“Quando crescer, vou ser um astronauta”. É assim a conversa de muitas crianças, não é mesmo? Elas sonham alto e acreditam que ser grande é um dos requisitos para conquistar seus objetivos.
Essa também é a percepção de muitos empresários quando o tema é o desenvolvimento de projetos de impacto social. Determinam metas, traçam planos de crescimento e adivinha só! Entra ano, sai ano, continuam com o mesmo objetivo de ser grande.
Sabe o que isso significa? Que almejar o crescimento é algo necessário e contínuo no mundo business e que não existirá um momento sequer em que os gestores vão querer algo diferente.
Então por que atrasar seu envolvimento social? Nós temos motivos sólidos para que seu negócio comece um projeto social o quanto antes, independentemente de seu porte. Aqui vão alguns números:
-segundo a Content Trends 2019, 72,5% das empresas respondentes usam o Marketing de Conteúdo para reconhecimento e fortalecimento da marca;
-na pesquisa da Markestein, 70% dos consumidores se dizem interessados em saber o que as marcas estão desenvolvendo como ações de responsabilidade social e ambiental;
-nessa mesma pesquisa, 44% dos consumidores entrevistados disseram estar dispostos a pagarem mais caro por produtos e serviços se tal acréscimo resultar na manutenção contínua dos projetos sociais e ambientais das empresas.
Ou seja, para negócios que querem crescer, fortalecer a marca, conquistar clientes e explorar novos diferenciais de mercado, o desenvolvimento de um projeto social agora, e não no futuro, pode ser a melhor estratégia de crescimento. Mas, é claro, isso não é tão simples.
Além de todo o planejamento, a definição do projeto e o estudo dos custos, ainda é preciso alinhar a ideia com a cultura e a imagem da empresa.
Ainda na pesquisa da Markstein, 74% dos consumidores disseram que grandes empresas que realizam ações sociais têm a autopromoção como primeiro objetivo. Além disso, 73% afirmaram acreditar que tais programas são desenvolvidos para compensar os danos que tais corporações causam.
Em resumo, existe uma linha que separa os projetos de impacto social que trazem retornos positivos para os stakeholders e a empresa, e aqueles que não passam de ações superficiais.
Por isso, elaboramos este conteúdo para compartilhar nossa experiência na concepção do Rock.org e das demais ações sociais da empresa, apresentar alguns conceitos importantes na área de desenvolvimento e responsabilidade social e inspirar você e sua empresa para a criação de um projeto de impacto social relevante.
Boa leitura!
A evolução das ações de responsabilidade social deixa muito claro sua importância, mas aqui vale a definição do conceito para delimitar seus domínios.
Trata-se de um movimento e o conjunto de ações criadas voluntariamente pelas empresas do setor privado que visam trazer melhorias para a sociedade em que estão inseridas e seu público interno, ou seja, colaboradores e parceiros.
Vale frisar o termo “voluntário”, pois tais ações não estão associadas a eventuais compensações obrigatórias impostas pela administração pública, nem a boas práticas que buscam deduções fiscais.
Por exemplo, o Colégio Logosófico de Belo Horizonte anunciou no início do ano de 2019 que começaria a obra de sua unidade na cidade de Nova Lima.
Para tal, além de obter as devidas licenças ambientais, a escola também fará um aporte para o fundo pecuniário que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) determina para todos os empreendimentos da região.
Esse montante, por sua vez, é utilizado para a realização de obras de mitigação do impacto viário que tais construções e empreendimentos causam com o aumento do fluxo de pessoas e carros.
Além disso, a escola também fará uma rua interna para agilizar o embarque e o desembarque de alunos e funcionários na tentativa de amenizar ainda mais o tráfego.
Ou seja, o aporte que trará benefícios ao trânsito é obrigatório, mas o estacionamento que agiliza a movimentação de alunos no início e no fim das aulas, não. O primeiro, portanto, não caracteriza uma ação de responsabilidade social embora traga melhorias, mas o segundo, sim.
Percebe que nem sempre categorizamos algumas estratégias e ações das empresas da forma certa? Será que seu negócio já está realizando ações de responsabilidade social e nem se deu conta?
