A metodologia Lean é uma forma de gerenciamento que tem como finalidade impedir desperdícios, seja de verba, mão de obra ou tempo, apenas fazendo uso de meios fundamentais para realizar de uma melhor forma uma certa tarefa ou um processo específico.
O conceito da metodologia Lean começou a ser usado em meados dos anos 1980 como Lean manufacture, que significa manufatura enxuta. Nessa época, a indústria japonesa já carregava a filosofia de ter uma produção de veículos otimizada.
Como exemplo, podemos citar a Toyota, que incorporou este método depois da 2ª Guerra Mundial. Mas antes de tudo isso, muitas das ideias que estão contidas nela dizem respeito a Frederick Taylor e aos seus conceitos de Administração Científica, em meados de 1910.
Durante os 50 anos seguintes, o Lean manufacture foi continuamente melhorado e desenvolvido por Lilian e Frank Gilbreth, Henry Ford e muitos outros. Após notarem o enorme sucesso no Japão, no final dos anos 70, vários empresários e consultores de produtividade dos Estados Unidos resolveram adotar o modelo.
Em meados dos anos 90 e no início do novo século, essa metodologia se espalhou por toda a Europa e Estados Unidos e até hoje é muito usada pela sua capacidade em gerar significativas melhorias aos que a adotam.
A metodologia Lean é uma abordagem de gestão que tem como finalidade a otimização de custos e conseguir tornar processos e procedimentos mais eficientes e produtivos, partindo de uma melhoria feita de maneira contínua e que tem em seu foco a entrega de valores.
A metodologia Lean, como foi mostrado primeiramente no modelo de produção enxuta da Toyota, é um trabalho realizado em equipe, o que gera potencialmente um grande diferencial em sua empresa. Com ele, ainda é possível livrar-se de planos de projetos empoeirados e gráficos estáticos.
A metodologia Lean tem adaptações de conceitos, por isso existem diferentes tipos de Lean. Porém, todos eles pertencem ao conceito da metodologia original, ou seja, são como braços de um corpo.
Veja quais são eles:
Ela é a que mais carrega a ideia original da metodologia Lean, tendo uma estratégia de manufatura enxuta que permite garantir uma operação de excelência, assim como no sistema de produção da Toyota.
Usado em ambientes de áreas administrativas e escritórios, a Lean office pode ser facilmente usada, para o modelo de home office, transformando o fluxo de valores em fluxo de informações.
Voltado para o setor de construção civil, a Lean construction tem como finalidade diminuição de prejuízos de uma construção, rapidez na entrega de uma obra e ainda a redução de custos.
Com foco na área da saúde, tem como finalidade a melhoria no atendimento de pacientes. Procura de forma contínua melhorar a participação de todos os funcionários nos processos da empresa e ainda busca diminuir desperdícios.
Este modelo tem um foco maior no processo empreendedor, como fazer testes constantes com o uso de MVPs e a otimização de vendas, por exemplo.
Com foco nas operações logísticas, a Lean logistic foca em reduzir custos, enxugar desperdícios e usa o Mapa do Fluxo de Valor, que consegue mostrar aos gestores quais as tarefas e atividades que geram um maior valor às operações.
A metodologia Lean auxilia no entendimento para identificar todos os desperdícios de uma forma mais clara. Antes de saber quais são eles, vamos te mostrar os cinco princípios em que o pensamento enxuto se baseia:
As ações da metodologia Lean têm uma base na redução de sete desperdícios principalmente. Saiba quais são:
Movimentação: movimentações desnecessárias de uma equipe desgastam o fluxo de trabalho e ainda podem gerar transtornos maiores, como atrasos de reuniões e prazos.
Falta de qualidade: trabalhos realizados de forma incorreta, que podem ocasionar defeitos e inconsistências.
Transporte: ao transportar materiais e produtos para locais sem uma preparação prévia e um mapeamento, insumos como tempo, dinheiro, energia e os próprios produtos podem ser pedidos no caminho.
Estoque: o excesso de materiais que ocupam um espaço e podem levar a gastos maiores como aluguéis, manutenção do espaço e mão de obra.
Processos desnecessários: não é preciso falar os problemas que são acarretados ao perder tempo realizando atividades redundantes, como revisões excessivas.
Espera: sem a otimização de tempo em processos como documentação, atendimento e seleção de materiais, pode haber transtornos no fluxo de trabalho e também na produtividade dos trabalhadores.
Superprodução: assim como é importante ter um controle no estoque, também é importante ter um controle sobre a produção, produzindo apenas aquilo que for necessário, não gerando excessos.
O principal objetivo da metodologia Lean é a dedicação máxima para entregar o melhor para o cliente em menos tempo, tendo como base vários indicadores importantes. Ou seja, a junção de alta qualidade e prazo reduzido.
De acordo com a Escola DNC, isso ajuda a entender se alguma ação está indo no caminho definido para atingir os objetivos.
A implementação de um pensamento com mais foco e específico é algo que exige muito planejamento, mente aberta e esforço de todo o time. É necessário fazer o mapeamento de todas as etapas do processo e das tarefas para poder fazer a identificação de pontos que são causadores de desperdícios e assim poder melhorá-los.
Todos os tipos de implementação de modelos e metodologias precisam primeiramente serem estudadas. E mesmo que o seu plano de negócios tenha sido embasado por longos períodos de muita pesquisa, nesta etapa tudo é teoria.
É muito importante listar todos os pontos da sua empresa, sejam positivos ou negativos, pois é conhecendo o negócio que você conseguirá entender qual é a melhor adaptação.
A metodologia Lean foi criada para oferecer um alinhamento dos funcionários sobre os produtos, ajudando assim o time e permitindo uma visão mais ampla e clara da solução de problemas.
Ela também permite a promoção de um alinhamento em torno de um objetivo que seja comum em todas as áreas.
Determinar suas metas e definir de forma clara a sua estratégia é, geralmente, uma etapa que é deixada de lado em pequenas empresas. Porém é isso que deixará evidente qual o processo necessário para que os pontos positivos da empresa sejam destacados e os objetivos sejam alcançados.
Por exemplo: se uma empresa deseja se organizar financeiramente, é necessário estabelecer um planejamento financeiro, controlar o fluxo de caixa, registrar e monitorar suas transações financeiras e avaliar seus resultados financeiros regularmente.
Use todos os recursos que estão a sua disposição para estar sempre se atualizando e aprendendo cada vez mais sobre o seu negócio e seu público-alvo. A metodologia Lean em qualquer setor te ajudará também a estudar e aprender tudo o que for necessário para alavancar o seu negócio. Assim, você poderá aprender sobre ele de forma prática.
Com a metodologia Lean, você poderá aplicar as ferramentas na sua rotina diária. A versatilidade e a capacidade de adaptação é o que torna esta metodologia mais acolhedora. Podemos citar ferramentas como Trello, Notion, Google Agenda, Google Keep.
A implementação da metodologia Lean resultará em uma transformação da rotina do seu negócio e do ambiente de trabalho. Consequentemente, irá impactar de forma positiva os resultados da empresa
Confira alguns dos muitos benefícios:
A metodologia Lean faz o uso de métodos que gerenciam de forma eficiente e ainda conseguem promover processos que são executados de maneira detalhada. Há uma redução de desperdícios em todos os processos e departamentos da empresa.
Em geral, há redução do estoque de matérias-primas e de produtos já prontos, pois excessos são transformados em desperdícios, exatamente o que aqui é evitado. E ainda, a equipe se torna mais produtiva e os prazos são cumpridos de forma mais segura.
Por fim, o uso do 5S irá contribuir para o aumento da visibilidade das tarefas, fluxo de trabalho padrão e melhoria da produtividade. Os 5S são os seguintes, originalmente em japonês:
A metodologia Lean beneficia não só a empresa, mas também seus colaboradores. Com os processos mais bem definidos, as equipes têm uma visão mais ampla e estratégica das suas funções e consegue atingir seus objetivos com mais assertividade.
Técnicas que melhoram o gerenciamento de projetos, como o Lean, beneficiam também a saúde mental no ambiente de trabalho, ajudando a evitar qualquer tipo de estresse.
Como foi dito anteriormente, os processos serão enxutos e os materiais só serão produzidos sob demanda, reduzindo custos. Assim, a tendência é de aumento dos lucros, o que é essencial para qualquer empresa.
Na metodologia Lean, sempre será usado o conceito just-in-time, que determina que o processo de produção e a produção devem ser traçadas sempre pela demanda. É possível usar várias ferramentas como o Mapa A3, Kaban e programa 5S para atingir esses objetivos.
É importante destacar também que mesmo que a metodologia Lean tenha nascido na indústria, ela poderá ser aplicada em qualquer outra área.
Agora que você já sabe tanto sobre a metodologia Lean, entenda quais os três pilares do Lean.
Processo contínuo de interação com o consumidor, o customer development tem como foco o teste e a validação de suas hipóteses sobre o cliente, mercado e produtos, sempre englobando pesquisas qualitativas e quantitativas.
Ou seja, é muito importante estar sempre disposto a ouvir seus clientes a fim de entendê-lo de forma verdadeira. Não existe um espaço para achar que entende ou sabe o que o consumidor precisa sem antes ouvir o que ele tem a dizer.
Por isso, esse pilar é fundamental para ter empatia e poder se colocar no lugar do outro para poder germinar uma compreensão profunda.
XP e Scrum são metodologias que podem ser aplicadas e que são de grande ajuda para a administração e gestão de projetos do cotidiano. Aqui é possível aumentar a velocidade de aprendizado usando os feedbacks dos clientes e usuários.
Diferente de muitas outras metodologias, o Lean oferece recursos que podem ser inteiramente gratuitos, o que é ideal principalmente para as empresas que ainda estão começando. Por isso ela também se destaca neste pilar.
Em conclusão, a metodologia Lean tem se mostrado uma abordagem altamente eficaz para aprimorar a eficiência e a qualidade dos processos de negócios. Ao adotar uma mentalidade enxuta, as empresas são capazes de reduzir o desperdício, identificar problemas com mais rapidez e tomar medidas proativas para melhorar seus fluxos de trabalho.
Além disso, a metodologia Lean incentiva a colaboração, a inovação e a experimentação, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e mantenham sua competitividade a longo prazo.
Através do uso de ferramentas como o mapeamento de fluxo de valor e o kanban, as empresas podem identificar áreas de melhoria e implementar mudanças significativas em seus processos de negócios.
Em um mundo onde a mudança é constante e a eficiência é essencial, a metodologia Lean é uma abordagem valiosa para qualquer empresa que busque melhorar sua produtividade e desempenho.
Ao adotar a mentalidade enxuta, as empresas podem criar uma cultura de melhoria contínua, impulsionando a inovação e aprimorando sua capacidade de oferecer valor aos seus clientes.
Grandes empresas e economistas do mundo todo já reconhecem como imprescindível a sustentabilidade dos negócios, que devem se comprometer tanto com o meio ambiente, quanto com a sociedade. Neste contexto, o conjunto de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) ou traduzindo, Ambiental, Social e Governança (ASG), ganha cada vez mais força no mundo dos negócios.
Neste artigo nós vamos te explicar os detalhes do conceito e como aplicá-lo ao seu negócio. Continue a leitura.
A sigla em inglês ESG representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa (Environmental, Social and Governance) nas empresas. O objetivo de tal compromisso é mais do que apenas evitar a deterioração dos recursos naturais. É também combater a ausência de práticas corporativas voltadas para as políticas sociais e a falta de uma gestão íntegra.
ESG é mais que uma política de compensação, é uma estratégia sólida que deve ser planejada e incorporada em todas as ações da empresa. Por isso, entender como o ESG é importante para a sua empresa é fundamental para que ela possa se desenvolver.
A sigla ESG surgiu pela primeira vez em 2004, em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) intitulado “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”, em tradução livre). Com 20 instituições financeiras, de nove países, o documento foi criado para estabelecer diretrizes que incluíssem as questões ambientais, sociais e de governança para o mercado financeiro.
Além disso, o relatório apontou que empresas que se preocupam com esses três valores podem, além de trazer benefícios para a sociedade, agregar valor aos negócios, visto que tais princípios são cada vez mais primordiais para o investidor moderno.
Apesar do seu início no mercado de investimentos, o conceito de ESG foi, ao longo dos anos, ganhando notoriedade em outros setores da economia. Em 2015, o movimento ganhou ainda mais força com a Agenda 2030 da ONU e o Acordo de Paris. Ambos focados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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Posteriormente, em agosto de 2019, o Business Roundtable, grupo empresarial que reúne os líderes das maiores companhias norte-americanas, divulgou uma carta rompendo com a ideia de que os negócios existem apenas para dar retorno aos acionistas.
