their remote learning options, their chief quality assurance advocate is warning.

US colleges appear to be making good progress towards online proficiency, said Judith Eaton, president of the Council for Higher Education Accreditation. But the former chancellor of the Minnesota State Colleges and Universities system added in an interview: “This is an opportunity to develop. From my perspective, there are several things that need to be addressed as we’re going forward.”

A small but growing number of US colleges and universities have already acknowledged that they will spend at least part of the fall semester without their students on campus.

Yet even as medical professionals have expressed scepticism about the safety of holding large gatherings in coming months, the majority of institutions outwardly have been putting more emphasis on their ideas for reopening their campuses – with details of physical distancing and facilities disinfecting – than on their strategies for improving the online educational experience.

In a conference call with Mike Pence, the US vice-president, and Betsy DeVos, the US education secretary, several university presidents reportedly emphasised their hopes for legal protections in the likely event that their reopened campuses spread coronavirus infections.

Dr Eaton said of online options: “We don’t know for sure, but it’s starting to look like we’re going to need to be more reliant on that in the fall.”

For colleges, however, the urgency of resuming in-person instruction is clear. Many students have been demanding it and have been threatening to skip the autumn semester or to press for substantial tuition fee reductions if their only options are online. Institutions of all sizes have been warning of serious financial troubles if that happens, with hundreds already beginning to make salary or staffing cuts.

Yet establishing a high-quality online operation – covering the full range of academic and administrative needs – demands dedicated commitment, said Paul LeBlanc, president of Southern New Hampshire University, whose 140,000-student operation is almost entirely remote.

“To do online well, and to mount a major effort, requires investment at the precise moment that they don’t have the resources,” said Dr LeBlanc, a leading expert who is being besieged by other institutions’ requests for advice.

One of the most serious threats to almost any US university under financial stress is the potential loss of accreditation, which the US Education Department requires for an institution’s students to be eligible for federal loans and grants.

The department has been waiving or extending many accreditation-related deadlines and requirements for in-person instruction, and the accrediting agencies whose judgement it officially recognises have been postponing inspection visits or conducting some aspects remotely.

But according to Dr Eaton, it is not clear how strictly accreditors will treat any online programmes that, by the autumn, remain little more than teachers talking to their students over Zoom or similar platforms.

Such questions are only beginning to be raised by accrediting agencies in their group discussions, said Dr Eaton, whose association serves as their umbrella advocacy organisation. “We’re just starting to get into this area,” she said.

Dr Eaton said she had no comment on the quality of online instruction in the current spring semester, when colleges and universities were quickly forced to shut campuses by the surprise spread of the coronavirus.

But by the fall, she said, “the academic experience needs to be a robust one – it needs to be fully engaged; it needs sophisticated platforms; it needs creativity in offerings; it needs in-depth counselling, advising, academic support for students.”

Dr LeBlanc said those institutions and students with the least resources would suffer the most in the transition. “One of the things we’re seeing with the pandemic is a very sharp light being cast on privilege and inequity,” he added. “And that’s certainly true of higher education right now.”

Nevertheless, some federal policies may be making that problem even worse. Congressional Democrats have been criticising Ms DeVos for actions that they claim include garnishing the wages of student loan borrowers during the pandemic, and directing institutional relief money towards colleges she favours, and away from those serving undocumented immigrants.

 

By: The World University Rankings

28 maio
Transforme suas ideias em Projetos Colaborativos e Ágeis com o Modelo CEK

Escola de tecnologia aplicada

Quando necessitamos planejar algo que visa a um objetivo ou produto específico, chamamos isso de Projeto. Podemos ter projetos mais simplistas, como a reforma de um cômodo de nossa casa, ou até mesmo projetos complexos, como o desenvolvimento de um sistema para mapeamento por meio de Geolocalização de celulares de identificação de possíveis casos de COVID-19.

O Gerenciamento de Projeto tem como objetivo o planejamento das ações, a sua execução e o controle de diversas atividades para alcançar os objetivos especificados de maneira sistematizada e organizada.

 

O que é o Modelo CEK?

Existem métodos e ferramentas que são utilizadas nas atividades de Gerenciamento de Projetos, alguns em todo o ciclo, outros em alguma fase. Partindo deste pressuposto, o Modelo CEK foi concebido a partir da integração das ferramentas Canvas, Estrutura Analítica do Projeto e Kanban, daí a origem do nome do Modelo. Desta forma, o projeto é norteado desde a sua concepção, a fase de levantamento de requisitos, até a sua plena execução de forma controlável e efetiva.

O Modelo CEK foi inicialmente abordado em um livro de autoria do professor Luciano Aguiar, em conjunto com os pesquisadores Fernando Escobar (PMI – DF), Washington Almeida (Unb – Brasília), Aíslan Rafael (IFPI – Picos) e Pedro César, publicado no Encontro Regional de Computação do Ceará, Maranhão e Piauí no ano de 2019.

O modelo pode transformar ideias em projetos colaborativos, ágeis, controláveis e efetivos.

 

Qual o propósito desse modelo?

O propósito desse modelo é agregar as melhores características dessas três ferramentas e percorrer todo o ciclo de vida de um projeto, não se esgotando a sua utilização apenas na Engenharia de Software.

Uma das áreas de estudo da Engenharia de Software é a Engenharia de Requisitos, e esse é um dos principais problemas da área: a má utilização de técnica já reconhecidas para o levantamento, descoberta e validação das necessidades dos usuários e cliente do produto de software que será entregue pelo projeto.

Como resposta a este cenário, fundamentado na abordagem por projetos aplicada à engenharia de software, em um método híbrido que combina elementos das abordagens tradicional e ágil, o Modelo CEK.

Trata-se da proposição da integração de diferentes ferramentas de gestão, de forma a mitigar os problemas relacionados ao desenvolvimento de software, em especial às falhas no levantamento de requisitos e definição de objetivos, à comunicação ineficiente entre equipe e clientes, com foco na ideação, planejamento e monitoramento da execução, reduzindo desperdícios, transformando ideias em projetos colaborativos, ágeis, controláveis e efetivos.

 

O que é cada ferramenta?*

Para entender melhor o modelo CEK é necessário conhecer cada uma das ferramentas.

Diagrama de integração das ferramentas. – Modelo CEK (Canvas + EAP + Kanban)

 

Nesse modelo, a fase inicial do projeto é o levantamento de requisitos da solução, se fosse aplicado à Engenharia de Software, mas no contexto mais amplo de projetos e com a utilização do Canvas de Projeto, essa fase é nomeada de ideação, ou seja, fase de brainstorming de ideias.

 

Canvas de Projeto

A história dos Canvas (isso mesmo, existem vários) surgiu no vale do silício americano com o Canvas de Modelo de Negócio, ou Business Model Canvas – BBMC. O Canvas de Projeto, que é utilizado no nosso modelo, já é uma adaptação do BMC proposta pelos professores Wankes e Helber.

 

 

O objetivo desse Canvas é envolver os stakeholders para o engajamento na formulação do projeto. Assim, com esse envolvimento das pessoas, a taxa de sucesso dos projetos tende a crescer. E como funciona? São feitas sessões guiadas por um facilitador para fechar o escopo inicial do projeto, preenchendo cada um dos blocos apresentados na figura acima.

 

EAP

Seguindo nas fases do modelo, agora a Estrutura Analítica do Projeto (EAP) ou em inglês WBS, que vem do PMBOK, Corpo de Conhecimento de Gerenciamento de Projetos.

A EAP é uma decomposição hierárquica de todo o escopo do projeto (trabalho total) que precisa ser executado pelo time do projeto a fim de produzir as entregas necessárias e satisfazer às necessidades das partes interessadas – cada nível descendente da EAP representa uma definição mais detalhada do nível mais alto correspondente e, ao final, de todo o trabalho do projeto.