Essa confusão é natural, e, por que não dizer, histórica. Ações obrigatórias como as previstas nesse TAC de Nova Lima, incentivos fiscais que o governo oferece para fomentar iniciativas sociais e aquelas que, de fato, são voluntárias, foram se misturando com o tempo.
A relação e as condições de trabalho nos séculos anteriores eram muito mais arcaicas. As divisões de classe da sociedade eram muito delimitadas e exerciam forte influência nas interações humanas. Confira, a seguir, as etapas da evolução das ações sociais.
Na época da Revolução Industrial, o dono da indústria pouco ou nada se preocupava com o bem-estar de seu funcionário ou com o meio ambiente que explorava.
Acidentes fatais de trabalho por falta de proteção para o funcionário e desastres ambientais eram muito comuns nessa época, principalmente porque o crescimento das indústrias também fomentou o surgimento de cidades em seu entorno, mas nem sempre com as condições saudáveis necessárias.
Doenças se espalhavam mais rapidamente e a concorrência por empregos fazia com que as pessoas aceitassem trabalhar mais, ganhando menos. O descarte de resíduos das indústrias em rios intoxicavam as cidades e seus moradores. Era uma situação insustentável.
As condições trabalhistas, no entanto, começaram a mudar justamente nessa época, boa parte em função de greves e apelos dos trabalhadores.
Áreas de recreação e descanso, intervalo para o almoço, definição de carga horária e idade mínima para o trabalho começaram a surgir. Ainda que hoje sejam condições mínimas e previstas em leis, naquela época não eram unanimidade, mas um ato voluntário de alguns industriais.
Vivenciar uma época como a Revolução Industrial e enxergar tais injustiças e condições degradantes não deve ter sido uma coisa simples, e, com isso, alguns empresários burgueses iniciaram ações de melhorias de forma voluntária. Mas, nesse caso, por questões pessoais e de filantropia.
Muitas universidades americanas famosas foram fundadas a partir de doações generosas do empresariado norte americano, por exemplo.
Criavam fundos para a criação de um hospital ou doavam coleções inteiras para museus. Tais ações proporcionavam grandes benefícios para a sociedade, mesmo desconectadas das atividades primárias de seus doadores.
Henry Ford fez avanços e melhorias nos benefícios oferecidos aos seus funcionários, e Andrew Carnegie, americano dono de um dos maiores conglomerados industriais no século XIX, fez história com suas ações e publicações que valorizavam e justificavam sua filantropia.
Duas das ações judiciais são icônicas na história da responsabilidade social. A primeira, em 1919, foi quando o grupo de acionistas entrou na justiça contra Ford, que queria destinar parte dos lucros para incentivos salariais para os funcionários.
A segunda, em 1953, também era uma reclamação de acionistas da Smith Manufacturing Company contra a doação de recursos para a Universidade de Princeton.
Essa, no entanto, teve decisão favorável para a filantropia, e, notadamente, influenciou a forma como a justiça analisava tais questionamentos e como as empresas e acionistas percebiam favoravelmente tais atitudes.
As ações de filantropia continuaram acontecendo, assim como novas leis de incentivo também foram criadas para que as empresas fossem estimuladas a fazerem mais.
O Direito Trabalhista evoluiu e entidades como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) — agência tripartite da Organização das Nações Unidas (ONU) —, onde trabalhadores, empresas e governos têm seus representantes, se fortaleceram e trouxeram novas contribuições e conscientização para a sociedade.
Naturalmente, as pessoas começaram a questionar quais eram os benefícios gerados para as empresas e a sociedade. Afinal, a corrupção assolava vários países, ações compensatórias não eram percebidas como melhorias, desastres ambientais continuavam acontecendo e notícias sobre o buraco na camada de ozônio preocupavam a todos.
A sociedade, então, começou a conquistar a transparência que demandava, bem como a fortalecer sua voz. A globalização e o acesso à informação fez com que os stakeholders pudessem questionar e opinar.
A mudança nas relações comerciais, a competição do mercado e as alterações no comportamento de consumo também fizeram com que as empresas se preocupassem mais com sua reputação e imagem.
