Para o comércio, o Natal é um dos eventos mais promissores do ano. A comemoração é um dos melhores períodos para vendas, e os empresários já estão se movimentando para faturar. A data mexe com o coração de muita gente, e os clientes se tornam mais dispostos a gastar com presentes para os familiares e amigos.
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Esta é a melhor época do ano para vender e consolidar clientes, tendo em vista que o clima natalino favorece a empatia e aumenta a procura por diversos produtos e serviços.
Mesmo com a situação financeira de diversas famílias ainda abalada por causa do período de pandemia do coronavírus, acredita-se que o período natalino deste ano será a data sazonal com mais vendas no varejo. Além disso, os consumidores digitais estão aí e vieram com tudo também.
O modelo de compras on-line foi intensificado nos últimos anos e se estabeleceu como uma das principais formas de consumo. Por isso, mesmo com a retomada das atividades em seu estado/município, é preciso manter a atenção nas vendas por redes sociais, vendas por WhatsApp e Loja On-line. Se o seu negócio é adaptável ao comércio eletrônico, não perca tempo, posicione-se nesse mercado e prepare-se para faturar no final do ano.
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Se você ainda não começou a se planejar ou quer aprender a explorar ao máximo as vendas deste período, confira oito dicas que listamos a seguir para seu negócio faturar ainda mais no próximo Natal e fim de ano.
Aposte em descontos e ofertas, como “leve 3, pague 2”, e facilidades nas formas de pagamento. Essas iniciativas são boas formas de estimular o consumo. Além disso, determine o volume de produtos que quer vender e em quanto tempo e, com base nisso, defina o mix de produtos que terão os preços reduzidos e de quanto serão os descontos. Você também pode criar outros tipos de oportunidades para seu consumidor, como: entregas gratuitas, cartão fidelidade, cupons…
Traga o espírito natalino para sua loja física e on-line. A decoração estimula os clientes à compra de presentes. Não deixe faltar algo na decoração que remeta à época natalina, como por exemplo, árvore de Natal, bonecos de Papai Noel, as cores e etc.
Além disso, aposte na decoração do layout do seu site de comércio eletrônico. Invista na decoração natalina e na divulgação da marca e dos produtos com a temática da data comemorativa.
É certo que muita gente deixa para comprar os presentes na última hora, por isso prepare bem o seu estoque. Além disso, treine o seu pessoal para ajudar o cliente a encontrar o que precisa, encorajando-o também a retornar para futuras compras.
A boa disposição dos produtos facilita, tanto para o vendedor quanto para o cliente, identificar o que se procura, e isso pode ser decisivo para o momento da compra. É fundamental que o layout de sua loja esteja adaptado para receber um grande número de pessoas, com conforto e bom atendimento.
Estar ativo no ambiente digital é uma ótima maneira de divulgar sua marca e, com isso, aumentar seu alcance e vender mais. Assim como em 2020 e em 2021, neste ano continuar com ações nas redes sociais será bem importante.
Por isso, pode apostar na divulgação de promoções, de produtos, na criação de conteúdos em vídeo e em qualquer ação que aproxime o seu negócio do seu cliente.
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Ofereça vantagens aos clientes para incentivar o seu cadastro como frete grátis e ou valor fixo acessível para determinada região, modalidade expressa, ou um cupom de desconto na próxima compra acima de um determinado valor.
Faça posts nas redes sociais ou crie categorias específicas no site da empresa, divididas por promoção ou por playlists de produtos que os consumidores mais pretendem comprar: moda e acessórios, brinquedos, beleza e cosméticos, eletrônicos e informática, eletrodomésticos e eletroportáteis.
Invista em promoções pelo whatsApp business, Telegram, anúncios patrocinados nas redes sociais e outros veículos de comunicação.
Para auxiliar com as altas demandas, as lojas costumam contratar mais funcionários no fim de ano. Contudo, é fundamental treiná-los sobre a cultura da empresa, produtos e serviços. Não basta aumentar o número de atendentes e ainda assim deixar seus clientes insatisfeitos. Sua empresa deve primar pelo atendimento de qualidade.
Para proporcionar a melhor experiência de compra ao cliente, é essencial que os prazos para devolução e troca de produtos estejam claros para o cliente. Nem sempre se acerta no presente de Natal, por isso, o momento da troca deve ser aproveitado também para incentivar a aquisição de novos produtos.
Ofereça produtos complementares àqueles que o comprador já adquiriu anteriormente. Crie campanhas customizadas por meio de uma comunicação personalizada, de acordo com o perfil e os comportamentos dos clientes, oferecendo as melhores ofertas e argumentos de venda para cada grupo específico.
Mais do que vender muito no período natalino, busque encantar o seu cliente para que ele volte ao longo de todo o ano. Uma das melhores formas de fazer isso, é oferecer soluções rápidas para as necessidades dele.
Mais do que presentes, as pessoas querem se sentir queridas e valorizadas. Se um dos pilares da empresa for a solidariedade, então a comemoração natalina pode ser uma oportunidade de divulgação para promover ações solidárias com a marca da empresa.
Ao apoiar algum projeto ou organização social, arrecadando doações ou revertendo uma certa porcentagem das vendas, usando como estratégia e tendência o comprometimento social da empresa.
Colocar essas dicas em prática no próximo Natal e fim de ano será memorável para seus clientes e para o seu negócio.
A professora do Direito iCEV e Conselheira Federal da OAB, Isabella Paranaguá, é coautora do livro lançado no Espaço Cultural do Supremo Tribunal de Justiça. Intitulado “Regimes de Separação de Bens”, a obra é um dos volumes da coleção “Direito de Família conforme interpretação do STJ” e tem o respaldo de grandes juristas brasileiros.
Foto: Acervo pessoal Isabella Paranaguá
Isabella Paranaguá ressaltou que esse é o maior compilado sobre o regime de separação de bens no Brasil. “A obra tem o respaldo de grandes juristas brasileiros. O artigo de minha autoria é sobre separação de bens digitais, um assunto muito atual. Estou aqui pelo Piauí e fico muito feliz com a representatividade feminina na literatura jurídica nacional”, afirmou.
A obra, que conta com o prefácio da ministra Nancy Andrighi, analisa exclusivamente as decisões proferidas pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, o livro tem como foco as análises temáticas dos regimes de bens entre cônjuges e companheiros.
A organização do livro foi feita pelo desembargador do TJ-RS, Rui Portanova; o juiz Rafael Calmom e o servidor do STJ, Gustavo D’Alessandro. Além da Conselheira Federal, Isabella Paranaguá, entre os coautores está o ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.
A coletânea reúne juristas de todo o Brasil, inclusive várias mulheres, contribuindo para o aumento do número de publicações especializadas assinadas por elas.
O lançamento contou também com a presença da Conselheira Federal e presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cristiane Damasceno.
O iCEV abriu Processo Seletivo de Professores para compor o quadro docente do 1º curso de Engenharia de Software do Piauí! As inscrições acontecem até 08 de janeiro de 2023, somente online por este link: http://selecao.somosicev.com.br/professor
São vagas para as seguintes áreas de atuação: Linguagem de Programação – Programação Orientada a Objetos; Interface Humano-Computador; Gerência, Manutenção e Configuração de Software; Segurança e Auditoria de Sistemas; TCC e Metodologia Científica para Computação.
A seleção será dividida em quatro fases: 1º Etapa – Análise dos títulos; 2º Etapa – Realização de prova didática; 3º Etapa – Divulgação de resultado parcial e convocação para entrevista; 4º Etapa – Entrevista dos candidatos selecionados na terceira etapa.
O resultado será divulgado dia 23 de janeiro de 2023 no nosso site.
Confira mais detalhes sobre a classificação e pontuação no edital: https://www.somosicev.com/processos-seletivos/
No ato da inscrição, o candidato deverá apresentar a documentação comprobatória exigida para a disciplina a que está se habilitando. Deve, ainda, apresentar currículo da Plataforma Lattes, com suas experiências profissionais na área da disciplina e área da docência.
Em momento histórico para o Piauí, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reconheceu Esperança Garcia como a Primeira Advogada do Brasil. O Conselho aprovou também a construção do busto da advogada no átrio do prédio sede.
A Conselheira Federal da OAB-PI, Élida Fabrícia, destacou a importância desse momento. “Ela foi uma mulher negra escravizada, submetida a diversas agruras advindas de sua condição vulnerável. Mas nada disso a deteve na busca de seus ideais. Essa luta começou há muitos anos no Piauí, quando em 2017 conseguimos o reconhecimento na Seccional. Agora, o reconhecimento vem da OAB Nacional, em uma verdadeira reparação histórica dos prejuízos que a Advocacia negra e feminina já sofreu”, disse.
Símbolo de resistência, Esperança Garcia lutou pelo Direito e sua natureza jurídica foi vista logo cedo, quando, no dia 6 de setembro de 1770, escreveu uma petição ao então Governador da Capitania de São José do Piauí denunciando os maus-tratos que ela e sua família sofriam, tendo sido inclusive separada de seu marido e impedida de batizar os filhos. Essa carta foi considerada o primeiro Habeas Corpus feito por uma mulher. A carta foi encontrada em 1979 no arquivo público do Piauí.
Um documento com a relação de escravizados da fazenda em que vivia, de 1878, oito anos após o envio da carta, menciona o casal “Esperança e Ignácio”, ela com 27 anos e ele com 57. Ela teria, portanto, 19 anos quando escreveu a carta ao Governador.
A voz de Esperança Garcia é um brado pela luta contra o racismo e pela igualdade de gênero, raça e classe no Brasil. É também combustível para alimentar a coragem e a resistência do povo brasileiro. Ela compõe memórias de lutas do povo negro e dá voz aos que foram historicamente calados.
Em 2017, Esperança Garcia foi reconhecida pela seccional da OAB do Piauí como a primeira advogada piauiense. Em 6 de setembro de 1770, ela escreveu uma petição ao governador da Capitania em que denunciava as situações de violências pelas quais crianças e mulheres passavam e pedia providências.
A data foi instituída, também, como o Dia Estadual da Consciência Negra, em 1999. O documento histórico é uma das primeiras cartas de direito de que se tem notícia. A OAB-PI considerou a carta como o primeiro habeas corpus e, portanto, o encaminhou aos dois colegiados que passaram a também resgatar a história para valorizá-la, em âmbito nacional.
“Resgatar a memória de Esperança Garcia no plenário desta Casa é algo que nos remete à filosofia do ubuntu, que diz que devemos viver a restauração e a justiça no sentido de ver o passado para que não venhamos a cometer novamente aquelas atrocidades. Isso faz com que hoje vossa excelência tome uma atitude histórica, dando sequência a todo o trabalho que o Conselho Federal tem feito sobre as ações afirmativas. Esperança é um marco. Construiu o documento com toda a forma, desde o cabeçalho até o argumento final. Estou extremamente feliz e emocionada”, afirmou Silvia Cerqueira.
Silvia Souza, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, também ressaltou a importância do caminho trilhado pela OAB bem como registrou homenagens à colega Silvia Cerqueira, a primeira conselheira federal negra, aquela que assumiu o projeto de resgate da memória de Esperança Garcia no CFOAB e, também, como lembrou, fez a sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que declarou constitucionais as ações afirmativas no ensino superior, a ADPF 186.
A ideia é que seja construído um busto em homenagem a Esperança Garcia e como forma de lembrança do papel que ela cumpriu com firmeza na defesa da comunidade em que vivia. “É muita honra para o Piauí ter a história de Esperança Garcia reconhecida pelo Conselho Federal, e especialmente para nós, mulheres. O Piauí e a advocacia feminina estão em festa”, disse a conselheira federal pelo estado Élida Machado Franklin.
(Imagem: reprodução)
O membro honorário vitalício Cezar Britto celebrou o momento. “A história é a referência que devemos ter para saber os caminhos que devemos seguir ou não seguir. Hoje é um dia extremamente importante neste reconhecimento. São esses gestos, de ação, que acenam para o público que é importante persistir, resistir.”
Esperança Garcia foi uma mulher negra escravizada no século XVIII, em Oeiras, município a 300 km de Teresina.
Segundo pesquisadores, Esperança nasceu na fazenda Algodões, propriedade que pertencia a padres jesuítas brasileiros. No local, ela aprendeu a ler e escrever. Quando completou 16 anos, Garcia casou-se e teve seu primeiro filho.
Contudo, os catequistas foram expulsos pelo diplomata português Marquês de Pombal e a fazenda foi transferida para outros senhores de escravo. Logo depois, aos 19 anos, Garcia foi separada dos filhos e do marido, e enviada para outras terras.
Após ser separada dos filhos e do marido, e com o intuito de ser resgatada e encontrá-los novamente, ela denunciou as situações de violência que sofria ao Governo do Piauí.
As denúncias foram feitas uma carta, datada em seis de setembro de 1770, Garcia relatou os maus tratos sofridos por ela, outros homens e mulheres negras em uma fazenda da região. O documento, enviado ao governador do estado, solicitava o resgate do grupo.
De acordo com juristas e historiadores brasileiros, o documento pode ser considerado uma petição, pois apresenta elementos jurídicos importantes, como endereçamento, identificação, narrativa dos fatos, fundamento no Direito e um pedido. Não se sabe, contudo, se o pedido de Esperança chegou a ser atendido e se reencontrou sua família.