Com a EAP busca-se a divisão dos pacotes de trabalho em uma análise bottom-up, sendo que ao final dessa etapa teremos todos os itens do backlog que serão monitorados com o uso do quadro Kanban.

 

Kanban

O Kanban teve origem na década de 40 do século passado no Japão, implementado em processos de manufatura e depois na indústria automobilística, em especial na empresa Toyota. É um método visual de gerenciamento de fluxo de trabalho para gerenciar as atividades de maneira eficaz.

A representação visual dos itens de trabalho em um quadro Kanban permite que os membros da equipe saibam o estado atual de cada item de trabalho a qualquer momento

O quadro Kanban apresenta de forma gráfica as atividades e em que estágio cada uma delas está no momento. No modelo CEK servirá para o controle dos entregáveis e aferição de desempenho das entregas.

Os itens ainda não iniciados, que compõem o backlog do projeto, são dispostos na coluna “a fazer”, conforme priorizados e com seu trabalho iniciado são movidos para a coluna ”fazendo”, uma vez concluídos, são movidos para a coluna “feito”.   A sistemática, quando aplicada, garante um sistema puxado e de fluxo contínuo, e ainda identifica visualmente as fases que estão com problema.

 

Como funciona o Modelo CEK?

O Modelo CEK adota a sistemática do Quadro Kanban, com os Pacotes de Trabalho da EAP, ainda não priorizados, sendo dispostos na coluna “a fazer” (compondo o backlog do projeto);  os Pacotes de Trabalho já priorizados e que tiveram seu trabalho iniciado (limitados a um Pacote de Trabalho por equipe ou responsável – em atenção ao limite do Work In Progress) são movidos para a coluna “fazendo”,  até que sejam concluídos e pontuados como “feito” – à medida que os cartões são movidos para a coluna “feito”, novos espaços são liberados para o “fazendo”, em um sistema puxado e de fluxo contínuo.

O fundamento da adoção do Kanban, que complementa a abordagem proposta pelo Modelo CEK – de transformar ideias em projetos colaborativos, ágeis, controláveis e efetivos – é justamente controlar a execução do projeto por meio do acompanhamento da execução dos pacotes de trabalho, definidos de forma colaborativa na EAP, derivados da concepção idealizada, também de forma colaborativa no Canvas.

 

Em que o modelo pode ajudar?

A junção das ferramentas busca a redução de desperdícios, a melhoria na comunicação, a agilidade do fluxo contínuo e puxado, e a efetividades dos projetos de software.

Ele propõe a integração dessas três ferramentas ao longo do ciclo de vida de um projeto, visando de forma assertiva a melhoria no controle e por consequência na efetividade do produto criado.

Nesse contexto, o modelo ajuda na construção de um modelo adaptável à realidade das organizações e que sua utilização possa trazer transformação de ideias em projetos colaborativos, ágeis, controláveis e efetivos, que são características de cada uma das ferramentas integrantes do modelo: o Canvas de Projeto, a EAP e o Kanban.

Maiores detalhes do Modelo CEK podem ser encontrados no endereço: http://www.modelocek.com.br

 

 

Autores: Luciano Aguiar, Washington Almeida e Fernando Escobar

 

23 maio
Coronavírus: quem está ganhando dinheiro com a epidemia

iCEV

A disseminação do novo coronavírus tem causado um terremoto nos mercados globais nos últimos dias, mas algumas empresas têm, pela natureza de seus negócios, conseguido ir bem nas bolsas com a crise.

Entre elas, estão empresas que fabricam vacinas, desinfetantes e máscaras, mas também as que têm como foco os serviços remotos ou de entrega.

Laboratórios farmacêuticos e empresas de biotecnologia que estão realizando ensaios clínicos para desenvolver uma vacina específica contra esse vírus dispararam nas bolsas.

As ações da Inovio Pharmaceuticals dobraram de valor depois que a empresa anunciou que iniciará testes clínicos de sua vacina em humanos no próximo mês nos Estados Unidos.

Mas há outras empresas que se beneficiaram indiretamente da disseminação do vírus, como as provedoras de teleconferência, educação e entretenimento online, já que alguns países, como Japão e Itália, fecharam escolas e algumas empresas, como o Google e Twitter, pediram que seus funcionários trabalhem de casa.

Ilustração do coronavírusDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEntre as empresas que se beneficiaram com a disseminação do coronavírus, estão as que fabricam vacinas, desinfetantes e máscaras

Em diferentes partes do mundo, as pessoas optam por evitar locais públicos, à medida que os casos de pessoas infectadas (cerca de 90 mil no mundo) e as mortes (mais de 3 mil) aumentam, de acordo com o relatório mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para dar conta dessa nova realidade, a empresa de investimentos MKM Partners criou um “índice de ficar em casa”, cujo objetivo é acompanhar a trajetória de empresas que se beneficiam da disseminação do vírus.

No entanto, mesmo as empresas que ganham com a crise da saúde não estão livres de turbulências repentinas, já que os desdobramentos da situação surgem a todo momento.

E nem o corte de meio ponto nas taxas de juros anunciado na terça-feira (03/03) pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, conseguiu reverter significativamente o pessimismo nos mercados.

Em meio à incerteza, segue uma lista de empresas que demonstraram uma tendência positiva.

Serviço de teleconferência na ChinaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAs empresas que prestam serviços de teleconferência, saúde e educação online foram beneficiadas

As empresas que fornecem serviços de teleconferência, saúde e educação online foram beneficiadas.

Inovio: o valor de suas ações mais que dobrou desde o início da epidemia. Sua vacina, chamada INO-4800, foi desenvolvida usando DNA de vírus em vez do método tradicional que funciona com base em experimentos com vírus inativados.

Moderna: as ações subiram 42% quando a empresa anunciou o envio de uma vacina experimental contra o coronavírus ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas nos Estados Unidos para ensaios clínicos em seres humanos.

Novavax: quando relatou o progresso de sua pesquisa em busca de uma vacina há algumas semanas, suas ações subiram imediatamente 20%.

Regeneron Pharmaceuticals: trabalhando no desenvolvimento de um tratamento para o coronavírus, foi uma das empresas do índice S&P 500, de Wall Street, que teve um aumento de 10% no preço de suas ações na semana passada, enquanto o restante dos papéis caiu acentuadamente na pior semana dos mercados globais desde a crise de 2008.

Top Glove: maior fabricante mundial de luvas médicas.

K12: especializada em serviços de educação online para crianças. Na semana passada, suas ações registraram um salto de 19%.

Zoom Video: fornece serviços de videoconferência para empresas.

Teladoc: seu serviço é conectar pacientes e médicos online. Suas ações subiram quase 10% na semana passada e 50% até agora este ano.

Netflix: as ações da empresa registraram alta nos últimos dias. Até agora neste ano elas acumulam um aumento perto de 15%.

Cientista de laboratório de Moderna, Estados Unidos.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionInvestidores estão apostando em empresas que desenvolvem vacinas e serviços para quem não pode sair de casa

No índice “fique em casa”, a MKM Partners incluía o Facebook, a desenvolvedora de videogames Activision Blizzard, a fabricante de equipamentos de ginástica Peloton e o serviço de entrega de alimentos GrubHub , além da Netflix e da Amazon.

Em um relatório, a empresa de investimentos diz que está prestando atenção aos produtos ou empresas que “poderiam se beneficiar potencialmente em um mundo de indivíduos em quarentena”.

Os analistas do UBS Global Wealth Management publicaram que as empresas dedicadas ao comércio eletrônico ou à entrega de alimentos podem experimentar um aumento em seus usuários, pois as pessoas evitam sair de casa.

Gel desinfetante de mãosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNos Estados Unidos, a venda de desinfetantes para as mãos aumentou em 70%

Vendas de desinfetantes para as mãos disparam

A demanda por desinfetantes para as mãos está aumentando em diferentes partes do mundo.

