Mário Emanuel é um jovem adulto de 24 anos que, desde cedo, escolheu ser empreendedor. Numa carreira tradicional, ele seria considerado um profissional júnior, sem experiência e ainda sem renome. Por conta de sua escolha acertada, o ainda estudante já é CEO e sócio de diversos empreendimentos.
Ele administra empresas de diversos segmentos, como bar, hamburgueria e energia solar, apoiado pelo conhecimento técnico e prático que está adquirindo no curso de Administração do iCEV – Instituto de Ensino Superior. A graduação foi escolhida especificamente para desenvolver suas habilidades e seus objetivos empreendedores.
Mário Emmanuel, empreendedor e estudante de Administração iCEV
Mário sempre almejou impactar o mundo com suas ideias, desenvolvendo sua carreira com habilidade de liderar e empreender. “Sempre quis construir minhas próprias coisas e ter minha autonomia financeira. Sempre agarrei as oportunidades que podia. Quando era pequeno, já vendi até feijão no interior”, afirma o jovem gestor.
O estudante se destaca pelo seu pensamento inovador, mas não está só. Mário faz parte de uma nova geração de empreendedores que está se formando em todo o mundo, com novas ideias, com pensamentos inovadores e vontade de mudar o mundo.
No Brasil, os jovens já representam a maioria dos novos empreendedores no país: 55% do total estão na faixa etária entre 18 e 24 anos. Além disso, o país é prodígio em conceber jovens empresários – é a 4ª maior taxa de abertura de novos empreendimentos (entre 53 países). Os dados são do estudo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em parceria com o Sebrae.
Primeiramente, é preciso entender o contexto no qual esses novos prodígios do empreendedorismo estão inseridos. Esses jovens são diretamente influenciados pela sua geração, a Z: nascidos entre 1997 e 2012.
Os GenZ anseiam por sua independência e não gostam da ideia de um chefe com autoridade superior – querem ter controle sobre seus próprios destinos e não depender de um empregador. Por isso, o empreendedorismo é tão atraente. Além disso, buscam por estabilidade financeira, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e querem causar um impacto positivo na sociedade. É o que aponta a pesquisa de tendência da Forbes.
Enquanto os millennials, geração anterior, começavam a empreender durante a faculdade, os da Z começam ainda na escola. Entre jovens de 13 a 25 anos, 50% deles pretendem abrir o próprio negócio num futuro próximo, de acordo com a pesquisa realizada pela plataforma social direcionada para a Geração Z, Yubo.
Ana Letícia Castro é um exemplo de como montar o próprio negócio pode ser uma boa escolha de vida. A gestora e estudante de Administração do iCEV iniciou sua vida de mulher de negócios aos 18 anos, motivada, principalmente, pela autonomia financeira. Hoje, com apenas 24, Ana já é dona de uma empresa de bronzeamento artificial com seis anos de mercado.
Ana Letícia Castro, empreendedora e estudante de Administração iCEV. Foto:Acervo pessoal
“Empreender não é fácil, mas, sem dúvidas, nasci para isso! Sempre tive espírito independente. Via a luta da minha mãe e não queria pedir para ela dinheiro para fazer minhas coisas. Desde que comecei, também não me vejo mais trabalhando em outra área que não seja empreender. Hoje posso ajudar minha família e realizar vários sonhos, com apenas 24 anos”, diz a jovem.
Thiago Rodrigo é mestre em Administração, especialista em empreendedorismo, empresário há mais de 20 anos e professor da Escola de Negócios e Gestão do iCEV. Para ele, alguns outros fatores importantes favoreceram essa onda:
Acesso à informação e à tecnologia: eles conseguem acessar diversas ferramentas mais facilmente do que nunca, o que lhes permite aprender sobre uma infinidade de assuntos e iniciar seus próprios negócios de forma mais rápida e eficiente.
Baixo custo de entrada: é possível iniciar um negócio com pouco dinheiro, sim. São várias as ferramentas que possibilitam empreender com baixo custo, principalmente pelo meio digital, em redes sociais como Instagram e TikTok, plataformas com as quais a GenZ já está bem acostumada.
Thiago Rodrigo, empreendedor e coordenador do curso de Administração iCEV. Foto: Denise Nascimento
“A taxa de empreendedorismo no Brasil também aumentou depois da pandemia da Covid-19. Muitas pessoas viram nesse cenário de crise e incerteza uma oportunidade de criar suas próprias empresas e startups. Aliás, a possibilidade de criar algo escalável e rentável em pouco tempo é extremamente atrativa. Muitos jovens estão percebendo que dá para ter um bom estilo de vida empreendendo”, explica o professor Thiago.
Jovens que fazem acontecer: 55% dos novos empreendedores brasileiros e agentes transformadores da economia do país têm entre 18 a 24 anos. Ou seja, eles estão saindo das escolas, estão nas faculdades e ainda no início de suas vidas profissionais.
Quanto mais amparados de conhecimento, mais chances de sucesso esses jovens terão. É o que os dados da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Jovens Empresários (CONAJE), em parceria com a Secretaria Nacional da Juventude, comprovam: 70% do público entrevistado de jovens empreendedores têm formação superior.
Samuel Melo é gerente de inovação do Sebrae e professor da faculdade iCEV. Ele explica que a educação e o empreendedorismo têm tudo a ver:
Samuel Melo, gerente de inovação do Sebrae e professor do curso de Administração iCEV. Foto: Denise Nascimento
“O empreendedorismo tem muito disto: experimentar. Por isso, é importante que seja incentivado desde a fase da educação. Muitas vezes, seu negócio não vai dar certo de primeira e, se você começa a construir desde o começo da faculdade, ou até mesmo na escola, isso já dá oportunidade de poder errar em um ambiente seguro. Esse é o lugar certo para poder testar ideias e desmistificar o conceito de que empreendedorismo é para poucos, quando, na verdade, ele é bastante democrático”.
A educação empreendedora prepara os jovens para enfrentar os desafios do mundo dos negócios e a criar suas próprias oportunidades, a pensar de forma criativa, a ter senso crítico e a buscar soluções inovadoras para os problemas.
Em todo o Grupo Educacional CEV, a mentalidade empreendedora é fomentada nas etapas do ensino, desde a escola até a faculdade.
Thiago Rodrigo, além de empresário com vasta experiência, é também professor de empreendedorismo há mais de 15 anos. Ele tem a oportunidade de acompanhar muitos estudantes em todo esse processo de evolução. “Meus alunos de empreendedorismo, lá no ensino médio do CEV, já chegam na faculdade com outra cabeça, com outra mentalidade. Independente da área em que ele vá seguir, são sementes que são plantadas e daqui a uns anos veremos o resultado de tudo isso”, diz o professor.
Em meio às incertezas do mercado de trabalho, a nova geração de agentes transformadores da sociedade e da economia cresce apostando todas as fichas no empreendedorismo e no seu poder transformador.
Essas mentes cheias de inquietações e novas ideias não têm medo de questionar por que as coisas são como são e não aceitam nada menos que transformar o mundo em busca de um propósito que valha a pena para guiar suas vidas.
Pesquisas disponíveis em:
https://conaje.com.br/projetos/Pesquisa-do-Perfil-do-Jovem-Empreendedor-Brasileiro/
Realizar estágios é uma das principais atividades que os estudantes realizam durante o período em que estão na faculdade, especialmente nos dois últimos anos.
O maior objetivo do estágio é preparar o aluno para o futuro profissional, dando a ele a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos teóricos obtidos na sala de aula.
Para muitos estudantes, o estágio é um dos momentos mais importantes de toda a sua graduação. Afinal, representa uma grande oportunidade de inserção no mercado de trabalho, fazendo com que a transição da rotina de estudante para a vida profissional aconteça de maneira mais suave e menos traumática.
Mas o que é preciso fazer para conseguir um bom estágio durante a faculdade?
Para ser um bom estagiário, o estudante deve adotar uma postura proativa ainda quando está à procura de uma oportunidade.
Uma vez que conquiste a vaga, terá a compreensão da empresa de que é um profissional iniciante e que ainda está em busca de consolidar seus conhecimentos, alinhando teoria e prática.
No entanto, são esperadas da sua parte alguns tipos de comportamento que justifiquem a sua escolha.
Além da pró-atividade já mencionada, ele deve demonstrar que tem:
A busca por trabalho após a faculdade pode ser uma tarefa complexa, uma vez que na maioria das vezes o profissional não está familiarizado com o mercado de trabalho.
Por essa razão, esse “treino” que o estágio possibilita antes de obter o diploma dá ao aluno que se forma uma vantagem importante em relação aos demais candidatos.
Assim, a busca por um bom estágio durante a faculdade deve ser feita de maneira assertiva, para obter as melhores oportunidades.
Conheça, a seguir, algumas estratégias para conseguir aquele estágio dos sonhos!
Além de ter formação na área que lecionam, os professores possuem colegas que atuam no mesmo segmento, que costumam ter informações sobre as empresas que estão em busca de novos estagiários.
Nesse sentido, é importante que você se destaque na disciplina desses professores, para que eles se sintam à vontade para indicá-lo para as vagas. Recomendações desse tipo aumentam as chances de você ser o escolhido.
Seus colegas de curso representam sua primeira camada de networking, isto é, eles são os primeiros que farão parte da sua rede de contatos, o que será importante em sua vida profissional.
É através desses contatos que você poderá ser indicado para as vagas que deseja. Ser reconhecido como um excelente profissional começa dessa forma.
Então, realize trabalhos de qualidade durante a faculdade e mostre seus conhecimentos em sala de aula. Isso ficará registrado na memória dos colegas.
Converse com eles sobre o estágio que eles já realizam, uma vez que podem existir vagas na empresa em que eles já estagiam. Assim, você terá acesso a oportunidades que ainda nem foram anunciadas.
Em grande parte das vezes, seu Curriculum Vitae será o primeiro contato que o RH das empresas terá com você. Por isso, caprichar na apresentação é fundamental para causar uma boa impressão nos avaliadores.
É preciso muito cuidado com a gramática, organização das informações e apresentação de suas habilidades. Tudo isso é levado em conta no processo seletivo.
Lembre-se de que você está participando de uma seleção para estagiários. Por isso, a experiência não é um fator tão relevante.
Os quadros de avisos físicos ainda são uma forma muito comum de anunciar oportunidades de estágio, pois são uma forma simples e barata de chegar até o candidato que buscam.
Então, vale acompanhar esses espaços e ficar de olho nas vagas divulgadas na faculdade. Desse modo, é possível conquistar o tão sonhado estágio.
Você provavelmente usa suas redes sociais para estreitar contato com a família e os amigos.
No entanto, a partir do momento em que você busca inserção no mercado de trabalho, seu perfil nas redes passa a ser uma forma inteligente de procurar vagas de estágio e, também, um jeito de as empresas o avaliarem como profissional.
Por isso, é preciso ter cuidado! Tudo o que você posta e deixa visível nos seus perfis, será usado como um indicador da sua personalidade e competências.
Use as redes sociais com sabedoria. O que você posta pode prejudicar sua contratação ou mesmo causar sua demissão, caso você já ocupe uma vaga.
O estágio é regulamentado em lei de diferentes maneiras, de acordo com a profissão. Por isso, é importante verificar as regras que regulam a realização do estágio na sua área, para conhecer seus direitos e deveres.
Além disso, vale a pena procurar informações sobre a lei geral do estágio, a fim de verificar em que ocasiões uma empresa deve oferecer vagas. Dessa forma, pode ser mais fácil encontrar uma oportunidade.
Cada faculdade possui regras próprias em relação aos estágios. Algumas validam as horas de estágio como disciplina optativa. Para outras, esse formato de trabalho é um requisito obrigatório. Também existe a possibilidade de o curso não fazer exigências nesta área.
Por isso, é importante conhecer as regras da sua faculdade sobre o assunto, já que esse é um ponto que pode até mesmo atrasar sua conclusão do curso.
Uma boa forma de encontrar vagas de estágio é acompanhar e visitar as feiras e eventos que abordam a profissão do seu curso universitário.
Além de ter a possibilidade de conquistar uma oportunidade que vai ajudar a alavancar a carreira, também é possível incrementar seu networking com pessoas qualificadas.
Com esses contatos, você começa a entender melhor como funciona a rotina de trabalho da sua profissão.
Por isso, visite todos os eventos e feiras possíveis, para aumentar suas chances de conquistar uma vaga de estágio que vai agregar muito valor ao seu currículo e aos seus conhecimentos.
No seu atual momento acadêmico/profissional, o mais importante é buscar uma oportunidade de estágio que tenha qualidade em termos de aprendizado, isto é, do que ele pode gerar para sua carreira no futuro.
Assim, a questão do salário ou da bolsa oferecida deve ser colocada em segundo plano.
Encare o estágio como uma oportunidade para aprender a prática do dia a dia da sua profissão e para começar a criar vínculos que vão ajudar no seu futuro profissional.
É o melhor investimento que você pode fazer em você mesmo neste momento!
Desenvolver habilidades consideradas importantes pelas empresas é um passo importante para que você se diferencie de outros candidatos por ocasião do processo seletivo.
Publicado por blog Ginead
A discussão sobre a regulamentação e implementação comercial do Hidrogênio Verde possui especial relevância na Região Nordeste, detentora do maior potencial de produção dessa fonte energética a um custo competitivo.[i] Se na coluna da semana passada essa posição de destaque foi ilustrada com caso cearense, o texto de hoje se volta ao Estado do Piauí, que caminha para criar a sua própria Política Estadual do Hidrogênio Verde, com o Projeto de Lei nº 157/2023.[ii]
Em sua redação, o PL Piauiense não possui grandes distinções em relação a regulações semelhantes. Ele se ocupa em instituir uma Política Estadual com a apresentação de seus objetivos, exemplificando alguns projetos para sua concretização e definindo termos como “hidrogênio verde” e “cadeia produtiva do hidrogênio verde”, além de estabelecer pontos quanto ao regime de responsabilidade dos seus atores.[iii]
Nesse pontos, vale a remissão a tudo o que já foi comentado na apresentação do projeto cearense[iv], tornando-se interessante observar em que o Estado do Piauí apresenta algum ponto de distinção. O art. 7º dessa Política Estadual estabelece que os empreendimentos por ela abarcados, inclusive em regimes como consórcio, cooperativa e parceria público-privada, poderão ser considerados “Empresas de Base Tecnológica (EBT)”.
A inclusão nessa categoria permite que essas iniciativas possam usufruir de alguns dos benefícios previstos na legislação sobre incentivos governamentais à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, o que se mostra como uma vantagem competitiva adicional para os empreendimentos sediados no Piauí, atraindo atores comercialmente mais relevantes.
