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09 fev
Piauí é o maior exportador de mel do país, com 7 mil toneladas do produto

O Piauí se consagra como o maior exportador de mel do Brasil. No ano passado, o Estado exportou 7 mil toneladas do produto, obtendo U$ 26 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A produção de mel cresceu mais de 100 vezes nos últimos dezoito anos, de acordo com o IBGE.

O município de Oeiras é o principal polo exportador de mel, com a participação de cerca de 4.500 toneladas do produto, com faturamento de R$ 89 milhões. O segundo lugar é ocupado pelo município de Picos que, no ano passado, exportou cerca de 1.800 toneladas de mel, o que resultou em quase R$ 36 milhões em vendas. O terceiro município piauiense na exportação de mel é Simplício Mendes, que conseguiu comercializar cerca de 130 mil quilos para outros países, movimentando quase R$2,5 milhões.

A cadeia produtiva do mel se estende por outras regiões do Estado por meio de cooperativas, como a do Vale do Rio Piracuruca, localizada na zona rural de Piracuruca, que recebeu o Selo de Inspeção Federal (SIF) em abril do ano passado.

Os dados do IBGE sobre o valor da produção piauiense de mel nos últimos 18 anos são capazes de comprovar parte dessa história. Em 1994, o estado produziu o equivalente a R$ 953 mil (R$ 180 mil dólares). Até o final da década de 1990 houve um crescimento anual contínuo, mas muito baixo. No início dos anos 2000, o valor produzido dobra, chegando a R$ 13,5 milhões em 2003 e depois se mantém até haver um novo grande impulso na década de 2010 e começo da de 2020, quando atinge R$ 99,4 milhões em 2021, o equivalente a R$ 19,8 milhões de dólares. Portanto, entre 1994 e 2021, a produção do mel cresceu mais de 100 vezes.

 

Se esses números conseguem descrever parte da ascensão da produção de mel piauiense, a história completa só pode ser contada por meio da história de muitas pessoas. Foi e continua sendo necessário o envolvimento de muitos indivíduos, empresas e instituições para que o produto piauiense continue gerando resultados.

Desafios para o futuro

Apesar de a produção de mel nos últimos cinco anos ter tido um crescimento forte no Piauí, os atores que fazem parte da cadeia apontam dificuldades que devem ser superadas. Para os pequenos produtores, o desafio mais antigo que se perpetua é a falta de capital de giro. José de Anchieta Moura destaca que esse problema acaba reduzindo as receitas das cooperativas, que não podem cobrar taxas que seriam mais adequadas para a sua manutenção.

Além disso, facilitam a ação de atravessadores que são muito prejudiciais para a agricultura familiar. Essa realidade prejudica, inclusive, a constatação de dados mais reais sobre a produção e exportação de mel piauiense. Especialistas acreditam que a apicultura gera muito mais recursos do que as estatísticas oficiais apontam, mas que parte do que é produzido e vendido para o exterior vai para os dados de outros estados.

 

Outro desafio para os produtores piauienses, segundo Mercês Dias, é a alta concorrência internacional do produto. Países tradicionais no setor como Argentina e China estão muito acima do Brasil e há outras nações que passam a figurar entre os principais exportadores. Além disso, alguns países importadores estão começando a produzir o próprio mel internamente.

Com dados da Cidade Verde e Piauí Negócios 

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