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27 dez
O que é NFT? Conheça a tecnologia que permite comprar um meme

Escola de tecnologia aplicada

Memes, tuítes, obras digitais… Entenda como as pessoas passaram a comprar e vender esses itens por milhões de dólares.

Era uma vez um gatinho pixelado, que voava pelo espaço sideral ao som de uma musiquinha chiclete seguido por um arco-íris. O nome dele era Nyan Cat – um meme que fez bastante sucesso há cerca de 10 anos. Em fevereiro de 2021, ele voltou a ser notícia por um motivo peculiar: foi vendido pela bagatela de 590 mil dólares.

Como assim, um meme foi vendido? Sumiu da internet?

Não. Se você digitar “Nyan Cat” no Google agora, vai encontrar imagens, gifs, vídeos, tudo normal. Isso porque o que foi comprado nessa transação não é todo e qualquer Nyan Cat que exista por aí e sim, o original.

Pense assim: se você fosse comprar a Mona Lisa, estaria pagando pelo quadro original – aquele que fica pendurado no museu, com certificado de autenticidade, considerado pelos especialistas como a verdadeira e original Mona Lisa.

Mas isso não significa que não existam réplicas e versões da Mona Lisa por aí. Seu vizinho pode ter um pôster dela pendurada na parede, sua mãe pode ter um cartão-postal com a imagem do quadro, um amigo pode ter ido até o Museu do Louvre e tirado uma foto dela.

Tobias Rothe via Giphy.com

Mas a Mona Lisa original é única. Essa só você vai ter.

A mesma coisa vale pra quem comprou o meme do Nyan Cat. Existem inúmeras réplicas desse meme. Mas o original, aquele que deu origem a todas as cópias, é só do comprador.

Mas como garantir que o que está sendo comprado é o meme original?

O que permite isso é algo chamado NFT.

O que é NFT?

NFT é uma sigla para non-fungible token – ou token não-fungível. De forma simplificada, o NFT é um código de computador que serve como autenticação de um arquivo – a garantia de que ele é único.

Esse é o significado de não-fungível, aliás. Na economia, ativos fungíveis são aqueles cujas unidades possa, ser trocadas sem alterar o valor. Por exemplo: você pode trocar uma nota de R$ 50 por cinco notas de R$ 10 reais e elas continuarão valendo a mesma coisa.

Um ativo não-fungível, por outro lado, tem propriedades únicas a ele, nenhum outro é igual. Existe apenas uma Mona Lisa – podem haver cópias, versões, mas aquele quadro, com aquelas características e aquele valor é único. Você não pode trocar a Mona Lisa por nenhum outro quadro e dizer que eles são equivalentes, certo?

O NFT, portanto, é esse token, ou chave, completamente único que é vendido junto ao arquivo e garante a autenticidade dele.

Ou seja: a pessoa que comprou o Nyan Cat não recebeu um gif do gatinho ou o link do vídeo. Ela recebeu o arquivo original do meme com o NFT, o código que garante sua exclusividade.

Em abril, foi anunciado que o vídeo “Leave Britney Alone”, um meme de 2007, foi vendido como NFT por quase US$ 45 mil. Mas antes disso, em fevereiro, uma transação balançou o mundo da arte: uma colagem digital do artista norte-americano Beeple foi vendida por mais de US$ 69 milhões em um leilão.

A obra digital Everydays: The First 5000 Days, do artista Beeple

Essa obra não existe fisicamente. O comprador recebeu um arquivo criptografado com a imagem original e as linhas de código do NFT. Como cada NFT é totalmente único, ele serve como um certificado de posse e de autenticidade. É como se ele tivesse a Mona Lisa autêntica – se a Mona Lisa só existisse dentro do computador.

Como funciona a compra e venda de NFTs?

Não basta fazer um Pix para o vendedor. As transações de NFTs acontecem por meio de uma tecnologia chamada blockchain.

De forma simples, o blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet. São pedaços de código gerados online que carregam informações conectadas.

É esse sistema que permite as transações das criptomoedas – como o bitcoin, por exemplo.

Basicamente, toda vez que há uma movimentação, ela fica registrada numa espécie de documento oficial, mantido por milhares de computadores ao redor do mundo e que pode ser acessado por qualquer pessoa.

Por que isso importa? Porque o principal valor dos NFTs é baseado na confiança da autenticidade. Esse registro coletivo e facilmente acessível torna mais difícil a tarefa de fraudar informações de compra e venda. A posse dos NFTs fica com todo o histórico computado.

Hoje em dia, os NFTs mais comuns são comercializados através da rede Ethereum, uma das criptomoedas mais famosas que existem.

Para quê comprar algo que pode ser visto de graça?

A resposta para isso depende do valor que você atribui à originalidade. Ver a Mona Lisa original é a mesma coisa que ver uma réplica pendurada na sua parede? Para algumas pessoas, até pode ser.

O ponto é que peças digitais sempre foram muito fáceis de serem copiadas e replicadas. Boa parte dos criadores nunca ganha dinheiro nenhum com aquilo que fizeram.

Os NFTs mudam esse cenário. Pode continuar sendo fácil copiar uma imagem ou um vídeo, mas o NFT em si, aquele código único e com compra e venda registrada, é único. A colagem digital do Beeple pode ser vista no Google da mesma forma que a Mona Lisa. Mas o dono sabe que o dele é o original.

Isso gera escassez. E, para o mercado, quando algo é escasso e a sociedade atribui valor, as negociações se tornam mais competitivas.

Os NFTs têm grandes entusiastas e grandes críticos. Alguns investidores acreditam que eles tendem a se valorizar, enquanto outros defendem que, em algum momento, o mercado não verá mais valor.

Afinal, valor é algo relativo. E dinheiro, cada vez mais, toma formas únicas e originais. Até um meme da internet pode valer milhões.

Publicado por Blog Nubank 

23 dez
#TBT Visitas de 2021

iCEV

E vamos de #TBT!  Retomando aos poucos devido à pandemia, este ano realizamos algumas visitas muito legais! Aprender fora da sala de aula e conhecer outros contextos é sempre bom, né? Confere só:

Voltando às nossas aulas-experiências! A turma de Engenharia de Software foi ao Sebrae– PI participar do RESTART, um encontro com startups de Teresina. O momento foi acompanhado pelos professores Fébbio Borges e Artur Veloso.

O evento reuniu pitchs de startups locais e trouxe debates sobre inovação e atuação no mercado de Tecnologia da Informação. Foi bem legal, viu?  E ainda deu pra conhecer um pouquinho da estrutura do Sebrae.

 

 

 

Olha pra onde a galera da Engenharia de  Software foi. Eles foram conhecer o Data Center e o Centro de Operações da empresa Piauí Conectado. Conheceram por dentro do centro de processamento de dados classificação Tier III e tudo mais.

Privilégio que só estudante iCEV tem.  Quem recebeu os estudantes foi o diretor presidente, Emerson Silva e o diretor de operações, Leonardo Chagas. A visita foi comandada pelo professor Luciano Aguiar, da disciplina “Redes de Computadores e Sistemas de Distribuídos”. Foi incrível!

 

 

 

A nossa visita foi ao SEBRAE LAB! Chique, né? O pessoal da Administração e da Engenharia de Software foi pra esse passeio com um objetivo bem legal: terão acesso a mentorias do Sebrae-PI para colocarem suas ideias de startup pra frente! .

Os alunos puderam apresentar os projetos que serão apadrinhados e receber dicas e feedbacks. Estiveram presentes os professores Thiago Rodrigo, Fábbio Borges e Artur Veloso.  Quem nos recebeu por lá foram os mentores Anderson Soares, Samuel Moraes e Vicente Filho.  Valeu demais!

 

 

 

Os nossos noéis em ação!  Os estudantes da Escola Municipal Prof. Marcílio Flávio Rangel de Farias (Vila Santa Barbara) pediram e agora receberam seus presentes de natal: brinquedos, material escolar e até bicicleta!

As cartinhas ao Papai Noel foram adotadas por alunos, professores e colaboradores do iCEV, e os presentes foram entregues ontem em um momento bem descontraído na Escola!  É pra deixar o coração quentinho, né não?

22 dez
Retrospectiva do Google revela os assuntos e palavras mais buscados em 2021

iCEV

O Google anunciou o resultado dos assuntos mais procurados no serviço de buscas em 2021 no Brasil. O buscador separou os termos em diversas categorias como principais buscas, dúvidas sobre o que são certas coisas, acontecimentos do ano, principais atletas brasileiros, como fazer coisas, bem como filmes, músicas, letras, programas de TV e mais um monte de curiosidades.

As listas são criadas com base nos termos de pesquisa que tiveram o maior aumento neste ano em comparação com 2020. No site especialmente criado para a divulgação dessa retrospectiva 2021 é possível visualizar dados apenas do Brasil, globais ou de uma centena de países em separado.

Ao todo, são 18 categorias: Buscas do Ano (Geral), Acontecimentos, Como fazer, O que?, Mortes, Filmes, Séries, Programas de TV, Música (Letra), Personalidades, Clubes de futebol, Perto de mim, Quanto custa, Atletas Olímpicos, Receitas, Beleza, Virou meme e Como ser.

Google também fez um resumo do que foi destaque mês a mês, de janeiro a outubro — novembro e dezembro ainda não foram lançados. Em um site chamado Year in Seach, a empresa mostra cada acontecimento e traz detalhamentos sobre os fatos para esclarecer as pessoas. A ideia é relembrar os momentos mais marcantes de cada período, afinal as buscas refletem exatamente o momento vivenciado.

Confira o que esteve em alta no Google em 2021

Buscas do ano

  1. Marília Mendonça
  2. Eurocopa
  3. Palmeiras
  4. Libertadores
  5. Brasileirão

Atletas olímpicos

  1. Rebeca Andrade
  2. Isaquias Queiroz
  3. Simone Biles
  4. Rayssa Leal
  5. Ítalo Ferreira

Como fazer

  1. Como fazer horta em casa
  2. Como fazer brinquedos para gatos
  3. Como fazer um Pix
  4. Como fazer soro caseiro
  5. Como fazer backup do WhatsApp

Mortes marcantes

  1. Marília Mendonça
  2. MC Kevin
  3. Lázaro Barbosa
  4. Paulo Gustavo
  5. Bruno Covas

Perto de mim

  1. Pet shop perto de mim
  2. Vacina COVID-19 perto de mim
  3. Parque para andar de bicicleta perto de mim
  4. Mercadinho aberto agora perto de mim
  5. Floricultura perto de mim

Receitas

  1. Brownie de Nescau
  2. Bolinho de chuva
  3. Bolo de milho verde
  4. Bolo de cenoura de liquidificador
  5. Geleia de amora

O que é?