A título exemplificativo, o enquadramento das iniciativas comerciais relacionadas ao Hidrogênio Verde nessa categoria permite a aplicação de medidas de estímulo como subvenções econômicas, incentivos fiscais e previsão de investimento em pesquisa e desenvolvimento em contratos de concessão de serviços públicos ou em regulações setoriais, conforme previsto no artigo 19 da Lei Federal nº 10.973/2004.
Além disso, no âmbito estadual já existem iniciativas destinadas a beneficiar empresas vinculadas ao potencial de inovação energética, como a instalação do “Distrito Tecnológico” do Piauí, que inclui objetivos como a atração de startups – com destaque para outras EBT -, e ações de fomento ao desenvolvimento desse setor comercial.[v][vi]
Esse movimento do Piauí em direção à modernização dos setores produtivos e à transformação da matriz energética é ressaltado no Projeto de Lei em sua seção de justificativa, onde são enumeradas as vantagens desse combustível para o cenário piauiense e sua inserção internacional, como o baixo custo e atual diversidade de fontes de energia renováveis já instaladas.
Aqui cabe a ressalva de que as intenções demonstradas no PL 157/2023 quanto à implementação da Política Estadual do Hidrogênio Verde enfrentam obstáculos também presentes nas legislações semelhantes de outros Estados. Como exemplo, a redação inicial desse Projeto de Lei acaba por carecer de um grau de especificidade quanto aos conceitos empregados e por admitir certa confusão entre objetivos, princípios e meios de implementação.
Nesse rol de sugestões de aprimoramento, também seria interessante aprofundar a estruturação administrativa desse setor, como ilustrado no caso do Ceará, que implementou órgão dedicado exclusivamente aos desafios do Hidrogênio Verde, cujas funções e composição se adequam às particularidades dessa transição energética.
Essa qualificação da proposta legislativa, não restrita aos exemplos acima, proporcionaria ao Piauí um diferencial competitivo nesse setor; uma expertise normativa compatível com a tecnologia a ser regulada. Assim, se os projetos estruturais demandam um período maior para implementação, apresentar uma legislação moderna e específica pode elevar o Piauí à posição de Estado mais atrativo para os investimentos em Hidrogênio Verde.
Resta avaliar se o PL 157/2023 assumirá o posto de marco legal dessa transição, com ou sem as mudanças necessárias.
[i] Nesse sentido, alguns destaques desde o ano de 2022: https://www.gov.br/sudene/pt-br/assuntos/comunicacao/potencial-do-nordeste-no-mercado-de-hidrogenio-verde-e-tema-de-reuniao-na-sudene; https://www.h2verdebrasil.com.br/noticia/o-futuro-do-nordeste-e-verde/; https://saebrasil.org.br/noticias/estudo-aponta-os-caminhos-da-producao-do-hidrogenio-verde-no-nordeste/
[ii] Apresentado pelo Deputado Estadual Fábio Novo, e lida no expediente do dia 05/07/2023 da ALEPI, cujo inteiro teor pode ser consultado no link: https://sapl.al.pi.leg.br/media/sapl/public/materialegislativa/2023/18535/pl_no_157.pdf
[iii] Nesse ponto, faz-se remissão aos arts. 1º, 2º, 3º do mencionado PL.
[iv] Texto da Coluna publicada em 05/09/2023 neste portal, intitulada “HIDROGÊNIO VERDE: propositura de uma política estadual pelo Estado do Ceará”.
[v] Disponível em: https://investepiaui.com/distrito-tecnologico/
[vi] No mesmo sentido, ganha destaque a instalação da ZPE localizada em Parnaíba, cujo desenvolvimento tecnológico e industrial é apoiado por medidas como incentivos fiscais. Disponível em: https://investepiaui.com/wp-content/uploads/2022/11/Folder_ZPE.pdf
O empreendedorismo social é um modelo que atua diretamente em causas sustentáveis, ambientais e que afetam a comunidade.
Seu foco busca trazer soluções a longo prazo, atuando na raiz dos problemas sociais e promovendo uma mudança na qualidade de vida das pessoas.
Isso se torna possível ao atuar como uma organização jurídica, atraindo investimentos e parcerias para pautas importantes.
Entenda como esse formato de negócios funciona e qual a importância de desenvolvê-lo no meio social.
O empreendedorismo social é uma abordagem que combina gestão de negócios com o compromisso de ajudar em causas humanitárias e ambientais.
Ele se concentra em criar soluções para problemas sociais complexos, muitas vezes utilizando modelos sustentáveis.
Ao contrário do empreendedorismo tradicional, que se concentra em criar empresas que geram lucros, a categoria social visa gerar impacto social positivo.
Para isso, busca identificar os obstáculos do meio onde atua e propor alternativas de negócios que atendam a isso.
Os empreendedores sociais geralmente trabalham em áreas como:
É o modelo presente em organizações sem fins lucrativos, empresas sociais ou projetos que buscam resolver problemas específicos.
Além disso, o empreendedorismo social também se concentra em criar uma mudança sistêmica duradoura.
O empreendedorismo social é fundamental para unir gestão de negócios e solução coletiva para pautas importantes de sustentabilidade e diversidade.
Esse modelo procure resolver problemas que afetam as pessoas em suas comunidades, fornecendo soluções inovadoras, enquanto contribui para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população.
Além disso, também acompanha elementos empresariais, sendo um catalisador para inovações, promovendo resoluções criativas e comunitárias para resolver pendências sociais e ambientais.
Atualmente, discussões sobre desenvolvimento sustentável e responsabilidade estão se tornando cada vez mais importantes na sociedade.
Por esse motivo, é importante que as empresas possam atrair investimentos, enquanto geram lucros na economia local e global.
O empreendedorismo social funciona de maneira semelhante ao modelo tradicional, com a diferença de que, em vez de se concentrar apenas na obtenção de lucro, ele também busca a resolução de problemas comunitários e ambientais.
Nesse caso, sua gestão busca unir a produção ou prestação de serviços com a análise de problemas sociais globais.
Dessa forma, pode trabalhar com soluções inovadoras, criar tecnologias e focar o desenvolvimento das suas mercadorias de forma sustentável.
Na prática, a criação da empresa ocorre já com intenção de implementar alternativas para um obstáculo específico.
Mesmo que gere lucros, o objetivo da empresa é melhorar a qualidade de vida comunitária, promover a igualdade e minimizar os impactos ambientais.
Para isso, também funciona com métricas específicas de avaliação, como redução da emissão de carbono, contratação de equipes com diversidade e práticas voluntárias mensais, por exemplo.
O empreendedorismo social também cria mudanças sistêmicas a longo prazo, atingindo as raízes dos problemas, geralmente em parceria com instituições governamentais e setores regulatórios.
O empreendedorismo social tem algumas características distintas que o diferenciam do modelo tradicional, sendo:
Nem todas as empresas com gestão de negócios sustentável precisa apresentar essas características, mas elas são as mais comuns para esse segmento de atuação.
Além disso, também costumam atuar de maneira voluntária, com poucas contratações efetivas e menor foco na geração de lucro.
Algumas empresas estão começando a adotar o empreendedorismo social como parte dos seus pilares. Nesse caso, é necessário existir um equilíbrio entre a busca por faturamento e as contribuições comunitárias.
A principal diferença entre empreendedorismo social e tradicional é a missão da instituição, uma vez que o modelo sustentável coloca a resolução de problemas como foco, enquanto o convencional busca gerar lucro.
O empreendedorismo tradicional é definido pela intenção de ser um negócio apenas lucrativo. Nesse caso, procuram identificar boas oportunidades de mercado e criar produtos que atendam às necessidades de consumo dos clientes.
Por outro lado, o modelo social visa criar soluções inovadoras e sustentáveis para resolver problemas populares e ambientais.
Assim, identificam as necessidades básicas da comunidade, atendendo a essa demanda em busca de mudanças positivas.
Para desenvolver o empreendedorismo social, é importante colocar alguns elementos em prática no dia a dia. Confira os principais:
Essa gestão de negócios deve priorizar a identificação de oportunidades para ter uma atuação positiva na comunidade.
Além de avaliar os problemas do meio comunitário, também é importante saber quais os momentos mais propícios para desenvolver a ideia.
Dessa forma, os retornos serão mais positivos, atingindo as pessoas e as pautas pretendidas.
Ainda, faz parte do empreendedorismo social a capacidade de diagnosticar obstáculos e propor soluções com base nessa análise.
Como outros tipos de organização, é importante existir um pilar sólido para construir as soluções e formas de atuação. O gestor também precisa saber como seu trabalho está sendo percebido na comunidade.
Por isso, é importante desenvolver diagnósticos precisos, para saber onde e como operar.
O foco do empreendedorismo social não busca apenas impactar a população no presente, mas também no futuro.
Por esse motivo, um dos itens presentes nessa gestão é o desenvolvimento de uma nova realidade, mudando o meio social e ambiental.
Assim, terá transformações concretas a longo prazo, atuando na raiz do problema inicial.
Conheça alguns exemplos de empreendedorismo social no Brasil e como eles atuam:
O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC) é uma organização sem fins lucrativos que oferece tratamento gratuito e de qualidade para crianças e adolescentes com câncer.
Fundada em 1991, ela trabalha com uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, e conta com uma ampla rede de voluntários e doadores.
A ASID, ou Ação Social para Igualdade das Diferenças, é uma organização sem fins lucrativos que trabalha para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência, promovendo a inclusão social e a acessibilidade.
Essa instituição atua em várias frentes, desde a adaptação de espaços físicos até a capacitação profissional e o empreendedorismo.
A organização busca promover uma mudança de cultura em relação às pessoas com deficiência, incentivando a sociedade a reconhecer e valorizar suas habilidades e potenciais.
O Gerando Falcões também é uma organização sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento social de comunidades em situação de vulnerabilidade.
Dessa forma, oferece oportunidades desde o esporte e a cultura até a capacitação profissional, incentivando uma mudança sistêmica em pessoas que vivem em comunidades periféricas.
O empreendedorismo social é uma alternativa importante de negócio para quem deseja fazer a diferença no meio onde vive.
Ao identificar um problema comunitário ou ambiental, criar uma empresa com esse foco ajuda na captação de parcerias e investimentos, criando soluções sólidas e duradouras.
Por isso, vale a pena considerar esse modelo para atuar em determinado nicho de forma mais organizada e positiva.
Publicado por Blog Facilite
O Legal Design é uma abordagem focada no uso de recursos de experiência do usuário e design para a criação de produtos jurídicos. O termo começou a ser utilizado por Margaret Hagan, do The Legal Design Lab em Stanford, nos EUA. É importante deixar claro que o Legal Design não é design thinking. Muitas pessoas usam erroneamente o termo “legal design thinking“. Na verdade, isso revela uma mistura de vários conceitos que são diferentes.
O design thinking é uma técnica que pode fazer parte do processo de legal design, mas não é absolutamente necessário. É útil e pode ajudar, mas não é necessário. Vamos explicar mais a frente como o legal design e o design thinking acabam conversando.
Para aplicar o legal design é necessário combinar técnicas multidisciplinares como design, direito e experiência do usuário (UX). Recursos como user interface (UI) também são interessantes.
A palavra design significa a concepção de um produto no que se refere à sua forma e funcionalidade. Ou seja, se a palavra “legal” está qualificando a palavra “design” estamos dizendo que
Daí vem dois fatores muito importantes: o legal design se preocupa com a forma e função desse produto jurídico. Produto é tudo que é o resultado de um processo produtivo. Assim, se formos pensar nos produtos jurídicos, esses entendidos como o resultado final do serviço jurídico, geralmente são documentos.
Por essa razão, são aplicados muitos recursos de information design dentro do legal design. O information design é uma técnica que surgiu há muitos anos para apresentar informações de uma forma clara, eficiente e efetiva. Apesar disso, a prática descrita neste artigo não se trata do information design puro como aquele visto em revistas, jornais etc.
O legal design é diferente porque o produto jurídico precisa cumprir requisitos legais (da lei) para ser válido. Então não basta organizar a informação dentro de um documento – ele precisa continuar válido perante a lei e cumprir requisitos legais.
O legal design deve ser utilizado sempre que puder melhorar o entendimento do usuário sobre um produto jurídico.
Então pense naquele contrato, petição ou material de compliance de 20 páginas que ninguém quer ler e tampouco entende. Ou naquele documento jurídico cheio de palavras rebuscadas que não fazem sentido. Nessas situações o legal design é perfeito para “traduzir” o que estaria no documento em modelos tradicionais.
Além disso, quando falamos de crianças, pessoas com dificuldade de leitura ou graus de escolaridade menores, o legal design é uma ferramenta importante para inclusão das pessoas e acesso à justiça.
Visual law é uma referência à capacidade de “visualização” de documentos. O termo vem do inglês, “visualization”. Em inglês, “information visualization” é o estudo de representações visuais de dados abstratos para reforçar a cognição humana. Daí, derivaram a aplicação para chegar ao nome “visual law”.
As pessoas que defendem o uso do termo visual law no mercado falam das características “visuais” aplicadas em documentos para definir a aplicação do termo. Só que se isso seria o visual law, porque seria diferente de legal design?
Se o legal design está preocupado com a forma e funcionalidade por meio da aplicação do design, os aspectos gráficos ou visuais já estão incluídos nesse conceito. Portanto, a distinção do “visual law” se torna desnecessária e sem propósito.
Como dito, o legal design é a concepção de um produto produto jurídico no que se refere à sua forma e funcionalidade. Ou seja, se eu falo em produto eu tenho que pensar no processo de produção.
O processo de produção pode levar em consideração diversas metodologias, dentre elas, o design thinking. Daí que surge a confusão entre os termos em inglês pela maioria das pessoas.
O design thinking jamais pode ser adjetivado pelo termo “legal”. Porque o design thinking é uma metodologia universal – essa metodologia não vai mudar porque está sendo aplicada no Direito, na Engenharia ou Medicina.
Assim, uma das metodologias disponíveis para auxiliar no processo de legal design é o design thinking. Apesar disso, não é uma metodologia necessária e nem indispensável. Ela é apenas útil.
Essa técnica auxilia os legal designers principalmente a exercerem a empatia – se colocarem na posição dos usuários. Se formos pensar na elaboração de documentos jurídicos atualmente, a maioria deles é feita por advogados para outros advogados. Parece que nesse processo eles se esqueceram de criar documentos para os reais destinatários e usuários deles.
O que acontece na prática é que a maioria dos usuários não entende o que está escrito em documentos jurídicos. A maior prova é quando um documento jurídico chega na mão de um usuário. Ele geralmente precisa ligar para um advogado para entender o que aquilo significa.