Em 2020, com a pandemia de Covid-19, ficou ainda mais evidente a necessidade de uma agenda de desenvolvimento consciente. Para reforçar este contexto, o Fórum Econômico Mundial lançou na Reunião Anual de 2020 em Davos, um guia de métricas com bases no valores de ESG. Prática novamente reforçada no encontro de janeiro de 2021.
São as ações da empresa voltadas para o meio ambiente, que envolvem comportamentos relacionados ao consumo dos recursos naturais do planeta, emissão de carbono e outros gases poluentes, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição do ar e da água etc.
Pode parecer um pilar distante para empresas que não estão ligadas diretamente à emissão de gases poluentes, por exemplo, no entanto, ao ignorar pontos importantes como reciclagem ou descarte de resíduos danosos ao meio ambiente, como aparelhos tecnológicos, a sua empresa está falhando neste pilar.
Leva em conta como a organização lida com fatores sociais como: inclusão e diversidade, relações de trabalho com colaboradores, clientes, fornecedores, direitos humanos, relações com as comunidades, entre outros.
Este pilar do ESG tem se tornado cada vez mais importante, tanto na nossa sociedade como também dentro das organizações, já que, cada vez mais, investidores estão apoiando empresas que estão prezando pelo bem – mental e físico – dos colaboradores.
Dessa forma, contar com ferramentas e metodologias capazes de gerar uma gestão de talentos mais conectada se faz necessário e fundamental para empresas de todos os portes.
Este pilar do ESG avalia as esferas administrativas e de gestão da empresa, considerando a independência e diversidade do conselho, política de remuneração dos altos cargos, transparência e ética da instituição.
Além disso, esse pilar também é responsável por trabalhar na proteção de dados e privacidade das informações dos colaboradores, garantindo segurança e integridade aos dados deles.
Dessa forma, este pilar busca atender diferentes esferas da empresa – colaboradores, acionistas e clientes – garantindo as melhores práticas para que nenhuma das partes seja prejudicada.
A pandemia escancarou o que muitos de nós já imaginávamos: é preciso repensar a forma como lidamos com o mundo ao nosso redor. Os nossos recursos naturais são limitados, pessoas são o que movem a engrenagem do sistema e bons valores perduram.
Com isso, as relações de consumo, que já estão há bastante tempo em constante mudança, dão mais uma volta. O cidadão moderno está mais do que nunca preocupado com os impactos no planeta, o uso de recursos naturais, a igualdade de gênero, a inclusão, a diversidade, entre diversos outros pontos.
Não levar as normas de ESG em consideração causa um reflexo negativo aos negócios, gerando uma insatisfação dos clientes, parceiros e colaboradores, que cada vez mais consideram e exigem das empresas um compromisso com esses valores.
Dessa forma, é essencial entender a importância das práticas de ESG e de cada pilar que a sustenta para gerar mais valor aos negócios.
Uma pesquisa da Deloitte mostrou que 75% dos investidores globais aplicaram os indicadores ESG em pelo menos um quarto dos seus investimentos totais. A lista é crescente e os investidores estão cientes de que todas essas questões influenciam no valor de mercado e na avaliação de uma empresa.
E os consumidores do varejo também parecem concordar. De acordo com o Centro para Negócios Sustentáveis da Universidade de Nova York, a preferência do consumidor é por produtos mais sustentáveis em todas as categorias.
Ou seja, na hora de escolher um chocolate, por exemplo, o consumidor moderno vai muito além do sabor. Ele leva em consideração toda a fabricação do chocolate, desde a agricultura do cacau, passando pela qualidade de vida do produtor, o impacto ambiental da produção e se há ou não trabalho escravo ou infantil no processo.
Os trabalhadores também querem que suas companhias tenham responsabilidade social em suas decisões a curto e longo prazo. Além disso, colaboradores satisfeitos possuem o dobro de chances de permanecer em uma empresa por pelo menos cinco anos, comparados àqueles que trabalham apenas pelo pagamento.
A lealdade de um funcionário é um grande benefício para empresa, já que reduz os custos de contratação, mantém colaboradores mais alinhados às estratégias do negócio e fortalece a memória institucional.
Ou seja, o ESG altera fundamentalmente a maneira como as empresas trabalham com clientes, funcionários, fornecedores, comunidades e governos locais. É uma via de mão dupla na qual todas as partes envolvidas ganham.
Já vimos até aqui, percebemos que é imprescindível adotar práticas de ESG no seu negócio. Porém, não é uma tarefa simples incorporá-las no cotidiano da empresa. Para te ajudar a iniciar este processo, confira algumas dicas que separamos para você.
O primeiro passo é definir uma estratégia sólida para colocar em prática. Como qualquer metodologia de gestão, ESG envolve um processo de melhoria contínua.
Para desenvolver um bom planejamento de ESG é possível utilizar alguma ferramenta como PDCA, 5W2H, Análise SWOT para listar as estratégias e como elas serão aplicadas.
Confira algumas das boas práticas de ESG com base nos seus três pilares:
A prática de Greenwashing quando a empresa diz estar adotando políticas sustentáveis, porém, na realidade, não está. É ter um discurso diferente da prática. Algo incompatível com os princípios de ESG. Já que alguns dos principais pontos é a transparência da gestão, mostrando as ações da empresa para este contexto.
Além de questionar os impactos ambientais e uma possível campanha de boicote à empresa, o consumidor está resguardado pelo Código de Defesa do consumidor, que prevê a prática como propaganda enganosa.
Há uma grande variedade de estruturas de relatórios, padrões e diretrizes para avaliar as ações e impactos da sua empresa relacionadas às métricas de ESG. Ou seja, não existe uma abordagem única para todos os tipos de negócio. E é preciso que seu planejamento e estruturação de dados sejam feitos de acordo com as necessidades da sua organização.
A implementação das práticas de ESG no seu negócio não é algo pontual, a ser realizado apenas uma vez. É preciso um esforço contínuo para manter a atividade empresarial pautada dentro de tais princípios.
Dessa forma, é preciso manter sempre ativa a pauta, com análises constantes e aprimoramentos das ações para alcançar a excelência neste modelo de gestão.
A sustentabilidade nos pilares de ESG não deve ser algo independente da sua estratégia de negócio. Ela deve ser a sua estratégia de negócio. É muito importante que todos os passos futuros da empresa sejam pensados com base neste cenário.
Por fim, mas bem menos importante, crie internamente uma área especializada para debater, planejar, executar e analisar todos os processos de ESG na sua empresa.
A inserção de um modelo de gestão mais sustentável é uma tarefa árdua, mas extremamente compensatória às empresas que optam por incorporá-lo. Um futuro sustentável é o único futuro possível para os negócios.
Por isso, comece a implementar as práticas de ESG o quanto antes. Não há mais volta para o antigo modelo de negócios. Comece a plantar boas ações para colher seus bons resultados.
Nunca fomos tão bombardeados por conteúdo por todos os lados como na sociedade atual. Toda hora estamos sendo impactados com uma notificação no celular, na rede social, um novo email e por aí vai.
Estima-se que os usuários são expostos, em média, à exibição de 6 a 10 mil anúncios por dia, o que leva a uma fadiga publicitária. Esse fenômeno faz com que as campanhas sejam simplesmente ignoradas ou rejeitadas pelos consumidores, levando-os ao esquecimento da mensagem em poucos segundos.
(Foto: freepik)
Dessa forma, em uma sociedade cada vez mais distraída e dispersa, como ganhar a atenção da audiência? E mais: como medir os resultados de desempenho da campanha de forma assertiva e se destacar da concorrência?
O conceito da Economia da Atenção coloca em pauta a quantidade excessiva de conteúdo e informações com a qual os usuários são impactados atualmente versus a escassez de tempo e a sensação de que está sempre perdendo algo. É o chamado FOMO, sigla em inglês para “fear of missing out”.
Com esse dilema, a atenção do usuário torna-se o ativo mais valioso nos dias atuais, sendo alvo de disputa das empresas de consumo. Ou seja, em uma sociedade hiperconectada, a atenção está se tornando a nova moeda publicitária.
Como já esperado, as telas captam diariamente a atenção do usuário, tendo índices ainda mais altos de consumo no Brasil. Segundo relatório da GWI (Q3-2022), os brasileiros de 16 a 64 anos passam 9 horas e 32 minutos diariamente utilizando a internet, contando dispositivos móveis e desktop.
Somos o segundo país mais conectado globalmente e estamos bem acima da média global, que é de 6 horas e 37 minutos.
Quando falamos do uso de internet em smartphones, o tempo diário gasto fica em 5 horas e 28 minutos. Mantemos ainda o índice elevado se comparado à média global, que é de 3 horas e 46 minutos.
Esse tempo online costuma se dividir entre redes sociais, apps de mensagens instantâneas, serviços de streaming, ecommerces e portais de notícias. E muitas vezes fazemos diversas atividades ao mesmo tempo, o famoso multitasking, o que divide ainda mais a atenção do usuário.
Os vídeos curtos também se destacam com o crescimento do TikTok, indo além da geração Z e sendo consumido por millenials e geração X. Veja o gráfico abaixo do eMarketer.
O modelo de métricas de audiência, tanto online como offline, já está sendo questionado de forma direta pela própria indústria. O mercado busca incorporar novas maneiras mais efetivas de mensurar os resultados das suas campanhas.
Por exemplo: atualmente o ponto do Ibope pode representar de maneira quantitativa quantos usuários estão com a TV ligada em determinado programa, mas a repercussão sobre o assunto nas redes sociais acaba se tornando uma alternativa ainda mais efetiva de medir a real interação do usuário com o conteúdo.
Da mesma forma, no ambiente online, há o fenômeno da “cegueira” principalmente em torno dos banners estáticos. Ele faz os internautas ignorarem os anúncios exibidos nas páginas e direcionarem a sua atenção para o conteúdo orgânico.
Já foi inclusive constatado por pesquisa da Dentsu que apenas um terço dos anúncios recebe atenção total do consumidor. Dessa forma, será que é justo mensurar o resultado da campanha com métricas como impressões e visualizações?
Em estudo sobre o tema, é proposto um novo modelo de medição do impacto dos anúncios, com tecnologias como “eye-tracking”, que conseguem analisar a direção do olhar do usuário para medir o real impacto do anúncio.
No experimento, que foi feito com TV linear e formatos de vídeo online, alguns fatores se destacaram. Notou-se que a eficácia da campanha está intimamente relacionada ao tempo dedicado ao anúncio, mas, ao mesmo tempo, a visualização parcial da propaganda pode surtir efeitos positivos no recall e nas vendas.
Ainda não há um modelo mundial para quantificar a atenção de forma exata. Contudo, percebe-se a tendência em medir de forma mais humanizada a interação do usuário com o conteúdo para obter relatórios mais assertivos, com mecanismos que analisam expressões faciais, reações corporais, movimentos dos olhos e estímulos neurológicos.
Obviamente, a criatividade continua sendo um dos principais elementos para gerar interação com o público, especialmente em um ambiente tão concorrido. Porém, há alguns elementos que podem auxiliar a estabelecer uma conexão mais autêntica com o consumidor:
O uso dos algoritmos e da Inteligência Contextual para definir os canais de veiculação da propaganda, de forma a conectar o conteúdo da página com os produtos promovidos, geram maior aceitação da mensagem, sendo esperado que o mercado global da publicidade contextual cresça significativamente até 2026.
Por exemplo, a MGID, plataforma de publicidade digital, usa a sua solução de Segmentação Contextual para ler os artigos de notícia dos publishers do seu inventário, definir o seu sentimento e inserir campanhas publicitárias nativas que estejam integradas ao contexto da página.
Com isso, consegue aumentar a performance da campanha e a taxa de cliques nos anúncios, além de aprimorar a experiência do usuário.
Criar uma conexão emocional com o usuário a ponto de incentivar o compartilhamento espontâneo da campanha é um dos maiores desejos das marcas e anunciantes atualmente. Um estudo feito com análise de expressões faciais constatou que algumas emoções positivas e negativas estimulam essa tomada de ação por parte do consumidor.
Curiosamente, não apenas humor, animação ou admiração, mas também ansiedade, repulsa e raiva são elementos que impulsionam a disseminação da mensagem. Às marcas, cabe estudar como explorar ativamente esses gatilhos emocionais em consonância com os seus valores, produtos e serviços, para refletir na estratégia criativa.