  1. O que é cringe?
  2. O que é basculho?
  3. O que aconteceu com o WhatsApp?
  4. O que é politraumatismo?
  5. O que estuda a gelotologia?
A queda do WhatsApp e outras redes impactou nos resultados do Google em 2021 (Imagem: Diego Cerco/Unsplash)

Beleza

  1. Unhas decoradas
  2. Ácido hialurônico
  3. Cabelo curto
  4. Alopecia
  5. Piercing no umbigo

Como ser

  1. Como ser uma pessoa fria
  2. Como ser entregador do Mercado Livre
  3. Como ser hacker
  4. Como ser atriz
  5. Como ser modelo

Letra de música

  1. Girl from Rio (Anitta)
  2. Estrelinha (Di Paullo & Paulino com Marília Mendonça)
  3. Batom de Cereja (Israel & Rodolffo)
  4. Deus me Proteja de Mim (Chico César)
  5. Drivers License (Olivia Rodrigo)

Programas de TV

  1. BBB 2021
  2. Power Couple
  3. No Limite
  4. Salve-se Quem Puder
  5. A Fazenda 2021

Séries

  1. Round 6
  2. Bridgerton
  3. Cidade Invisível
  4. Sweet Tooth
  5. WandaVision

Acontecimentos

  1. Olimpíadas 2021
  2. Vacina COVID-19
  3. Whatsapp fora do ar
  4. Caso Henry Borel
  5. Caso Lázaro

Clubes de futebol

  1. Palmeiras
  2. Corinthians
  3. São Paulo
  4. PSG
  5. Santos

Filmes

  1. Eternos
  2. Viúva Negra
  3. Liga da Justiça de Zack Snyder
  4. Venom: Tempo de Carnificina
  5. Invocação do Mal 3

Personalidades

  1. Karol Conká
  2. Sílvio Santos
  3. Luciano Szafir
  4. Lucas Penteado
  5. MC Livinho

Quanto custa

  1. Quanto custa um cilindro de oxigênio
  2. Quanto custa um implante dentário
  3. Quanto custa o teste de COVID-19
  4. Quanto custa um clareamento dental
  5. Quanto custa uma lipo lad
Vacinas da covid-19 também foram destaque do início ao fim do ano (Imagem: Photocreo/Envato Elements)

Virou meme

  1. Cringe
  2. Palmeiras
  3. Mia Khalifa
  4. Mó Paz
  5. Cremosinho

Buscas no Google por mês

Janeiro

  • Em janeiro de 2021, vacina foi o assunto de saúde mais buscado em todo o Brasil. As buscas por como ajudar Manaus, que passou por uma crise sanitária com a explosão de casos de covid-19 e falta de oxigênio para pacientes, cresceram +5.000% no mês.
  • “O que é queer” foi o termo mais buscado.
  • “doomscrolling” foi pesquisado mais do que nunca no mundo, mas a pesquisa “afirmações” teve uma alta histórica.
  • Em 2021, o mundo pesquisou “canções de marinheiro” mais do nunca na história do Google Trends.
  • Graças a Bernie Sanders e suas luvas estilosas, a pesquisa por “luvas” atingiu o nível mais alto de todos os tempos no planeta.
  • A principal atividade voluntária pesquisada foi “voluntário de vacinação”, mas as pessoas também se mostraram muito interessadas em saber “como abrir um negócio” — mais do que “como conseguir um emprego”.

Fevereiro

  • Fruto da pandemia, o interesse de busca por “carnaval em casa” teve um aumento de 110% em fevereiro de 2021.
  • O “Ano-Novo Chinês” atingiu o maior interesse de busca dos últimos seis anos neste mês.
  • Apagões no mundo todo aumentaram as pesquisas por queda de energia em 5.000%.
  • O termo “alma gêmea” foi pesquisado mais do que nunca em todo o planeta: as pessoas ficaram mais carentes por causa do distanciamento social.
  • “Como ajudar o texas” teve um índice elevadíssimo de buscas, em razão da confusão climática causada pelo frio extremo.
  • O interesse por “como conservar” atingiu um pico histórico mundialmente em 2021, reflexo da conscientização de preservar o meio ambiente.
  • O daft punk virou a principal tendência mundial do ano sobre separação depois que a dupla anunciou o fim de uma carreira musical de 28 anos.

Março

  • “Como ajudar uma pessoa com ansiedade” foi a pergunta da categoria “como ajudar” mais feita pelas pessoas na busca do Google em março de 2021.
  • “bifobia”, ou seja, preconceito contra bissexuais, bateu recorde de interesse no Brasil.
  • Neste mês, a covid-19 teve mais interesse de busca do que em qualquer outro mês desde o início da pandemia.
  • A entrevista de Meghan e Harry com Oprah Winfrey se tornou a mais pesquisada na história do Google globalmente.
  • A pesquisa “vigília de clapham” se tornou a tendência mais popular de vigília no mundo todo, após a prisão de pessoas no sul de Londres reunidas para homenagear Sarah Everard.
  • “Como fazer mudança com plantas” foi pesquisado mais do que “como fazer mudança com crianças” ou “como fazer mudança com animais de estimação” em todo o mundo em 2021.
  • O mundo pesquisou o impacto das mudanças climáticas mais do que nunca neste ano.
  • Após a manobra frustrada de um navio, o “Canal de Suez” teve um índice extraordinário de buscas.
O navio “encalhado” no Canal de Suez chamou a atenção dos internautas (Imagem: Reprodução/Maxar Technologies)

Abril

  • “Quando vou ser vacinado” foi a pergunta que mais cresceu em abril.
  • A brincadeira “amarelinha” atingiu seu pico histórico de busca no Brasil neste mês, mas “elástico” seguiu a tendência e teve o dobro de pesquisas em relação ao mês anterior.
  • Desde 2005 não se buscava tanto sobre doação de alimentos no país como em abril de 2021.
  • Este ano, “te amo” em linguagem de sinais foi pesquisado mais do que nunca no mundo todo.
  • A pesquisa “preguntas para conocer a alguien” aumentou globalmente pelo segundo ano consecutivo, o que mostra que os amantes hispânicos estão em busca de uma paixão.
  • No mundo todo, as pesquisas por “Estádio Arun Jaitley” tiveram uma alta histórica em abril, em razão da 14ª temporada de críquete da Indian Premier League.
  • O termo sustentabilidade bateu recorde de pesquisa globalmente este ano.

Maio

  • O comediante Paulo Gustavo foi a pessoa mais pesquisada do mundo no dia do seu falecimento em maio.
  • Já a ex-bbb Juliette se tornou a mulher mais buscada no Brasil no mês.
  • As pessoas buscaram por “Feliz dia das mães” mais do que nunca.
  • As buscas por pinhão bateram recorde no Brasil em maio, fruto da expectativa pelos festejos juninos.
  • A pesquisa quando é a semana dos enfermeiros atingiu o número mais alto de todos os tempos em 2021.
  • Em maio, “como ajudar a palestina” foi uma tendência de pesquisa no mundo todo, mas “como manter a saúde mental” também esteve entre os mais buscados.
  • Este ano, “eurovision” foi pesquisado de 3 vezes mais do que “american idol” no mundo — ambos são programas de calouros.
  • A pesquisa” vencedoras miss universo méxico” aumentou em mais de 3.450% em maio no mundo todo.

Junho

  • Em junho, “o que é cringe” foi a pergunta mais cringe e de maior alta no Brasil.
  • O interesse por comida típica de festa junina disparou em junho, afinal quem não adora as guloseimas, não é?
  • “Como fazer curau de milho” foi a pergunta relacionada à culinária que mais cresceu no Brasil em junho.
  • O mundo pesquisou positivismo corporal mais do que nunca em 2021.
  • As “pesquisas tempo em southampton” e “seleção de críquete da nova zelândia” foram tendência no mundo.
  • Este ano, o mundo todo pesquisou “o que é retrógrado” mais do que nunca. Esse pessoal além cringe, ainda é retrógrado…
  • Em 2021, “classificação da copa américa” e “tabela da copa américa 2021” tiveram índices de busca extraordinários no mundo todo.
  • A pesquisa “parada do orgulho perto de mim” aumentou +5.000% no mundo inteiro.

Julho

  • O interesse por skate foi recorde no Brasil em julho após a medalha de Rayssa Leal.
  • Baile de Favela se tornou a música mais buscada do Brasil em julho após o solo de Rebeca Andrade.
  • Este ano, o interesse mundial pela pesquisa “vencedor do concurso ortográfico” atingiu o maior índice em cinco anos.
  • Os termos incêndio e enchente foram ambos pesquisados globalmente em julho.
  • Em julho, “quantas vezes a itália ganhou a euro” foi uma tendência global pela primeira vez na história do Trends.
Rayssa Leal e os atletas olímpicos lideraram as buscas em julho (Imagem: Breno Barros/Rede do Esporte)

Agosto

  • São Paulo foi uma das dez cidades que mais buscaram por plantas em agosto de 2021.
  • “folclore brasileiro” foi o assunto que mais cresceu no Google Imagens, impulsionado pela série Cidade Invisível.
  • Afeganistão foi o tópico de maior alta no Google Notícias em agosto, por causa da retomada do Talebã. “Como ajudar o Afeganistão” também foi uma tendência no mundo todo
  • Este ano, a Índia pesquisou o termo medalha de ouro mais do que nunca.
  • As pesquisas mundiais por skate park bateram um recorde de cinco anos no mês.
    O mundo pesquisou “y2k” mais do que nunca em 2021, fruto do interesse pelas tendências do final dos anos 90 a meados dos anos 2000.
  • Em agosto, como ajudar o haiti teve um alto índice de buscas no mundo todo.

Setembro

  • As buscas pela primavera atingiram recorde histórico no Brasil em setembro.
  • São Paulo foi a cidade com maior interesse pelo termo ansiedade em todo o mundo.
  • Pesquisas por “personas influyentes” foram duas vezes maiores globalmente em relação a agosto.
  • O mundo pesquisou por “mulheres indígenas desaparecidas” mais do que nunca, com o Canadá liderando a busca.
  • Este ano, o interesse de pesquisa por “luz vermelhaluz verde” e “honeycomb toffee” atingiram um recordes, graças ao sucesso da série Round 6.
  • Em 2021, a Suíça teve o maior interesse na pesquisa casamento entre pessoas do mesmo sexo.
  • Globalmente, o interesse por vulcão triplicou de agosto a setembro.

Outubro

  • Halloween foi o tópico que mais cresceu no Brasil.
  • Os brasileiros perguntaram quando vai parar de chover mais do que nunca na história.
  • Neste mês, “caiu hoje” foi uma tendência de busca global, aumentando mais de 5.000% em relação a setembro, devido a interrupções globais em várias plataformas de mídia social.
  • A “mudança climática é causada por humanos” e “como comer menos carne ajuda na mudança climática” foram buscas frequentes no Reino Unido.
  • Na Índia, a busca que cor de vestido usar no navratri dobrou entre 2020 e 2021.
  • Neste mês, a pesquisa maquillaje para dia de muertos (maquiagem para o dia dos mortos) aumentou mais de 5.000% no mundo todo.
  • No mundo todo, as buscas por mamografia bateram um recorde histórico nesse mês, resultado positivo da campanha Outubro Rosa

Fonte: Google TrendsGoogle Year in Search

21 dez
Paraguai: uma análise de mercado para exportação de queijo coalho

Escola de negócios e gestão

No ano de 2016 segundo estudos do IBGE, o valor total da produção industrial de leite e de seus derivados no Brasil foi de R$ 54,4 bilhões, sendo que somente o valor da produção de leite atingiu cerca de R$ 17 bilhões, enquanto a fabricação total de laticínios atingiu R$ 37,6 bilhões, representando cerca de 70% do valor total de produção desse setor. Desagregando o setor por seus produtos, merecem destaque:

  • Na fabricação de laticínios, a produção de queijos e outros derivados segundo a Tabela 1 abaixo, representam cerca de 50,8% do total, atingindo cerca de R$ 28 bilhões. Em seguida, destaca-se leite em pó (11%), creme de leite (3,9%) e manteiga (2,1%), cuja produção agregada soma cerca de R$ 10 bilhões;

Tabela 1 -Fonte: Sidra, IBGE

 

  Embora o mercado de leite se caracteriza por uma pulverização pelo lado da produção da matéria-prima (leite) com distribuição em todas as regiões do país, há poucos compradores para o beneficiamento desse produto na indústria. Na realidade, em 2017, as quatro maiores empresas (Nestlé, Laticínios Bela Vista, UNIUM e CCPR/Itambé) receberam cerca de 60% do leite produzido pelos pecuaristas, atingindo 5,1 bilhões de litros de leite;

  • Estima-se que a capacidade instalada de processamento do leite das 14 principais empresas de laticínios no país seja de 13,8 bilhões de litros por ano.

Apesar de ser o 4º maior produtor de lácteos do mundo, o Brasil é apenas o 12º exportador; a União Europeia domina esse mercado, seguida pela Nova Zelândia e pelos Estados Unidos segundo dados do Ministério da Economia. O consumo interno brasileiro ainda é dependente do mercado externo, mesmo apresentando uma produção crescente desde a década de 1990.

