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29 fev
Entenda a polêmica que girou em torno do testamento de Zagallo

Escola de direito aplicado

O ano de 2024 começou tenso para os amantes do esporte. No dia 05/01, Mário Jorge Lobo Zagallo, único tetracampeão mundial de futebol, morreu no Rio de Janeiro, aos 92 anos. E uma grande polêmica veio à tona com essa trágica e lamentável notícia: muita gente ficou sem entender o fato de o filho caçula de uma das maiores lendas do esporte brasileiro e mundial ter herdado mais do que os demais irmãos.

O iCEV explica

Isabella Paranaguá, professora do curso de Direito do iCEV, explica que há “brigas familiares que são intensificadas, e, quando acontece o evento da morte, essas brigas são escancaradas para a sociedade. Aqui, na forma de matérias jornalísticas. Mas, do lado do Direito, o que a gente tem para informar e para deixar vocês atentos? Que só existem duas espécies de sucessão no Brasil: a sucessão legítima e a sucessão testamentária”.

Segundo ela, “por isso, no caso do Zagallo, a gente consegue enxergar muito bem que os filhos foram todos contemplados lá na sucessão legítima, porque os filhos são descendentes. E descendentes são herdeiros legítimos e necessários. Mas apenas um dos filhos, o caçula, foi contemplado no testamento, o outro tipo de sucessão, a sucessão testamentária. Esse é o momento que, no Brasil, o cidadão brasileiro pode deixar para quem ele gosta mais, deixar até para uma outra pessoa que não é uma herdeira necessária, ou seja, que não é herdeira da sucessão legítima”, pontua.

Foto: reprodução/internet.

 

Há exceções

Vale ressaltar que nem todo mundo está apto a desfrutar dos espólios de outrem. De acordo com o Artigo 1801 do Código Civil, não podem ser nomeados herdeiros nem legatários: o (a) concubino (a) do (a) testador (a); a pessoa que escreveu o testamento; as testemunhas do testamento; o tabelião ou escrivão.

Assunto importante

A polêmica em torno desse caso tem ajudado a levantar debates relevantes em torno de um tema, que, por vezes, ainda é associado a muitos tabus: “é  muito interessante isso ficar na mídia alguns dias porque leva à reflexão de que nós, cidadãos brasileiros, precisamos pensar com cuidado sobre a nossa morte, fazendo o planejamento sucessório, respeitando a legítima e utilizando o testamento e outras ferramentas de planejamento sucessório como meios nos quais a gente pode organizar melhor a nossa manifestação de vontade, que tem a ver com o nosso direito de liberdade”, finaliza Isabella.

 

07 fev
A humanização de marcas e empresas através da inteligência artificial

Escola de tecnologia aplicada

A estratégia tecnológica torna as atividades diárias mais práticas, criando experiências de conversação e aproximando clientes.

As relações comerciais da sociedade passaram a ter uma companhia que já era prevista em 1990, mas não em tamanha intensidade. O surgimento da internet, dos computadores e dos celulares mudou a forma como as pessoas se comunicam, trabalham e se divertem. Desde então, essa tecnologia sempre esteve presente no dia-a-dia das pessoas, e o imediatismo que ela fornecia se tornou algo costumeiro em nossas interações.

No quesito da prestação de serviços, esse imediatismo deixou de ser uma qualidade e se tornou um defeito, já que por se tratarem de pessoas reais, que precisam separar o tempo de trabalhar e descansar, sempre havia um horário certo para oferecer seus serviços. Assim, devido à falta de paciência por respostas, e pelo imediatismo ter se tornado um padrão na sociedade, a implementação de assistentes virtuais surgiu como uma alternativa para essas questões. As primeiras a existirem foram a Alexa, da Amazon, e a Siri, da Apple, ambas sendo softwares que respondem a comandos de voz.

Segundo uma pesquisa da Ilumeo em setembro de 2022, 91% dos brasileiros já utilizam assistentes virtuais de voz, tendo um aumento de 4% em relação aos últimos dois anos. Essa interação tem impactado positivamente as relações entre clientes e empresas, influenciando a forma como as pessoas se relacionam com as marcas.

Dalson De Carvalho, usuário dessa forma de tecnologia, relata que teve uma experiência positiva ao utilizar assistentes virtuais.” É como se você entrasse em uma loja e fosse bem recebido por alguém, que sempre terá uma resposta gentil e educativa para qualquer coisa que você disser. É um super funcionário que entende o que você precisa e faz você se sentir valorizado e compreendido. Isso deixa uma impressão positiva, alimentando a lealdade do cliente com a empresa”, diz.

Ele conta que é uma experiência divertida e agradável, já que as assistentes são capazes de realizar tarefas como configurar lembretes, responder a perguntas e controlar dispositivos inteligentes em casa. Para ele, a inteligência artificial (I.A), torna a interação com aplicativos mais fácil e intuitiva, permitindo que os softwares aprendam com suas preferências e comportamentos, adaptando-se para oferecer uma experiência personalizada.

De softwares de voz a influenciadoras digitais

Com o avanço da tecnologia, principalmente da área de inteligência artificial, surgem os influenciadores digitais, que são avatares 3D criados para dar personalidade a uma marca. A evolução dos softwares permitiu a criação de personagens digitais realistas e interativos, capazes de interagir com seguidores, promover marcas e produtos, e até mesmo participar de campanhas publicitárias. A popularidade deles se relaciona à capacidade de representar ideais à sua habilidade de engajar o público de maneira única, com uma nova forma de narrativa e entretenimento nas redes sociais

As assistentes virtuais surgiram como um recurso adicional capaz de atender às demandas dos clientes sem que eles precisem passar por longas esperas. Na internet, tudo é rápido e fácil, então os consumidores buscam essa agilidade nas empresas, desejando respostas rápidas para suas necessidades, independente do horário, já que essas assistentes pessoais estão disponíveis para atendê-los 24 horas por dia. Um exemplo consolidado é a Lu, do Magazine Luiza, que foi criada para ser uma assistente virtual e que com a com a receptividade do público, tornou-se também uma influenciadora nas redes sociais da marca.

A humanização como uma estratégia comercial

Em entrevista para o portal Luneta, Odilo Queiroz, CEO da Medi Branding & Network, avisa que não tem nada de novo nessa humanização de assistentes virtuais e que, na verdade, há muito tempo as empresas vêm fazendo isso. O que está acontecendo é que a tecnologia das I.A tornaram disponíveis outros métodos de atendimento comercial, como sistemas complexos de automação. Ele afirma também que essa humanização das assistentes virtuais faz parte de uma estratégia comercial, não para “enganar” o consumidor, fazendo-o achar que se trata um de um humano, mas sim para quebrar a objeção de ser atendida por uma IA. E tudo isso faz parte de uma estrutura de copywriting.

Odilo acredita que a humanização das assistentes virtuais pode impactar na experiência do cliente. Segundo ele, existem estudos que mostram que, se a loja responde nos primeiros minutos após receber a mensagem, a taxa de conversão é maior do que nas que demoram mais tempo.“Às vezes, o empreendedor, de madrugada, recebe uma dúvida de um potencial cliente e como não está no horário comercial, não tem ninguém para responder. Perde a venda! E quem nunca comprou nada de madrugada? Todo mundo compra”, comenta.

Ele ainda pontua que pensar na experiência de consumo do cliente, com uma estratégia de automação bem feita e organizada, pode muitas vezes ser o suficiente para tirar dúvidas e encaminhar a pessoa ao setor correto, tudo isso de forma mais fluída. “Quando você vende o seu produto ou seu serviço na internet, é muito mais comum você receber uma mensagem de um curioso do que de um comprador. Claro que você tem que otimizar o seu negócio pensando na venda e na experiência do usuário, então as assistentes virtuais vão se tornar cada vez mais comuns, até como um “filtro” de curioso, para que o empresário consiga otimizar a sua abordagem comercial”. Essa questão varia de acordo com a maneira na qual a tecnologia é utilizada.

Diversidade de aplicações

A humanização das assistentes virtuais está sendo aplicada de maneira diferente em setores específicos, afinal elas são projetadas para entender as necessidades individuais dos clientes, adequando a realidade de cada empresa. Essa tecnologia está redefinindo como as empresas interagem com seu público, permitindo comunicações mais rápidas e eficazes. Existem diferentes aspectos em cada tipo de negócio, assim como diferentes momentos em que o assistente pode ser aplicado. A assistente virtual de um hospital tem uma estrutura totalmente diferente de uma assistente virtual de um banco. São duas estruturas de negócio distintas, isso reflete também nas suas abordagens.

Apoena Paiva, gestora de marketing, explica que para construir a identidade da marca, a assistente virtual precisa unir a essência da marca e dos consumidores. É preciso saber quais características, necessidades, desejos e sonhos dos clientes, assim como a missão da empresa e valores. Desse modo, a inteligência artificial passa uma imagem real da empresa, o rosto da marca e o comportamento, construindo uma relação entre ambos.

Ela comenta que as assistentes são programadas para fornecer respostas que demonstrem empatia, reconhecendo emoções expressas pelo usuário. Isso cria uma interação mais natural e amigável, aproximando a experiência digital da riqueza emocional presente nas conversas humanas, tornando o cliente mais suscetível à compra. Elas estão moldando a forma como experimentamos o mundo digital, adicionando camadas de empatia, personalização e compreensão emocional que prometem revolucionar as interações tecnológicas no presente e no futuro. Apesar de todas as facilidades que a introdução da IA causa, existem muitos problemas a serem resolvidos.

Benefícios e desafios

As assistentes virtuais surgem como agentes transformadores, trazendo consigo uma série de aspectos que moldam de forma positiva a nossa sociedade. Dimmy Magalhães, é o coordenador da Escola de Tecnologia da Faculdade iCEV, além de analista de sistemas e P.h.D. em Ciência da Computação, e destaca quais são esses aspectos.”As vantagens são enormes. Com a população cada vez mais envelhecida, para os idosos essas tecnologias mais humanas e empáticas podem fornecer companhia e diminuir sentimentos de solidão e isolamento. Por outro lado, essa humanização traz melhorias na experiência do usuário, na medida em que a interação mais fácil pode diminuir o abismo entre o desenvolvimento tecnológico e as pessoas sem tanta aproximação com a tecnologia”, explica.

Dimmy alerta que, apesar das vantagens na humanização dessas tecnologias, ela também possui seus pontos negativos.”A principal desvantagem que eu enxergo é a perda de privacidade. Esses sistemas têm uma necessidade maior de coleta de dados para gerar uma interação mais cooperativa com os usuários. Essa troca pode ter dois aspectos. O primeiro são sistemas mais adaptados à necessidade do usuário, e o segundo é o uso de dados que viram produtos para outras empresas, tornando a privacidade um elo fraco nesse ecossistema”, afirma.

Apesar de serem ferramentas importantes para o atendimento em várias empresas, algumas pessoas mantêm uma certa desconfiança em relação às assistentes virtuais, principalmente devido a preocupações sobre segurança e privacidade. Para resolver essa questão, Dimmy destaca a necessidade das empresas garantirem que os dados não contenham aspectos que possam comprometer o funcionamento adequado e a integridade das respostas fornecidas por essas assistentes virtuais.