A filantropia realmente mudou os propósitos das ações, fazendo com que as melhorias propostas para o ambiente de trabalho e a sociedade deixassem de ser a busca por condições mínimas e aceitáveis, e fez com que tivesse um foco no bem-estar das pessoas.
Sua concepção, no entanto, continuou evoluindo, fazendo com que a responsabilidade social mudasse, assumindo um propósito maior e um viés genuíno.
Ou seja, os projetos sociais passaram a ter relação com a empresa e trazer resultados perceptíveis para trabalhadores e sociedade, com o propósito único de transformar positivamente as condições atuais, e não somente trazer visibilidade e propaganda institucional.
E é aí que perguntamos: quem disse que somente as grandes empresas devem se preocupar e podem promover tal mudança?
Uma estatística que consolida esse questionamento é que, na atualidade, 99% das empresas no Brasil e nos EUA são classificadas como de pequeno ou médio porte.
Já imaginou como esse montante pode fazer a diferença que precisamos? Se sua empresa precisa de inspiração, é só conhecer alguns cases e projetos de impacto social que fazem sucesso.
Para criar um projeto de impacto social genuíno, é muito importante alinhar seus propósitos e suas ferramentas com aquilo que já existe no negócio. E entender a concepção dessa ideia a partir de exemplos de outras empresas é um ótimo exercício.
Então, a ideia aqui é trazer inspirações. Algumas delas são de empresas grandes, mas isso não significa que sua empresa deve seguir aquele caminho, mas apenas entender como a estratégia foi montada e, então, usar como referência.
A marca de sorvete internacionalmente conhecida tem um projeto de impacto social muito amplo. Ela se empenha tanto pelas causas ambientais relacionadas ao aquecimento global quanto pela garantia de direitos civis iguais para casais homossexuais.
Um dos pontos altos de sua estratégia de responsabilidade social é que, além de promover suas ações, ela também participa de campanhas e movimentos que estejam alinhados com suas causas e valores.
E, claro, faz isso com toda sua irreverência. Entre suas ações, podemos citar:
-Paz, Amor e Sorvete, em que fomentam instituições e movimentos que promovem paz e justiça social e econômica para todos;
-Comércio Justo, também conhecido internacionalmente como Fairtrade, onde dão preferência à contratação de agricultores de países em desenvolvimento para fornecimento de suas matérias-primas, garantindo que eles tenham oportunidades no mercado competitivo;
-If it’s melted, it´s ruined, que, em tradução livre, significa que, se derreter, está arruinado. Trata-se de uma campanha contra o aquecimento global em que todas as sorveterias e canais sociais recolhem assinaturas para adesão ao Movimento Global Climático.
Essas ações se desdobram em muitas outras que pregam a conscientização e a ação da sociedade. Quando a Campanha Rock The Vote (RTV) foi lançada para incentivar os jovens a participarem das eleições americanas, a Ben&Jerry’s lançou o Free Cone Day, onde os cones de sorvete eram gratuitos.
Assim, longas filas de jovens se formaram nas lojas e a RTV conseguiu registrar um recorde da instituição de 11.000 novos eleitores em um só dia. Simples e eficiente, certo?
Além disso, a empresa também tem a fundação Ben&Jerry’s que engaja seus funcionários, formam grupos de ação e tomam decisões sobre causas para as quais devem contribuir.
Ou seja, a cultura da empresa e seus valores estão tão consolidados, que as iniciativas são criadas também pelos funcionários da empresa.
Campeões da terra em 2019. Esse é o mais recente título que a marca de produtos de aventura, a Patagônia, recebeu da ONU.
Além de incorporar a sustentabilidade em todos os seus processos de produção, a marca também é reconhecida por seus investimentos e apoio às ações para a proteção do meio ambiente, onde, é claro, seus principais clientes usam seus produtos.
Entre suas ações sociais, temos:
-o uso de materiais reciclados em 70% de seus produtos, além do compromisso de ampliar para 100% até o ano de 2025;
-substituíram o algodão convencional por cânhamo e algodão orgânico, que têm produções com menores impactos ambientais e ações de restauração;
-desde 1985, doam 1% das vendas anuais para a preservação e a restauração do meio ambiente. Seu fundador, Yvon Chouinard, junto com Craig Matthews, criaram a organização sem fins lucrativos chamada “1% para o Planeta”, para incentivar e ensinar outras empresas a fazerem o mesmo;
Chouinard costuma relatar que a marca Patagônia foi criada para ajudar a salvar o planeta, e isso demonstra claramente o posicionamento de sua liderança.