Por exemplo, em 2020, ano que começou a pandemia, o Bradesco elaborou uma mensagem tocante de fim de ano, que até hoje é uma das campanhas mais compartilhadas nas redes sociais.
Em uma sociedade hiper estimulada por conteúdo de toda a parte, nota-se que elementos dinâmicos e que reforçam o papel do usuário como protagonista da ação costumam ganhar a atenção do consumidor.
O Burger King explorou esse aspecto com criatividade em sua campanha BugKing, onde estimulava os consumidores a buscarem por ofertas “bugadas” no app e nos canais da marca. A ativação foi divulgada nos canais digitais e com influenciadores do universo gaming, para gerar ainda mais engajamento com o público-alvo.
Os anúncios interativos rich media também oferecem uma camada extra de interação com os usuários, ao usar recursos de arrastar e tocar a tela para que o usuário possa revelar o conteúdo na íntegra.
Com diversos modelos, realça-se o de divisor (que mostra duas versões da mesma imagem, bastante usado por marcas de beleza em antes x depois). Em alguns casos, as taxas de engajamento são até 6x maiores do que os formatos estáticos.
O consumo de vídeo ganhou ainda mais importância na Economia da Atenção. O formato dominou o investimento de 68% das marcas líderes em 2022 no Brasil, segundo estudo da Kantar Ibope.
No estudo, a empresa compara o desempenho do conteúdo em diversas plataformas como TV linear, redes sociais e streaming, concluindo que a sobreposição de devices já é uma constante no mercado.
Com o estudo da jornada do consumidor, é possível analisar como o formato pode ser utilizado em diferentes etapas com foco em desempenho. Em parceria com a Inteligência Artificial, é possível personalizar o conteúdo com base nos hábitos dos consumidores e entregar uma proposta diferenciada de valor.
O Spotify, por exemplo, divulgou recentemente uma mudança na sua interface para inserir vídeos curtos para cada usuário com base no seu algoritmo, dados e preferências, reformulando o conceito da plataforma que consistia em consumo apenas de áudio para oferecer também apelos visuais.
A indústria da publicidade online está em constante mudança, com novos formatos sendo lançados frequentemente, o que demanda uma evolução também no modelo de medição de resultados.
Na Economia da Atenção, a abundância de dados ao quais se têm acesso pode facilitar para criar relatórios de performance, mas também pode enviesar a leitura dos resultados. Isso porque, muitas vezes, consideramos apenas métricas proxy como visualizações e impressões, sem uma humanização dos números.
Espera-se que a tendência de mensuração da atenção com tecnologias mais sofisticadas avance de forma mais acessível às marcas e anunciantes. Assim, a experiência fica melhor no mercado como um todo, não apenas do ponto de vista do consumidor, mas também do anunciante.
Afinal, se estão todos competindo pela atenção do usuário, como saber quem está tendo sucesso nessa estratégia?
O Piauí se consagra como o maior exportador de mel do Brasil. No ano passado, o Estado exportou 7 mil toneladas do produto, obtendo U$ 26 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A produção de mel cresceu mais de 100 vezes nos últimos dezoito anos, de acordo com o IBGE.
O município de Oeiras é o principal polo exportador de mel, com a participação de cerca de 4.500 toneladas do produto, com faturamento de R$ 89 milhões. O segundo lugar é ocupado pelo município de Picos que, no ano passado, exportou cerca de 1.800 toneladas de mel, o que resultou em quase R$ 36 milhões em vendas. O terceiro município piauiense na exportação de mel é Simplício Mendes, que conseguiu comercializar cerca de 130 mil quilos para outros países, movimentando quase R$2,5 milhões.
A cadeia produtiva do mel se estende por outras regiões do Estado por meio de cooperativas, como a do Vale do Rio Piracuruca, localizada na zona rural de Piracuruca, que recebeu o Selo de Inspeção Federal (SIF) em abril do ano passado.
Os dados do IBGE sobre o valor da produção piauiense de mel nos últimos 18 anos são capazes de comprovar parte dessa história. Em 1994, o estado produziu o equivalente a R$ 953 mil (R$ 180 mil dólares). Até o final da década de 1990 houve um crescimento anual contínuo, mas muito baixo. No início dos anos 2000, o valor produzido dobra, chegando a R$ 13,5 milhões em 2003 e depois se mantém até haver um novo grande impulso na década de 2010 e começo da de 2020, quando atinge R$ 99,4 milhões em 2021, o equivalente a R$ 19,8 milhões de dólares. Portanto, entre 1994 e 2021, a produção do mel cresceu mais de 100 vezes.
Se esses números conseguem descrever parte da ascensão da produção de mel piauiense, a história completa só pode ser contada por meio da história de muitas pessoas. Foi e continua sendo necessário o envolvimento de muitos indivíduos, empresas e instituições para que o produto piauiense continue gerando resultados.
Desafios para o futuro
Apesar de a produção de mel nos últimos cinco anos ter tido um crescimento forte no Piauí, os atores que fazem parte da cadeia apontam dificuldades que devem ser superadas. Para os pequenos produtores, o desafio mais antigo que se perpetua é a falta de capital de giro. José de Anchieta Moura destaca que esse problema acaba reduzindo as receitas das cooperativas, que não podem cobrar taxas que seriam mais adequadas para a sua manutenção.
Além disso, facilitam a ação de atravessadores que são muito prejudiciais para a agricultura familiar. Essa realidade prejudica, inclusive, a constatação de dados mais reais sobre a produção e exportação de mel piauiense. Especialistas acreditam que a apicultura gera muito mais recursos do que as estatísticas oficiais apontam, mas que parte do que é produzido e vendido para o exterior vai para os dados de outros estados.
Outro desafio para os produtores piauienses, segundo Mercês Dias, é a alta concorrência internacional do produto. Países tradicionais no setor como Argentina e China estão muito acima do Brasil e há outras nações que passam a figurar entre os principais exportadores. Além disso, alguns países importadores estão começando a produzir o próprio mel internamente.
Com dados da Cidade Verde e Piauí Negócios
As “business trends” tendem a impactar o funcionamento de diversos setores e negligenciá-las pode impactar no nível de inovação e competitividade de qualquer negócio.
Todo ano muito empreendedores podem se perguntas: o que o próximo ano reserva para os negócios? Mesmo em meio a um cenário repleto de incertezas políticas e socioeconômicas, já há indícios de quais serão as maiores tendências em 2023, ao menos no setor empresarial.
Não é novidade que consultorias e profissionais em todo o mundo dedicam tempo e esforço para descobrir nuances comportamentais e novas iniciativas transformadoras – Bernard Marr, é um desses profissionais.
Autor best-seller e referência mundial em futurismo, ele compartilhou recentemente algumas tendências que em certo grau, já vivenciamos atualmente mas que tendem a se fortalecer em um futuro próximo.
Com a necessidade cada vez maior de estabelecer uma conexão profunda com o cliente, entender o que estará em alta em 2023 pode prepará-lo para incrementar o customer experience e refinar a proposta de valor da sua solução, aumentando as vendas.
Toda pesquisa de mercado, inclui metodologias que buscam responder a uma pergunta simples mas ambiciosa: o que vem a seguir?
Muitas empresas têm a tendência de focar somente no presente, mas esse pode ser um erro fatal, afinal, o que trouxe sua empresa até aqui, dificilmente a fará avançar. Por isso, olhar para o futuro é tão importante, permite que os tomadores de decisão sejam capazes de entender o contexto, olhar para o negócio e então, “arrumar a casa”.
Ao analisar o mercado, Marr chegou a 5 tendências emergentes de negócios que farão parte de 2023. São elas:
A seguir, falamos mais detalhadamente sobre cada uma, como também, suas respectivas implicações. Ao que tudo indica, novas tecnologias, sustentabilidade e diferentes perspectivas laborais, são alguns dos temas que prometem impactar o setor empresarial no próximo ano.
Sem dúvida, você já ouviu falar sobre Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, Cloud Computing, Blockchain, 5G. De acordo com Marr, elas continuarão liderando transformações em todos os âmbitos, construindo um futuro cada vez mais digital e conectado.
De acordo com a WGSN, haverá cerca de 29 bilhões de dispositivos conectados nos próximos anos, e 75% da população mundial acessando a internet.
Por isso, além de impactar decisões estratégicas e até reinventar modelos de negócios, essas tecnologias emergentes estão sustentando novas concepções a respeito da relação entre on e off – nesse mundo conectado, naturalmente, o desejo por opções híbridas e experiências “phygitais” aumenta.
O trabalho híbrido, por exemplo, tende a ser o principal arranjo no futuro. Um estudo da Gallup apontou que cerca de 53% dos colaboradores desejam uma cultura híbrida, enquanto 24% esperam trabalhar totalmente remoto, o que indica que grande parte dos trabalhadores busca flexibilidade e maior autonomia.
Portanto, ferramentas que suportem o trabalho assíncrono, assim como a criação de políticas híbridas e tecnologias capazes de automatizar processos, devem estar entre as principais pautas para 2023.
Para tanto, é necessário entender que essas soluções se conectam entre si, e permitem que áreas e processos se integrem de maneiras mais eficientes, impulsionando toda a operação. Marr enfatiza esse impacto abrangente:
“Vendas e marketing mais eficazes, melhor atendimento ao cliente, cadeias de suprimentos mais eficientes, produtos e serviços mais alinhados às necessidades do cliente e processos de fabricação simplificados. Em 2023, as barreiras para acessá-los serão menores do que nunca.”
Bernard Marr, futurista
Ou seja, a transformação digital tende a impactar a indústria de ponta a ponta, e a sinergia entre diferentes soluções tecnológicas permite uma nova reconfiguração empresarial – formando empresas mais orientadas a dados, inovadoras e inteligentes.
Durante a pandemia, vimos uma série de indústrias enfrentarem desafios em suas cadeias de suprimentos devido às paralisações que afetaram todo o mundo.
Atualmente, além da guerra na Ucrânia, acompanhamos instabilidades sociais e econômicas mundiais, o que mantém o cenário de incertezas. Por isso, é fundamental que as companhias elaborem um plano de ação estruturado, focado em aumentar a segurança e a autossuficiência em suas operações.
Com expectativas de crescimento moderado para 2023, o especilista indica que é preciso:
Para tanto, mapear a cadeia de suprimentos será essencial para entender como incluir soluções tecnológicas. Um recente estudo da Gartner indica que nos próximos anos, as tecnologias digitais serão fortemente adotadas no supply chain, melhorando tomadas de decisão humanas e a operação em armazéns e centros de distribuição.
Até 2026, 75% das maiores companhias do mundo terão adotado alguma forma de robôs inteligentes de intralogística em suas operações de armazém – Amazon é um grande exemplo de como adotar essas tecnologias emergentes para automatizar processos e somá-los à força de trabalho humana.
Além de ter sido pioneira na entrega feita por drones, recentemente, lançou o robô móvel Proteus que ajuda levantar e mover carrinhos nos armazéns de maneira totalmente autônoma.
Do ponto de vista mais estratégico, espera-se que mais de 75% dos negócios utilizem inteligência artificial (IA), análises avançadas (AA), e ciência de dados em aplicativos de gerenciamento, a fim de melhorar o processo decisório. Por essa razão, é uma prioridade em diferentes indústrias.
Reforçando essa movimentação, Dwight Kappich, VP Analyst da Gartner, aponta que a solução para aumentar o leque de alternativas é a digitalização:
“Dado o ambiente volátil e disruptivo de hoje, as organizações da cadeia de suprimentos devem se tornar mais flexíveis, e a solução é a digitalização.”
Dwight Klappich , VP Analyst Gartner.
Lembre-se, tempos de incerteza, geralmente, são acompanhados de mais riscos e inflação, por isso é importante não ficar com a produção “rendida”, dependendo de um único fornecedor ou uma única solução, dependendo de fatores externos para operar.
Embora a pandemia tenha intensificado conversas sobre o tema e popularizando a área de ESG (governança ambiental, social e corporativa), a sigla surgiu em 2005 com o objetivo de garantir que as empresas continuassem crescendo, mas de modo sustentável – impactando a sociedade e o planeta com uma atuação menos danosa.
Desde então, a sustentabilidade se tornou mais e mais vital para grande parte dos consumidores e, segundo Marr, se manterá como uma prioridade não só em 2023 mas também nos próximos anos.
De acordo com a Mckinsey, as entradas em fundos sustentáveis aumentaram de US$ 5 bilhões em 2018 para mais de US$ 50 bilhões em 2020.
Na metade de 2022, os ativos sustentáveis globais são de cerca de US$ 2,5 trilhões e em 2025, deve atrair US$ 53 tri em investimentos – um crescimento acelerado e consistente.