Atribuem-se vários fatores à mudança ocorrida na década de 1990, como a abertura comercial e a integração econômica, aumentando assim os investimentos na cadeia produtiva do leite. Com a criação do Plano Real e fortalecimento da economia brasileira também houve mudança nos padrões de consumo, alavancando a produção do setor lácteo, e contribuindo para transformar esse produto em uma commodity.

A fabricação de laticínios envolve um número maior de etapas no processo de produção quando comparado a produção industrial do leite. O resultado reflete o nível de intensificação tecnológica do segmento, portanto é natural que ao agregar tecnologia o valor da produção desse segmento seja superior ao segmento do leite industrial.

Destaca-se na fabricação de laticínios a produção de queijos e outros derivados, que juntos representam cerca de 50,8% do total da produção atingindo cerca de R$ 28 bilhões, como vemos na Tabela 02 abaixo.

Em seguida, destaca-se leite em pó (11%), creme de leite (3,9%) e manteiga (2,1%) que juntos somam cerca de R$ 10 bilhões.

 

Tabela 02 – Fonte: Sidra, IBGE

 

Nesse panorama da produção de laticínios, o Piauí possui algumas empresas que estão investindo e têm conquistado mercado também em outros estados da região Nordeste do Brasil.

Produzindo atualmente diversos derivados do leite, como leite pasteurizado, manteiga de garrafa, manteiga, requeijão, nata, creme de leite fresco, queijos frescos gourmet, com e sem lactose.

Com o presente trabalho, foi realizado um Estudo de Mercado para Exportação do Queijo Coalho (Código NCM / SH: 2208.40.00 OUTROS QUEIJOS FRESCOS NÃO CURADOS), para o Paraguai.

Segundo o site da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo – ABIQ os Queijos Coalhos são de origem brasileira, mais especificamente do Nordeste, onde a tecnologia artesanal utiliza leite cru. Recebe esse nome pela coagulação ocorrer a partir de uma enzima encontrada no estômago de ruminantes.

O processo de fabricação passou ao longo dos anos por melhoramentos tecnológicos, por exigências de higiene e de pasteurização do leite, sem que fossem comprometidas suas características intrínsecas e funcionais. Atualmente os queijos coalhos estão difundidos em todo o país e no exterior e são encontrados com facilidade em supermercados e bares, principalmente em regiões litorâneas.

Esse tipo de queijo é usualmente consumido no Piauí e em quase todo o Brasil, a quente, servido em pedaços em palitos, assado em brasa ou mesmo frito. Uma vez aquecimento não derrete, devido à baixa proteólise e desmineralização. Possui uma textura que range nos dentes ao se mastigar e um aspecto de tostado na superfície.

Os queijos coalhos, são queijos sem maturação, recomenda-se, portanto, que se observe a data de validade e a condição de armazenamento sob refrigeração.

O cenário global e as exportações brasileiras

 Entre os anos de 2015 a 2019 podem como podemos observar no Gráfico 1 abaixo, temos os 10 maiores compradores de queijos frescos brasileiros segundo dados do Comex Stat.

Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

A partir dos dados extraídos, podemos observar que o Paraguai é o terceiro maior importador de queijos frescos do Brasil, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Chile. Sendo um país vizinho do Brasil, o Paraguai possui o espanhol e o guarani como línguas oficiais, e o guarani como moeda, segundo dados do World Factbook.

O Paraguai não é banhado por mar, limitado pelos seus três vizinhos, (Argentina, Brasil e Bolívia) e faz seu comércio por via terrestre ou fluvial.

Possui intensas relações comerciais com o Brasil, além de ser membro do Mercosul.

Ainda segundo dados do Trademaps, em 2019 o Brasil foi principal mercado importador e exportador de produtos para o Paraguai.

Exigências normativas, certificações e requisitos técnicos

Todo produto de origem animal deve ser regularizado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. O MAPA define queijo como todo produto fresco ou maturado proveniente da separação parcial do soro do leite, coagulado pela ação de enzimas ou bactérias específicas.  Primeiramente, antes de iniciar os processos para registrar queijo no MAPA, será preciso registrar sua empresa como Estabelecimento Produtor.

Essa licença destina-se para empresas que utilizam matéria-prima, semi-industrializados ou industrializados de origem animal para a fabricação de produtos, como o queijo.

Alguns dos requisitos necessários para obter o registro:

  • A área para recebimento de matéria-prima deve ter tamanho suficiente para comportar a demanda;
  • Para os estabelecimentos que recebem leite em latão, uma área destinada a lavagem e higienização dos mesmos é requerida.

 

A classificação para estabelecimentos produtores de queijo é Fábrica de Laticínios. Após legalizar a empresa no MAPA, pode-se dar início ao processo para registrar queijo.

A Licença de Estabelecimento precisa ser renovada a cada dez anos, sendo válida em todo território nacional. Se uma mudança ocorrer na legislação vigente, será preciso fazer as devidas alterações no registro.

Depois da regularização do estabelecimento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sua empresa estará apta para iniciar o procedimento necessário para registrar queijo no MAPA.

A solicitação deve ser realizada eletronicamente, contendo informações técnicas do produto. São algumas delas:

  • Dados de identificação e caracterização do queijo;
  • Indicação dos ingredientes do queijo, seguindo ordem decrescente de quantidade;
  • Descrição dos processos de fabricação.

 

Para registrar queijo no MAPA é preciso o selo do Serviço de Inspeção Federal – S.I.F. Este órgão é responsável por fiscalizar e assegurar a qualidade dos produtos de origem animal, sendo comestíveis ou não. Isso quer dizer que, para comercializar e registrar queijo no MAPA, o produto deve passar pela inspeção e receber o selo de aprovação do SIF em seu rótulo.

É necessário avaliar o custo-benefício na obtenção da certificação, pois o processo de obtenção ocasiona custos decorrentes das adequações no sistema de produção. Indica-se a consulta ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, para obtenção de informações sobre as entidades certificadoras, recomenda-se que a certificadora use padrões aceitos internacionalmente, como os estabelecidos pela International Federation of Organic Agriculture Movements – IFOAM.

 

Registro Internacional de Marcas e Patentes

É de fundamental importância que a empresa interessada em exportar para o Paraguai faça o registro da marca, destacando-se os seguintes benefícios: proteção da sua marca e evitar eventuais impedimentos para a utilização da mesma; evitar problemas de falsificações, fraudes, direitos autorais, etc.

Deve ser destacado que o Paraguai não é parte do Sistema de Haia para o Registro Internacional de Desenhos Industriais, o Tratado de Cooperação de Patentes – PCT ou do Protocolo de Madrid relativo ao Registro Internacional de Marca.

Segundo estudo desenvolvido pelo Mercosul IPR SME Helpdesk  em relação ao registro das marcas no Paraguai, temos:

  • Itens que podem ser registrados como marcas comerciais: uma ou mais palavras, slogan, emblemas, monogramas feitas sob focas, selos e gravações, nomes, palavras fantasiosas, combinações distintas de letras e números, combinações e arranjos de cores, rótulos e de embalagens e containers. A marca registrada também pode consistir de a forma particular, apresentação ou um arranjo de dos produtos ou nas respectivas embalagens, bem como os meios ou local onde os produtos ou serviços são vendidos.

A legislação paraguaia fornece também alguns tipos especiais de marcas comerciais:

  • Marca coletiva: qualquer sinal destinado a distinguir a origem comum ou quaisquer outras características comuns partilhadas por produtos ou serviços produzidos por diferentes empresas que utilizam a marca registrada sob o controlo do titular. Marcas coletivas podem ser registradas por sociedades devidamente autorizadas a serem utilizadas pelos seus membros. O titular deve declarar explicitamente a natureza da marca e os regulamentos que regem a sua utilização.
  • Marca de certificação: Um sinal aplicado a produtos ou serviços, as características únicas ou qualidade dos que são certificadas pelo titular da marca. Este tipo de marca registrada pode ser requerido por empresas ou instituições privadas ou de direito público nacionais ou estrangeiras, ou por organismos estatais regionais ou internacional.

O processo de Registro demora cerca de 8 a 11 meses, se não há oposições. Maiores informações e o formulário de pedido de Registro da marca no Paraguai pode ser encontrado no

site oficial da Dirección Nacional de Propiedad Intelectual – DINAPI, na secção de Formalidades e Serviços

 

Requisito para rótulos e embalagens no mercado paraguaio

No âmbito do Mercosul, existe uma série de normas de rotulagem unificadas e de caráter obrigatório para qualquer produto destinado aos consumidores finais no país de destino. As exigências de rotulagem do Mercosul abrangem o conteúdo do rótulo.

Diferentemente de outros mercados, como nos Estados Unidos e na União Europeia, não existem requisitos formais com relação à arte e ao formato do rótulo, salvo a legibilidade que implica “caracteres de bom tamanho, realce e visibilidade”.

Os rótulos devem ser redigidos em espanhol. Para produtos que não contam com rótulo original em espanhol, podem-se confeccionar rótulos adicionais (por exemplo, em forma de adesivo), que se aderem à embalagem sem cobrir o rótulo original. É importante que o rótulo esteja fixado de modo que impeça a perda ou destruição do rótulo pela unidade, pela exposição à luz, ou pelo manuseio da mercadoria.

 

Público-alvo no mercado paraguaio e eventos de promoção comercial

Segundo dados do site da Apex-Brasil, apenas em Assunção e sua zona metropolitana são mais de dois milhões de potenciais consumidores. O Embaixador brasileiro Carlos Alberto Simas Magalhães, corrobora esse potencial: “A economia paraguaia cresce em média 4% ao ano de forma consistente na última década. Essa missão é particularmente importante para difundir a capacidade exportadora brasileira para além das nossas grandes empresas”.

Chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada brasileira em Assunção, Luiz Fellipe Schmidt revela que de 2014 a 2016 a consulta de empresários brasileiros sobre o mercado paraguaio aumentou de 214 para 966, um salto de 400% em apenas dois anos. “Estamos construindo um banco de dados para o exportador brasileiro e nossa sinergia com a Apex-Brasil tem fortalecido a promoção comercial brasileira”, detalha Schmidt.

É recomendado às empresas que queira exportar que participem de feiras e eventos ligados ao mercado em questão. A Expo Paraguai Brasil é uma feira multissetorial, que busca promover o intercâmbio comercial, cultural e turístico entre os dois países. É o lugar ideal para conduzir negócios, identificar novas oportunidades, desenvolver parcerias efetivas e paralelas, participar de conferências e conferências de negócios entre empreendedores de ambos os países.

Este artigo foi produzido por:

 

Gustavo Dias 

Advogado, Especialista em Direito Empresarial, atua como Consultor em Gestão Empresarial e Comércio Exterior.

 

 

Marta Emanuelly  

Economista, Especialista em Gestão Empresarial e Tecnóloga em Comércio Exterior.

 

 

 

Thiago Rodrigo

Empreendedor, Mestre em Administração e professor do iCEV.

 

 

 

Referência

IBGE. Disponível em <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6705> Acesso em 15 de setembro de 2021.

IBGE. Disponível em <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6705> Acesso em 15 de setembro de 2021.

Disponível em < https://www.abiq.com.br/queijos_ler.asp?codigo=1918&codigo_categoria=16&codigo_subcategoria=37>
Acesso em 20 de setembro de 2021.

Comex Stats. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/20268>. Acesso em 20 de setembro de 2021.
5 World Factbook. Disponível em <https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pa.html>. Acesso em 15
de setembro de 2021.

Mercosul IPR SME Helpdesk. Disponível em <https://www.latinamerica-ipr-
helpdesk.eu/sites/default/files/factsheets/pt_factsheet_paraguay.pdf>. Acesso em 26 de setembro de 2021.

Dirección Nacional de Propiedad Intelectual – DINAPI. Disponível em < https://servicios.dinapi.gov.py>. Acesso em 26 de
setembro de 2021.
8 Série Como Exportar: Paraguai. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXParaguai.pdf>. Acesso em 18 de setembro
de 2020.