Segundo dados publicados na terça-feira pela empresa de pesquisa de mercado Kantar, as vendas de desinfetantes para as mãos no Reino Unido registraram um aumento de 255% em fevereiro em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Nos Estados Unidos, a venda de desinfetantes para as mãos aumentou em 70%.

Algumas redes de farmácias americanas impuseram um limite de vendas de dois desinfetantes por cliente.

CoronavírusDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionBrasil já tem quatro casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus

Os consumidores asiáticos também passaram a estocar produtos de higiene pessoal após o surto e na Itália, onde há mais de 2 mil casos, a venda de sabonetes disparou.

Por outro lado, as ações da empresa 3M, que fabrica máscaras entre outros produtos, tiveram comportamento irregular, apesar de o governo dos EUA ter anunciado um novo contrato com a companhia.

 

Publicado por: BBC Brasil

21 maio
Valor de aportes em startups no Brasil cresce 118% em abril

Escola de negócios e gestão

Levantamento do hub de inovação Distrito mostra que, entre abril de 2019 e 2020, total de investimentos passou de US$ 66 mi para US$ 144 mi

O valor total de investimentos em startups brasilerias em abril deste ano foi de US$ 144 milhões, um crescimento de 118% ante o mesmo mês em 2019, quando os aportes atingiram US$ 66 milhões. As informações são do hub de inovação Distrito, que divulgou pesquisa sobre o mercado de Venture Capital no Brasil.

O número de cheques de fundos e corporações, no entanto, diminuiu no mesmo período. Em abril do ano passado, 21 rodadas de investimento foram necessárias para alcançar o valor de US$ 66 milhões, uma média de US$ 3,14 milhões por aporte. Até o final do último mês deste ano, 20 rodadas totalizaram US$ 144 milhões, uma média de US$ 5,7 milhões por investida.

Dentro dos 20 aportes financeiros de abril de 2020, dois se destacam por concentrar 89% dos US$ 144 milhões: os US$ 80 milhões recebidos pela startup de logística Cargo X; e os R$ 250 milhões – aproximadamente US$ 48 milhões de acordo com a cotação do dólar no dia 07 de abril deste ano, quando o acordo foi fechado – do grupo japonês Softbank no e-commerce de pets PetLove.

Em uma perspectiva maior, a pesquisa também aborda valores de investimento somados nos quatro primeiros meses entre 2017 e 2020. Segundo o levantamento, este ano teve valor recorde de aportes até abril: US$ 480 milhões em 89 cheques, uma alta de 20% ante o primeiro quadrimestre de 2019, quando os investimentos totalizaram US$ 400 milhões em 90 aportes.

As informações financeiras do ecossistema de startups brasileiro são colhidas pelo Distrito Dataminer, a equipe de pesquisa e ciência de dados do hub de inovação. O projeto conta com informação de mais de 12 mil empresas nascentes, 58 fundos de investimentos brasileiros e 41 aceleradoras, que se cadastraram voluntariamente na iniciativa.

 

Publicado por: Terra

14 maio
Como operar seu negócio local durante o surto Covid-19?

Escola de negócios e gestão

Conduzir um negócio local durante o coronavírus não é fácil. A pandemia, que vem impactando todas as áreas da sociedade, representa um desafio para qualquer empresa, mas com calma e adoção de boas práticas, é possível atravessar a crise, reduzir os danos e até estreitar os laços com o público.

Qualquer orientação sobre o gerenciamento de negócios indica a necessidade de estar preparado para lidar com situações adversas e até extremas.

É injusto, porém, esperar que toda empresa esteja pronta para atravessar uma crise tão grave quanto a causada pelo novo coronavírus, que vem afetando todo o planeta e se alastrando pelo Brasil.

Por se tratar de algo que envolve a vida e a saúde de milhões de pessoas, o assunto vai além de fatores corporativos. É o momento de deixar para trás qualquer tipo de abordagem meramente comercial e focar o senso de comunidade para que, juntos, possamos superar a pandemia.

Ao mesmo tempo, sabemos que a estabilidade de muitos negócios, especialmente os locais, está ameaçada — problema que se estende para a vida pessoal de todos.

Embora o sentimento de preocupação seja justificado, é preciso respirar fundo, manter a calma e conduzir seu negócio local durante o coronavírus.

Pensando em ajudar nessa caminhada, criamos este post com algumas dicas podem ser úteis para sua gestão em tempos de crise.

Respeite as regras locais de distanciamento

Mais do que nunca, é fundamental se manter atualizado.

A primeira coisa que você deve fazer a cada dia é conferir as regras relacionadas ao distanciamento social, já que elas variam de região para região e sofrem alterações com frequência. De um dia para o outro, as recomendações de funcionamento comercial podem mudar.

Seguir as precauções estabelecidas por autoridades competentes é fundamental para garantir a saúde de seus colaboradores e, de modo geral, da comunidade.

Além de colocar vidas em risco, desobedecer as regras de distanciamento é uma atitude que, além não gerar lucros significativos, vai manchar a imagem da marca.

Para garantir que você está por dentro das mais recentes atualizações, busque canais de confiança e tome cuidado com desinformações propagadas em redes sociais.

A melhor prática é conferir o que dizem autoridades de saúde, como a OMS, que lançou um canal no Whatsapp para esclarecer dúvidas sobre a pandemia.

Para acessá-lo, basta enviar qualquer mensagem para o número +41 22 501 77 35. Ao fazer isso, você vai receber de volta uma lista de informações que podem ser obtidas, como mostrado na imagem abaixo.

whatsapp da OMS

É importante, também, ficar atento às recomendações passadas por governantes locais.

Preze pela saúde de seus clientes e colaboradores

Com restrições ou não, alguns comércios locais seguem liberados para funcionar, mesmo que em condições especiais.

Se esse for o caso da sua empresa, não deixe que a liberação afrouxe as medidas de segurança e prevenção dentro do seu estabelecimento.

Como dono do negócio, é sua responsabilidade garantir o bem-estar dos colaboradores no ambiente de trabalho. Em todos os casos possíveis, estimule a prática do home office, que pode ser adotada facilmente por profissionais que trabalhem com marketing, gestão de redes sociais e áreas afins.

Para os que não podem trabalhar fora do estabelecimento, garanta os equipamentos necessários para aumentar ao máximo a proteção contra o vírus.

Disponibilize, por exemplo, frascos de álcool gel e, se possível, permita que os seus clientes tenham acesso a eles. Máscaras e luvas também são itens importantes para a prevenção.

Além de fornecer os materiais, é fundamental instruir as pessoas sobre como utilizá-los. Uma boa prática é distribuir entre seus colaboradores cartilhas como esta, produzida pela Prefeitura Municipal de Curitiba:

cartilha com recomendações de como usar a máscara contra o coronavírus

Fique atento, também, ao comportamento das pessoas envolvidas em seu negócio e estimule conversas sobre a pandemia.

Além de crucial para manter a saúde mental em dia, isso pode ajudar na identificação de sintomas relacionados à doença. Se isso acontecer, recomende imediatamente o distanciamento social.

Por fim, se você emprega qualquer pessoa que se encaixa nos grupos de risco do coronavírus, faça de tudo para evitar que ela tenha contato com outros indivíduos.

Não poupe esforços de comunicação

Se você acompanha o nosso blog, sabe que sempre alertamos para a necessidade de a marca exercer seu papel social, comportando-se como um verdadeiro membro da comunidade.

Quando falamos disso, citamos o conceito de Marketing 4.0, que indica esse comportamento como ideal para gerar bons relacionamentos com o público.

Nesse momento, contudo, praticar esse tipo de responsabilidade vai muito além de conceitos de marketing.

Como um negócio local, você tem alcance suficiente para influenciar cidadãos e conscientizar uma parte da população. Por conta disso, intensifique os esforços de comunicação com o público.

Em canais como o email marketing e redes sociais, mescle mensagens relacionadas aos seus negócios com outras, focadas em informações sobre o coronavírus. É válido, por exemplo, divulgar conteúdos educativos sobre temas corriqueiros e importantes, como a forma correta de lavar as mãos.