Além disso, ele comenta que há necessidade de investir em sistemas de segurança. Políticas claras de privacidade e transparência são fundamentais para tranquilizar os usuários quanto à segurança e ao uso ético de seus dados. Segundo o analista de sistemas, é crucial a implementação de tecnologias de segurança de ponta, como criptografia avançada, para proteger os dados. A empresa deve armazenar apenas as informações necessárias para fornecer o serviço, ou seja, dados sensíveis devem ser criptografados ponta a ponta ou nem mesmo coletados. Isso possibilitará a minimização da exposição.

De acordo com Dimmy Magalhães, no futuro ele acredita que as assistentes virtuais estarão cada vez mais integradas à espécie humana, a ponto de realizar atividades repetitivas ou prioritárias de forma automatizada.“Não é incomum que residências atualmente possuam assistentes como a Alexa, responsáveis por controlar desde as luzes até o aspirador de pó. Isso não apenas assegura uma economia energética, mas também prioriza as atividades, proporcionando aos humanos mais tempo para conviver e viver em comunidade”, finaliza.

As assistentes virtuais mudaram a maneira como interagimos com a tecnologia ao otimizar o trabalho em diversas áreas. Elas oferecem suporte em tempo real, permitindo uma interação mais natural e intuitiva com dispositivos e serviços. No entanto, é importante considerar questões éticas e de segurança relacionadas ao desenvolvimento e uso das IA, garantindo que seu impacto seja positivo e benéfico para toda a sociedade. Em um futuro próximo, a colaboração entre a tecnologia e a humanização promete não apenas redefinir a forma como nos relacionamos com esses agentes virtuais, mas também elevar o nível dessa experiência, transformando o mundo atual em uma realidade repleta de possibilidades.

Por: Isabelle Lima e Camila Mineiro. Disponível em: https://portalluneta.com.br/2024/02/01/a-humanizacao-de-marcas-e-empresas-atraves-da-inteligencia-artificial/.

12 jan
Tendências para 2024 que vão impactar o mercado

Escola de negócios e gestão

Explore as tendências para 2024 que impactarão os empreendedores brasileiros, desde a inovação tecnológica até a sustentabilidade.

As tendências para o ano de 2024 sinalizam um ano de oportunidades únicas e desafios significativos para os empreendedores brasileiros.

Com um cenário marcado por rápidas mudanças econômicas, sociais, tecnológicas e ambientais, a adaptabilidade é a chave.

Nesse contexto, os empreendedores enfrentarão a necessidade de equilibrar a inovação com a sustentabilidade, de decifrar as complexidades do comportamento do consumidor digital e de navegar por um mercado global cada vez mais interconectado.

A capacidade de se adaptar rapidamente a novas tendências, de adotar tecnologias emergentes e de responder às expectativas sociais e ambientais não será apenas desejável, mas essencial para a sobrevivência e prosperidade no mercado de 2024.

Adaptabilidade e inovação são essenciais

Em um mercado onde a única constante é a mudança, as tendências para o novo ano reforçam que a inovação contínua é crucial. Os empreendedores devem estar preparados para antecipar e abraçar as transformações, mantendo uma vantagem competitiva.

Isso pode significar investir em novas tecnologias, explorar novos modelos de negócios ou simplesmente estar disposto a sair da zona de conforto e experimentar novas abordagens.

O fator humano

A transformação digital vai além da tecnologia, ela é profundamente enraizada no fator humano. Em 2024, a colaboração eficaz entre humanos e tecnologia será fundamental para a inovação e a criação de valor nas organizações.

Um grande exemplo disso, que já vem acontecendo em 2023 e vai ser potencializado nos próximos anos, é a utilização da Internet das Coisas (IoT) e Inteligências Artificiais.

Essas tecnologias estão não apenas otimizando operações, mas também abrindo novas possibilidades para produtos e serviços personalizados.

Sustentabilidade: no centro das tendências para 2024

Os pequenos negócios serão essenciais na transição para uma economia de baixo carbono em 2024. Adotar práticas sustentáveis não será apenas uma necessidade, mas uma vantagem competitiva que abre novas oportunidades de mercado.

Isso inclui tudo, desde a implementação de operações mais verdes até a escolha de fornecedores sustentáveis e a criação de produtos que atendam aos padrões ecológicos.

Energias renováveis, economia circular e responsabilidade social

Dentro das tendências para o próximo ano, a adoção de energias renováveis e a economia circular destacam-se, oferecendo redução de custos e melhor posicionamento da marca, enquanto minimizam o impacto ambiental.

Essas estratégias não só fazem sentido do ponto de vista ambiental, mas também podem ser benéficas para os resultados das empresas, reduzindo custos operacionais e atraindo clientes conscientes.

A responsabilidade social corporativa será mais do que uma escolha em 2024, será um requisito. Transparência, ética e impacto social positivo serão critérios fundamentais na avaliação das empresas.

Isso significa que as empresas precisarão pensar além dos lucros e considerar como suas operações afetam a comunidade e o mundo ao seu redor.

Diversidade, inclusão e big data: tendências para 2024

A diversidade e a inclusão, já reconhecidas como impulsionadoras de inovação e criatividade, assumirão um papel ainda mais central nos negócios em 2024.

Empresas que cultivam ambientes de trabalho inclusivos e celebram a diversidade não apenas enriquecem sua cultura organizacional, mas também se mostram mais aptas a entender uma gama mais ampla de clientes, ganhando relevância em um mercado global diversificado.

Paralelamente, a era da informação continua a evoluir com o uso estratégico de big data. A capacidade de coletar, analisar e aplicar grandes conjuntos de dados de maneira eficaz se tornará um pilar para o sucesso empresarial.

Empresas que utilizam big data para obter insights precisos podem esperar melhorias na tomada de decisões, otimização de operações, maior compreensão do comportamento do cliente e previsões de mercado mais acuradas, posicionando-se de maneira proativa diante de oportunidades e desafios futuros.

Conteúdo desenvolvido por: SEBRAE. Disponível em: https://digital.sebraers.com.br/blog/empreendedorismo/tendencias-para-2024-que-vao-impactar-o-mercado/.

05 jan
10 Motivos Para Fazer uma Pós-Graduação em 2024

iCEV

Desbravando o Futuro: 10 Razões para Investir na sua Pós-Graduação em 2024

A busca constante por conhecimento e aprimoramento profissional têm impulsionado muitas pessoas a considerarem fazer uma pós-graduação em 2024. A decisão de continuar os estudos após a graduação pode ser uma escolha transformadora e repleta de benefícios. Neste artigo, exploraremos dez motivos convincentes para considerar a pós-graduação no próximo ano.

1. Aprofundamento de Conhecimento

Uma pós-graduação oferece a oportunidade de mergulhar profundamente em um campo específico de estudo.

Isso permite que os alunos adquiram conhecimentos especializados que não são abordados em detalhes durante a graduação.

2. Valorização no Mercado de Trabalho

Ter um diploma de pós-graduação frequentemente aumenta o valor de um profissional no mercado de trabalho.

Os empregadores geralmente valorizam candidatos que investem em sua educação e demonstram comprometimento com o aprendizado contínuo.

Para ilustrar, considere o caso de um advogado que, após concluir sua pós-graduação, obteve um significativo aumento salarial em seu escritório, destacando a recompensa tangível de investir em educação avançada.

Imagem de Freepik

3. Ampliação da Rede de Contatos

A pós-graduação proporciona a oportunidade de conhecer e interagir com colegas e professores que compartilham interesses semelhantes.

Essa rede de contatos pode ser valiosa para futuras colaborações e oportunidades de carreira.

4. Maior Especialização

Os programas de pós-graduação geralmente oferecem opções de especialização, permitindo que os alunos se concentrem em áreas específicas de seu campo de estudo. Isso pode torná-los especialistas altamente procurados em suas respectivas áreas.

5. Desenvolvimento de Habilidades Avançadas

Durante a pós-graduação, os alunos desenvolvem habilidades avançadas de pesquisa, análise crítica e resolução de problemas.

Essas habilidades são valiosas em qualquer carreira e podem ser aplicadas em diversos contextos.

6. Acesso a Recursos Avançados

As instituições de ensino superior geralmente fornecem acesso a recursos avançados, como bibliotecas, laboratórios e equipamentos especializados. Isso facilita a pesquisa e o aprendizado aprofundado.

7. Potencial de Aumento Salarial

Muitos profissionais que obtêm um diploma de pós-graduação experimentam um aumento significativo em seus salários.

Investir na sua educação pode resultar em uma recompensa financeira substancial a longo prazo.

8. Portas Abertas para Novas Oportunidades

Uma pós-graduação pode abrir portas para oportunidades de carreira que não estariam disponíveis de outra forma. Novos cargos e desafios podem surgir com um diploma de pós-graduação.

9. Contribuição para a Sociedade

Com um grau mais avançado, você pode contribuir significativamente para a sociedade por meio de pesquisa, inovação e liderança em seu campo de estudo.

10. Satisfação Pessoal e Profissional

Por fim, fazer uma pós-graduação em 2024 pode proporcionar uma profunda satisfação pessoal e profissional. A sensação de realização ao concluir um programa desafiador é incomparável.

Conclusão

Em resumo, a decisão de fazer uma pós-graduação em 2024 pode ser uma escolha altamente vantajosa.

Com a oportunidade de aprofundar o conhecimento, valorizar-se no mercado de trabalho, ampliar a rede de contatos e desenvolver habilidades avançadas, os benefícios são inegáveis.

Além disso, o aumento potencial de salário, as novas oportunidades e a contribuição para a sociedade tornam a pós-graduação uma escolha que pode moldar positivamente seu futuro.

Portanto, considere cuidadosamente os motivos apresentados e avalie se a pós-graduação é a escolha certa para você em 2024.

Enfim, que bom que você chegou até o final! Você tem alguma dúvida sobre o tema? Escreva aqui nos comentários que nós te ajudaremos.

Se puder, compartilhe o artigo para que mais pessoas tenham acesso à informação. Para mais conteúdo como esse continue acessando o nosso blog.

Artigo publicado em: https://guiadaposgraduacao.com.br/10-motivos-para-fazer-uma-pos-graduacao-em-2024/

04 jan
Gartner anuncia as 10 principais tendências tecnológicas para 2024

Escola de tecnologia aplicada

No domínio dinâmico da Tecnologia da Informação (TI), ficar atento às tendências globais é fundamental para prosperar em um cenário cada vez mais competitivo. Esta consciência não trata apenas de garantir a empregabilidade, mas de um movimento estratégico para capitalizar oportunidades de negócios emergentes. Por isso, este artigo mergulha nos insights mais recentes do Gartner, Inc., revelando as principais tendências tecnológicas para 2024.

Este direcionamento não só capta o pulso da inovação tecnológica, mas também delineia as áreas-chave nas quais os profissionais de TI precisarão canalizar os seus conhecimentos para obter o máximo impacto.

Hoje, sabemos que a atualização das equipes é vital para que as organizações possam alinhar estrategicamente os seus conjuntos de competências, com base nas forças transformadoras que impulsionam a indústria, estabelecendo-se como colaboradores indispensáveis para o sucesso organizacional.

Navegue pelas complexidades da inteligência artificial generativa democratizada, da confiança, do gerenciamento de riscos e da segurança da IA, além do desenvolvimento ampliado pela IA e de outras tendências transformadoras. Saiba mais a seguir:

Principais tendências tecnológicas para 2024

De acordo com as previsões do Gartner, em 2024 haverá um aumento de 8% nos investimentos mundiais com TI, com gastos chegando a um montante total de US$ 5,1 trilhões. Diante desse cenário, estar atento às novidades que prometem movimentar o mercado global nos próximos meses assume uma importância acrescida.

