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30 nov
iCEV concorre em três categorias no Prêmio Carnaúba Valley 2023

iCEV

Vote e eleja o iCEV a Faculdade de Inovação do Ano!

O iCEV está concorrendo em três categorias no Prêmio Carnaúba Valley 2023! A votação já começou e irá até o dia 17/12. As categorias são: “Instituição de Ensino Superior”, “Professor Empreendedor” e “Professor Programador”.

O Prêmio Carnaúba Valley é reconhecido no Piauí por celebrar e impulsionar o ecossistema de inovação e empreendedorismo no estado.

Um dos indicados é o professor e coordenador do Curso de Engenharia de Software Dimmy Magalhães. Ele concorre na categoria “Professor Programador” e, claro, está super empolgado com sua participação, assim como com a participação do iCEV:

“O iCEV se destaca como um farol de excelência educacional e inovação, refletindo nosso compromisso contínuo em nutrir talentos e fomentar um ambiente propício para o crescimento e desenvolvimento de ideias revolucionárias”, afirma.

Enxergando além

“Estas indicações não são apenas um testemunho do nosso impacto profissional no campo educacional e tecnológico, mas também um reconhecimento do nosso incansável esforço em inspirar e liderar a próxima geração de inovadores e empreendedores. Então, sim, estou muito orgulhoso com minha indicação e também com a do professor Francisco Luciani na categoria ‘Professor Empreendedor’”, acrescenta Dimmy.

Por sua vez, o professor Francisco Luciani, que também atua no curso de Engenharia de Software do iCEV, destaca:

“Estou particularmente empolgado em ser indicado como o ‘Professor Empreendedor’ do Ano. Minha dedicação e visão empreendedora têm sido catalisadoras para o desenvolvimento de projetos excepcionais no iCEV. Nossas expectativas, minha e dos alunos, para esta participação são as mais otimistas”, pontua.

O professor Luciani foi indicado à votação por desenvolver, junto com os estudantes de Engenharia de Software iCEV, projetos alinhados aos eixos temáticos de Direitos Humanos, Responsabilidade Social, Educação Socioambiental, Empreendedorismo e Inovação. Isso reflete o comprometimento da nossa instituição com o desenvolvimento holístico e sustentável.

Confira alguns:

-Sistema de integração de comunicação verde na faculdade através de tablets com o intuito de reduzir uso de papel na confecção de cartazes;

-Sistema pioneiro de cálculo de custo e material para concretagem;

-Protótipo de leitura de tela de monitores médicos de UTI;

-Protótipo de dispositivo de detecção de queda para idosos;

-Sistema de Rede Social para Pets;

-Criação de um mapa interativo com projetos culturais na grande Teresina;

-Protótipo de captura de vídeos para locais esportivos;

-Plataforma de troca de informações de eventos interfaculdades;

-Plataforma de adoção de pets abandonados com sua localização;

-Criação audiovisual de um documentário sobre a Tecnologia no PI;

-Sistema de sugestões para filmes e livros baseado em inferências ao usuário;

Grande importância

Iniciativas como o Prêmio Carnaúba Valley 2023 são essenciais sob muitos aspectos, conforme ilustra Dimmy: “essas iniciativas são cruciais no panorama atual. A participação no prêmio é uma oportunidade valiosa para aumentar nossa visibilidade e colaborações. Isso enfatiza a importância de eventos como esse no fomento de uma cultura de inovação contínua”, garante. Nesse sentido, o professor Luciani também vai pelo mesmo caminho: “a importância de concursos como o Carnaúba Valley para o meio acadêmico é indiscutível. Eles não apenas reconhecem as iniciativas inovadoras, mas também impulsionam a visibilidade do ecossistema local, atraindo talentos e fomentando parcerias estratégicas”, enfatiza.

Vote e eleja o iCEV a Faculdade de Inovação do Ano!

Sim, você pode ajudar o iCEV a fazer história. E é muito simples. Para votar na nossa instituição e nos nossos professores, acesse: https://carnaubavalley.com.br/premio2023 . Na sequência, vá em REGISTRE SEU VOTO e acesse o botão FASE 1 – POPULAR.

Indique a opção Instituição de Ensino: Faculdade iCEV
site da instituição: www.somosicev.com
Indique a opção Professor empreendedor: Francisco Luciani
linkedin do professor empreendedor: https://www.linkedin.com/in/francisco-luciani/
Indique a opção Programador: Dimmy Magalhães
linkedin do professor: https://www.linkedin.com/in/dimmy-magalhães-677a26135/

“Contamos com o apoio de todos da comunidade CEV para celebrarmos, juntos, essa jornada de inovação e empreendedorismo. Vamos destacar o iCEV como um hub de ideias transformadoras no cenário educacional e empresarial do Piauí!”, convida o professor Luciani.

Vamos fazer história!

13 nov
iCEV no Festival Girasol

iCEV

(Foto: Denise Nascimento)

Estivemos no Festival Girasol e foi incrível! Fizemos uma ativação de marca única e memorável, no nível iCEV!

No festival mais caloroso do Nordeste, entre um show e outro, a parada no nosso stand era obrigatória. Foi um momento de energia positiva, diversão e muitos brindes! Os visitantes entraram na brincadeira: o desafio era entrar em uma cabine ventilada e agarrar um papel premiado.

(Foto: Denise Nascimento)

Dentre os prêmios estavam: copos com tirante, ecobags estilosas, bottons, kit glicose, para aquela dose extra de energia, além de cadernetas, lápis e canetas.

Além disso, para enfrentar o calor de Teresina, distribuímos leques, porque nada como uma brisa para tornar o evento ainda mais agradável, e puffs para descansar os pés.

(Foto: Denise Nascimento)

Rayana Agrélio, CEO do iCEV, expressou sua empolgação durante o evento: “iCEV e Girasol, esse foi um rolê que deu super certo. A gente quis trazer pro festival uma ativação divertida, engraçada e todo mundo gostou. Foi uma das mais bombadas do festival, sucesso total. Tenho certeza que em 2024 estaremos juntos porque o iCEV quer apoiar a cultura do Piauí”, disse a diretora, que estava curtindo o Girasol com seu esposo e sócio-fundador do Grupo CEV, Bruno Agrélio.

(Foto: Denise Nascimento)

Galera do iCEV em peso no Festival

Alunos, ex-alunos, professores e coordenadores dos cursos marcaram presença na ativação do iCEV.

(Foto: Denise Nascimento)

Lia Brito, nossa estudante de Engenharia de Software iCEV, passou pelo stand e garantiu seu brinde na cabine de vento. “Está tudo muito lindo, adorei participar”, disse a estudante.

(Foto: Denise Nascimento)

O Festival GiraSol não foi apenas uma oportunidade de destacar nossa marca, mas também de compartilhar momentos especiais com todo mundo. Agradecemos a todos que participaram, brincaram e levaram um pedacinho do iCEV para casa.

02 nov
Os princípios vão salvar o Direito da inteligência artificial?

Escola de direito aplicado

Artigo escrito pelo professor da Escola de Direito Aplicado Nazareno Reis

Não é exagero afirmar que o direito escrito foi a primeira tentativa de criar um mecanismo artificial de decisão que substituísse, ao menos em parte, os decisores humanos. Em marchas e contramarchas, com várias teorias explicativas que não vem ao caso explorar aqui, a ideia de que as leis escritas poderiam se tornar estruturas decisórias autônomas evoluiu lentamente ao longo da História até se incrustar no cerne da vida em coletividade por meio do chamado Estado de Direito, no qual se proclama com certo ar retórico, mas também com alguma razão, que os governantes são as leis e não os homens.

Não é casual, portanto, que os juristas, sobretudo na passagem histórica da oralidade para a escrita, tenham enfrentado, no mundo analógico, vários dos problemas com os quais o pessoal da Ciência da Computação hoje se vê às voltas, no mundo digital, a respeito da inteligência artificial — um mecanismo autônomo de decisão baseado em algumas regras programadas e em outras, extraídas dos dados, todas autoexecutáveis.

Tomo o caso de um problema em particular, que é bastante ilustrativo: a explosão combinatória.

explosão combinatória é um fenômeno que ocorre quando o número de combinações possíveis de elementos aumenta exponencialmente à medida que mais elementos são adicionados a um sistema. Isso representa um grande desafio para a inteligência artificial (IA), em razão da crescente dificuldade em lidar com o aumento massivo e rápido das possibilidades com as quais a IA tem de trabalhar.

Para exemplificar o conceito de explosão combinatória, consideremos um caso hipotético muito simplificado, apenas para a nossa reflexão: imaginemos que um desenvolvedor deseje criar um sistema inteligente de recomendação de filmes, a partir do perfil do assinante. Para isso, ele precisa considerar vários parâmetros sobre os filmes disponíveis, tais como gênero, atores, diretores, avaliações, temas e assim por diante. Agora, vamos supor que cada um desses parâmetros tenha apenas algumas poucas opções:

Gênero: Ação, Comédia, Drama, Ficção Científica, Romance.
Atores: Tom Hanks, Sandra Bullock, Will Smith, Meryl Streep.
Diretores: Steven Spielberg, Quentin Tarantino, Christopher Nolan.
Avaliações: 1 estrela, 2 estrelas, 3 estrelas, 4 estrelas, 5 estrelas.

Se ele quiser criar recomendações levando em conta apenas esses quatro fatores (na prática, sempre são muitos mais) já terá um número considerável de combinações possíveis. A escolha de um filme de cada gênero, um ator de cada lista, um diretor de cada lista e uma avaliação de cada categoria, produz 5 x 4 x 3 x 5 = 300 combinações possíveis para oferecer a cada cliente. Isso é um pequeno desafio computacional hoje, mas já foi grande no passado.

Agora, imaginemos que ele queira adicionar mais fatores para fazer a sugestão do filme, como o ano de lançamento, o país de origem, a idade média das pessoas que já assistiram, os três países em que mais foi assistido etc. As possibilidades aumentam muito rapidamente, porque cada fator adicional é multiplicado pelo número de combinações anteriores, exigindo um poder computacional cada vez maior para lidar com o problema. A simples inclusão do país de origem do filme no modelo, por exemplo, admitindo-se que houvesse dez países produtores, aumentaria em dez vezes o número de combinações, que saltariam de 300 para 3000 (um crescimento de impressionantes 900%).

Admitamos, além disso, que a empresa venha a ter alguns milhões de assinantes, cada um a ser perfilado a partir de seus dados pessoais, e mais ainda que sejam incluídos alguns milhares de filmes para serem classificados — está claro que o número de combinações relevantes entre os dados aumentará drasticamente.

É isso o que se chama, em matemática, de explosão combinatória. Trata-se de um desafio importante para os sistemas de IA; são requeridos algoritmos e técnicas avançadas para lidar com a complexidade exponencial e encontrar soluções eficazes, uma vez que, a partir de certo ponto, torna-se computacionalmente inviável ou muito dispendioso analisar todas as combinações possíveis em contextos do mundo real. Isso é particularmente relevante em áreas como recomendação, otimização, tradutores automáticos e grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT, em que as “decisões automáticas” envolvem elevado número de parâmetros inter-relacionados.

O Direito, a partir do momento em que migrou da oralidade para a representação escrita, também enfrentou o problema da explosão combinatória, e o resolveu de maneira elegante. No início da escrituração do Direito, a essa altura ainda embaralhado com a religião — como o direito hebraico do Velho Testamento, por exemplo —, imaginava-se que seria possível disciplinar toda a vida em sociedade com um conjunto relativamente pequeno de regras escritas sagradas (pensemos nos Dez Mandamentos — Ex,20:1-17).

No entanto, à medida que as sociedades cresceram em complexidade e que surgiram novas visões de mundo, demandando disciplina inédita, tornou-se claro que era impraticável a concepção de soluções escritas prévias para cada situação conflituosa imaginável — mas, paradoxalmente, o número e a extensão dos textos legais nunca pararam de crescer nos países de direito escrito, e até nos de tradição consuetudinária.