Isso é resultado de centenas de anos em que essa classe profissional se esforçou para criar uma língua própria como estratégia de reserva de mercado. Muitos se referem a isso como “juridiquês”. O mesmo ocorre em outras áreas do conhecimento e não é um privilégio apenas do mercado jurídico.
Então vamos explicar o processo do design thinking.
Não existe um consenso sobre as fases do design thinking. Se você for pesquisar, verá que tem pessoas que defendem 4, 5, 6 ou até 7 passos no processo de design thinking. Vamos nos manter ao número de passos apresentados pelo modelo da imagem apresentada acima.
Os 5 passos do design thinking, metodologia que pode auxiliar no processo criativo do legal design, são:
Etapa 1: Empatia – se coloque na posição dos usuários
Aqui, você deve se colocar na posição do usuário para entender o problema que está tentando resolver. algumas formas de entender o usuário são fazer pesquisa, shadowing, dentre outras. A empatia é crucial para um processo de design centrado no ser humano, como o design thinking defende. Isso porque essa técnica faz com que você deixe de lado seus vieses sobre o mundo e foque na realidade dos usuários e suas necessidades.
Etapa 2: Definição – Defina as necessidades e problemas dos seus usuários
Organize as informações coletadas durante a etapa da Empatia. Em seguida, analise os resultados e tente agrupá-los nos principais problemas que você ou sua equipe identificaram. Agora você tem muito claro qual o problema para conseguir gerar uma solução a partir do que você pretende criar.
Etapa 3: Ideação – Crie ideias
Agora, você está pronto para gerar ideias. Com o conhecimento obtido pelas duas etapas anteriores você agora pode começar a pensar em como resolver o problema e identificar uma solução adequada. É muito comum lançar mão de outra metodologia para geração de ideias nesta fase, o brainstorming. O brainstorming é um processo de geração de ideias criado por Alex Osborn nos anos 30. Esse processo consiste em as pessoas lançarem o máximo de ideias possíveis sem que os demais presentes na reunião façam qualquer julgamento sobre a qualidade ou viabilidade dessas ideias. Apenas após todos lançarem suas ideias, elas serão comparadas e receberão uma nota para que seja possível priorizar quais ideias serão eleitas para aplicação.
Etapa 4: Prototipação – Comece a Criar Soluções
Esta é uma fase experimental. O objetivo é identificar a melhor solução possível para cada problema encontrado. A equipe deve criar um produto mínimo viável (MVP – minimum viable product) para tangibilizar a solução do problema encontrado. O conceito de produto mínimo viável foi criado por Eric Ries em seu livro Lean Startup (A Startup Enxuta) e se refere à criação de uma versão mínima (tosca) do que seria seu produto final, acabado. Com isso, é possível evitar desperdícios e se mantém o conceito de design focado no usuário, uma vez que esse protótipo criado recebe incrementos conforme o feedback dado pelo usuário durante o seu uso (iteração). Assim, os criadores de um produto tem certeza de que estão criando algo útil para o usuário e evitam criar algo que eles acham que pode interessar o usuário.
Etapa 5: Teste – Experimente suas soluções
Teste os protótipos gerados. Como esse é um processo iterativo, os resultados ajudam a redefinir problemas e necessidades. A iteração é justamente esse processo de teste, coleta de resultados, melhorias e aplicação de um novo teste. É um ciclo de feedback (retroalimentação).
Ao final do processo de design thinking ou qualquer outra metodologia é importante ter um protótipo pronto. Esse protótipo deve passar por um processo de validação com os usuários. Após a confirmação, podemos iniciar os incrementos.
Nesse momento entram toda a aplicação da camada gráfica e recursos de experiência do usuário. É importante lembrar o fundamento do legal design: forma e utilidade. Então qualquer recursos utilizado durante o processo de criação do documento deve ter uma função muito clara. Se não tem uma função, esqueça, não utilize.
Se um recurso gráfico é utilizado sem uma função se torna arte. Arte não é design. Essa é uma discussão antiga dentro do campo do design, tendo como um dos maiores exemplos o Juicy Salif, de Philippe Starck – um espremedor de suco de laranja que não serve para sua função, apesar de ser esteticamente bonito.
Durante a criação do produto jurídico, diversos recursos de design e experiência do usuário podem ser utilizados. Abaixo alguns exemplos:
Assim, após a definição do protótipo os legal designers iniciam a aplicação dos recursos gráficos que vão compor o produto final. Além dos princípios de design é importante considerar sempre o manual da marca do cliente, caso possível. O manual da marca é um documento que define a identidade e como as pessoas devem aplicar determinada marca em produtos, documentos, dentre outros. Assim, se você vai aplicar o legal design para um cliente específico, pode ser interessante solicitar o manual da marca para poder dar a identidade do cliente ao documento que está criando.
Assim, quando um usuário do documento for interagir com ele ficará clara a origem do documento, além de servir ao propósito de branding do cliente. Branding é o alinhamento do comportamento de uma marca com o seu posicionamento, propósito, missão e valores da marca. Esse alinhamento tem como objetivo fortalecer a identidade da marca na sua interação com o público.
Publicado por BitsAcademy
Um dos importantes avanços na área de comportamento do consumidor foi o reconhecimento de que as decisões dos clientes em ambientes de consumo podem ser influenciadas por elementos atmosféricos como a iluminação, a temperatura, o aroma e o som. A manipulação intencional desses elementos pode, por exemplo, estimular os clientes a permanecerem por mais tempo na loja, escolherem opções mais saudáveis e reduzirem o ritmo com que se movimentam ou executam tarefas. Entre os elementos atmosféricos utilizados para criar um ambiente capaz de influenciar o comportamento do consumidor, a música tem se destacado, sobretudo em decorrência de sua fácil manipulação.
A partir de uma análise da literatura sobre a utilização da música em ambientes de varejo e serviço, foram encontrados estudos que manipulam o volume da música, o ritmo da música, o gênero musical e ainda a combinação entre duas ou mais dessas manipulações. No entanto, Costa e Farias (2016) apresentaram uma possibilidade adicional de manipulação da música, que ainda não havia sido analisada em estudos anteriores, ao propor que a forma como a música é reproduzida no ambiente de consumo, ao vivo ou mecanizada (música reproduzida por meio de dispositivos eletrônicos), também pode influenciar o comportamento dos consumidores.
Especificamente, Costa e Farias (2016) analisaram a utilização desses dois tipos de reprodução musical em supermercados e verificaram que os clientes expostos à música ao vivo se diziam predispostos a permanecer por um maior período de tempo no supermercado do que aqueles clientes expostos à música mecanizada.
Apesar da contribuição oferecida pelo estudo de Costa e Farias (2016), seria interessante utilizar uma abordagem em que o efeito dos diferentes tipos de reprodução musical sobre o tempo de permanência dos clientes em um ambiente de consumo fosse mensurado de forma mais objetiva, uma vez que, no estudo mencionado, os clientes, abordados no interior dos supermercados, apenas indicaram, numa escala de concordância de 7 pontos, sua intenção de permanecer por mais tempo no estabelecimento. Este estudo contribuiu para ampliar o entendimento sobre essa questão, pois analisou o efeito de dois diferentes tipos de reprodução musical sobre o tempo de permanência dos clientes de restaurantes por meio de observações diretas do horário de entrada e saída dos clientes em restaurantes.
As observações e dados referentes às duas condições de reprodução musical foram coletados em restaurantes distintos. Assim, os dados referentes à condição de música mecanizada foram coletados no restaurante A, enquanto os dados referentes à música ao vivo foram coletados no restaurante B. Ambos os restaurantes estão localizados na cidade de Pomerode, Santa Catarina, são especializados na culinária típica alemã e possuem como público-alvo, além dos moradores da cidade, turistas de várias localidades do Brasil. Em conformidade com o público-alvo, a música executada em ambos os restaurantes, por meio da utilização do sistema sonoro no restaurante A e por meio de uma banda no restaurante B, é tipicamente alemã.
O tempo de permanência foi registrado por meio de observações diretas do horário de entrada e saída do grupo de clientes. Para permitir um maior controle, os dados referentes à entrada dos clientes no restaurante foram coletados no período das 11h30 às 13h30. De acordo com os proprietários dos restaurantes analisados, a maior parte dos clientes costuma chegar dentro desse intervalo de tempo. Dessa forma, todos os grupos de clientes que entraram no restaurante durante esse intervalo de tempo fizeram parte da amostra do estudo.
Por outro lado, não havia restrição de tempo quanto ao horário de saída dos clientes, ou seja, se o grupo de clientes chegasse ao restaurante dentro do intervalo de tempo estabelecido (das 11h30 às 13h30), ele faria parte da amostra, independentemente do seu horário de saída. Especificamente, o horário de entrada foi registrado após a entrada do grupo de clientes e o horário de saída foi registrado após todos os clientes de uma determinada mesa se levantarem em direção ao caixa para efetuar o pagamento. Essas e outras observações foram realizadas por observadores localizados em posições estratégicas nos restaurantes.
Por meio deste um experimento, foi observado que os clientes expostos à música ao vivo permaneciam por mais tempo no estabelecimento do que àqueles expostos à música mecanizada. Resultados adicionais demonstraram ainda que, na condição de música mecanizada (vs. ao vivo), outros aspectos do ambiente, como a quantidade de pessoas por mesa, exerciam uma influência mais significativa sobre o tempo de permanência dos clientes no restaurante. Esse resultado indica que, em ambiente com música mecanizada, a influência de outras variáveis do ambiente de consumo é mais determinante sobre o comportamento do consumidor.
Propõe-se que, por meio da reprodução mecanizada, a música torna-se um elemento menos atrativo para os clientes no ambiente. Assim, eles tendem a valorizar mais ou priorizar elementos adicionais, como a interação com as demais pessoas do grupo. Uma vez que a interação assume um papel importante durante a experiência no restaurante, a quantidade de pessoas pode contribuir de maneira mais decisiva no tempo de permanência do grupo. Por outro lado, na condição de reprodução ao vivo, como a música é um elemento mais atrativo, ela tende a ser mais valorizada ou priorizada pelos clientes, o que diminui a oportunidade para que outros elementos do ambiente, ou mesmo a interação do grupo, exerça uma influência significativa sobre o tempo de permanência.
Artigo escrito pelo professor da Escola de Negócios e Gestão, Daniel Max de Sousa Oliveira, junto com Elton Belz e Sylvio Ribeiro de Oliveira Santos.
As startups vêm diversificando suas atuações para atender nichos específicos de mercado, para além dos formatos tradicionais. Diversos setores estão fazendo uso dos recursos tecnológicos para trazer inovações em suas áreas. No ramo da educação, as edtechs (empresas de tecnologia voltadas para o setor educacional) vem ganhando espaço.
De acordo com um mapeamento realizado pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e a Associação Brasileira de Startups (Abstartup), existem 364 edtechs no Brasil, espalhadas por 25 estados brasileiros, atuando principalmente na educação básica. A Associação Brasileira de Startups define as edtechs como startups que fazem o uso de alguma forma da tecnologia, como facilitadora de processos de aprendizagem e aprimoramento dos sistemas educacionais.
Presidente da organização, Amure Pinho explica que o mercado das edtechs tem mostrado um grande potencial de desenvolvimento. “Inclusive é o segundo maior mercado de startups, perdendo apenas para as fintechs. Temos uma população gigantesca e durante muitos anos houve um grande incentivo e apoio governamental na formação acadêmica”, aponta. O potencial das edtechs é tão grande que o setor cresce, em nível mundial, 17% ao ano, e deve faturar US$ 252 bilhões até 2020, segundo o relatório EdTechXGlobal.
O empreendedor Jan Krutzinna é o CEO da EduSim, edtech voltada para melhorar o ensino de inglês na educação básica. “A educação é minha paixão porque caminha com minha história pessoal e abre muitas portas para as pessoas. Essa área chama muito atenção em termos de idealismo por causa do contato humano. Existe uma necessidade de aumentar as habilidades das pessoas cada vez mais porque as economias estão ficando mais sofisticadas e demandando mais dos profissionais”, observa.
Para Jan, essa exigência maior é uma tendência positiva para o setor educacional. “Temos muitas pessoas querendo colaborar. O que importa é trazer pessoas com experiência em sala de aula, que conheçam a realidade de um professor e a consigam traduzir em produtos digitais. Eu vejo um potencial realmente enorme nas edtechs se conseguirmos alinhar as forças entre o governo e setor privado”, pondera.
CEO da Trybe, escola voltada para as profissões digitais mais procuradas pelo mercado de trabalho, Matheus Goyas já possuía experiência nos setores de tecnologia e educação quando se juntou com amigos de infância para observar os desafios da educação conectados a transformação do mundo digital.
“Vimos o mundo passando por uma mudança de paradigma econômico, mas sem ter a mão de obra necessária para atender essa demanda. No Brasil, o problema é ainda maior por não ter formação em digital skills. Temos uma grande número de pessoas desempregadas e sem qualificação e empresas que não conseguem contratar. Isso prejudica o desenvolvimento do país”, salienta.
Matheus percebe que as pessoas, em geral, estão se conscientizando que é a educação é a pauta do momento. “Nos empreendedores não têm refletido tanto como na população, porque existem outros setores mais atrativos. Mas tem gente apaixonada atuando na área, mas ainda não é a agenda de preferência dos empreenderes”, avalia.
À frente da plataforma de ensino on-line voltada para empreendedores EduK, Eduardo Lima observa uma quebra de paradigma em relação à educação à distância. “As pessoas estão percebendo que ela é tão boa quanto, e às vezes até melhor, do que o modelo tradicional. Tem empresas construindo conteúdo de muita qualidade e professores de altíssimo gabarito que estão ensinando pela internet. É uma transição natural, porque elas tornam a educação mais acessível e flexível. As edtechs tem um propósito muito transformador, mas ainda é um mercado muito jovem”, explica.
Juntando educação, saúde e tecnologia, a MedRoom vem com a proposta de fazer treinamentos na área da saúde com realidade virtual. CEO da edtech, Vinicius Gusmão percebe que o setor possui vários problemas, o que se traduz em muitas oportunidades.
“O grande desafio é escalar o projeto. A tecnologia é incrível e dá para fazer muita coisa com ela, mas não garantir o acesso democratizado a todo mundo, o que seria o ideal do ponto de vista educacional. Então temos limitações, ainda mais em um país que não tem ainda uma cultura muito forte em inovação tecnológica.”
Amure Pinho opina que um dos maiores obstáculos de se trabalhar com edtechs ainda é a falta de regulamentação. “O controle do governo em alguns requisitos ainda engessa um pouco a educação que pode ser transformada na ponta. Também temos uma formação que ainda é um pouco distante das necessidades do mercado, fazendo com o que o profissional precise se especializar mais. Outro desafio é que nós temos uma geografia e economia muito complexas e grandes, então você não consegue levar o mesmo nível de acesso à informação à todos os lugares”, analisa.