Líderes engajados nos projetos de impacto social são determinantes para seu sucesso. Não por acaso, seus esforços foram reconhecidos pela entidade mundial mais importante que trata do tema.
Se o case da Patagônia se destaca pelo papel da liderança nas suas ações sociais, o P-TECH da IBM é um exemplo do alinhamento bem-sucedido entre o know-how da empresa e sua contribuição para a sociedade.
Lançado em 2011, em parceria com educadores da cidade de Nova York, o programa tem como objetivo formar profissionais com as habilidades necessárias para a revolução digital em que vivemos.
Nesse caso, ele capacita jovens para conclusão do ensino médio, técnico e superior, voltados para a área de STEM (Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemática), com práticas no ambiente de trabalho e mentorias no setor privado.
Pela complexidade do projeto, ele depende de parcerias com os governos locais. O Brasil e outros países da América Latina já fazem parte, e, em 2019, outros 20 já anunciaram sua intenção de aderir ao P-TECH.
A formação dura em média 3 anos e, em 2020, a previsão é de que 10 mil alunos iniciem seus estudos na América Latina.
Outro ponto elementar para o sucesso dos projetos de impacto ambiental é a dedicação exclusiva de uma pessoa ou um setor para as ideias e as ações da empresa.
A Ambev traz um exemplo rico sobre isso. O programa educacional VOA foi desenvolvido para levar a mentoria e noções avançadas de gestão para o terceiro setor, e, inicialmente, era trabalhado de forma paralela pelo setor de RH.
Mas a demanda cresceu tanto e os efeitos foram tão positivos que, atualmente, sua dedicação é exclusiva e tem total apoio da diretoria.
Segundo os dados do site oficial do VOA, são 115 ONGs beneficiadas, 5 milhões de pessoas impactadas e 12 mil horas de seus funcionários doadas para a mentoria dos gestores do terceiro setor.
Bacana, não é mesmo? Essa doação de know-how e horas de trabalho é um modelo muito eficiente para empresas pequenas ou médias que querem trabalhar alguma ação de responsabilidade social.
Essa foi uma das ações que realizamos aqui na empresa, o projeto chamado One Rock, que explicamos a seguir.
Pelos cases que citamos, fica claro que o envolvimento da liderança, o fortalecimento da cultura entre os funcionários, o direcionamento das ações para áreas de conhecimento do negócio e o foco no que é realmente relevante para a sociedade são alguns dos pilares para o sucesso, certo?
Aqui na Rock Content eles também sempre nortearam nossas ações, inclusive aquelas que envolvem programas de incentivo, como é o caso do Festival Elas, produzido 100% por mulheres, e o Prêmio Zumbi de Cultura, que valoriza a cultura negra.
A concepção do projeto Rock.org traz todos esses elementos que citamos. Para começar, isso sempre foi um desejo dos fundadores da empresa, portanto, o apoio deles era garantido.
Mas como a empresa tem vivido um crescimento acelerado, não dava para tocar um projeto de tamanha grandeza e importância de forma paralela. Então, a decisão seguinte foi escolher alguém para se dedicar exclusivamente ao seu desenvolvimento.
O benchmarking e o estudo de outros modelos, como o que propusemos ao citarmos os cases, também fez parte do nosso processo de criação, além, é claro, de misturar nossa cultura e nosso know-how para conceber um projeto de relevância para nossos stakeholders.
Assim nasceu a Rock.org, que tem como objetivo gerar oportunidades de crescimento para iniciativas sociais e jovens.
A ideia era abrir oportunidades para pessoas que não as tinham, compartilhar conhecimento com jovens que poderiam trilhar caminhos de sucesso e usar nosso know-how de marketing para dar a visibilidade que ONGs e instituições sociais precisavam para suas ações.