Diante de disrupções, os líderes de TI são estimulados a agir de forma ousada e estratégica para aumentar a resiliência das suas operações. Para isso, o Gartner lançou recentemente seu tão aguardado relatório sobre as tendências para o próximo ano (Top Strategic Technology Trends for 2024), apresentando um panorama para que as organizações naveguem neste cenário tecnológico em evolução.

As principais indicações destacam as tecnologias que irão gerar oportunidades significativas para os CIOs e outros gestores nos próximos 36 meses.

“Os líderes de TI estão em uma posição única para estabelecer estrategicamente um roteiro onde os investimentos em tecnologia ajudam a sustentar o sucesso dos negócios em meio às incertezas e pressões”, explicou Bart Willemsen, analista vice-presidente da Gartner.

Conheça, a seguir, as 10 principais tendências tecnológicas estratégicas para 2024:

1. IA generativa democratizada

inteligência artificial generativa (GenAI) está se democratizando pela convergência de modelos massivamente pré-treinados, como a computação em nuvem e o código aberto, tornando estes modelos acessíveis a trabalhadores em todo o mundo.

Por isso, até 2026, o Gartner prevê que mais de 80% das organizaçõess terão usado APIs e modelos de GenAI e/ou implantado aplicações habilitadas por esta tecnologia em ambientes de produção, contra menos de 5% no início de 2023.

As aplicações baseadas em generative AI podem tornar vastas fontes de informações – internas e externas – acessíveis e disponíveis para usuários empresariais. Isso significa que a rápida adoção da GenAI democratizará significativamente o conhecimento e as competências na empresa.

Grandes modelos de linguagem permitem que as companhias conectem seus trabalhadores ao conhecimento em um estilo conversacional, com uma rica compreensão semântica.

2. Gerenciamento de confiança, risco e segurança de IA

A democratização do acesso à IA tornou a necessidade da Gestão de Confiança, Risco e Segurança da IA (AI Trust, Risk and Security Management – TRiSM) ainda mais urgente e clara. Sem barreiras de proteção, os modelos de IA podem gerar rapidamente efeitos negativos agravados que ficam fora de controle, ofuscando qualquer desempenho positivo e ganhos sociais que a IA permite.

A AI TRiSM fornece ferramentas para ModelOps, proteção proativa de dados, segurança específica de IA, monitoramento de modelo (incluindo monitoramento de desvio de dados, desvio de modelo e/ou resultados não intencionais) e controles de risco para entradas e saídas para modelos e aplicativos de terceiros.

O Gartner prevê que, até 2026, as empresas que aplicam controles baseados em AI TRiSM aumentarão a precisão da sua tomada de decisão, eliminando até 80% de informações defeituosas e ilegítimas.

3. Desenvolvimento aumentado por IA

O desenvolvimento aumentado por IA é o uso de tecnologias de inteligência artificial, como GenAI e aprendizado de máquina, para auxiliar engenheiros de software no projeto, codificação e teste de aplicações.

A engenharia de software assistida por IA melhora a produtividade do desenvolvedor e permite que as equipes atendam à crescente demanda para administrar os negócios.

Além disso, tais ferramentas de desenvolvimento baseadas em IA permitem que os engenheiros de software gastem menos tempo escrevendo código, para que possam dedicar mais tempo a atividades estratégicas, como o design e a composição de aplicações de negócios atraentes.

4. Aplicações inteligentes

As chamadas intellligent applications incluem a inteligência – que o Gartner define como adaptação aprendida para responder de forma adequada e autônoma – como uma competência. Essa habilidade pode ser aplicada em muitos casos de uso para melhorar ou automatizar o trabalho.

Como capacidade fundamental, a inteligência em aplicações compreende diversos serviços baseados em inteligência artificial, tais como aprendizado de máquina, armazenamento de vetores e dados conectados. Consequentemente, proporcionam experiências que se adaptam dinamicamente ao usuário.

Existe uma clara necessidade e demanda por aplicações inteligentes. Na pesquisa Gartner CEO and Senior Business Executive de 2023, 26% dos CEOs citaram a escassez de talentos como o risco mais prejudicial às organizações. Atrair e reter talentos é a prioridade da força de trabalho, enquanto a IA foi eleita a tecnologia que terá um impacto mais significativo em seus setores de atuação nos próximos três anos.

5. Força de trabalho conectada aumentada

A força de trabalho conectada aumentada (augmented-connected workforce – ACWF) é uma estratégia empregada para otimizar o valor derivado dos trabalhadores humanos. A necessidade de acelerar e dimensionar talentos está impulsionando essa tendência.

O modelo se utiliza de aplicações inteligentes e de análises da força de trabalho para fornecer contexto diário e a orientação para apoiar a experiência, o bem-estar e a capacidade das equipes de desenvolverem as próprias competências. Ao mesmo tempo, o ACWF impulsiona resultados empresariais e impacto positivo para as principais partes interessadas.

Assim, o Gartner estima que, até 2027, 25% dos CIOs usarão iniciativas de força de trabalho conectada aumentada para reduzir o tempo de aquisição de competência em 50% para funções-chave.

6. Gerenciamento contínuo de exposição a ameaças

O gerenciamento contínuo de exposição a ameaças (continuous threat exposure management – CTEM) é uma abordagem pragmática e sistêmica que permite às organizações avaliar a acessibilidade, exposição e explorabilidade dos ativos digitais e físicos de uma companhia de forma contínua e consistente.

Alinhar os escopos de avaliação e remediação do CTEM com vetores de ameaças ou projetos de negócios, em vez de um componente de infraestrutura, traz à tona não apenas as vulnerabilidades, mas também ameaças incorrigíveis.

Até 2026, o Gartner prevê que as organizações que priorizarem seus investimentos em segurança com base em um programa CTEM perceberão uma redução de dois terços nas violações.

7. Clientes de máquinas

Os clientes-máquina (machine customers, também chamados de custobots) são atores econômicos não humanos capazes de negociar e adquirir autonomamente bens e serviços em troca de pagamento. Até 2028, existirão 15 mil milhões de produtos conectados com potencial para se comportarem como clientes, com mais bilhões a seguir nos próximos anos.

Esta tendência de crescimento será a fonte de trilhões de dólares em receitas até 2030 e acabará por se tornar mais significativa do que a chegada do comércio digital. As considerações estratégicas devem incluir oportunidades para facilitar estes algoritmos e dispositivos, ou mesmo criar novos custobots.

8. Tecnologia sustentável

A tecnologia sustentável é uma estrutura de soluções digitais utilizadas para habilitar resultados ambientais, sociais e de governação (ESG), que apoiam o equilíbrio ecológico e os direitos humanos a longo prazo.

A utilização de tecnologias como a inteligência artificial, a criptomoeda, a Internet das Coisas e a computação em nuvem está gerando preocupações sobre o consumo de energia e os impactos ambientais relacionados. Isto torna mais crítico garantir que a utilização das TI se torne mais eficiente, circular e sustentável.

Na verdade, o Gartner prevê que, até 2027, 25% dos CIOs verão a sua remuneração pessoal ligada ao impacto tecnológico sustentável.

9. Engenharia de plataforma

Engenharia de plataforma é a disciplina de construção e operação de plataformas de desenvolvimento interno de autoatendimento. Cada plataforma é uma camada, criada e mantida por uma equipe de produto dedicada, projetada para dar suporte às necessidades de seus usuários por meio da interface com ferramentas e processos.

O objetivo da engenharia de plataforma é otimizar a produtividade, a experiência do usuário e acelerar a entrega de valor comercial.

10. Plataformas de nuvem da indústria

Até 2027, o Gartner prevê que mais de 70% das empresas usarão plataformas de nuvem industriais (industry cloud platforms – ICPs) para acelerar suas iniciativas de negócios, contra menos de 15% em 2023.

As ICPs abordam resultados de negócios relevantes para o setor, combinando soluções SaaS, PaaS e IaaS subjacentes em uma oferta completa de produtos com recursos combináveis. Isso normalmente inclui uma estrutura de dados do setor, uma biblioteca de pacotes de recursos de negócios, ferramentas de composição e outras inovações de plataforma. São propostas de nuvem personalizadas específicas para um setor e podem ser adaptadas às necessidades de uma organização.

Abrindo caminho para a resiliência e o sucesso do negócio

À medida que as empresas navegam no cenário tecnológico em evolução, compreender e adotar estas tendências tecnológicas estratégicas pode abrir caminho para a resiliência, a inovação e o sucesso do negócio, sustentado numa era de rápido avanço tecnológico.

Diante deste cenário, os profissionais de TI são encorajados a avaliar os impactos e benefícios destas indicações, reconhecendo a necessidade de uma abordagem disciplinada para aproveitar todo o potencial das tecnologias emergentes.

“Os executivos devem avaliar os impactos e benefícios das tendências tecnológicas estratégicas; mas esta não é uma tarefa fácil, dada a taxa crescente de inovação tecnológica”, afirmou Chris Howard, analista vice-presidente e chefe de pesquisas do Gartner. “Por exemplo, a IA generativa e outros tipos de IA oferecem novas oportunidades e impulsionam diversas tendências. Obter valor comercial a partir do uso duradouro da IA requer uma abordagem disciplinada para a adoção generalizada, juntamente com atenção aos riscos”, conclui.

Artigo encontrado em: https://odatacolocation.com/blog/gartner-principais-tendencias-tecnologicas-para-2024/

28 dez
Retrospectiva iCEV 2023

iCEV

Destaques do ano

2023 foi um ano de grandes avanços para o iCEV, da conquista de títulos ao fortalecimento de ações sociais fundamentais para a formação completa dos alunos. As atividades movimentaram o processo de aprendizagem, sempre com novidades que agregam ao conteúdo da sala de aula. Uma retrospectiva pelos acontecimentos revela os ganhos que ainda prometem render frutos por muitos anos.

1º lugar no ENADE é nosso

O curso de Administração iCEV conquistou o 1º lugar no ENADE 2022 no Piauí, com uma nota 4, comparado apenas com a Universidade Federal do Piauí (UFPI). Esta conquista é uma demonstração do compromisso do iCEV, e de todo o Grupo CEV, com o ensino inovador, alinhado com as demandas do mercado de trabalho e da sociedade.

Congresso histórico

O 2º Congresso iCEV de Direito, Negócios e Tecnologia foi um sucesso. Os três dias de programação, de 01 a 03 de março, garantiram que o DNT entrasse de vez no calendário dos grandes eventos acadêmicos do Piauí. Nomes extraordinários estiveram presentes, promovendo debates atuais e relevantes, com forte integração do mercado de trabalho, do universo acadêmico e do estado.

Lançamento oficial do  Núcleo do Programa de Qualificação para Exportação 

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o iCEV, lançou, no dia 18 de abril, o novo Núcleo do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) no Piauí. O programa vai capacitar empresas para que sejam mais competitivas no mercado internacional. A iniciativa é um salto no empreendedorismo local.

Selo de responsabilidade social 

Este ano, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) renovou o  Selo de Instituição Socialmente Responsável do iCEV. Essa é uma forma de reconhecimento pelas contribuições à sociedade, especialmente por meio de projetos sociais que impactam a vida de crianças carentes em escolas do município de Teresina, em colaboração com a Secretaria Municipal de Educação.