Apesar disso, as práticas ESG são subaproveitadas por muitas companhias. De acordo com uma pesquisa recente da Robert Half citada em um artigo da Exame, as principais barreiras vão desde a ausência de uma área dedicada ao tema 56%, a falta de apoio da liderança 37%.
Contudo, para ter sucesso com o ESG, é necessário entender que são práticas que suportam todo o funcionamento da companhia, ou seja, mesmo que existam lideranças especializadas ou mesmo áreas, o ESG não se restringe a elas, e deve ser uma mentalidade incorporada e praticada por toda a empresa:
“Chamamos essas organizações de “empresas voltadas para o futuro”. Eles tornam o ESG intrínseco à sua estratégia, definindo, implementando e refinando um portfólio cuidadosamente construído de iniciativas ESG que se conectam ao núcleo do que fazem.”
Mckinsey
Portanto, o próximo ano será vital para colocar o seu negócio na vanguarda, tornando-se uma empresa do futuro. Compreender o impacto causado e garantir que os processos ESG sejam colocadas em prática deve ser prioridade. Isso inclui manter relatórios de responsabilidade e transparência em dia, além de olhar minuciosamente para a cadeia de suprimentos, entendendo o impacto de maneira ampla.
O plano de ação deve apresentar objetivos e prazos claros, estabelecendo uma comunicação clara e assertiva com a comunidade.
Além disso, é importante lembrar que o impacto não diz respeito somente a aspectos físicos – como lixos e exploração de recursos naturais. Provedores de serviços em nuvem por exemplo, também tem seu impacto, assim como muitos outros que podem ser desconsiderados.
Um relatório de 2020 citado em um white paper da WGSN, descobriu que 6 em cada 10 consumidores estavam prontos para mudar seu comportamento de compra com o objetivo de minimizar sua pegada ambiental, e conta cada vez mais com as empresas que consomem para atingir seus ideais sustentáveis.
Lembre-se, as empresas do futuro continuam igualmente competitivas e inovadores, mas tentam assumir desafios sustentáveis globais como parte inerente de suas soluções e proposta de valor, indo além das mudanças climáticas.
Leia também: Net Zero – as oportunidades por trás da sustentabilidade
Recomendações e atendimento online são soluções que permitem uma relação entre marca e cliente mais íntima, afinal, além de contar com conhecimento prévio sobre o comportamento de compra, torna a empresa mais preparada para atender as expectativas do consumidor de maneira mais proativa e personalizada.
Contudo, o mercado está evoluindo e as palavras que irão estar mais presentes a partir de 2023 são: imersão e interatividade.
Desde o momento em que o Facebook mudou o nome para “Meta” e anunciou que estaria evoluindo de uma empresa de mídia social para uma empresa do Metaverso, muitos de nós naturalmente passaram a relacioná-lo a empresas de tecnologia, contudo, o Metaverso vai muito além e já apresenta grandes oportunidades para o varejo.
Tokens digitalizados, NFTs e o dCommerce (comércio descentralizado), já estão emergindo não só como novas maneiras de impulsionar as compras como também, como estratégias capazes de acelerar o envolvimento com a marca, aumentando a fidelidade.
Os varejistas podem disponibilizar representações de roupas, jóias e acessórios, e a partir de tecnologias imersivas como realidade aumentada (AR), tornar a experiência de compra muito mais interativa.
A adoção de headsets de AR é um fator crucial para a popularização, e segundo projeções serão usados frequentemente por 75% da população global até 2025 – o que indica que o Metaverso veio para ficar e enquanto amadurece, grandes marcas já estão tentando desbravá-lo.
Além de ter lançado a Nikeland, a Nike comprou a marca de tênis digital TRKFT (Artifact Studios) em 2021. A empresa que foi fundada um ano antes chegou a arrecadar em apenas 7 minutos, cerca de US$3,1 milhões, vendendo 600 pares de tênis NFT criados em parceria com um popular artista de criptomoedas.
Outra maneira de entrar no Metaverso é através do uso dos influenciadores virtuais. A empresária brasileira Bianca Andrade lançou recentemente seu avatar no Metaverso, a Pink. Junto com ela, a sua marca de maquiagem “Boca Rosa” ganha visibilidade e reconhecimento no novo ambiente.
Em suma, o Metaverso lançará produtos e se tornará um novo canal de comunicação, aquisição e distribuição em um futuro próximo, e contratar pessoas especializadas nessa nova fase da internet pode ser um passo essencial para sair a frente da concorrência, como afirma Marr:
“Marcas como Adobe e Adweek estão nomeando diretores de experiência (CXO) para garantir que ela seja um elemento fundamental da estratégia de negócios.”
Bernard Marr, futurista
Enquanto o mundo se digitaliza, o mercado de trabalho também. De acordo com um estudo da Mckinsey, 85 milhões de empregos podem ser substituídos e 97 milhões podem passar a existir enquanto a divisão do trabalho entre humanos e máquinas se fortalece.
Nesse cenário, um relatório do Fórum Econômico Mundial chegou as 15 principais habilidades do futuro, que embora indiquem que as empresas devem focar no desenvolvimento de habilidades capazes de sustentar tecnológicas emergentes como inteligência de dados e IA, não devem abrir mão das people skills.
A medida que a automação ganha espaço, as soft skills tendem a aparecer como as habilidades mais importantes na hora da contratação, mas a capacidade interpessoal é somente um dos aspectos que irão fazer parte do futuro das contratações.
Com as empresas saindo de uma onda de pedidos de demissão em massa, o fenômeno quiet quitting, e ainda, novas dinâmicas do trabalho, em 2023, a busca por talentos promete se intensificar.
Uma pesquisa da Mckinsey indicou que uma forte reavaliação de prioridades, seguida por uma mudança de valores, muitos deixaram seus cargos para atuar em outros setores, oportunidades mais flexíveis ou começaram seus próprios empreendimentos.
Independente do caminho escolhido, encontra-se um padrão: para muitos, a carreira está sendo deixada em segundo plano, enquanto a busca por mais saúde e autonomia emergem com grande força.
Para não perder talentos, as companhias devem se concentrar na verdadeira causa das demissões, incorporando cultura da empresa aquilo que os funcionários estão valorizando – de modo que seja tangível no cotidiano.
A remuneração ainda é um fator importante, mas não mais determinante para fazer com que os funcionários fiquem. Isso porque as pessoas querem um tratamento mais humano e menos transacional.
Esse novo paradigma demanda uma abordagem mais social e emocional por parte das organizações, fazendo com que o employee experience seja um aspecto fundamental para a retenção de talentos.
O mundo dos negócios está em constante mudança, e atualmente, tecnologias emergentes estão no centro dessas transformações, impactando processos e operações em diferentes indústrias.
Empresas tradicionais ou aquelas que já nasceram digitais, devem focar em aproveitar as oportunidades que surgem dessas tendências, visando potencializar a proposta de valor, incrementar a experiência do cliente e fomentar a inovação de forma contínua.
Para não perder a competitividade, é preciso olhar internamente, buscando por lacunas e possíveis alavancas de crescimento.
Como Bernard Marr constatou, 2023 será um ano de fortalecimento de tendências e novas reconfigurações de relacionamento – com o cliente e com o colaborador. Portanto, embora seja um exercício desafiador, é fundamental pensar a médio e longo prazo levando em consideração novas tecnologias e o comportamento de consumo para entender como seu negócio pode evoluir.
Utilizar boas ferramentas de dashboard permite que você tenha ainda mais eficiência no processo de decisão dos seus projetos. Nesse quesito, vale a pena contar com esse recurso para obter informações relevantes para as próximas etapas da sua estratégia, seja ela focada em marketing, seja em vendas, atendimento ou, até mesmo, para administrar um negócio.
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Esse tipo de cuidado é essencial na gestão de uma empresa, tendo em vista a importância de contar com uma rápida adaptação a mudanças no mercado. Assim, sua equipe se torna capaz de avaliar as condições atuais e desenvolver uma abordagem baseada em dados relevantes sobre sua audiência.
O dashboard é uma ferramenta que auxilia na visualização de dados e métricas importantes para a empresa. Por meio dele, é possível monitorar indicadores de maneira rápida para escolher os melhores caminhos para o seu estabelecimento.
Existem diferentes tipos de dashboard que podem ser usados no dia a dia do negócio. Por exemplo, os estratégicos são usados pelo alto escalão da empresa e são úteis para o planejamento de longo prazo.
Já o tático é importante para o médio prazo e deve conter um detalhamento maior. Outro dashboard possível é o operacional, que deve ser atualizado em tempo real para entender os erros e corrigi-los com agilidade.
Vale destacar que o dashboard pode gerar diversos benefícios para o cotidiano da empresa, ajudando a alcançar resultados melhores e as metas do negócio. A seguir, explicamos mais sobre os motivos para criar dashboards e usá-los no planejamento.
Como você já conhece o que é essa ferramenta e qual a sua importância na hora de comandar uma empresa ou projeto, vale a pena entender de que maneiras ele pode ser utilizado para dar suporte aos líderes ou demais membros do seu time.
Ao dispor de um dashboard, sua equipe tem acesso a um recurso simples, prático e capaz de centralizar as informações mais importantes acerca do projeto em questão. Isso facilita a visualização e a compreensão das condições atuais enfrentadas — sejam elas ligadas aos aspectos internos, sejam relacionadas com questões externas à empresa.
Isso significa que você pode incluir em seu dashboard todas as variáveis que considerar relevantes e que estão ligadas de maneira direta ou indireta a suas decisões, tais como:
No processo de gestão, é fundamental que todos os líderes compartilhem com seus colegas o acesso a indicadores, resultados, prazos e metas alcançadas. Esse tipo de transparência permite que todos estejam alinhados quanto ao que precisa ser corrigido e qual o andamento do trabalho como um todo.
As ferramentas de dashboard cumprem com um importante papel ao simplificar a comunicação interna entre os profissionais — especialmente, nos contatos entre os setores — fornecendo uma visão ainda mais detalhada sobre as próximas etapas que devem ser desenvolvidas.
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Outro aspecto de grande relevância se refere ao ganho de eficiência que essa ferramenta proporciona ao time. Como a visualização desse painel traz dados atualizados para os líderes, as decisões são tomadas de maneira mais rápida, e o tempo de resposta em relação a alguma mudança é reduzido.
Também vale destacar que o uso de dashboard evita o trabalho manual de tratamento dos dados e a criação de indicadores com esses registros. Também permite centralizar as informações em um único painel.
Isso reduz custos e indica para a equipe quais são as atividades mais relevantes para serem realizadas nos próximos dias.
Separamos estes artigos que vão ajudar a melhorar sua gestão de tempo. Com isso, você terá boas ferramentas para aumentar a produtividade.
Ao centralizar as informações relevantes em um único painel, a gestão consegue ficar ainda mais ágil e eficiente. Esse tipo de alinhamento traz vários benefícios, especialmente, na hora de distribuir as tarefas e responsabilidades entre os membros da equipe.
Além disso, o dashboard pode apresentar dados em uma perspectiva de evolução temporal, trazendo uma visão panorâmica do avanço da empresa em determinado período.
Assim, além das estratégias de curto prazo serem avaliadas e revistas, você também obtém condições para avaliar e definir qual caminho seguir no longo prazo. Com isso, verifica a evolução de qualquer técnica ou estratégia que foi implementada.
O processo de integração entre os setores é fundamental para que a equipe permaneça unida em busca de um mesmo objetivo. Quando o time de marketing não se comunica com o comercial, por exemplo, muitos feedbacks dos clientes não chegam até a etapa de criação das campanhas. Isso significa que muito conhecimento é desperdiçado.
Além disso, dados de um setor podem contribuir para a elaboração de estratégias do outro. Por isso, ao contar com um dashboard, você consegue levar a todos os colaboradores quais são os principais KPIs do negócio, quais metas devem ser alcançadas e os principais líderes que devem assumir a responsabilidade pelo comando do projeto.
Existem várias alternativas para desenvolver dashboards de forma online para usar no cotidiano e garantir os benefícios citados. Por isso, destacamos quais são as melhores ferramentas para criá-los digitalmente. Vale a pena continuar lendo e verificar os recursos disponíveis.
Essa ferramenta online é considerada uma das melhores plataformas para criação de dashboard online. Ela permite a realização de diferentes integrações com diversos canais de venda e com recursos de análise de dados.
Por meio do Cyfe, você terá acesso, também, a diversos modelos que podem facilitar a criação dos painéis visuais. A ferramenta ainda possibilita a importação de dados de diferentes fontes.