Para fazer tudo isso acontecer, no entanto, seria preciso engajar nossos colaboradores e garantir que eles pudessem dedicar uma parte de seu tempo de trabalho para o projeto.
Assim, decidimos parar todo o time por um dia. E, como todo gestor sabe, tempo é dinheiro.
Porém, essa ação gerou resultados diretos e indiretos muito mais substanciais do que o montante gasto. Além de impactar positivamente o público-alvo, que eram as ONGs e suas causas, o Rock Volunteer Day também trouxe:
-aumento do orgulho dos nossos colaboradores em fazerem parte de uma empresa socialmente responsável;
-atração de novos talentos que se identificaram com a ação;
-experiência diferenciada e gamificada para os colaboradores, que se viram em times fora dos habituais e trabalhando arduamente para o mesmo resultado.
No nosso caso, além do investimento de um dia inteiro dedicado a fomentar a plataforma Rock.org, também gastamos com premiações, material de divulgação e lanche, mas nada comparado ao retorno tão plural que tivemos.
A Rock University é uma das referências em conteúdo e formação para profissionais na área de marketing, e, a cada curso vendido na plataforma, outro é doado para um jovem que precisa de oportunidades de desenvolvimento ou um líder de ONG.
Em parceria com a ONG internacional Junior Achievement, recebemos alunos de instituições públicas para que eles vivenciem áreas profissionais de interesse.
Vivências como essas inspiram os futuros profissionais, demonstram a realidade do mercado e fazem com que eles saibam quais direcionamentos seguir para seu desenvolvimento acadêmico.
Aqui na Rock Content, além de conhecer setores relacionados ao Marketing Digital, também é possível visitar áreas de desenvolvimento e TI, bem como outras convencionais, como Recursos Humanos e Financeiro.
Ou seja, temos um mix de ações de responsabilidade social interessante por aqui. Enquanto algumas demandam investimentos, outras necessitam apenas da dedicação do nosso tempo ou a doação de um serviço que já está pronto.
Então, para uma empresa de médio ou pequeno porte, qual deles é o mais aconselhável? E como começar?
O primeiro passo, sem dúvidas, é envolver os gestores do negócio e fazer com que eles inspirem o restante do time. Depois, um brainstorming pode ajudar a encontrar uma causa para abraçar.
O brainstorming, quando diferentes profissionais se juntam para pensar em novas ideias e soluções para uma demanda, pode trazer visões interessantes sobre problemas sociais e ambientais vivenciados no entorno da organização.
Por isso, é muito valioso que ele seja feito com profissionais de diferentes áreas, formações e níveis hierárquicos. Cada um deles terá uma perspectiva e uma experiência diferente em relação à sociedade e ao mercado em que a empresa está inserida.
Conhecer cases de projetos de impacto social é muito importante, uma vez que eles ajudam a entender a relação com o core business das empresas e até mesmo quais causas ainda estão carentes de atenção.
Outra medida interessante, especialmente para empresas pequenas e médias que não podem investir muito, é buscar ideias nas redes sociais.
Alguns perfis são dedicados exclusivamente a compartilhar boas ações, sejam de pessoas, sejam de empresas. Outros são de entidades que denunciam situações de risco, problemas ignorados ou comunidades negligenciadas. Alguns exemplos são:
Esses exemplos podem criar insights importantes para seu brainstorming e fazer com que um projeto social seja desenvolvido com o que a sociedade mais valoriza: relevância.
Algumas ações sociais são mais tradicionais, até mesmo pelo contexto histórico que apontamos. Entre elas temos:
Que pode acontecer de várias maneiras, desde a doação de parte dos lucros para instituições não governamentais e também a definição de políticas internas, como dobrar a doação que um funcionário faz para uma organização, por exemplo
Que é quando a empresa dedica parte de seus talentos, especialmente os profissionais, para ajudar em causas sociais.
A doação de 1% do horário de trabalho é um ótimo exemplo, que, aliás, é seguido por muitas empresas, inclusive a Salesforce.
Promovendo mudanças em suas cadeias produtivas, comprando créditos de carbono e contribuindo para causas relacionadas ao meio ambiente.
Empresas que pregam a sustentabilidade também podem ser incluídas nessa categoria, afinal, estão diminuindo o impacto de suas atividades na natureza e, em muitos casos, reduzindo suas despesas de consumo.