Ou seja, a explosão combinatória do mundo dos fenômenos escancarou a fragilidade da ideia de que seria possível expressar todo o direito em mídia escrita, e isso tem sido objeto de longas discussões filosóficas ao longo da História, as quais estão fadadas a concluir ou a lutar contra o óbvio: a escrita é incapaz de representar tudo que existe e interessa para o direito.

É nessa linha que podemos lembrar aquela afirmação de Jesus: “o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2:27). Trata-se de uma constatação da insuficiência da velha regra textual (Ex 20:8) para regular a vida em toda a sua complexidade. E Paulo, depois, generaliza essa constatação, ao dizer que “a letra mata e o espírito vivifica” (2Cor 3:6).

Na tradição pagã não foi diferente. Platão, no Fedro (274b-277a), pela boca de Sócrates, observou que a escrita (que já então era usada na produção de leis havia mais de 300 anos, desde Draco) jamais poderia substituir completamente a palavra oral, pois a sua natureza era morta e dependeria sempre de um intérprete (“o pai do texto”, como ele chama). Mas, ao mesmo tempo, Platão percebeu que a introdução da escrita no cotidiano da sociedade não era inofensiva, pois ela iria alterar os processos mentais das pessoas, especialmente em relação ao cultivo da memória, e poderia, a longo prazo, não ser uma coisa boa (ironicamente, Platão só chegou até nós por causa dos seus escritos).

Narrando o mito de Thoth, a divindade egípcia da escrita, Platão afirmou que Tamuz, o rei egípcio de então, ao ser informado por Thoth do que seria a escrita e de todos os seus imensos benefícios, reagiu ceticamente, dizendo: Não é a mesma coisa inventar uma arte e julgar da utilidade ou prejuízo que advirá aos que a exercerem. Tu, como pai da escrita, esperas dela com o teu entusiasmo precisamente o contrário do que ela pode fazer. Tal coisa tornará os homens esquecidos, pois deixarão de cultivar a memória; confiando apenas nos livros escritos, só se lembrarão de um assunto exteriormente e por meio de sinais, e não em si mesmos. Logo, tu não inventaste um auxiliar para a memória, mas apenas para a recordação. Transmites para teus alunos uma aparência de sabedoria, e não a verdade, pois eles recebem muitas informações sem instrução e se consideram homens de grande saber, embora sejam ignorantes na maior parte dos assuntos. Em consequência, serão desagradáveis companheiros, tornar-se-ão sábios imaginários ao invés de verdadeiros sábios“.

É muito interessante perceber como as discussões sobre a IA hoje seguem um caminho parecido, e o rei Tamuz ficaria surpreso ao saber que muitos pensam como ele em relação à IA (uma coisa é inventar uma arte, outra é avaliar sua utilidade). As promessas de grandes progressos pela IA, graças às possibilidades de manipulação massiva de dados (que são textos, embora em uma linguagem matemática), são normalmente rebatidas com o argumento de que esses mecanismos são como pensamentos mortos, que apenas simulam uma capacidade que de fato não têm e, por essa razão, estão condenados a serem sempre uma sombra deformada da inteligência biológica.

Repete-se, mais de dois mil anos depois, a mesma questão sobre os limites do poder de codificar a realidade. É que a cada nova mídia “artificial” interposta entre os seres humanos distanciamo-nos da oralidade primária (a mídia, por assim dizer, adâmica, na qual o cérebro humano evoluiu por milhares de anos); e sempre surge a velha dúvida sobre se os alegados progressos trazidos por essas novas mídias compensam os danos colaterais que elas produzem na convivência humana…

Mas, voltando ao Direito, como foi resolvida a questão da explosão combinatória? Ora, os juristas produziram textos que, em vez de apresentarem a solução antecipada de cada situação, mesmo que abstrata, remetiam ao intérprete/leitor (humano) a solução, por meio de cláusulas textuais de reenvio para humanos. Em terminologia atual, é aqui que entram em cena ferramentas hermenêuticas flexíveis, como a “finalidade da lei”, a “analogia”, os “costumes”, e, mais recentemente, os “valores” e “princípios jurídicos”, alternativas heurísticas que fundamentalmente nada mais são que apelos ao aplicador (humano) para que retome o processo de expressão da norma, usando o seu “elemento noético” (Viktor Frankl).

Tais métodos permitem que o direito lide com a explosão combinatória do mundo fenomênico de maneira adaptativa e orgânica — embora perdendo, é verdade, um pouco da sua previsibilidade.

Quando uma nova situação não está diretamente prevista nas regras escritas existentes, a analogia permite que os intérpretes encontrem respostas experienciais, baseadas em ocorrências similares já regulamentadas. Os costumes também podem ser usados com essa mesma finalidade adaptativa, ao refletirem práticas sociais aceitas, e podem ser usados como base para decisões, quando não há uma regra escrita específica, ou quando esta é insuficiente ou incompleta.

Os princípios, por sua vez, são diretrizes muito abstratas que fornecem orientação sobre valores fundamentais, como justiça, igualdade e proporcionalidade. Eles atuam como guias flexíveis para a interpretação e aplicação do Direito em geral, dos quais apenas se pode ter uma ideia aproximada, mas não exatamente definível. Eles são ideais para o tratamento de questões completamente imprevistas pelos textos legais, que, não obstante, precisam de disciplina.

Esses mecanismos hermenêuticos flexíveis abrem o sistema jurídico para a integração humana posterior. Por um lado, eles são uma confissão de impotência da mídia escrita e, por outro, anunciam talvez um óbice operacional maior para todo processo futuro de automatização completa da aplicação do direito. Eles patenteiam a insuficiência das mídias artificiais em geral para captar aspectos esotéricos do pensamento humano em seu ambiente natural, que apenas podem ser sentidos e percebidos, mas não inteiramente codificados.

A IA, por mais avançada que seja, se utilizada para a aplicação de regras jurídicas, enfrentará desafios significativos na interpretação de contextos complexos e mesmo do senso comum humano. Nesse sentido, presumo que os princípios jurídicos serão computacionalmente intratáveis, pois, constituindo-se por saberes em grande parte inexprimíveis em mídias, intrincados que estão à autoconsciência, à empatia e ao próprio discernimento humano, tais princípios não se deixam apanhar inteiramente por nenhuma objetivação.

Assim, segundo penso, a presença das ferramentas hermenêuticas flexíveis, notadamente os princípios, continuará sendo um fator crucial para a sobrevivência do Direito como o conhecemos, e provavelmente impossibilitará que a IA atinja a capacidade necessária para substituir, completamente e sem perdas, aplicadores humanos.

27 out
Palestra gratuita – “Resiliência e Adaptabilidade nos Negócios”

iCEV

Inscrições gratuitas para todos os estudantes iCEV - Dia de 30 de outubro, às 18h

Dose de inspiração e conhecimento em nível internacional! No dia 30 o iCEV vai ofertar gratuitamente a palestra “Resiliência e Adaptabilidade nos Negócios” para todos os estudantes.

O objetivo da palestra é proporcionar aos alunos uma compreensão aprofundada dos conceitos de resiliência e adaptabilidade e equipá-los com ferramentas práticas para aplicar em suas futuras carreiras no mundo dos negócios.

Além disso, os participantes aprenderão a importância da resiliência e adaptabilidade nos negócios, como desenvolver essas habilidades e como aplicá-las em situações do mundo real.

Como participar?

Faça sua inscrição pelo link https://forms.gle/F1CwtkyGpPapmrjp9

Quem vai ministrar?

 

Jon Dooley

Business Leadership and Management, Professor da Dallas Baptist University.

 

 

 

 

 

 

 

Ney Rubens C. Nunes

Fundador e CEO da PLB Professional Languages Brazil e PLB FRANQUIAS. Mentor e Consultor Educacional Internacional. Professor de Business Management – International Baccalaureate IB.

26 out
Uso Humanista e Realista da Inteligência Artificial

Escola de tecnologia aplicada

Artigo escrito pelo professor da Escola de Tecnologia Aplicada Dimmy Guimarães

Antes de adentrarmos nas complexidades técnicas da inteligência artificial (IA), é imperativo compreender o lugar dessa tecnologia no contexto humano. A tecnologia, incluindo a IA, não é apenas uma ferramenta, mas uma extensão de nossa capacidade de criar e inovar, transformando fundamentalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e interagimos uns com os outros. No entanto, essa transformação é acompanhada por desafios éticos e sociais
que precisam ser abordados com uma abordagem humanista e realista.

No contexto humano, a tecnologia e, em particular, a IA, desempenham um papel ambivalente. Por um lado, a IA pode aprimorar significativamente nossa qualidade de vida, aumentar a eficiência em diversas áreas, como medicina, finanças e transporte, e até mesmo salvar vidas através de diagnósticos médicos mais precisos e tratamentos personalizados. No entanto, por outro lado, ela levanta questões preocupantes, como a privacidade de dados, a segurança cibernética e o temido desemprego tecnológico, à medida que sistemas automatizados substituem certas funções de trabalho.

Aqui, a filosofia humanista possui um papel crucial. O humanismo coloca o indivíduo no centro de suas preocupações, enfatizando o valor intrínseco de cada ser humano. Essa filosofia defende a ética, a razão e o respeito pelos direitos humanos como princípios fundamentais. No contexto da IA, o humanismo nos lembra da importância de desenvolver e utilizar essa tecnologia de forma responsável, considerando sempre seu impacto nas pessoas. Isso significa garantir que os algoritmos de IA sejam justos, transparentes e não discriminatórios, e que o uso dos dados seja feito com respeito à privacidade e à dignidade dos indivíduos.

Além disso, o humanismo também ressalta a importância da educação e do acesso equitativo à tecnologia. À medida que a IA se torna mais onipresente, é vital que todos tenham a oportunidade de entender e se envolver com essa tecnologia, para que possamos colher seus benefícios de forma igualitária e construir uma sociedade mais justa. No entanto, enquanto abraçamos o humanismo, também devemos adotar uma abordagem realista em relação à IA. O realismo nos lembra de que a tecnologia, incluindo a IA, não é uma panaceia para todos os problemas humanos. Ela pode apresentar limitações e desafios, como o viés nos algoritmos e a dependência excessiva de sistemas automatizados. Para lidar com essas questões, precisamos de uma abordagem equilibrada e pragmática.

No contexto da IA, o realismo nos incentiva a reconhecer os riscos e limitações da tecnologia e a trabalhar proativamente para mitigá-los. Isso envolve a implementação de regulamentações adequadas, o desenvolvimento de estratégias de segurança cibernética e a contínua monitorização dos sistemas de IA para detectar e corrigir possíveis vieses ou erros. De forma geral, a Inteligência Artificial é um campo multidisciplinar que busca criar sistemas e máquinas capazes de realizar tarefas que, normalmente, exigiriam inteligência humana, como aprendizado, raciocínio, tomada de decisões e reconhecimento de padrões. No
entanto, quando pensamos em IA de forma utópica, podemos ser tentados a imaginar máquinas dotadas de consciência e autoconhecimento, capazes de replicar plenamente a complexidade da mente humana.

Esse idealismo muitas vezes é retratado na ficção científica, na qual a IA assume características quase mágicas, como compreensão emocional, criatividade ilimitada e uma compreensão profunda da natureza humana. Embora essas representações sejam fascinantes, é importante lembrar que a IA atual está longe de atingir esse nível de sofisticação, sendo, na realidade, um conjunto de algoritmos e sistemas projetados para executar tarefas específicas com base em dados e regras programadas.