Há uma versão gratuita, com recursos reduzidos, e a premium, que libera as funcionalidades que vão auxiliar no desenvolvimento de dashboards incríveis. Portanto, vale a pena considerar essa opção.
Outra ferramenta que pode ser utilizada na criação de dashboards é o Pentaho. Ele é desenvolvido pela Hitachi e oferece diversos recursos que podem ser muito úteis na criação de ótimos painéis. Entre os principais, destacam-se:
Essas são algumas das possibilidades oferecidas pelo Pentaho. Vale lembrar que há um período de testes grátis de um mês. Assim, é possível verificar a adaptação ao uso da plataforma. Caso ela não aconteça, basta trocar.
Outra ferramenta que pode ser cogitada é o Scoro. Por meio dele, é possível criar dashboards que vão auxiliar no acompanhamento das principais métricas do negócio. Além disso, é possível gerar mais de um painel com diferentes informações.
Ele é útil não apenas para o marketing, mas também, para finanças, vendas, previsões e outros quesitos relevantes para o bom andamento de um negócio. Há recursos que vão auxiliar no gerenciamento de tarefas e na compilação de relatórios importantes para o bom andamento da empresa.
O Scoro oferece um período de teste gratuito, sem necessitar inclusão de cartão de crédito. Além disso, há diversos planos com valores diferentes. Desse modo, é possível avaliar qual é o mais adequado, conforme o orçamento disponível e a demanda.
Se deseja monitorar os avanços da empresa, o Databox pode ser muito útil. Ele ajuda na criação de painéis com todos os dados relevantes para avaliar o progresso que o negócio está obtendo.
Além disso, como há centralização de dados, é plausível fazer o acompanhamento sem perder tempo. Assim, é possível alocar as horas produtivas em aspectos estratégicos que vão auxiliar na diferenciação no seu nicho de mercado.
Nele, é possível agendar uma demonstração para conhecer melhor a ferramenta. Caso goste de utilizá-lo, basta escolher um dos planos disponíveis. Há, ainda, a possibilidade de personalizar a quantidade de conexões com os seus bancos de dados. Por isso, avalie o que o negócio precisa para escolher a opção adequada.
O Google Data Studio é gratuito e vai ajudar a visualizar os seus dados de maneira mais adequada para tomar ótimas decisões na empresa. Ele oferece alternativas para se conectar com os dados e gerar relatórios em dashboards incríveis.
Além disso, é possível fazer a integração com várias fontes de dados, garantindo que você use todas as informações disponíveis de forma visual e simples. Ainda há opções de medidores, gráficos, mapas de calor e diagramas.
O uso do Power BI ajuda a tornar o seu dashboard mais atrativo e com dados realmente importantes para o andamento das estratégias da sua empresa. Por meio dele, é possível recorrer a dados do Excel, banco de dados locais e até de arquivos em nuvem para gerar os seus relatórios.
Sua interface conta com recursos que oferecem uma melhor experiência aos usuários, além de gerar facilidades na visualização dos dados.
É possível utilizá-lo de forma gratuita, além de ter alguns planos com preços e recursos variados.
A última ferramenta que vamos citar é ótima e disponibilizada em código aberto. Desse modo, é possível fazer adequações conforme a necessidade da empresa, gerando dashboards personalizados incríveis para melhorar as estratégias do negócio.
Além disso, é possível usar painéis com dados combinados de fontes diferentes no Grafana, ajudando na criação de uma cultura de dados que auxilie a equipe no cotidiano de trabalho. Vale a pena avaliar essa ferramenta.
Para realizar uma boa escolha diante de tantas opções diferentes, vale a pena identificar os aspectos a considerar para determinar qual recurso sua empresa deve utilizar. Como existem diversas alternativas, é necessário criar alguns critérios para filtrar as boas opções.
O primeiro critério para determinar qual tipo de dashboard você vai utilizar é a avaliação das necessidades de dados, capacidade de integração e facilidade de uso de sua interface. Portanto, vale a pena considerar qual estrutura é mais adequada para sua finalidade, sendo que as principais são dadas por modelos táticos, operacional e estratégico.
Esse tipo de cuidado permite definir quais informações você deseja que apareçam em seu dashboard, fornecendo insumo para a realização de indicadores relevantes para sua finalidade.
Agora, é hora de olhar para a lista de ferramentas apresentadas e entender quais delas fornecem as melhores condições para alcançar os objetivos determinados por sua equipe. Cada uma conta com suas peculiaridades e limitações, portanto, não existe uma escolha que é superior às demais.
Vale a pena alinhar o que cada uma delas entrega com as reais necessidades do seu trabalho. Lembre-se de que essa não é uma escolha irreversível, ou seja, caso seu time não se acostume com determinada ferramenta, sempre é possível efetuar a troca para uma nova.
O mercado de software está sempre apresentando novidades e diversas formas de atender às demandas de determinado setor. Isso significa que é importante ficar de olho nas novidades do mercado, mesmo que você já conte com um dashboard que atenda sua equipe.
Assim, a avaliação periódica da eficiência dessa ferramenta permite que seu time entenda até que ponto ela é benéfica e quando é necessário investir em outra alternativa. Como existem várias opções, vale a pena acompanhar ferramentas com mais infraestrutura e condições de suporte para seus profissionais.
Viu como é importante contar com boas ferramentas para criar dashboards? Se você deseja melhorar o processo de tomada de decisão na empresa e tornar o projeto ainda mais rentável, é importante considerar os recursos de automação para gerar informações relevantes para o sucesso da sua estratégia.
Para o comércio, o Natal é um dos eventos mais promissores do ano. A comemoração é um dos melhores períodos para vendas, e os empresários já estão se movimentando para faturar. A data mexe com o coração de muita gente, e os clientes se tornam mais dispostos a gastar com presentes para os familiares e amigos.
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Esta é a melhor época do ano para vender e consolidar clientes, tendo em vista que o clima natalino favorece a empatia e aumenta a procura por diversos produtos e serviços.
Mesmo com a situação financeira de diversas famílias ainda abalada por causa do período de pandemia do coronavírus, acredita-se que o período natalino deste ano será a data sazonal com mais vendas no varejo. Além disso, os consumidores digitais estão aí e vieram com tudo também.
O modelo de compras on-line foi intensificado nos últimos anos e se estabeleceu como uma das principais formas de consumo. Por isso, mesmo com a retomada das atividades em seu estado/município, é preciso manter a atenção nas vendas por redes sociais, vendas por WhatsApp e Loja On-line. Se o seu negócio é adaptável ao comércio eletrônico, não perca tempo, posicione-se nesse mercado e prepare-se para faturar no final do ano.
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Se você ainda não começou a se planejar ou quer aprender a explorar ao máximo as vendas deste período, confira oito dicas que listamos a seguir para seu negócio faturar ainda mais no próximo Natal e fim de ano.
Aposte em descontos e ofertas, como “leve 3, pague 2”, e facilidades nas formas de pagamento. Essas iniciativas são boas formas de estimular o consumo. Além disso, determine o volume de produtos que quer vender e em quanto tempo e, com base nisso, defina o mix de produtos que terão os preços reduzidos e de quanto serão os descontos. Você também pode criar outros tipos de oportunidades para seu consumidor, como: entregas gratuitas, cartão fidelidade, cupons…
Traga o espírito natalino para sua loja física e on-line. A decoração estimula os clientes à compra de presentes. Não deixe faltar algo na decoração que remeta à época natalina, como por exemplo, árvore de Natal, bonecos de Papai Noel, as cores e etc.
Além disso, aposte na decoração do layout do seu site de comércio eletrônico. Invista na decoração natalina e na divulgação da marca e dos produtos com a temática da data comemorativa.
É certo que muita gente deixa para comprar os presentes na última hora, por isso prepare bem o seu estoque. Além disso, treine o seu pessoal para ajudar o cliente a encontrar o que precisa, encorajando-o também a retornar para futuras compras.
A boa disposição dos produtos facilita, tanto para o vendedor quanto para o cliente, identificar o que se procura, e isso pode ser decisivo para o momento da compra. É fundamental que o layout de sua loja esteja adaptado para receber um grande número de pessoas, com conforto e bom atendimento.
Estar ativo no ambiente digital é uma ótima maneira de divulgar sua marca e, com isso, aumentar seu alcance e vender mais. Assim como em 2020 e em 2021, neste ano continuar com ações nas redes sociais será bem importante.
Por isso, pode apostar na divulgação de promoções, de produtos, na criação de conteúdos em vídeo e em qualquer ação que aproxime o seu negócio do seu cliente.
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Ofereça vantagens aos clientes para incentivar o seu cadastro como frete grátis e ou valor fixo acessível para determinada região, modalidade expressa, ou um cupom de desconto na próxima compra acima de um determinado valor.
Faça posts nas redes sociais ou crie categorias específicas no site da empresa, divididas por promoção ou por playlists de produtos que os consumidores mais pretendem comprar: moda e acessórios, brinquedos, beleza e cosméticos, eletrônicos e informática, eletrodomésticos e eletroportáteis.
Invista em promoções pelo whatsApp business, Telegram, anúncios patrocinados nas redes sociais e outros veículos de comunicação.
Para auxiliar com as altas demandas, as lojas costumam contratar mais funcionários no fim de ano. Contudo, é fundamental treiná-los sobre a cultura da empresa, produtos e serviços. Não basta aumentar o número de atendentes e ainda assim deixar seus clientes insatisfeitos. Sua empresa deve primar pelo atendimento de qualidade.
Para proporcionar a melhor experiência de compra ao cliente, é essencial que os prazos para devolução e troca de produtos estejam claros para o cliente. Nem sempre se acerta no presente de Natal, por isso, o momento da troca deve ser aproveitado também para incentivar a aquisição de novos produtos.
Ofereça produtos complementares àqueles que o comprador já adquiriu anteriormente. Crie campanhas customizadas por meio de uma comunicação personalizada, de acordo com o perfil e os comportamentos dos clientes, oferecendo as melhores ofertas e argumentos de venda para cada grupo específico.
Mais do que vender muito no período natalino, busque encantar o seu cliente para que ele volte ao longo de todo o ano. Uma das melhores formas de fazer isso, é oferecer soluções rápidas para as necessidades dele.
Mais do que presentes, as pessoas querem se sentir queridas e valorizadas. Se um dos pilares da empresa for a solidariedade, então a comemoração natalina pode ser uma oportunidade de divulgação para promover ações solidárias com a marca da empresa.
Ao apoiar algum projeto ou organização social, arrecadando doações ou revertendo uma certa porcentagem das vendas, usando como estratégia e tendência o comprometimento social da empresa.
Colocar essas dicas em prática no próximo Natal e fim de ano será memorável para seus clientes e para o seu negócio.
Com um time de professores empresários e com conhecimento prático de mercado, o curso de Administração iCEV faz você chegar muito mais longe! Faça sua inscrição para o Vestibular 2023.1.
Ingresse por meio de prova presencial, on-line, nota do ENEM, transferência ou portador de curso superior.
ICEV e parceiro de grandes empresas, o que facilita o acesso às melhores oportunidades do mercado, para estágio, contratação e networking. Os alunos têm contato direto com órgãos, empresas e profissionais de sucesso, por meio de parcerias e projetos de extensão que abrem oportunidades no mercado de trabalho.
Desde o início da graduação, o aluno é conectado às mais atuais práticas de gestão. As suas ideias saem do papel ainda na graduação, com o desenvolvimento de projetos de startups e participação em feiras e eventos de empreendedorismo.
Temos na grade curricular do curso de Administração disciplinas inovadoras e fora da caixa, como: Design Thinking: Softwares Gerenciais: Neuromarketing e Experiências; Inteligência Emocional, além de English for Business, desde o 1º período.
O curso de Administração incentiva a prática, por meio de estudos de caso, aulas-experiência, palestras, visitas técnicas, oficinas, feira de empreendedorismo e eventos de inovação.
A meta é formar líderes diferenciados, inovadores e competentes. O estudante é preparado para as múltiplas carreiras que uma formação em Administração possibilita e aprende com professores com vasta experiência de mercado.
(Foto: José Ailson)
Mais uma verdadeira aula-experiência para a conta da galera de Administração iCEV! No sábado (19), os estudantes tiveram um bate-papo com grandes empreendedores do Piauí. O encontro, comandado pelo professor Samuel Moraes, aconteceu no Piauí Hub Original, ambiente de conexões de startups do Piauí e empresas, com foco na economia criativa, varejo, educação e saúde, localizado no Shopping Rio Poty.