Apex-Brasil. Disponível em <https://portal.apexbrasil.com.br/noticia/EMPRESARIOS-ATENTOS-AS-OPORTUNIDADES-
DO-MERCADO-PARAGUAIO/>. Acesso em 20 de setembro de 2021.

21 dez
Uma análise do mercado norte-americano para exportação do mel natural piauiense

Escola de negócios e gestão

 

Foto: Mauricio Pokemon

 Na construção da sua jornada exportadora, uma variável de importante análise é a escolha do mercado e a sua gestão. Identificar a vocação internacional do seu produto, os requisitos de acesso e as exigências normativas para o mercado-alvo, configuram-se atualmente com um dos grandes desafios principalmente para o empresário que está iniciando a sua trilha exportadora.

Diante do exposto, o objetivo desse estudo é aprofundar através de uma pesquisa bibliográfica do tipo exploratória, os principais critérios relevantes e peculiaridades do mercado dos Estados Unidos, selecionando no setor de Alimentos, Bebidas e Agronegócios, as exportações do Mel para esse mercado.

O cenário global e as exportações brasileiras

Uma vez que é uma das poucas atividades baseadas no trinômio da sustentabilidade: o ecológico, o social e também o econômico a apicultura desempenha papel importante no quadro socioeconômico mundial. Olhando pelo viés ecológico a apicultura contribui sobremaneira para a polinização de espécies nativas e cultivadas  conservando assim a vegetação, visto que não é necessário desmatar para criar abelhas,  precisando apenas de plantas vivas para a retirada do pólen e do néctar de suas flores (alimento principal das colmeias); do lado social, favorece a manutenção da ocupação de mão de obra familiar no campo, diminuindo o êxodo rural; e ainda pelo viés econômico é o gerador de renda para os produtores contribuindo principalmente para a melhoria de vida de milhares de famílias as quais muitas vezes têm a apicultura como única fonte de renda.

Em nosso país, principalmente pelas suas dimensões continentais, a atividade apícola tem um papel fundamental no desenvolvimento sustentável das zonas rurais. No Brasil, a apicultura tem ainda um caráter econômico e social importante para muitas famílias gerando emprego e presta um importante serviço para o ecossistema devido à polinização, que, por sua vez, contribui para a melhoria da biodiversidade e para a segurança alimentar mundial.

Baseado em alguns estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pode ser observado que o aumento da densidade e da diversidade dos insetos polinizadores tem um impacto direto na produtividade das culturas, podendo, por isso, contribuir para que os pequenos agricultores aumentem a sua produtividade média global em até 24%. O setor é, portanto, também essencial para todo o setor agrícola.

Contando com aproximadamente 360 mil apicultores, em sua maioria de baseada na agricultura familiar, a cadeia produtiva do mel no Brasil apresentou um crescimento de 4,5% nos últimos 10 (dez) anos segundo a Confederação Brasileira de Apicultura. Centenas de associações e cooperativas de pequenos produtores e exportadores de mel geram 450 mil postos de trabalho no campo e 16 mil empregos diretos e indiretos no setor industrial.

Tendo em vista a grande à biodiversidade brasileira, ao clima, ao solo, às floradas, à genética das abelhas e à localização geográfica do país, que propiciam ambiente favorável ao habitat das abelhas, produz mel ao longo do ano todo, e se coloca em 8° (oitavo) lugar como produtos mundial, ficando atrás de México, Índia, Rússia, Irã, Estados Unidos da América, Turquia e China (1° lugar). Em 2016, a produção de mel brasileira totalizou 39,6 mil toneladas, das quais 17,1 mil toneladas tiveram como origem o sul do país.

Uma vantagem do Brasil em comparação aos países do Hemisfério Norte é a introdução de espécie de abelha de origem africana que se tornou muito mais produtiva e resistente às pragas e doenças do que as europeias e americanas. As africanizadas, encontradas hoje em quase todas as colmeias produtivas brasileiras, só passaram a existir a partir de 1956, quando, por acidente, essas abelhas escaparam dos laboratórios e, na natureza, formaram um híbrido com a espécie europeia que já vivia no país desde o século XIX. Assim, o Brasil ainda consegue produzir mel sem uso de medicamentos (produtos químicos), o que faz destacar o país no mercado pela qualidade do produto.

O presente estudo tem por objetivo a análise do mercado norte-americano para as exportações de mel natural piauiense (Código NCM / SH: 0409.00.00 MEL NATURAL) fracionado.

O Piauí no cenário global das exportações

Quando observamos as exportações de mel em um ano atípico como o ano de 2020, o Brasil exportou 45.728 toneladas, um volume 50,5% superior ao obtido no ano de 2019 onde não tínhamos ainda a Pandemia do Coronavírus. O faturamento nacional foi 44,1% maior, chegando a US$ 98,560 milhões, conforme podemos observar no Gráfico 1 abaixo.  

Gráfico 1 – Exportação Mel Natural – Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

As exportações do mel brasileiro ganharam fôlego no primeiro trimestre de 2021 quando exportamos 8.891 toneladas de mel in natura. Esse volume é 112,4% superior às 4.186 toneladas do mesmo período em 2019. Nosso faturamento cresceu de US$ 8,121 milhões para US$ 29,151 milhões (358,95%) segundo dados mais recentes do Agrostat Brasil que é uma ferramenta que reúne números de exportação e importação de produtos agropecuários.

O estado do Piauí está na primeira colocação nas exportações de mel, com 2.825 toneladas e recursos de US$ 9,830 milhões, seguido do estado do Paraná que exportou 2.039 toneladas do produto in natura, com receita cambial de US$ 6,360 milhões.

Assim como no ano de 2020, os Estados Unidos são o principal destino para o mel brasileiro, com 87% do volume exportado. Em seguida vem, pela ordem, Alemanha, Canadá, Países Baixos, Reino Unido e Panamá. No Gráfico 2 abaixo podemos observar a participação por país nos últimos 5 anos.

Gráfico 2 – Participação por país nas exportações de mel entre 2016-2020 Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

No primeiro trimestre de 2021 as Exportações Piauienses somam US$ 64,2 milhões representando um crescimento de 19,8% se compararmos com o mesmo período do ano de 2020 conforme podemos observar no Gráfico 3.

 

                                         

Gráfico 3 – Exportações Piauienses (milhões US$) Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

Esse crescimento foi alavancado sobretudo pela exportação de mel natural já no 1° trimestre de 2021 onde obtivemos um aumento de 436% (quatrocentos e trinta e seis por cento) em relação ao mesmo período do ano anterior, além do aumento de 27% na exportação de milho em grãos  e também resultados expressivos no aumento das exportações de pilocarpina e quercetina (produzidas no litoral piauiense). Já em relação à soja, principal produto da nossa pauta exportadora, o que se observou referente a esse mesmo período foi uma queda na ordem de 15% no volume exportado, conforme podemos observar no Gráfico 4.

 

Gráfico 4 – Exportações Piauienses por Produtos Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

Analisando o mel natural pelo desempenho espetacular obtido já nesse primeiro trimestre, que coloca o Piauí em 1° (primeiro) lugar com US$ 13,9milhões já exportados (30% das exportações brasileiras) cabe um detalhamento em separado das exportações em relação a esse produto tão importante da pauta exportadora piauiense.

Referente ao ano de 2020, o estado do Pauí se destacou nas exportações de mel natural ficando em evidência nacional ao se colocar como 2° (segundo) maior exportador com 21,4% do total, representando US$ 21,1 milhões e com um volume de 9,8mil toneladas ficando atrás apenas para o estado de Santa Catarina que conseguiu 23,1% do total das exportações com um montante de US$ 22,8 milhões perfazendo 10,4mil toneladas de mel exportados conforme podemos analisar no Gráfico 5.

Gráfico 5 – Principais Exportadores de Mel Brasileiro Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

O principal destino das exportações de mel natural é o mercado norte-americano. Quando analisamos os dados referentes à média dos valores exportados nos últimos 10 (dez) anos entre 2011 e 2020 pudemos observar que os Estados Unidos conseguiram ocupar a primeira colocação sendo o destino de quase 80% (oitenta por cento) do mel piauiense. Como podemos observar no Gráfico 6 abaixo, o 2° (segundo) maior comprador é a Alemanha mas bem distante com 10% (dez por cento), em 3° (terceiro) lugar temos o Reino Unido com 4% (quatro por cento) e em 5° (quinto) lugar vemo Canadá como sendo o destino de 2% (dois por cento) das exportações do nosso estado.

Gráfico 6 – Principais Importadores de Mel Piauiense Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

                             

Exigências normativas, barreiras técnicas e regulamentação do mercado

Em termos regulatórios, as normas dos EUA exigem uma “Taxa de Avaliação da Ordem de Pesquisa e Promoção de Importadores e Embaladores de Mel” igual a US$ 0,015 por libra. As avaliações, pagas por importadores e primeiros manipuladores (embaladores), são usadas para projetos de pesquisa e promoção projetados para manter e expandir o mercado de mel e produtos de mel nos Estados Unidos e no exterior. Os EUA também possuem um sistema de classificação da qualidade e da cor do mel.

As mudanças a serem realizadas para otimizar processos de modo a aumentar a produtividade possuem impacto direto nos produtos, aumentando a sua qualidade. Além disso, a empresa também precisa fazer melhorias nesse sentido de maneira consciente para que seja capaz de atender às especificações do mercado internacional, que pode ser consideravelmente mais exigente em determinadas situações.

A indústria de mel dos EUA é representada pela American Honey Producers Association – AHPA e pela Federação Americana de Apicultura.

Por isso, ao exportar o seu produto uma empresa automaticamente pensa em torná-lo melhor, com mais valor agregado e mais adaptado para cumprir uma série de exigências. Para o mercado interno, isso é ainda mais vantajoso, já que o mercado passa a ter acesso a um produto com preço adequado e com padrões internacionais.

Um dos requisitos para a exportação para os Estados Unidos é a análise físico-química do produto para adequação do pedido do cliente, tendo em vista que nas várias regiões do país selecionado, existem padrões diferentes exigidos. A empresas que desejem exportar já devem trabalhar com uma linha de produtos fracionados atendendo aos padrões internacionais tanto de rotulagem como embalagem.

Para o mercado selecionado a melhor apresentação de produto, seria o mel natural fracionado em potes de vidro transparentes, com tampa metálica e lacre plástico termoencolhível. O tamanho escolhido mais adequado para a embalagem são os potes com 500g uma vez que se adequa bem ao padrão de consumo do mercado selecionado, podendo ainda caso seja de interesse do comprador, ser utilizadas bisnagas de 350g e 500g, potes de 250g, 500g e até de 1kg. A escolha da embalagem se deu tendo em vista a capacidade de realçar a cor do produto e ainda por ser o tipo de embalagem mais utilizada no mercado de exportação, atendendo aos padrões internacionais para a comercialização do mel.

Existem diversos tipos de embalagens com vários tamanhos e tipos, que variam conforme a escolha de cada produtor. Assim, ao escolher a embalagem certa para comercialização de mel fracionado deve-se estar atento para as que são próprias para a conservação de produtos alimentícios. Devem ser cheias e completamente fechadas e vedadas, evitando que o contato com o ar e a umidade fermente o mel em um curto período de tempo.

Os Estados Unidos já utilizam o mel como alimento e como complemento para diversos outros produtos em refeições como no tradicional american breakfast que serve de cobertura para panquecas, frutas e biscoitos.

Devem ser consultadas ainda as normas regulamentadas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento que dizem respeito às embalagens e rótulos.