Mão amiga aos Warao

Ainda sobre responsabilidade social, a faculdade fortaleceu o Projeto Social Masanetau Warao, realizado na disciplina Projeto de Extensão – Sociologia e Antropologia, por estudantes e professores do curso de Direito. Em um  processo de integração, os alunos se propõem a resolver pendências e demandas jurídicas de baixa complexidade com os imigrantes indígenas em abrigos públicos.

Novas turmas de Pós-Graduação

A Pós-Graduação obteve recorde de matrículas, principalmente com o lançamento de novas turmas, reunindo profissionais em busca de crescimento e excelência. Além dos cursos já ofertados (MBA em Gestão de Pessoas e Carreiras, MBA em Management, MBA em Gestão Financeira, Pós em Direito Civil e Processual Civil, Pós em Direito do Trabalho e Previdenciário) há novidades: Pós em Business Intelligence e Inteligência Artificial, MBA em Gestão Pública, Pós em Direito do Agronegócio Aplicado e Pós em Direito Eleitoral Aplicado.

Debates sociais em pauta

Debates importantes enriqueceram a formação educacional, estimulando o pensamento crítico dos alunos. No Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, 28 de junho, o iCEV promoveu um debate de desconstrução e respeito. Também propôs intervenções físicas no espaço da faculdade, como a escadaria colorida, que é um lembrete à diversidade. Outro tema necessário foi levantado pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) em parceria com o Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAPSI). No mês de Conscientização sobre o Autismo, o iCEV promoveu uma roda de conversa para informar e debater sobre o Transtorno.

Direito na prática

No dia 03 de julho, os estudantes de Direito iCEV que cursam 1º, 3º e 5º período vestiram seus ternos e becas para participar do Tribunal Constitucional Simulado. O Tribunal foi a simulação de um julgamento polêmico pelo STF: “Recurso extraordinário e repercussão geral – Descriminalização do porte de drogas para uso pessoal”. O objetivo da prática de júri é desenvolver habilidades de expressão, argumentação e comunicação dos alunos.

iCEV no Festival GiraSol

O iCEV marcou presença no Festival GiraSol, com um estande de ativação da marca, nos dias 10 e 11 de novembro. Entre um show e outro, a parada no estande era obrigatória. Foi um momento de energia positiva, diversão e muitos brindes. Os visitantes entraram na brincadeira: o desafio era entrar em uma cabine ventilada e agarrar um papel premiado.

Xadrez e Inteligência Artificial 

E o Chess Challenge? O evento organizado pelo curso de Engenharia de Software desafiou os alunos em uma disputa acirradíssima que envolveu xadrez e inteligência artificial, no dia 1º de dezembro. Ao projetar algoritmos e sistemas de IA para jogar xadrez, os estudantes são encorajados a serem criativos e inovadores, características valiosas no campo da tecnologia.

Ação de Natal com as crianças

Ao final do ano, estudantes e colaboradores do iCEV, bem como todo o Grupo CEV, se envolveram no projeto “Seja o Natal de uma Criança”, atendendo a pedidos de cartinhas escritas por crianças de escolas públicas. Os presentes foram entregues na E.M. Soim e no CMEI Marina Soares da Silva.

Recorde no vestibular

Fechando com chave de ouro, este ano o iCEV bateu o recorde de inscritos no vestibular para 2024. Foram 266 candidatos realizando presencialmente a prova que abre portas para o futuro. As formas de ingresso são: vestibular on-line, nota do ENEM, transferência e portador de curso superior.

O Núcleo de Práticas Jurídicas vem aí 

Em 2024, o iCEV tem muito a comemorar: o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), em parceria com Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), vem aí e promete oferecer vivência e formação mais prática aos alunos de Direito. Além de, claro, consolidar o iCEV como um agente de transformação social.

Nova liderança 

Rayana Agrelio se tornou a nova diretora-presidente do iCEV. De coordenadora de marketing, passando pela diretoria de relacionamento até se tornar CEO: celebramos não apenas uma mudança de cargo, mas a ascensão de uma mulher que é movida pela paixão, pelo propósito e pela determinação de fazer a diferença.

27 dez
Metaverso, exploração espacial e cidades inteligentes: veja as 15 tendências globais para 2024

iCEV

O mundo está à beira de uma transformação profunda com a convergência dessas 15 tendências

Em 2023, o mundo se recuperou das repercussões de uma pandemia global, aprendeu a lidar com a incerteza geopolítica e se adaptou ao ritmo em constante mudança de uma nova norma de inflação alta e baixo crescimento econômico. E, enquanto a inteligência artificial generativa provocava uma comoção sem precedentes, prometendo um futuro de inovação e desenvolvimento, o mundo enfrentava um momento crítico: a pressão na cadeia de suprimentos de tecnologia.

Levando em consideração os principais acontecimentos dos últimos anos, incluindo os citados acima, os especialistas em previsões e pesquisa da MarketsandMarkets elaboraram uma lista das 15 principais tendências para 2024.

Volatilidade geopolítica: um mundo à beira

2024 irá herdar uma turbulência geopolítica. Conflitos regionais em curso em 2023 e demandas sociais crescentes, impulsionadas por fatores como o aumento do custo de vida e crescentes preocupações ambientais, testarão a resiliência das relações internacionais e desafiarão normas estabelecidas. Essa interligação de fatores políticos, sociais e econômicos será crucial para definir a narrativa de 2024, exigindo uma abordagem equilibrada e abrangente para navegar nas complexidades de um mundo cada vez mais volátil.

De bots para agentes: a ascensão dos assistentes inteligentes

Segundo Bill Gates, a mudança de bots para agentes será a maior revolução na computação desde que deixamos de digitar comandos para tocar em ícones. 2024 pode ser o ano da comercialização de agentes pessoais capazes de entender linguagem natural e executar tarefas complexas, prestes a transformar indústrias, aumentando a produtividade e redefinindo nossas interações com a tecnologia.

Marco de energia sustentável: um ponto de virada para a sustentabilidade

Num momento crucial para a transição global para energias limpas, as energias renováveis estão prestes a ultrapassar um terço da geração global de energia em 2024. Essa conquista histórica, impulsionada pelo crescimento sem precedentes de energia solar e eólica, marca um ponto de virada na luta contra as mudanças climáticas. Enquanto os líderes mundiais se reúnem na COP28, em Dubai, para discutir estratégias para atingir emissões líquidas zero e construir resiliência aos impactos climáticos, a crescente adoção de energias renováveis serve como um farol de esperança, demonstrando o compromisso do mundo com um futuro sustentável. Embora desafios permaneçam, o rápido crescimento das energias renováveis fornece evidências convincentes de que um futuro sustentável está ao nosso alcance.

A saga do escritório continua: reuniões 3.0 e impacto no setor imobiliário de escritórios

O futuro do trabalho gira em torno das Reuniões 3.0. A revolução contínua do trabalho híbrido está remodelando as dinâmicas tradicionais de reuniões e as necessidades de escritório. A tecnologia, especialmente a IA generativa, está aprimorando os espaços de reunião físicos e virtuais. As vídeoconferências evoluirão com análises em tempo real, criando salas de reunião e quadros brancos impulsionados por IA, transformando notas em tarefas. A tradução em tempo real eliminará as barreiras linguísticas. Em 2024, as reuniões virtuais se tornarão experiências imersivas, impulsionadas por IA, transformando salas de reunião tradicionais em espaços flexíveis e de alto impacto. No entanto, o impacto do trabalho híbrido e remoto no mercado imobiliário de escritórios é evidente, com uma queda projetada de 35% nos valores de escritórios até o final de 2025 e taxas de vacância global recorde.

Odisséia espacial 2024: não apenas para astronautas

2023 foi um ano único para o Espaço, com os Starlinks ganhando destaque no uso militar e o ISRO da Índia colocando o Chandrayaan 3 no Polo Sul da Lua. O espaço não é mais apenas para astronautas, privilegiados ou apenas para homens; é a nova fronteira para o comércio. EUA e China estão em um confronto cósmico, com serviços como imagens de satélite se tornando tão comuns quanto seu café da manhã. Esqueça “o céu é o limite” – em 2024, o céu é apenas o começo. A paisagem espacial está pronta para uma transformação dramática à medida que tecnologias emergentes convergem para revolucionar o comércio espacial. Serviços de satélite, exploração espacial e atividades em órbita se tornarão comuns, impulsionados por uma fusão de cooperação internacional e competição estratégica. E não esqueçamos, podemos ter Lauren Sanchez, parceira de Jeff Bezos, liderando uma tripulação totalmente feminina em um voo espacial, no início de 2024, a bordo do foguete New Shepard, da Blue Origin.

Do petróleo aos produtos químicos: alimentando o futuro

A indústria de petróleo e gás está passando por uma mudança sísmica com o surgimento do processamento de Petróleo para Produtos Químicos (PQP). Veículos elétricos estão dominando, e as empresas de petróleo e gás estão encontrando uma nova vida no jogo químico. É um ganha-ganha, com potencial para lucros mais altos e um planeta mais verde, contribuindo para um futuro em que os combustíveis fósseis sejam utilizados de maneira mais eficiente.

Aceleração da ética e legislação de IA

Com a IA generativa assumindo o centro do palco, 2024 anuncia uma tendência de aceleração da ética e legislação de IA. Com mais de 800 medidas em consideração globalmente, as preocupações éticas em torno da IA finalmente encontram respaldo legislativo. Em meio às preocupações levantadas por titãs da indústria como Elon Musk, o gargalo no desenvolvimento de IA pode proporcionar o tão necessário espaço para que estruturas éticas alcancem o ritmo, garantindo o uso e desenvolvimento responsáveis da IA.

Gargalo de IA: guerras de chips

O boom da IA está enfrentando um obstáculo: cadeias de suprimentos de tecnologia sobrecarregadas, causando escassez de chips. A demanda por hardware de IA está nas alturas (basta olhar para o preço das ações da NVIDIA), mas os fabricantes estão lutando para acompanhar. É uma versão da vida real dos Jogos Vorazes para chips, e quem colocar as mãos na última GPU pode ser o próximo titã da tecnologia. Fabricantes de chips, operando a 90% da capacidade, lutam para atender à demanda crescente, criando uma competição da vida real por GPUs. Essa escassez limita o acesso a hardware essencial para empresas e pesquisadores que desenvolvem ferramentas de IA de próxima geração. Apesar de uma taxa de crescimento anual composta de 36,8%, atingindo $1,3 trilhão até 2030 (conforme análise da MarketsandMarkets), abordar a restrição da cadeia de suprimentos é crucial para cumprir o potencial da IA em 2024.

Light trails above buildings at night in China.

Realidade aumentada: uma nova realidade

O avanço na realidade aumentada chega com o desenvolvimento de displays flexíveis e transparentes. Impressão 3D e polímeros inovadores abrem caminho para dispositivos vestíveis mais elegantes e amigáveis, fomentando o crescimento do Metaverso e abrindo caminhos na educação e saúde. Na educação, displays de AR podem possibilitar experiências de aprendizado interativas e envolventes.