Matheus Goyas ressalta que é importante que o empreendedor tenha a humildade para reconhecer que a solução da edtech dele não vai resolver todos os problemas da educação. “Solucionar esse gargalo só vai ser possível com um trabalho em conjunto entre empreendedores, empresas, governo e educadores. A educação por si só é muito complexa”, garante. Ele também percebe que a questão geográfica é um grande limitador, tanto em questões culturais como de infraestrutura.
Jan Krutzinna concorda que a distribuição é um dos maiores desafios dos empreendedores de edtechs. “Muitas empresas são criadas com ótimas ideias mas têm dificuldades de entregar no ponto final. O sistema público também é difícil de colaborar. Tem muito potencial para crescer, mas é preciso evoluir em muitas coisas tecnológicas e conseguir recrutar talentos, o que ainda é outra dificuldade que encontramos”, revela.
Para Eduardo Lima, o maior desafio é encontrar uma proposta de valor suficientemente boa para que os clientes consumam e gerando caixa para a empresa. “São modelos que muitas edtechs ainda não conseguiram alcançar. Depois disso, é fidelizar o cliente, como em qualquer outra empresa”, opina.
Vinicius Gusmão acredita que as edtech estão no bom caminho, mas ainda falta aparecerem mais e serem criados mais incentivos para que elas deslanchem. “Talvez o Brasil ainda não tenha abraçado totalmente a onda das edtechs. O que talvez falte é um bom case de sucesso que mostre o potencial do mercado”, pondera.
Para quem trabalhar no setor, especialistas afirmam que características como ser apaixonado por transformar a vida das pessoas, focar na qualidade, ter uma conexão pessoal com a área da educação, ser empático, paciente, resiliente, ter compromisso e foco ao longo prazo e gostar de se relacionar com as pessoas, além de ter um profundo alinhamento e foco obsessivo nos clientes/estudantes.
Profissionais nas áreas de desenvolvimento de software, programação, análise de dados, front end, design, interface, marketing digital, marketing de conteúdo, mídias sociais, vendas e experiência do usuário encontrarão muitas oportunidades de trabalho nas edtechs.
Publicado por Blog Na Pratica
Se tem uma coisa que as aulas de história nos ensinaram é que a Revolução Industrial, do final do século XVIII, transformou completamente o nosso modo de viver. O consumo em massa, a urbanização e o intenso desenvolvimento tecnológico foram moldados por esse movimento e acelerados a partir de então.
Nessa evolução, podemos distinguir quatro diferentes Revoluções Industriais, em menos de 180 anos:
Após cerca de 200 anos, chegamos à era da Indústria 4.0, a 4ª Revolução Industrial, marcada pela completa descentralização do controle dos processos produtivos e uma proliferação de dispositivos inteligentes interconectados, ao longo de toda a cadeia de produção e logística, como explica o Empreendedor Endeavor José Rizzo.
A emergência de novas tecnologias como Big Data, Internet das Coisas e manufatura aditiva cria as bases para essa nova revolução industrial. E, com ela, surgem uma série de mudanças de paradigma que mudam o jeito de enxergar o funcionamento de uma indústria e o processo que faz um produto chegar até ao consumidor.
Existe uma série de preocupações que tiram o sono dos empreendedores que trabalham com indústria: economizar recursos, aumentar a lucratividade, reduzir o desperdício, automatizar para prever erros e atrasos, acelerar a produção para trabalhar em função da cadeia de valor, digitalizar fluxos que eram feitos no papel, conseguir intervir rapidamente em casos de problemas da produção, e muito mais. A necessidade é tão grande que a maior parte dos investimentos feitos em internet das coisas (IoT) pela indústria são relacionados a operação, dos processos à logística e gestão do inventário.
Você deve ter notado. Se antigamente, um bom carro era aquele que gastava pouco combustível oferecendo o máximo conforto, hoje isso já não é mais suficiente. Os mais novos automóveis indicam a melhor rota em um painel multimídia, se conectam com seu celular, apitam se você não usa o cinto de segurança e te deixam fazer quase tudo via comando de voz.
Um produto com mais de 200 anos — o carro — agora passa a ser integrado a um novo ecossistema digital com internet, telefonia móvel e GPS.
Esse movimento é parte do processo de integração em que todos os produtos que existem hoje passam a se conectar por meio de uma rede digital. Já aconteceu com seu carro, celular, televisão, geladeira, relógio e todos os conhecidos wearables. Mas esse é só o começo da revolução.
O jeito como as pessoas usam os produtos hoje indica aos empreendedores como será o design do futuro. Os dados gerados a cada uso — que vão do modo como você dirige, assiste televisão, se exercita e até dorme — vão moldando os produtos que veremos em breve nas prateleiras.
O resultado disso é que os novos produtos serão inspirados, mais do que nunca, no uso que o consumidor faz hoje dos produtos que tem, em uma abordagem de engenharia e design inteiramente centrada no consumidor.
O uso dos dados é, por si só, um campo de vasta oportunidade para melhorar a eficiência da indústria.
Quando Sakishi Toyada criou o sistema de produção da Toyota, surgiu também uma abordagem para lidar com os problemas da linha de produção: os 5 porquês. Se aparecesse um problema que fizesse a produção parar, era preciso perguntar 5 vezes o porquê aquilo aconteceu.
Nessa abordagem, todos os problemas eram identificados depois do acontecido, até encontrar a causa raiz. Porém, nesse meio tempo, havia desperdício de recursos, riscos de manchar a imagem da marca, pedidos que eram cancelados e produtos que sofriam recall por problemas na produção. Se todo o sistema industrial está conectado e pode ser monitorado, é possível programar alertas, dar o suporte às máquinas antes de falharem, e ainda, monitorar em tempo real e diagnosticar de forma mais rápida os problemas, mesmo que os engenheiros não estejam no chão da fábrica. Com essa visão, abre-se uma oportunidade para os empreendedores na criação de serviços de manutenção inteligente e prevenção de falhas na linha de produção.
Agora, com os sensores instalados nas fábricas e as análises feitas praticamente em tempo real, é possível fazer a manutenção preditiva dos aparelhos.
O alto grau de personalização, em uma escala de produção, também é uma das mudanças que vai impactar diretamente a indústria nos próximos anos. Durante um tempo, ter algumas cores disponíveis do mesmo tênis já era o suficiente; agora nós queremos customizá-los do nosso jeito. Uma evolução disso, é a capacidade do consumidor interagir com a marca e sua linha de produção por meio de plataformas digitais que personalizam os produtos, diminuem a distância entre produção e entrega e possibilitam a cocriação.
Em várias indústrias, isso já acontece, mas a capacidade de escalar a personalizar no mesmo nível de uma produção massiva ainda é um desafio que a automação industrial se propõe a resolver.
A capacidade de disrupção da Indústria 4.0 é tão grande que pode afetar todos os setores conhecidos, principalmente no Brasil onde esse movimento ainda é incipiente. O que há de comum entre todos os setores, que combinam a necessidade de implementar os elementos da indústria 4.0 nos seus processos produtivos, é a necessidade de aumentar a produtividade, sem diminuir a qualidade da produção.
Se tem uma palavra que define essa nova revolução, essa palavra é produtividade.
As portas se abrem nessa indústria por conta da necessidade latente de melhorar os métodos de controle de qualidade e o gerenciamento das atividades da linha de produção. Existe um espaço para o desenvolvimento de tecnologias de análise em tempo real, consumindo menos reagentes, mão de obra e outros recursos, assim como automatizando o processo de controle de qualidade, análise de riscos e investigação de desvios, que hoje são atividades essencialmente manuais.
Enquanto o controle de qualidade é a principal preocupação da indústria farmacêutica, na de alimentos uma das principais oportunidades está no rastreamento dos produtos para os consumidores. A transparência será muito maior de toda cadeia produtiva, em parte porque o fluxo de informações está mais acessível. Assim, em um futuro próximo, o consumidor poderá escanear um código de barras de uma caixa de leite, por exemplo, e descobrir a fazenda onde foi produzido, a distância até sua casa, o meio de transporte e todo processo de industrialização até o leite chegar no supermercado.
Se uma das promessas da indústria 4.0 é economizar recursos energéticos na produção em escala, essa economia passa também pela escolha da fonte de energia. É por isso que fontes alternativas — como a solar e a eólica — são cada vez mais estudadas e viabilizadas, de modo que sustentem a necessidade energética das indústrias.
A agricultura de precisão que ajudou a super práticas não sustentáveis de agricultura, é um reflexo das inovações trazidas pela indústria 4.0. Big Data e internet das coisas, combinada com máquinas e sensores mais sofisticados está viabilizando ganhos cada vez maiores em dois sentidos: produtividade e sustentabilidade. O caminho está aberto também para o crescimento da bioeconomia, baseada em recursos biológicos e sustentáveis, com processos limpos e renováveis.
A complexidade dessa indústria faz parecer impossível um processo de digitalização em escala. Porém, as demandas são tão altas quanto a complexidade de atendê-las: processos mais eficientes que desperdicem menos recursos, construções que respeitam o meio ambiente, novos materiais mais resistentes e adaptáveis…Oportunidades não faltam!
A consultoria McKinsey listou 5 tendências que podem moldar o setor:
Pesquisas e geolocalização de alta definição: para evitar discrepâncias entre as condições reais do solo e o escopo do projeto
Modelagem de Informações de Construção (BIM) em 5-D: a representação digital que hoje integra o projeto, os custos e o cronograma de construção também vai incluir dados geográficos, térmicos e acústicos, por meio da tecnologia de realidade aumentada.
Colaboração digital e mobilidade: estamos em 2017, mas uma das principais causas de baixa produtividade do setor ainda está relacionada aos processos que são conduzidos no papel como projetos arquitetônicos, registros de equipamentos, pedidos de materiais e relatórios de progresso.
Internet das coisas e análise avançada: o volume de dados gerados na construção é tão grande que abre caminho para gestão dos materiais e pedidos de suprimentos, construção de estruturas mais inteligentes, eficiência energética e segurança do trabalho.
Novos materiais de construção: nanomateriais, aerogels, concreto autocurável… A realidade de custo e eficiência dos materiais muda quando entram em cena inovações como a impressora 3-D e os módulos pré-montados, por exemplo.
A distribuição não quer ser mais commodity, brigando pelo preço. Ela quer questionar paradigmas para melhorar o fluxo da cadeia produtiva. Estamos falando, por exemplo, da Amazon em 2013, fazendo experimentos de entregas de encomendas por meio de drones. Ou de uma rede interligada de parceiros que não dependa de fronteiras geográficas para fazer negócios.
O Empreendedor Endeavor José Rizzo explica que:
“A indústria nacional ainda está em grande parte na transição do que seria a Indústria 2.0, caracterizada pela utilização de linhas de montagem e energia elétrica, para a Indústria 3.0 que aplica automação por meio da eletrônica, robótica e programação. A boa notícia é que não precisaremos passar por todo o processo ocorrido nos países desenvolvidos. Podemos e devemos queimar etapas.”
A primeira grande mudança de paradigma está na cultura enraizada no setor que envolve controles físicos de produção, com papéis, formulários e muita burocracia. Digitalizar esses sistemas é o primeiro passo para fazer a transição de era. Além disso, a dificuldade de financiamento das empresas, por conta das elevadíssimas taxas de juros, impede que elas adquiram equipamentos e tecnologia de ponta, adotando a internet das coisas, robôs autônomos e ferramentas de BIG DATA que facilitem o monitoramento do processo fabril.
Esse ambiente, por mais difícil e hostil que pareça, é terreno fértil para o surgimento de novas empresas. A ruptura tecnológica necessária, a demanda dos consumidores e a competitividade do setor exigem dessas indústrias uma agilidade que elas sozinhas — pelo tamanho e estrutura organizacional — não conseguem ter.
Para competir globalmente, a indústria brasileira precisa saltar etapas. E isso só vai acontecer se ela tiver empresas ágeis, de alto crescimento e com potencial disruptivo para mover esse setor adiante.
Publicado por Blog Endeavor
Com um relacionamento cada vez mais inseparável entre a tecnologia e a vida humana como um todo, cresce também a necessidade de regulamentar as relações entre as pessoas e a internet. É nesse meio que nasce o direito digital.
Este artigo, portanto, tem como propósito apresentar o ramo do direito digital, sua importância no contexto atual do Brasil e do mundo e o que os advogados que pretendem se especializar na área podem esperar dela para suas carreiras profissionais e para o futuro.
O direito digital é um ramo do direito que tem como objetivo proporcionar as normatizações e regulamentações do uso dos ambientes digitais pelas pessoas, além de oferecer proteção de informações contidas nesses espaços e em aparelhos eletrônicos.
Trata-se, portanto, de um ramo bastante novo do direito, uma vez que lida diretamente com o uso da tecnologia, em particular da internet e dos meios digitais.
Uma vez que a tecnologia e o uso da internet são cada vez mais interconectados com todas as relações humanas, o direito digital se torna cada vez mais relevante para a proteção das informações das pessoas, além de se tornar, ao mesmo tempo, uma área cada do direito cada vez mais importante e frutífera.
Com a era digital e com a informatização das coisas, surge no meio desse desenvolvimento um problema natural: onde há mais tecnologia, há também mais riscos de ataques virtuais, roubo, vazamento e destruição de dados e hackeamento de informações relevantes para pessoas, empresas e governos.
A criação de normas e procedimentos para a proteção das pessoas atacadas e a punição de condutas que prejudiquem terceiros digitalmente, portanto, é um caminho também natural a seguir seguido.
O Brasil ainda possui pouca legislação voltada especificamente ao direito digital, mas podemos citar três leis que foram aprovadas nos últimos dez anos e que foram fundamentais para a consolidação desse ramo do direito no país: a Lei Carolina Dieckmann (lei nº 12.737/2012), o Marco Civil da Internet (lei nº 12.965/2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (lei nº 13.709/2018).
Veremos, abaixo, um pouco de cada uma dessas três legislações, compreendendo o que elas trazem, suas aplicações e o que elas mudam no âmbito do direito digital brasileiro.
A Lei Carolina Dieckmann, como é informalmente conhecida a lei nº 12.737/12, traz em seu texto a tipificação de crimes informáticos, alterando o Código Penal de acordo.
Ela traz penas para crimes como invasão de aparelhos eletrônicos, interrupção de serviços digitais ou de conexão, falsificação de documentos ou de cartões de crédito ou débito.