Em relação aos rótulos de produtos estes são regidos por diversas leis norte-americanas. Dentre as principais temos:

  • Fair Packaging and Labeling Act – FPLA: de acordo com o “Fair Packaging and Labeling Act-FPLA”, de 1967, cabe à “Federal Trade Commission – FTC” e à FDA a responsabilidade pela elaboração e implementação de regulamentos referentes à rotulagem de bens de consumo produzidos e/ou comercializados nos Estados Unidos. O FPLA determina que conste em todo rótulo a identificação precisa do produto, nome e endereço do fabricante ou distribuidor e volume líquido do conteúdo (em unidades do sistema métrico e em libra/onça). O FPLA autoriza também os mencionados órgãos a expedirem regulamentos visando a proibição de reivindicações enganosas e a facilidade de comparação de preços. O FDA administra o FPLA no que concerne a alimentos, cosméticos, medicamentos e aparelhos médicos, cabendo à FTC a regulamentação de rótulos da maioria dos demais bens de consumo não duráveis de uso doméstico;
  • “Nutrition Labeling and Education Act”: determina a inclusão de informações sobre nutrientes nos rótulos da maioria dos produtos alimentícios. Determina também que os rótulos que contenham reivindicações especiais sobre nutrientes e benefícios à saúde do consumidor estejam em conformidade com requerimentos específicos contidos no regulamento.

Os produtos alimentícios importados devem cumprir as leis e regulamentos da FDA sobre rotulagem de alimentos. A lei do país determina que as instalações envolvidas na fabricação, processamento, embalagem ou manutenção de alimentos para consumo nos Estados Unidos devem enviar informações de registro adicionais à FDA, incluindo a garantia de que o órgão está autorizado a inspecionar a instalação nos horários e na maneira permitida pela lei. Além disso, a lei requer que as instalações de alimentos estejam registradas junto à FDA para renovar esses registros a cada 02 (dois) anos. A FDA tem a autoridade para suspender o registro de uma instalação de alimentos em determinadas circunstâncias.

A forma mais recomendada para inserção no mercado norte-americano é a representação através de Agente/Representante Comercial via trading company. Com isso, a prospecção e o contato comercial são realizados por uma pessoa de fora da empresa exportadora, que irá promover e comercializar seus produtos mediante o pagamento de uma comissão, um percentual sobre o valor da venda.

O trabalho desenvolvido por uma trading company com experiência no mercado americano é fundamental para a empresa que ainda não tem conhecimento da cultura comercial do país de destino ou de aspectos relativos à legislação comercial local e a barreiras alfandegárias, evitando assim gastos com pesquisa de mercado e possíveis transtornos para finalizar a exportação.

Para exportar mel ou outros produtos apícolas, deve-se seguir as instruções da Circular 320 do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

O produtor encaminha ao Sistema de Inspeção Federal – SIF uma solicitação de habilitação para exportar. O SIF encaminha o parecer ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SIPA para conhecimento, apreciação e remessa da habilitação à Divisão de Controle do Comércio Internacional (DCI/DIPOA).

Para ser comercializado no exterior, o mel deve estar adequado ao Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel, que estabelece parâmetros a respeito do produto final destinado ao mercado.

Com a finalidade de proteger de fraudes a indústria local e os consumidores, os apicultores e empresas de beneficiamento de mel nos Estados Unidos se organizaram e criaram uma política de certificação de origem. Essa organização se chama True Source Honey e passou a realizar uma análise de risco relacionada à origem do mel, resultando em uma simples classificação de origem: países de baixo e alto risco. Essa é uma abordagem interessante por diferenciar os produtores de países de alto risco, e exigir critérios mais restritivos para os mesmos.

A certificação realizada por essa organização procura avaliar por meio de visitas à planta produtora e entrevistas com os apicultores a quantidade real de mel que pode ser processada pela planta, bem como se o mel realmente veio dos fornecedores cadastrados.

Também são coletadas amostras para verificação da origem do pólen. Após uma análise morfológica do pólen, pode-se detectar a origem botânica e geográfica do mel.

O mel brasileiro, para a True Source Honey, é classificado como de Baixo Risco.

 

Registro Internacional de Marcas e Patentes

Não é permitida a entrada nos EUA de produtos que possuam um nome que copie ou imite o de um fabricante ou comerciante dos Estados Unidos ou de um país estrangeiro que conceda direitos semelhantes a cidadãos americanos. Assim, também é proibida a entrada de produtos que possuam um nome que imite ou copie marca registrada no United States Patent and Trademark Office – USPTO e no Departamento do Tesouro, exceto quando importados pelo proprietário da marca registrada ou nome comercial, ou em seu nome, ou ainda através de seu consentimento, por escrito.

Perfil do consumidor norte-americano

Após a retração da economia advinda da crise financeira de 2008 verificou-se uma série de mudanças no comportamento do consumidor norte-americano fazendo com que ele se tornasse mais exigente e comedido em suas decisões de compra. Com isso, o consumidor passou a pesquisar e comparar preços com maior frequência e busca recomendações na mídia social e outras fontes sobre produtos ou serviços, bem como sobre as empresas que os fornecem.

Associar um produto com uma causa social tornou-se em muitos casos um fator preponderante na decisão de compra. Conforme pesquisa consultoria Cone Communications revelou que essa característica é particularmente importante para cerca de 90% dos chamados Millenials (pessoas nascidas entre 1980 e meados dos anos 2000). Mais de dois terços dos consumidores nesse segmento (66%) utilizam as mídias sociais para se informar sobre o assunto.

Conforme projeções do Serviço Censitário dos Estados Unidos, em 2044, a população será composta por uma “maioria de minorias”, com predominância de hispânicos e afrodescendentes tornando-se cada vez mais um mercado com etnias diversificadas. Como base de sua política de

proteção às liberdades e garantias individuais, o governo norte-americano não reúne informações acerca do consumo de indivíduos e as estatísticas oficiais referem-se a dados relativos ao consumo de domicílios (unidade consumidora). Segundo dados do U.S. Bureau of Labor Statistics, o consumo médio anual por domicílio, em 2014, foi de US$ 53.495,00.

O consumo per capita de mel nos EUA é de cerca de 0,589kg/ano necessitando importar mel para atender à demanda total. Em 2010, a participação das importações no consumo de mel nos EUA era de aproximadamente 61%. Com o aumento das importações de mel, o Conselho Nacional do mel estima que entre 2/3 e 3/4 o mel consumido nos EUA é agora importado. Cerca de metade do mel vendido é através de canais de varejo, com o restante sendo vendido a granel ou para uso na indústria de food service.

Este artigo foi produzido por:

 

Gustavo Dias 

Advogado, Especialista em Direito Empresarial, atua como Consultor em Gestão Empresarial e Comércio Exterior.

 

 

Marta Emanuelly  

Economista, Especialista em Gestão Empresarial e Tecnóloga em Comércio Exterior.

 

 

 

Thiago Rodrigo

Empreendedor, Mestre em Administração e professor do iCEV.

 

 

 

Referências

Associação Brasileira dos Exportadores de Mel, ABEMEL. Disponível em <http://brazilletsbee.com.br>. Acesso em 21 de
agosto de 2021.
2 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA. FAO. 2018. Disponível em:
<http://www.fao.org/faostat/en/#data>. Acesso em 22 de agosto de 2021.
3 TRENDRR. Disponível em <https://www.trendrr.net/6124/top-10-largest-honey-producing-countries-world-famous-best/>.
Acesso em 18 de agosto de 2021.
4 Caderno Setorial ETENE ano 3 | nº 30 | Novembro | 2018. Banco do Nordeste. Produção de mel na área de atuação do
BNB entre 2011 e 2016. Maria de Fatima Vidal. Disponível em
<https://www.bnb.gov.br/documents/80223/3183360/30_apicultura_04-2018.pdf/45478af7-ac21-e8a1-cc12-dcf58e5a454e>.
Acesso em 17 de agosto de 2021.
5 Sistema de Gestão do Acervo Documental e Digital da Embrapa (AINFO). Apicultura. Mel brasileiro conquista o mercado
externo. Disponível em <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/31892/1/REVFINEPAPICULTURAPI.pdf.>
Acesso em 15 de agosto de 2021.

COMEX STAT. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/35594>. Acesso em 29 de agosto de 2021.
7 AGROSTAT. Disponível em <http://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm>. Acesso em 21 de agosto de 2021.

COMEX STAT. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/35599>. Acesso em 29 de agosto de 2021.
9 Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33074>. Acesso em 28 de agosto de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33076>. Acesso em 28 de novembro de 2021.
11 Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33077>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33078>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Portaria n° 6 /85 MAPA. Disponível em <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-
consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=7916>. Acesso em 08 de agosto de 2021.
14 Guia para Etiquetagem. Disponível em <http://www.fda.gov/FoodLabelingGuide>. Acesso em 14 de agosto de 2021.

Circular n° 320 MAPA. Disponível em <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-
consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=12873>. Acesso em 18 de agosto de 2021.
16 Regulamento Técnico de Qualidade do Mel. Disponível em <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-
consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=1690>. Acesso em 24 de agosto de 2021.
17 True Source Honey. Disponível em < http://www.truesourcehoney.com>. Acesso em 15 de agosto de 2021.

Food Safety Brazil. Disponível em <https://foodsafetybrazil.org/mel-com-mercado-aquecido-o-mundo-se-preocupa-com-
cada-vez-mais-fraudes/>. Acesso em 20 de agosto de 2021.
19 USPTO. Disponível em <http://www.uspto.gov>. Acesso em 13 de agosto de 2021.
20 Invest & Export Brazil. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXEstadosUnidos.pdf>. Acesso em 15 de
agosto de 2021.

Invest & Export Brazil. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXEstadosUnidos.pdf>. Acesso em 15 de
agosto de 2021.
22 Invest & Export Brazil. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXEstadosUnidos.pdf>. Acesso em 15 de
agosto de 2021.

20 dez
Ameca, o robô humanoide que impressiona por semelhança com humanos

Escola de tecnologia aplicada

Imagem do robô "acordando para a vida" revelada esta semana viralizou e chama a atenção pelo realismo das expressões. Modelo servirá como base de teste para inteligência artificial, e será vendido por cerca de R$ 745.000 cada.

Uma empresa de robótica chamada Engineered Arts, sediada no Reino Unido, divulgou um vídeo em que apresenta Ameca: um impressionante robô humanoide com expressões faciais assustadoramente realistas.

De acordo com a empresa, sua criação “representa a vanguarda da tecnologia de robótica humana”, tendo sido projetada especificamente como uma plataforma para o desenvolvimento de futuras tecnologias de robótica. “Inteligência artificial e sistemas de aprendizado de máquina podem ser testados e desenvolvidos no Ameca”, diz o material de divulgação.

Por enquanto, o robô acinzentado não é capaz de andar. “Há muitos obstáculos a serem superados antes que Ameca consiga andar”, explica a empresa. “Caminhar é uma tarefa difícil para um robô e, embora tenhamos feito pesquisas sobre isso, não criamos um humanoide ambulante completo”.

No entanto, isso pode mudar com o tempo, já que, segundo a desenvolvedora, a arquitetura modular do robô permite futuras atualizações, tanto físicas quanto de software, para aprimorar suas habilidades.

Robô foi criado para servir de plataforma de aplicação de algoritmos de Inteligência Artificial

Todas essas “caras e bocas” que o robô é capaz de fazer são ferramentas importantes para facilitar a interação homem-máquina. E esse é o objetivo da Engineered Arts. “Ameca é a plataforma perfeita para desenvolver a interação entre nós humanos e qualquer metaverso ou reino digital”, diz o site do produto.

Robô humanoide Ameca é uma plataforma para aplicação de sistemas de inteligência de máquinas. Imagem: Engineered Arts

Isso significa que cientistas que trabalham com o desenvolvimento de sistemas de Inteligência Artificial podem usá-la como instrumento de aplicação de seus algoritmos. “IA geralmente é apenas um código de computador, o que não é tão dramático quanto nossos personagens realistas. Mas é usado para reconhecimento de fala e reconhecimento facial/de objetos, com os quais nossos robôs podem ser programados”, explica a empresa.