Mundo autônomo nível 3: carros, céus e além

O mundo autônomo não é mais um sonho de ficção científica; será uma realidade e uma oportunidade de 10 trilhões de dólares até 2030. O ano de 2024 testemunha o início das viagens autônomas, com a introdução da direção autônoma de nível 3 pelos principais fabricantes de veículos. Não se trata apenas de carros autônomos; o Nível 3 é uma nova era completa de ir do ponto A ao ponto B, com ou sem volante. Terra e céu convergem à medida que serviços de táxi aéreo elétrico estreiam em Paris para as Olimpíadas de 2024, sinalizando o início de uma nova era na mobilidade.

Medicina personalizada e de precisão

2024 será o ano da medicina personalizada. Seu plano de tratamento não é mais tamanho único; é adaptado aos seus genes. Planos de tratamento personalizados, tecnologias de edição genética como CRISPR e diagnósticos rápidos revolucionarão a saúde, prometendo melhores resultados para os pacientes e eficiência de recursos. É como ter um médico que te conhece melhor do que você mesmo.

Economia mundial em duas velocidades

O mundo continuará a experimentar uma ‘economia de duas velocidades’. As economias avançadas ainda estarão com os freios aplicados, enquanto os mercados emergentes estarão acelerando. A China pode estar enfrentando montanhas-russas imobiliárias, mas o resto do mundo está prestes a experimentar uma sequência rápida e furiosa na economia.

Ascensão da cidade Meta

Deixe para lá as megacidades; as “Cidades Meta” chegaram. É uma rede virtual de cidades vinculadas a importantes centros econômicos. Graças à tecnologia digital, as cidades não são mais apenas físicas, estão interconectadas de maneiras que nunca imaginamos. O futuro é uma cidade que é ao mesmo tempo real e virtual, onde a proximidade física encontra a conectividade digital.

B2B Marketplace 2.0: o mercado digital em todo lugar

O comércio eletrônico B2B não é apenas uma tendência; é uma revolução. Até 2025, as transações digitais dominarão o mundo B2B, com volumes de vendas B2B se espalhando para indústrias tradicionais hardcore. Os marketplaces industriais são os novos cupidos, conectando compradores e vendedores numa dança digital de comércio. Veremos corporações lançando marketplaces dedicados, que evoluirão de ser apenas uma loja online. Também veremos mapas estratégicos em que as corporações B2B evoluirão de ser uma plataforma de transações unidirecionais para uma ferramenta de relacionamento ao longo do ciclo de vida do cliente.

Conclusão: a reviravolta de 2024

Ao concluirmos esta jornada pelas tendências de 2024, uma coisa fica clara: nosso mundo está à beira de uma transformação profunda. A convergência dessas 15 tendências pinta um quadro de um mundo em constante fluxo.

Publicado por Forbes 

12 dez
EaD está acabando com as universidades – e todo mundo finge não ver

iCEV

“Educação não é mercadoria”, diz o grito de guerra tradicional das manifestações estudantis. Embora cheio de nobres propósitos, o protesto mira no passado. Para a maioria da população, a única educação disponível é a mercantilizada —e mercadoria das mais chinfrins disponíveis.

Divulgados na semana passada, os resultados do Enade (Exame Nacional de Cursos) de 2022 apontam os efeitos nocivos da explosão de matrículas na modalidade a distância no ensino superior. Para a surpresa de ninguém, as turmas de EaD (ensino a distância) apresentam desempenho pior (em muitos casos, bem pior) do que os estudantes em cursos presenciais.

Popularizado na pandemia, o EaD é a mais recente arapuca dos grandes conglomerados educacionais para capturar o suado dinheiro das classes populares. Estamos, sim, falando dos mais pobres, porque os ricos ainda possuem acesso desigualmente facilitado às instituições públicas, ou têm simplesmente optado por mandar seus filhos estudarem no exterior, numa espécie de recolonização da educação brasileira.

Em certas situações e para determinado tipo de aluno, as aulas online são válidas e têm potencial democratizante. Mas no modelo predatório adotado pelas instituições privadas na graduação, os problemas superam em muito os benefícios.

-Um curso EaD reduz o ensino à instrução, retomando o ultrapassado modelo unidirecional de um professor falando para (centenas, milhares de) estudantes;

-Restringe o contato entre alunos, e entre aluno e professor; padroniza aulas para diferentes turmas e até diferentes instituições, ignorando as heterogeneidades que são a marca de qualquer agrupamento humano;

-Subordina a educação às big techs, suas plataformas e soluções proprietárias;

-Transforma os professores em aplicadores de aulas e infantiliza os graduandos com suas estratégias de “gamificação” e disciplinas que parecem um tutorial do YouTube.

Claro que 10 entre 10 instituições vão dizer que seus cursos online trabalham com “metodologias ativas”, que têm modelo de ensino “flexível e adaptado ao cotidiano apressado”, que apresentam conteúdos de forma “dinâmica e divertida”. É a tal história: todo dia um otário e um esperto saem de casa. Quando eles se encontram, sai negócio. Quem espera que a educação seja simples fruição está buscando a coisa errada no lugar errado. Educação dá trabalho e leva tempo. Traz benefícios duradouros, mas é fruto de esforço e estudo.

Como “professor conteudista”, participei da elaboração de uma graduação EaD e recebi instruções bastante específicas:

-Vídeos de até 10 minutos, com o conteúdo sempre lido em teleprompter;

-Questões padronizadas em múltipla escolha no “padrão Enade” (alguém esperaria de um curso assim algo diferente do adestramento para provas?);

-Questões discursivas com gabarito pré-pronto de respostas (o que nos levava à desconfiança de que as disciplinas não teriam professor, algo que nunca nos foi confirmado);

-Obrigação de usar bibliografia específica de uma fraquíssima biblioteca digital (“e, por favor, indique poucas páginas para leitura!”);

-E, óbvio, assinatura de contrato de direitos autorais à faculdade proponente até a quinta ou sexta geração.

O detalhe é que se tratava de uma instituição “de elite”, neófita no ambiente digital. Imagino a selvageria dos grandes conglomerados que iludem o povão com seus cursos online de 99 reais por mês. Não existe almoço grátis nem educação de qualidade por esse preço.

Está ruim e vai piorar

O Enade 2022 traz o retrato de um ensino superior com 48% dos alunos na modalidade online. O Censo da Educação Superior mostra que, em 2021, 62,8% dos ingressantes escolheram cursos a distância. Em 2022, foram mais de 70%, sujeitos a diferentes tipos de armadilhas.

Já há instituições oferecendo três —isso mesmo, três— tipos diferentes de EaD.

-Existe o EaD “tradicional” (tradicional hoje são os cursos sem interação direta com professor, com aulas relâmpago pré-gravadas, listas de exercícios padronizados);

-A “live”, com algumas videoaulas ao vivo (algo na casa de uma hora por dia);

-E o “semipresencial”, com uma ou outra aula na instituição, com pessoas de carne e osso.

As duas últimas modalidades existem apenas na cabeça dos marqueteiros de universidades, porque o Ministério da Educação (MEC) só reconhece cursos presenciais ou a distância.

O MEC, aliás, tem uma gigantesca responsabilidade pela esculhambação promovida pelo EaD. Em 2017, uma flexibilização nas regras possibilitou às instituições de ensino superior abrir até 250 (você leu certo) polos EaD sem autorização (leu certo de novo) do MEC. E uma portaria de 2019 liberou uma carga de até 40% de aulas online em cursos presenciais. Sua leitura está correta de novo: mesmo graduações carimbadas como “presenciais” podem ter dois de seus cinco dias de aula na modalidade a distância, o que tem gerado precarização docente e ondas sem precedentes de redução do quadro de professores em instituições privadas.

Salvo raros espasmos, a fiscalização do MEC tem se mostrado inócua. É preciso regular o setor, rever a liberalização desenfreada do EaD, revogar legislação e, sim, fechar cursos estelionatários, que não educam e não empregam. Aliás, onde estão a UNE e as entidades de classe dos professores do ensino superior para pressionar por essa pauta? A divulgação dos resultados do Enade é uma boa deixa para finalmente começar a arrumar a bagunça.

Artigo de: Rodrigo Ratier – Colunista de Ecoa. Publicado em: 08/11/2023.

04 dez
Obras de Torquato Neto são reconhecidas como manifestação cultural nacional

iCEV

(Imagem: Reprodução)

As obras de Torquato Neto, poeta, compositor, cineasta e jornalista piauiense, são oficialmente reconhecidas como uma manifestação da cultura nacional, de acordo com a Lei 14.742, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (1°). De iniciativa do deputado federal Flávio Nogueira (PDT-PI), o PL 597/2021 foi relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI) na Comissão de Educação e Cultura (CE).

De acordo com o Castro, os poemas de Torquato Neto “demonstram grande liberdade de pensamento e de forma, razão pela qual consideramos justo que se reconheçam como manifestação da cultura nacional as obras de Torquato Neto”.

Torquato Pereira de Araújo Neto nasceu em Teresina em 1944. Em 1961 mudou-se para Salvador, onde conheceu Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gal Costa. A partir de 1963, no Rio de Janeiro, formou com esses e outros artistas, como Capinam e Tom Zé, o movimento tropicalista, que fundia referências de gêneros musicais diversos, como a bossa nova, o rock e ritmos regionais.

Entre suas primeiras letras está Louvação, lançada inicialmente por Elis Regina e, posteriormente, pelo seu coautor, Gilberto Gil, em 1967. Nos anos seguintes, compôs letras como Geleia Geral, Mamãe, Coragem e Pra Dizer Adeus, musicadas por Gil, Caetano Veloso e Edu Lobo, respectivamente. Ele é co-autor de 43 canções, incluindo parceiros como Jards Macalé e Luiz Melodia. Todo dia é dia D, com Carlos Pinto, gravada por Gilberto Gil, tem no título uma de suas frases mais emblemáticas. Seu poema mais famoso, e de auto teor auto-biográfico, é Cogito:

eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível

eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.

Entre 1970 e 1972, Torquato atuou nos filmes Nosferatu no Brasil e A Múmia Volta a Atacar, de Ivan Cardoso, além de Helô e Dirce, de Luiz Otávio Pimentel. Entre 1971 e 1972, redigiu a polêmica coluna Geleia Geral, no jornal carioca Última Hora. Nesse espaço, militou pelo cinema marginal e pelos direitos autorais, dirigiu um filme em sua cidade natal, Terror da Vermelha (1972), e combateu o Cinema Novo e a música comercial. Mas também pregou a ideia de um pop nacional: “Assumir completamente tudo o que a vida dos trópicos pode dar, sem preconceitos de ordem estética, sem cogitar de cafonice ou mau gosto, apenas vivendo a tropicalidade e o novo universo que ela encerra, ainda desconhecido”, escreveu.

(Imagem: Reprodução)

Torquato Neto morreu em 1972, no Rio de Janeiro. Sua vida foi revista em dois documentários: Torquato Neto Todas as horas do fim, com direção e roteiro de Eduardo Ades e Marcus Fernando, lançado em 2018, ganhador de vários prêmios, e Documento Especial Torquato Neto, O Anjo Torto da Tropicália, de Ivan Cardoso, lançado em 1992.

Há várias coletâneas de seus escritos, entre as quais se destacam Torquato Neto Os Últimos Dias de Paupéria, organizada por sua viúva Ana Maria Silva Duarte e o poeta Waly Salomão (1984), e Torquatália Volume 1 (do Lado de Dentro) e Volume 2 (Geléia Geral), organizada por Paulo Roberto Pires (2005). Pra mim chega, A biografia de Torquato Neto, de 2003, foi escrita por Toninho Vaz.