Em 1979, a carta foi localizada no arquivo público do estado, pelo historiador Luiz Mott. Em 1999, após reivindicações do movimento negro piauiense, o dia 6 de setembro foi oficializado como o Dia Estadual da Consciência Negra.
Com informações de OAB-PI e G1-PI
Em novembro, o Rio de Janeiro sediou um dos maiores encontros de tecnologia da América Latina. O Rio Innovation Week recebeu cerca de 60 mil visitantes que tiveram acesso a 700 palestrantes e a mais de 200 expositores. Em meio a tantas pessoas envolvidas, o empresário piauiense Artur Veloso conseguiu um espaço de destaque para a sua startup Fábrica de Gênios.
Professor do iCEV e fundador da Sturtup Fábrica de Gênios na Rio Innovation Week (Foto: divulgação)
O empresário e professor do iCEV foi selecionado entre centenas de espectadores de um talk show com o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, mediado pela empresária e investidora-anjo Camila Farani para apresentar a sua startup no palco.
O formato da apresentação simulou o reality show Shark Tank, em que, durante cada episódio, empreendedores descrevem, em no máximo 5 minutos, a sua ideia de negócio para possíveis investidores, o que é chamado de pitch. Para Veloso, a experiência foi ainda mais real porque Camila Farani e João Appolinário fazem parte do elenco do Shark Tank Brasil.
O piauiense destacou na apresentação que a Fábrica de Gênios atende a grande demanda de profissionais com habilidades em tecnologia que o mercado tem necessitado. Após o pitch, os “tubarões” (investidores ou empresários que têm startups muito fortes no mercado) fizeram perguntas sobre a metodologia de trabalho da empresa e as metas que pretende alcançar. Veloso mostrou que a startup já tem conseguido capacitar pessoas e conectá-las ao mercado, sendo esse o seu principal diferencial, e que, com o apoio dos investidores, passaria a faturar 10 vezes mais do que atualmente.
Para o dono da Fábrica de Gênios, foi uma experiência emocionante. “No palco eu fiquei muito nervoso, mas durante a apresentação e respondendo às perguntas, eu fui me acalmando e cada vez mais me tocando que estava realizando um sonho, aliás o pitch mais importante da minha vida”, comenta Veloso.
Professor do iCEV e fundador da Sturtup Fábrica de Gênios na Rio Innovation Week (Foto: divulgação)
Ele afirma que foi ao Rio de Janeiro preparado para falar com um grande investidor e que uma das metas era Camila Farani. Para Veloso, o feedback dado pelos “tubarões” será muito importante para os próximos passos da Fábrica de Gênios porque ele teve um veredito de que o modo que a startup forma e recruta profissionais de tecnologia é único. Seu negócio poderá ser aprimorado porque ganhou uma consultoria de uma hora com Camila Farani e o livro da investidora, “Desistir não é uma opção”. Pela boa receptividade da plateia durante a sua apresentação, ele ainda terá uma viagem com tudo pago para qualquer destino do Nordeste.
Além de Veloso, outras startups piauienses foram ao Rio Innovation Week. Elas tiveram o apoio do Piauí Original Hub, do Sebrae e do iCEV e puderam ter acesso a muito aprendizado e networking com alguns dos principais atores do mercado de tecnologia da América Latina.
Com um time de professores empresários e com conhecimento prático de mercado, o curso de Administração iCEV faz você chegar muito mais longe! Faça sua inscrição para o Vestibular 2023.1.
Ingresse por meio de prova presencial, on-line, nota do ENEM, transferência ou portador de curso superior.
ICEV e parceiro de grandes empresas, o que facilita o acesso às melhores oportunidades do mercado, para estágio, contratação e networking. Os alunos têm contato direto com órgãos, empresas e profissionais de sucesso, por meio de parcerias e projetos de extensão que abrem oportunidades no mercado de trabalho.
Desde o início da graduação, o aluno é conectado às mais atuais práticas de gestão. As suas ideias saem do papel ainda na graduação, com o desenvolvimento de projetos de startups e participação em feiras e eventos de empreendedorismo.
Temos na grade curricular do curso de Administração disciplinas inovadoras e fora da caixa, como: Design Thinking: Softwares Gerenciais: Neuromarketing e Experiências; Inteligência Emocional, além de English for Business, desde o 1º período.
O curso de Administração incentiva a prática, por meio de estudos de caso, aulas-experiência, palestras, visitas técnicas, oficinas, feira de empreendedorismo e eventos de inovação.
A meta é formar líderes diferenciados, inovadores e competentes. O estudante é preparado para as múltiplas carreiras que uma formação em Administração possibilita e aprende com professores com vasta experiência de mercado.
Um dos campos mais promissores para a aplicação de aparatos de inteligência artificial (IA) é a administração pública. Há, pelo menos, três motivos para isso: 1º) os agentes públicos têm de seguir regras (legalidade estrita) diante de situações típicas; 2º) as decisões da administração devem ser isonômicas; 3º) é grande o volume da demanda por decisões padronizadas e rápidas da administração.
Essas circunstâncias indicam que as decisões administrativas são, em sua maioria, perfeitamente modeláveis em mecanismos inteligentes, que podem ter escala para absorver, em curto espaço de tempo (isto é, de modo eficiente), a vasta demanda por decisões rápidas de órgãos públicos.
As administrações municipais são especialmente suscetíveis ao processo amplo de automatização de suas atividades, porque as questões de interesse local guardam certa homogeneidade e repetibilidade e, por isso mesmo, podem ser digeridas por protótipos automáticos alimentados por dados devidamente preparados.
Também é preciso considerar aquela afirmação que é quase um truísmo: as pessoas vivem nas cidades — todos os demais entes estatais têm um quê de ficção jurídica e política. Então, é nas cidades que se passa a maior parte das situações de vida relacionadas tanto aos usos dos serviços públicos, quanto às práticas de atividades econômicas privadas, passíveis de algum policiamento estatal. Daí que é nas cidades também onde mais se fazem necessária e oportuna a adoção de meios técnicos para resolver rapidamente as demandas dos administrados.
Não por acaso, surgiu o conceito de cidade inteligente (smart city), para expressar a ideia de um núcleo urbano imerso em tecnologias digitais a serviço do bem-estar dos cidadãos. Nas cidades inteligentes, soluções digitais altamente integradas criam um rico ecossistema digital local, em que a coleta e o tratamento de dados se dão de maneira massiva e onipresente.
Numa cidade assim, edifícios, praças, ônibus, trens, semáforos, postes, dispositivos móveis (drones, por exemplo) — enfim, praticamente todas as coisas e lugares podem funcionar com sensores (câmeras, gravadores, termômetros, pluviômetros, detectores, etc.) que captem dados, tanto pessoais como não pessoais, e os remetam para infraestruturas de tratamento, cujos modelos baseados em IA podem transformar autonomamente esse vultoso e aleatório fluxo de dados em informações/conhecimento, induzindo ações dos funcionários municipais, a emissão de avisos ao público e até mesmo decisões automatizadas (por exemplo, a aplicação ipso facto de multa ao motorista que alguma câmera flagre invadindo o sinal vermelho).
São desconhecidos os limites dos benefícios que podem ser criados por uma cidade inteligente. Maior segurança pública, mais eficiência e comodidade dos serviços públicos em geral (saúde, educação, assistência social, policiamento sanitário e de trânsito etc.), aumento da capacidade de resposta a emergências climáticas, mais sustentabilidade ambiental, maior interatividade dos cidadãos entre si e com a administração da cidade — em suma, pode-se aumentar exponencialmente o conhecimento que se tem sobre a cidade e seus habitantes, em tempo real e com grande acurácia, o que permite respostas perfeitamente ajustadas às circunstâncias, em cada momento.
Bem, esse é o lado bom da implementação de tecnologias da informação e da comunicação em uma cidade, para torná-la “inteligente“. Mas, como normalmente acontece, há o lado ruim. E, para resumir desde logo, os principais pontos negativos são: a) o risco à privacidade e à intimidade dos cidadãos; b) a produção de decisões estereotipadas, com erros grosseiros, que podem acentuar alguns problemas sociais; e c) a opacidade dos modelos em uso, que podem eventualmente ser protegidos por direitos de propriedade intelectual.
A esse respeito, em recente relatório produzido pela organização Eletronic Privacy Information Center (Epic), revelou-se que só na cidade de Washington (DC), funcionam atualmente 29 algoritmos que decidem sobre, entre outras coisas, ranqueamento de candidatos a moradia social, probabilidade de reincidência criminal, indícios de fraudes à assistência social, previsão de abandono escolar e até sugestão de medidas socioeducativas para jovens infratores.
Essas decisões (ou sugestões de decisão) são tomadas automaticamente por máquinas ou por humanos assistidos por máquinas, com base em monitoramento persistente dos cidadãos, por meio de sensores espalhados pela cidade. A depender das condutas das pessoas nas ruas e locais de monitoramento em geral, o sistema atribui a correspondente pontuação (positiva ou negativa) para cada indivíduo em cada situação, o que irá constituir um escore que determinará ou, no mínimo, influenciará as decisões sobre os temas já referidos (de moradia social, risco de reincidência criminal e fraudes, etc.).
Do ponto de vista jurídico, a questão mais premente — que se coloca como premissa lógica para a garantia de direitos em face do uso de algoritmos por cidades inteligentes — é assegurar que o público tenha ciência inequívoca dos locais e situações em que dados pessoais são coletados para alimentar modelos automatizados de decisão. Parece claro também que cada pessoa deve ter acesso fácil e rápido à sua pontuação e à forma do seu cálculo, assim que requerer. Sem esses elementos, não é possível sequer pensar em fazer alguma reclamação por mau uso da IA, porque possivelmente o cidadão não saberá que está sendo avaliado por mecanismos de IA.
No relatório da Epic, já citado, observou-se que há resistência, por parte de agências públicas, em compartilhar informações sobre sistemas utilizados e, além disso, muitos desses sistemas são desenvolvidos por empresas privadas que se recusam a explicar os seus modelos de decisão, alegando segredo comercial.
Um projeto desenvolvido na Universidade de Yale , neste ano, tentou contar o número de algoritmos usados pelas agências estatais de Connecticut, mas encontrou embaraços decorrentes de alegações de segredo comercial.
Felizmente, tal problema, no Brasil, não se coloca de forma tão dura. Tendo em vista que a nossa Constituição impõe o princípio da publicidade (CF, artigo 37, caput) e assegura o acesso à informação como direito fundamental (CF, artigo 5º, XXXIII c/c artigo 37, §3º, II), não parece viável a invocação, por qualquer empresa ou mesmo pela administração, de segredo comercial quanto a algoritmos utilizados pelo Poder Público para tomar ou sugerir decisões sobre os direitos das pessoas.
Em todo caso, é preciso que se pense em instrumentos para implementar o direito do cidadão de saber como estão sendo tomadas as decisões administrativas sobre si, com o uso de mecanismos de IA.
Um bom exemplo de gestão adequada dessa problemática vem de Nova York. Em 2019, a cidade instituiu um oficial de gerenciamento e policiamento de algoritmos, para orientar o município e suas agências sobre o desenvolvimento e uso responsável, assim como a avaliação de algoritmos, e para engajar e educar o público sobre questões relacionadas ao uso dessas ferramentas.
O oficial deverá estabelecer princípios orientadores da utilização ética de ferramentas de IA, assim como critérios para identificá-los; deverá também estabelecer protocolos de comunicação entre agências sobre o tema do uso da IA; e, por fim, deverá criar uma plataforma que permita adequada e fácil comunicação com o público, para receber reclamações e sugestões.
Esse já é um passo importante para a institucionalização de uma política de uso racional e ético de algoritmos na administração pública, que pode e deve servir de fonte de inspiração para cidades que desejem se transformar em Smart Cities.
Outra iniciativa interessante no sentido da transparência foi tomada pelas cidades de Amsterdam e Helsinque, em 2020. Essas duas cidades criaram listas de seus algoritmos em uso e deixaram-nas online. Mas há alegações de que tais listas têm lacunas, e que são omitidos nelas justamente os algoritmos cujo uso é mais preocupante.
Entre nós, a LGPD contém normas que são suficientes para uma boa gestão dessa questão. Por exemplo, o artigo 18 da LGPD diz que estão entre os direitos do titular dos dados, a faculdade de obter a confirmação da existência de tratamento de dados, o acesso aos dados, o direito à correção, entre outros.
Olhando pela perspectiva do direito constitucional, é certo que o uso de algoritmos pela administração deve seguir o princípio da publicidade (CF, artigo 37), como já disse, de maneira que não é viável que as nossas entidades públicas adotem modelos automatizados sem comunicar ao público e, pior, sem informar os seus critérios decisórios.
Em todo caso, há a necessidade de clareza sobre as formas legítimas de uso de IA, daí porque foi muito oportuna a iniciativa do Senado Federal, no sentido de instituir uma Comissão de Juristas para sistematizar os estudos em torno de propostas legislativas que tratam da regulação da IA no Brasil (PL 21/2020, já aprovado na Câmara; PLs 5.051/2019 e 872/2021). Seguramente, a comissão apontará caminhos para uma boa governança dos modelos de IA no país.