O conceito quase distópico da IA se distancia da realidade técnica, destacando a importância de abordagens humanistas e realistas em seu desenvolvimento e aplicação. Enquanto o humanismo nos lembra do valor intrínseco da humanidade e da ética na utilização da IA, o realismo nos orienta a encarar a tecnologia com objetividade, reconhecendo suas limitações e desafios. Em meio às expectativas utópicas, é essencial mantermos uma visão equilibrada da IA, reconhecendo-a como uma ferramenta poderosa, porém, que ainda está em evolução, e que sua aplicação deve ser guiada por valores éticos e uma compreensão realista de suas capacidades atuais. Assim, podemos buscar benefícios tangíveis e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios complexos que a IA apresenta à nossa sociedade.

Para ilustrar, suponha que você deseja um assistente virtual em sua casa para ajudar com tarefas diárias. O idealismo hollywoodiano seria ter um assistente que não só executa suas ordens, mas também compreende suas emoções, sugere atividades com base em suas preferências e até mesmo faz piadas para animar seu dia. Esse assistente, na visão futurista, seria como um amigo virtual perfeito, sempre atento às suas necessidades e desejos.

No entanto, na realidade, a IA atualmente disponível é mais semelhante a um assistente robótico prático, como um aspirador de pó autônomo. Ele pode realizar tarefas específicas, como limpar o chão de forma eficaz, mas não possui consciência, emoções ou capacidade de compreender profundamente seus sentimentos. Ele não pode fazer sugestões criativas nem entender suas nuances emocionais.

Sistemas como o ChatGPT se aproximam muito mais de um “assistente robótico prático” do que de uma entidade com consciência e compreensão emocional. Isso ocorre devido às limitações tecnológicas subjacentes a essas tecnologias. O ChatGPT e sistemas similares operam com base em algoritmos de aprendizado de máquina e processamento de linguagem natural, o que lhes permite gerar respostas contextuais e úteis, mas sem consciência, sentimentos ou uma verdadeira compreensão do mundo e das emoções humanas.

Eles funcionam a partir de padrões estatísticos aprendidos a partir de dados, fornecendo soluções práticas para tarefas específicas, mas não são capazes de replicar a complexidade da mente humana. Portanto, ao considerarmos o uso da IA, é importante manter expectativas realistas sobre suas capacidades e limitações, reconhecendo sua utilidade prática, mas também sua ausência de consciência e emoção.

Em um mundo onde a tecnologia, em particular a Inteligência Artificial, desempenha um papel cada vez mais central, é vital que adotemos uma abordagem humanista e realista para sua utilização. O humanismo nos recorda da importância de colocar os valores humanos, a ética e o respeito pelos direitos individuais no centro de nossas ações, garantindo que a IA seja desenvolvida e aplicada de maneira responsável, justa e equitativa. Além disso, o realismo nos
lembra de reconhecer as limitações e desafios dessa tecnologia, sem cair em idealizações utópicas.

À medida que a IA continua a desempenhar um papel cada vez mais significativo em nossa sociedade, devemos permanecer vigilantes, garantindo que essa ferramenta poderosa seja usada para melhorar nossas vidas e enfrentar os problemas complexos que enfrentamos. Devemos promover a transparência, regulamentação adequada e educação para que todos tenham a oportunidade de compreender e se envolver com a IA.

O verdadeiro perigo da Inteligência Artificial não reside em uma possível dominação física em escalas mundiais, como frequentemente retratado na ficção científica, mas sim na possibilidade de um uso desgovernado, inconsciente, incontrolável e socialmente deslocado dessa tecnologia. O risco iminente não é uma rebelião de máquinas, mas sim a potencial criação de uma lacuna social insuperável. Um uso inadequado da IA pode resultar em uma desconexão devastadora entre o avanço tecnológico e as necessidades humanas básicas.

Pode criar uma sociedade onde a tecnologia avança rapidamente, enquanto muitos são deixados para trás, tanto digital quanto socialmente. Esta disparidade pode gerar uma avalanche de desabrigados sociais e digitais, marginalizando indivíduos e comunidades inteiras que não têm acesso às oportunidades proporcionadas pela IA. Portanto, é imperativo que avancemos na implementação da IA com consciência, responsabilidade e consideração pelas implicações humanas, garantindo que essa tecnologia beneficie a humanidade como um todo, em vez de aprofundar ainda mais as divisões em nossa sociedade.

20 out
TJ-PI lança JuLIA: Inteligência Artificial ligada ao WhatsApp para facilitar acesso da população à Justiça

Escola de tecnologia aplicada

O sistema JuLIA é resultado de nove meses de trabalho e contempla tanto a otimização dos processos internos do tribunal quanto a melhoria no atendimento aos juízes e partes envolvidas.

O Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) lançou, o sistema JuLIA (Justiça AuxiLiada pela Inteligência Artificial). O objetivo desse projeto é otimizar a rotina do tribunal e automatizar tarefas, trazendo maior eficiência e acessibilidade à Justiça.

Desenvolvido pelo Laboratório de Inovação do Tribunal, o OpalaLab, a JuLIA é uma solução computacional projetada para aprimorar os processos jurídicos.

A IA foi desenvolvida sob supervisão do nosso professor e coordenador de Engenharia de Software, Dimmy Magalhães , a IA está em funcionamento desde o dia 11 de outubro. Mais um exemplo de como a IA pode facilitar a nossa vida.

De acordo com Dimmy Magalhães, servidor do OpalaLab, o sistema JuLIA é resultado de nove meses de trabalho e contempla tanto a otimização dos processos internos do tribunal quanto a melhoria no atendimento aos juízes e partes envolvidas.

“Nós definimos a JuLIA como um conjunto de soluções de inteligência computacional que trabalha coordenado, visando melhorar a eficiência e a acessibilidade da justiça piauiense”, destacou.

O sistema é composto por quatro áreas principais: processual, análise de dados, acesso à informação e comunicação ativa.

A principal função do sistema é a comunicação ativa, integrada ao WhatsApp. A ferramenta permite que a Justiça se comunique de maneira rápida e eficiente, assemelhando-se ao modelo do ChatGPT. Ela tem a capacidade de responder questões sobre o próprio Tribunal, a base de dados do sistema está alimentada com 2,2 bilhões de dados.

Por meio do uso de inteligência artificial e processamento de linguagem fácil, a JuLIA fornece informações sobre o tribunal e o progresso dos processos.

Intimação automática

Uma das funcionalidades é a intimação automática. O módulo de intimação da JuLIA identifica qualquer julgamento, colegiado ou monocrático, calcula o prazo de Intimação e movimenta o processo no PJe. Os processos serão intimados automaticamente em menos de 24 horas no projeto piloto.

Benefícios

Dimmy Magalhães destaca que processos que demoravam até um ano para serem baixados, agora são identificados e baixados em poucos dias. Além disso, a JuLIA irá contribuir para reduzir custos, melhoria das métricas de qualidade da prestação jurisdicional e maior proximidade com a população.

16 out
Minicurso gratuito – “Como escrever um artigo científico?”

iCEV

Inscrições gratuitas para todos os estudantes iCEV - Dia de 18 de outubro, às 17h30

Na dia 18, o iCEV vai ofertar gratuitamente o minicurso “Como escrever um artigo científico?” para todos os estudantes.

O curso tem como objetivo ensinar os estudantes técnicas básicas de pesquisa acadêmica e apresentar técnicas e metodologias para a escrita de artigos científicos. A produção científica atual ocorre primordialmente por meio de artigos científicos, mas os alunos nem sempre são ensinados a escrever um bom artigo.

Portanto, o curso visa preencher essa lacuna, fornecendo as habilidades essenciais necessárias para a pesquisa e redação de artigos.

Como participar?

Faça sua inscrição pelo link https://forms.gle/ZtFn5YqjkdKdBNrG6

 

 

Quem vai ministrar?

Lillane Amorim – Advogada, pesquisadora, mestra em Direito Agrário pela UFG, doutoranda em Direito, Estado e Constituição pela UNB.

14 out
Artigo escrito por aluna de Administração vai representar o iCEV no 34ºENANGRAD

Escola de negócios e gestão

A estudante de Administração iCEV, Beatriz Sena vai representar a gente no ENANGRAD (Encontro Nacional dos Cursos de Administração)!  Ela escreveu um artigo sobre o poder da matemática e da Pesquisa Operacional na tomada de decisões, em parceria com o professor Pedro Alexandre.

O estudo de caso em uma distribuidora revela como o “Problema do Caminho Mais Curto” pode economizar tempo e dinheiro, otimizando as entregas. O artigo foi aprovado para apresentação na 34ª edição do Encontro Nacional dos Cursos de Graduação em Administração, que será realizado no INSPER, em São Paulo – SP, nos dias 3, 4 e 5 de novembro de 2023.

 

Sobre o artigo:

O estudo analisa a aplicação de modelos matemáticos e métodos da Pesquisa Operacional para auxiliar na tomada de decisão de uma distribuidora.

A tomada de decisão é crucial para gestores de diferentes tipos de empresas e requer dados sólidos para mitigar riscos. Os métodos da Pesquisa Operacional são vistos como ferramentas essenciais devido à complexidade de considerar múltiplos critérios.

O foco do estudo está em uma distribuidora que busca otimizar a entrega de mercadorias de forma eficaz e econômica. Para isso, utiliza o Problema do Caminho Mais Curto, um método da Pesquisa Operacional, para encontrar a rota mais curta entre a distribuidora e o cliente. A metodologia é quantitativa e exploratória, envolvendo a coleta de dados da empresa.

O estudo destaca a importância da análise sistemática desses métodos para obter vantagem competitiva. Como resultado, é identificada uma rota de entrega minimizada. A implementação desses métodos foi realizada por meio da ferramenta Solver, integrada ao software MS Excel, tornando essa abordagem economicamente viável para empresas de todos os portes.

No geral, essa abordagem otimiza a roteirização das entregas, reduzindo distâncias, custos e tempo, o que pode ser valioso para empresas de pequeno e médio porte na tomada de decisões relacionadas à logística e distribuição.

 

 

05 out
Uma nova geração de empreendedores que pretende mudar o mundo

Escola de negócios e gestão

Jovens já representam a maioria dos novos empreendedores no Brasil

Mário Emanuel é um jovem adulto de 24 anos que, desde cedo, escolheu ser empreendedor. Numa carreira tradicional, ele seria considerado um profissional júnior, sem experiência e ainda sem renome. Por conta de sua escolha acertada, o ainda estudante já é CEO e sócio de diversos empreendimentos.

Ele administra empresas de diversos segmentos, como bar, hamburgueria e energia solar, apoiado pelo conhecimento técnico e prático que está adquirindo no curso de Administração do iCEV – Instituto de Ensino Superior. A graduação foi escolhida especificamente para desenvolver suas habilidades e seus objetivos empreendedores.

Mário Emmanuel, empreendedor e estudante de Administração iCEV

Mário sempre almejou impactar o mundo com suas ideias, desenvolvendo sua carreira com habilidade de liderar e empreender. “Sempre quis construir minhas próprias coisas e ter minha autonomia financeira. Sempre agarrei as oportunidades que podia. Quando era pequeno, já vendi até feijão no interior”, afirma o jovem gestor.

O estudante se destaca pelo seu pensamento inovador, mas não está só. Mário faz parte de uma nova geração de empreendedores que está se formando em todo o mundo, com novas ideias, com pensamentos inovadores e vontade de mudar o mundo.

No Brasil, os jovens já representam a maioria dos novos empreendedores no país: 55% do total estão na faixa etária entre 18 e 24 anos. Além disso, o país é prodígio em conceber jovens empresários – é a 4ª maior taxa de abertura de novos empreendimentos (entre 53 países). Os dados são do estudo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae.

Por que os jovens estão empreendendo cada vez mais cedo?

Primeiramente, é preciso entender o contexto no qual esses novos prodígios do empreendedorismo estão inseridos. Esses jovens são diretamente influenciados pela sua geração, a Z: nascidos entre 1997 e 2012.

Os GenZ anseiam por sua independência e não gostam da ideia de um chefe com autoridade superior – querem ter controle sobre seus próprios destinos e não depender de um empregador. Por isso, o empreendedorismo é tão atraente. Além disso, buscam por estabilidade financeira, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e querem causar um impacto positivo na sociedade. É o que aponta a pesquisa de tendência da Forbes.