A lei traz esse nome informal por ter sido aprovada no mesmo ano em que a atriz teve fotos e conversas íntimas vazadas por uma pessoa que havia recebido aparelhos eletrônicos dela para conserto.
O Marco Civil da Internet, garantido pela lei nº 12.965/14, estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, além de estipular diretrizes para a ação do Estado dentro das redes.
A legislação traz temas importantes sobre como a internet deve ser utilizada em território nacional, preservando valores como liberdade de expressão, neutralidade e privacidade.
Ela estabelece critérios de direitos e deveres de usuários, além de trazer regras para a manutenção da privacidade dos mesmos por terceiros, como provedores de serviços de internet e demais empresas.
Por último, temos a Lei Geral de Proteção de Dados, criada a partir da lei nº 13.709/18. Essa é provavelmente a lei que atualmente é a mais relevante dentro do campo do direito digital.
Como o nome já traz, essa lei tem como objetivo específico resguardar os dados pessoais de pessoas e empresas que estão dentro da internet, conforme aponta o seu artigo 1º:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.”
Essa lei traz um impacto enorme nas relações comerciais de empresas que utilizam os dados das pessoas para prospecção de clientes, uma vez que garante maior transparência das empresas com o público, mostrando como utilizam dados pessoais dos indivíduos.
A proteção de dados é uma das discussões mais relevantes a respeito do direito digital no mundo inteiro. Ter uma legislação específica para essa proteção, que garante maior transparência na manipulação desses dados pelas empresas, foi um passo fundamental para a área no Brasil.
A grande maioria das informações de pessoas, organizações e governos do mundo inteiro está contida atualmente na internet.
A Era Digital é uma realidade que engloba a maior parte do mundo, onde a continuidade da economia e das sociedades está intrinsicamente à rede mundial de computadores.
Dado esse fato, a criação de normas e regulamentos que protegem juridicamente essas informações e as relações que elas têm entre si e com outras pessoas se mostra cada vez mais fundamental para a segurança da sociedade e de suas organizações.
O direito digital, portanto, se mostra uma área não só fundamental para a continuidade da evolução tecnológica e sua coabitação com o desenvolvimento humano, mas também crítica para a proteção desses dados e informações valiosíssimos para esses grupos.
Embora o direito brasileiro ainda tenha que evoluir bastante no que se diz ao direito digital, as legislações sobre o tema, que começaram a surgir na última década, são um testamento de que esse ramo do direito tende a se desenvolver e ser cada vez mais presente na vida dos profissionais do direito.
Como apontamos anteriormente, com a evolução e a presença cada vez mais unânime dos meios digitais na vida das pessoas, é necessário estabelecer uma série de parâmetros e normativas que regulamentem essa relação com a tecnologia e que protejam as pessoas de ataques virtuais.
O advogado que se especializa em direito digital, portanto, é o responsável por fazer a representação legal de pessoas que precisam dessa proteção em âmbito jurídico, seja de forma ativa (por meio do processo), seja de forma passiva (por meio de consultorias).
Como toda a área do direito, o direito digital apresenta ao advogado uma vasta possibilidade de atuações distintas.
A parte mais importante é que o direito digital é uma área nova, que se encontra em constante expansão e necessidade de pessoas especializadas.
Dessa forma, não é só uma área vasta, mas também uma área fértil, que tende a crescer não só na demanda, mas também no leque de possibilidades que serão abertas no futuro para os profissionais do direito.
Abaixo, veremos quais são as áreas de atuação que o advogado que procura se especializar em direito digital pode atuar atualmente, levando em consideração a expansão desse nicho dentro das relações sociais.
Com informações e dados privados estando cada vez mais presentes em nossas contas online e em aparelhos eletrônicos, o vazamento e captura desses dados por terceiros é uma realidade que infelizmente assola as pessoas.
O advogado especializado na área, portanto, pode trabalhar com a representação de pessoas que foram alvos de algum tipo de vazamento ou roubo de informações pessoas de uma vítima.
A lei Carolina Dieckmann, por exemplo, é informalmente chamada dessa forma justamente por uma situação que ocorreu com a atriz, onde teve imagens íntimas vazadas por uma pessoa que ficou responsável por consertar seu celular.
Para além das causas civis, a área contenciosa do direito digital pode englobar outras áreas do direito, como o direito autoral, por exemplo. Constantemente vemos pessoas utilizando obras de terceiros na internet sem dar os devidos créditos ou se a devida permissão.
A relação empresarial e de direito de empresas que utilizam exclusivamente os meios digitais para as suas atuações ainda é um terreno não completamente explorado dentro do território brasileiro.
Empresas de venda online (e-commerce), YouTubers, Streamers e outras organizações que realizam suas atividades apenas pela internet precisam compreender as legislações e como elas podem entrar em conflito com as atividades online.
Um e-commerce, por exemplo, precisa obedecer ainda ao Código de Defesa do Consumidor nas suas relações de venda, independente de ter uma loja física ou não.
O advogado especializado na área, portanto, pode oferecer consultoria a essas pessoas e empresas, apresentando como que a organização pode enquadrar as suas atividades com o que estipula a lei, agindo de forma preventiva.
Dentro da área de consultoria também pode entrar o sistema de compliance que empresas podem criar para estar em conformidade com o que estipula a lei.
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) precisa ser implementada em organizações e trará impactos substanciais na forma com que empresas processam dados de seus consumidores e parceiros.
Dentro dessa perspectiva, a consultoria de advogados especializados em direito digital será fundamental para que as empresas possam melhorar seus processos em conformidade com que estipula a nova lei.
Como já reforçamos neste artigo, a interconexão entre as relações sociais e a tecnologia criou a possibilidade de avanços surpreendentes e exponenciais na maioria das atividades humanas, mas também criou problemas que até então não existiam.
Os cibercrimes, por exemplo, são uma resposta natural ao aumento do uso da tecnologia na vida das pessoas. Vírus e malwares, hackeamento de aparelhos eletrônicos, roubo e sequestro de dados são coisas que infelizmente acontecem com muitas pessoas e empresas.
Através da lei nº 12.737/2012, muitas dessas condutas já foram tipificadas penalmente, o que faz com que a área do direito digital tenha adentrado também no direito penal.
Dessa forma, é possível trabalhar no direito digital na área criminal, envolvendo conhecimentos em direito penal e tecnologia, uma vez que parte fundamental dos crimes digitais é cometida por hackers e outras pessoas com vasto conhecimento na informática.
Voltando aos negócios exclusivamente digitais, a proliferação dos mesmos criou outro desafio ainda não exaurido no mundo do direito brasileiro: a formatação de contratos para colaboradores, clientes, parceiros e fornecedores.
Comércios online e startups que trabalhem com tecnologia precisam de contratos que não só estejam em conformidade com que estabelece a lei, mas que também as protejam dentro do ambiente pouco regulamentado que é a internet.
Dessa forma, o advogado que deseja trabalhar com o direito digital poderá investir também na criação desses contratos, contemplando as particularidades das organizações que estabelecem suas atividades pela internet.
Infelizmente, a maioria das empresas brasileiras não possui uma cultura de prevenção de problemas. Todavia, essa realidade vem mudando. Com a chegada das multinacionais ao país, que já possuíam protocolos de compliance vindos de sedes estrangeiras, muitas filiais passaram a contratar esse tipo de serviço jurídico.
E como a concorrência provoca, mais e mais empresas nacionais viram que vale a pena contratar serviços jurídicos preventivos, visando minimizar e evitar as consequências negativas do descumprimento da legislação.
Como o Direito Digital é uma matéria nova, muitas empresas têm dúvidas sobre quais práticas devem adotar, a fim de evitar problemas com clientes e também órgãos fiscalizadores. É aí que entra em cena a figura do advogado que conhece a legislação e auxilia a empresa na promoção de boas práticas, para evitar problemas no futuro.
O direito digital é um ramo do direito que apresenta diversos desafios para aqueles que desejam se especializar nele. Em primeiro lugar, é uma área do direito ainda bastante nova, fadada a passar por inúmeras mudanças e adaptações no futuro próximo.
Portanto, o advogado que pretende se especializar na área precisa estar apto a ficar a par não só das mudanças legislativas (essas mais lentas), mas também com as mudanças na tecnologia e em como as pessoas se relacionam com ela.
Com isso, o conhecimento sobre como certas atividades se desenvolvem na internet e sobre informática se faz fundamental para uma melhor compreensão de como as legislações específicas e de outras áreas impactam nesse meio.
Por último, o pouco tempo que o direito digital tem também faz com que as demandas pelo mesmo ainda não sejam altas, uma vez que a população ainda não tem plena consciência da sua existência e aplicação. Esse ponto, entretanto, tende a mudar drasticamente com o passar do tempo.
O Direito Digital ainda é um ramo do Direito em desenvolvimento. Muitas das questões que estão sendo trabalhadas na área refletem problemas que já eram regulamentados pelo ordenamento jurídico, entretanto em uma realidade totalmente off-line. Isso não significa que o Direito Digital não possua desafios pela frente, especialmente com relação a alguns temas novos que vêm surgindo, desafiando os operadores do Direito a encontrarem melhores soluções.
Você já fez alguma busca na internet relacionada a um determinado produto ou serviço e, mesmo sem solicitar, passou a ser bombardeado com anúncios relativos à sua procura? Pois é, parece que o tal Big Brother realmente existe e se esconde entre os bites que movimentam a web.
Entretanto, independentemente da inteligência de buscadores e logaritmos, a Constituição Federal garante o direito à privacidade, impedindo que dados e informações seus sejam vasculhados sem a devida permissão.
Com base nisso, tramitou na Câmara dos Deputados Projeto de Lei (PL 5276/16) deu origem à LGPD. A lei regulamenta o acesso a dados pessoais para proteger os titulares e permitir que sejam utilizados de forma ética e segura.
Outra questão que vem desafiando os operadores do Direito diz respeito à chamada Internet das coisas. Para quem não conhece, a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT) é um ramo da tecnologia que conecta o funcionamento de aparelhos físicos com a internet visando a automação. Graças à internet das coisas, já é possível ligar o aquecedor de casa mesmo a quilômetros de distância dela. (cymbalta) Da mesma maneira, é possível substituir a mão de obra e aumentar a eficiência, utilizando esse tipo de tecnologia.
Em termos de regulamentação, entretanto, o Brasil ainda não possui leis ou regras que tratem sobre o tema. O Marco Civil da Internet, por sua vez, se mostra uma lei pouco abrangente para abordar a complexidade da regulamentação da Internet das Coisas.
Alguns órgãos como a ANATEL, por exemplo, já se manifestaram no sentido de não quererem regular o tema, pois acreditam que a regulamentação precoce pode gerar obstáculos ao desenvolvimento da inovação.
Como em qualquer outra área do direito, cabe ao advogado interessado em se especializar em direito digital o dever de se rodear de autores que falem exaustivamente sobre o tema.
Portanto, indicamos três livros sobre direito digital brasileiro para aqueles que tenham interesse em se especializar ou apenas conhecer melhor a área.
O primeiro livro é Direito Digital Aplicado, da advogada e especialista na área Patrícia Peck. No seu livro, Peck traz as principais legislações do direito digital atual no Brasil, dando exemplos práticos de suas aplicações legais.
Já o livro Fundamentos do Direito Digital, do autor Marcel Leonardl, trata dos aspectos mais relevantes da área, como regulamentação da internet, responsabilidade civil dos provedores, aprovação e remoção de conteúdo e mapeamento e comportamento de usuários.
O último livro que indicamos é Direito Digital: direito privado e internet, que possui trinta autores distintos abordando diferentes aspectos da área, dividido em três temas: situações jurídicas, proteção do consumidor e direitos autorais.
Quando uma nova área se apresenta no direito, é comum que advogados procurem explorar essa área, uma vez que inicialmente há escassez de pessoas especializadas no assunto para atender possíveis clientes.
No caso do direito digital, trata-se de uma área nova, mas em constante e inevitável crescimento, uma vez que as regulamentações legislativas precisam acompanhar um cenário que muda drasticamente com o avanço da tecnologia.
Apostar no direito digital, portanto, pode ser uma boa ideia para profissionais que pretendem se colocar no mercado enquanto peritos de um nicho específico do direito que não se encontra exaurido e que tende a crescer cada vez mais.
Publicado por Projuris
O que podemos esperar do administrador do futuro, aliás, do agora e que desafios estão reservados a esse profissional?
Essa é uma questão de difícil resposta, mas muitas mudanças são projetadas na forma de gerir negócios e pessoas, muito em razão da própria transformação digital em andamento.
Com o avanço das tecnologias, o administrador encontra hoje novos obstáculos quando o assunto é gestão e liderança.
Mas também oportunidades, afinal, o avanço tecnológico agrega conceitos, processos e ferramentas capazes de conceder importante vantagem competitiva às organizações.
Inteligência artificial, machine learning, indústria 4.0, big data, business intelligence e internet das coisas são exemplos de conceitos modernos, que fazem ou podem fazer toda diferença em suas ações e decisões.
Como consequência, não é de hoje que as melhores instituições de ensino apontam para a necessidade de uma formação que desenvolva líderes com perfil empreendedor e abertos à inovação.
Enquanto isso, cada vez mais, a automatização e a informática têm criado máquinas e sistemas que agregam valor às suas soluções.
Nesse novo contexto, permanece a pergunta sobre qual deve ser o papel do administrador no futuro, tendo em vista os objetivos de conquista de resultados sem se descuidar do capital humano.
O administrador do futuro é o gestor que conduz uma empresa a resultados, fazendo isso a partir de processos e ferramentas modernas.
É um perfil de liderança que valoriza as pessoas, sem abrir mão da tecnologia – postura considerada decisiva para enfrentar os muitos desafios que virão pela frente.
Apesar de não ser possível prever com exatidão quais serão eles, existe uma parte do futuro que já se anuncia – e é preciso prestar atenção nela.
Por isso, o administrador de sucesso do futuro será aquele conseguir se adaptar às novas realidades ao mesmo tempo em que apresenta soluções inovadoras para o dia a dia da gestão.
A necessidade de um perfil inovador e competitivo não é nenhuma novidade dentro das faculdades de administração.
É que a globalização é um fenômeno que se evidencia no mundo dos negócios de maneira inevitável.
Com cantos opostos do globo mais conectados do que nunca, a informação viaja muito mais rápido.
Como consequência, o que era novidade no início da semana, já não conserva esse rótulo na sexta-feira.
Assim, surge a necessidade de um novo administrador, que se sobressaia ao que é básico na gestão de organizações.
Esse profissional deve estar disposto a ousar em suas decisões para se manter relevante no mercado e frente à sua concorrência.