Até lá, é preciso que as instituições de fiscalização, em especial o Ministério Público, se assenhoreie do tema, para evitar usos furtivos ou abusivos de IA. Como se trata aqui, sem dúvida, de um interesse que transcende a esfera individual, cabe mesmo ao MP papel importante no levantamento e na manutenção atualizada de informações sobre o uso de algoritmos pelas administrações públicas locais. Embora a Agência Nacional de Proteção de Dados tenha protagonismo na questão, é impraticável que tal agência fiscalize os mais de 5.000 municípios brasileiros, daí a necessidade de atuação do MP em cada comarca.
Hoje, por exemplo, será que há, em algum lugar, a informação sobre quantos aplicativos e modelos de decisão automatizada existem e estão em utilização nas administrações públicas do país? Particularmente, não tenho essa informação, e creio que ninguém tem ainda. Isso, por si só, demonstra a necessidade de que se avance sobre a institucionalização do tema, aproveitando-se dos bons exemplos que vêm de outros países.
Em conclusão, parece haver uma premissa constante segundo a qual o uso da IA será tanto mais profícuo quanto mais se consiga estruturar mecanismos de controle factíveis e transparentes, que possam minimizar os seus erros e excessos, por meio de uma governança salutar, que não crie embaraços desnecessários à inovação.
(Foto: José Ailson)
Mais uma verdadeira aula-experiência para a conta da galera de Administração iCEV! No sábado (19), os estudantes tiveram um bate-papo com grandes empreendedores do Piauí. O encontro, comandado pelo professor Samuel Moraes, aconteceu no Piauí Hub Original, ambiente de conexões de startups do Piauí e empresas, com foco na economia criativa, varejo, educação e saúde, localizado no Shopping Rio Poty.
Os palestrantes convidados são exemplos de iniciativa, planejamento e inovação: eles abriram o próprio negócio e se tornaram referências em seus nichos de atuação.
(Foto: José Ailson)
Artur falou para a galera sobre a experiência na criação de uma startup, a Fábrica de Gênios – voltada para educação e soluções em tecnologia para profissionais e empresas.
A startup foi selecionada pelo Sebrae Piauí e esteve no Rio Innovation Week trocando experiências com startups do Brasil inteiro.
(Foto: José Ailson)
Ian debateu com os estudantes sobre a experiência em franquias. Ele falou que o desejo de ser dono do próprio negócio fez com que desse o pontapé para se tornar um empreendedor e abrir a franquia de produtos ergonômicos.
(Foto: José Ailson)
Assamble é uma plataforma online de gerenciamento para microempreendedores. Renato compartilhou com os estudantes iCEV sobre a motivação, a análise de mercado e as estratégias de criação da startup.
O contato próximo com cases de sucesso tem como objetivo fomentar a cultura do empreendedorismo, apresentar os modelos de negócios, as estratégias de gestão, posicionamento de marketing, processos e insights dos empreendedores, além de compreender os desafios e oportunidades de um negócio.
É uma baita experiência que só quem faz Administração no iCEV tem!
(Foto: José Ailson)
Fomentar os empreendedores também faz parte da cultura iCEV. Por isso, ao final das palestras, todos foram prestigiar um case de sucesso do estudante de Administração iCEV Júnior Santana, que é proprietário do quiosque de drinks La Concecion.
(Foto: José Ailson)
O comportamento do consumidor pode ser influenciado, sabia? Muitas vezes eles só precisam de uma referência, que os permitam tomar decisões diante da volatilidade do mercado. Essa referência seria como um barco em alto mar que precisa de segurança e estabilidade diante das oscilações do mar, por isso esse processo de criar uma referência é chamado de “Ancoragem e Efeito Priming”.
De maneira simples, ancorar é o ato ou ação de estabelecer algo em algum lugar, ou seja, significa prender ou amarrar algo ou algum equipamento em um determinado lugar.
Nesse sentido, do ponto de vista do comportamento do consumidor, metaforicamente, podemos dizer a “âncora”, neste caso, é o ato ou efeito de estabelecer na mente do consumidor uma referência, que pode ser um número, um preço, uma data ou uma imagem, que permita orientá-lo, talvez a melhor palavra para isso seja influenciá-lo, quando à sua decisão diante do mercado.
Dan Ariely, pesquisador e professor da Universidade Duke, é conhecido como um dos principais professores de economia comportamental do mundo. A segunda referência são os autores Daniel Kahneman e Amos Tversky, ganhadores do prêmio Nobel de Economia que desenvolveram importantes estudos relacionados à tomada de decisão, entre eles o que deu origem a Teoria da Perspectiva ou Teoria do Prospecto.
Segundo Dan Ariely o modelo econômico tradicional, a ortodoxia em bom economês, apresenta as forças da oferta e demanda como elementos do mercado que definem os preços em uma economia competitiva. Neste sentido, essas forças são (inter)dependentes. Isso pode ser entendido quando analisamos separadamente cada força.
Ancorar é o ato ou ação de estabelecer algo em algum lugar, ou seja, significa prender ou amarrar algo ou algum equipamento em um determinado lugar (Imagem: Reprodução)
Exemplo: Um produtor tende a ser estimulado a produzir mais à medida que os preços sobem. Já um consumidor tende a consumir mais à medida que os preços caem (levando em consideração bens normais). Na prática, são relações inversas.
Quando, porém, produtores e consumidores não possuem estímulos para mudar seu comportamento, ou seja, o preço não se modifica nem para mais, nem para menos, dizemos que atingimos o “ponto de equilíbrio”. Contudo, a ancoragem dos preços pode manipular este o tipo equilíbrio por incutir na mente do consumidor informações prévias à sua tomada de decisão. Nas palavras de Ariely:
(…) No mundo real, a ancoragem vem de preços sugeridos pelo fabricante, preços anunciados, promoções, lançamentos de produtos, etc. – que são variáveis da oferta. Dessa maneira, parece que não é a disposição que os consumidores têm de pagar que influencia os preços de mercado, a causalidade é de algum modo revertida e são os próprios preços de mercado que influenciam a disposição dos consumidores de pagar. Isso significa que a demanda não é, na verdade, uma força completamente separada da oferta. (Ariely, 2006, p. 66).
Seguindo essa linha de raciocínio, os pesquisadores Daniel Kahneman e Amos Tversky demonstraram, a partir de diferentes contextos, que as pessoas que participavam de seus experimentos eram, de alguma forma, influenciadas por informações que tinham recebido recentemente.
Isso acontece porque as pessoas consideram uma referência particular para uma quantidade, preço ou valor desconhecido antes de estimá-lo. Dessa forma, o que ocorre é que os resultados seguem uma premissa lógica: o cálculo para um determinado valor fica perto do número referência que as pessoas tiveram acesso ou a informação receberam previamente.
Para demonstrar o efeito ancoragem e como ela funciona na realidade, Kahneman e Tversky elaboraram a seguinte pergunta e a aplicaram a dois grupos distintos: o de controle e o ancorado.
“A altura da sequoia mais alta é maior ou menor do que 365 metros?
Qual sua melhor estimativa sobre a altura da sequoia mais alta? Kahneman” (2011, p. 182)
Fica claro que a primeira pergunta foi seguida de uma âncora, uma vez que na sua formulação foi sugerida uma altura de 365 metros. A outra, sem uma informação prévia, permitiu que os participantes começassem a avaliar o tamanho da sequoia do zero.
Como esperado, os dois grupos forneceram estimativas médias bem diferentes: o primeiro, sob efeito da ancoragem apresentou uma média de 257, enquanto o segundo, 86 metros.
Essa influência que altera o comportamento dos indivíduos a partir de uma informação prévia é conhecida na economia comportamental como Efeito Priming. Em outras palavras, este efeito está relacionado ao modo como um estímulo inicial pode afetar as respostas de um indivíduo a estímulos subsequentes, sem que exista consciência do mesmo sobre tal influência. Nas palavras de Kahneman (2011, p. 187), é uma “sugestão (…), que evoca seletivamente evidência compatível”.
Partindo deste pressuposto e no intuito de validar esta experiência desenvolvida por Kahneman, foi aplicada a mesma estratégia em sala de aula a fim de identificar o efeito ancoragem em um grupo de alunos do iCEV.
O experimento foi feito com 41 estudantes do curso de Administração. Eles foram divididos em dois grupos: o primeiro, de controle, com 18 alunos, e o segundo que foi submetido ao efeito ancoragem, com 23 estudantes. O resultado obtido está apresentado em forma de percentual.
Aos dois grupos foi feita a mesma pergunta, a diferença está na informação que foi apresentada previamente ao grupo sob ancoragem:
O Tropical Kobe Beef é uma carne suculenta, macia e com sabor único, resultado de um cruzamento do gado raça Brangus com Wagyu, essa última uma raça japonesa. O gado é criado na Fazenda Rubaiyat, no Mato Grosso. Qual preço você pagaria pelo prato abaixo?
O Tropical Kobe Beef é uma carne suculenta, macia e com sabor único, resultado de um cruzamento do gado raça Brangus com Wagyu, essa última uma raça japonesa. O gado é criado na Fazenda Rubaiyat, no Mato Grosso. Qual preço você pagaria pelo prato abaixo? O preço no restaurante que o oferece no Mato Grosso é de R$ 243,00.
Como se pode observar, a informação prévia (efeito priming) apresentada ao grupo sob ancoragem de que o prato custa no restaurante que o oferece é de R$ 243,00 fez toda a diferença.
Os resultados obtidos no grupo de controle apresentaram uma média de preço de R$ 50,10. Já o grupo sob ancoragem, resultou numa média de cerca de 50% superior. O preço médio obtido foi de R$ 75,43.
Como esperado, o efeito priming permitiu que um produto fosse oferecido a um conjunto de alunos-consumidores contribuísse para estes estivessem dispostos a pagar cerca de 50% mais caro que o grupo controle para obter o mesmo produto. Nesse sentido, a comprovação da teoria permite que empresas usem do efeito priming para obter maiores margens de lucro.
Esta experiência, além de reforçar a importância da ancoragem para precificação de produtos (especialmente com o uso do efeito priming) e, por consequência, nos resultados de uma empresa, desde que haja uma estratégia clara para maximizar os preços e encontre consumidores dispostos e aptos financeiramente a pagar por estes produtos, como também confirma que é a capacidade da oferta, por vezes, até independentemente da demanda, que é a responsável pela formação de preços no mercado, contrariando inclusive a teoria tradicional.
Kahneman, Daniel. Rápido e devagar (p. 189). Objetiva. Edição do Kindle.
Ariely, Dan. Previsivelmente irracional: As forças invisíveis que nos levam a tomar decisões erradas. Sextante. Edição do Kindle.
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A Engenharia de Software é uma das áreas mais valorizadas da Tecnologia atualmente. Com o mercado em crescimento acelerado, os profissionais são disputados pelas empresas e recebem altas remunerações. Os valores podem ser ainda maiores nas oportunidades internacionais, inclusive com possibilidade de trabalho remoto.
Imagina ser disputado pelo mercado de trabalho antes de se formar? É assim para o engenheiro de software. Além de empreender, o profissional pode atuar com desenvolvimento de softwares, gerenciamento de projetos, arquitetura de produtos, etc.
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Atividades práticas, games e desenvolvimento de programas ainda na graduação: no iCEV os estudantes aprendem a programar desde o início e, com a Fábrica de Software bitiCEV, tiram do papel seus projetos de inovação tecnológica.
Buscando integrar academia e indústria, o iCEV tem parceria com uma das maiores empresas de Software Livre. O programa Red Hat Academy proporciona uma série de benefícios tanto para os alunos como para os professores, oferecendo programas de treinamento, ambiente para aprendizado na prática e programa de certificação com valores diferenciados.
(Imagem: Reprodução)
O testamento é um ato de disposição de última vontade, de caráter muito pessoal e revogável, só pode ser elaborado pelo testador e pode ser alterado a qualquer momento.
De acordo com o artigo 1.864 do Código Civil, o testamento público deve ser escrito à mão ou mecanicamente por notário ou seu representante legal, lavrado a partir de documento público e lido em voz alta na presença do testador e de duas testemunhas. Os testamentos particulares também devem ser escritos à mão ou mecanicamente, atender aos requisitos estabelecidos no Artigo 1.876, parágrafos 1 e 2, e devem ser assinados pelo testador na presença de três testemunhas.
Temos também o testamento holográfico ou de emergência nos termos do artigo 1.879 do Código Civil, que é um testamento particular assinado pelo testador e deve ser declarado na cédula em circunstâncias excepcionais, sem testemunhas, o que ficará a critério do juiz direito (DELGADO, 2019).
Para fortalecer ainda mais o posicionamento do tema proposto, vale citar o recente provimento n° 100 do CNJ, de 26 de maio de 2020, que dispõe sobre a utilização de sistema notarial eletrônico para atos notariais eletrônicos, a criação do registro notarial eletrônico – MNE, etc.