Enquanto os millennials, geração anterior, começavam a empreender durante a faculdade, os da Z começam ainda na escola. Entre jovens de 13 a 25 anos, 50% deles pretendem abrir o próprio negócio num futuro próximo, de acordo com a pesquisa realizada pela plataforma social direcionada para a Geração Z, Yubo.

Ana Letícia Castro é um exemplo de como montar o próprio negócio pode ser uma boa escolha de vida. A gestora e estudante de Administração do iCEV iniciou sua vida de mulher de negócios aos 18 anos, motivada, principalmente, pela autonomia financeira. Hoje, com apenas 24, Ana já é dona de uma empresa de bronzeamento artificial com seis anos de mercado.

Ana Letícia Castro, empreendedora e estudante de Administração iCEV. Foto:Acervo pessoal

 

“Empreender não é fácil, mas, sem dúvidas, nasci para isso! Sempre tive espírito independente. Via a luta da minha mãe e não queria pedir para ela dinheiro para fazer minhas coisas. Desde que comecei, também não me vejo mais trabalhando em outra área que não seja empreender. Hoje posso ajudar minha família e realizar vários sonhos, com apenas 24 anos”, diz a jovem.

Thiago Rodrigo é mestre em Administração, especialista em empreendedorismo, empresário há mais de 20 anos e professor da Escola de Negócios e Gestão do iCEV. Para ele, alguns outros fatores importantes favoreceram essa onda:

Acesso à informação e à tecnologia: eles conseguem acessar diversas ferramentas mais facilmente do que nunca, o que lhes permite aprender sobre uma infinidade de assuntos e iniciar seus próprios negócios de forma mais rápida e eficiente.

Baixo custo de entrada: é possível iniciar um negócio com pouco dinheiro, sim. São várias as ferramentas que possibilitam empreender com baixo custo, principalmente pelo meio digital, em redes sociais como Instagram e TikTok, plataformas com as quais a GenZ já está bem acostumada.

Thiago Rodrigo, empreendedor e coordenador do curso de Administração iCEV. Foto: Denise Nascimento

“A taxa de empreendedorismo no Brasil também aumentou depois da pandemia da Covid-19. Muitas pessoas viram nesse cenário de crise e incerteza uma oportunidade de criar suas próprias empresas e startups. Aliás, a possibilidade de criar algo escalável e rentável em pouco tempo é extremamente atrativa. Muitos jovens estão percebendo que dá para ter um bom estilo de vida empreendendo”, explica o professor Thiago.

A importância da educação empreendedora

Jovens que fazem acontecer: 55% dos novos empreendedores brasileiros e agentes transformadores da economia do país têm entre 18 a 24 anos. Ou seja, eles estão saindo das escolas, estão nas faculdades e ainda no início de suas vidas profissionais.

Quanto mais amparados de conhecimento, mais chances de sucesso esses jovens terão. É o que os dados da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE), em parceria com a Secretaria Nacional da Juventude, comprovam: 70% do público entrevistado de jovens empreendedores têm formação superior.

Samuel Melo é gerente de inovação do Sebrae e professor da faculdade iCEV. Ele explica que a educação e o empreendedorismo têm tudo a ver:

Samuel Melo, gerente de inovação do Sebrae e professor do curso de Administração iCEV. Foto: Denise Nascimento

“O empreendedorismo tem muito disto: experimentar. Por isso, é importante que seja incentivado desde a fase da educação. Muitas vezes, seu negócio não vai dar certo de primeira e, se você começa a construir desde o começo da faculdade, ou até mesmo na escola, isso já dá oportunidade de poder errar em um ambiente seguro. Esse é o lugar certo para poder testar ideias e desmistificar o conceito de que empreendedorismo é para poucos, quando, na verdade, ele é bastante democrático”.

A educação empreendedora prepara os jovens para enfrentar os desafios do mundo dos negócios e a criar suas próprias oportunidades, a pensar de forma criativa, a ter senso crítico e a buscar soluções inovadoras para os problemas.

Em todo o Grupo Educacional CEV, a mentalidade empreendedora é fomentada nas etapas do ensino, desde a escola até a faculdade.

Thiago Rodrigo, além de empresário com vasta experiência, é também professor de empreendedorismo há mais de 15 anos. Ele tem a oportunidade de acompanhar muitos estudantes em todo esse processo de evolução. “Meus alunos de empreendedorismo, lá no ensino médio do CEV, já chegam na faculdade com outra cabeça, com outra mentalidade. Independente da área em que ele vá seguir, são sementes que são plantadas e daqui a uns anos veremos o resultado de tudo isso”, diz o professor.

Em meio às incertezas do mercado de trabalho, a nova geração de agentes transformadores da sociedade e da economia cresce apostando todas as fichas no empreendedorismo e no seu poder transformador.

Essas mentes cheias de inquietações e novas ideias não têm medo de questionar por que as coisas são como são e não aceitam nada menos que transformar o mundo em busca de um propósito que valha a pena para guiar suas vidas.

Pesquisas disponíveis em:

https://ibqp.org.br/gem/?gclid=Cj0KCQjwk7ugBhDIARIsAGuvgPYZcB1b0jfMV7lbZMpsbSqLXeknUuNKjViRd3p12wW7PuUUa5KfA0gaAk80EALw_wcB

https://conaje.com.br/projetos/Pesquisa-do-Perfil-do-Jovem-Empreendedor-Brasileiro/

03 out
10 dicas para conseguir um bom estágio durante a faculdade

iCEV

Realizar estágios é uma das principais atividades que os estudantes realizam durante o período em que estão na faculdade, especialmente nos dois últimos anos.

O maior objetivo do estágio é preparar o aluno para o futuro profissional, dando a ele a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos teóricos obtidos na sala de aula.

Para muitos estudantes, o estágio é um dos momentos mais importantes de toda a sua graduação. Afinal, representa uma grande oportunidade de inserção no mercado de trabalho, fazendo com que a transição da rotina de estudante para a vida profissional aconteça de maneira mais suave e menos traumática.

Mas o que é preciso fazer para conseguir um bom estágio durante a faculdade?

O que caracteriza um bom estagiário?

Para ser um bom estagiário, o estudante deve adotar uma postura proativa ainda quando está à procura de uma oportunidade.

Uma vez que conquiste a vaga, terá a compreensão da empresa de que é um profissional iniciante e que ainda está em busca de consolidar seus conhecimentos, alinhando teoria e prática.

No entanto, são esperadas da sua parte alguns tipos de comportamento que justifiquem a sua escolha.

Além da pró-atividade já mencionada, ele deve demonstrar que tem:

  • senso e espírito de equipe;
  • disposição para aprender;
  • interesse para entender o funcionamento da organização e, em especial, da área em que está trabalhando;
  • respeito pelas normas e diretrizes da empresa; e
  • bom relacionamento interpessoal.

Como conseguir um bom estágio durante a faculdade?

A busca por trabalho após a faculdade pode ser uma tarefa complexa, uma vez que na maioria das vezes o profissional não está familiarizado com o mercado de trabalho.

Por essa razão, esse “treino” que o estágio possibilita antes de obter o diploma dá ao aluno que se forma uma vantagem importante em relação aos demais candidatos.

Assim, a busca por um bom estágio durante a faculdade deve ser feita de maneira assertiva, para obter as melhores oportunidades.

 

Conheça, a seguir, algumas estratégias para conseguir aquele estágio dos sonhos!

1) Esteja em contato constante com os professores

Além de ter formação na área que lecionam, os professores possuem colegas que atuam no mesmo segmento, que costumam ter informações sobre as empresas que estão em busca de novos estagiários.

Nesse sentido, é importante que você se destaque na disciplina desses professores, para que eles se sintam à vontade para indicá-lo para as vagas. Recomendações desse tipo aumentam as chances de você ser o escolhido.

2) Faça networking

Seus colegas de curso representam sua primeira camada de networking, isto é, eles são os primeiros que farão parte da sua rede de contatos, o que será importante em sua vida profissional.

É através desses contatos que você poderá ser indicado para as vagas que deseja. Ser reconhecido como um excelente profissional começa dessa forma.

Então, realize trabalhos de qualidade durante a faculdade e mostre seus conhecimentos em sala de aula. Isso ficará registrado na memória dos colegas.

Converse com eles sobre o estágio que eles já realizam, uma vez que podem existir vagas na empresa em que eles já estagiam. Assim, você terá acesso a oportunidades que ainda nem foram anunciadas.

3) Capriche no currículo

Em grande parte das vezes, seu Curriculum Vitae será o primeiro contato que o RH das empresas terá com você. Por isso, caprichar na apresentação é fundamental para causar uma boa impressão nos avaliadores.

É preciso muito cuidado com a gramática, organização das informações e apresentação de suas habilidades. Tudo isso é levado em conta no processo seletivo.

Lembre-se de que você está participando de uma seleção para estagiários. Por isso, a experiência não é um fator tão relevante.

4) Atenção aos quadros de avisos da faculdade

Os quadros de avisos físicos ainda são uma forma muito comum de anunciar oportunidades de estágio, pois são uma forma simples e barata de chegar até o candidato que buscam.

Então, vale acompanhar esses espaços e ficar de olho nas vagas divulgadas na faculdade. Desse modo, é possível conquistar o tão sonhado estágio.

5) Utilize bem as redes sociais

Você provavelmente usa suas redes sociais para estreitar contato com a família e os amigos.

No entanto, a partir do momento em que você busca inserção no mercado de trabalho, seu perfil nas redes passa a ser uma forma inteligente de procurar vagas de estágio e, também, um jeito de as empresas o avaliarem como profissional.

Por isso, é preciso ter cuidado! Tudo o que você posta e deixa visível nos seus perfis, será usado como um indicador da sua personalidade e competências.

Use as redes sociais com sabedoria. O que você posta pode prejudicar sua contratação ou mesmo causar sua demissão, caso você já ocupe uma vaga.

6) Conheça a legislação sobre estágio relacionada à sua área

O estágio é regulamentado em lei de diferentes maneiras, de acordo com a profissão. Por isso, é importante verificar as regras que regulam a realização do estágio na sua área, para conhecer seus direitos e deveres.

Além disso, vale a pena procurar informações sobre a lei geral do estágio, a fim de verificar em que ocasiões uma empresa deve oferecer vagas. Dessa forma, pode ser mais fácil encontrar uma oportunidade.

7) Fique por dentro da política de estágios da faculdade

Cada faculdade possui regras próprias em relação aos estágios. Algumas validam as horas de estágio como disciplina optativa. Para outras, esse formato de trabalho é um requisito obrigatório. Também existe a possibilidade de o curso não fazer exigências nesta área.

Por isso, é importante conhecer as regras da sua faculdade sobre o assunto, já que esse é um ponto que pode até mesmo atrasar sua conclusão do curso.

8) Visite eventos e feiras da sua área

Uma boa forma de encontrar vagas de estágio é acompanhar e visitar as feiras e eventos que abordam a profissão do seu curso universitário.

Além de ter a possibilidade de conquistar uma oportunidade que vai ajudar a alavancar a carreira, também é possível incrementar seu networking com pessoas qualificadas.

Com esses contatos, você começa a entender melhor como funciona a rotina de trabalho da sua profissão.

Por isso, visite todos os eventos e feiras possíveis, para aumentar suas chances de conquistar uma vaga de estágio que vai agregar muito valor ao seu currículo e aos seus conhecimentos.

9) Não dê prioridade à questão salarial

No seu atual momento acadêmico/profissional, o mais importante é buscar uma oportunidade de estágio que tenha qualidade em termos de aprendizado, isto é, do que ele pode gerar para sua carreira no futuro.

Assim, a questão do salário ou da bolsa oferecida deve ser colocada em segundo plano.

Encare o estágio como uma oportunidade para aprender a prática do dia a dia da sua profissão e para começar a criar vínculos que vão ajudar no seu futuro profissional.