Além disso, para garantir que sua persona entenda que você está tratando o assunto com devida importância, divulgue as medidas que estão sendo tomadas por sua empresa durante a pandemia.

Comunique, também, qualquer tipo de mudança nos horários de funcionamento ou restrições nos serviços oferecidos.

Ao adotar essas ações, tome o cuidado de não passar a impressão de que você está explorando a situação para promover sua empresa. Lembre-se: as prioridades são as preocupações dos seus clientes.

Mantenha os seus canais atualizados

Além de suas redes sociais, é fundamental que todos os canais utilizados por sua empresa para conectar o público sejam mantidos atualizados.

Como você sabe, um dos principais aliados de um negócio local é o Google. Afinal, a aplicação de boas práticas de SEO colocam a sua empresa em evidência no buscador.

O hábito de pesquisar por serviços e produtos no Google é tanto, que os consumidores costumam avaliar empresas de acordo com sua presença na plataforma.

Então, acesse sua conta Google Meu Negócio e atualize tudo o que for necessário para garantir uma interação clara com a persona.

Para facilitar a vida das empresas nesses tempos de dificuldade, a plataforma está permitindo alterações nos nomes dos negócios. Você pode utilizar essa funcionalidade para indicar mudanças nas suas práticas.

Se você está oferecendo entregas seguras nesse período, por exemplo, pode adicionar essa informação diretamente no nome apresentado.

Além disso, é fundamental atualizar suas horas de funcionamento, caso elas sejam alteradas pelas regulações locais. Se o seu negócio precisar fechar por um período, isso também pode ser comunicado.

Desde o dia 25 de março, o Google permite que empresas incluam em seus perfis a etiqueta “temporariamente fechado”.

Faça uso de posts de update sobre a Covid-19

Como mais uma medida de otimizar a comunicação com a audiência, recentemente, o Google adicionou a opção de posts com updates sobre suas medidas em relação à Covid-19.

Basta acessar o seu dashboard no Google Meu Negócio e selecionar “Covid-19 Update”.

Fonte: Moz

Nesse tipo de post, busque incluir o máximo de informação possível sobre as medidas que o seu negócio está tomando para se adaptar à situação de crise.

Comunique sobre novos serviços oferecidos, sobre novos horários e sobre as melhores formas de contatar seus representantes durante o tempo de distanciamento social.

Se o seu negócio está fechado, mas você ainda quer receber o contato de consumidores, pode ser uma boa ideia alterar o número de telefone. Associe-o a um dispositivo que você possa atender, mesmo sem estar no estabelecimento.

Utilize o tempo vago para o aprendizado

Pode parecer clichê, mas o tempo vago gerado pela crise pode ser uma excelente oportunidade para você expandir seu conhecimento e aprimorar suas técnicas de mercado.

Dessa forma, quando todo o problema gerado pela pandemia passar — e vai passar — você pode fortalecer seu negócio e recuperar o tempo perdido.

Esse é o momento, portanto, de ler aquele livro sobre marketing que você vem adiando por falta de tempo ou fazer aquele curso sobre vendas que pode aumentar seus resultados.

Avalie a possibilidade de vender pela internet

Dependendo da natureza do seu negócio, ele pode ser considerado pelas autoridades locais como essencial, o que vai permitir seu funcionamento, mesmo que de forma parcial.

Então, é importante checar as informações mais recentes e observar se você se encaixa nesse contexto. Se não for o caso, busque alternativas.

Se você já conta com uma plataforma de e-commerce e realiza vendas pela internet, tem meio caminho andado para manter seu fluxo de vendas, mesmo que ele sofra alterações. Se você ainda não tem uma loja virtual, não entre em pânico.

Existem ferramentas simples de usar que podem acabar com o seu problema, como o Shopify e a NuvemshopO site permite a ágil criação de uma loja para exibir e vender seus produtos, incluindo diversas formas de pagamento.

Fora isso, dependendo do CMS utilizado para gerenciar seu website, existem funcionalidades que também permitem a criação de uma loja virtual de forma simples.

Na pior das hipóteses, você pode receber pedidos via redes sociais ou telefone, realizar entregas e oferecer que o cliente busque o produto. Para receber o pagamento, basta contar com um sistema de processamento de cartão de crédito ou aderir a uma plataforma especializada, como o PayPal.

Fortaleça o senso de comunidade

Um momento de crise como o causado pela pandemia do coronavírus representa uma oportunidade para você fortalecer os laços com sua comunidade local.

Dessa forma, é possível sair desse momento com um suporte ainda maior dos moradores da região e, no fim das contas, acabar conquistando novos clientes.

Por isso, tenha como foco em seus esforços de comunicação a humanização da marca. Mostre os efeitos que o distanciamento vem causando ao seu negócio, mas ao mesmo tempo, estimule sua audiência a tomar os cuidados necessários para frear o avanço da pandemia e evitar a sobrecarga do sistema de saúde.

Falando em termos de marketing — que, lembramos, não deve ser o foco —, essas atitudes vão fortalecer sua imagem e até gerar certa autoridade ao seu negócio.

Para estreitar os laços com os clientes, procure entrar em contato com eles e, sem invadir sua privacidade, mostrar que você se preocupa com a saúde e o bem-estar da comunidade.

É inegável que a pandemia gera incertezas e medo, tanto no público consumidor quanto nos proprietários de empresas.

Todavia, é em momentos como esse que podemos nos movimentar de forma certeira para fortalecer o senso de comunidade e construir um futuro mais tranquilo para todos.

Se você é dono de um negócio local durante o coronavírus, é provável que sofra alguns impactos durante a pandemia.

O desafio pode ser amenizado com a adoção de uma postura colaborativa e da adoção de práticas para proteger sua empresa. Mantenha-se atualizado, siga as recomendações e busque alternativas seguras para permanecer ativo.

Publicado por: Rock Content

08 maio
A ascensão do universo dos games. E sua potência no século 21

Escola de tecnologia aplicada

Mercado ultrapassou a indústria de cinema e de música em termos financeiros, se tornando a forma de entretenimento mais lucrativa do mundo

“PAC-MAN”, CONHECIDO NO BRASIL COMO “COME-COME”, FOI UM DOS JOGOS MAIS POPULARES DE TODOS OS TEMPOS

Em 2018, os games se tornaram mais lucrativos do que a indústria de Hollywood e a indústria musical combinadas, movimentando US$ 137 bilhões globalmente. A NewZoo, principal empresa de pesquisa da indústria dos games, projeta uma movimentação de US$ 152 bilhões até o final de 2019, um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior.

UNIVERSO EM EXPANSÃO


Dominando a cultura pop, os games foram além do mero entretenimento e, além de serem um negócio lucrativo, influenciaram o desenvolvimento de aplicativos de uso cotidiano e se tornaram ferramenta de ensino em escolas.

O QUE é o universo dos games?

A indústria dos videogames, ou o universo dos games, é composta por três partes: as empresas que fabricam as tecnologias que suportam os jogos; os estúdios que desenvolvem os títulos; e a comunidade que consome os games.

Um game pode ser jogado em diversas plataformas. As tecnologias que suportam os jogos podem ser divididas em três categorias:

– Mobile: celulares, tablets e outros dispositivos móveis

– Consoles: equipamentos fabricados especificamente para o suporte de games. Atualmente, três empresas são as principais no mercado de consoles: a Sony, com o PlayStation; a Microsoft, com o Xbox; e a Nintendo, com o Switch.

– PCs: computadores de uso pessoal também podem ser usados para jogar os mais diversos tipos de jogos

Um estudo da empresa de consultoria Limelight publicado em março de 2019 demonstrou que as plataformas mobile são as mais populares entre os jogadores, com os celulares sendo os dispositivos preferidos para o ato de jogar. A pesquisa foi feita a partir de entrevista com 4.500 pessoas de nove países.