Os palestrantes convidados são exemplos de iniciativa, planejamento e inovação: eles abriram o próprio negócio e se tornaram referências em seus nichos de atuação.
(Foto: José Ailson)
Artur falou para a galera sobre a experiência na criação de uma startup, a Fábrica de Gênios – voltada para educação e soluções em tecnologia para profissionais e empresas.
A startup foi selecionada pelo Sebrae Piauí e esteve no Rio Innovation Week trocando experiências com startups do Brasil inteiro.
(Foto: José Ailson)
Ian debateu com os estudantes sobre a experiência em franquias. Ele falou que o desejo de ser dono do próprio negócio fez com que desse o pontapé para se tornar um empreendedor e abrir a franquia de produtos ergonômicos.
(Foto: José Ailson)
Assamble é uma plataforma online de gerenciamento para microempreendedores. Renato compartilhou com os estudantes iCEV sobre a motivação, a análise de mercado e as estratégias de criação da startup.
O contato próximo com cases de sucesso tem como objetivo fomentar a cultura do empreendedorismo, apresentar os modelos de negócios, as estratégias de gestão, posicionamento de marketing, processos e insights dos empreendedores, além de compreender os desafios e oportunidades de um negócio.
É uma baita experiência que só quem faz Administração no iCEV tem!
(Foto: José Ailson)
Fomentar os empreendedores também faz parte da cultura iCEV. Por isso, ao final das palestras, todos foram prestigiar um case de sucesso do estudante de Administração iCEV Júnior Santana, que é proprietário do quiosque de drinks La Concecion.
(Foto: José Ailson)
O comportamento do consumidor pode ser influenciado, sabia? Muitas vezes eles só precisam de uma referência, que os permitam tomar decisões diante da volatilidade do mercado. Essa referência seria como um barco em alto mar que precisa de segurança e estabilidade diante das oscilações do mar, por isso esse processo de criar uma referência é chamado de “Ancoragem e Efeito Priming”.
De maneira simples, ancorar é o ato ou ação de estabelecer algo em algum lugar, ou seja, significa prender ou amarrar algo ou algum equipamento em um determinado lugar.
Nesse sentido, do ponto de vista do comportamento do consumidor, metaforicamente, podemos dizer a “âncora”, neste caso, é o ato ou efeito de estabelecer na mente do consumidor uma referência, que pode ser um número, um preço, uma data ou uma imagem, que permita orientá-lo, talvez a melhor palavra para isso seja influenciá-lo, quando à sua decisão diante do mercado.
Dan Ariely, pesquisador e professor da Universidade Duke, é conhecido como um dos principais professores de economia comportamental do mundo. A segunda referência são os autores Daniel Kahneman e Amos Tversky, ganhadores do prêmio Nobel de Economia que desenvolveram importantes estudos relacionados à tomada de decisão, entre eles o que deu origem a Teoria da Perspectiva ou Teoria do Prospecto.
Segundo Dan Ariely o modelo econômico tradicional, a ortodoxia em bom economês, apresenta as forças da oferta e demanda como elementos do mercado que definem os preços em uma economia competitiva. Neste sentido, essas forças são (inter)dependentes. Isso pode ser entendido quando analisamos separadamente cada força.
Ancorar é o ato ou ação de estabelecer algo em algum lugar, ou seja, significa prender ou amarrar algo ou algum equipamento em um determinado lugar (Imagem: Reprodução)
Exemplo: Um produtor tende a ser estimulado a produzir mais à medida que os preços sobem. Já um consumidor tende a consumir mais à medida que os preços caem (levando em consideração bens normais). Na prática, são relações inversas.
Quando, porém, produtores e consumidores não possuem estímulos para mudar seu comportamento, ou seja, o preço não se modifica nem para mais, nem para menos, dizemos que atingimos o “ponto de equilíbrio”. Contudo, a ancoragem dos preços pode manipular este o tipo equilíbrio por incutir na mente do consumidor informações prévias à sua tomada de decisão. Nas palavras de Ariely:
(…) No mundo real, a ancoragem vem de preços sugeridos pelo fabricante, preços anunciados, promoções, lançamentos de produtos, etc. – que são variáveis da oferta. Dessa maneira, parece que não é a disposição que os consumidores têm de pagar que influencia os preços de mercado, a causalidade é de algum modo revertida e são os próprios preços de mercado que influenciam a disposição dos consumidores de pagar. Isso significa que a demanda não é, na verdade, uma força completamente separada da oferta. (Ariely, 2006, p. 66).
Seguindo essa linha de raciocínio, os pesquisadores Daniel Kahneman e Amos Tversky demonstraram, a partir de diferentes contextos, que as pessoas que participavam de seus experimentos eram, de alguma forma, influenciadas por informações que tinham recebido recentemente.
Isso acontece porque as pessoas consideram uma referência particular para uma quantidade, preço ou valor desconhecido antes de estimá-lo. Dessa forma, o que ocorre é que os resultados seguem uma premissa lógica: o cálculo para um determinado valor fica perto do número referência que as pessoas tiveram acesso ou a informação receberam previamente.
Para demonstrar o efeito ancoragem e como ela funciona na realidade, Kahneman e Tversky elaboraram a seguinte pergunta e a aplicaram a dois grupos distintos: o de controle e o ancorado.
“A altura da sequoia mais alta é maior ou menor do que 365 metros?
Qual sua melhor estimativa sobre a altura da sequoia mais alta? Kahneman” (2011, p. 182)
Fica claro que a primeira pergunta foi seguida de uma âncora, uma vez que na sua formulação foi sugerida uma altura de 365 metros. A outra, sem uma informação prévia, permitiu que os participantes começassem a avaliar o tamanho da sequoia do zero.
Como esperado, os dois grupos forneceram estimativas médias bem diferentes: o primeiro, sob efeito da ancoragem apresentou uma média de 257, enquanto o segundo, 86 metros.
Essa influência que altera o comportamento dos indivíduos a partir de uma informação prévia é conhecida na economia comportamental como Efeito Priming. Em outras palavras, este efeito está relacionado ao modo como um estímulo inicial pode afetar as respostas de um indivíduo a estímulos subsequentes, sem que exista consciência do mesmo sobre tal influência. Nas palavras de Kahneman (2011, p. 187), é uma “sugestão (…), que evoca seletivamente evidência compatível”.
Partindo deste pressuposto e no intuito de validar esta experiência desenvolvida por Kahneman, foi aplicada a mesma estratégia em sala de aula a fim de identificar o efeito ancoragem em um grupo de alunos do iCEV.
O experimento foi feito com 41 estudantes do curso de Administração. Eles foram divididos em dois grupos: o primeiro, de controle, com 18 alunos, e o segundo que foi submetido ao efeito ancoragem, com 23 estudantes. O resultado obtido está apresentado em forma de percentual.
Aos dois grupos foi feita a mesma pergunta, a diferença está na informação que foi apresentada previamente ao grupo sob ancoragem:
O Tropical Kobe Beef é uma carne suculenta, macia e com sabor único, resultado de um cruzamento do gado raça Brangus com Wagyu, essa última uma raça japonesa. O gado é criado na Fazenda Rubaiyat, no Mato Grosso. Qual preço você pagaria pelo prato abaixo?
O Tropical Kobe Beef é uma carne suculenta, macia e com sabor único, resultado de um cruzamento do gado raça Brangus com Wagyu, essa última uma raça japonesa. O gado é criado na Fazenda Rubaiyat, no Mato Grosso. Qual preço você pagaria pelo prato abaixo? O preço no restaurante que o oferece no Mato Grosso é de R$ 243,00.
Como se pode observar, a informação prévia (efeito priming) apresentada ao grupo sob ancoragem de que o prato custa no restaurante que o oferece é de R$ 243,00 fez toda a diferença.
Os resultados obtidos no grupo de controle apresentaram uma média de preço de R$ 50,10. Já o grupo sob ancoragem, resultou numa média de cerca de 50% superior. O preço médio obtido foi de R$ 75,43.
Como esperado, o efeito priming permitiu que um produto fosse oferecido a um conjunto de alunos-consumidores contribuísse para estes estivessem dispostos a pagar cerca de 50% mais caro que o grupo controle para obter o mesmo produto. Nesse sentido, a comprovação da teoria permite que empresas usem do efeito priming para obter maiores margens de lucro.
Esta experiência, além de reforçar a importância da ancoragem para precificação de produtos (especialmente com o uso do efeito priming) e, por consequência, nos resultados de uma empresa, desde que haja uma estratégia clara para maximizar os preços e encontre consumidores dispostos e aptos financeiramente a pagar por estes produtos, como também confirma que é a capacidade da oferta, por vezes, até independentemente da demanda, que é a responsável pela formação de preços no mercado, contrariando inclusive a teoria tradicional.
Kahneman, Daniel. Rápido e devagar (p. 189). Objetiva. Edição do Kindle.
Ariely, Dan. Previsivelmente irracional: As forças invisíveis que nos levam a tomar decisões erradas. Sextante. Edição do Kindle.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
A sala de aula do iCEV tá diferente! No último sábado (12), a galera de Administração teve uma verdadeira aula-experiência no Locomotiva Irish Pub com o Diretor da produtora Mundo BLR, Bruce Cordão.
O bate-papo com o empresário de renome foi sobre o case do Festival GiraSol. Bruce falou sobre as estratégias de construção da marca, a experiência, os desafios e as estratégias de gestão do Festival. Quem conduziu a aula-visita foram os professores do iCEV, Thiago Rodrigo e Gorthon Moritz.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
“O primeiro grande evento que projetou a BLR foi o Seu Roque, e hoje nós somos um grupo de oito empresas que atua não só na área do entretenimento, mas também em Negócios, Comunicação e Marketing”, disse o empresário Bruce Cordão.
A aula-visita foi promovida pela disciplina “Liga dos Campeões”, que tem como proposta promover esses momentos de aprendizado interdisciplinar e estudo de caso no curso de Administração.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
“A aula case in loco é descontraída, mas sem deixar de ser séria. Sair da tensão da sala e ir para um lugar como o Locomotiva foi uma experiência única que o iCEV me proporcionou. Ter a oportunidade de conhecer os detalhes de como foi produzido um dos maiores eventos que Teresina já teve, conversar com empresários visionários, que são atuais, informados, preocupados, inteligente, foi ímpar”, disse Lara Lina, estudante do 2º período de Administração.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
A BLR é uma das parceiras do iCEV desde o início e já nos proporcionou muito aprendizado e networking com aulas-experiências e apoio em grandes eventos.
“Vocês estão na melhor instituição, sem dúvidas. Tudo que o Bruce falou aqui são dados que ele vai utilizar para planejar, otimizar e minimizar os riscos para o próximo evento. E vocês têm essas disciplinas na faculdade: Planejamento Financeiro, Análise de Dados. Isso tudo torna vocês bem mais preparados para o mercado de trabalho”, explicou o professor Gorthon aos alunos presentes.
O Festival nasceu grande e, em sua primeira edição, já é referência para todo o Brasil! O GiraSol foi um projeto assinado pela produtora BLR e aconteceu na arena do Teresina Shopping. Abraçando eixos como música, arte, diversidade e sustentabilidade, ele surgiu principalmente para resgatar as memórias da cena musical local e como uma celebração da vida e da cultura. A ideia era que a população se envolvesse, além da programação de shows, em um conjunto de ações paralelas realizadas.
O uso da tecnologia para tarefas do cotidiano foi ainda mais estimulado nos últimos anos. Todo mundo usa algum aplicativo ou alguma plataforma para trabalhar, aprender, interagir e se divertir com outras pessoas. Com esse movimento crescente, uma necessidade ficou evidente: a preocupação com a privacidade dos usuários. Só em 2020, as pesquisas por “privacidade online” cresceram mais de 50% globalmente, em comparação a 2019.1
Diante deste novo cenário, as marcas precisam constantemente repensar suas estratégias digitais – ou acelerar transformações que já estavam em andamento. Para além de oferecerem uma experiência digital estruturada, elas têm que demonstrar que respeitam a privacidade e as informações pessoais de seus consumidores.
Com essas mudanças, governos de diversos países se envolveram para responder às preocupações de seus cidadãos e desenvolveram novas regulamentações de privacidade – ou fortaleceram medidas já existentes – com objetivo de aperfeiçoar o controle e a confidencialidade dos dados. No mesmo caminho, plataformas de tecnologia anunciaram e implementaram políticas para mudar a forma como os dados são coletados, compartilhados e medidos.