É o melhor investimento que você pode fazer em você mesmo neste momento!

10) Desenvolva habilidades que fazem a diferença

Desenvolver habilidades consideradas importantes pelas empresas é um passo importante para que você se diferencie de outros candidatos por ocasião do processo seletivo.

Publicado por blog Ginead

27 set
Hidrogênio Verde: a regulação no Estado do Piauí e o PL nº 157/2023

Escola de direito aplicado

Artigo escrito pelo Diretor Acadêmico Gabriel Furtado e Luís Guilherme Tavares

A discussão sobre a regulamentação e implementação comercial do Hidrogênio Verde possui especial relevância na Região Nordeste, detentora do maior potencial de produção dessa fonte energética a um custo competitivo.[i]  Se na coluna da semana passada essa posição de destaque foi ilustrada com caso cearense, o texto de hoje se volta ao Estado do Piauí, que caminha para criar a sua própria Política Estadual do Hidrogênio Verde, com o Projeto de Lei nº 157/2023.[ii]

Em sua redação, o PL Piauiense não possui grandes distinções em relação a regulações semelhantes. Ele se ocupa em instituir uma Política Estadual com a apresentação de seus objetivos, exemplificando alguns projetos para sua concretização e definindo termos como “hidrogênio verde” e “cadeia produtiva do hidrogênio verde”, além de estabelecer pontos quanto ao regime de responsabilidade dos seus atores.[iii]

Nesse pontos, vale a remissão a tudo o que já foi comentado na apresentação do projeto cearense[iv], tornando-se interessante observar em que o Estado do Piauí apresenta algum ponto de distinção. O art. 7º dessa Política Estadual estabelece que os empreendimentos por ela abarcados, inclusive em regimes como consórcio, cooperativa e parceria público-privada, poderão ser considerados “Empresas de Base Tecnológica (EBT)”.

A inclusão nessa categoria permite que essas iniciativas possam usufruir de alguns dos benefícios previstos na legislação sobre incentivos governamentais à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, o que se mostra como uma vantagem competitiva adicional para os empreendimentos sediados no Piauí, atraindo atores comercialmente mais relevantes.

A título exemplificativo, o enquadramento das iniciativas comerciais relacionadas ao Hidrogênio Verde nessa categoria permite a aplicação de medidas de estímulo como subvenções econômicas, incentivos fiscais e previsão de investimento em pesquisa e desenvolvimento em contratos de concessão de serviços públicos ou em regulações setoriais, conforme previsto no artigo 19 da Lei Federal nº 10.973/2004.

Além disso, no âmbito estadual já existem iniciativas destinadas a beneficiar empresas vinculadas ao potencial de inovação energética, como a instalação do “Distrito Tecnológico” do Piauí, que inclui objetivos como a atração de startups – com destaque para outras EBT -, e ações de fomento ao desenvolvimento desse setor comercial.[v][vi]

Esse movimento do Piauí em direção à modernização dos setores produtivos e à transformação da matriz energética é ressaltado no Projeto de Lei em sua seção de justificativa, onde são enumeradas as vantagens desse combustível para o cenário piauiense e sua inserção internacional, como o baixo custo e atual diversidade de fontes de energia renováveis já instaladas.

Aqui cabe a ressalva de que as intenções demonstradas no PL 157/2023 quanto à implementação da Política Estadual do Hidrogênio Verde enfrentam obstáculos também presentes nas legislações semelhantes de outros Estados. Como exemplo, a redação inicial desse Projeto de Lei acaba por carecer de um grau de especificidade quanto aos conceitos empregados e por admitir certa confusão entre objetivos, princípios e meios de implementação.

Nesse rol de sugestões de aprimoramento, também seria interessante aprofundar a estruturação administrativa desse setor, como ilustrado no caso do Ceará, que implementou órgão dedicado exclusivamente aos desafios do Hidrogênio Verde, cujas funções e composição se adequam às particularidades dessa transição energética.

Essa qualificação da proposta legislativa, não restrita aos exemplos acima, proporcionaria ao Piauí um diferencial competitivo nesse setor; uma expertise normativa compatível com a tecnologia a ser regulada. Assim, se os projetos estruturais demandam um período maior para implementação, apresentar uma legislação moderna e específica pode elevar o Piauí à posição de Estado mais atrativo para os investimentos em Hidrogênio Verde.

Resta avaliar se o PL 157/2023 assumirá o posto de marco legal dessa transição, com ou sem as mudanças necessárias.

 


[i] Nesse sentido, alguns destaques desde o ano de 2022: https://www.gov.br/sudene/pt-br/assuntos/comunicacao/potencial-do-nordeste-no-mercado-de-hidrogenio-verde-e-tema-de-reuniao-na-sudene; https://www.h2verdebrasil.com.br/noticia/o-futuro-do-nordeste-e-verde/; https://saebrasil.org.br/noticias/estudo-aponta-os-caminhos-da-producao-do-hidrogenio-verde-no-nordeste/

[ii] Apresentado pelo Deputado Estadual Fábio Novo, e lida no expediente do dia 05/07/2023 da ALEPI, cujo inteiro teor pode ser consultado no link: https://sapl.al.pi.leg.br/media/sapl/public/materialegislativa/2023/18535/pl_no_157.pdf

[iii] Nesse ponto, faz-se remissão aos arts. 1º, 2º, 3º do mencionado PL.

[iv] Texto da Coluna publicada em 05/09/2023 neste portal, intitulada “HIDROGÊNIO VERDE: propositura de uma política estadual pelo Estado do Ceará”.

[v] Disponível em: https://investepiaui.com/distrito-tecnologico/

[vi] No mesmo sentido, ganha destaque a instalação da ZPE localizada em Parnaíba, cujo desenvolvimento tecnológico e industrial é apoiado por medidas como incentivos fiscais. Disponível em: https://investepiaui.com/wp-content/uploads/2022/11/Folder_ZPE.pdf

19 set
Você conhece o empreendedorismo social? Saiba o que é, como funciona e benefícios

Escola de negócios e gestão

O empreendedorismo social é um modelo que atua diretamente em causas sustentáveis, ambientais e que afetam a comunidade.

Seu foco busca trazer soluções a longo prazo, atuando na raiz dos problemas sociais e promovendo uma mudança na qualidade de vida das pessoas.

Isso se torna possível ao atuar como uma organização jurídica, atraindo investimentos e parcerias para pautas importantes.

Entenda como esse formato de negócios funciona e qual a importância de desenvolvê-lo no meio social.

O que é empreendedorismo social?

O empreendedorismo social é uma abordagem que combina gestão de negócios com o compromisso de ajudar em causas humanitárias e ambientais.

Ele se concentra em criar soluções para problemas sociais complexos, muitas vezes utilizando modelos sustentáveis.

Ao contrário do empreendedorismo tradicional, que se concentra em criar empresas que geram lucros, a categoria social visa gerar impacto social positivo.

Para isso, busca identificar os obstáculos do meio onde atua e propor alternativas de negócios que atendam a isso.

Os empreendedores sociais geralmente trabalham em áreas como:

  • saúde;
  • educação;
  • meio ambiente;
  • desenvolvimento comunitário;
  • igualdade social.

É o modelo presente em organizações sem fins lucrativos, empresas sociais ou projetos que buscam resolver problemas específicos.

Além disso, o empreendedorismo social também se concentra em criar uma mudança sistêmica duradoura.

 

Qual a importância do empreendedorismo social?

O empreendedorismo social é fundamental para unir gestão de negócios e solução coletiva para pautas importantes de sustentabilidade e diversidade.

Esse modelo procure resolver problemas que afetam as pessoas em suas comunidades, fornecendo soluções inovadoras, enquanto contribui para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população.

Além disso, também acompanha elementos empresariais, sendo um catalisador para inovações, promovendo resoluções criativas e comunitárias para resolver pendências sociais e ambientais.

Atualmente, discussões sobre desenvolvimento sustentável e responsabilidade estão se tornando cada vez mais importantes na sociedade.

Por esse motivo, é importante que as empresas possam atrair investimentos, enquanto geram lucros na economia local e global.

Como funciona o empreendedorismo social?

O empreendedorismo social funciona de maneira semelhante ao modelo tradicional, com a diferença de que, em vez de se concentrar apenas na obtenção de lucro, ele também busca a resolução de problemas comunitários e ambientais.

Nesse caso, sua gestão busca unir a produção ou prestação de serviços com a análise de problemas sociais globais.

Dessa forma, pode trabalhar com soluções inovadoras, criar tecnologias e focar o desenvolvimento das suas mercadorias de forma sustentável.

Na prática, a criação da empresa ocorre já com intenção de implementar alternativas para um obstáculo específico.

Mesmo que gere lucros, o objetivo da empresa é melhorar a qualidade de vida comunitária, promover a igualdade e minimizar os impactos ambientais.

Para isso, também funciona com métricas específicas de avaliação, como redução da emissão de carbono, contratação de equipes com diversidade e práticas voluntárias mensais, por exemplo.

O empreendedorismo social também cria mudanças sistêmicas a longo prazo, atingindo as raízes dos problemas, geralmente em parceria com instituições governamentais e setores regulatórios.

Quais as principais características do empreendedorismo social?

O empreendedorismo social tem algumas características distintas que o diferenciam do modelo tradicional, sendo:

  • Foco na solução de problemas;
  • Abordagens inovadoras;
  • Sustentabilidade financeira;
  • Métricas de impacto social;
  • Colaboração entre organizações e comunidades;
  • Mudança a longo prazo.

Nem todas as empresas com gestão de negócios sustentável precisa apresentar essas características, mas elas são as mais comuns para esse segmento de atuação.

Além disso, também costumam atuar de maneira voluntária, com poucas contratações efetivas e menor foco na geração de lucro.

Algumas empresas estão começando a adotar o empreendedorismo social como parte dos seus pilares. Nesse caso, é necessário existir um equilíbrio entre a busca por faturamento e as contribuições comunitárias.

 

Qual a diferença entre o empreendedorismo social e o tradicional?

A principal diferença entre empreendedorismo social e tradicional é a missão da instituição, uma vez que o modelo sustentável coloca a resolução de problemas como foco, enquanto o convencional busca gerar lucro.

O empreendedorismo tradicional é definido pela intenção de ser um negócio apenas lucrativo. Nesse caso, procuram identificar boas oportunidades de mercado e criar produtos que atendam às necessidades de consumo dos clientes.

Por outro lado, o modelo social visa criar soluções inovadoras e sustentáveis para resolver problemas populares e ambientais.

Assim, identificam as necessidades básicas da comunidade, atendendo a essa demanda em busca de mudanças positivas.

Quais os principais itens do empreendedorismo social?

Para desenvolver o empreendedorismo social, é importante colocar alguns elementos em prática no dia a dia. Confira os principais:

Identificar oportunidades

Essa gestão de negócios deve priorizar a identificação de oportunidades para ter uma atuação positiva na comunidade.

Além de avaliar os problemas do meio comunitário, também é importante saber quais os momentos mais propícios para desenvolver a ideia.

Dessa forma, os retornos serão mais positivos, atingindo as pessoas e as pautas pretendidas.

Diagnóstico

Ainda, faz parte do empreendedorismo social a capacidade de diagnosticar obstáculos e propor soluções com base nessa análise.

Como outros tipos de organização, é importante existir um pilar sólido para construir as soluções e formas de atuação. O gestor também precisa saber como seu trabalho está sendo percebido na comunidade.

Por isso, é importante desenvolver diagnósticos precisos, para saber onde e como operar.

Desenvolvimento de nova realidade

O foco do empreendedorismo social não busca apenas impactar a população no presente, mas também no futuro.

Por esse motivo, um dos itens presentes nessa gestão é o desenvolvimento de uma nova realidade, mudando o meio social e ambiental.

Assim, terá transformações concretas a longo prazo, atuando na raiz do problema inicial.