A automatização – e, principalmente, a informatização – dos processos de produção nos últimos anos criou máquinas capazes de substituir o trabalho humano com perfeição, levando muitos ao desemprego ou realocação em posições menos nobres.
Essa é realidade já bastante clara, contra a qual não se pode lutar, mas se adaptar.
Será justamente a capacidade de adaptação uma das habilidades mais requisitadas para os profissionais do futuro.
Outro lado dessa mesma moeda, novas mudanças organizacionais reduzem cada vez mais os cargos de chefia, enxugando a pirâmide organizacional para proporcionar um ambiente mais próximo da autogestão, com maior liberdade para os colaboradores.
O objetivo final das empresas modernas têm sido alcançar um modelo com o máximo de autonomia e o mínimo de intervenção humana possível.
E esse novo quadro organizacional demanda também uma nova postura do indivíduo no mercado de trabalho.
Assim, o perfil do administrador do futuro é de um profissional que seja cada vez menos estritamente técnico, e cada vez mais voltado ao processo de interpretação, adaptação e transformação nas situações-problema.
Em “O Desafio do Aprendizado” (1997), os pesquisadores Calhoun Wick e Lu Stanton Leon falam justamente sobre o papel do aprendizado na manutenção da vantagem competitiva das empresas.
Eles traçam algumas diferenças na forma de apreender conhecimento entre o administrador do passado e o do futuro.
Enquanto, no passado, o processo de aprendizado aparecia de forma mais passiva, o administrador do terceiro milênio procura aprender de forma deliberada e constante, e não mais só quando está em sala de aula.
Um maior senso de responsabilidade em relação à sua carreira faz com que ele assuma a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento, percebendo como o aprendizado afeta os negócios e decidindo, intencionalmente, o que precisa aprender.
É importante destacar que, mesmo que se viva hoje em um contexto de globalização e mudanças aceleradas, a educação formal continua tendo seu espaço e importância.
A formação em cursos de administração é uma oportunidade única de entrar em contato com nomes de referência na área, além de proporcionar um ambiente propício para manter-se informado nas tendências de mercado e estabelecer networking.
Ainda assim, é urgente que as instituições de ensino atualizem sua forma e conteúdo, como ao utilizar as chamadas metodologias ativas de aprendizagem.
Mais do que nunca, o administrador do futuro vai demandar uma educação que foque seus esforços em uma formação empreendedora, capaz de desenvolver competências sólidas de liderança, trabalho em equipe, inovação, networking, entre outras tão ou mais valorizadas pelo mercado de trabalho.
O conhecimento é construído nessa nova fase de forma mais horizontal e generalista, já que não há tempo nem necessidade para se aprofundar em todas as tendências que surgem.
É importante ter um olhar crítico para avaliar se aquela novidade se encaixa no perfil e demanda do seu empreendimento ou não.
A tecnologia tem colocado o profissional de administração frente a uma nova configuração do mundo do trabalho.
Trabalhos que antes precisavam de duas ou três pessoas para serem entregues, hoje, podem ser completados acionando uma simples alavanca ou apertando um botão.
A mão de obra perdeu espaço no processo de produção, sendo realocada ou adaptada a novas funções e perfis de trabalho.
Isso porque novas tecnologias demandam também novos profissionais, capazes de operá-las e otimizá-las para extrair dali o máximo de produtividade possível.
É importante que o empreendedor tenha isso em mente na hora de compor o quadro de colaboradores da empresa.
Um planejamento que parta do entendimento de quais são as profissões do futuro ajuda a antecipar o cenário em cinco ou dez anos, fazendo com que a empresa contrate e treine profissionais de acordo com as novas demandas.
Voltadas principalmente para a inovação, as profissões do futuro estão espalhadas entre as áreas de tecnologia, compliance, dados, experiência, qualidade de vida e saúde.
Novos cargos, como analista de big data, programador de automação de marketing, engenheiro de dados, e gestor de computação em nuvem respondem a uma demanda do mercado que caminha para funções cada vez mais especializadas.
Por outro lado, existem profissões que se tornaram tendência para o futuro por uma demanda do consumidor final, como é o caso dos advogados de proteção a dados, geneticistas e terapeutas em geral.
Como manda a biologia de qualquer organismo vivo, de tempos em tempos, o administrador precisa reconhecer as mudanças do ambiente externo para adaptar-se – ou será destruído por elas.
Apesar de ser impossível prever o futuro, o presente nos aponta para quais serão algumas das mudanças desse novo cenário.
Com isso em mente, separamos alguns exemplos que podem ajudar a identificar e prevenir problemas de adaptação.
São sete exemplos de situações que podem desafiar o administrador do futuro, tanto na gestão de time quanto nas decisões executivas.
Pode até ser mentira o ditado que diz sobre a grama do vizinho sempre ser mais verde do que a nossa. Mas isso não tira a importância de darmos uma espiadinha pela cerca.
Foi-se o tempo em que as transações financeiras feitas do outro lado do oceano não importavam.
Não só importam, como devem sempre estar no radar do empresário, já que têm o potencial de impactar positiva ou negativamente na saúde da empresa.
Em um mundo globalizado, precisamos ter atenção constante em todos os fatores sociais, políticos e econômicos que podem influenciar nos negócios, seja em esfera municipal, estadual, nacional ou mundial.
Por isso, é essencial que o administrador do futuro pense globalmente para agir localmente.
Um dos principais efeitos da globalização é o encurtamento das distâncias geográficas que coloca todas as pessoas e empresas à distância de um clique.
Levando isso em consideração, é essencial que a organização esteja inserida na internet de maneira assertiva, comunicando de forma efetiva os valores da empresa, serviços prestados e produtos vendidos.
Se, no presente, já é importante ter uma presença significativa na aldeia virtual que é a internet, no futuro, essa necessidade fica ainda mais evidente.
Falamos bastante sobre a importância de o administrador do futuro ser um eterno aprendiz.
Para isso, com certeza, a capacitação é um dos melhores caminhos para garantir a competitividade.
O profissional do futuro precisa ter uma compreensão ampla da empresa que administra e isso significa saber um pouco de cada função.
Conversar com sua equipe é um ótimo jeito de manter todos na mesma página, com cada um compartilhando conhecimento sobre a sua área e aprendendo com o colega
Cada vez mais, as organizações têm caminhado para um organograma com menos cargos de chefia, em uma gestão mais autocentrada, na qual o profissional é capaz de se autogerir.
Por meio de um sistema baseado nas relações entre pares sem necessidade de hierarquia, a autogestão possibilita que se opere de maneira efetiva, mesmo em larga escala.
Assim, não se objetiva um consenso para a tomada de decisões, mas a construção de hierarquias naturais que consigam dinamizar o processo.
É mais raro, hoje, encontrarmos casos de pessoas que ficaram por muitos anos trabalhando em uma mesma empresa.
Conforme o mercado de trabalho se tornou mais competitivo e os processos seletivos mais difíceis, o profissional também se tornou mais exigente com as empresas.
Uma boa maneira de superar este desafio é investir em estratégias de totalidade para sua empresa, apresentando os valores da organização e reconhecendo a contribuição de cada colaborador.
É preciso fazer com que cada profissional se sinta pertencendo àquele espaço para que, assim, possa se dedicar com totalidade e propósito à sua função.
Uma grande máxima da administração do futuro será: não espere o funcionário se adaptar.
Mas isso não significa uma gestão punitivista ou realizar demissões em massa.
Pelo contrário, o gestor do futuro deve criar formas de compreender e adaptar os funcionários, e não esperar que somente eles se adaptem à cultura organizacional da empresa.
Oferecer benefícios na empresa, como espaços de descanso, refeições inclusas, metas bem estabelecidas e até o trabalho remoto de casa são formas de manter a equipe motivada, produtiva e engajada.
É preciso definir de forma clara onde a empresa deseja chegar e garantir que todos acreditem nesse objetivo e se mostrem motivados e engajados para alcançá-lo.
Não adianta olhar apenas para o cenário externo e tentar acompanhar os concorrentes.
Ter um propósito evolutivo significa respeitar valores, alinhar o discurso e as práticas para criar as condições necessárias para que a organização caminhe em direção a ele.
Como lembramos antes ao falar sobre totalidade, um dos desafios do administrador do futuro é assegurar a cada colaborador a sensação de pertencimento.
Se os funcionários não acreditam no propósito da empresa, ou se ele sequer existe, é bastante provável que o negócio não alcance a longevidade.
Isso sem falar nos percalços pelo caminho, como a frustração de colaboradores, a desmotivação do time e o crescimento de índices negativos, como o turnover (rotatividade), absenteísmo (faltas não justificadas) e perda de talentos.
Já destacamos até aqui que, para ser um administrador no futuro, serão exigidas do gestor diversas competências e habilidades para que ele consiga se adaptar às novas demandas do mercado.
Agora, para fins de compreensão, vamos organizar essas habilidades em três eixos principais: educação, adaptação e inovação.
Falamos bastante já sobre a importância de um processo educacional contínuo para o administrador do futuro.
Em um mundo que se transforma o tempo todo, é importante continuar sempre aprendendo para garantir sua vantagem competitiva.
Passada a fase de consumo das novidades, o profissional precisa ter a capacidade e a maturidade para digerir tudo isso, lidando com um fluxo de informações sem fim.
A adaptação às mudanças exige grande capacidade analítica para enxergar não só os desafios, como também as oportunidades oferecidas por esse novo cenário.
Como não se pode parar o curso das coisas, é preciso se flexível para passar a lidar com as novas realidades.
O indivíduo que conseguir responder às novas demandas será aquele que estiver disposto a dançar conforme a música.
Assim, chegamos ao último eixo de habilidades e competências que é a inovação.
O profissional do futuro alcançará seus objetivos de se manter competitivo na criatividade, já que, cada vez mais, será necessário dialogar com a inovação, adotando uma posição mais flexível na resolução de problemas.
Por mais que o papel do administrador como gestor do negócio e líder do time permaneça igual em seu cerne, deve ele ser capaz de compreender e adaptar-se a novos perfis em sua equipe.
Neste sentido, o gestor precisa contar com uma área de Recursos Humanos forte e capaz de responder às demandas e necessidades dos novos profissionais e geradas por eles.
É papel do RH atrair, reter e desenvolver os colaboradores para que se mantenham motivados a propor novas soluções dentro da empresa.
Do outro lado, o profissional que deseja permanecer inserido em um mercado altamente volátil, deve buscar formas de se manter constantemente atualizado e capacitado.
Em linha gerais, o administrador do futuro deve seguir uma mentalidade empreendedora, valorizando o conhecimento, a inovação e a criatividade.
Ao longo deste artigo, ficou a clara a necessidade de o administrador do futuro se adaptar para se manter competitivo.
Os avanços tecnológicos acontecem de forma cada vez mais acelerada, e é preciso dispor de uma mentalidade inovadora para atender às novas demandas de gestão e de mercado.
No futuro, vai se destacar aquele profissional que estiver disposto a encarar desafios e propor soluções.
A educação e a capacitação constante serão ferramentas extremamente úteis para se manter atualizado, mas é preciso que não seja um esforço restrito apenas ao ambiente de sala de aula.
Nesse contexto, o administrador que desejar se destacar deve estar disposto a se educar, adaptar e inovar.
Publicado por Blog Fia
Pesquisadores desenvolveram sistema baseado em Inteligência Artificial (IA) que permitiu a uma mulher com paralisia grave falar por meio de avatar digital. A equipe implantou 253 eletrodos conectados à superfície do cérebro da paciente, interceptando os sinais cerebrais e enviando-os para análise.
Os algoritmos de IA foram treinados para reconhecer os sinais cerebrais de fala e criar sistema que decodifica palavras a partir de fonemas. A voz utilizada foi uma gravação antiga da paciente.
Além do uso na fala, os implantes cerebrais também têm sido aplicados para recuperar movimentos e sensações de pacientes tetraplégicos. A tecnologia utiliza chips para ler e interpretar a atividade dos neurônios do paciente, permitindo o controle dos braços por meio do pensamento.
Outro caso impressionante envolve um homem com paralisia que voltou a andar após um implante cerebral. O dispositivo implantado é capaz de detectar a atividade neuronal relacionada ao movimento das pernas, permitindo ao paciente recuperar sua mobilidade.
Além desses casos, os implantes cerebrais também estão sendo utilizados no tratamento de câncer no cérebro. Nessa aplicação, um dispositivo de ultrassom é combinado com a administração de remédios quimioterápicos para direcionar o tratamento aos vasos sanguíneos cerebrais, tornando o tratamento mais eficaz e direcionado.
Com um percurso de sucesso que mistura Direito e uma paixão ardente por gestão e marketing, Rayana é a prova de que é possível se reinventar e brilhar em novos horizontes.
Ao descobrir sua verdadeira paixão, Rayana mudou sua carreira como advogada para a área de Gestão e Marketing, em que exerce um dos seus principais atributos: a criatividade, transformando ideias em ações concretas. Suas habilidades também se misturam com outra missão de vida: ela também é a mãezona da Olívia e de dois pets, George e Úrsula.
Ela é a prova de que uma líder não só traça estratégias, mas também constrói vínculos fortes, valorizando cada pessoa como parte essencial do sucesso. De coordenadora de marketing, passando pela diretoria de relacionamento até se tornar CEO: celebramos não apenas uma mudança de cargo, mas a ascensão de uma mulher que é movida pela paixão, pelo propósito e pela determinação de fazer a diferença.
Confira a entrevista feita com Rayana:
Resposta:
Bem, desde o Colégio, lá no Dom Barreto, sempre gostei muito das disciplinas de História e Literatura, embora também tivesse afinidade com Matemática, mas sempre fui muito comunicativa. Essas características e afinidades sempre estiveram muito presentes em mim.
Iniciei minha graduação em Direito e, no mesmo período, também iniciei Jornalismo na UFPI. Fui percebendo que o Direito era mais tangível, me proporcionaria mais caminhos. Então, optei por finalizar minha graduação na área e deixei Jornalismo no 5º período.
Fiz estágios muito marcantes: no Banco Nordeste, onde atuei na área de contratos; na Defensoria Pública, onde me dediquei à área de família e infância.
Lançamento da pós-graduação em Direito do Agronegócio Aplicado
Passada essa fase da graduação, me vi num dilema e me perguntei “e agora?”. Por mais de uma década fui só estudante e agora precisava me posicionar profissionalmente. A incerteza foi imensa. Apesar das dúvidas, segui com a advocacia.
Comecei a perceber uma falta de paixão e propósito em minha carreira como advogada, mas imaginei que seria a necessidade de alguma mudança. Essa busca por me encontrar profissionalmente me levou ao Rio de Janeiro, e eu embarquei nessa ideia. Morei quatro anos lá, fiz minha pós-graduação na PUC-Rio, trabalhei em escritório muito bem conceituado, o Brandão Couto, Wigderowitz & Pessoa.