A julgar pela interpretação dos dispositivos acima, os artigos 2º, 5º e 6º propõem o conceito de notário por videoconferência, da seguinte forma: “Um conjunto de metadados, uma declaração de anuência das partes registrada por cartórios de videoconferência e documentos eletrônicos, correspondentes a um ato notarial”. O artigo 3º do citado Provimento possui a seguinte redação:
“Art. 3º. São requisitos da prática do ato notarial eletrônico:
I – videoconferência notarial para captação do consentimento das partes sobre os termos do ato jurídico;
II- concordância expressada pelas partes com os termos do ato notarial eletrônico;
III- assinatura digital pelas partes, exclusivamente através do e-Notariado;
IV- assinatura do Tabelião de Notas com a utilização de certificado digital ICP-Brasil;
IV- uso de formatos de documentos de longa duração com assinatura digital;
Parágrafo único: A gravação da videoconferência notarial deverá conter, no mínimo:
Com a referida Portaria CNJ nº 100/2020 em vigor, e diante das considerações acima, parece-me que não há óbice no vídeo quanto à lavratura de testamentos ordinários ou especiais em sua aceitação formal.
Não é impossível a elaboração de testamento público por vídeo para atender às exigências do artigo 1.864 do Código Civil, mas apenas no âmbito do artigo 3º do referido provimento n° 100/2020 do CNJ. E, para garantir a segurança jurídica necessária ao ato, devem ser observadas as regras previstas no parágrafo único do artigo 3º acima, a saber: Consentimento e concordância da parte com a escritura de mútuo; A finalidade e preço do negócio acordado; Uma declaração da data e hora do reconhecimento notarial; Uma descrição do título do livro, as folhas notariais e o cartório onde o ato notarial é proposto.
Com o falecimento do testador, o público pode preencher um testamento público lavrado por vídeo em auto através de acesso direto à plataforma e-Notariado (http://www.e-notariado.org.br), mantida pela Academia Brasileira de Notários – O Conselho Federal, com a infraestrutura técnica necessária para as operações notariais eletrônicas.
O escopo de tais soluções está no artigo 7º II do provimento n° 100/2020, que prevê a possibilidade de implementar, aprimorar e interligar atos notariais e facilitar seu acesso. Portanto, no que diz respeito à elaboração de testamento público por videoconferência, com base no exposto, entendo que tal comportamento é perfeitamente possível.
Nas urgências ou testamentos holográficos ao abrigo do Código Civil 1.879, não obstante, o testador pode fazer o testamento por vídeo e nele declarar as circunstâncias especiais que o obrigaram a executá-lo, incluo o atual período de pandemia. Neste caso, para publicar o testamento particular e confirmar o testamento holográfico, o tribunal pode proceder abrindo o ficheiro digital (vídeo) e seguindo o procedimento previsto no artigo 737.º do Código de Processo Civil.
Também não há barreiras para fazer um testamento especial sob a seção do artigo 1.886 do Código Civil e seguintes por meio de vídeo, se for legalmente exigido. Neste caso, de acordo com os artigos 1.891 e 1.895 do Código Civil, no prazo de 90 dias após a conclusão da circunstância excepcional, poderá ser feito testamento por meios ordinários, aqui por meio de vídeo, nos termos do provimento n° 100/CNJ 2020. Por fim, como sugestão para abordar testamentos em vídeo, e na eventual suposição de que o formulário aqui apresentado seja inaceitável, intenciono como alternativa, à abertura de testamentos particulares ou especiais feitos por vídeo, detalhando o ato notarial.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil Brasileiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 12 de Jul. de 2022.
BRASIL. Provimento n° 100/2020 do CNJ. Disponível em: https://cabralcastroelima.com.br/provimento-no-100-2020-do-cnj-permite-a-realizacao-de-atos-notariais-na-modalidade-telepresencial-2/#:~:text=O%20Conselho%20Nacional%20de%20Justi%C3%A7a,como%20uma%20chave%20de%20identifica%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 12 de Jul de 2022.
DELGADO, Mário Luiz. Novas tendências da responsabilidade civil. Porto, 2019.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
A sala de aula do iCEV tá diferente! No último sábado (12), a galera de Administração teve uma verdadeira aula-experiência no Locomotiva Irish Pub com o Diretor da produtora Mundo BLR, Bruce Cordão.
O bate-papo com o empresário de renome foi sobre o case do Festival GiraSol. Bruce falou sobre as estratégias de construção da marca, a experiência, os desafios e as estratégias de gestão do Festival. Quem conduziu a aula-visita foram os professores do iCEV, Thiago Rodrigo e Gorthon Moritz.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
“O primeiro grande evento que projetou a BLR foi o Seu Roque, e hoje nós somos um grupo de oito empresas que atua não só na área do entretenimento, mas também em Negócios, Comunicação e Marketing”, disse o empresário Bruce Cordão.
A aula-visita foi promovida pela disciplina “Liga dos Campeões”, que tem como proposta promover esses momentos de aprendizado interdisciplinar e estudo de caso no curso de Administração.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
“A aula case in loco é descontraída, mas sem deixar de ser séria. Sair da tensão da sala e ir para um lugar como o Locomotiva foi uma experiência única que o iCEV me proporcionou. Ter a oportunidade de conhecer os detalhes de como foi produzido um dos maiores eventos que Teresina já teve, conversar com empresários visionários, que são atuais, informados, preocupados, inteligente, foi ímpar”, disse Lara Lina, estudante do 2º período de Administração.
Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)
A BLR é uma das parceiras do iCEV desde o início e já nos proporcionou muito aprendizado e networking com aulas-experiências e apoio em grandes eventos.
“Vocês estão na melhor instituição, sem dúvidas. Tudo que o Bruce falou aqui são dados que ele vai utilizar para planejar, otimizar e minimizar os riscos para o próximo evento. E vocês têm essas disciplinas na faculdade: Planejamento Financeiro, Análise de Dados. Isso tudo torna vocês bem mais preparados para o mercado de trabalho”, explicou o professor Gorthon aos alunos presentes.
O Festival nasceu grande e, em sua primeira edição, já é referência para todo o Brasil! O GiraSol foi um projeto assinado pela produtora BLR e aconteceu na arena do Teresina Shopping. Abraçando eixos como música, arte, diversidade e sustentabilidade, ele surgiu principalmente para resgatar as memórias da cena musical local e como uma celebração da vida e da cultura. A ideia era que a população se envolvesse, além da programação de shows, em um conjunto de ações paralelas realizadas.
Com um time de professores INCOMPARÁVEL e as melhores colocações na OAB, o curso de Direito iCEV faz você chegar muito mais longe! Faça sua inscrição para o Vestibular 2023.1.
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Dentre as faculdades particulares do Piauí, ficamos em 1º lugar e em 2º lugar geral, atrás apenas da UFPI. Com mais de 60% de aprovação, o sucesso no resultado da OAB é um reflexo da metodologia de ensino ativa e inovadora, dos melhores professores, das revisões para o Exame da Ordem desde o 1º período.
O time de Direito iCEV tem ministra, juízes, procuradores, advogados de renome, pós-doutores, doutores e mestres.
No CEV, as disciplinas de Direito Penal, Civil e Constitucional estão presentes desde o 1° período, deixando o estudante ICEV em vantagem. Além disso, toda a nossa estrutura acadêmica visa atender fodas as possibilidades que se abrem aos profissionais de Direito, seja na área fiscal ou na judiciária, passando pela advocacia e chegando à atividade policial ou diplomática.
O iCEV quer formar líderes – por isso a grade curricular do Direito inclui, além das disciplinas comuns ao curso, matérias voltadas para despertar o talento para os negócios e novas tecnologias, como “Empreendedorismo e inovação”, “Inteligência financeira” e “Gestão de Escritórios”
Em parceria com o Tribunal de Justiça do Piauí, o Núcleo de Práticas Jurídicas é espaço para aproximar a teoria aprendida em sala de aula e a realidade prática de um Juizado Especial Cível e Criminal.
A formação profissional em qualquer área, inclusive na de Engenharia de Software, diz respeito a adquirir novas habilidades. Seja através de aulas, estudos individuais ou atividades profissionais, o profissional que deseja ter sucesso deve estar o tempo todo se aprimorando, e isso significa aprender habilidades novas ou melhorar o domínio que se tem das habilidades já possuídas.
Sempre que se aprende uma nova linguagem, uma nova técnica de levantamento de requisitos, uma nova tecnologia de bancos de dados ou uma nova tecnologia, estamos adquirindo ou melhorando habilidades técnicas. Cada profissional vai desenvolver suas habilidades conforme a área da engenharia a que vai se dedicar. Dessa forma, um engenheiro de testes vai desenvolver habilidades ligadas a técnicas e ferramentas de testes de software, enquanto um programador vai desenvolver habilidades ligadas a algoritmos e linguagens de programação.
Essas habilidades, de caráter técnico, são indispensáveis para o andamento da carreira de qualquer engenheiro de software. Nenhum profissional conseguirá desenvolver um trabalho de qualidade se não for capaz de realizar as tarefas inerentes ao trabalho. As habilidades técnicas, ligadas à natureza do trabalho de Engenharia de Software em si são conhecidas como “Hard Skills”, que pode ser traduzido de forma literal como habilidades rígidas.
Enquanto para tornar-se um profissional de sucesso é necessário que o indivíduo possua um conjunto robusto de “Hard Skills”, é preciso lembrar que a Engenharia de Software é um trabalho com grandes características sociais. O engenheiro de software não é um eremita que cria sistemas do nada. Softwares existem para resolver problemas de clientes, com quem o engenheiro terá que se relacionar, e são geralmente desenvolvidos por equipes multidisciplinares, o que também exige bastante relacionamento interpessoal.
Dessa forma, além de habilidades técnicas, o bom engenheiro de software precisa contar com uma série de habilidades sociais e interpessoais. Habilidades que dizem respeito a como cada pessoa reage a situações, como ele lida com outras pessoas e como ela lida com o trabalho em si. Um profissional de qualidade deve, por exemplo, demonstrar capacidade de comunicação, planejamento e negociação.
Essas habilidades, de caráter não-técnico, parecem, à primeira vista, menos necessárias que as “Hard Skills”. Afinal, é mais importante que o programador saiba programar do que que ele saiba comunicar-se com os colegas. Embora essa noção não esteja de todo errada (um programador que não sabe programar não é um programador), também está muito longe de estar correta. Mesmo profissionais com grande capacidade técnica vão ter capacidade reduzida se não souberem, por exemplo, trabalhar em equipe. As habilidades de natureza social são conhecidas como “Soft Skills”, ou habilidades flexíveis, em uma tradução literal.
Se observarmos os currículos de engenheiros de software; as grades curriculares da maior parte dos cursos da área; a forma como a maioria dos profissionais da área se apresenta ou mesmo os requisitos de grande parte das ofertas de emprego ou estágio, veremos um foco muito maior em “Hard Skills “e pouca atenção às “Soft Skills”. Caso peçamos para qualquer engenheiro de software elencar quais suas habilidades, a maioria listará apenas habilidades técnicas. Por que isso acontece?
Para começar pelo óbvio, “Hard Skills” nos definem profissionalmente. Se um determinado profissional indica que tem várias habilidades na área de bancos de dados e Business Intelligence, é bem provável que ele será um bom engenheiro de dados. A área da engenharia em que temos condições de produzir melhor é definida pelas habilidades técnicas que mais dominamos.
Existem, no entanto, outros motivos. Primeiro, “Hard Skills” são mais fáceis de serem provadas ou verificadas. Em segundo lugar “Soft Skills” são mais difíceis de desenvolver. Observemos esses itens individualmente.
Como demonstrar para um colega ou um potencial empregador domínio de uma determinada habilidade técnica? Existem diversas formas. Podemos apresentar certificados de cursos ou certificações em testes da área. Podemos também simplesmente demonstrar nossas habilidades na prática.
Por exemplo, caso um engenheiro queira demonstrar que está habilitado para programar em Java, ele tem algumas opções:
1. Pode apresentar um certificado de curso em programação Java por uma instituição de treinamento reconhecida no mercado.
2. Pode apresentar sua certificação Oracle Certified Associate, Java SE 8 Programmer.
3. Pode simplesmente implementar um programa em Java, demonstrando assim sua capacidade de fazê-lo.
Da mesma forma, um potencial empregador que queira verificar se um candidato tem uma “Hard Skill” necessária, pode simplesmente pedir que ele demonstre possuir essa habilidade, utilizando qualquer uma das formas já citadas. Pode ainda fazer perguntas ou questionários para verificar o conhecimento do candidato.
Por outro lado, “Soft Skills” não podem ser verificadas de forma tão simples. Não existem autoridades certificadoras de iniciativa ou ética, por exemplo. E o fato de um engenheiro ter sido aprovado em um curso de, digamos, raciocínio lógico, não garante que ele tenha essa habilidade.
Da mesma forma, demonstrações de “Soft Skills” são muito complexas de serem analisadas. A maioria das habilidades não técnicas não podem ser facilmente avaliadas em curtos períodos, como uma entrevista de emprego, por exemplo. Na verdade, a maioria das “Soft Skills” podem ser convincentemente simuladas em espaços de tempo pequenos. Não é difícil para um candidato, por exemplo, fingir que tem ótimas habilidades de cooperação por alguns dias, mas se isso não é real ele não conseguirá manter a imagem indefinidamente.