Quais os principais exemplos de empreendedorismo social?

Conheça alguns exemplos de empreendedorismo social no Brasil e como eles atuam:

GRAAC

Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC) é uma organização sem fins lucrativos que oferece tratamento gratuito e de qualidade para crianças e adolescentes com câncer.

Fundada em 1991, ela trabalha com uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, e conta com uma ampla rede de voluntários e doadores.

ASID

ASID, ou Ação Social para Igualdade das Diferenças, é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência, promovendo a inclusão social e a acessibilidade.

Essa instituição atua em várias frentes, desde a adaptação de espaços físicos até a capacitação profissional e o empreendedorismo.

A organização busca promover uma mudança de cultura em relação às pessoas com deficiência, incentivando a sociedade a reconhecer e valorizar suas habilidades e potenciais.

Gerando Falcões

O Gerando Falcões também é uma organização sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento social de comunidades em situação de vulnerabilidade.

Dessa forma, oferece oportunidades desde o esporte e a cultura até a capacitação profissional, incentivando uma mudança sistêmica em pessoas que vivem em comunidades periféricas.

 

Quando investir no empreendedorismo social?

O empreendedorismo social é uma alternativa importante de negócio para quem deseja fazer a diferença no meio onde vive.

Ao identificar um problema comunitário ou ambiental, criar uma empresa com esse foco ajuda na captação de parcerias e investimentos, criando soluções sólidas e duradouras.

Por isso, vale a pena considerar esse modelo para atuar em determinado nicho de forma mais organizada e positiva.

 

Publicado por Blog Facilite

18 set
Legal Design: o que é, como e quando usar

Escola de direito aplicado

Legal Design é uma abordagem focada no uso de recursos de experiência do usuário e design para a criação de produtos jurídicos. O termo começou a ser utilizado por Margaret Hagan, do The Legal Design Lab em Stanfordnos EUA. É importante deixar claro que o Legal Design não é design thinking. Muitas pessoas usam erroneamente o termo “legal design thinking“. Na verdade, isso revela uma mistura de vários conceitos que são diferentes.

design thinking é uma técnica que pode fazer parte do processo de legal design, mas não é absolutamente necessário. É útil e pode ajudar, mas não é necessário. Vamos explicar mais a frente como o legal design e o design thinking acabam conversando.

Então, o que é legal design?

Para aplicar o legal design é necessário combinar técnicas multidisciplinares como design, direito e experiência do usuário (UX). Recursos como user interface (UI) também são interessantes.

A palavra design significa a concepção de um produto no que se refere à sua forma e funcionalidade. Ou seja, se a palavra “legal” está qualificando a palavra “design” estamos dizendo que

“o legal design é a concepção de um produto jurídico no que se refere à sua forma e funcionalidade.”

Daí vem dois fatores muito importantes: o legal design se preocupa com a forma e função desse produto jurídico. Produto é tudo que é o resultado de um processo produtivo. Assim, se formos pensar nos produtos jurídicos, esses entendidos como o resultado final do serviço jurídico, geralmente são documentos.

Por essa razão, são aplicados muitos recursos de information design dentro do legal design. O information design é uma técnica que surgiu há muitos anos para apresentar informações de uma forma clara, eficiente e efetiva. Apesar disso, a prática descrita neste artigo não se trata do information design puro como aquele visto em revistas, jornais etc.

Information Design on Behance
Imagem retirada do site Behance demonstrando um exemplo de information design

O legal design é diferente porque o produto jurídico precisa cumprir requisitos legais (da lei) para ser válido. Então não basta organizar a informação dentro de um documento – ele precisa continuar válido perante a lei e cumprir requisitos legais.

Quando utilizar o legal design

O legal design deve ser utilizado sempre que puder melhorar o entendimento do usuário sobre um produto jurídico.

Então pense naquele contrato, petição ou material de compliance de 20 páginas que ninguém quer ler e tampouco entende. Ou naquele documento jurídico cheio de palavras rebuscadas que não fazem sentido. Nessas situações o legal design é perfeito para “traduzir” o que estaria no documento em modelos tradicionais.

Além disso, quando falamos de crianças, pessoas com dificuldade de leitura ou graus de escolaridade menores, o legal design é uma ferramenta importante para inclusão das pessoas e acesso à justiça.

E o que é o visual law?

Visual law é uma referência à capacidade de “visualização” de documentos. O termo vem do inglês, “visualization”. Em inglês, “information visualization” é o estudo de representações visuais de dados abstratos para reforçar a cognição humana. Daí, derivaram a aplicação para chegar ao nome “visual law”.

As pessoas que defendem o uso do termo visual law no mercado falam das características “visuais” aplicadas em documentos para definir a aplicação do termo. Só que se isso seria o visual law, porque seria diferente de legal design?

Se o legal design está preocupado com a forma e funcionalidade por meio da aplicação do design, os aspectos gráficos ou visuais já estão incluídos nesse conceito. Portanto, a distinção do “visual law” se torna desnecessária e sem propósito.

Como aplicar o legal design?

Como dito, o legal design é a concepção de um produto produto jurídico no que se refere à sua forma e funcionalidade. Ou seja, se eu falo em produto eu tenho que pensar no processo de produção.

O processo de produção pode levar em consideração diversas metodologias, dentre elas, o design thinking. Daí que surge a confusão entre os termos em inglês pela maioria das pessoas.

design thinking jamais pode ser adjetivado pelo termo “legal”. Porque o design thinking é uma metodologia universal – essa metodologia não vai mudar porque está sendo aplicada no Direito, na Engenharia ou Medicina.

The five phases of design thinking (IDEO 2012). | Download Scientific Diagram
Os 5 passos do design thinking, conforme imaginados pela IDEO.

Assim, uma das metodologias disponíveis para auxiliar no processo de legal design é o design thinking. Apesar disso, não é uma metodologia necessária e nem indispensável. Ela é apenas útil.

Essa técnica auxilia os legal designers principalmente a exercerem a empatia – se colocarem na posição dos usuários. Se formos pensar na elaboração de documentos jurídicos atualmente, a maioria deles é feita por advogados para outros advogados. Parece que nesse processo eles se esqueceram de criar documentos para os reais destinatários e usuários deles.

O que acontece na prática é que a maioria dos usuários não entende o que está escrito em documentos jurídicos. A maior prova é quando um documento jurídico chega na mão de um usuário. Ele geralmente precisa ligar para um advogado para entender o que aquilo significa.

Isso é resultado de centenas de anos em que essa classe profissional se esforçou para criar uma língua própria como estratégia de reserva de mercado. Muitos se referem a isso como “juridiquês”. O mesmo ocorre em outras áreas do conhecimento e não é um privilégio apenas do mercado jurídico.

Então vamos explicar o processo do design thinking.

Os 5 passos do design thinking

Não existe um consenso sobre as fases do design thinking. Se você for pesquisar, verá que tem pessoas que defendem 4, 5, 6 ou até 7 passos no processo de design thinking. Vamos nos manter ao número de passos apresentados pelo modelo da imagem apresentada acima.

Os 5 passos do design thinking, metodologia que pode auxiliar no processo criativo do legal design, são:

  1. Empatia
  2. Definição do problema
  3. Ideação
  4. Prototipação
  5. Teste

Etapa 1: Empatia – se coloque na posição dos usuários
Aqui, você deve se colocar na posição do usuário para entender o problema que está tentando resolver. algumas formas de entender o usuário são fazer pesquisa, shadowing, dentre outras. A empatia é crucial para um processo de design centrado no ser humano, como o design thinking defende. Isso porque essa técnica faz com que você deixe de lado seus vieses sobre o mundo e foque na realidade dos usuários e suas necessidades.

Etapa 2: Definição – Defina as necessidades e problemas dos seus usuários
Organize as informações coletadas durante a etapa da Empatia. Em seguida, analise os resultados e tente agrupá-los nos principais problemas que você ou sua equipe identificaram. Agora você tem muito claro qual o problema para conseguir gerar uma solução a partir do que você pretende criar.

Etapa 3: Ideação – Crie ideias
Agora, você está pronto para gerar ideias. Com o conhecimento obtido pelas duas etapas anteriores você agora pode começar a pensar em como resolver o problema e identificar uma solução adequada. É muito comum lançar mão de outra metodologia para geração de ideias nesta fase, o brainstorming. O brainstorming é um processo de geração de ideias criado por Alex Osborn nos anos 30. Esse processo consiste em as pessoas lançarem o máximo de ideias possíveis sem que os demais presentes na reunião façam qualquer julgamento sobre a qualidade ou viabilidade dessas ideias. Apenas após todos lançarem suas ideias, elas serão comparadas e receberão uma nota para que seja possível priorizar quais ideias serão eleitas para aplicação.

Etapa 4: Prototipação – Comece a Criar Soluções
Esta é uma fase experimental. O objetivo é identificar a melhor solução possível para cada problema encontrado. A equipe deve criar um produto mínimo viável (MVP – minimum viable product) para tangibilizar a solução do problema encontrado. O conceito de produto mínimo viável foi criado por Eric Ries em seu livro Lean Startup (A Startup Enxuta) e se refere à criação de uma versão mínima (tosca) do que seria seu produto final, acabado. Com isso, é possível evitar desperdícios e se mantém o conceito de design focado no usuário, uma vez que esse protótipo criado recebe incrementos conforme o feedback dado pelo usuário durante o seu uso (iteração). Assim, os criadores de um produto tem certeza de que estão criando algo útil para o usuário e evitam criar algo que eles acham que pode interessar o usuário.

Etapa 5: Teste – Experimente suas soluções
Teste os protótipos gerados. Como esse é um processo iterativo, os resultados ajudam a redefinir problemas e necessidades. A iteração é justamente esse processo de teste, coleta de resultados, melhorias e aplicação de um novo teste. É um ciclo de feedback (retroalimentação).

A criação do protótipo

Ao final do processo de design thinking ou qualquer outra metodologia é importante ter um protótipo pronto. Esse protótipo deve passar por um processo de validação com os usuários. Após a confirmação, podemos iniciar os incrementos.

Nesse momento entram toda a aplicação da camada gráfica e recursos de experiência do usuário. É importante lembrar o fundamento do legal design: forma e utilidade. Então qualquer recursos utilizado durante o processo de criação do documento deve ter uma função muito clara. Se não tem uma função, esqueça, não utilize.

Se um recurso gráfico é utilizado sem uma função se torna arte. Arte não é design. Essa é uma discussão antiga dentro do campo do design, tendo como um dos maiores exemplos o Juicy Salif, de Philippe Starck – um espremedor de suco de laranja que não serve para sua função, apesar de ser esteticamente bonito.

Espremedor Juicy Salif Philippe Starck Alessi Original Icone | Mercado Livre
Réplica do Juicy Salif de Philippe Starck à venda no Mercado Livre

Durante a criação do produto jurídico, diversos recursos de design e experiência do usuário podem ser utilizados. Abaixo alguns exemplos:

Design Principles: Hierarchy of Information | Bridgewater Learning
Exemplo de hierarquia de informações extraído de Bridgewater Learning
Importance of White Space in Design | by Pratik Hegde | Prototypr
Exemplo de espaço em branco entre as informações, retirado de Prototypr
Honing your typography skills for UI design — an action plan | by YaChin You | UX Collective
Exemplo de tipografia retirada de UX Design. Tipografia é a técnica de pesquisa, desenho, criação e aplicação de caracteres, formas, estilos, tamanhos e organização gráfica das palavras

Assim, após a definição do protótipo os legal designers iniciam a aplicação dos recursos gráficos que vão compor o produto final. Além dos princípios de design é importante considerar sempre o manual da marca do cliente, caso possível. O manual da marca é um documento que define a identidade e como as pessoas devem aplicar determinada marca em produtos, documentos, dentre outros. Assim, se você vai aplicar o legal design para um cliente específico, pode ser interessante solicitar o manual da marca para poder dar a identidade do cliente ao documento que está criando.