 Para isso, Ameca está disponível tanto para venda quanto para locação. Como os valores não foram divulgados pela Engineered Arts, os interessados devem entrar em contato para solicitar orçamento e mais informações.

Veja o que se sabe sobre o Ameca:

  • Projeto levou 15 anos de trabalho.
  • Seu preço será de cerca de 100 mil libras, equivalente a R$ 745.000.
  • Robô pode ser utilizado para o desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial e machine learning.
  • Hardware e software que permitem atualização constante.
  • Divisão em módulos. Segunda a empresa, é possível ter apenas “uma mão” o “braço” do modelo, não há necessidade de ter o robô completo para funcionar.
  • Conexão em nuvem: todos os dados do robô ficam disponíveis remotamente.
  • Movimentos suaves e realistas que buscam estabelecer um “relacionamento instantâneo com pessoas”, segundo a fabricante.

Publicado por Olhar Digital 

17 dez
5 aprendizados de 2021 que podem transformar seu marketing em 2022

Escola de negócios e gestão

Mesmo em meio a novas incertezas relacionadas à pandemia, o sentimento geral neste fim de 2021 é de renovação. E a trajetória até aqui deixou importantes aprendizados para as nossas vidas – pessoal e profissional. No Think with Google, reunimos os 5 artigos mais relevantes do ano para nos lembrar importantes dados e insights desse tempo sem precedentes. Olhando para esses aprendizados, podemos nos preparar melhor para o que está por vir. A vida mudou. A forma de comprar, também. As buscas do Google nos mostram a evolução dos nossos desejos e preocupações. O que vai ficar no pós-pandemia? O que nos move no nosso novo deslocamento? Como fazer anúncios mais eficientes? E, enfim, e não menos importante: como iremos mitigar as perdas? Respondemos essas e outras questões na nossa lista dos 5 artigos mais lidos de 2021. Acompanhe:

14 dez
Tecnologia no combate a violência contra a mulher

Escola de tecnologia aplicada

Entre 2020 e 2017, o índice de mulheres que foram mortas pela condição de ser mulher ou em situação de violência aumentou em 50% – é o que aponta o Anuário da Segurança Pública do Estado do Piauí (SSP-PI).

De acordo com a assistente social, Caroline Leal, uma das formas de combater a violência de gênero é criando cada vez mais mecanismos para oferecer segurança eficiente à mulher. Uma estratégia nesse sentido vem sendo estudada há três anos pela professora Ana Paula Cavalcanti. Em sua pesquisa, ela articula como a inteligência artificial pode ser uma ferramenta no enfrentamento à violência contra a mulher.

Na pesquisa de Ana Paula, que é doutora em Ciência da Computação, a tecnologia pode auxiliar a identificar a violência contra à mulher no momento em que ela está ocorrendo durante uma ligação telefônica. Desse modo, através da inteligência artificial, é possível notificar os órgãos de segurança para que possam ser tomadas ações o mais rápido possível. “É uma forma de agir antes que a vítima sofra o crime de feminicídio”, ressalta a professora.

Inteligência artificial para resolver problemas sociais 

“Os dados são assustadores: em 2020 foram registrados uma denúncia de violência doméstica por minuto, foram 230.160 casos de lesão corporal dolosa por violência domésticas na polícia civil,  81,5% dos feminicídios são cometidos por companheiros ou ex-companheiros. Imaginem os outros casos que não são denunciados e registrados. Precisamos debater esses temas mesmo, usar Inteligência Artificial para resolver os problemas sociais”, diz a pesquisadora.

O projeto envolve inteligência artificial para identificar e reconhecer através da voz da mulher e análise da ligação se ela está passando por algum tipo de agressão. “Características na voz, energia e a intensidade da fala são verificadas para poder prestar o socorro”, explica Ana Paula. É uma forma da tecnologia contribuir para uma questão social.

A pesquisadora explica que a tecnologia está pautada na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Isso porque, algumas informações não precisam necessariamente serem repassadas aos órgãos de segurança, como dados pessoais ou íntimos das mulheres. A intenção, segundo Ana Paula, é relatar apenas a agressão para que a violência seja interrompida. “É uma forma de que essas informações sejam tratadas de forma 100% anônima”, explica.

“Podemos por meio dessa IA classificar cenas acústicas por meio das análises dos sinais produzidos pelo som. Utilizamos deep learning e mel-spectogram para a detecção de violência física e reconhecimento de atores de uma cena acústica de violência. Tudo isso em modelos de dispositivos móveis”.

O estudo envolve a transformação digital em curso em uma sociedade midiada. Esse debate fez parte do I Congresso iCEV de Direito, Negócios e Tecnologia.

Publicado por O Estado do Piauí

10 dez
Barreiras Não-Tarifárias e o Mercado Internacional entre Brasil e União Europeia

Escola de negócios e gestão

O Acordo de Associação entre Mercosul e União Europeia (UE) inclui três pilares: diálogo político, cooperação e livre-comércio. A parte econômica do acordo foi assinada em 28 de junho de 2019 e depende de processo de ratificação pelos países do MERCOSUL (incluindo o Brasil) e poderá entrar em vigor provisoriamente após a aprovação pelo Parlamento Europeu.

Em relatório promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria coma Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), identificou-se algumas das principais dificuldades que afetam as exportações de produtos brasileiros na União Europeia.

Dentre essas dificuldades apontadas no referido relatório, há ênfase especial às Medidas Não Tarifárias (MNTs) e Barreiras Não Tarifárias (BNTs) como os principais obstáculos para o acesso dos produtos brasileiros ao mercado europeu.

De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), as “Medidas Não Tarifárias são medidas políticas diferentes das tarifas alfandegarias comuns – que podem potencialmente ter um efeito econômico sobre o comércio internacional de mercadorias, a mudança das quantidades negociadas ou dos preços ou ambos”.

Esta definição da UNCTAD diz respeito a todas as medidas que afetam as condições comerciais entre duas partes, incluindo políticas e regulamentos que possam facilitar ou restringir o comércio.

O entendimento comum, então, é que a definição de Medidas Não Tarifárias abrange uma gama mais ampla de medidas positivas ou negativas do que as Barreiras Não Tarifárias, que se destinam exclusivamente a barreiras não tarifarias impostas por um governo a um fornecedor estrangeiro.

O Brasil, como um país que procura ampliar suas exportações para a União Europeia, deve cumprir os regulamentos da União Europeia, que podem ser interpretados pelos exportadores como uma barreira que ou restringe o acesso ao mercado dessa região ou aumenta o custo para alocar produtos para este mercado.

Nos termos do art. 3º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), a UE tem competência exclusiva em relação a sua legislação aduaneira, que deve aplicar-se uniformemente em todo o território. A Organização Mundial do Comércio reconhece o direito de seus membros de implementar medidas para alcançar objetivos políticos legítimos, como a proteção da saúde e segurança humana ou do meio ambiente.

As principais medidas não tarifárias que dificultam o acesso ao mercado europeu são as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS), de acordo com a base de dados da OMC. De acordo com a OMC, as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) abordam a segurança alimentar e os padrões de saúde animal e vegetal, sendo as medidas sanitárias relativas a saúde humana e animal e as medidas fitossanitárias relacionadas a plantas e produtos vegetais. As mercadorias importadas pela UE devem satisfazer os requisitos sanitários e fitossanitários do bloco no que diz respeito a proteção da saúde humana e animal.

As principais dificuldades de acesso para produtos brasileiros no mercado europeu são as cotas tarifarias e as medidas sanitárias, fitossanitárias e técnicas, que se aplicam predominantemente ao setor de alimentos. No total, esses setores representam quase 40% das exportações brasileiras para a UE.

As medidas não tarifarias que ela impõe geralmente abordam preocupações legitimas de saúde e higiene, mas também podem ser utilizadas como manobras políticas destinadas a proteger produtores e consumidores europeus. A abordagem da UE se baseia no acordo sobre segurança alimentar e saúde animal e vegetal também conhecido como o Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo SPS) e aplica o uso frequente do “princípio da precaução”.

Em muitos aspectos, o Brasil possui um robusto sistema de controle sanitário. Além disso, garantir a segurança do consumidor implica adoção de regras rígidas que regem as importações de produtos que contenham resíduos (LMRs) de pesticidas ou contaminantes.

O problema reside mais em incertezas e imprevisibilidade dos exportadores brasileiros em relação as mudanças nessas regras. Um melhor sistema de transmissão de informações sobre os requisitos sanitários e a implementação de requisitos técnicos certamente os ajudaria. Uma ação, especialmente relativa as disposições quanto aos métodos de inspeção de produtos, para teoricamente garantir que, se um pais exportador puder demonstrar que as medidas aplicadas as suas exportações atingem o mesmo nível de proteção da saúde que as que estão em vigor no pais importador, para que este aprove os padrões e métodos do pais exportador.

No que diz respeito a certificação, o melhor acesso de produtos orgânicos impulsionaria as exportações do Brasil neste setor, pois a biodiversidade do pais e capaz de atender crescente demanda de produtos orgânicos pelos consumidores europeus. O mel e claramente um segmento em que os consumidores europeus teriam a ganhar com o aumento das importações do Brasil, mas também frutas, castanhas e produtos vegetais.

Dessa forma, embora esteja firmada a progressiva desagravação de tarifas comerciais entre os dois blocos econômicos, as barreiras não tarifárias ainda poderão significar um importante obstáculo a ser superado pelas empresas brasileiras que desejem ter acesso ao mercado comum europeu.

O principal obstáculo ainda é o acesso a informação de como atender tais requisitos sanitários e fitossanitários para não ser um produto exportado objeto de barreira comercial com base no já referido “princípio da precaução”. A busca por credibilidade passa pela capacitação de pessoal capaz de conhecer e implementar os regulamentos exigidos pela União Europeia para circulação de produtos em seu território.

Fontes:

http://www.apexbrasil.com.br/uploads/clique%20aqui.pdf

http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis

http://siscomex.gov.br/acordos-comerciais/mercosul-uniao-europeia/

Este artigo foi produzido por:

Yuri Guimarães 

Especialista em História e Cultura Brasileira (Estácio), bacharel em Direito (UFPI) e membro do Núcleo de Estudos Políticos Eleitorais (NEPE – UFPI). Possui experiência em Política Externa Brasileira, Formação Econômica do Brasil e Economia Brasileira Contemporânea.

09 dez
A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Escola de negócios e gestão

O agronegócio Piauiense sozinho conseguiu no ano de 2020  atingir o patamar de US$ 498 milhões de dólares

Apesar de um ano em que a economia mundial sofreu com a Pandemia do Coronavírus, o Piauí conseguiu ter um aumento na ordem de 7,6% nas exportações no ano de 2020 comparado a 2019. Segundo os dados publicados pelo Ministério Ministério da Economia através da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, quando analisamos economicamente os dados da Balança Comercial do estado do Piauí, referente ao ano de 2020 podemos observar que obtivemos um superávit na ordem de US$ 284,4 milhões, fato este que nos colocou em 19° (décimo  nono) lugar no Ranking das Exportações Brasileiras com um valor de US$ 584 milhões exportados pelo nosso estado. Quando analisamos no âmbito da Região Nordeste, o Piauí ocupou o 5° lugar, ficando atrás apenas da Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco respectivamente nas primeiras posições.

A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Esse resultado deve-se sobretudo ao Agronegócio Piauiense que sozinho conseguiu no ano de 2020  atingir o patamar de US$ 498 milhões (85% do total de US$ 584 milhões). Desse montante as exportações de soja correspondem ao nosso principal produto com US$ 407 milhões  (70% das exportações), milho vem em 2° lugar com US$ 50,9 milhões (8,7% das exportações) e em 3° lugar temos o mel natural US$ 21,1 milhões sendo os três principais pauta de exportações do agronegócio.