Os consoles são divididos por gerações. Em 2019, eles estão na oitava geração, com uma nona chegando a partir de 2020. O PlayStation 4 é o console mais popular da oitava geração, tendo vendido 91,6 milhões de unidades entre novembro de 2013 e dezembro de 2018.

Os jogos de videogame podem ser divididos em gêneros, com propostas, atmosferas e mecânicas individuais.  Em 2018, a empresa de pesquisa de mercado TechNavio fez um estudo detalhado do estado atual do mercado de games no mundo, a partir de dados vindos das desenvolvedoras, do varejo, dos governos e de publicações que estudam os games.

A pesquisa demonstrou que os jogos de ação são os mais populares entre os gamers, seguidos dos jogos de esporte e dos jogos no estilo battle royale, no qual todos os jogadores precisam ser derrotados, garantindo a vitória de apenas um indivíduo. Outros gêneros e subgêneros populares no mundo dos games são:

– FPS: sigla para first person shooter, o atirador em primeira pessoa. Nesses jogos, o jogador assume o papel e o ponto de vista de um personagem munido de armas, atrás de um objetivo. A franquia “Call of Duty” se encaixa na definição, colocando os jogadores em um ambiente de guerra. É um subgênero dos jogos de ação.

– Survival horror: nesse gênero, o jogador precisa sobreviver aos ataques de monstros, psicopatas e criaturas sobrenaturais, podendo ou não combatê-los. A franquia “Resident Evil” faz parte desse subgênero, trazendo para o jogador o desafio de sobreviver a um mundo tomado por zumbis.

– Jogos de ritmo: nesses títulos, o jogador precisa demonstrar coordenação motora para cumprir algum desafio. A franquia “Just Dance” pode ser definida dentro desse gênero, desafiando os jogadores a realizarem a coreografia de diversas músicas populares.

– RPG: sigla para role-playing game, ou jogo de interpretação de papéis. Nesse gênero, surgido nos jogos de tabuleiro, o jogador assume a identidade de um personagem, tomando decisões que influenciam no desenrolar da história apresentada. A franquia “The Witcher” se encaixa dentro do universo dos RPGs.

 

O mundo dos esportes digitais

Os eSports, disputas dentro do universo dos mais diversos jogos, têm ganhado força e se profissionalizado no mundo todo.

O site Twitch é a principal plataforma de streaming de disputas de jogos online. Segundo a ISPO, empresa de pesquisa do mercado esportivo, o jogo mais popular no serviço em 2019 é “Fortnite”, título presente nos computadores, consoles e plataformas mobile.

Além de “Fornite”, os jogos “League of Legends”, “Rainbow Six Siege”, “Dota 2”, “Overwatch” e “Counter-Strike: Global Offensive” são populares entre os competidores de esportes digitais.

De acordo com relatório divulgado pela empresa de consultoria NewZoo, o mercado de eSports deve movimentar US$ 1,1 bilhão ao redor do mundo em 2019, com projeção para movimentar US$ 1,8 bilhão no ano de 2022.

No Brasil, os eSports também ganharam seu espaço. A Confederação Brasileira de eSports lista 13 equipes como os principais times do país em 2019. Dentre os selecionados está o braço de esportes digitais do Clube de Regatas do Flamengo, inaugurado em 2017.

Os modelos de negócios dos games

A movimentação de tantos bilhões de dólares dentro do universo dos games acontece de diversas maneiras.

A principal delas é a compra dos jogos pelos jogadores, que pagam um valor para terem determinado título em uma mídia física ou em uma cópia digital obtida através de download.

Outro modelo popular é o chamado “freemium”, junção das palavras “free” (gratuito) e “ premium”. Usado principalmente em jogos mobile. Nesse cenário, o jogador consegue obter o game gratuitamente, mas precisa pagar por itens que trarão facilidades nas partidas e aprimoramentos para os personagens.

Os pacotes de DLC (“downloadable content”, ou conteúdo baixável) também se tornaram populares. Nesse modelo, o jogador paga o valor do jogo, mas também paga por conteúdos extras, como novos visuais para os personagens e novos desafios.

A publicidade nos games também é uma ferramenta usada para gerar lucro às desenvolvedoras. Usada nesse universo desde 1978, as propagandas podem aparecer através de banners que surgem na tela ou por meio do posicionamento de marcas no ambiente virtual do jogo. Em “FIFA”, franquia de simuladores de futebol, as mais diversas marcas pagam para serem inseridas nas placas de publicidade dos estádios virtuais e nas camisas dos jogadores.

QUEM faz parte do universo dos games?

Segundo a edição 2019 da Pesquisa Game Brasil, que tenta traçar o perfil dos gamers brasileiros, 66% dos brasileiros jogam videogames. Desse montante, as mulheres são maioria.

 

PERFIL DE QUEM JOGA

De acordo com a pesquisa, pessoas de 25 a 34 anos compõe a maior parte dos jogadores brasileiros, representando 37,7% do montante total.

A Pesquisa Game Brasil é feita a partir de uma parceria entre a agência de tecnologia Sioux Group, a empresa de pesquisa Blend New Research e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), levando em conta os jogos de todos os gêneros, independentemente da plataforma. Realizada anualmente, a pesquisa é feita a partir de questionário quantitativo, respondido por cerca de 3.200 pessoas.

Ainda segundo a Pesquisa Game Brasil, 67,2% dos brasileiros que jogam videogame se definiram como jogadores casuais, se envolvendo nas jogatinas até três vezes por semana, em sessões de até três horas. Cerca de 33% dos entrevistados se classificaram como jogadores hardcore, com partidas frequentes e longas.

Nos Estados Unidos, em 2017, a maior fatia do público gamer tinha entre 35 e 44 anos. 62% deles era homem e 38% era mulher.

 

QUANDO o universo dos games ganhou força?

O ato de jogar tem raízes antigas na humanidade. Em 2013, foi encontrado na Turquia o tabuleiro do jogo mais antigo que se tem conhecimento. As peças possuem pelo menos 5.000 anos.

Na terceira década do século 20, em 1938, o historiador holandês Johan Huizinga publicou o livro “Homo ludens”, peça central para os estudos dos jogos. Na obra, o autor propõe que o termo Homo ludens (o homem que joga, em tradução livre) fosse usado na nomenclatura da espécie humana, dada a importância dos jogos para o desenvolvimento das sociedades.

Também em “Homo ludens”, Huizinga apresenta a ideia do “círculo mágico”, um espaço criado a partir de uma série de premissas que fazem com que o ato de jogar seja um mergulho em outro universo, fazendo com que o jogador se distancie de suas aflições e problemas cotidianos.

Para que o “círculo mágico” seja construído, cinco premissas devem ser respeitadas:

1 – Jogar deve ser uma atividade livre, com a participação voluntária daqueles que fazem parte do jogo
2 – O jogo não deve fazer parte da vida real, construindo um universo com leis e costumes próprios
3 – O jogo precisa ter um sentido próprio, ancorado em regras que guiam a atividade para limites de tempo e espaço próprios
4 – A tensão, a incerteza e o acaso são elementos fundamentais de qualquer jogo
5 – Em todo jogo, o jogador precisa lutar por algo ou se tornar a representação de algo

Tão antigos quanto a própria cultura, os jogos atualmente ocupam um lugar de destaque no mundo do entretenimento, com os videogames sendo seus maiores expoentes, em uma crescente ao redor do mundo.

Na segunda metade do século 20, os jogos passaram a se aproveitar das tecnologias eletrônicas recentes à época para a criação de uma nova forma de entretenimento: os videogames.

O primeiro jogo eletrônico que se tem conhecimento é “Bertie the Brain”, desenvolvido em 1950 pelo engenheiro canadense Josef Kates. O título nada mais era do que uma versão em computador do clássico “Jogo da Velha”.