Assim, quando um usuário do documento for interagir com ele ficará clara a origem do documento, além de servir ao propósito de branding do cliente. Branding é o alinhamento do comportamento de uma marca com o seu posicionamento, propósito, missão e valores da marca. Esse alinhamento tem como objetivo fortalecer a identidade da marca na sua interação com o público.

 

Publicado por BitsAcademy 

15 set
Diferentes Tipos de Reprodução Musical e sua Influência sobre o Tempo de Permanência dos Clientes em Restaurantes

Escola de negócios e gestão

Artigo escrito pelo professor da Escola de Negócios e Gestão, Daniel Max de Sousa Oliveira, junto com Elton Belz e Sylvio Ribeiro de Oliveira Santos

Um dos importantes avanços na área de comportamento do consumidor foi o reconhecimento de que as decisões dos clientes em ambientes de consumo podem ser influenciadas por elementos atmosféricos como a iluminação, a temperatura, o aroma e o som. A manipulação intencional desses elementos pode, por exemplo, estimular os clientes a permanecerem por mais tempo na loja, escolherem opções mais saudáveis e reduzirem o ritmo com que se movimentam ou executam tarefas. Entre os elementos atmosféricos utilizados para criar um ambiente capaz de influenciar o comportamento do consumidor, a música tem se destacado, sobretudo em decorrência de sua fácil manipulação.

O Poder da Música no Ambiente de Consumo

A partir de uma análise da literatura sobre a utilização da música em ambientes de varejo e serviço, foram encontrados estudos que manipulam o volume da música, o ritmo da música, o gênero musical e ainda a combinação entre duas ou mais dessas manipulações. No entanto, Costa e Farias (2016) apresentaram uma possibilidade adicional de manipulação da música, que ainda não havia sido analisada em estudos anteriores, ao propor que a forma como a música é reproduzida no ambiente de consumo, ao vivo ou mecanizada (música reproduzida por meio de dispositivos eletrônicos), também pode influenciar o comportamento dos consumidores.

Especificamente, Costa e Farias (2016) analisaram a utilização desses dois tipos de reprodução musical em supermercados e verificaram que os clientes expostos à música ao vivo se diziam predispostos a permanecer por um maior período de tempo no supermercado do que aqueles clientes expostos à música mecanizada.

Apesar da contribuição oferecida pelo estudo de Costa e Farias (2016), seria interessante utilizar uma abordagem em que o efeito dos diferentes tipos de reprodução musical sobre o tempo de permanência dos clientes em um ambiente de consumo fosse mensurado de forma mais objetiva, uma vez que, no estudo mencionado, os clientes, abordados no interior dos supermercados, apenas indicaram, numa escala de concordância de 7 pontos, sua intenção de permanecer por mais tempo no estabelecimento. Este estudo contribuiu para ampliar o entendimento sobre essa questão, pois analisou o efeito de dois diferentes tipos de reprodução musical sobre o tempo de permanência dos clientes de restaurantes por meio de observações diretas do horário de entrada e saída dos clientes em restaurantes.

As observações e dados referentes às duas condições de reprodução musical foram coletados em restaurantes distintos. Assim, os dados referentes à condição de música mecanizada foram coletados no restaurante A, enquanto os dados referentes à música ao vivo foram coletados no restaurante B. Ambos os restaurantes estão localizados na cidade de Pomerode, Santa Catarina, são especializados na culinária típica alemã e possuem como público-alvo, além dos moradores da cidade, turistas de várias localidades do Brasil. Em conformidade com o público-alvo, a música executada em ambos os restaurantes, por meio da utilização do sistema sonoro no restaurante A e por meio de uma banda no restaurante B, é tipicamente alemã.


O tempo de permanência foi registrado por meio de observações diretas do horário de entrada e saída do grupo de clientes. Para permitir um maior controle, os dados referentes à entrada dos clientes no restaurante foram coletados no período das 11h30 às 13h30. De acordo com os proprietários dos restaurantes analisados, a maior parte dos clientes costuma chegar dentro desse intervalo de tempo. Dessa forma, todos os grupos de clientes que entraram no restaurante durante esse intervalo de tempo fizeram parte da amostra do estudo.

Por outro lado, não havia restrição de tempo quanto ao horário de saída dos clientes, ou seja, se o grupo de clientes chegasse ao restaurante dentro do intervalo de tempo estabelecido (das 11h30 às 13h30), ele faria parte da amostra, independentemente do seu horário de saída. Especificamente, o horário de entrada foi registrado após a entrada do grupo de clientes e o horário de saída foi registrado após todos os clientes de uma determinada mesa se levantarem em direção ao caixa para efetuar o pagamento. Essas e outras observações foram realizadas por observadores localizados em posições estratégicas nos restaurantes.

Reprodução Musical: Ao Vivo vs. Mecanizada

Por meio deste um experimento, foi observado que os clientes expostos à música ao vivo permaneciam por mais tempo no estabelecimento do que àqueles expostos à música mecanizada. Resultados adicionais demonstraram ainda que, na condição de música mecanizada (vs. ao vivo), outros aspectos do ambiente, como a quantidade de pessoas por mesa, exerciam uma influência mais significativa sobre o tempo de permanência dos clientes no restaurante. Esse resultado indica que, em ambiente com música mecanizada, a influência de outras variáveis do ambiente de consumo é mais determinante sobre o comportamento do consumidor.

Propõe-se que, por meio da reprodução mecanizada, a música torna-se um elemento menos atrativo para os clientes no ambiente. Assim, eles tendem a valorizar mais ou priorizar elementos adicionais, como a interação com as demais pessoas do grupo. Uma vez que a interação assume um papel importante durante a experiência no restaurante, a quantidade de pessoas pode contribuir de maneira mais decisiva no tempo de permanência do grupo. Por outro lado, na condição de reprodução ao vivo, como a música é um elemento mais atrativo, ela tende a ser mais valorizada ou priorizada pelos clientes, o que diminui a oportunidade para que outros elementos do ambiente, ou mesmo a interação do grupo, exerça uma influência significativa sobre o tempo de permanência.

 

Artigo escrito pelo professor da Escola de Negócios e Gestão, Daniel Max de Sousa Oliveira, junto com Elton Belz e Sylvio Ribeiro de Oliveira Santos. 

14 set
Você sabe o que são as Edtechs?

Escola de tecnologia aplicada

As startups vêm diversificando suas atuações para atender nichos específicos de mercado, para além dos formatos tradicionais. Diversos setores estão fazendo uso dos recursos tecnológicos para trazer inovações em suas áreas. No ramo da educação, as edtechs (empresas de tecnologia voltadas para o setor educacional) vem ganhando espaço.

De acordo com um mapeamento realizado pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e a Associação Brasileira de Startups (Abstartup), existem 364 edtechs no Brasil, espalhadas por 25 estados brasileiros, atuando principalmente na educação básica. A Associação Brasileira de Startups define as edtechs como startups que fazem o uso de alguma forma da tecnologia, como facilitadora de processos de aprendizagem e aprimoramento dos sistemas educacionais.

Presidente da organização, Amure Pinho explica que o mercado das edtechs tem mostrado um grande potencial de desenvolvimento. “Inclusive é o segundo maior mercado de startups, perdendo apenas para as fintechs. Temos uma população gigantesca e durante muitos anos houve um grande incentivo e apoio governamental na formação acadêmica”, aponta. O potencial das edtechs é tão grande que o setor cresce, em nível mundial, 17% ao ano, e deve faturar US$ 252 bilhões até 2020, segundo o relatório EdTechXGlobal.

As edtechs brasileiras

O empreendedor Jan Krutzinna é o CEO da EduSim, edtech voltada para melhorar o ensino de inglês na educação básica. “A educação é minha paixão porque caminha com minha história pessoal e abre muitas portas para as pessoas. Essa área chama muito atenção em termos de idealismo por causa do contato humano. Existe uma necessidade de aumentar as habilidades das pessoas cada vez mais porque as economias estão ficando mais sofisticadas e demandando mais dos profissionais”, observa.

Para Jan, essa exigência maior é uma tendência positiva para o setor educacional. “Temos muitas pessoas querendo colaborar. O que importa é trazer pessoas com experiência em sala de aula, que conheçam a realidade de um professor e a consigam traduzir em produtos digitais. Eu vejo um potencial realmente enorme nas edtechs se conseguirmos alinhar as forças entre o governo e setor privado”, pondera.

CEO da Trybe, escola voltada para as profissões digitais mais procuradas pelo mercado de trabalho, Matheus Goyas já possuía experiência nos setores de tecnologia e educação quando se juntou com amigos de infância para observar os desafios da educação conectados a transformação do mundo digital.

“Vimos o mundo passando por uma mudança de paradigma econômico, mas sem ter a mão de obra necessária para atender essa demanda. No Brasil, o problema é ainda maior por não ter formação em digital skills. Temos uma grande número de pessoas desempregadas e sem qualificação e empresas que não conseguem contratar. Isso prejudica o desenvolvimento do país”, salienta.

Matheus percebe que as pessoas, em geral, estão se conscientizando que é a educação é a pauta do momento. “Nos empreendedores não têm refletido tanto como na população, porque existem outros setores mais atrativos. Mas tem gente apaixonada atuando na área, mas ainda não é a agenda de preferência dos empreenderes”, avalia.

À frente da plataforma de ensino on-line voltada para empreendedores EduK, Eduardo Lima observa uma quebra de paradigma em relação à educação à distância. “As pessoas estão percebendo que ela é tão boa quanto, e às vezes até melhor, do que o modelo tradicional. Tem empresas construindo conteúdo de muita qualidade e professores de altíssimo gabarito que estão ensinando pela internet. É uma transição natural, porque elas tornam a educação mais acessível e flexível. As edtechs tem um propósito muito transformador, mas ainda é um mercado muito jovem”, explica.

Juntando educação, saúde e tecnologia, a MedRoom vem com a proposta de fazer treinamentos na área da saúde com realidade virtual. CEO da edtech, Vinicius Gusmão percebe que o setor possui vários problemas, o que se traduz em muitas oportunidades.

“O grande desafio é escalar o projeto. A tecnologia é incrível e dá para fazer muita coisa com ela, mas não garantir o acesso democratizado a todo mundo, o que seria o ideal do ponto de vista educacional. Então temos limitações, ainda mais em um país que não tem ainda uma cultura muito forte em inovação tecnológica.”

Os desafios do setor

Amure Pinho opina que um dos maiores obstáculos de se trabalhar com edtechs ainda é a falta de regulamentação. “O controle do governo em alguns requisitos ainda engessa um pouco a educação que pode ser transformada na ponta. Também temos uma formação que ainda é um pouco distante das necessidades do mercado, fazendo com o que o profissional precise se especializar mais. Outro desafio é que nós temos uma geografia e economia muito complexas e grandes, então você não consegue levar o mesmo nível de acesso à informação à todos os lugares”, analisa.

Matheus Goyas ressalta que é importante que o empreendedor tenha a humildade para reconhecer que a solução da edtech dele não vai resolver todos os problemas da educação. “Solucionar esse gargalo só vai ser possível com um trabalho em conjunto entre empreendedores, empresas, governo e educadores. A educação por si só é muito complexa”, garante. Ele também percebe que a questão geográfica é um grande limitador, tanto em questões culturais como de infraestrutura.

Jan Krutzinna concorda que a distribuição é um dos maiores desafios dos empreendedores de edtechs. “Muitas empresas são criadas com ótimas ideias mas têm dificuldades de entregar no ponto final. O sistema público também  é difícil de colaborar. Tem muito potencial para crescer, mas é preciso evoluir em muitas coisas tecnológicas e conseguir recrutar talentos, o que ainda é outra dificuldade que encontramos”, revela.

Para Eduardo Lima, o maior desafio é encontrar uma proposta de valor suficientemente boa para que os clientes consumam e gerando caixa para a empresa. “São modelos que muitas edtechs ainda não conseguiram alcançar. Depois disso, é fidelizar o cliente, como em qualquer outra empresa”, opina.