O principal destino das exportações do Piauí em 2020 foi a China para onde exportamos US$ 317 milhões (54% do total) em soja, ceras vegetais e algodão. Em 2° lugar dentre os principais importadores temos o Irã que comprou US$ 35,3 milhões (6% do total) em soja e milho, seguido dos Estados Unidos em 3° lugar com US$ 34,6 milhões (5,9% do total) em mel natural, ceras vegetais e quercetina (que é um flavonóide natural que possui propriedades farmacológicas, encontrado na região de Parnaíba); em 4° a Tailândia US$ 26,3 milhões (4,5% do total) de soja e algodão, e em 5° lugar temos a Alemanha que comprou US$ 24,7 milhões (4,2% do total) em soja, ceras vegetais e mel natural.

Já no primeiro trimestre de 2021 as Exportações Piauienses somam US$ 64,2 milhões representando um crescimento de 19,8% se compararmos com o mesmo período do ano de 2020 conforme podemos observar no Gráfico 1.

Gráfico 1 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Esse crescimento foi alavancado sobretudo pela exportação de mel natural já no 1° trimestre de 2021 onde obtivemos um aumento de 436% (quatrocentos e trinta e seis por cento) em relação ao mesmo período do ano anterior, além do aumento de 27% na exportação de milho em grãos  e também resultados expressivos no aumento das exportações de pilocarpina e quercetina (produzidas no litoral piauiense). Já em relação à soja, principal produto da nossa pauta exportadora, o que se observou referente a esse mesmo período foi uma queda na ordem de 15% no volume exportado, conforme podemos observar no Gráfico 2.

Gráfico 2 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Analisando o mel natural pelo desempenho espetacular obtido já nesse primeiro trimestre, que coloca o Piauí em 1° (primeiro) lugar com US$ 13,9milhões já exportados (30% das exportações brasileiras) cabe analisarmos em separado as exportações em relação a esse produto tão importante de nossa pauta exportadora.

Referente ao ano de 2020, nosso estado também se destacou nas exportações de mel natural ficando em evidência nacional ao se colocar como 2° (segundo) maior exportador com 21,4% do total, representando US$ 21,1 milhões e com um volume de 9,8mil toneladas ficando atrás apenas para o estado de Santa Catarina

Referente ao ano de 2020, nosso estado também se destacou nas exportações de mel natural ficando em evidência nacional ao se colocar como 2° (segundo) maior exportador com 21,4% do total, representando US$ 21,1 milhões e com um volume de 9,8mil toneladas ficando atrás apenas para o estado de Santa Catarina que conseguiu 23,1% do total das exportações com um montante de US$ 22,8 milhões perfazendo 10,4mil toneladas de mel exportados conforme podemos analisar no Gráfico 3.

Gráfico 3 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Se por um lado a China é o maior destino das exportações totais do Piauí, no tocante às exportações de mel natural, o principal destino é o mercado norte-americano. Quando analisamos os dados referentes à média dos valores exportados nos últimos 10 (dez) anos entre 2011 e 2020 pudemos observar que os Estados Unidos conseguiram ocupar a primeira colocação sendo o destino de quase 80% (oitenta por cento) do mel piauiense. Como podemos observar no Gráfico 4 abaixo, o 2° (segundo) maior comprador é a Alemanha mas bem distante com 10% (dez por cento), em 3° (terceiro) lugar temos o Reino Unido com 4% (quatro por cento) e em 5° (quinto) lugar vemo Canadá como sendo o destino de 2% (dois por cento) das exportações do nosso estado.

Gráfico 4 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

 

Este artigo foi produzido por:

 

Gustavo Dias 

Advogado, Especialista em Direito Empresarial, atua como Consultor em Gestão Empresarial e Comércio Exterior.

 

 

Thiago Rodrigo

Empreendedor, Mestre em Administração e professor do iCEV.

 

 

 

 

Referências 

Ministério da Economia. Disponível em <https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br>. Acesso em 28 de
novembro de 2021.
Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33074>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33076>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33077>. Acesso em 28 de novembro de 2021.
Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33078>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

01 dez
Pra que serve a Lei do Superendividamento? O iCEV Explica

iCEV

Você sabe quem é a pessoa superendividada?

É aquela pessoa que gasta tudo que ganha e sobra muito pouco para suas necessidades pessoais. Segundo a nova lei, é a pessoa que não consegue mais garantir o pagamento de suas dívidas, incluindo as que ainda vão vencer, sem comprometer “seu mínimo existencial”. Isso significa que as dívidas são maiores do que os gastos necessários para a pessoa garantir direitos fundamentais, como moradia e alimentação.

Como exemplo: Alguém com salário líquido de R$ 15 mil reais por mês e depois que o banco tira todos os débitos dele como cheque especial, cartão de crédito, os financiamentos pessoais e o consignado, sobra R$ 550 reais para ele todo mês.

Alteração no Código de Defesa do Consumidor

Então para essas situações muito adversas o Código de Defesa do Consumidor, hoje em dia, houve uma alteração pela lei federal 14.181, conhecida como lei do superendividamento,  que criou a possibilidade do superendividado poder buscar a justiça para que ele possa negociar com seus credores, mantendo esse mínimo existencial e o que sobrar ele pagar aos seus credores.

 

Como é feito?

Existem alguns processos para que o superendividado possa negociar com seus credores: solicitar a renegociação em bloco das dívidas no tribunal de Justiça do seu estado, onde será realizada uma conciliação com todos os credores, apresentar um plano de pagamento que caiba no seu orçamento, assinar um termo dizendo que ele não pode se endividar durante esse período. Com esse acordo, ele terá 5 anos para pagar tudo que deve, quando fizer o acordo tira o nome dele do SERASA e fica sem cadastro restritivo nenhum.

 

As negociações em bloco podem resultar em acordos com todas as instituições para quem as pessoas devem alguma quantia. Assim, elas conseguem pagar o conjunto das suas dívidas com a sua fonte única de renda, que é o caso da maioria. Em caso de sucesso no acordo, acaba o tormento psicológico de pagar uma dívida e faltar dinheiro para pagar outras.

 

 

O que pode ser renegociado?

A renegociação engloba as chamadas dívidas de consumo, como são os boletos e carnês, em sua maioria. Contas de água e luz, empréstimos contratados em bancos e financeiras, crediários e parcelamentos em geral. Tanto as contas vencidas quanto aquelas a vencer fazem parte da lista de dívidas contempladas pela lei. Produtos e serviços de luxo, créditos habitacionais ou rurais, no entanto, ficam fora dessa lista. Dívidas fiscais (impostos e tributos) e pensão alimentícia também não podem ser renegociadas pelas novas regras.

 

Ou seja, é uma metodologia para quem está numa situação financeira complicada e não sabe mais o que fazer.  Então, essa legislação ela vai trazer um pouco mais de conforto e tranquilidade para quem está ansioso por conta das dívidas.

Essa normatização do superendividamento veio para proteger o cidadão brasileiro.

 

Esse conteúdo foi produzido pelo Professor Antônio Cláudio Silva, advogado especializado na área de direito com finanças, atuo como consultor, atuo como advogado, atuo como orientador empresarial.

29 nov
Sancionada Lei “Mari Ferrer” que pune constrangimentos em julgamentos

Escola de direito aplicado

Lei é inspirada no caso da influenciadora digital Mariana Ferrer, que foi humilhada durante audiência

Marina Ferrer

Foi sancionado na última segunda-feira (22/11), a Lei 14.245/ 2021. Conhecida como Lei Mariana Ferrer, a legislação prevê punição para constrangimentos sofridos por vítimas de violência sexual e testemunhas em julgamentos. O texto foi publicado no Diário Oficial da União e entrou em vigor imediatamente.

De acordo com a lei, todos os presentes no julgamento deverão assegurar a integridade física e psicológica da vítima. O juiz tem como dever garantir que a lei seja cumprida.

Caso a determinação não seja respeitada, os envolvidos poderão ser responsabilizados nas áreas civil, penal e administrativa. A lei também aumenta em um terço a pena para casos de coação, que é de quatro anos de prisão e multa, quando se tratar de um crime sexual.

A medida foi proposta pela deputada Federal Lídice da Mata (PSB/BA) em 2020 depois da repercussão do caso da influenciadora digital Mariana Ferrer.

Segundo Mariana, ela teria sido estuprada pelo empresário André Aranha em dezembro de 2018. Durante uma das audiências na Justiça de Santa Catarina, o advogado de Aranha, Cláudio Gastão da Rosa Filho, mostrou fotos de Mariana e disse que ela fazia poses “ginecológicas”. Aranha foi absolvido por falta de provas.

 Publicado por Correio Braziliense 

18 nov
Black Friday: 7 dicas para pequenos negócios venderem mais

Escola de negócios e gestão

Não basta ter o maior desconto, as marcas também precisam oferecer produtos, prazos e condições de entrega diferenciados que atendam às reais necessidades e expectativas dos consumidores.

Black Friday, uma das datas comerciais mais importantes do ano, está chegando e os pequenos empreendedores já se preparam para as vendas. Neste período, a disputa pela atenção do consumidor é ainda maior, por isso, é preciso planejamento.

Para vender mais, não basta ter o maior desconto, é preciso oferecer também produtos, prazos e condições de entrega diferenciados que atendam às reais necessidades e expectativas dos consumidores.

1- Planeje e prepare suas ações

É preciso se preparar com antecedência, conhecendo muito bem o cliente. Tem que estar sempre perto de quem compra da sua marca, conhecer as demandas, entregas, ofertas, perfis. Assim, as ações serão bem mais assertivas.

A empreendedora Anny Meisler, dona das lojas de móveis e decoração LZ Studio e LZ Mini, sempre se prepara para a data e aumenta seu estoque em 30% nesse período. Ela orienta os pequenos empresários a sempre pensar em 3 pontos:

– Quais produtos ofertar: o que seus consumidores sonham em comprar? Não adianta queimar produto que não gera desejo. Prepare seu estoque, negocie muito bem sua compra. Aposte em profundidade e não em variedade nessa data.

-Comunicação: Como você vai comunicar? Para essa pergunta, faça outra pergunta: onde está seu público e sua audiência? Essa resposta é a peça chave e precisa estar na ponta da língua.

-Divulgação: Comece a divulgar sua ação com antecedência. Uma pré-campanha é essencial sempre. Desperte o desejo de compra o quanto antes. Dispare e-mails, mensagens no WhatsApp, comunicações em mídias digitais e site. Sempre com muita criatividade e indo direto ao ponto. Nem todas as marcas podem fazer grandes investimentos, mas sempre tem aquela mensagem pelo WhatsApp que uma mãe manda para outra, aquele grupo de amigos, grupo do clube, do prédio…. Isso funciona muito bem se a sua oferta for boa. Quanto mais impactar, mais você vai atrair pessoas para o seu negócio.

2- Ofereça descontos por vários dias, não só na sexta-feira

Anny Meisler, dona das lojas de móveis e decoração LZ Studio e LZ Mini, aumenta o estoque de suas lojas em 30% durante a Black Friday — Foto: Arquivo pessoal

Anny Meisler, dona das lojas de móveis e decoração LZ Studio e LZ Mini, aumenta o estoque de suas lojas em 30% durante a Black Friday 

Letícia Romão Correia é dona da Ava, marca de roupas e lingeries, com 3 lojas físicas e e-commerce. Sua experiência com a data mostra que vale a pena investir em vários dias com descontos. Na Ava, ela consegue, em média, um aumento de faturamento de 50% em novembro se comparado a um mês regular. O motivo? As ações da Black Friday.

“Não faça a Black Friday só na sexta-feira. Faça um esquenta, comece antes. Eu começo quase duas semanas antes. Em 2020, a gente vendeu mais no esquenta do que na própria data”, orienta Letícia.

Geralmente, nesta data, as pessoas se programam e pesquisam muito para comprar itens de alto valor, como televisão e eletrodomésticos. Quem vende produtos com ticket médio menor, como é o caso do setor de vestuário, pode se beneficiar dessa antecipação.