Porém, os anos 1970 marcaram a ascensão da popularidade e do desenvolvimento dos games. Em 1972, os fliperamas americanos passaram a oferecer “Pong” como uma opção eletrônica aos tradicionais pinballs.

Em “Pong”, dois traços, controlados pelos jogadores, precisam bater e rebater uma bolinha (quadrada), em uma versão eletrônica dos jogos de tênis de mesa.

Cinco anos depois, em 1977, os videogames chegaram aos lares americanos, com o lançamento do console Atari 2600. Desde o seu lançamento, mais de 27 milhões de unidades foram vendidas ao redor do mundo.

A partir dos anos 80, o Japão passa a ser uma potência no desenvolvimento de games. É nesta década que se estabelece uma das maiores rivalidades do mercado: a concorrência entre a Sega e a Nintendo, principais empresas da indústria de games japonesa.

A concorrência entre as duas empresas também ocupou lugar na boca dos fãs, que até hoje produzem memes e abrem discussões sobre qual das duas empresas seria melhor. Em 2018, foi anunciada a produção de uma série de TV inspirada pela disputa.

Nas primeiras duas décadas dos videogames, os jogos possuíam gráficos 2D, que traziam um visual chapado, sem qualquer noção de profundidade. Nos anos 90, os jogos 3D ganharam popularidade, com os consoles Sega Saturn e Nintendo 64. Nessa mesma década, a japonesa Sony entrou no mercado de videogames, com o lançamento do primeiro PlayStation, em 1995.

No começo dos anos 2000, a Sega abandonou o mercado de consoles após crises internas e a queda em sua popularidade. Desde então, esse setor é dominado pela Sony, pela Nintendo e pela Microsoft, que lançou, em 2001, a primeira geração do Xbox.

Algumas tendências marcaram a tecnologia dos games nos anos 2000. Em 2006, a Nintendo lançou o Nintendo Wii, console que trazia como diferencial controles sem fio que respondiam de acordo com os movimentos dos jogadores. Três anos depois, a Sony entrou na onda dos controles por movimento com o lançamento do PS Move, um controle similar ao do Wii. Em 2010, a Microsoft lançou o Kinect, uma câmera que capta os movimentos do jogador e transmite-os para os jogos, sem a necessidade de um controle físico. À época, os controles por movimento eram considerados a tecnologia que definiria o futuro dos games.

Desde 2014, a Realidade Virtual tem sido um norte para a indústria dos games, com o desenvolvimento de óculos especiais munidos de uma tela, que fazem com que o jogador fique completamente imerso no universo dos jogos que suportam esse tipo de tecnologia.

Durante todo esse processo, os jogos de computador foram se desenvolvendo de acordo com o avanço das tecnologias de computação pessoal.

ONDE o universo dos games exerce maior influência?

Por muito tempo, os Estados Unidos e o Japão foram os maiores centros de produção e consumo de videogames no mundo.

Com o passar do tempo e a globalização, mais países emergiram dentro da indústria e passaram a ocupar a lista dos maiores mercados de videogames no mundo.

A edição 2019 do estudo da NewZoo demonstrou que os EUA são o maior país consumidor de games no mundo. China, Japão, Coreia do Sul e Alemanha completam as cinco primeiras posições, nessa ordem. O Brasil ocupa a 13ª posição do ranking.

Na Coreia do Sul, o quarto maior mercado mundial, os eSports são extremamente populares. Em 2018, o Ministério da Cultura, Esportes e Turismo do país anunciou a construção de três novas arenas para sediar eventos de esportes digitais. Entre 2014 e 2018, o governo do país investiu US$ 274 bilhões no setor.

Em 2019, 2,3 bilhões de pessoas ao redor do mundo se consideraram jogadoras de videogame, nas mais diversas plataformas. Em números de jogadores, a Ásia é o continente que representa o maior montante: 1,2 bilhão de pessoas que se consideram gamers.

ONDE ESTÃO OS GAMERS

Em termos de produção, a Polônia ganhou destaque nos últimos anos. O país possui cerca de 120 empresas ligadas à indústria dos games, prestando serviços em todos os estágios da produção, do desenvolvimento à distribuição.

A principal empresa no cenário é a CD Projekt, que, em 2015, ganhou o troféu Jogo do Ano do prêmio The Game Awards, o mais importante do mundo, por “The Witcher 3: Wild Hunt”. O título já vendeu mais de 20 milhões de unidades ao redor do mundo.

COMO o universo dos games se relaciona ao extremismo?

Na década de 2010, parte da comunidade gamer se aproximou dos discursos de direita. Dados do Facebook, publicados em janeiro de 2019, demonstraram que 34% dos gamers americanos se identificam como conservadores ou muito conservadores.

O fenômeno ganhou mais força a partir de 2014, com o surgimento do movimento Gamergate. Os membros do Gamergate se alinham com ideias misóginas, nacionalistas, xenófobas e racistas.

O britânico Milo Yiannopoulos, jornalista e ativista de extrema direita, usou o Gamergate como uma ferramenta de divulgação de suas ideias. Em 2014, no início do movimento, Yannopoulos publicou um artigo no site Breitbart onde diz que “bullies feministas estão destruindo a indústria de jogos”.

Em 2017, Steve Bannon, líder da campanha eleitoral do presidente americano Donald Trump, contou ao USA Today que Yiannopoulos soube se comunicar com os membros do movimento.

“Eu logo percebi que Milo conseguia se conectar com esses jovens”, disse Bannon. “Você pode ativar esse exército. Eles saem do Gamergate ou de qualquer coisa assim e logo começam a gostar de política e de Trump”, acrescentou.

Kristin Bezio, professora de estudos de liderança na Universidade de Richmond, acredita que o Gamergate foi um precursor da ascensão da chamada alt-right, a “direita alternativa”.

O termo alt-right inclui um grupo de indivíduos da extrema-direita  que geralmente abraçam ideias nacionalistas, racistas, misóginas e antissemitas, expressadas em ambientes digitais de maneira provocativa.

POR QUE o universo dos games cresceu tanto?

Em 2011, o doutor em psicologia Andy Przybylski, da Universidade de Essex, no Reino Unido, realizou um estudo para entender por que os games se tornaram tão populares.

Os resultados foram publicados na revista Psychological Science. De acordo com Przybylski, os videogames permitem que os jogadores ajam de acordo com uma versão idealizada deles mesmos.

“A atração de se jogar um videogame, e o que os torna divertidos, é a chance que eles dão para as pessoas pensarem em um papel que elas gostariam de ter idealmente, e o fato de terem a chance de ocupar esse lugar”, afirmou.

A popularidade dos games se estendeu para além de seu próprio universo. Um fenômeno recente é a chamada gamificação. É a aplicação de mecânicas de jogos em outros campos, como a administração de empresas, a educação e a avaliação de serviços, como acontece no Uber: o sistema de estrelas do motorista e do passageiro se baseia na ideia de tarefa e recompensa, ideia central para todo jogo.

Nas escolas, os games passaram a ser usados como ferramenta de complementação do estudo. “Minecraft” é um dos jogos mais populares do mundo, permitindo que o jogador construa mundos inteiros usando bloquinhos quadrados. Em 2016, a desenvolvedora Mojang lançou uma versão do game feita especialmente para que estudantes possam pôr em prática conceitos de geografia, física e matemática.

A franquia “Assassin’s Creed” também é popular globalmente. No jogo, direcionado para um público mais velho, o jogador assume o papel de um personagem da Ordem dos Assassinos. Cada título da franquia se passa em um momento histórico diferente, do Egito Antigo à Revolução Industrial em Londres.

A partir de 2018, os jogos da franquia “Assassin’s Creed” passaram a trazer um modo educacional, sem violência, para que os jogadores explorem o momento histórico de cada título, entendendo a conjuntura sociopolítica de cada época.