Promovendo a igualdade no ambiente corporativo, combatendo preconceitos, garantindo o respeito às diferenças e oferecendo benefícios mais justos para seus trabalhadores, como uma licença maternidade prolongada.
Fazendo os pagamentos regulares de impostos, participando de programas de compensação para a sociedade e oferecendo salários que permitam que seus funcionários não fiquem suscetíveis às variações da economia local.
Qual é o propósito da sua empresa? Quando a Patagônia decidiu trocar sua principal matéria-prima, quis diminuir os danos ambientais de sua cadeia produtiva, ainda que isso representasse um acréscimo no valor final de seus produtos.
A IBM quis formar profissionais que estivessem prontos para lidar com os novos desafios da Transformação Digital, e, quem sabe, absorver esses talentos em seu quadro.
Outras empresas almejam:
-melhorar as condições dos seus fornecedores primários;
-corrigir injustiças sociais;
-ajudar, por exemplo, 50 famílias carentes ou 400 jovens;
-tornarem-se referências em responsabilidade social.
É claro que o objetivo genuíno é ajudar, retribuir. Mas isso precisa ser traduzido em números, ou quantificado. Por isso, é fundamental racionalizar o que se espera de um projeto de impacto social. Uma boa dica para isso é seguir um checklist:
-alinhe os objetivos da empresa com o que é relevante para clientes, sociedade e funcionários;
-foque iniciativas que provoquem impactos reais;
-procure dados estatísticos sobre a demanda social para identificar possíveis conexões emocionais entre público e empresa.
Nesta etapa, é importante alinhar os objetivos sociais às mudanças que serão promovidas na empresa.
Aqui na Rock Content temos uma equipe jovem, inovadora e consciente. Desse modo, concluímos que propor uma ação que ajudasse na empregabilidade e na educação de outros jovens causaria um ótimo engajamento.
Assim, definir as ações ficou mais simples. Bastou juntar nossa força interna e seus conhecimentos de marketing para direcionar tudo isso para o público que queríamos atingir, fossem os jovens, fossem as ONGs que cadastramos e mentoramos.
Compartilhar conhecimento está na cultura da Rock Content, e, em um desses episódios, uma de nossas supervisoras trouxe informações e estratégias muito valiosas sobre gamificação.
Uma das premissas da responsabilidade social é usar recursos e talentos para promover os impactos necessários, certo?
Nesse caso, usamos esse conhecimento para criar um projeto que envolvesse nossos colaboradores e fizesse com que todos trabalhassem em alta performance no Volunteer Day.
Fazer um planejamento ajudará a organizar as próximas etapas. Entre elas, podemos citar:
-conscientização e sensibilização dos colaboradores;
-identificação de um líder, talentos que podem ajudar na elaboração e multiplicadores para manter o time engajado;
-período de teste do projeto, de um ano, por exemplo;
-apuração dos resultados e eventuais ajustes.
Depois que iniciamos nossas ações, nos envolvemos com outras entidades e projetos, muitas ONGs nos procuraram e trouxeram novas demandas e um universo de possibilidades surgiu no nosso horizonte.
Não conseguimos atender a todos imediatamente, mas criamos um modelo de edital por meio do qual as ONGs interessadas podem se inscrever.
Clientes da nossa empresa também nos procuraram querendo saber como começar, o que foi muito importante, afinal, inspiramos outras empresas a começarem também e essa onda multiplicadora deve continuar.
Então, que tal criar um projeto de impacto social na sua empresa?
Se pensar bem, seus colaboradores ficarão felizes em fazer parte de uma empresa engajada social e ambientalmente, a sociedade se beneficiará com suas ações e os clientes se identificarão com sua marca.
Todo mundo ganha, certo? Se ainda tem alguma dúvida ou quer entender como funciona nosso projeto, convidamos você para uma visita ao Rock.org, e, claro, nos colocamos à disposição para ajudar!
Avenida Presidente Kennedy, 1100 - São Cristovão - 64052-335 - Teresina-PI
Telefone: (86) 3133-7070 - E-mail: contato.icev@somosicev.com
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