Eu estava muito bem por lá, mas ainda me faltava alguma coisa.
Houve uma reviravolta e meu esposo, Bruno Agrélio, recebeu uma proposta para tocar um novo projeto dentro do Grupo CEV, na qual ele já era sócio, e voltamos para Teresina.
Daí, surgiu outro dilema profissional: volto a advogar ou abro meu próprio negócio? Nessa busca para me encontrar, abri uma consultoria empresarial preventiva junto com alguns sócios.
Só que na mesma época, aconteceu de o Grupo CEV contratar um MBA em Management da PUC- Rio, in company. Fui chamada para coordenar e fazer o MBA.
Como estava com o projeto da consultoria, já estava indo para a área de gestão, entendi que precisaria de mais habilidades na área, pois até então só tinha gerido pequenas equipes em escritórios. A partir daí, eu comecei a me encontrar.
Resposta:
Não foi difícil porque eu estava muito certa de que eu não queria mais trabalhar no Direito e que queria atuar com Marketing. Eu não sabia ainda como iria fazer isso, nem qual caminho iria seguir, mas eu tinha muita certeza de que o meu caminho seria no Marketing.
Me apaixonei por Gestão e Marketing. Lembro bem do dia em que eu virei pro Bruno e falei: “eu gosto de trabalhar com Direito, mas eu nasci pra fazer isso aqui”. Nesse momento, eu encontrei a paixão que me faltava, já não queria advogar nem olhar contratos, nada do tipo.
Mas esse momento também representou um desafio, porque eu passei mais de 12 anos investindo na advocacia e considerar uma mudança tão radical gerou questionamentos, tanto por parte de amigos quanto da família. No entanto, enxerguei essa mudança como uma evolução natural e não como um descarte do conhecimento adquirido.
Recepção dos calouros de 2023.2
Durante minha carreira no Direito, desenvolvi habilidades argumentativas que se mostraram valiosas no Marketing. Aprendi a convencer juízes e partes envolvidas; no Marketing, aprendi a convencer clientes e consumidores sobre a qualidade de produtos e serviços. Por isso, considero que minha trajetória anterior contribuiu para a minha abordagem no Marketing.
Comecei a atuar de fato nessa área dentro do próprio Grupo CEV em projetos de implantação de estratégias de Marketing. Depois disso, me tornei coordenadora de Marketing do iCEV e fui só estudando, crescendo e evoluindo.
A partir daí, comecei a me especializar na área, fiz MBAs em Branding, Merchandising, Costume Behavior, Marketing Trends no Insper. Acredito que estudar constantemente é a melhor forma de crescimento.
Resposta
Diante dos momentos desafiadores, minha abordagem é bastante pragmática. Em vez de me deixar consumir pelas dificuldades, eu me concentro em entender os fatos e buscar soluções. Em vez de ficar paralisada pelo dilema, analisei a situação de forma objetiva: “Isso é o que tenho agora, como posso resolver isso?”.
Cada “não” que você recebe ao longo do caminho é um desafio, uma oportunidade para persistir e insistir em sua visão. Trabalhando em uma empresa ou organização, é fundamental que suas ideias e visões sejam defendidas e que sejam persuasivas. Quando você está em um ambiente com muitas vozes, é natural que algumas de suas propostas sejam negadas. No entanto, vejo cada negativa como um estímulo a continuar.
Rayana também é coordenadora do Núcleo Piauí do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX). Na foto, em visita à Jupi Alimentos
A resiliência é crucial nessas situações. Se você se deixar abalar pelo primeiro “não”, limitará seu crescimento profissional e pessoal. Minha atitude é não aceitar um “não” de imediato. Se alguém diz que algo não é viável, minha abordagem é investigar mais a fundo. “Será que já foram exploradas todas as possibilidades? Já discuti isso com as partes envolvidas?” Se após argumentar e analisar ainda houver um “não”, isso significa que naquele momento a ideia não estava madura o suficiente.
Minha maneira de lidar com os desafios é me manter em movimento, sempre procurando soluções e agindo proativamente. Enxergo cada desafio como uma oportunidade para aprimorar meu argumento, melhorar minha visão e seguir adiante, independentemente das adversidades que possam surgir.
Resposta
Um momento que destaco com orgulho em minha carreira foi quando fui contratada por um escritório de advocacia no Rio de Janeiro. Essa conquista me deixou feliz e surpresa, pois me senti validada e reconhecida por minhas habilidades. Muitas vezes, busco validação externa, e essa contratação me fez perceber que meu currículo estava sendo bem recebido e valorizado. Foi um momento importante de autoafirmação e realização.
No contexto do Grupo CEV e do iCEV, há alguns momentos que me enchem de orgulho. Um deles foi o lançamento do primeiro vestibular presencial em 2019. Ver alunos vindo fazer a prova e demonstrando interesse na nossa instituição foi uma sensação incrível. Além disso, o processo de transferência em massa de outra faculdade para o iCEV foi um grande marco de reconhecimento da qualidade que estávamos buscando.
Visita à Nutrivita Polpas, pelo PEIEX
Um orgulho pessoal e profissional significativo foi a construção da fachada do iCEV. Mesmo diante de obstáculos e negativas, persisti durante dois anos para concretizar esse projeto. A fachada se tornou um símbolo visível do iCEV, mostrando nossa presença e identidade na comunidade.
Outro momento de grande orgulho foi a realização do Congresso DNT, em que vi a estrutura que idealizei montada, com palestrantes de renome e tudo ocorrendo conforme o planejado. Esse foi um marco que me fez perceber que o iCEV estava no caminho certo e crescendo.
Resposta
A flexibilidade é a chave, não buscando perfeição, mas ajustando a intensidade conforme o necessário. Equilibrar responsabilidades profissionais e pessoais é um desafio constante, porque o equilíbrio absoluto não existe.
Existem pilares indiscutíveis, como trabalho, família e bem-estar. Acredito que existem ciclos de fases, com momentos de foco variado, e com isso vamos gerenciando cada uma dessas partes da vida e tentando se adaptar às necessidades.
Por isso, é essencial investir em autoconhecimento e saúde mental, para priorizar as decisões mais corretas para aquele contexto.
Resposta
A maternidade trouxe uma mudança profunda em minha vida. Como mãe, priorizo o diálogo e o respeito mútuo com minha filha Olívia. Cultivo uma relação de cumplicidade, estimulando comunicação e autoconhecimento desde cedo. Ser mãe me encanta muito, apesar dos desafios.
Como esposa, sou muito parceira, comprometida e aberta. Apoio meu marido Bruno em suas aspirações e incentivo seu autoconhecimento. Valorizo cumplicidade e respeito mútuo também, construindo uma parceria sólida.
Busco relações baseadas em respeito, diálogo e apoio como mãe e esposa. Gosto de criar laços saudáveis e significativos.
Resposta
Tem sido uma jornada repleta de desafios, tanto internos quanto externos. Desde o início, enfrentei questionamentos sobre minha capacidade, inclusive de outras mulheres, o que é doloroso. Após assumir a liderança, lutei contra a síndrome do impostor, temendo não estar à altura do cargo, especialmente devido a comparações com meu marido e expectativas sociais.
Essa pressão me levou a construir uma carapaça protetora para atender às expectativas externas, enquanto busco encontrar minha verdadeira identidade nesse ambiente. Construir uma liderança autêntica como mulher exige resiliência e autoconhecimento para superar obstáculos internos e externos, um processo contínuo de crescimento e empoderamento.
Reunião com FIEPI – Federação das Indústrias do Estado do Piauí
Resposta
É um processo contínuo baseado em estudo. Investir em cursos relevantes e atualizados é fundamental para acompanhar as evoluções da liderança e da educação. Além disso, valorizo a busca pelo autoconhecimento, identificando meus pontos fortes e áreas a serem desenvolvidas.
A terapia é uma ferramenta importante para entender minhas motivações. Também gosto de fomentar o desenvolvimento da minha equipe, criando um ambiente de aprendizado mútuo.
Meu aprimoramento como líder e educadora é sustentado pelo aprendizado constante, pela autorreflexão e pela promoção do crescimento da equipe. Isso me capacita a liderar efetivamente e contribuir para o desenvolvimento da instituição.
Recepção dos calouros de 2023.2
Resposta
Minhas influências na abordagem de gestão vêm, principalmente, das pessoas próximas a mim no meu dia a dia, e não apenas de figuras públicas de sucesso. Minha equipe é uma fonte valiosa de aprendizado, moldando minha liderança.
Embora admire figuras públicas como Luiza Trajano e Camila Coutinho, elas são inspirações, mais do que modelos diretos. Aprendizado contínuo e autoconhecimento também são cruciais na minha evolução. Encaro cada pessoa ao meu redor como uma oportunidade de crescimento e absorção de suas qualidades para aprimorar minha liderança.
Resposta
Justiça, lealdade, franqueza e aprendizado são os pilares que orientam minhas ações em ambas as esferas da vida.
Justiça é primordial, sempre escolho decisões éticas. A lealdade é fundamental, construindo confiança em relacionamentos. Prefiro comunicação franca, direta e respeitosa. A busca pelo aprendizado contínuo também é crucial para meu crescimento.
Ação do dia do estudante
Resposta
Nos próximos cinco anos, vejo o iCEV em um processo contínuo de consolidação como uma instituição de ensino inovadora e de referência no Piauí e além. Nosso foco estará na melhoria da experiência do aluno, expandindo e aprimorando nossos espaços físicos, além de investir mais em extensão e pesquisa. Queremos oferecer cursos de alta qualidade, com professores engajados, que contribuam para a formação integral dos alunos e impactem positivamente a sociedade.
Queremos expandir nossas áreas de atuação, desenvolver novos cursos e parcerias estratégicas e continuar investindo em tecnologias de ponta, como a inteligência artificial e o aprendizado de máquina.
Visita à Nutrivita Polpas, pelo PEIEX
Olhando para daqui a dez anos, imagino o iCEV como uma instituição consolidada não apenas regionalmente, mas nacionalmente, reconhecida por sua qualidade acadêmica e inovação. Nossa visão é oferecer cursos de graduação e pós-graduação que estejam alinhados com as demandas do mercado e as transformações sociais, preparando nossos alunos para os desafios do futuro.
Nosso sonho é que o iCEV seja reconhecido não apenas pelos cursos que oferecemos, mas também pela forma como impactamos a sociedade e contribuímos para o desenvolvimento regional. Queremos que nossos alunos se formem não só como profissionais qualificados, mas como cidadãos engajados e conscientes do seu papel na construção de um futuro melhor.
Resposta
Essa é uma pergunta profunda e desafiadora. Refletindo sobre isso, gostaria de deixar no mundo uma marca de positividade, um impacto positivo na vida das pessoas. Quero ser lembrada como alguém que sempre buscou a justiça, a lealdade e a dedicação em tudo o que fez. Quero que as pessoas lembrem de mim como alguém que acreditou nelas, que incentivou e deu suporte quando necessário.
Além disso, espero que seja lembrada como uma pessoa comprometida com o aprendizado contínuo e o autoaperfeiçoamento, que reconhece os próprios erros e busca sempre melhorar. Desejo deixar uma marca de amor, cuidado e apoio para minha família e para os outros ao meu redor.
A marca que desejo deixar no mundo é a de alguém que acreditou na capacidade das pessoas e que contribuiu para construir ambientes de justiça, respeito, incentivo e amor.
Visita do presidente do Conselho Nacional de Administração
Resposta
Na minha gestão, estudantes e funcionários podem esperar comprometimento total com a qualidade da educação e a excelência em todos os aspectos do iCEV. Trabalharei incansavelmente para oferecer uma educação transformadora e acessível.
Haverá gestão transparente e franca, com decisões voltadas para a instituição e a comunidade acadêmica. Valorizo a honestidade e a comunicação aberta, ouvindo todas as opiniões.
Um bom ambiente de trabalho e de aprendizado promove crescimento pessoal e profissional. Quero incentivar a pesquisa, a extensão e a valorização de cada membro da equipe.
Estou comprometida com a inclusão, a diversidade e a responsabilidade social. Estudantes e funcionários terão gestão dedicada, transparente, inovadora e comprometida com a educação para um futuro melhor. Estou empolgada para fazer do iCEV uma instituição extraordinária.
Foto: GOV CE
O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), sancionou a Lei Nº 8.116, que estabelece diretrizes para os direitos das mulheres trabalhadoras do setor primário no estado. A lei traz consigo uma disposição de extrema relevância: a prioridade para que estabelecimentos rurais sejam registrados em nome de mulheres chefes de família nos programas de regularização fundiária promovidos pelo Estado do Piauí.
A medida, que marca um passo importante na luta pela igualdade de gênero e pelo empoderamento das mulheres no meio rural, visa fortalecer a posição das mulheres agricultoras e trabalhadoras do campo, garantindo-lhes o direito de ter a terra em seu nome.
Através da capacitação e profissionalização, busca-se impulsionar a inclusão qualificada das mulheres trabalhadoras do setor, maximizando a produção e o desenvolvimento econômico dos estabelecimentos rurais chefiados por elas. Além disso, a lei prioriza o acesso a recursos, subsídios e políticas públicas voltadas para a agricultura no estado, bem como o combate à violência doméstica, de gênero e patrimonial.
De autoria do deputado estadual Rubens Vieira (PT-PI), a lei também enfatiza a importância de melhorar a qualidade de vida das famílias rurais e agroflorestais, reduzindo as desigualdades de gênero nas atividades rurais e agroflorestais. Para isso, medidas como assistência psicossocial, programas de regularização fundiária e melhorias na qualidade de ensino para os filhos das mulheres trabalhadoras estão contempladas na legislação.
“As mulheres do campo são muito importantes para a nossa economia. Logo, a nossa ideia é melhorar a qualidade de vida delas e alavancar suas produções, de forma que sejam independentes e as desigualdades sociais e de gênero sejam reduzidas”, disse o deputado.
Publicado por Mídia Ninja
A exportação para a América Latina representa 90% das saídas de produtos industriais do Brasil. Ela envolve itens eletrônicos, químicos, metais, materiais elétricos e outros segmentos. Mas como funciona essa relação comercial entre os países e quais são as suas vantagens? Acompanhe!
A América Latina é o principal destino das exportações brasileiras em diversos segmentos. Ela absorve 43,3% dos produtos químicos e 52,6% dos materiais plásticos e de borracha. Esse mercado oferece excelentes oportunidades de negócios para pequenos e médios empreendedores. A Argentina, por exemplo, é um dos principais importadores de produtos brasileiros e gera um retorno de 13,4 bilhões de dólares ao país.