Um resgate de sua figura emblemática foi empreendido por Caetano Veloso no xote Cajuína, do disco Cinema Transcendental (1979). Inspirada num encontro que o compositor baiano teve com o pai de Torquato em Teresina, a letra fala da “sina do menino infeliz”.

O último escrito deixado pelo poeta piauiense diz, segundo Paulo Andrade, em Torquato Neto: Uma Poética de Estilhaços (2002):

“FICO. Não consigo acompanhar a marcha do progresso de minha mulher ou sou uma grande múmia que só pensa em múmias mesmo vivas e lindas feito a minha mulher na sua louca disparada para o progresso. Tenho saudades como os cariocas do tempo em que eu me sentia e achava que era um guia de cegos. Depois começaram a ver, e, enquanto me contorcia de dores, o cacho de banana caía. De modo Q FICO sossegado por aqui mesmo enquanto dure. Ana é uma SANTA de véu e grinalda com um palhaço empacotado ao lado. Não acredito em amor de múmias, e é por isso que eu FICO e vou ficando por causa deste amor. Pra mim chega! Vocês aí, peço o favor de não sacudirem demais o Thiago. Ele pode acordar”. Thiago era seu filho, que à época tinha apenas dois anos de idade.

Fonte: Agência Senado

01 dez
MBA em Gestão Educacional é fundamental para profissionais da área

iCEV

Estar em constante atualização é um dos principais requisitos para um profissional se firmar no mercado de trabalho. E quando o assunto é educação, a modernização da prática pedagógica é fundamental por lei. Pensando nisso, o iCEV, em parceria com a Vortex Educação, oferece o curso de MBA em Gestão Educacional, voltado para profissionais da educação que buscam aperfeiçoamento em sua atuação no mercado.

Por que fazer pós-graduação em Gestão Educacional no iCEV?

O curso fomenta no aluno uma compreensão completa de gestão e planejamento educacional. A metodologia foi pensada para além da sala de aula e do conhecimento técnico, não apenas ampliando a perspectiva profissional, mas também gerando oportunidades. Além de perspectivas mais técnicas, o MBA traz módulos inovadores, como projeto político-pedagógico, gestão de pessoas, marketing educacional e tecnologias aplicadas à educação.

Um dos pontos fortes da Pós em Gestão Educacional é a atualização conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), exigida para a atuação de professores e diretores em todo o Brasil, sempre em busca da melhor prática pedagógica. Também devem participar profissionais que buscam ocupar cargos de gestão em instituições de ensino públicas ou privadas, no empreendedorismo para negócios relacionados à educação ou até mesmo no mercado em gestão operacional de educação à distância.

Alex Romero Lima, Diretor pedagógico da Vortex Educação e coordenador da Pós em Gestão Educacional do iCEV

“Esse é um curso para profissionais da educação que buscam um ambiente inovador em sala de aula e aperfeiçoamento na atuação do mercado de trabalho à luz da BNCC, que traz transformações importantes no cenário educacional”, alerta o professor Alex Romero Lima, diretor pedagógico da Vortex Educação e coordenador da Pós em Gestão Educacional do iCEV.

Flexibilidade e qualidade de ensino

A Pós em Gestão Educacional é Digital: A qualidade do ensino iCEV acessível de qualquer lugar do Brasil;

Aulas ao vivo, dois sábados por mês (14h às 18h), que também ficam gravadas e disponíveis até o final do curso;

Networking nacional com alunos e professores de todo o país;

Professores com vasta experiência prática de mercado;

Reconhecimento pelo MEC.

Inscreva-se na Pós em Gestão Educacional iCEV + Vortex : https://pos.somosicev.com/gestao-educacional1/

30 nov
iCEV concorre em três categorias no Prêmio Carnaúba Valley 2023

iCEV

Vote e eleja o iCEV a Faculdade de Inovação do Ano!

O iCEV está concorrendo em três categorias no Prêmio Carnaúba Valley 2023! A votação já começou e irá até o dia 17/12. As categorias são: “Instituição de Ensino Superior”, “Professor Empreendedor” e “Professor Programador”.

O Prêmio Carnaúba Valley é reconhecido no Piauí por celebrar e impulsionar o ecossistema de inovação e empreendedorismo no estado.

Um dos indicados é o professor e coordenador do Curso de Engenharia de Software Dimmy Magalhães. Ele concorre na categoria “Professor Programador” e, claro, está super empolgado com sua participação, assim como com a participação do iCEV:

“O iCEV se destaca como um farol de excelência educacional e inovação, refletindo nosso compromisso contínuo em nutrir talentos e fomentar um ambiente propício para o crescimento e desenvolvimento de ideias revolucionárias”, afirma.

Enxergando além

“Estas indicações não são apenas um testemunho do nosso impacto profissional no campo educacional e tecnológico, mas também um reconhecimento do nosso incansável esforço em inspirar e liderar a próxima geração de inovadores e empreendedores. Então, sim, estou muito orgulhoso com minha indicação e também com a do professor Francisco Luciani na categoria ‘Professor Empreendedor’”, acrescenta Dimmy.

Por sua vez, o professor Francisco Luciani, que também atua no curso de Engenharia de Software do iCEV, destaca:

“Estou particularmente empolgado em ser indicado como o ‘Professor Empreendedor’ do Ano. Minha dedicação e visão empreendedora têm sido catalisadoras para o desenvolvimento de projetos excepcionais no iCEV. Nossas expectativas, minha e dos alunos, para esta participação são as mais otimistas”, pontua.

O professor Luciani foi indicado à votação por desenvolver, junto com os estudantes de Engenharia de Software iCEV, projetos alinhados aos eixos temáticos de Direitos Humanos, Responsabilidade Social, Educação Socioambiental, Empreendedorismo e Inovação. Isso reflete o comprometimento da nossa instituição com o desenvolvimento holístico e sustentável.

Confira alguns:

-Sistema de integração de comunicação verde na faculdade através de tablets com o intuito de reduzir uso de papel na confecção de cartazes;

-Sistema pioneiro de cálculo de custo e material para concretagem;

-Protótipo de leitura de tela de monitores médicos de UTI;

-Protótipo de dispositivo de detecção de queda para idosos;

-Sistema de Rede Social para Pets;

-Criação de um mapa interativo com projetos culturais na grande Teresina;

-Protótipo de captura de vídeos para locais esportivos;

-Plataforma de troca de informações de eventos interfaculdades;

-Plataforma de adoção de pets abandonados com sua localização;

-Criação audiovisual de um documentário sobre a Tecnologia no PI;

-Sistema de sugestões para filmes e livros baseado em inferências ao usuário;

Grande importância

Iniciativas como o Prêmio Carnaúba Valley 2023 são essenciais sob muitos aspectos, conforme ilustra Dimmy: “essas iniciativas são cruciais no panorama atual. A participação no prêmio é uma oportunidade valiosa para aumentar nossa visibilidade e colaborações. Isso enfatiza a importância de eventos como esse no fomento de uma cultura de inovação contínua”, garante. Nesse sentido, o professor Luciani também vai pelo mesmo caminho: “a importância de concursos como o Carnaúba Valley para o meio acadêmico é indiscutível. Eles não apenas reconhecem as iniciativas inovadoras, mas também impulsionam a visibilidade do ecossistema local, atraindo talentos e fomentando parcerias estratégicas”, enfatiza.

Vote e eleja o iCEV a Faculdade de Inovação do Ano!

Sim, você pode ajudar o iCEV a fazer história. E é muito simples. Para votar na nossa instituição e nos nossos professores, acesse: https://carnaubavalley.com.br/premio2023 . Na sequência, vá em REGISTRE SEU VOTO e acesse o botão FASE 1 – POPULAR.

Indique a opção Instituição de Ensino: Faculdade iCEV
site da instituição: www.somosicev.com
Indique a opção Professor empreendedor: Francisco Luciani
linkedin do professor empreendedor: https://www.linkedin.com/in/francisco-luciani/
Indique a opção Programador: Dimmy Magalhães
linkedin do professor: https://www.linkedin.com/in/dimmy-magalhães-677a26135/

“Contamos com o apoio de todos da comunidade CEV para celebrarmos, juntos, essa jornada de inovação e empreendedorismo. Vamos destacar o iCEV como um hub de ideias transformadoras no cenário educacional e empresarial do Piauí!”, convida o professor Luciani.

Vamos fazer história!

13 nov
iCEV no Festival Girasol

iCEV

(Foto: Denise Nascimento)

Estivemos no Festival Girasol e foi incrível! Fizemos uma ativação de marca única e memorável, no nível iCEV!

No festival mais caloroso do Nordeste, entre um show e outro, a parada no nosso stand era obrigatória. Foi um momento de energia positiva, diversão e muitos brindes! Os visitantes entraram na brincadeira: o desafio era entrar em uma cabine ventilada e agarrar um papel premiado.

(Foto: Denise Nascimento)

Dentre os prêmios estavam: copos com tirante, ecobags estilosas, bottons, kit glicose, para aquela dose extra de energia, além de cadernetas, lápis e canetas.

Além disso, para enfrentar o calor de Teresina, distribuímos leques, porque nada como uma brisa para tornar o evento ainda mais agradável, e puffs para descansar os pés.

(Foto: Denise Nascimento)

Rayana Agrélio, CEO do iCEV, expressou sua empolgação durante o evento: “iCEV e Girasol, esse foi um rolê que deu super certo. A gente quis trazer pro festival uma ativação divertida, engraçada e todo mundo gostou. Foi uma das mais bombadas do festival, sucesso total. Tenho certeza que em 2024 estaremos juntos porque o iCEV quer apoiar a cultura do Piauí”, disse a diretora, que estava curtindo o Girasol com seu esposo e sócio-fundador do Grupo CEV, Bruno Agrélio.

(Foto: Denise Nascimento)

Galera do iCEV em peso no Festival

Alunos, ex-alunos, professores e coordenadores dos cursos marcaram presença na ativação do iCEV.

(Foto: Denise Nascimento)

Lia Brito, nossa estudante de Engenharia de Software iCEV, passou pelo stand e garantiu seu brinde na cabine de vento. “Está tudo muito lindo, adorei participar”, disse a estudante.

(Foto: Denise Nascimento)

O Festival GiraSol não foi apenas uma oportunidade de destacar nossa marca, mas também de compartilhar momentos especiais com todo mundo. Agradecemos a todos que participaram, brincaram e levaram um pedacinho do iCEV para casa.

02 nov
Os princípios vão salvar o Direito da inteligência artificial?

Escola de direito aplicado

Artigo escrito pelo professor da Escola de Direito Aplicado Nazareno Reis

Não é exagero afirmar que o direito escrito foi a primeira tentativa de criar um mecanismo artificial de decisão que substituísse, ao menos em parte, os decisores humanos. Em marchas e contramarchas, com várias teorias explicativas que não vem ao caso explorar aqui, a ideia de que as leis escritas poderiam se tornar estruturas decisórias autônomas evoluiu lentamente ao longo da História até se incrustar no cerne da vida em coletividade por meio do chamado Estado de Direito, no qual se proclama com certo ar retórico, mas também com alguma razão, que os governantes são as leis e não os homens.