Vinicius Gusmão acredita que as edtech estão no bom caminho, mas ainda falta aparecerem mais e serem criados mais incentivos para que elas deslanchem. “Talvez o Brasil ainda não tenha abraçado totalmente a onda das edtechs. O que talvez falte é um bom case de sucesso que mostre o potencial do mercado”, pondera.

Oportunidades nas edtechs

Para quem trabalhar no setor, especialistas afirmam que características como ser apaixonado por transformar a vida das pessoas, focar na qualidade, ter uma conexão pessoal com a área da educação, ser empático, paciente, resiliente, ter compromisso e foco ao longo prazo e gostar de se relacionar com as pessoas, além de ter um profundo alinhamento e foco obsessivo nos clientes/estudantes.

Profissionais nas áreas de desenvolvimento de software, programação, análise de dados, front end, design, interface, marketing digital, marketing de conteúdo, mídias sociais, vendas e experiência do usuário encontrarão muitas oportunidades de trabalho nas edtechs.

 

Publicado por Blog Na Pratica

12 set
Indústria 4.0: as oportunidades de negócio de uma revolução que está em curso

Escola de negócios e gestão

Internet das coisas, manufatura aditiva, produção autônoma: tudo isso deixou de ser tendência do futuro para se tornar diferencial dos negócios. Conheça as oportunidades da Indústria 4.0.

Se tem uma coisa que as aulas de história nos ensinaram é que a Revolução Industrial, do final do século XVIII, transformou completamente o nosso modo de viver. O consumo em massa, a urbanização e o intenso desenvolvimento tecnológico foram moldados por esse movimento e acelerados a partir de então.

Nessa evolução, podemos distinguir quatro diferentes Revoluções Industriais, em menos de 180 anos:

Infografico Industria-01 (1)

Após cerca de 200 anos, chegamos à era da Indústria 4.0, a 4ª Revolução Industrial, marcada pela completa descentralização do controle dos processos produtivos e uma proliferação de dispositivos inteligentes interconectados, ao longo de toda a cadeia de produção e logística, como explica o Empreendedor Endeavor José Rizzo.

indústria 4.0

O que muda com a Indústria 4.0?

A emergência de novas tecnologias como Big Data, Internet das Coisas e manufatura aditiva cria as bases para essa nova revolução industrial. E, com ela, surgem uma série de mudanças de paradigma que mudam o jeito de enxergar o funcionamento de uma indústria e o processo que faz um produto chegar até ao consumidor.

Aumento de produtividade por meio da otimização e automação

Existe uma série de preocupações que tiram o sono dos empreendedores que trabalham com indústria: economizar recursos, aumentar a lucratividade, reduzir o desperdício, automatizar para prever erros e atrasos, acelerar a produção para trabalhar em função da cadeia de valor, digitalizar fluxos que eram feitos no papel, conseguir intervir rapidamente em casos de problemas da produção, e muito mais. A necessidade é tão grande que a maior parte dos investimentos feitos em internet das coisas (IoT) pela indústria são relacionados a operação, dos processos à logística e gestão do inventário.

Digitalização dos produtos em um ecossistema interconectado

Você deve ter notado. Se antigamente, um bom carro era aquele que gastava pouco combustível oferecendo o máximo conforto, hoje isso já não é mais suficiente. Os mais novos automóveis indicam a melhor rota em um painel multimídia, se conectam com seu celular, apitam se você não usa o cinto de segurança e te deixam fazer quase tudo via comando de voz.

Um produto com mais de 200 anos — o carro — agora passa a ser integrado a um novo ecossistema digital com internet, telefonia móvel e GPS.

Esse movimento é parte do processo de integração em que todos os produtos que existem hoje passam a se conectar por meio de uma rede digital. Já aconteceu com seu carro, celular, televisão, geladeira, relógio e todos os conhecidos wearables. Mas esse é só o começo da revolução.

Os dados gerados hoje moldam os produtos de amanhã

O jeito como as pessoas usam os produtos hoje indica aos empreendedores como será o design do futuro. Os dados gerados a cada uso — que vão do modo como você dirige, assiste televisão, se exercita e até dorme — vão moldando os produtos que veremos em breve nas prateleiras.

O resultado disso é que os novos produtos serão inspirados, mais do que nunca, no uso que o consumidor faz hoje dos produtos que tem, em uma abordagem de engenharia e design inteiramente centrada no consumidor.

Prever o que vai acontecer antes de a linha de produção parar

O uso dos dados é, por si só, um campo de vasta oportunidade para melhorar a eficiência da indústria.

Quando Sakishi Toyada criou o sistema de produção da Toyota, surgiu também uma abordagem para lidar com os problemas da linha de produção: os 5 porquês. Se aparecesse um problema que fizesse a produção parar, era preciso perguntar 5 vezes o porquê aquilo aconteceu.

Nessa abordagem, todos os problemas eram identificados depois do acontecido, até encontrar a causa raiz. Porém, nesse meio tempo, havia desperdício de recursos, riscos de manchar a imagem da marca, pedidos que eram cancelados e produtos que sofriam recall por problemas na produção. Se todo o sistema industrial está conectado e pode ser monitorado, é possível programar alertas, dar o suporte às máquinas antes de falharem, e ainda, monitorar em tempo real e diagnosticar de forma mais rápida os problemas, mesmo que os engenheiros não estejam no chão da fábrica. Com essa visão, abre-se uma oportunidade para os empreendedores na criação de serviços de manutenção inteligente e prevenção de falhas na linha de produção.

Agora, com os sensores instalados nas fábricas e as análises feitas praticamente em tempo real, é possível fazer a manutenção preditiva dos aparelhos.

Customização dos produtos em larga escala

O alto grau de personalização, em uma escala de produção, também é uma das mudanças que vai impactar diretamente a indústria nos próximos anos. Durante um tempo, ter algumas cores disponíveis do mesmo tênis já era o suficiente; agora nós queremos customizá-los do nosso jeito. Uma evolução disso, é a capacidade do consumidor interagir com a marca e sua linha de produção por meio de plataformas digitais que personalizam os produtos, diminuem a distância entre produção e entrega e possibilitam a cocriação.

Em várias indústrias, isso já acontece, mas a capacidade de escalar a personalizar no mesmo nível de uma produção massiva ainda é um desafio que a automação industrial se propõe a resolver.

Quais os setores mais promissores?

A capacidade de disrupção da Indústria 4.0 é tão grande que pode afetar todos os setores conhecidos, principalmente no Brasil onde esse movimento ainda é incipiente. O que há de comum entre todos os setores, que combinam a necessidade de implementar os elementos da indústria 4.0 nos seus processos produtivos, é a necessidade de aumentar a produtividade, sem diminuir a qualidade da produção.

Se tem uma palavra que define essa nova revolução, essa palavra é produtividade.

Indústria farmacêutica

As portas se abrem nessa indústria por conta da necessidade latente de melhorar os métodos de controle de qualidade e o gerenciamento das atividades da linha de produção. Existe um espaço para o desenvolvimento de tecnologias de análise em tempo real, consumindo menos reagentes, mão de obra e outros recursos, assim como automatizando o processo de controle de qualidade, análise de riscos e investigação de desvios, que hoje são atividades essencialmente manuais.

Indústria de alimentos

Enquanto o controle de qualidade é a principal preocupação da indústria farmacêutica, na de alimentos uma das principais oportunidades está no rastreamento dos produtos para os consumidores. A transparência será muito maior de toda cadeia produtiva, em parte porque o fluxo de informações está mais acessível. Assim, em um futuro próximo, o consumidor poderá escanear um código de barras de uma caixa de leite, por exemplo, e descobrir a fazenda onde foi produzido, a distância até sua casa, o meio de transporte e todo processo de industrialização até o leite chegar no supermercado.

Energia

Se uma das promessas da indústria 4.0 é economizar recursos energéticos na produção em escala, essa economia passa também pela escolha da fonte de energia. É por isso que fontes alternativas — como a solar e a eólica — são cada vez mais estudadas e viabilizadas, de modo que sustentem a necessidade energética das indústrias.

Agroindústria

A agricultura de precisão que ajudou a super práticas não sustentáveis de agricultura, é um reflexo das inovações trazidas pela indústria 4.0. Big Data e internet das coisas, combinada com máquinas e sensores mais sofisticados está viabilizando ganhos cada vez maiores em dois sentidos: produtividade e sustentabilidade. O caminho está aberto também para o crescimento da bioeconomia, baseada em recursos biológicos e sustentáveis, com processos limpos e renováveis.

Indústria de construção civil

A complexidade dessa indústria faz parecer impossível um processo de digitalização em escala. Porém, as demandas são tão altas quanto a complexidade de atendê-las: processos mais eficientes que desperdicem menos recursos, construções que respeitam o meio ambiente, novos materiais mais resistentes e adaptáveis…Oportunidades não faltam!

A consultoria McKinsey listou 5 tendências que podem moldar o setor:

Pesquisas e geolocalização de alta definição: para evitar discrepâncias entre as condições reais do solo e o escopo do projeto

Modelagem de Informações de Construção (BIM) em 5-D: a representação digital que hoje integra o projeto, os custos e o cronograma de construção também vai incluir dados geográficos, térmicos e acústicos, por meio da tecnologia de realidade aumentada.

Colaboração digital e mobilidade: estamos em 2017, mas uma das principais causas de baixa produtividade do setor ainda está relacionada aos processos que são conduzidos no papel como projetos arquitetônicos, registros de equipamentos, pedidos de materiais e relatórios de progresso.

Internet das coisas e análise avançada: o volume de dados gerados na construção é tão grande que abre caminho para gestão dos materiais e pedidos de suprimentos, construção de estruturas mais inteligentes, eficiência energética e segurança do trabalho.

Novos materiais de construção: nanomateriais, aerogels, concreto autocurável… A realidade de custo e eficiência dos materiais muda quando entram em cena inovações como a impressora 3-D e os módulos pré-montados, por exemplo.

Distribuição e logística

A distribuição não quer ser mais commodity, brigando pelo preço. Ela quer questionar paradigmas para melhorar o fluxo da cadeia produtiva. Estamos falando, por exemplo, da Amazon em 2013, fazendo experimentos de entregas de encomendas por meio de drones. Ou de uma rede interligada de parceiros que não dependa de fronteiras geográficas para fazer negócios.

E a realidade do Brasil?

O Empreendedor Endeavor José Rizzo explica que:

“A indústria nacional ainda está em grande parte na transição do que seria a Indústria 2.0, caracterizada pela utilização de linhas de montagem e energia elétrica, para a Indústria 3.0 que aplica automação por meio da eletrônica, robótica e programação. A boa notícia é que não precisaremos passar por todo o processo ocorrido nos países desenvolvidos. Podemos e devemos queimar etapas.”

Por que é tão difícil?

A primeira grande mudança de paradigma está na cultura enraizada no setor que envolve controles físicos de produção, com papéis, formulários e muita burocracia. Digitalizar esses sistemas é o primeiro passo para fazer a transição de era. Além disso, a dificuldade de financiamento das empresas, por conta das elevadíssimas taxas de juros, impede que elas adquiram equipamentos e tecnologia de ponta, adotando a internet das coisas, robôs autônomos e ferramentas de BIG DATA que facilitem o monitoramento do processo fabril.

Esse ambiente, por mais difícil e hostil que pareça, é terreno fértil para o surgimento de novas empresas. A ruptura tecnológica necessária, a demanda dos consumidores e a competitividade do setor exigem dessas indústrias uma agilidade que elas sozinhas — pelo tamanho e estrutura organizacional — não conseguem ter.

Para competir globalmente, a indústria brasileira precisa saltar etapas. E isso só vai acontecer se ela tiver empresas ágeis, de alto crescimento e com potencial disruptivo para mover esse setor adiante.

 

Publicado por Blog Endeavor

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