Para verificação rápida de “Soft Skills”, as técnicas provavelmente mais eficientes são perguntas bem-feitas e observação das reações dos candidatos diante das perguntas ou em dinâmicas. Perguntas diretas, no estilo “Você se considera um profissional inovador?” não costumam dar bons resultados, visto que o candidato geralmente dará a resposta que se espera ouvir. As perguntas devem ser direcionadas a como o profissional trabalha e como ele resolveria ou resolveu situações que exigiam as “Soft Skills” desejadas, ou direcionadas a provocar reações específicas no candidato. Dinâmicas devem colocar os candidatos em situações que exigem as habilidades necessárias, para que se possa observar de forma simples como os candidatos se comportam.
Esses métodos, no entanto, são bem menos precisos e, portanto, bem menos eficazes do que os métodos de avaliação de “Hard Skills”.
O processo de aquisição ou melhoria de habilidades é conhecido como “desenvolvimento de habilidades”. Como podemos desenvolver “Hard Skills” e “Soft Skills”? “Hard Skills” podem ser desenvolvidas através de aulas, treinamentos, cursos e outras técnicas tradicionais. O aprendizado de uma nova linguagem pode se dar simplesmente pela leitura de manuais e tutoriais. Embora não seja necessariamente fácil, existem técnicas específicas e conhecidas que nos permitem desenvolver essas habilidades.
“Soft Skills” por outro lado são mais complexas de desenvolver. Embora existam cursos, palestras e outras atividades voltadas para o desenvolvimento dessas habilidades, a eficácia delas é menos previsível do que com atividades tradicionais. Atividades de coaching, por exemplo, podem ter efeito muito positivo para algumas pessoas, enquanto resultado praticamente nulo para outras.
Além disso, “Soft Skills” têm impacto muito maior da personalidade do profissional. Um engenheiro de software tímido, por exemplo, pode ter dificuldade de absorver ou demonstrar capacidade de liderança. Isso pode, ainda, tornar o profissional resistente a desenvolver certas habilidades, visto que envolve lidar com limitações da própria personalidade. Pessoas com autoimagem exacerbada podem, por exemplo, ter problemas para resolver conflitos e se recusarem a entender que isso seja um problema.
Por ser uma atividade social, várias “Soft Skills” têm alto impacto no trabalho do profissional de software. A importância de cada habilidade é subjetiva e variável.
Vários estudos podem ser encontrados sobre as “Soft Skills” mais importantes no mercado de Tecnologia da Informação. Um artigo de Gerardo Matturo analisa as habilidades mais pesquisadas na academia, enquanto trabalhos de Faheem Ahmed e Abigail Sanders analisam as habilidades mais requeridas no mercado. Apesar de terem abordagens e metodologias diferentes, os trabalhos encontram algumas “Soft Skills” em comum entre as mais citadas.
Observemos essas habilidades e suas características individualmente:
Em qualquer função que o engenheiro de software assumir, a comunicação com colegas de equipe ou clientes será extremamente necessária para completar o trabalho. O profissional precisa discutir problemas e soluções com os demais membros da equipe, negociar distribuição de tarefas com gerentes e, dependendo da função, discutir as necessidades dos clientes com eles.
Assim, a habilidade de expressar ideias de maneira clara e, preferencialmente, concisa, seja oralmente ou por escrito, é vital para manter um bom trabalho em equipe e um bom levantamento de requisitos. Habilidades de comunicação podem ser desenvolvidas através da leitura e de cursos de redação e oratória.
O desenvolvimento de software é comumente um trabalho coletivo. Em atividades assim, o trabalho de cada membro depende do trabalho e da atitude de outros membros da equipe.
Dessa forma, o engenheiro de software deve ter a capacidade de trabalhar de forma efetiva como membro da equipe e colaborar com os colegas para alcançar os objetivos do projeto.
Habilidades de trabalho em equipe podem ser desenvolvidas na prática, participando de diversos projetos. Pode, também, ser desenvolvida através de cursos ou atividades de coaching.
Vale ressaltar que a habilidade de trabalho em equipe é altamente influenciada pela personalidade do profissional. Por isso, pode estar entre as mais complexas de se desenvolver.
Habilidades interpessoais, às vezes chamadas de competência social, são as habilidades que usamos no dia a dia ao interagir com outras pessoas. São características como empatia, respeito e civilidade, entre outros.
Essas habilidades são claramente importantes em qualquer área de trabalho, em especial nas áreas que envolvem grande interação social. Dessa forma, engenharia de software, sendo um trabalho social, é altamente afetada por elas.
Não é difícil ver como a capacidade de interagir com outros pode interferir no trabalho do engenheiro. Manter um bom relacionamento com superiores, colegas e clientes é indispensável para o bom andamento dos projetos de software.
Habilidades interpessoais são, provavelmente, as mais intimamente ligadas à personalidade do profissional. Assim, podem ser bastante difíceis de desenvolver.
Algumas pessoas chegam a dizer que essas habilidades são inatas, mas isso não é de todo verdade. Embora uma parte importante do desenvolvimento delas se dê antes da vida profissional, na infância e juventude, é possível desenvolvê-las na vida adulta. Isso geralmente envolve reflexão pessoal e pode ser auxiliado por psicólogos ou coachees.
Desenvolvimento de software envolve encontrar e resolver problemas, sejam os problemas do cliente resolvidos pelo produto, os problemas de desenvolvimento surgidos durante o projeto, ou mesmo os problemas internos da equipe.
Por isso, o engenheiro de software deve ser capaz de localizar problemas e a estudá-los de forma crítica e analítica, levando assim a sugestão de possíveis soluções. Deve, também, ter a capacidade de avaliar diferentes soluções para poder escolher a melhor proposta possível.
Para desenvolver habilidades de solução de problema deve-se exercitar o raciocínio lógico, em especial o raciocínio analítico. Existem diversas atividades que permitem exercitar seu raciocínio, desde atividades formais até mesmo alguns jogos de lógica.
Essa também é a “Soft Skill” que mais pode ser ajudada por ferramentas. Aprender a lidar com ferramentas de decisão, como mapas mentas ou diagramas de fluxo podem auxiliar bastante na capacidade do profissional. Vale ressaltar que o conhecimento dessas técnicas e ferramentas conta como uma “Hard Skill”, fazendo da solução de problemas uma “Soft Skill” que pode se valer de “Hard Skills” para sua aplicação.
Assim, podemos observar que é importante estudar e desenvolver “Soft Skills” da mesma forma que se desenvolvem as “Hard Skills”. Vimos também que essas habilidades podem se apresentar mais difíceis de desenvolver e exigir esforços diferentes dos que a maioria dos profissionais de Engenharia de Software está acostumado.
Para inspirar sua carreira com histórias inspiradoras, separamos algumas participações no TED Talks com empreendedores que construíram carreiras com muita originalidade, inteligência e inovação. As palestras estão disponíveis com legendas em português. Confira:
“Nunca é tarde demais para se reinventar. Tome isso de Paul Tasner – depois de trabalhar continuamente para outras pessoas por 40 anos, ele fundou sua própria start-up aos 66 anos, combinando sua ideia para um negócio com sua experiência e paixão. E ele não está sozinho. Como ele compartilha nesta conversa curta, engraçada e inspiradora, os idosos estão cada vez mais cedendo seus instintos empreendedores – e vendo grande sucesso.”
Paul Tasner é o co-fundador e CEO da PulpWorks, Inc., designers e fabricantes de embalagens biodegradáveis para bens de consumo.
Maya Penn começou sua primeira empresa quando tinha 8 anos, e pensa profundamente em como ser responsável tanto para seus clientes quanto para o planeta. Ela compartilha sua história – e algumas animações, e alguns desenhos, e alguma energia infecciosa – nesta conversa encantadora.
Niti Bhan estuda a estratégia de negócios para os mercados informais da África: as pequenas lojas e estandes, artesãos qualificados e trabalhadores que são o motor invisível que mantém a economia do continente funcionando. É tentador pensar nesses trabalhadores como desonestos fiscais, até mesmo criminosos, mas Bhan defende que esse segmento em expansão da economia seja legítimo e digno de investimento. “Essas são as sementes férteis de empresas e empresas”, diz Bhan. “Podemos começar reconhecendo essas habilidades e ocupações?”
Por meio de pesquisas exploratórias e centradas no ser humano, Niti Bhan descobre e cria oportunidades pragmáticas tangíveis para a criação de valor sustentável e inclusivo.
É notório que a expansão do mercado de trabalho em tecnologia está rompendo as fronteiras. É cada vez mais comum que pessoas que moram no brasil estejam trabalhando no exterior, e com a popularização do trabalho home office pós-pandemia, é possível que a pessoa no interior do Piauí, trabalhe para uma multinacional do Vale do Silício.
Vale do silício. Imagem: Reprodução
Isso acontece por diversos motivos, dentre eles, os atrativos salários, uma vez que a taxa de câmbio valoriza a moeda de alguns países em comparação com o real, além da possibilidade de trabalhar com pessoas de diferentes países, com diferentes culturas.
Existem alguns conhecimentos necessários para que possamos estar sendo inseridos nesse mercado, dentre eles podemos destacar o domínio do inglês. Hoje em dia, com as equipes formadas por pessoas de diferentes países, o conhecimento na língua inglesa possibilita a comunicação entre as pessoas, sem contar que no mercado de tecnologia, o inglês é a principal língua em que as documentações, ferramentas, blogs, livros estão escritos.
Mercado de Tecnologia está aquecido em todo o mundo (Imagem: Reprodução)
No que se refere a tecnologia adotada pelas empresas do exterior, existe uma diversidade de oportunidades. Desde tecnologias mais antigas, e menos populares, como as tecnologias que estão mais em alta, o mercado tem totais condições de absorver pessoas com essas skills. Mas pra quem está começando, é fundamental dominar alguns conceitos como: lógica de programação, estrutura de dados, banco de dados e uma stack (por exemplo, Java e todo o ecossistema de Spring Boot).
O conhecimento na língua inglesa possibilita a comunicação entre as pessoas. Imagem: Reprodução
Outro aspecto importante que deve ser levado em consideração são as soft skills. Dominar a comunicação, facilidade de trabalhar em equipe, resiliência para resolver problemas, são habilidades fundamentais para se destacar nesse mercado.
A 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) reverteu uma condenação milionária para que a Ambev pagasse todos os dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra forma de remuneração paga aos acionistas desde 10 de abril de 2012 referentes a 74.211.825 ações nominativas ordinárias da cervejeira que a empresa de navegação alemã F. Laeisz sustenta ser a dona. Estima-se que o valor em disputa atualmente já supere os R$ 500 milhões. A Ambev provisionou R$379,8 milhões devido a este processo.
O imbróglio remonta ao bombardeio do navio brasileiro Taubaté no mar Mediterrâneo por um avião da Luftwaffe, a Força Aérea da Alemanha. Isto porque, depois do ataque, o presidente da República Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei nº 4.166/1942 determinando o bloqueio de bens de todos os súditos do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) para garantir uma eventual reparação a danos causados durante a Segunda Guerra Mundial.
Publicidade da Brahma, com rótulos antigos / Crédito: Divulgação
A empresa de navegação alemã F. Laeisz, que transportava insumos para a produção de cervejas da Brahma, passou a investir nas ações da companhia há 118 anos. Mas, com o decreto de 1942, as ações foram tomadas em garantia pela União.
Parte das ações voltou definitivamente para as mãos da F. Laeisz depois de uma decisão favorável no Supremo Tribunal Federal (STF), em 1975, no Recurso Extraordinário 81.834.
Outra parte, mais especificamente 74.211.825 ações ordinárias da Ambev, dona da Brahma, foram redescobertas apenas nos anos 90. A União reivindica as ações para si sob o argumento de que a empresa perdeu o direito de requisitar os papéis pelo decurso do tempo.
A F. Laeisz levou o caso ao Judiciário e pediu a condenação da Ambev para que a cervejaria lhe pague os dividendos a que teria direito. Do outro lado, a empresa brasileira argumenta que paira dúvida sobre a titularidade das ações e, consequentemente, sobre quem é o legítimo credor dos respectivos dividendos.
O juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, havia entendido, em janeiro de 2020, que os alemães é quem tinham razão e, por isso, condenou a Ambev a pagar todos os dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra forma de remuneração paga aos acionistas desde 10 de abril de 2012 referentes às 74.211.825 ações nominativas ordinárias.
Para o juiz, as alegações da União sobre ser a atual dona das ações parecem “as argumentações que o lobo da fábula de Esopo apresentou ao cordeiro para justificar porque iria devorá-lo. Parece dizer: as ações são minhas, e pronto”.
Segundo o magistrado, o decreto de Getúlio Vargas apenas estabeleceu um gravame – retirado por um decreto posterior – que impedia a venda das ações, de forma que não houve apreensão dos títulos.
O relator do caso no TRF3, José Carlos Francisco, resumiu assim a disputa judicial: “A parte-autora [a empresa alemã F. Laeisz] concentra sua argumentação na legislação societária (notadamente na Lei nº 6.404/1976), sustentando que as anotações em livros da empresa investida, o comparecimento a reuniões de sócios e outras tarefas correlatas são suficientes para o reconhecimento do direito a dividendos e outros ganhos de acionistas. A União Federal afirma que essas ações da AMBEV lhe pertencem porque foram incorporadas ao patrimônio público no contexto de indenizações e demais medidas reparatórias exigidas de empresas súditas da Alemanha em razão dos gastos diretos e indiretos decorrentes da Segunda Guerra Mundial, não tendo sido reclamadas pela parte-autora em sucessivas oportunidades que foram dadas desde o final do conflito bélico. Já a AMBEV procura posição que nega o pagamento dos dividendos, embora não seja assertiva quanto ao reconhecimento da propriedade das ações”.