Kurt Squire, doutor em Aprendizagem Conectada pela Universidade da Califórnia, publicou um artigo em 2005 onde argumenta que o uso de games dentro da sala de aula pode trazer uma motivação extra aos alunos através da fantasia, do poder de escolha, dos desafios, da competição e da curiosidade, elementos intrínsecos a  qualquer jogo.

Games são arte?

Há dentro da indústria um debate acerca da tipificação dos games enquanto uma forma de arte. Em 2012, o museu Smithsonian, um dos mais importantes do mundo, organizou uma exposição para mostrar aos visitantes os videogames enquanto expressão artística.

Em 2006, Renaud Donnedieu de Vabres, ex-Ministro da Cultura da França, afirmou que os videogames eram sim uma forma artística. Por conta disso, Vabres deu às desenvolvedoras francesas uma redução de 20% dos impostos pagos durante o processo de produção dos jogos.

No mesmo ano, Hideo Kojima, considerado um dos melhores desenvolvedores de jogos do mundo, afirmou ao site Eurogamer que não considerava os jogos uma forma de arte.

“Se 100 pessoas passam por uma obra e uma única é cativada por aquela peça, isso é arte. Mas videogames não querem cativar apenas uma pessoa. Um jogo precisa fazer com que as 100 pessoas que jogam se sintam felizes com aquele serviço”, afirmou “Os games são como um serviço. Não são arte. Mas eu acho que é a forma com que esse serviço é oferecido possui elementos artísticos”, acrescentou.

Publicado por: Nexo Jornal 

 

 

06 maio
Coloca o fone e mantenha-se informado

iCEV

5 podcasts para ficar atualizado

Imagina o tanto de tempo que você usa diariamente lavando as louças, fazendo o almoço, arrumando a casa, dando banho no cachorro, tomando banho e preso no trânsito? Agora imagina usar esse tempo valioso para manter-se informado com os mais diversos assuntos? Os podcasts estão com tudo e são uma forma de absorver conteúdos de forma prática e dinâmica.

Muitas pessoas não têm tempo para ler posts, ebooks e assistir vídeos, ou então estão sobrecarregados do trabalho e faculdade e precisam ser mais dinâmicas. Independente do contexto, estar sempre e informado com assuntos relevantes é fator de crescimento pessoal e profissional. Os podcasts vêm como uma solução em meio a correria do dia a dia e abrem inúmeras possibilidades de expansão de conhecimento.

Mas afinal, o que é um Podcast?

Podcast é um material entregue na forma de áudio, muito semelhante a um rádio. A diferença é que fica disponível para escutar quando quiser e não é um programa ao vivo.

Eles ser dos variados temas e abordagens, que servem coma uma nova maneira de entregar conhecimento. Eles são práticos, gratuitos, podem ser escutados em qualquer lugar.

Os podcasts podem ser ouvidos em aplicativos de plataforma de streaming de áudio (Spotify, Sound Cloud e Deezer), aplicativos agregadores de podcasts (Podcast & Radio Addict, Pocket Casts, WeCast, Overcast), bem como online no site de quem está produzindo o material, em alguns casos.

Por isso, nós do iCEV listamos alguns podcasts que tratam de assuntos relevantes que irão contribuir para você aprender mais e criar um repertório extenso de informação e conhecimento. Agora é só colocar o fone.

Café da Manhã

O Café da Manhã é um podcast do jornal Folha de São Paulo, que apresenta de forma rápida e pontual aquilo que você precisa saber antes de começar o seu dia.
Os episódios vão ao ar de segunda a sexta-feira, com duração média de 30 minutos.

 

 

 

 

Durma com essa

É o podcast do Jornal Nexo, trata do fato mais instigante do dia e vai ao ar no fim da tarde, começo da noite, abordando acontecimentos do Brasil e do mundo.
Os episódios vão ao ar de segunda a quinta-feira, com duração média de 15 minutos.

 

 

 

 

Mamilos

O Mamilos é um podcast que discute temas atuais e, na maioria das vezes, muito polêmicos, mas apresentando diferentes argumentos e visões sobre economia, política, comportamento, educação, ciência, saúde e outros.
Os episódios vão ao ar toda sexta-feira, com duração média de 90 minutos.

 

 

 

 

Braincast

Traz temas atuais e com foco, principalmente, em assuntos relacionados a criatividade, inovação, tecnologia, negócios, cultura digital e entretenimento.
Os episódios vão ao ar toda quinta-feira, com duração média de 90 minutos.

 

 

 

 

Nerdcast

Une informação e entretenimento, com assuntos como empreendedorismo, história, ciência, cinema, quadrinhos, literatura, tecnologia, games e outros.
Os episódios vão ao ar toda sexta-feira, com duração média de 90 minutos.

22 abr
Aumento abusivo de preços em situação de calamidade pública: há crime?

Escola de direito aplicado

Foto: Agência Brasil

Existe um preço justo a ser cobrado ou, em uma sociedade de livre mercado, apenas oferta e procura podem definir o valor de um produto ou serviço? Quando nos voltamos à aplicação concreta das normas jurídicas, no entanto, a apreciação puramente moral deve ser deixada de lado. Ao tratar de consequencialismo e direito, Lenio Streck, citando a obra de Sandel, adverte que dilemas morais “servem como pontos de partida para a problematização acerca dos sistemas éticos”, mas o agente moral que escolhe entre uma ou outra posição ética “não representa um juiz em sua tomada de decisão enquanto agente público”.[2] Há um sistema de regras e princípios a ser observado, ao qual o intérprete do direito não pode se furtar.

Isso ganha especial ênfase quando falamos de direito penal e seu indissociável aspecto da legalidade (arts. XXXIX da CRFB e 1º do Código Penal), que traz a reboque a necessidade de uma correta adequação típica. Daí deriva o questionamento que serve como título para o presente artigo: o aumento abusivo de preços é criminoso?

Para uma correta resposta, devemos transitar pelas leis penais especiais, uma vez que o Código Penal não contempla qualquer tipo penal que resvale na hipótese.

Lei de Crimes Contra a Economia Popular (Lei nº 1.521/1954)

“Colcha de retalhos” é o lugar-comum usado por Rui Stoco para definir a Lei de Economia Popular.[3] Clichês normalmente devem ser evitados, mas, por vezes, soam bastante adequados. Temos aqui um desses casos. A sucessão de leis penais cuidando de infrações penais outrora previstas na Lei nº 1.521/1954 – como as Leis nº 8.137/1990, 7.492/1986 e 6.649/1979 –, todas incapazes de revogar expressamente os dispositivos pretéritos, transformou em “tormento saber quais leis que dispõem sobre a matéria estão em vigor; quais foram revogadas e até mesmo saber-se com segurança como fazer o enquadramento do fato (comportamento humano) na norma”.[4]

Definir quais são os dispositivos da Lei nº 1.521 que estão em vigor é uma tarefa penosa, porém, é inegável que alguns deles, até hoje, integram nosso ordenamento jurídico.

Nessa seleção de tipos penais que se mantêm, trataremos especificamente dos seguintes: art. 2º, IX [“obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos (‘bola de neve’, ‘cadeias’, ‘pichardismo’ e quaisquer outros equivalentes)]; e art. 3º, VI (“provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias, títulos públicos, valores ou salários por meio de notícias falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício”).

Um dispositivo muito invocado – além dos já expostos – é o art. 2º, VI (“transgredir tabelas oficiais de gêneros e mercadorias, ou de serviços essenciais, bem como expor à venda ou oferecer ao público ou vender tais gêneros, mercadorias ou serviços, por preço superior ao tabelado, assim como não manter afixadas, em lugar visível e de fácil leitura, as tabelas de preços aprovadas pelos órgãos competentes”). Entretanto, há dois problemas que tornam impossível a sua aplicação: (a) não existe, nesse momento, tabelamento de preços fixado pelo poder público, falecendo a elementar do tipo penal; (b) o art. VI, da Lei nº 1.521 foi revogado pelo art.  da Lei nº 8.137/1990, que manteve a criminalização da conduta, igualmente revogado, ao seu turno, pela Lei nº 12.529/2011, que promoveu a abolitio criminis da infração.