Para as empresas, é preciso olhar para esse momento com responsabilidade e como uma oportunidade de melhorar o seu relacionamento com atuais e potenciais clientes e, assim, se destacar no mercado. Para isso, faz-se necessário compreender os impactos dessas transformações e se adequar às novas demandas dessa indústria.
Quem não pode negar os efeitos desta nova era é o marketing digital. Muitas abordagens usadas até aqui para alcançar o público e medir resultados precisaram ser revistas e modificadas. À medida que a publicidade evolui para que os usuários tenham mais controle sobre seus dados, as marcas terão que investir mais e mais em dados proprietários.
Para lidar com este impacto se faz necessário preparar estratégias a partir do investimento em soluções seguras e duráveis de privacidade. Além da construção de uma base de dados proprietários, com consentimento dos usuários, a automação também é uma ferramenta que ajuda no desempenho de suas campanhas, ao mesmo tempo que garante ao usuário a transparência e a segurança almejadas.
É importante evitar atalhos, como técnicas de coleta oculta. Adiantar-se para atender e superar as crescentes expectativas dos consumidores é focar na privacidade a longo prazo, priorizando a adaptação ágil em um ambiente que muda constantemente. É possível um alinhamento para obter a eficácia na performance desejada pelos profissionais de marketing e também proteger a privacidade dos usuários. Isso é o que se chama de crescimento aliado à privacidade.
Como um profissional de marketing, sua meta deve ser preparar a sua empresa para o futuro da publicidade, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis. A partir da vinculação de dados primários, é possível dobrar a receita incremental, já que esses dados são mais eficazes para oferecer produtos e serviços relevantes e de maneira precisa para seus clientes.2
Mesmo que ainda exista receio entre os profissionais sobre como implementar medidas sem ajuda de cookies de terceiros e que todo o setor tome um tempo até adotar efetivamente tecnologias de proteção de privacidade, o foco deve ser o acompanhamento dessa reformulação para, mais para a frente, colher-se os frutos dessas adequações.
Para que os consumidores se engajem e compartilhem seus dados, eles precisam se sentir protegidos e compreender o que está sendo feito com suas informações. No Brasil, desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) regula como as empresas e o poder público devem tratar dados pessoais no país. É importante considerar a nova lei em suas estratégias, já que ela protege os direitos dos usuários, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento dos negócios.
O uso de dados proprietários está alinhado à LGPD, pois garante uma maior segurança ao usuário, uma vez que a empresa possui o controle da origem dos dados e do contato com o titular, incluindo quais informações são fornecidas no momento da coleta.
Da mesma forma, a mensuração e a ativação dos dados devem ser desenhadas com a preocupação de garantir a proteção de dados. Esse cuidado também possibilita o cumprimento da LGPD e demais leis de proteção de dados aplicáveis.3
É possível respeitar a privacidade do usuário sem atrapalhar os resultados comerciais. Hoje em dia, existem muitos recursos para que você aprimore suas conexões com os clientes considerando o direito deles a transparência e segurança. No novo Guia da Privacidade do Google, você confere mais dicas para aplicar em suas estratégias, além das ferramentas disponíveis que você pode usar em busca do crescimento aliado à privacidade no seu negócio.
De acordo com o IBGE, 48% das empresas brasileiras fecham em até três anos e o principal motivo é a falta de gestão eficiente.
Os dados mostram que 25% dos empreendedores brasileiros que fecharam suas empresas apontaram a falta de gestão como um dos motivos principais para a falência. O motivo está atrás apenas de altos impostos (31%), pouca demanda e alta competitividade (29%) e dificuldade para arrecadar linhas de crédito (25%).
Imagem: Reprodução
Por outro lado, novas medidas de desburocratização têm incentivado a abertura de empresas. Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal, mesmo na pandemia, houve um aumento de abertura de empresas no primeiro semestre de 2021. Foram 2,1 milhões de pequenos negócios nesse período.
Para seguir o ritmo do mercado de trabalho tão frenético para os empreendedores você não pode se apegar ao diploma da faculdade. Você precisa de mais! Nós do iCEV queremos te ajudar a evoluir na sua carreira.
As pós-graduações e MBAs iCEV estão com inscrições abertas! As aulas são 100% presenciais e voltadas à prática do mercado de trabalho.
Aqui você adquire conhecimentos práticos de professores com experiência de mercado, além de empresas parceiras renomadas. As aulas são 100% presenciais e acontecem um final de semana por mês.
Para profissionais das diversas áreas, essa pós é feita para capacitar gestores que tenham necessidade de implementar e inovar na gestão dos empreendimentos, e empresários interessados em conhecer ou aprofundar seus conhecimentos em gestão empresarial.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/mba-em-management
Você vai aprender técnicas financeiras para auxiliar a gestão e as tomadas de decisões gerenciais e de planejamento das empresas. Vai inovar no controle financeiro, planejamento de lucros, controladoria e gestão de recursos.
Esse curso é voltado para profissionais das áreas de Economia, Administração, Contábeis, gestores financeiros e empresários interessados em conhecer ou aprofundar seus conhecimentos em finanças empresariais.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/mba-em-gestao-financeira
O curso é uma formação executiva em gestão de pessoas com metodologia inspirada nas melhores escolas de negócio do mundo.
Você será capaz de liderar equipes de alta performance dentro de instituições públicas ou privadas com a utilização das mais modernas técnicas, conceitos e legislação vigente.
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O curso certo para os profissionais de Direito que desejam aprimorar e aprofundar os conhecimentos nas áreas de Direito Civil ou Processual Civil, com foco na atividade prática que necessita do manejo dos instrumentos jurídicos.
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O curso certo para os profissionais de Direito que desejam aprimorar e aprofundar os conhecimentos nas áreas de Complience, previdenciário e trabalhista com foco na atividade prática que necessita do manejo dos instrumentos jurídicos.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/direito-do-trabalho-e-previdenciario-aplicado
Júnior concluiu o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles
O nosso aluno de Administração do 7º período, Júnior Santana, voltou de uma experiência de intercâmbio internacional nos Estados Unidos da América. Ele participou do Summer Program, da Universidade do Estado da Califórnia, Northridge (CSUN) em Los Angeles, em parceria com a International Business School Americas.
Júnior participou de uma concorrida seleção para o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em todo o Brasil e foi aprovado como bolsista.
Foram três semanas de imersão num curso sobre Empresas Digitais e Revolução Tecnológica. Ele havia sido selecionado como bolsista no programa.
Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles
A formação específica em Digital Companies & E-Business Revolution foi voltada para o uso da Tecnologia da Inteligência Artificial e de Dados no desenvolvimento das estratégias de negócios da organização. Sobre os conceitos de Internet of Things e sua aplicabilidade nos processos de inovação, competitividade e sustentabilidade das organizações.
“Foi uma experiência muito positiva, proporcionou um networking muito grande porque eu estudei e convivi com pessoas do mundo inteiro que trabalham em grandes empresas do mundo inteiro. A Califórnia é um dos polos mundiais de tecnologia aplicada nas empresas” contou Júnior Santana, que também é empreendedor e proprietário do quiosque de drinks La Concecion.
Júnior Santana é estudante e empreendedor no quiosque La Concecion, no Shopping Rio Poty
Júnior conta que seu curso foi dividido em três etapas, de acordo com as semanas de intercâmbio:
Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles
Logo na 1º semana Júnior e seu grupo tiveram apenas quatro dias para criar uma proposta completa de startup do zero que atendesse alguma “dor” dos alunos do campus. A do seu grupo criou um aplicativo para oferecer soluções para a locomoção facilitada de estudantes dentro da Universidade, com o aluguel de skates, patinetes e scooters elétricos.
Eles foram avaliados por alguns jurados e empreendedores locais de renome e as startups vencedoras receberam propostas de investimentos deles
A segunda semana já foi mais voltada para o Data Science e Big Data. Júnior e sua equipe avaliaram uma estruturação de tratamento de dados de determinadas empresas dos Estados Unidos.
Já na última semana eles criaram anúncios, campanhas e fizerem toda a parte estratégica de determinação de posicionamento de mercado das empresas.
Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles
O programa da International Business School é destinado a jovens profissionais com alto potencial acadêmico, como Júnior Santaja, de todo o mundo. Enquanto melhora suas habilidades profissionais, o intercâmbio com outras culturas, etnias e religiões permitirão a ampliação de sua mentalidade intercultural.
A California State University Northridge é uma das maiores e mais importantes universidades do mundo. Referência no ensino e pesquisa em diferentes áreas do conhecimento, ela se destaca na formação de profissionais de Tecnologia e Negócios.
Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles
Os cursos são voltados para certificações executivas, principalmente para atualidades como gerenciamento de marketing, decisões financeiras, inovação, gerenciamento de projetos e áreas de evidência no mundo dos negócios nos dias de hoje.
O resultado do Júnior, além de uma conquista pessoal, é uma conquista para o iCEV enquanto instituição. Nós preparamos nossos alunos para oportunidades internacionais desde o começo.
Além de debates atuais do mundo coorporativo, os alunos de Administração do iCEV têm na grade curricular o English for Business, do 1º ao último período.
Outro dia, em uma conversa com colegas sobre mulheres no mercado financeiro e protagonismo, falávamos sobre como é importante ter uma mulher para se inspirar, seja pessoal ou profissionalmente.
Como mulher profissional do mercado financeiro, naturalmente me peguei pensando em quem me inspira nessa área e quem são as referências mais comuns citadas por outras pessoas.
Você já conhece muitos deles: Warren Buffet, Peter Lynch, Howard Marks e outros. Mas, apesar de pensar em vários nomes de influenciadoras e outras analistas e especialistas, não consegui me lembrar de nenhuma mulher autora de livros, que seja tão referenciada quanto os citados acima.
“Por quê?”, me perguntei. Não há nada de errado com esses homens, já que trouxeram muitas contribuições importantes para os profissionais de hoje em dia. Mas não é um pouco estranho que não tenhamos nenhuma mulher nesse patamar? Talvez.
Ocorre, porém, que nossa representatividade vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e me orgulho de ver analistas, gestoras, empreendedoras e investidoras que estão conquistando seu espaço no mercado financeiro. Por isso, resolvi fazer esse artigo e, quem sabe, inspirar mais mulheres a buscarem seu lugar, onde quer que ele seja.
O mercado financeiro é um ambiente predominantemente masculino. Seja no âmbito da atuação profissional ou no perfil de investidores em bolsa de valores, essa característica fica evidente.
Dados divulgados pela B3 em perfil de gênero, apontam que, dos quase 5 milhões de CPFs de investidores, 77% são homens e 23% mulheres.
Apesar das grandes transformações quanto ao papel da mulher na economia nas últimas décadas, com avanços relevantes no mercado de trabalho, ainda notamos grandes distorções nas taxas de participação enquanto investidoras e também como agentes protagonistas deste segmento.
De acordo com dados do IBGE, as mulheres correspondem a 51,29% da população brasileira. Ainda assim, uma série de entraves de ordem cultural, socioeconômica, bem como questões de gênero, raça, misoginia, entre outras, permanecem presentes no cotidiano feminino e, como não poderia deixar de ser, se perpetuam nas relações de trabalho e nas oportunidades desiguais.
Em março de 2021, o IBGE publicou a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, com dados de 2019, reportando que apesar das mulheres terem escolaridade maior, elas ocupam 37,4% dos cargos gerenciais e recebem 77,7% do rendimento dos homens.
Sendo assim, o mercado financeiro acaba sendo um microcosmo que reflete o macro: temos visto, nos últimos anos, o aumento da contratação de mulheres, entretanto, a maioria não ascende aos cargos mais altos da hierarquia. Com a pandemia, esse quadro se agravou ainda mais.
Em janeiro de 2022, de acordo com dados apurados diretamente com o departamento de Comunicação e Marketing da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as mulheres eram apenas 7% do total de profissionais com Certificação de Gestores de Carteiras Anbima (CGA) – 296 de 4.394 aprovados.
O mesmo acontece com analistas CNPI. No site da Apimec, dos 1339 profissionais listados como analistas credenciados, apenas 171 são mulheres.
O Distrito, plataforma de inovação para startups e investidores, publicou em 2021 o Female Founders Report. O estudo apontou que 8,2% das startups de serviços financeiros são fundadas ou cofundadas por mulheres. Um número ainda bastante tímido, que demonstra que os desafios do empreendedorismo ainda têm na questão de gênero uma barreira de entrada relevante.
Vale a pena conhecer em detalhes o estudo do Female Founders Report e os importantes insights acerca do potencial da participação das mulheres no mercado financeiro.