Para ele, “a União Federal tem direito aos dividendos e outros ganhos decorrentes de participações societárias, que não devem ser pagos somente considerado o nome do acionista registrado nos documentos da empresa investida. As disposições dos arts. 31, 35, 109 e 205, todos da Lei nº 6.404/1976, devem traduzir aspectos formais e materiais sobre a propriedade de participações societárias, de modo que uma leitura estritamente procedimental perderia de vista o relevante contexto jurídico que levou o Brasil a editar vários atos normativos com propósitos reparatórios e indenizatórios em face dos fatos e dos custos (sobretudo humanos) comprovadamente relacionados à Segunda Guerra Mundial”.
“Não se trata de fazer leituras revanchistas em detrimento da propriedade privada de estrangeiros na pressão do estado de guerra, muito menos de atribuir a pessoas físicas e a empresas estrangeiras o ônus de reparação por atos de seus governantes autoritários ou totalitários, mas de compreender os imperativos do Estado de Direito em seus objetivos elementares materiais, sem apego a formalismos. Admito a importância da anotação do nome do acionista nos registros societários da empresa investida, mas não ao ponto de negar a legítima reparação de guerra à União Federal porque formalmente não foi feita a transferência, para seu nome, de participações societárias que pertenciam à empresa alemã (sem sede ou filial no Brasil)”, escreve o relator.
Ambev/ Imagem: reprodução
O magistrado fundamenta que é “notório que o Brasil aderiu aos Aliados nas operações da Segunda Grande Guerra Mundial, combatendo e sendo combatido pelos países que integravam o Eixo. Em atitude comum nessas situações (com muitos outros exemplos anteriores, contemporâneos à época e também posteriores), os países envolvidos no conflito militar aplicaram retaliações mútuas, incluindo bloqueios e expropriações de bens e direitos de empresas e de cidadãos originários de países então inimigos. Essas sanções foram utilizadas para pressionar todas as sociedades a desistirem das medidas de guerra bem como para fazerem frente aos custos de operações bélicas e às reconstruções necessárias, incluindo benefícios pagos aos militares e seus familiares e outros gastos relevantes (muitos até hoje ativos no orçamento brasileiro)”.
O desembargador entende que “houve efetiva transferência da propriedade de bens e direitos de alemães (pessoas jurídicas e pessoas físicas) em favor da União Federal. Essas medidas eram coerentes com as práticas que buscavam desestimular a escalada da Segunda Guerra Mundial, além de suas conhecidas finalidades reparatórias”. E “ao que consta dos autos, com exceção do discutido no RE 81.834/RJ (j. 12/12/1975), e a despeito de múltiplas oportunidades e vários prazos reabertos, em nenhum momento a F. Laeisz fez o devido requerimento para a restituição da totalidade das ações da Cervejaria Bhrama (hoje AMBEV) que foram incorporadas ao patrimônio da União Federal (ou seja, pertencem à União desde 1942)”.
“O fato de os livros societários da Brahma (agora AMBEV) ainda indicarem o nome da F.Laeisz como titular da participação societária controvertida não permite reconhecer que as ações e seus frutos lhe pertencem (notadamente dividendos e bonificações), porque houve anterior transferência de propriedade desses bens para a União Federal, porque não foi pleiteada sua restituição na forma da legislação de regência (a despeito de múltiplas oportunidades), porque não existe anuência implícita do ente estatal para essa restituição, e porque a propriedade do poder público não pode ser usucapida ou apropriada por particulares. E mesmo que não tivesse havido transferência da propriedade em 1942 mas mero bloqueio, a parte-autora perdeu os prazos legais para reclamar as participações societárias em questão”, resume o desembargador José Carlos Francisco.
O entendimento do relator foi acompanhado de forma unânime pelos outros desembargadores da Turma, que também julgaram improcedente o pedido da F. Laeisz. O caso tramita com o número 5020297-24.2018.4.03.6100. Cabe recurso da decisão.
À Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Ambev informou que assinou um acordo com F. Laeisz, visando reduzir o valor total em disputa. A Ambev afirma ter concordado com a correção monetária dos valores e que a empresa alemã assentiu em não incluir a aplicação de juros para ajuste dos dividendos em caso de vitória. Antes do julgamento em segunda instância, a Ambev considerava as chances de derrota no processo possíveis, mas independentemente de quem for considerado o titular legítimo das ações em questão, a empresa afirmou à CVM que já faz a devida contabilização de todos os dividendos relacionados.
Procurados, a Ambev e os escritórios Pinheiro Neto, que defende a F. Laeisz, e Mattos Filho, que defende a cervejaria, não se pronunciaram sobre o assunto.
Você se sente travado em alguma tarefa, sem conseguir evoluir? Fica olhando para a tela sem conseguir avançar? De vez em quando precisa de uma opinião de alguém para desenrolar, mas ao mesmo tempo não quer ninguém interferindo na sua linha de pensamento?
Luis Belizário utiliza a técnica debug com patos de borracha no seu trabalho diário. (Foto: Denise Nascimento)
A galera da Engenharia de Software desenvolveu a solução para esse problema: O debug com patos de borracha, originalmente “Rubber Duck Debugging”.
“Às vezes você está com dificuldades no código, está dando erro aí você pega um dos patos e começa a explicar pro pato o que você está querendo fazer, como se estivesse revisando o código. Daí você explicando para o pato é como se você estivesse explicando para você mesmo. Você vai debugando o código, linha por linha”, explicou o programador e estudante de Engenharia de Software do iCEV, Luis Belizário, que utiliza assiduamente a técnica.
O que acontece muitas vezes é que o programador esquece ou faz algo errado durante o processo e aparece o famoso bug. Nesse momento em que nada vai pra frente entra o desespero e a pergunta: “o que tem de errado com meu código?”. Aí que entra o debug.
A técnica tenta eliminar a dissonância cognitiva entre a elaboração mental de um modelo de software e a solução para um problema, utilizando a criatividade para resolver bugs nos códigos de programação.
Funciona assim: você vai falar passo-a-passo em voz alta para o seu pato: o que fez e o que está acontecendo. Ao explicar seu problema para um agente externo, neste caso o pato de borracha, você “pensa alto”, conversando consigo mesmo para encontrar uma solução.
Debug com pato de borracha é uma técnica que pode ser utilizada em qualquer área. (Imagem: Reprodução)
1 – Explique seu código e seus objetivos. Não se preocupe com detalhes, apenas defina o contexto para o seu pato.
2 – Linha por linha, explique qual é o fluxo de toda a função ou método que não está funcionando. Não pule detalhes, os patos estão ali para escutar você.
3 – Se seu amigo pato ainda não viu o bug, não deixe de explicar todos os estados intermediários e transições em detalhes.
4 – Pronto, agora a solução parece muito óbvia, a razão pela qual a “depuração de pato de borracha” é tão amada.
Durante esse processo, há uma grande chance de encontrar o seu problema. Muitas vezes é apenas um pequeno erro de digitação ou de compreensão. Se a solução não aparecer, você pode pedir ajuda a algum colega ou especialista daquele tipo de tarefa.
Código deve ser explicado linha por linha em voz alta para o seu pato. (Foto: Denise Nascimento)
Na verdade, a técnica serve com qualquer objeto inanimado que você possa conversar, mas um patinho de borracha é mais representativo.
O nome é uma referência a uma história do livro “O Programador Pragmático”, no qual um dos autores trabalhou com um assistente de pesquisa que, por vários meses, mantinha seu pato de borracha na mesa enquanto programava.
A dica é: você pode usar um pato de borracha, ou qualquer outro objeto mais discreto que possa conversar com ele de um modo lúdico, mas o mantenha em seu ambiente produtivo de trabalho ou de estudos, para ele estar ali quando você precisar.
Existe toda uma psicologia de como isso funciona, mas basicamente quando você fala em voz alta o seu cérebro consegue processar melhor os detalhes e, com isso, sua atenção a detalhes ou erros fica mais aguçada, consequentemente você acha os problemas mais rapidamente.
Quando você está assumindo que seu pato de borracha não sabe nada sobre o assunto, você tem que explicar mais detalhadamente o que você estava pensando nessas linhas específicas de código através de sua cabeça. Você é forçado, enquanto ajuda outra “pessoa” a entender o seu problema, a prestar muita atenção a tudo o que você estava apenas tomando como garantido.
O nome da técnica é uma referência a uma história do livro “O Programador Pragmático. (Foto: Denise Nascimento)
A maioria de nós pensa muito mais rápido do que falamos. Então, especialmente se você está explicando verbalmente o que está acontecendo com esse outro objeto, é provável que você seja um pouco mais cuidadoso e preciso em virtude de ter que dizer isso em voz alta. Assim, você desacelera o pensamento e é mais exigente do que quando você está digitando código.
O mais interessante é que essa técnica, muito utilizada pelos engenheiros de software, pode ser replicada em todas as áreas! Faça o teste e adote um patinho de borracha pra chamar de seu.
CRÉDITO,KELCEY SIHANOURATH Kelcey Sihanourath diz que o jogo de computador EndeavorRx melhorou o desempenho de seu filho Owain na escola
Enquanto muitos pais se preocupam com o tempo que crianças e adolescentes passam em jogos de videogame e computador, Kelcey Sihanourath fica feliz em ver seu filho Owain com um tablet nas mãos.
Atualmente com 13 anos, ele foi diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) na pré-escola. Desde então, a família, que vive na cidade americana de Savannah, no Estado da Georgia, tem levado Owain a terapeutas ocupacionais para que o ajudem a lidar com hiperatividade no dia-a-dia.
Eles também tentaram usar medicação, mas precisaram parar com esse tipo de tratamento porque os remédios pioravam as enxaquecas que ele tinha, e o faziam passar mal.
Com a TDAH atrapalhando o desempenho de Owain na escola por anos, Kelcey disse que ansiava por “algo mais, alguma outra opção”. “Eu via que ele queria entender por que não conseguia focar, e a frustração que sentia quando se esforçava muito e mesmo assim se distraía”, diz ela. “Eu ficava de coração partido e me sentia impotente e inútil.”
A ajuda acabou vindo de uma maneira que, a princípio, parece contraditória: um jogo de computador chamado EndeavorRx.
CRÉDITO,AKILI Jogo foi desenvolvido em conjunto com neurocientistas para estimular e desenvolver áreas do cérebro que cumprem papel crucial no controle da atenção
Em 2020, o EndeavorRx se tornou o primeiro jogo a ser aprovado para tratamento de crianças com TDAH pela Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos EUA responsável pela aprovação do uso de medicamentos e tratamentos médicos no país.
Atualmente disponível apenas por meio de prescrição de médicos nos EUA, o EndeavorRx à primeira vista parece similar a vários outros jogos. Você controla um pequeno alienígena que viaja numa nave espacial por diferentes mundos, tendo que coletar coisas.
Mas o jogo, disponibilizado por meio de aplicativo, foi desenvolvido em conjunto com neurocientistas para estimular e desenvolver áreas do cérebro que cumprem papel crucial no controle da atenção.
A ideia é treinar uma criança com TDAH a melhorar sua capacidade de assumir múltiplas tarefas e ignorar distrações.
Para isso, o jogo utiliza um algorítimo que mede a performance do jogador e customiza a dificuldade do jogo em tempo real.
Quando o EndeavorRx é prescrito pelos médicos, os pais da criança recebem um link de ativação que é necessário para o jogo começar.
CRÉDITO,AKILI O EndeavorRx só está disponível mediante prescrição médica nos EUA
Kelcey diz que, no início, estava “um pouco cética”, mas, no final de 2020, Owain começou um programa de três meses, jogando o jogo por 25 minutos por dia. Ele, então, passou por uma nova rodada no ano passado.
“Ele admitiu que o jogo era um pouco mais difícil do que imaginava”, diz ela. “Mas ele entendeu que aquilo era para ajudá-lo a melhorar a capacidade de focar. Ele continuou muito motivado apesar das dificuldades e frustrações decorrentes da atividade.”
Após cada sessão de Owain, Kelcey anotava o desempenho dele e monitorava o progresso.
Logo ela começou a ver mudanças positivas no seu comportamento. Por exemplo, o processo de se arrumar para a escola ficou mais fácil, e ela parou de receber observações negativas dos professores de Owain.
E, depois de ser reprovado na 5ª série, o garoto passou a obter notas altas na escola. “Tem sido incrível ver meu filho indo tão bem. E o melhor é vê-lo ter mais confiança em si mesmo”, diz Kelcey. “Ele não está mais frustrado e confuso por não conseguir as coisas.”
Eddie Martucci, diretor-executivo do Akili, a empresa de tecnologia baseada em Boston que desenvolveu o EndeavorRx, diz que o jogo foi desenvolvido para acelerar o progresso cognitivo.
CRÉDITO,AKILI Eddie Martucci agora planeja exportar o jogo para outros países
“Isso é algo muito difícil de fazer por meio molecular, como tomando uma pílula. Mas a estimulação sensorial pode atuar diretamente em partes do cérebro que controlam a função cognitiva.”