Não é casual, portanto, que os juristas, sobretudo na passagem histórica da oralidade para a escrita, tenham enfrentado, no mundo analógico, vários dos problemas com os quais o pessoal da Ciência da Computação hoje se vê às voltas, no mundo digital, a respeito da inteligência artificial — um mecanismo autônomo de decisão baseado em algumas regras programadas e em outras, extraídas dos dados, todas autoexecutáveis.

Tomo o caso de um problema em particular, que é bastante ilustrativo: a explosão combinatória.

explosão combinatória é um fenômeno que ocorre quando o número de combinações possíveis de elementos aumenta exponencialmente à medida que mais elementos são adicionados a um sistema. Isso representa um grande desafio para a inteligência artificial (IA), em razão da crescente dificuldade em lidar com o aumento massivo e rápido das possibilidades com as quais a IA tem de trabalhar.

Para exemplificar o conceito de explosão combinatória, consideremos um caso hipotético muito simplificado, apenas para a nossa reflexão: imaginemos que um desenvolvedor deseje criar um sistema inteligente de recomendação de filmes, a partir do perfil do assinante. Para isso, ele precisa considerar vários parâmetros sobre os filmes disponíveis, tais como gênero, atores, diretores, avaliações, temas e assim por diante. Agora, vamos supor que cada um desses parâmetros tenha apenas algumas poucas opções:

Gênero: Ação, Comédia, Drama, Ficção Científica, Romance.
Atores: Tom Hanks, Sandra Bullock, Will Smith, Meryl Streep.
Diretores: Steven Spielberg, Quentin Tarantino, Christopher Nolan.
Avaliações: 1 estrela, 2 estrelas, 3 estrelas, 4 estrelas, 5 estrelas.

Se ele quiser criar recomendações levando em conta apenas esses quatro fatores (na prática, sempre são muitos mais) já terá um número considerável de combinações possíveis. A escolha de um filme de cada gênero, um ator de cada lista, um diretor de cada lista e uma avaliação de cada categoria, produz 5 x 4 x 3 x 5 = 300 combinações possíveis para oferecer a cada cliente. Isso é um pequeno desafio computacional hoje, mas já foi grande no passado.

Agora, imaginemos que ele queira adicionar mais fatores para fazer a sugestão do filme, como o ano de lançamento, o país de origem, a idade média das pessoas que já assistiram, os três países em que mais foi assistido etc. As possibilidades aumentam muito rapidamente, porque cada fator adicional é multiplicado pelo número de combinações anteriores, exigindo um poder computacional cada vez maior para lidar com o problema. A simples inclusão do país de origem do filme no modelo, por exemplo, admitindo-se que houvesse dez países produtores, aumentaria em dez vezes o número de combinações, que saltariam de 300 para 3000 (um crescimento de impressionantes 900%).

Admitamos, além disso, que a empresa venha a ter alguns milhões de assinantes, cada um a ser perfilado a partir de seus dados pessoais, e mais ainda que sejam incluídos alguns milhares de filmes para serem classificados — está claro que o número de combinações relevantes entre os dados aumentará drasticamente.

É isso o que se chama, em matemática, de explosão combinatória. Trata-se de um desafio importante para os sistemas de IA; são requeridos algoritmos e técnicas avançadas para lidar com a complexidade exponencial e encontrar soluções eficazes, uma vez que, a partir de certo ponto, torna-se computacionalmente inviável ou muito dispendioso analisar todas as combinações possíveis em contextos do mundo real. Isso é particularmente relevante em áreas como recomendação, otimização, tradutores automáticos e grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT, em que as “decisões automáticas” envolvem elevado número de parâmetros inter-relacionados.

O Direito, a partir do momento em que migrou da oralidade para a representação escrita, também enfrentou o problema da explosão combinatória, e o resolveu de maneira elegante. No início da escrituração do Direito, a essa altura ainda embaralhado com a religião — como o direito hebraico do Velho Testamento, por exemplo —, imaginava-se que seria possível disciplinar toda a vida em sociedade com um conjunto relativamente pequeno de regras escritas sagradas (pensemos nos Dez Mandamentos — Ex,20:1-17).

No entanto, à medida que as sociedades cresceram em complexidade e que surgiram novas visões de mundo, demandando disciplina inédita, tornou-se claro que era impraticável a concepção de soluções escritas prévias para cada situação conflituosa imaginável — mas, paradoxalmente, o número e a extensão dos textos legais nunca pararam de crescer nos países de direito escrito, e até nos de tradição consuetudinária.

Ou seja, a explosão combinatória do mundo dos fenômenos escancarou a fragilidade da ideia de que seria possível expressar todo o direito em mídia escrita, e isso tem sido objeto de longas discussões filosóficas ao longo da História, as quais estão fadadas a concluir ou a lutar contra o óbvio: a escrita é incapaz de representar tudo que existe e interessa para o direito.

É nessa linha que podemos lembrar aquela afirmação de Jesus: “o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2:27). Trata-se de uma constatação da insuficiência da velha regra textual (Ex 20:8) para regular a vida em toda a sua complexidade. E Paulo, depois, generaliza essa constatação, ao dizer que “a letra mata e o espírito vivifica” (2Cor 3:6).

Na tradição pagã não foi diferente. Platão, no Fedro (274b-277a), pela boca de Sócrates, observou que a escrita (que já então era usada na produção de leis havia mais de 300 anos, desde Draco) jamais poderia substituir completamente a palavra oral, pois a sua natureza era morta e dependeria sempre de um intérprete (“o pai do texto”, como ele chama). Mas, ao mesmo tempo, Platão percebeu que a introdução da escrita no cotidiano da sociedade não era inofensiva, pois ela iria alterar os processos mentais das pessoas, especialmente em relação ao cultivo da memória, e poderia, a longo prazo, não ser uma coisa boa (ironicamente, Platão só chegou até nós por causa dos seus escritos).

Narrando o mito de Thoth, a divindade egípcia da escrita, Platão afirmou que Tamuz, o rei egípcio de então, ao ser informado por Thoth do que seria a escrita e de todos os seus imensos benefícios, reagiu ceticamente, dizendo: Não é a mesma coisa inventar uma arte e julgar da utilidade ou prejuízo que advirá aos que a exercerem. Tu, como pai da escrita, esperas dela com o teu entusiasmo precisamente o contrário do que ela pode fazer. Tal coisa tornará os homens esquecidos, pois deixarão de cultivar a memória; confiando apenas nos livros escritos, só se lembrarão de um assunto exteriormente e por meio de sinais, e não em si mesmos. Logo, tu não inventaste um auxiliar para a memória, mas apenas para a recordação. Transmites para teus alunos uma aparência de sabedoria, e não a verdade, pois eles recebem muitas informações sem instrução e se consideram homens de grande saber, embora sejam ignorantes na maior parte dos assuntos. Em consequência, serão desagradáveis companheiros, tornar-se-ão sábios imaginários ao invés de verdadeiros sábios“.

É muito interessante perceber como as discussões sobre a IA hoje seguem um caminho parecido, e o rei Tamuz ficaria surpreso ao saber que muitos pensam como ele em relação à IA (uma coisa é inventar uma arte, outra é avaliar sua utilidade). As promessas de grandes progressos pela IA, graças às possibilidades de manipulação massiva de dados (que são textos, embora em uma linguagem matemática), são normalmente rebatidas com o argumento de que esses mecanismos são como pensamentos mortos, que apenas simulam uma capacidade que de fato não têm e, por essa razão, estão condenados a serem sempre uma sombra deformada da inteligência biológica.

Repete-se, mais de dois mil anos depois, a mesma questão sobre os limites do poder de codificar a realidade. É que a cada nova mídia “artificial” interposta entre os seres humanos distanciamo-nos da oralidade primária (a mídia, por assim dizer, adâmica, na qual o cérebro humano evoluiu por milhares de anos); e sempre surge a velha dúvida sobre se os alegados progressos trazidos por essas novas mídias compensam os danos colaterais que elas produzem na convivência humana…

Mas, voltando ao Direito, como foi resolvida a questão da explosão combinatória? Ora, os juristas produziram textos que, em vez de apresentarem a solução antecipada de cada situação, mesmo que abstrata, remetiam ao intérprete/leitor (humano) a solução, por meio de cláusulas textuais de reenvio para humanos. Em terminologia atual, é aqui que entram em cena ferramentas hermenêuticas flexíveis, como a “finalidade da lei”, a “analogia”, os “costumes”, e, mais recentemente, os “valores” e “princípios jurídicos”, alternativas heurísticas que fundamentalmente nada mais são que apelos ao aplicador (humano) para que retome o processo de expressão da norma, usando o seu “elemento noético” (Viktor Frankl).

Tais métodos permitem que o direito lide com a explosão combinatória do mundo fenomênico de maneira adaptativa e orgânica — embora perdendo, é verdade, um pouco da sua previsibilidade.

Quando uma nova situação não está diretamente prevista nas regras escritas existentes, a analogia permite que os intérpretes encontrem respostas experienciais, baseadas em ocorrências similares já regulamentadas. Os costumes também podem ser usados com essa mesma finalidade adaptativa, ao refletirem práticas sociais aceitas, e podem ser usados como base para decisões, quando não há uma regra escrita específica, ou quando esta é insuficiente ou incompleta.

Os princípios, por sua vez, são diretrizes muito abstratas que fornecem orientação sobre valores fundamentais, como justiça, igualdade e proporcionalidade. Eles atuam como guias flexíveis para a interpretação e aplicação do Direito em geral, dos quais apenas se pode ter uma ideia aproximada, mas não exatamente definível. Eles são ideais para o tratamento de questões completamente imprevistas pelos textos legais, que, não obstante, precisam de disciplina.

Esses mecanismos hermenêuticos flexíveis abrem o sistema jurídico para a integração humana posterior. Por um lado, eles são uma confissão de impotência da mídia escrita e, por outro, anunciam talvez um óbice operacional maior para todo processo futuro de automatização completa da aplicação do direito. Eles patenteiam a insuficiência das mídias artificiais em geral para captar aspectos esotéricos do pensamento humano em seu ambiente natural, que apenas podem ser sentidos e percebidos, mas não inteiramente codificados.

A IA, por mais avançada que seja, se utilizada para a aplicação de regras jurídicas, enfrentará desafios significativos na interpretação de contextos complexos e mesmo do senso comum humano. Nesse sentido, presumo que os princípios jurídicos serão computacionalmente intratáveis, pois, constituindo-se por saberes em grande parte inexprimíveis em mídias, intrincados que estão à autoconsciência, à empatia e ao próprio discernimento humano, tais princípios não se deixam apanhar inteiramente por nenhuma objetivação.

Assim, segundo penso, a presença das ferramentas hermenêuticas flexíveis, notadamente os princípios, continuará sendo um fator crucial para a sobrevivência do Direito como o conhecemos, e provavelmente impossibilitará que a IA atinja a capacidade necessária para substituir, completamente e sem perdas, aplicadores humanos.

27 out
Palestra gratuita – “Resiliência e Adaptabilidade nos Negócios”

iCEV

Inscrições gratuitas para todos os estudantes iCEV - Dia de 30 de outubro, às 18h

Dose de inspiração e conhecimento em nível internacional! No dia 30 o iCEV vai ofertar gratuitamente a palestra “Resiliência e Adaptabilidade nos Negócios” para todos os estudantes.