O expressivo número de 1 milhão de investidoras na B3 atualmente, resulta de um longo processo de lutas sociais e busca por protagonismo. Quando o tema é mercado financeiro e pioneirismo feminino, os caminhos começaram a ser abertos ainda no século XIX.
A carioca Eufrásia Teixeira Leite, neta e herdeira do Barão do Campo Belo, político e fazendeiro de café, iniciou sua bem sucedida carreira como financista em Paris, para onde se mudou em 1873, quando seu pai faleceu.
Apesar de todos os obstáculos impostos por uma sociedade machista, onde mulheres não possuíam nem mesmo direitos civis básicos como votar ou dirigir, e sequer podiam circular no ambiente dos pregões das bolsas de valores, Eufrásia se impôs. No período entre 1890 e 1930, operou em bolsas de valores de 17 países, multiplicou a herança recebida do pai aos 23 anos, e tornou-se bilionária.
Apesar de seu talento e êxito no mercado financeiro, a misoginia cobrou seu preço. Durante décadas, a história referiu-se à Eufrásia apenas como “a amante de Joaquim Nabuco”, apesar de ambos serem solteiros durante os 14 anos em que namoraram.
O reconhecimento à importância histórica de Eufrásia Teixeira Leite aconteceu apenas em 2019. Neste ano, Mariana Ribeiro publicou o livro “Quero ser Eufrásia“, onde o devido crédito foi dado à financista. Inclusive, a B3 e a ONU Mulheres reconheceram Eufrásia oficialmente como a primeira investidora brasileira.
A carioca Eufrásia Teixeira Leite, neta e herdeira do Barão do Campo Belo, político e fazendeiro de café, iniciou sua bem sucedida carreira como financista em Paris, para onde se mudou em 1873, quando seu pai faleceu.
Apesar de todos os obstáculos impostos por uma sociedade machista, onde mulheres não possuíam nem mesmo direitos civis básicos como votar ou dirigir, e sequer podiam circular no ambiente dos pregões das bolsas de valores, Eufrásia se impôs. No período entre 1890 e 1930, operou em bolsas de valores de 17 países, multiplicou a herança recebida do pai aos 23 anos, e tornou-se bilionária.
Apesar de seu talento e êxito no mercado financeiro, a misoginia cobrou seu preço. Durante décadas, a história referiu-se à Eufrásia apenas como “a amante de Joaquim Nabuco”, apesar de ambos serem solteiros durante os 14 anos em que namoraram.
O reconhecimento à importância histórica de Eufrásia Teixeira Leite aconteceu apenas em 2019. Neste ano, Mariana Ribeiro publicou o livro “Quero ser Eufrásia“, onde o devido crédito foi dado à financista. Inclusive, a B3 e a ONU Mulheres reconheceram Eufrásia oficialmente como a primeira investidora brasileira.
Conversas com Gestores de Ações Brasileiros, Luciana Seabra
A jornalista e CEO da Spit, Luciana Seabra, entrevistou grandes gestores de fundos e trouxe, nesta obra, a visão e principais estratégias que norteiam as decisões de investimentos dos maiores players do mercado financeiro.
O Lado Invisível da Economia, Katrine Marçal
A jornalista Katrine Marçal questiona o pensamento econômico de matriz patriarcal e contextualiza a forma como as premissas das teorias econômicas não levam em consideração as mulheres.
A Cabeça do Investidor, Vera Rita de Mello Ferreira
A psicanalista especializada em psicologia econômica analisa, sob a ótica das ciências comportamentais, como as emoções interferem na tomada de decisões financeiras, especialmente na escolha dos investimentos.
Mulheres que Lucram – um guia para a independência financeira e emocional feminina
O livro da economista Francine Mendes aborda o tema da equidade de gênero no mercado financeiro e em cargos de liderança. Além disso, trabalha conceitos de economia e finanças pessoais.
enda Fixa Não é Fixa, Marília Fontes
A mestre em Economia, analista CNPI e especialista em renda fixa da Nord Research, Marília Fontes, explica com profundidade o funcionamento e a precificação dos títulos de renda fixa, conceitos importantes para qualquer investidor que pretende gerir sua própria carteira com maestria.
Fomentar o debate quanto ao espaço das mulheres no mercado financeiro não se trata apenas de justiça e equiparação, o que por si só já é excelente motivo. Mas, em um segmento onde os números são os indicadores de sucesso, podemos trabalhar por esse prisma: promover a equidade é também uma questão de melhorar a performance e a produtividade do setor:
Estes são apenas alguns aspectos quantitativos que demonstram os benefícios diretos que a equidade pode proporcionar ao desenvolvimento econômico de nossa sociedade. Mas, para além deles, toda uma questão qualitativa e de cunho sociocultural também está posta.
O apoio às mulheres no mercado financeiro envolve incorporar a dimensão de gênero nas políticas de desenvolvimento social, reconhecendo direitos inerentes à condição feminina, ampliando o debate sobre a construção social do papel da mulher na divisão do trabalho e o impacto que os estereótipos de gênero impõem no acesso às oportunidades de trabalho e a bens materiais.
É urgente que empresas, Estado e sociedade civil compreendam que é missão de todos evoluir nos debates para romper com uma cultura estereotipada que ainda sobrecarrega mulheres, restringindo a elas exigências ligadas aos cuidados com a família, criação de filhos e demais atividades tidas como “femininas”.
Em linhas gerais, as questões que permeiam o acesso de mulheres no mercado financeiro são as mesmas para o mercado de trabalho como um todo, independente da área.
Os desafios que envolvem a ampliação do espaço feminino no mercado financeiro são complexos. A resposta a esta questão, certamente, renderia um estudo com muitas laudas e amplas discussões quanto ao papel das empresas, universidades, do consumidor e das políticas públicas de saúde, educação e diversidade.
A título de introdução ao tema, listei abaixo algumas iniciativas que merecem a atenção por parte das empresas, governos e sociedade:
Atualmente, temos algumas iniciativas interessantes ao redor do mundo, com foco em ampliar o protagonismo feminino no mercado financeiro. Algumas com alcance local, outras em âmbito global, mas, o fundamental mesmo é perceber que esse debate vem ganhando força e apoio de grandes nomes do mercado.
100 Women in Finance, organização global voltada à igualdade de gênero nas finanças. Realizam importante trabalho de capacitação e inserção de mulheres no segmento financeiro.
A meta da organização é que, até 2040, as mulheres ocupem pelo menos 30% das equipes de investimentos e cargos de liderança. Com atuação global, a ong tem também um braço brasileiro, tendo como Copresidente Francine Balbina/Modal, Nicole Dyskant (Dyskant Advogados) e Paula Attie (CME Group). |
Women in Banking & Finance – com atuação no Reino Unido, realiza eventos e cursos com foco na ampliação da participação feminina do mercado financeiro. |
Women’s Word Banking – o WWB merece destaque por seu histórico de 40 anos de atuação no empoderamento financeiro feminino em 35 países. No escopo da ong, estão soluções financeiras digitais escaláveis, fomento de políticas públicas inclusivas, programas de liderança e diversidade, consultoria e capacitação, fundo de private equity com lentes de gênero, entre outras atividades. |
Mulheres Investidoras Anjo – o MIA tem como missão incluir mulheres nas rodas de investimento, bem como fomentar investimentos em negócios comandados por mulheres.
Criado pela investidora Maria Rita Spina Bueno e as empresárias Ana Fontes e Camila Farani, o grupo busca conectar investidoras, empreendedoras e fundos de investimento. |
Fin4she – fundada por Carolina Cavenaghi, a plataforma implementa projetos focados em independência financeira feminina e ampliação do protagonismo das mulheres no mercado financeiro. A plataforma é também responsável pelo evento Woman in Finance Brazil. |
Programa Diversidade em Conselho (PDeC), ação conjunta entre a B3, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Spencert Stuart e WomenCorporationDirectors Foundation (WCD), cuja finalidade é disseminar boas práticas de governança corporativa, além de preparar executivas para atuar em conselhos de administração, conselhos fiscais, comitês de entidades do setor público e privado. |
Os desafios ainda são muito grandes, contudo, o caminho está aberto e evoluindo. Hoje, temos muito mais acesso a informações de qualidade e sobretudo visibilidade.
A diferença salarial e de oportunidades de carreiras ainda é o principal obstáculo a vencer, bem como as políticas de concessão de financiamentos a empreendedoras.
Mas, dentre todas as ações afirmativas para superação de desigualdades, o maior de todos os desafios é a mudança cultural. Passaram-se mais de 130 anos desde que Eufrásia Teixeira Leite rompeu paradigmas e tornou-se uma das maiores financistas de seu tempo. Ainda assim, algumas barreiras culturais, misoginia e preconceitos que ela enfrentou, ainda perduram até hoje em nossa sociedade.
A reflexão quanto aos motivos que fazem com que ainda tenhamos que persistir nesse debate é ponto de partida para construirmos uma sociedade com igualdade de diretos e acesso às oportunidades. Afinal, as mulheres são metade da população mundial e mães da outra metade, então, se tivermos uma sociedade mais justa para elas, não há dúvidas de que será mais justa para todos.
As empresas da América Latina alcançaram um nível mais sofisticado de inovação. É o que mostra o estudo State of Innovation, realizado pela Visa em parceria com a Americas Market Intelligence (AMI), que mapeou processos de inovação de mais de 100 companhias da região. Segundo o levantamento, o percentual de participantes em estágio avançado de inovação teve a maior alta, subindo de 17% em 2020 para 23% no ano passado.
O contexto ajudou. Enquanto em 2020 o cenário da pandemia pedia uma rápida migração para serviços e canais digitais, em 2021 foi preciso fazer ajustes e trabalhar para solucionar as barreiras que atrapalham a digitalização. Por isso, tecnologias que melhoram a segurança e viabilizam experiências para os clientes passaram a ser as mais adotadas: biometria, tokenização e Inteligência Artificial (IA) para detecção de fraudes tiveram maior aumento no uso.
Dois terços das empresas pesquisadas usam IA e machine learning (ML) para criar experiências personalizadas para os clientes (Foto: Pexels)
“É possível notar que as novas tecnologias não são mais um fim em si mesmas, elas se tornaram um meio essencial de resolver as dores mais urgentes do consumidor”, observa Vanesa Meyer, vice-presidente de Inovação da Visa América Latina e Caribe.
De acordo com o estudo, das 30 empresas mais inovadoras da região, 46% são nativas digitais, enquanto as companhias tradicionais representam os 54% restantes, o que prova o esforço de organizações mais antigas para se reinventar.
O Brasil lidera com mais de um terço das empresas mais inovadoras. No país, as companhias tendem a ter mais parcerias com startups. Além disso, elas também estão à frente por experimentarem tecnologias avançadas, como IA, tokenização e criptografia.
A pesquisa também revela características em comum das empresas mais inovadoras. Em geral, a inovação é descentralizada dentro da companhia, e está integrada à estratégia corporativa. Além disso, é promovida pelos executivos de C-level com equipes autônomas, o que as torna mais agéis. Cerca de 93% das empresas também dizem usar incentivos para promover a inovação de forma mais ampla.
Além disso, essas empresas revisam seus produtos e serviços atuais com regularidade, usando testes contínuos em tempo real e feedbacks dos clientes.
“As empresas mais inovadoras da América Latina têm uma qualidade em comum, que é o desejo de melhorar a jornada do cliente por meio de uma abordagem descentralizada e aberta. Seja resolvendo um desafio de mercado ou capitalizando uma oportunidade, elas estão em sintonia com as mudanças nas preferências do consumidor”, acrescenta Vanesa.
Dois terços das empresas pesquisadas usam IA e machine learning (ML) para criar experiências personalizadas para os clientes. Além disso, as empresas têm adotado ferramentas de segurança avançadas para proteger informações sensíveis. Algumas das mais implementadas são IA para detecção de fraudes, tokenização e biometria, que em 2021 registrou o maior uso (74%) entre as empresas pesquisadas, sendo a autenticação facial a aplicação mais usada (63%).
Há também uma crescente descentralização dos serviços financeiros por meio de tecnologias como open banking, a ativação de tudo como um serviço (everything-as-a-service) e blockchain. Quase metade das empresas pesquisadas e 60% das mais inovadoras indicam que já estão desenvolvendo soluções de open banking.
As empresas estão cada vez mais interessadas em produtos cripto. No entanto, a implementação desses produtos continua limitada – apenas 8% das pesquisadas relatam algum grau de integração com criptomoedas. Porém, mais de um terço das empresas pesquisadas (34%) indicaram que estão desenvolvendo produtos cripto ou que os incluíram em seus planos estratégicos.
Publicado por Época Negócios
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