A empresa dele agora planeja lançar o jogo na Europa nos próximos anos. Em Londres, o app Thymia usa jogos de computador para ajudar médicos e outros profissionais de saúde a detectar e diagnosticar problemas mentais, particularmente depressão.
Um desses jogos faz com que o usuário tente memorizar objetos que se movem, enquanto outro é um jogo de cartas que também testa memória.
Além de verificar o desempenho do paciente no jogo, os comentários e expressões faciais são monitorados e avaliados pelo aplicativo, que acessa a câmera e o microfone do celular ou computador utilizado.
O Thymia foi lançado por Emilia Molimpakis, que tem doutorado em Linguística, Neurociência Cognitiva e Psicologia Experimental pela University College London, no Reino Unido.
Ela administra o negócio com o cofundador Stefano Goria, que tem doutorado em Física Teórica pela Universidade de Turim, na Itália.
CRÉDITO,THYMIA Thymia é um aplicativo que ajuda a diagnosticar problemas mentais
Goria diz que o aplicativo “coleta e identifica biomarcadores que são relevantes em entender sintomas de depressão, fazendo isso de uma maneira prática e envolvente”.
Tanto os criadores do Akili quanto do Thymia dizem que seus aplicativos devem ser usados como complemento ao monitoramento e tratamento conduzidos por médicos e não como substitutos.
A psicóloga de adolescentes Angela Karanja concorda. “Embora sejam invenções eficazes, elas devem ser usadas juntamente com os atuais questionários [de avaliação do paciente], que foram testados e aceitos quanto à confiabilidade e validade, bem como a opinião dos médicos e também ao lado de outros tratamentos, não isoladamente.”
O psicólogo Lee Chambers diz que, embora o uso desses videogames no diagnóstico, monitoramento e tratamento de condições de saúde mental ainda esteja nos estágios iniciais, parece ter “potencial”.
“O foco em um jogo tem a capacidade de remover aspectos da sensação. Esses tipos de jogos de saúde mental têm a capacidade de ampliar o acesso e rastrear variações na base de dados que eles coletam ao longo do tempo”, diz ele.
“Com isso, esses jogos têm o potencial de ser um indicador precoce de alguma condição de saúde mental e mostrar padrões de uma maneira a que não temos acesso atualmente.”
O uso da tecnologia para tarefas do cotidiano foi ainda mais estimulado nos últimos anos. Todo mundo usa algum aplicativo ou alguma plataforma para trabalhar, aprender, interagir e se divertir com outras pessoas. Com esse movimento crescente, uma necessidade ficou evidente: a preocupação com a privacidade dos usuários. Só em 2020, as pesquisas por “privacidade online” cresceram mais de 50% globalmente, em comparação a 2019.1
Diante deste novo cenário, as marcas precisam constantemente repensar suas estratégias digitais – ou acelerar transformações que já estavam em andamento. Para além de oferecerem uma experiência digital estruturada, elas têm que demonstrar que respeitam a privacidade e as informações pessoais de seus consumidores.
Com essas mudanças, governos de diversos países se envolveram para responder às preocupações de seus cidadãos e desenvolveram novas regulamentações de privacidade – ou fortaleceram medidas já existentes – com objetivo de aperfeiçoar o controle e a confidencialidade dos dados. No mesmo caminho, plataformas de tecnologia anunciaram e implementaram políticas para mudar a forma como os dados são coletados, compartilhados e medidos.
Para as empresas, é preciso olhar para esse momento com responsabilidade e como uma oportunidade de melhorar o seu relacionamento com atuais e potenciais clientes e, assim, se destacar no mercado. Para isso, faz-se necessário compreender os impactos dessas transformações e se adequar às novas demandas dessa indústria.
Quem não pode negar os efeitos desta nova era é o marketing digital. Muitas abordagens usadas até aqui para alcançar o público e medir resultados precisaram ser revistas e modificadas. À medida que a publicidade evolui para que os usuários tenham mais controle sobre seus dados, as marcas terão que investir mais e mais em dados proprietários.
Para lidar com este impacto se faz necessário preparar estratégias a partir do investimento em soluções seguras e duráveis de privacidade. Além da construção de uma base de dados proprietários, com consentimento dos usuários, a automação também é uma ferramenta que ajuda no desempenho de suas campanhas, ao mesmo tempo que garante ao usuário a transparência e a segurança almejadas.
É importante evitar atalhos, como técnicas de coleta oculta. Adiantar-se para atender e superar as crescentes expectativas dos consumidores é focar na privacidade a longo prazo, priorizando a adaptação ágil em um ambiente que muda constantemente. É possível um alinhamento para obter a eficácia na performance desejada pelos profissionais de marketing e também proteger a privacidade dos usuários. Isso é o que se chama de crescimento aliado à privacidade.
Como um profissional de marketing, sua meta deve ser preparar a sua empresa para o futuro da publicidade, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis. A partir da vinculação de dados primários, é possível dobrar a receita incremental, já que esses dados são mais eficazes para oferecer produtos e serviços relevantes e de maneira precisa para seus clientes.2
Mesmo que ainda exista receio entre os profissionais sobre como implementar medidas sem ajuda de cookies de terceiros e que todo o setor tome um tempo até adotar efetivamente tecnologias de proteção de privacidade, o foco deve ser o acompanhamento dessa reformulação para, mais para a frente, colher-se os frutos dessas adequações.
Para que os consumidores se engajem e compartilhem seus dados, eles precisam se sentir protegidos e compreender o que está sendo feito com suas informações. No Brasil, desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) regula como as empresas e o poder público devem tratar dados pessoais no país. É importante considerar a nova lei em suas estratégias, já que ela protege os direitos dos usuários, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento dos negócios.
O uso de dados proprietários está alinhado à LGPD, pois garante uma maior segurança ao usuário, uma vez que a empresa possui o controle da origem dos dados e do contato com o titular, incluindo quais informações são fornecidas no momento da coleta.
Da mesma forma, a mensuração e a ativação dos dados devem ser desenhadas com a preocupação de garantir a proteção de dados. Esse cuidado também possibilita o cumprimento da LGPD e demais leis de proteção de dados aplicáveis.3
É possível respeitar a privacidade do usuário sem atrapalhar os resultados comerciais. Hoje em dia, existem muitos recursos para que você aprimore suas conexões com os clientes considerando o direito deles a transparência e segurança. No novo Guia da Privacidade do Google, você confere mais dicas para aplicar em suas estratégias, além das ferramentas disponíveis que você pode usar em busca do crescimento aliado à privacidade no seu negócio.
De acordo com o IBGE, 48% das empresas brasileiras fecham em até três anos e o principal motivo é a falta de gestão eficiente.
Os dados mostram que 25% dos empreendedores brasileiros que fecharam suas empresas apontaram a falta de gestão como um dos motivos principais para a falência. O motivo está atrás apenas de altos impostos (31%), pouca demanda e alta competitividade (29%) e dificuldade para arrecadar linhas de crédito (25%).
Imagem: Reprodução
Por outro lado, novas medidas de desburocratização têm incentivado a abertura de empresas. Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal, mesmo na pandemia, houve um aumento de abertura de empresas no primeiro semestre de 2021. Foram 2,1 milhões de pequenos negócios nesse período.
Para seguir o ritmo do mercado de trabalho tão frenético para os empreendedores você não pode se apegar ao diploma da faculdade. Você precisa de mais! Nós do iCEV queremos te ajudar a evoluir na sua carreira.
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Dia 13 de setembro é o dia do programador (Foto: Denise Nascimento)
Dia 13 de setembro se comemora o dia do Programador aqui no Brasil, e como estão as perspectivas profissionais para a área?
Com milhares de vagas de Tecnologia anunciadas no LinkedIn, a média salarial para esses profissionais da área de T.I é de mais de R$ 8mil! Isso demonstra um nicho de mercado super aquecido. Além da própria revolução digital, a pandemia intensificou a necessidade urgente das empresas e organizações em investir bem mais em tecnologia.
A pandemia criou uma onda de necessidade de desenvolvedores e analistas de software por todo o mundo. Muitas empresas tiveram de modificar seu fluxo de trabalho para se adaptar às novas necessidades de seus clientes.
O resultado disso? Uma contratação em massa de todos os níveis de desenvolvedores e programadores, os quais, em sua maioria, assumem postos em duas, três e até quatro empresas. Como consequência, a disputa por desenvolvedores se acirrou nos últimos dois anos, elevando a maioria dos salários.
Salário de um estagiário em Tecnologia é superior ao salário mínimo brasileiro (Foto: Denise Nascimento)
Após essa onda, as empresas, em sua maioria, mantiveram o quadro de desenvolvedores e ainda almejam maiores contratações por conta da demanda crescente e diversa.
O mercado nacional não é diferente. Dezenas de empresas têm aumentado seu capital intelectual com desenvolvedores que em suma, informatizam, expandem e colocam seus negócios na internet.
Mercado de Tecnologia está aquecido em todo o mundo (Imagem: Reprodução)
Ainda mais com o advento da Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoF) que tem posto um desafio na concorrência entre empresas de tecnologia. Além da evolução, cada vez mais acelerada, de tecnologias mais ágeis e incontáveis dispositivos móveis lançados a cada piscar de olhos.
Muitas vagas surgiram em todo o mundo, mas como são as remunerações? Muito atrativas aos brasileiros!
Logo nas primeiras experiências profissionais um estagiário recebe em média R$ 1.744,24, isso é mais do que o salário mínimo brasileiro. Já um analista sênior chega a ganhar em média R$ 14.399,46. A média salarial geral é de R$ 8.040,47 entre todos os níveis de experiência.
Gráfico com faixas salariais de acordo com o nível de escolaridade. Valores da média salarial X número de participantes da pesquisa. (Designer: Fátima Peixoto)
Esses dados da pesquisa realizada pelo Código Fonte* também demonstram uma perspectiva crescente: Em 2021 o valor médio para um estagiário era de R$ 1.323,68, ou seja, aumento de 31,8% em relação a esse ano. Já para os profissionais sêniores, o crescimento foi de 35,8%, já que no ano passado o salário era de R$ 10.601,42 em média.
Estudantes de Engenharia de Software em formação (Foto: Denise Nascimento)
No iCEV, o estudante de Engenharia de Software vivencia, desde o primeiro período, as linguagens e tecnologias mais requisitadas do mercado de trabalho, colocando esses alunos em vantagem competitiva já na faculdade. Além disso, também aprende a ser um profissional adaptável, já que a computação é uma área mutável.
No infográfico abaixo foi feita uma relação direta com as linguagens e tecnologias mais requisitadas do mercado de trabalho atualmente e em qual período o estudante de Engenharia de Software tem contato com ela, além da média salarial de cada especialista nas respectivas áreas.
Tabela com a relação direta com as linguagens e tecnologias mais requisitadas do mercado de trabalho atualmente e em qual período o estudante de Engenharia de Software tem contato com ela (Designer: Fátima Peixoto)
Observatório das Eleições em destaque – Nosso professor, Horácio Neiva – mestre e doutorando em Filosofia e Teoria Geral do Direito, além de coordenador adjunto do curso de Direito e coordenador do Projeto de Pesquisa “Observatório das Eleições” fez parte de um episódio do Podcast “O Estado de Coisas”, promovido pelo jornal “O Estado do Piauí”.
O episódio está no ar e fala sobre a igualdade de gênero no processo eleitoral. Horácio explicou que, para garanti-la, também é importante assegurar uma reserva de vagas para os cargos políticos eleitos, e não apenas para as candidaturas. Luana Lia e Pedro Ângelo também comentam temas como racismo, misoginia e empreendedorismo feminino.
“Vende-se uma narrativa sobre falhas no processo eleitoral, mas não se mostra as falhas”. A fala é do advogado Horácio Neiva, o convidado do mais recente episódio do podcast O Estado de Coisas. Horário é mestre e doutorando em Filosofia e Teoria Geral do Direito, além de professor do iCEV – instituto de ensino superior, onde está comandando um Observatório das Eleições.
Na conversa, Horácio contou que uma das primeiras ações do Observatório foi levar alunos do primeiro período do curso – no geral, jovens adolescentes – para conhecer de perto o sistema eletrônico das urnas. “Elas são seguras sim”, afirmou em resposta às tentativas de descredibilizá-las. “E se fossem apenas 1% mais seguras que o voto impresso, já seria o suficiente para que as urnas fossem adotadas”, concluiu.
A igualdade de gênero no processo eleitoral também foi comentada por Horário e pelos apresentadores. O convidado explicou que, para garanti-la, também é importante assegurar uma reserva de vagas para os cargos políticos eleitos, e não apenas para as candidaturas. “Temos cotas de 30% de vagas para candidaturas femininas, mas ainda elegem muito mais homens que mulheres”, observou.
Pedro Veras destacou a importância de atitudes antiracistas – e não apenas contrárias a práticas racistas.
O 3º bloco traz um dado que põe luz na disparidade entre homens e mulheres: apenas 36% das empresas piauienses são lideradas por mulheres, de acordo com o Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Apesar de baixo, o índice ainda é o 3º maior do Nordeste.
Pedro Veras comenta ainda o dado do Monitoramento de Empreendedorismo Global (GEM), que aponta que em 2017, as mulheres se dedicavam 73% a mais que os homens em afazeres domésticos. “Esse dado mostra que os obstáculos que as mulheres enfrentam estão muito além das dependências de uma empresa”, disse.