O objetivo da palestra é proporcionar aos alunos uma compreensão aprofundada dos conceitos de resiliência e adaptabilidade e equipá-los com ferramentas práticas para aplicar em suas futuras carreiras no mundo dos negócios.

Além disso, os participantes aprenderão a importância da resiliência e adaptabilidade nos negócios, como desenvolver essas habilidades e como aplicá-las em situações do mundo real.

Como participar?

Faça sua inscrição pelo link https://forms.gle/F1CwtkyGpPapmrjp9

Quem vai ministrar?

 

Jon Dooley

Business Leadership and Management, Professor da Dallas Baptist University.

 

 

 

 

 

 

 

Ney Rubens C. Nunes

Fundador e CEO da PLB Professional Languages Brazil e PLB FRANQUIAS. Mentor e Consultor Educacional Internacional. Professor de Business Management – International Baccalaureate IB.

26 out
Uso Humanista e Realista da Inteligência Artificial

Escola de tecnologia aplicada

Artigo escrito pelo professor da Escola de Tecnologia Aplicada Dimmy Guimarães

Antes de adentrarmos nas complexidades técnicas da inteligência artificial (IA), é imperativo compreender o lugar dessa tecnologia no contexto humano. A tecnologia, incluindo a IA, não é apenas uma ferramenta, mas uma extensão de nossa capacidade de criar e inovar, transformando fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos uns com os outros. No entanto, essa transformação é acompanhada por desafios éticos e sociais
que precisam ser abordados com uma abordagem humanista e realista.

No contexto humano, a tecnologia e, em particular, a IA, desempenham um papel ambivalente. Por um lado, a IA pode aprimorar significativamente nossa qualidade de vida, aumentar a eficiência em diversas áreas, como medicina, finanças e transporte, e até mesmo salvar vidas através de diagnósticos médicos mais precisos e tratamentos personalizados. No entanto, por outro lado, ela levanta questões preocupantes, como a privacidade de dados, a segurança cibernética e o temido desemprego tecnológico, à medida que sistemas automatizados substituem certas funções de trabalho.

Aqui, a filosofia humanista possui um papel crucial. O humanismo coloca o indivíduo no centro de suas preocupações, enfatizando o valor intrínseco de cada ser humano. Essa filosofia defende a ética, a razão e o respeito pelos direitos humanos como princípios fundamentais. No contexto da IA, o humanismo nos lembra da importância de desenvolver e utilizar essa tecnologia de forma responsável, considerando sempre seu impacto nas pessoas. Isso significa garantir que os algoritmos de IA sejam justos, transparentes e não discriminatórios, e que o uso dos dados seja feito com respeito à privacidade e à dignidade dos indivíduos.

Além disso, o humanismo também ressalta a importância da educação e do acesso equitativo à tecnologia. À medida que a IA se torna mais onipresente, é vital que todos tenham a oportunidade de entender e se envolver com essa tecnologia, para que possamos colher seus benefícios de forma igualitária e construir uma sociedade mais justa. No entanto, enquanto abraçamos o humanismo, também devemos adotar uma abordagem realista em relação à IA. O realismo nos lembra de que a tecnologia, incluindo a IA, não é uma panaceia para todos os problemas humanos. Ela pode apresentar limitações e desafios, como o viés nos algoritmos e a dependência excessiva de sistemas automatizados. Para lidar com essas questões, precisamos de uma abordagem equilibrada e pragmática.

No contexto da IA, o realismo nos incentiva a reconhecer os riscos e limitações da tecnologia e a trabalhar proativamente para mitigá-los. Isso envolve a implementação de regulamentações adequadas, o desenvolvimento de estratégias de segurança cibernética e a contínua monitorização dos sistemas de IA para detectar e corrigir possíveis vieses ou erros. De forma geral, a Inteligência Artificial é um campo multidisciplinar que busca criar sistemas e máquinas capazes de realizar tarefas que, normalmente, exigiriam inteligência humana, como aprendizado, raciocínio, tomada de decisões e reconhecimento de padrões. No
entanto, quando pensamos em IA de forma utópica, podemos ser tentados a imaginar máquinas dotadas de consciência e autoconhecimento, capazes de replicar plenamente a complexidade da mente humana.

Esse idealismo muitas vezes é retratado na ficção científica, na qual a IA assume características quase mágicas, como compreensão emocional, criatividade ilimitada e uma compreensão profunda da natureza humana. Embora essas representações sejam fascinantes, é importante lembrar que a IA atual está longe de atingir esse nível de sofisticação, sendo, na realidade, um conjunto de algoritmos e sistemas projetados para executar tarefas específicas com base em dados e regras programadas.

O conceito quase distópico da IA se distancia da realidade técnica, destacando a importância de abordagens humanistas e realistas em seu desenvolvimento e aplicação. Enquanto o humanismo nos lembra do valor intrínseco da humanidade e da ética na utilização da IA, o realismo nos orienta a encarar a tecnologia com objetividade, reconhecendo suas limitações e desafios. Em meio às expectativas utópicas, é essencial mantermos uma visão equilibrada da IA, reconhecendo-a como uma ferramenta poderosa, porém, que ainda está em evolução, e que sua aplicação deve ser guiada por valores éticos e uma compreensão realista de suas capacidades atuais. Assim, podemos buscar benefícios tangíveis e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios complexos que a IA apresenta à nossa sociedade.

Para ilustrar, suponha que você deseja um assistente virtual em sua casa para ajudar com tarefas diárias. O idealismo hollywoodiano seria ter um assistente que não só executa suas ordens, mas também compreende suas emoções, sugere atividades com base em suas preferências e até mesmo faz piadas para animar seu dia. Esse assistente, na visão futurista, seria como um amigo virtual perfeito, sempre atento às suas necessidades e desejos.

No entanto, na realidade, a IA atualmente disponível é mais semelhante a um assistente robótico prático, como um aspirador de pó autônomo. Ele pode realizar tarefas específicas, como limpar o chão de forma eficaz, mas não possui consciência, emoções ou capacidade de compreender profundamente seus sentimentos. Ele não pode fazer sugestões criativas nem entender suas nuances emocionais.

Sistemas como o ChatGPT se aproximam muito mais de um “assistente robótico prático” do que de uma entidade com consciência e compreensão emocional. Isso ocorre devido às limitações tecnológicas subjacentes a essas tecnologias. O ChatGPT e sistemas similares operam com base em algoritmos de aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural, o que lhes permite gerar respostas contextuais e úteis, mas sem consciência, sentimentos ou uma verdadeira compreensão do mundo e das emoções humanas.

Eles funcionam a partir de padrões estatísticos aprendidos a partir de dados, fornecendo soluções práticas para tarefas específicas, mas não são capazes de replicar a complexidade da mente humana. Portanto, ao considerarmos o uso da IA, é importante manter expectativas realistas sobre suas capacidades e limitações, reconhecendo sua utilidade prática, mas também sua ausência de consciência e emoção.

Em um mundo onde a tecnologia, em particular a Inteligência Artificial, desempenha um papel cada vez mais central, é vital que adotemos uma abordagem humanista e realista para sua utilização. O humanismo nos recorda da importância de colocar os valores humanos, a ética e o respeito pelos direitos individuais no centro de nossas ações, garantindo que a IA seja desenvolvida e aplicada de maneira responsável, justa e equitativa. Além disso, o realismo nos
lembra de reconhecer as limitações e desafios dessa tecnologia, sem cair em idealizações utópicas.

À medida que a IA continua a desempenhar um papel cada vez mais significativo em nossa sociedade, devemos permanecer vigilantes, garantindo que essa ferramenta poderosa seja usada para melhorar nossas vidas e enfrentar os problemas complexos que enfrentamos. Devemos promover a transparência, regulamentação adequada e educação para que todos tenham a oportunidade de compreender e se envolver com a IA.

O verdadeiro perigo da Inteligência Artificial não reside em uma possível dominação física em escalas mundiais, como frequentemente retratado na ficção científica, mas sim na possibilidade de um uso desgovernado, inconsciente, incontrolável e socialmente deslocado dessa tecnologia. O risco iminente não é uma rebelião de máquinas, mas sim a potencial criação de uma lacuna social insuperável. Um uso inadequado da IA pode resultar em uma desconexão devastadora entre o avanço tecnológico e as necessidades humanas básicas.

Pode criar uma sociedade onde a tecnologia avança rapidamente, enquanto muitos são deixados para trás, tanto digital quanto socialmente. Esta disparidade pode gerar uma avalanche de desabrigados sociais e digitais, marginalizando indivíduos e comunidades inteiras que não têm acesso às oportunidades proporcionadas pela IA. Portanto, é imperativo que avancemos na implementação da IA com consciência, responsabilidade e consideração pelas implicações humanas, garantindo que essa tecnologia beneficie a humanidade como um todo, em vez de aprofundar ainda mais as divisões em nossa sociedade.

20 out
TJ-PI lança JuLIA: Inteligência Artificial ligada ao WhatsApp para facilitar acesso da população à Justiça

Escola de tecnologia aplicada

O sistema JuLIA é resultado de nove meses de trabalho e contempla tanto a otimização dos processos internos do tribunal quanto a melhoria no atendimento aos juízes e partes envolvidas.

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) lançou, o sistema JuLIA (Justiça AuxiLiada pela Inteligência Artificial). O objetivo desse projeto é otimizar a rotina do tribunal e automatizar tarefas, trazendo maior eficiência e acessibilidade à Justiça.

Desenvolvido pelo Laboratório de Inovação do Tribunal, o OpalaLab, a JuLIA é uma solução computacional projetada para aprimorar os processos jurídicos.

A IA foi desenvolvida sob supervisão do nosso professor e coordenador de Engenharia de Software, Dimmy Magalhães , a IA está em funcionamento desde o dia 11 de outubro. Mais um exemplo de como a IA pode facilitar a nossa vida.

De acordo com Dimmy Magalhães, servidor do OpalaLab, o sistema JuLIA é resultado de nove meses de trabalho e contempla tanto a otimização dos processos internos do tribunal quanto a melhoria no atendimento aos juízes e partes envolvidas.

“Nós definimos a JuLIA como um conjunto de soluções de inteligência computacional que trabalha coordenado, visando melhorar a eficiência e a acessibilidade da justiça piauiense”, destacou.

O sistema é composto por quatro áreas principais: processual, análise de dados, acesso à informação e comunicação ativa.

A principal função do sistema é a comunicação ativa, integrada ao WhatsApp. A ferramenta permite que a Justiça se comunique de maneira rápida e eficiente, assemelhando-se ao modelo do ChatGPT. Ela tem a capacidade de responder questões sobre o próprio Tribunal, a base de dados do sistema está alimentada com 2,2 bilhões de dados.

Por meio do uso de inteligência artificial e processamento de linguagem fácil, a JuLIA fornece informações sobre o tribunal e o progresso dos processos.

Intimação automática

Uma das funcionalidades é a intimação automática. O módulo de intimação da JuLIA identifica qualquer julgamento, colegiado ou monocrático, calcula o prazo de Intimação e movimenta o processo no PJe. Os processos serão intimados automaticamente em menos de 24 horas no projeto piloto.

Benefícios

Dimmy Magalhães destaca que processos que demoravam até um ano para serem baixados, agora são identificados e baixados em poucos dias. Além disso, a JuLIA irá contribuir para reduzir custos, melhoria das métricas de qualidade da prestação jurisdicional e maior proximidade com a população.

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