“As pessoas recebem muita oferta, de todos os segmentos. Quando nos antecipamos, garantimos que a cliente gaste primeiro com a gente”, diz a empreendedora.

3- Organize sua estrutura

Letícia Romão, dona da marca Ava, mistura peças de coleções antigas e lançamentos nas ações da Black Friday  — Foto: Arquivo pessoal

Letícia Romão, dona da marca Ava, mistura peças de coleções antigas e lançamentos nas ações da Black Friday 

Quem tem um negócio físico, tem que pensar no aumento da demanda e se vai precisar de mais funcionários. No online, também é preciso ter uma estrutura na loja virtual. Nos dois casos, é importante deixar a equipe preparada para o aumento da demanda nas compras.

Pensar no estoque também é fundamental. Letícia tem uma estratégia para a Black Friday: escolhe peças de coleções anteriores e é bastante agressiva nos descontos, chegando a até 70%. Da coleção atual, seleciona itens para oferecer até 40%. São peças que têm um estoque maior ou que entraram no começo da coleção e já estão há um tempo circulando.

4- Ofereça uma boa experiência para os clientes

Não é porque vai comprar com desconto que o cliente não quer ser bem atendido. Garantir a satisfação máxima é primordial, segundo Fernanda Winck, diretora de operações do marketplace da Via, empresa de varejo.

“O comprador tem que estar sempre no centro de todas as ações. Vivemos hoje na era da experiência do cliente e é ele que garantirá a longevidade do seu negócio e venda. Um cliente satisfeito e bem atendido, além de se tornar recorrente, indica a loja para seu grupo social. Essa última dica é para a além da Black Friday, é para a vida”, afirma Fernanda.

5- Invista nas vendas online

Investir em um marketplace e cadastrar os produtos com muita informação ajudam nas vendas online — Foto: Reprodução PEGN

Investir em um marketplace e cadastrar os produtos com muita informação ajudam nas vendas online — Foto: Reprodução PEGN

Para quem vende pela internet, ter a loja em um marketplace traz algumas vantagens.

“Quem está em um marketplace tem acesso a uma plataforma que lhe dará maior visibilidade, público e incentivos para a venda se concretizar”, afirma Fernanda.

Para escolher esse marketplace, a dica da especialista é buscar aqueles que sigam o CDC (Código de Defesa do Consumidor), que sejam empresas com compliance e que ofereçam uma estrutura sólida de parceria.

Outro ponto importante é cuidar das informações dos produtos. Ficha técnica, título e imagens devem estar na rotina de todo empreendedor digital, pois as informações contidas no cadastro do produto impactam diretamente na busca, seja no próprio site ou até mesmo no Google.

“Quanto mais informações relevantes, mais confiança o cliente sentirá para realizar a compra”, lembra Fernanda.

6- Integre seus canais de venda

O conceito “omnichannel” é uma tendência do varejo e significa integrar todas as áreas de um empreendimento, online e offline, para facilitar a vida do consumidor e fazer com que ele tenha uma boa experiência com a marca.

Para Fernanda Baggio, chief marketing officer da Neoway, empresa de big data e inteligência artificial para negócios, a experiência da migração do online para a loja física durante o processo de compra, por exemplo, deve ser a melhor possível. Esse é um caminho para aumentar o potencial de vendas. Ela dá algumas dicas:

  • Alie dados online e offline e se relacione com a sua audiência;
  • Tenha a tecnologia como uma aliada estratégica, investindo em ferramentas, seja e-mail, SMS ou mobile marketing, para ampliar, dinamizar e alcançar todos os canais de contato direto com o cliente.

7- Pense no futuro

A Black Friday pode ser uma grande oportunidade para fidelizar novos compradores. É preciso encantar o cliente ao final da compra.

“Dá pra oferecer frete grátis, cupom de desconto para a próxima compra, mandar uma gentileza junto com a encomenda, como uma cartinha, balinhas, um cheirinho especial, coisas simples, mas que encantam e fazem com que o cliente se sinta realmente especial e volte sempre”, orienta Anny.

Publicado por G1

17 nov
Câmara aprova em 2º turno PEC dos precatórios, que bancará Auxílio Brasil

Escola de direito aplicado

PEC dos precatórios

Após quase 15 horas de sessão, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia 9 de novembro, em segundo turno, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios. A proposta abre folga de R$ 91,6 bilhões no Orçamento federal e viabiliza o Auxílio Brasil. A aprovação foi por 323 votos a favor e 172 contra, com uma abstenção. Eram necessários pelo menos 308 votos. A PEC ainda será votada no Senado.

O Auxílio Brasil, novo programa social, que substituirá o Bolsa Família, prevê o pagamento de R$ 400 para cerca de 17 milhões de beneficiários até o fim de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenta a reeleição.

Logo após a aprovação do texto-base, que levou cerca de 13 horas, os deputados começaram a discutir alterações —conhecidas como destaques— que ainda poderiam trazer mudanças para a proposta. As alterações foram rejeitadas e o texto segue agora para o Senado. A aprovação da PEC foi marcada pela disputa voto a voto na Câmara entre a base do governo e a oposição. Na semana passada, ela já havia sido aprovada por uma margem apertada, de apenas 312 dos 308 votos necessários, apesar dos esforços do governo e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Na sessão o plenário ainda votou alterações ao texto aprovado em primeiro turno. Depois, a PEC foi votada em segundo turno.

Espaço para novo programa social

A proposta aprovada em segundo turno na Câmara gera um espaço fiscal de R$ 91,6 bilhões para o governo em 2022, o que viabiliza o Auxílio Brasil de R$ 400. A cifra de R$ 91,6 bilhões foi divulgada pelo Tesouro Nacional em outubro com base na PEC, que é relatada na Câmara pelo deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). Economistas de fora do governo, no entanto, vêm citando cifras maiores. Há inclusive dúvidas sobre qual será o destino dos recursos.

Programa Auxílio Brasil

Adiamento de precatórios

O texto traz duas mudanças principais. Em primeiro lugar, permite o adiamento do pagamento de parte dos precatórios devidos pela União em 2022. Pelos cálculos do Tesouro, isso gerará uma folga de R$ 44,6 bilhões.

Precatórios são títulos que representam dívidas que o governo federal tem com pessoas físicas e empresas, provenientes de decisões judiciais definitivas. Quando a decisão judicial é definitiva, o precatório é emitido e passa a fazer parte da programação de pagamentos do governo federal.

Defensor de mudanças nas regras para pagamento de precatórios, o ministro da Economia, Paulo Guedes, vinha qualificando como um “meteoro” a necessidade de pagar R$ 89 bilhões em precatórios no próximo ano. Conforme o ministério, não há espaço no orçamento. Em comparação, o orçamento de 2021 prevê a quitação de R$ 54,7 bilhões em precatórios.

Drible no teto de gastos

Em segundo lugar, a PEC dos precatórios muda o teto de gastos, a regra fiscal constitucional que limita a despesa pública ao Orçamento do ano anterior corrigido pela inflação. Na prática, a mudança é vista como permissão para furar o teto. O texto prevê que o limite seja determinado não mais pela inflação acumulada em 12 meses até junho do ano anterior, mas pela taxa apurada nos 12 meses até dezembro do ano anterior. Com esta mudança técnica, haverá uma folga de R$ 47 bilhões em 2022, pelos cálculos do Tesouro Nacional.

Vitória do governo

Durante a sessão, um destaque ao texto aprovado no primeiro turno foi apresentado, buscando retirar da proposta a alteração nas regras para cálculo do teto de gastos. No entanto, em uma vitória para o governo, o plenário da Câmara manteve o trecho que prevê o reajuste do teto pela inflação acumulada em 12 meses apurada no ano anterior, de janeiro a dezembro. Com isso, o governo manteve o espaço fiscal de R$ 47 bilhões.

Derrota do governo

Apesar de ter vencido a votação sobre a forma de cálculo do teto de gastos, o governo já havia sido derrotado, também nesta terça-feira, em outra votação relacionada à PEC dos precatórios: a que abriria espaço para autorização do estouro da regra de ouro já na formulação do orçamento. A questão dizia respeito à possibilidade de o Executivo não precisar pedir autorização ao Congresso para descumprir a regra de ouro, que impede o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários e aposentadorias. O governo conseguiu 303 votos, mas também eram necessários 308.

Publicado por UOL Notícias 

 

16 nov
Polícia faz operação nacional contra pirataria de games

Escola de tecnologia aplicada

 

 

Uma ação nacional contra pirataria de games, batizada de “Operação Brick”, apreendeu máquinas, suspendeu sites e bloqueou perfis em plataformas de comércio eletrônico nesta quarta-feira (10).

A operação foi liderada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil de São Paulo, e cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão no bairro da Penha, na Zona Leste da cidade de São Paulo, e em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista. Os endereços foram identificados a partir de um trabalho de inteligência policial.

O material apreendido foi colocado à disposição da perícia técnica. Os envolvidos poderão ser punidos por violação de direitos autorais, um crime que prevê pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. Além disso, os acusados também podem ser indiciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Operação Brick

Equipamentos apreendidos serão examinados por perícia técnica e não poderão ser mais utilizados para cometer crime de pirataria.

Equipamentos apreendidos serão examinados por perícia técnica e não poderão ser mais utilizados para cometer crime de pirataria.

 

A palavra “brick” em inglês significa tijolo. O termo é utilizado por jogadores de video game para designar equipamentos inutilizados. De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o nome da operação reflete um de seus principais objetivos, que é “tornar inservíveis os consoles adaptados para prática de pirataria, bem como indisponíveis os serviços criminosos que violam os direitos autorais.”

A ação contou com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas vinculado à Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A operação nacional também envolve a participação de policiais civis do Mato Grosso do Sul.

Publicado por Tecmundo 

09 nov
Por que existe imunidade parlamentar? O iCEV Explica

iCEV

A imunidade é uma forma de proteção, mas não se trata de impunidade

Você sabe o que são as imunidades parlamentares? São mecanismos de proteção aos membros do Congresso Nacional que surgiram para combater as ameaças contra a democracia em tempos de ameaças, ditaduras, de repressão ao poder legislativo. É importante que os deputados e senadores tenham essas imunidades para que eles possam exercer o seu ofício, o seu trabalho com independência, coragem e segurança.

Tipos de imunidade parlamentar

A Constituição estabelece dois tipos de imunidade:

A imunidade material, que resguarda a opinião, os votos e a liberdade de expressão dos parlamentares e as imunidades formais que estão mais relacionadas a responsabilidade processual, a foro privilegiado e a possibilidade de prisão. Os congressistas estão resguardados desde a sua diplomação e todos os atos praticados no exercício do mandato, desde então, serão protegidos pela imunidade. Mas isso não quer dizer que eles não possam ser responsabilizados por eventuais crimes cometidos durante o exercício do mandato.

Imunidade x Impunidade

A imunidade é uma forma de proteção, mas não se trata de impunidade. Nos últimos anos a sociedade brasileira tem se queixado bastante da utilização dessas imunidades como verdadeiras brechas de impunidade, que fazem com que muitas vezes os parlamentares acabem saindo impunes da responsabilização em diversos crimes cometidos.

A Proposta de Emenda à Constituição –PEC da imunidade vai em sentido oposto ao que vem sido pedido pela população tendo em vista que em determinados pontos do texto ela aumenta as hipóteses de imunidade e a proteção aos parlamentares impedindo, por exemplo, determinações judiciais para suspensão ou afastamento de deputados e senadores dos seus cargos. Essa PEC amplia o hall de imunidades parlamentares previsto na constituição ,o que dá a sensação ainda maior de uma impunidade.

Quando o constituinte originário estabelece essa prerrogativa, essa defesa, ele o faz pensando na defesa da democracia, do estado democrático de direito, das instituições e não na possibilidade dos parlamentares se utilizarem dessa proteção como forma de escapar de seus crimes e de suas responsabilidades.

 

O conteúdo deste iCEV Explica foi produzido pelo advogado e professor do iCEV, Berto Igor.

 

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