Na era digital, as informações são mais importantes do que outros ativos das empresas. É por meio dos dados que elas conseguem modelar seus negócios de maneira mais precisa, alcançando melhores resultados.
E isso também é verdade para partidos e candidatos. O uso dos dados em eleições é um fato, seja pela necessidade de compreensão do perfil de possíveis eleitores, seja para divulgar de maneira mais assertiva conteúdos relevantes para formar a opinião do eleitorado.
LGPD e Campanha Eleitoral (Foto: Denise Nascimento/iCEV)
Dominar técnicas de tratamento de dados é algo tão poderoso que pode alterar os resultados do pleito. A questão é que seu mau uso viola direitos individuais dos eleitores e gera prejuízos coletivos (como as manipulações eleitorais).
A Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD) não cria barreiras intransponíveis. O que muda é a necessidade de adaptar processos para respeitar os direitos das pessoas.
Assim, é de primordial importância aos agentes políticos entenderem como tratar de dados pessoais de maneira segura e legítima, evitando ilegalidades que podem resultar em sanções administrativas e condenações judiciais, bem como em prejuízo à imagem perante o eleitorado.
Neste artigo o leitor encontra indicações sobre as melhores práticas a respeito do tratamento de dados no período eleitoral.
1. O uso de dados pessoais no contexto eleitoral
No contexto eleitoral, é comum ocorrer a utilização de informações de pessoas para compreensão sobre diversos atores envolvidos (ex: possíveis eleitores, filiados, candidatos, dirigentes partidários etc.). Abaixo, estão listadas as atividades típicas de campanha que utilizam dados pessoais:
A reflexão que deve ser feita é: o que devo fazer para realizar essas atividades em conformidade com a LGPD?
LGPD e Campanha Eleitoral (Foto: Denise Nascimento/iCEV)
2. Como tratar dados corretamente nas eleições — checklist
É fácil perceber a importância de proteger dados pessoais. Nem todas as pessoas têm disponibilidade para estuar a fundo a matéria, todas podem compreender alguns parâmetros simples de como tratar dados de maneira legítima. É o que analisamos nesse tópico.
2.1 Quais são os requisitos mínimos
Para ser legítimo, o tratamento deve seguir no mínimo três exigências:
2.1.1 Possuir finalidade específica
Para delimitar essa finalidade, basta questionar-se: (1) Por que eu preciso de dados ou informações de pessoas? (2) O que preciso compreender com eles? (3) Os dados obtidos são o mínimo para alcançar a finalidade que desejo? Além da finalidade, o agente político deve considerar todos os demais princípios do artigo 6º da LGPD.
2.1.2 Ser fundamentado em alguma das bases legais da LGPD
Dentre as bases legais previstas no artigo 7º (dados comuns) ou no artigo 11 (dados sensíveis), o consentimento é uma das mais utilizadas em campanhas políticas. Para respeitar a lei, é preciso que o consentimento seja realmente livre, informado e inequívoco. A prática (antigamente muito usual) de usar o silêncio como consentimento não é mais aceita.
Não adianta “forçar a barra” para que o tratamento se enquadre nas hipóteses: se, depois, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) constatar irregularidades, o agente de tratamento poderá ser penalizado.
2.1.3 Respeitar os direitos dos titulares
Tais direitos são previstos nos artigos 18 e seguintes da LGPD. Alguns dos mais relevantes no contexto das campanhas são: informação e livre acesso; retificação dos dados incorretos; e oposição a tratamento ilegítimo.
Além destes, um dos mais comuns de ser exercício é o direito de revogação do consentimento. É preciso garantir que a revogação possa ser realizada de forma gratuita e facilitada. Ao coletar o consentimento, desde o início é preciso deixar claro como a revogação pode ser realizada, divulgando essas informações aos titulares de dados.
2.2 Quando devo eliminar os dados pessoais
É mais comum preocupar-se apenas com a coleta dos dados, deixando que o descarte ocorra de qualquer maneira.
Contudo, a eliminação de dados deve ser cautelosa. Até porque, considerando que as campanhas eleitorais utilizam muitos dados sensíveis (artigo 5º, II), o descarte inadequado pode proporcionar danos consideráveis para seus titulares.
A eliminação deve ocorrer sempre que se constatar alguma das situações abaixo:
2.2.1 Analisando os dados das pessoas, percebe-se que não há legitimidade para tratá-los (guardá-los, compartilhá-los, acessá-los)
Exemplo 1: Dados coletados por meio de aplicativos disponibilizados gratuitamente para as pessoas, mas que fogem do contexto e da finalidade eleitoral.
Exemplo 2: Dados, coletados em formulários disponibilizados durante determinado evento e para fim específico (ex: sorteio) compartilhados com agência de publicidade e outros candidatos do partido sem a prévia ciência do titular.
2.2.2 A finalidade do tratamento foi alcançada
Exemplo: se a finalidade de uso dos dados informada ao titular está vinculada a uma campanha eleitoral específica, os dados devem ser apagados após o término dessa campanha.
2.2.3 Ocorrer o fim do período de tratamento
Exemplo: é possível que, mesmo sem uso específico, os dados precisem ser armazenados por obrigação legal, ou durante o trânsito de prazos prescricionais. Esses prazos precisam ser estabelecidos em mapeamento de dados e informados ao titular.
2.2.4 Houver a revogação do consentimento pelo titular
Exemplo: no exercício de seu direito de revogação, o eleitor requer a retirada de seus dados (descadastramento) da lista de e-mail marketing.
2.2.5 Determinação de autoridades fiscalizadoras
Exemplo: em processo administrativo, a Justiça Eleitoral determina apagamento de dados coletados em excesso.
2.3 Como fazer o mapeamento de dados?
O mapeamento de dados é fundamental para garantir a transparência e a segurança de todo o conjunto de atividades do tratamento de dados. Além disso, é tido pela ANPD como uma boa prática (isto é, algo que demonstra boa-fé).
LGPD e Campanha Eleitoral (Foto: Denise Nascimento/iCEV)
O resultado do mapeamento de dados é a formação de um documento (geralmente uma planilha de Excel) chamado Inventário de Dados Pessoais (IDP). A lista abaixo contém os principais campos que devem constar no IDP:
1. Definição da atividade de tratamento
2. Listagem dos dados pessoais utilizados
3. Quais são as categorias dos dados pessoais tratados (comuns ou sensíveis)
4. Quais são os titulares aos quais os dados se referem?
5. Qual é a finalidade do tratamento?
6. Quais são as bases legais que legitimam o tratamento (arts. 7º e 11 da LGPD)?
7. Há compartilhamento de dados? Há transferência internacional de dados? Quem são os destinatários dos dados? Quais dado são compartilhados? Qual base legal legitima o compartilhamento?
8. Qual o tempo de retenção dos dados e quais são os locais onde eles são armazenados?
9. Quais são as práticas de eliminação e descarte dos dados pessoais?
10. Quais são as medidas de segurança técnicas e administrativas implementadas para proteger os dados?
11. Há políticas internas e externas (para consulta pelo público) sobre como utilizamos os dados das pessoas?
12. Há análise automatizada de dados e informações, com tomada de decisões com base nos resultados?
A lista contém exemplo didático referente ao mapeamento feito para uma atividade de tratamento (Inclusão de interessados em grupos de WhatsApp de divulgação partidária):
1. Inclusão de interessados em grupos de WhatsApp de divulgação partidária, por meio da coleta de contatos em site de captura
2. Nome completo e número de telefone
3. Comuns
4. Filiados; candidatos; potenciais eleitores; prestadores de serviço de marketing
5. Divulgação de candidato(s) e propostas políticas, a fim de munir os possíveis eleitores de informações pertinentes à sua votação.
6. Consentimento
7. Existe compartilhamento com os operadores de dados envolvidos na atividade (prestadores de serviço de marketing)
8. Durante a campanha eleitoral. Os dados são armazenados no site de captura, exportados em planilhas de Excel e, por fim, gravados no WhatsApp
9. Com o término da campanha, os bancos de dados no site, nas planilhas e nos grupos são apagados
10. Assinatura de termos de confidencialidade com a equipe de campanha e fornecedores externos; antivírus em todos os computadores e celulares utilizados; backup em nuvem
11. Há orientação externa por meio de aviso de privacidade disponibilizado no site de captura. Internamente, há política de segurança da Informação e manual de conduta para orientar a equipe
12. Não
LGPD e Campanha Eleitoral (Foto: Denise Nascimento/iCEV)
3. Dúvidas recorrentes
3.1 Preciso pedir autorização do eleitor para inclusão em grupos com conteúdo eleitoral?
SIM. A base legal mais segura é o consentimento. Além dos já mencionados cuidados com a coleta do consentimento, é preciso viabilizar sua revogação de forma fácil e gratuita. Para tanto, são muito úteis as funcionalidades de descadastramento automático, que existem em muitas plataformas online, incluindo redes sociais e ferramentas de e-mail marketing.
3.2 Caso eu não tenha consentimento de uma pessoa, há outros fundamentos legais para atividades de divulgação eleitoral?
SIM. É a base legal de legítimo interesse (artigo 7º, IX, da LGPD). Caso o agente político faça uso do legítimo interesse, “a ANPD poderá solicitar a elaboração de relatório de impacto à proteção de dados pessoais, por meio do qual o controlador deverá comprovar a observância dos requisitos estabelecidos pela LGPD para o tratamento” (ANPD, 2022, p. 28).
3.3 Posso comprar pacote de dados e utilizar como apoio político?
NÃO. A propaganda eleitoral poderá ser realizada apenas por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, pelo partido político ou pela coligação, sendo vedada venda de cadastro de endereços eletrônicos.
3.4 É possível utilizar dados pessoais sensíveis de forma segura em campanhas eleitorais?
Sim. Na verdade, é impossível não utilizar dados sensíveis, pois toda campanha utilizará, no mínimo, dados referentes a convicções políticas e à filiação a organizações de caráter político.
No entanto, é preciso muito cuidado com dados sensíveis, pois eles facilmente podem gerar situações consideradas discriminatórias, o que é vedado. A base legal sempre deve ser o consentimento, pois o legítimo interesse não é pertinente. O ideal é anonimizar esses dados, usando-os em formato de estatística.
3.5 É permitido o impulsionamento de conteúdo em mídias sociais?
O impulsionamento de conteúdo envolve o tratamento de dados, pois pressupõe utilizar ferramentas (tais como Google Ads, Meta Ads, Tiktok Ads, etc) para promover anúncios de forma direcionada aos interesses das pessoas.
A atividade é permitida, desde que haja: (1) a contratação de provedor sediado no Brasil; (2) finalidade específica definida e informada aos titulares afetados; (3) identificação do anúncio como propaganda eleitoral.
A base legal para ela pode ser o consentimento (mediante cadastro em site de captura, por exemplo), embora seja mais comum a base do legitimo interesse. Nesse caso, frise-se, é recomendável a realização de Relatório de Impacto e a análise de ponderação.
3.6 A criação de perfis está em desacordo com o disposto na LGPD?
A criação de perfis eleitorais é lícita, desde que devidamente informada. Uma vez que geralmente envolve dados sensíveis, é preciso maior cuidado com a legitimidade e a segurança do procedimento. A infração existe quando a criação de perfis é feita de maneira inapropriada, em especial no que diz respeito à origem ilícita dos dados tratados.
O iCEV está renovando o mandato da representação discente no Colegiado do Curso de Direito. A votação está aberta até segunda-feira, 29/08, às 22h. O resultado será divulgado na terça-feira, 30/08.
Estudantes de Direito iCEV, votem através do link: https://forms.gle/EUT36R7g8JfScvUT8
Saiba qual proposta e motivação de cada discente para sua votação:
“Conto com o apoio de todos para que com minha vivência social e acadêmica, consiga agregar e auxiliar não só a coordenação do curso de Direito, mas também a diretoria faculdade para que juntos consigamos proporcionar uma melhor experiência para o aluno iCev!”, conta João sobre a motivação da sua candidatura.
Rodrigo Ariza – 6º período de Direito
“Acredito que a participação dos estudantes nas decisões que afetam diretamente o curso em que estão inseridos não é apenas necessária, mas imprescindível. Quero dar voz aos estudantes e garantir que toda decisão será discutida antes de ser votada”, conta Rodrigo sobre a motivação da sua candidatura.
O representante discente participa do Colegiado Acadêmico que é formado pelos professores e coordenação do curso. Há um aluno de cada curso, com mandato de um ano.
O eleito será a voz de todos os estudantes do curso que ele representa e participará de decisões, deliberações, e debates do cotidiano do curso, além de ter participação ativa em decisões importantes relativas ao seu curso.
O coordenador de extensão e pós-graduação, Euzébio Pereira, explica:
“Para o iCEV é muito importante porque tem um estudante com voz ativa que toma decisões importantes para o seu curso. Nas reuniões do Colegiado de cada curso é o momento para que todas as sugestões e reinvindicações sejam ouvidas e debatidas. Aqui no iCEV valorizamos toda a experiência do aluno: quais são suas prioridades, sugestões e reinvindicações para que sejam colocadas em prática”.
As eleições para as representações dos cursos de Administração e Engenharia de Software serão divulgadas nas próximas semanas.
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