Doravante abordando os tipos penais em vigor, o art. 2º, IX, usa genericamente a palavra “especulações” para se referir ao meio executório pelo qual o sujeito ativo obtém ou tenta obter ganhos ilícitos em detrimento de pessoas indeterminadas.

O aumento de preços pode ser esse “ganho ilícito” mencionado pela norma? Sim, como demonstram os arts. 39X, da Lei nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), o qual classifica como prática abusiva a elevação sem justa causa do preço de produtos e serviços; e 36III, da Lei nº 12.529, que classifica como infração à ordem econômica o aumento arbitrário de lucros. Não é esse, portanto, mas outros elementos do tipo pen al que impedem a subsunção.

Especular (embora a norma não diga, essa especulação é financeira) significa apostar exclusivamente em lucro rápido derivado de uma atividade em que há grandes e inerentes riscos. O que caracteriza a especulação, além do lucro em curto prazo, é a incerteza no que tange ao esperado retorno. Importa salientar que não se trata de uma atividade necessariamente criminosa. A especulação financeira concentrada no mercado de bolsa de valores, por exemplo, é legítima.

O que a torna, portanto, a especulação eventualmente ilícita? É a sua proximidade com práticas fraudulentas (embora os conceitos não se confundam), apta a levar à ruína pessoas iludidas por uma manobra. A simples alta de preços, ainda que abusiva, não encontra perfeito encaixe na definição de especulação. Nesse sentido se pronunciou o STF no RHC 65.704/SP, julgado em 17 de novembro de 1988. Em seu voto, o relator Carlos Madeira registrou que a simples remarcação pública de preços, sem qualquer manobra oculta apta a iludir o consumidor, não é um processo especulativo.

A norma penal, outrossim, se vale de uma fórmula casuística, em que são enumerados processos especulativos ou fraudulentos criminosos: “bola de neve”, “cadeias” e “pichardismo”. Para que não haja afronta à taxatividade exigida pelo direito penal, qualquer especulação criminosa deve se aproximar do casuísmo legal, o que não ocorre no aumento abusivo de preços. Consequentemente, impossível a aplicação do dispositivo à hipótese sob análise.

Quanto ao art. 3º, VI, impõe-se salientar a parte final da norma (“por meio de notícias falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício”). Trata-se de crime de forma vinculada, a exigir determinados meios executórios, notoriamente fraudulentos. Notícias falsas e operações fictícias são exemplos de fraudes, ao passo em que “qualquer outro artifício” é o termo genérico que deve ser interpretado de acordo com as expressões que o precedem. Frise-se, aliás, que a palavra “artifício” é usada também no crime de estelionato, ao lado de ardil, como uma das fraudes caracterizadoras do delito. Daí se extraí que o art. 3º, VI, somente pode ser praticado por meio de um engodo.

Em resumo: não encontramos na Lei nº 1.521/1954 qualquer tipo penal em vigor apto a punir o aumento abusivo de preços.

 Lei de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo (Lei nº 8.137/1990)

A par da Lei nº 1.521/1954, a lei ora em apreço também pode ser qualificada por um lugar-comum: “saco-de-gatos”, dada a imensa confusão normativa por ela criada. Além de contemplar em seu bojo situações completamente díspares entre si (ordem tributária e relações de consumo, por exemplo), o diploma ora revoga, ora coexiste com lei anteriores que tratam dos mesmos temas. Trata-se de um dos mais notórios exemplares da péssima técnica legislativa que assola a formulação das leis penais.

Acerca da análise pretendida, ganha relevo o art. 7º, em seus incisos VI (“sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda comprá-los nas condições publicamente ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação”) e VIII (“destruir, inutilizar ou danificar matéria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em proveito próprio ou de terceiros”).

Perceba-se, no entanto, que nenhum dos dois dispositivos incrimina a simples alta abusiva de preços, pois, em ambos os casos, impõe-se uma conduta do sujeito ativo que determine um incremento artificial no valor da mercadoria, insumo, bem ou matéria-prima, seja a retenção para fins de especulação, seja sua destruição, inutilização ou danificação. São comportamentos que produzem escassez e, consequentemente, elevação dos preços cobrados, segundo as regras econômicas de oferta e demanda. Como bem esclarece Gabriel Habib, em comentários ao inciso VI, “como a escassez valoriza o produto, a especulação consiste na falta do produto no mercado de forma a torná-lo mais escasso para fazer com que o valor dele aumente, com o intuito de lucro”.[5]

Verifica-se, pois, que a ausência da mercadoria nas prateleiras é preordenada e não circunstancial. Assim, se o aumento abusivo for determinado por uma dessas práticas anteriores, há crime, mas o que se pune é a conduta prévia, não o aumento consequente. Este, por si só, também não é punido pela lei especial.

 Lei do CADE (Lei 12.529/2011)

Com esteio no art. 170IV, da CRFB, que estatui a livre concorrência como princípio da ordem econômica, e no art. 173§ 4º, da CRFB, o qual determina a edição de lei ordinária visando à disciplinar a repressão ao “abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros”, elaborou-se e sancionou-se aquela que ficou conhecida como “Lei do CADE”, que, entre outras providências, estruturou o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC).

O art. 36 do diploma em epígrafe classifica como infração à ordem econômica qualquer ato que implique aumento abusivo de preços (inciso III). Não se trata, contudo, de infração penal, como sua própria redação insinua. Consoante o texto ali presente, essas infrações restam configuradas “independentemente de culpa”, o que contraria o princípio da responsabilidade penal subjetiva, inerente ao direito penal. Evidencia-se, portanto, que o legislador não pretendeu conferir caráter criminal aos comportamentos previstos, a despeito de o subsequente Capítulo III da Lei nº 12.529 denominar de penas as sanções correspondentes. São ilícitos, em verdade, de natureza administrativa.

Assinale-se, ainda, que o julgamento das infrações contra a ordem econômica e a respectiva aplicação de penalidades é de competência do Tribunal Administrativo de Defesa Econômica (art. II, da Lei nº 12.529), vinculado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que tem a natureza jurídica de autarquia federal (art.  da Lei nº 12.529), o que reforça a natureza administrativa de tais infrações.

Conclusão

Afora situações extravagantes, o aumento abusivo de preços não ingressa no âmbito do direito penal, restringindo-se às esferas econômica, administrativa e consumerista. Não se trata, importa frisar, de postura aceitável pelo ordenamento jurídico nacional, como evidenciam os arts. 173§ 4º, da CRFB39X e 51 do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990); e 36III, da Lei nº 12.529/2011. Extrai-se dessas regras que o lucro auferido em posição antiética contraria a dignidade e a justiça social, que são as finalidades da ordem econômica fundada na livre iniciativa. Revela-se, pois, o aspecto moral que influenciou a atividade do Poder Constituinte Originário.

Nem toda violação moral, no entanto, corresponde a uma norma jurídica e, muito menos, a uma infração penal. O direito penal exige não apenas sua conformação como um sistema protetivo de bens jurídicos, sejam de caráter individual ou coletivo, mas também, como forma de conter o poder punitivo e dialogar com os destinatários da norma, sua submissão à estrita legalidade, vinculada à atividade de adequação típica.

Os brados pela imposição de sanções penais a práticas que denotem apenas imoralidades, são, antes de tudo, igualmente arbitrários e imorais.

Fonte: JusBrasil

Está com dúvidas?
Estamos aqui pra ajudar! Envia um e-mail ou chama no whatsapp: (86) 3133-7070
Entrar em contato!
© 2017 iCEV Instituto de Ensino Superior
Esse domínio pertence ao Grupo Educacional Superior CEV
CNPJ: 12.175.436/0001-09