A responsabilidade social é uma das bases do iCEV. Um exemplo concreto disso é o Projeto Social Masanetau Warao, realizado na disciplina Projeto de Extensão – Sociologia e Antropologia, por estudantes e professores do Curso de Direito da nossa instituição.

(Foto: Denise Machado)

Quem são os Warao?

São os indígenas venezuelanos (da etnia warao) que estão em situação de acolhimento em Teresina. Atualmente, eles estão distribuídos em três espaços de acolhimento (CSU, Emater e Poty Velho) que são mantidos pela prefeitura da capital piauiense.

Os warao são considerados imigrantes refugiados pelo poder público e constituem um contingente populacional de, atualmente, 225 pessoas.

(Foto: Denise Machado)

Em busca de soluções

Ricardo Mousinho, que faz o segundo período do curso de direito no iCEV, detalha alguns dos principais obstáculos que têm sido enfrentados por essas pessoas e também o que foi feito pelos estudantes iCEV no intuito de ajudá-las:

“Eles são imigrantes que chegaram até o Brasil e estão numa situação bem complicada aqui em Teresina, principalmente com relação à documentação, como a carteira de trabalho. Então, trouxemos algumas pendências e algumas demandas que nós conseguimos resolver enquanto estudantes do segundo período. Fomos conversando com o coordenador do curso, com outras pessoas e outros órgãos que puderam nos ajudar”, relata.

Ou seja, de maneira geral, essa iniciativa tão inspiradora visou promover a inclusão, o acesso a direitos básicos e a melhoria da qualidade de vida dos indígenas warao, abordando as dificuldades específicas que eles enfrentam e promovendo seus direitos fundamentais. Os resultados, nesse sentido, foram plenamente satisfatórios.

(Foto: Denise Machado)

Metas alcançadas

Lilian Gabriella, professora de Sociologia e Antropologia do iCEV que esteve à frente do projeto de extensão, detalha:

“Os objetivos foram atendidos. Houve adesão dos alunos quanto ao projeto e as metas foram encaminhadas, visto que se tratam de questões jurídicas. O projeto teve como importância, inicialmente,  fomentar a conscientização acerca das condições nas quais os imigrantes vivem, e, juntamente com o Direito, ajudou na elaboração de soluções de garantias de direitos básicos a essa população. Ao longo do projeto, os alunos também puderam presenciar certos choques culturais, fazendo-os refletir sobre como o Direito poderia resolver tais impasses”, detalha.

(Foto: Denise Machado)

Feedback positivo

Segundo ela, essa iniciativa veio acompanhada de algumas peculiaridades que só chegaram para somar. E, claro, a aprovação dos estudantes que participaram do projeto foi total: “os alunos gostaram do contato, ainda mais pelo fato de a comunidade visitada ser de uma cultura indígena warao. Nesse caso, não falamos apenas de estrangeiros, mas também de outras nuances. Além disso, o contato com o desconhecido provocou uma desconstrução, tanto do olhar, quanto na forma de pensar o outro”, finaliza Lilian.