Para fortalecer essa relação entre as duas nações, foi ratificado recentemente o Acordo de Facilitação de Comércio, da Organização Mundial do Comércio (OMC), a fim de reduzir os custos nas transações comerciais. A medida incentiva o mercado de manufaturados no Brasil e diminui o tempo de processamento das operações.
O México também tem um papel importante para as empresas brasileiras. Um acordo entre os dois países criou mais de 800 linhas tarifárias, ampliando as oportunidades de negociação de produtos.
O Chile é outro importante parceiro comercial do Brasil. Tanto que, em 2017, foi realizada a última etapa de implantação do Certificado de Origem Digital (COD) para simplificar os processos nas relações comerciais entre os dois países. A medida, inclusive, ajuda a diminuir o custo para os exportadores que precisam comprovar a origem das mercadorias.
As relações comerciais entre o Brasil e os outros integrantes da América Latina oferecem benefícios para todos os envolvidos. Confira!
A proximidade geográfica faz com que o transporte de mercadorias seja muito mais fácil e rápido. Isso ajuda os pequenos e médios empresários que precisam manter o baixo custo nas operações comerciais sem diminuir o fluxo de produção.
Muitos locais, como Argentina e Uruguai, permitem que as compras e vendas sejam realizadas na moeda do país. Isso ocorre usando o Sistema de Pagamento em Moeda Local (SML), um convênio firmado entre os bancos centrais das nações. Esse acordo facilita as negociações e os pagamentos, uma vez que as moedas oscilam bastante em relação ao dólar.
A taxa de impostos pagos entre um país e outro pode prejudicar a lucratividade do empreendedor. Por esse motivo, a exportação para América Latina costuma ser uma excelente oportunidade para quem pretende investir na internacionalização. O imposto, muitas vezes, é nulo — o que gera uma relação comercial mais vantajosa para as companhias.
Como você pode perceber, há vários acordos e práticas entre os outros países da América Latina e o Brasil. É essencial que o empresário defina qual é o país mais adequado ao seu negócio e conheça as regras e documentações necessárias para começar a exportar.
O curso de Engenharia de Software iCEV é o primeiro e melhor do Piauí! Aqui o aluno estará apto a entrar no mercado, mas também pronto para pesquisar inovações, aliando conhecimento e prática – ele escolhe o caminho ou os caminhos que quer seguir.
O iCEV sempre traz convidados de peso e realiza verdadeiras aulas-experiências para acrescentar na formação acadêmica e na prática dos futuros engenheiros de software. Confira:
No iCEV o estudante de engenharia de software já aprende programação nos primeiros períodos e começa a desenvolver seus próprios games desde cedo! A metodologia do curso é diferenciada e aposta em eventos internos de tecnologia na qual os alunos têm que resolver problemas complexos e elaborar seus próprios produtos inovadores de tecnologia.
Eventos como Chess Challenge, Code Battle, Game Jungle e Game Jam aguçam as soft skills e hard skills dos alunos.
Conheça mais sobre cada evento:
O Campeonato de Xadrez, reuniu mais de 50 participantes em 22 equipes que desafiaram seus conhecimentos computacionais numa batalha de Inteligência Artificial.
Os participantes construíram programas de Inteligência Artificial (IA) e ensinaram as melhores decisões a serem tomadas num jogo de xadrez. Essas IAs competiram entre si.
Os estudantes foram desafiados com problemas que exigem sólidos conhecimentos em algoritmos e estruturas de dados. Além de testar os conhecimentos dos alunos, a competição era premiada e valia pontos na prova para os ganhadores.
“Game Jungle”, uma competição interna de programação de jogos.O desafio era construir um game do zero levando em consideração diversos critérios comojogabilidade; originalidade; gráficos; trilha sonora; entre outros.
Nossos alunos de Engenharia de Software participaram da Hackathon, a Maratona de Programação iCEV. A atividade foi uma competição interna dos estudantes de Tecnologia, de todos os períodos. O termo hackathon é uma junção de duas palavras em inglês: “hack”, que, nesse caso significa programar, e “marathon”, que é maratona.
O iCEV, sediou em Teresina o THE Game Jam – evento que aconteceu simultaneamente em todo o mundo. Em 48 horas, estudantes de tecnologia, desenvolvedores profissionais e apaixonados por jogos, elaboraram games com o tema “reparo”, tema escolhido pelo Global Game Jam 2020.
É assim para o engenheiro de software formado pelo iCEV, que está preparado para muitas oportunidades nacionais e internacionais. Além de empreender, o profissional pode atuar com desenvolvimento de softwares, gerenciamento de projetos, arquitetura de produtos, etc.
A tecnologia é um dos mercados que mais cresce. O salário médio de um Engenheiro de Software no Brasil é de R$9.480 por mês, +303% acima da média salarial brasileira.
Fonte: jobbydoo
Só no iCEV o estudante conta com a Fábrica de Software BITICEV. O aluno alia teoria e prática no desenvolvimento de projetos e soluções para problemas reais, voltados para o mercado de trabalho.
O iCEV investe em internacionalização, estreitando os laços com grandes players do mercado mundial de tecnologia, assim como Red Hat, Oracle e Amazon.
Aqui o incentivo ao empreendedorismo na prática começa desde cedo. No iCEV, a meta é formar líderes diferenciados, inovadores e competentes, com foco na empregabilidade.
O iCEV sempre traz convidados de peso e realiza verdadeiras aulas-experiências para acrescentar na formação acadêmica e na prática dos futuros administradores e empreendedores. Confira:
Um dos diferenciais da metodologia inovadora iCEV é aliar fortemente a teoria à prática.
Os professores levam os estudantes para conhecer de perto negócios bem-sucedidos de parceiros, grandes empresas e até de estudantes do próprio iCEV.
Lá os estudantes podem tirar dúvidas, conhecer de perto o modelo de negócios, acompanhar o funcionamento da empresa e da produção.
Além das palestras enriquecedoras, é um momento de descontração e networking entre estudantes, professores e convidados. E não pode faltar aquele tira gosto e brinde enquanto acompanha uma palestra enriquecedora.
Foi assim a experiência que os estudantes de Administração iCEV tiveram no Roots Bar e no Locomotiva Irish Pub.
No iCEV, os alunos têm contato direto com órgãos, empresas e profissionais de sucesso, por meio de parcerias e projetos de extensão que abrem oportunidades no mercado de trabalho.
As suas ideias saem do papel ainda na graduação, com o desenvolvimento de projetos de startups e participação em feiras e eventos de empreendedorismo.
Disciplinas como Inglês para Negócios desde o 1º período, Design Thinking, Softwares Gerenciais, Neuromarketing e Experiências, Inteligência Emocional etc.
O estudante é preparado para as múltiplas carreiras que uma formação em Administração possibilita e aprende com professores com vasta experiência de mercado.
A transição para fontes de energias mais sustentáveis, objetivo compartilhado da comunidade global, recebeu um impulso de aceleração com as recentes tensões geopolíticas entre alguns dos países com maior capacidade de produção energética. Buscando respeitar os compromissos já formalizados e ambiciosas metas de redução na emissão de gases poluentes – e.g. Acordo de Paris–, os países direcionam olhares e investimentos para alternativas energéticas consideradas verdes.
É nesse contexto que o hidrogênio verde tem recebido especial atenção como uma das mais promissoras fontes de energia sustentável. Essa nomenclatura é utilizada para o hidrogênio, gás inflamável, produzido como resultado da quebra da molécula de água – H2O – por meio de um processo de eletrólise. A característica verde decorre da utilização de uma fonte de energia renovável como base desse processo (e.g. eólica, solar, hidrelétrica).
Além de não emitir gases poluentes ao longo de sua produção, o hidrogênio verde detém grande capacidade energética e versatilidade na sua utilização, podendo ser empregado diretamente como fonte de combustível, destinado à descarbonização de setores industriais como a siderurgia e metalurgia, bem como transformado em amônia verde e aplicado ao setor agrícola como base fertilizante.
No entanto, essa produção ainda possui desafios econômicos e logísticos, especialmente quanto ao significativo custo e gasto energético, o que tem estimulado discussões nos setores empresarial e público acerca de instrumentos de viabilização e regulamentação desse novo combustível. Nesse ponto, o Brasil possui vantagem competitiva em razão da sua matriz energética – rica em fontes hidrelétricas, eólicas e solares –, atraindo interesses e investimentos países e regiões com menor potencial geográfico de produção.
Surge então o questionamento para os gestores e líderes nos campos público e privado acerca da posição que almejam assumir nessa transformação energética, aliando-se à inovação na matriz de combustíveis ou permanecendo sob as limitações de uma inevitável superação das fontes não renováveis. As décadas seguintes revelarão as repercussões ambientais e econômicas dessa decisão, sendo o hidrogênio verde uma grande oportunidade para um primeiro e significativo passo.
Observando as experiências com outras fontes enérgicas de caráter sustentável, percebe-se que os projetos de maior repercussão demandam uma parceria entre o setor privado e as entidades governamentais. Respondendo às preocupações empresariais acerca dos custos para viabilizar a operação, cumpre ao setor público oferecer o ambiente de normas que permitam essa construção de um mercado competitivo na área sustentável.
No Brasil, a demanda por um arcabouço legislativo no tema foi acolhida pelo Senado Federal, que instituiu em março de 2023 uma “Comissão Especial destinada a debater políticas públicas sobre o Hidrogênio Verde (CEHV)”, atualmente presidida pelo Senador Cid Gomes (PDT-CE). No plano de trabalho definido para o ano de 2023, a Comissão apresenta objetivos ambiciosos, principalmente promover o debate que servirá de base às normas relativas ao Hidrogênio Verde, realizando audiências públicas com setores da sociedade civil, de empresas do ramo energético, profissionais de referência técnica e representantes diplomáticos dos países com maior interesse no tema.
Apesar da urgência com que a Comissão aborda o tema – destacando a necessidade de que em até dois anos seja produzido relatório capaz de fundamentar normas no tema –, os esforços na esfera federal são insuficientes para exaurir os desafios do Hidrogênio Verde. Diante da extensão territorial e particularidades climáticas do Brasil, as iniciativas locais ganham destaque e servem de auxílio ao Governo Federal, indicando as necessidades de cada Região/Estado, vantagens competitivas em algumas etapas de produção e insumos de menor disponibilidade.
Esse empreendimento conjunto serve para ilustrar a complexidade da real implementação do Hidrogênio Verde e cuja solução demanda uma verdadeira coordenação de esforços nas medidas de maior efetividade e em um cronograma condizente com a realidade nacional. Desafio mitigado pelo otimismo com o surgimento de importantes iniciativas de incentivo à produção e comercialização como o “Programa Nacional de Hidrogênio” do Conselho Nacional de Política Energética, a Chamada Pública para projetos de Hidrogênio Verde do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), cujo edital está aberto até o dia 24 de julho, e as diversas visitas técnicas dos representantes do Legislativo e do Executivo, a nível federal e estadual, a países com grande potencial tecnológico no tema ou interesse no investimento para produção nacional futura.
Resta acompanhar os frutos desses encontros, discussões e estudos sobre a realidade do Hidrogênio Verde, momento que exige do Setor Governamental a urgência própria dos modelos empresariais em prol do crescimento sustentável interno.
Entender as possíveis utilizações comerciais do Hidrogênio Verde ajuda a esclarecer as razões que dão base ao intenso interesse que ele tem recebido dos mais diversos setores econômicos, destacadamente nos campos siderúrgico/mineração, transporte, energético e agrícola.
Um dos setores de maior relevância na economia nacional, a Mineração/Siderurgia oferece alguns dos principais produtos de exportação – e.g. minério de ferro –, de modo que o Hidrogênio Verde poderá ser utilizado como alternativo para a produção de “minerais verdes”, servindo como substituto para os combustíveis fósseis atualmente empregados na produção e transporte de insumos como o aço e o ferro-esponja. Além disso, o Hidrogênio Verde poderá ser empregado nos meios de transporte e nas próprias instalações das siderúrgicas e mineradores, integrando assim diversos pontos da cadeia produtiva e reduzindo significantemente a emissão de gases poluentes.
Outra utilização proveitosa do Hidrogênio Verde será no campo de transporte, especialmente para descarbonizar veículos de maior porte/de carga, visto que nestes a utilização de matriz elétrica não é tão indicada devido à dimensão das baterias eventualmente necessárias. Além disso, o Hidrogênio Verde poderá ser integrado na produção de combustíveis diversos como a amônia, o metanol, o metanol sintético e alguns combustíveis líquidos sintéticos, oportunamente aplicados na substituição de fontes como o gás natural.
Uma área de especial atenção e demanda é o mercado de fertilizantes agrícolas, especialmente aqueles produzidos à base de amônia, no qual a utilização do Hidrogênio Verde possibilitaria o atendimento às demandas dos “cinturões agrícolas” sem comprometimento econômico – gás natural nacional com valor historicamente alto e pouco competitivo – ou ambiental. A conversão em amônia facilitaria inclusive o transporte e distribuição deste Hidrogênio sem comprometer a sua capacidade energética, características que têm estimulado a implantação de projetos nacionais direcionados a esse setor do mercado.
As alternativas aqui apresentadas são apenas uma parcela das utilizações potenciais desse novo vetor energético, demonstrando a sua versatilidade e relevância como instrumento no crescimento econômico nacional. Assim, admite-se que o presente do Hidrogênio Verde ainda reserva muitas descobertas, mas já se tornou impossível não o aceitar como parte indispensável do futuro do setor energético brasileiro.
As decisões com maior potencial de repercussão pressupõem uma escolha difícil, em que não há uma solução óbvia e consensual, mas caminhos a serem eleitos por quem esteja na posição de decidir. Essa dificuldade aumenta quando ainda não existe um conjunto de normas a orientar os comportamentos recomendados, os objetivos almejados e as condutas proibidas. Esse é um dos principais desafios na consolidação do Brasil como uma potência no campo do Hidrogênio Verde; entender como regular esse novo ativo significa formalizar decisões difíceis, mas indispensáveis ao sucesso dessa empreitada energética.
Buscando cooperar na solução desse obstáculo, diversos atores dos setores privado e público têm desempenhado um intenso papel nos debates para a construção de um “Plano Nacional para o Hidrogênio Verde”, ou seja, as normas que incentivarão e regulamentarão as etapas produtivas e o objetivos a elas correspondentes. Um dos fatores que tem pautado o debate legislativo é a recente aprovação pelo Parlamento Europeu do arcabouço de normas para o Hidrogênio Verde, marco legal que detalha os parâmetros mínimos de exigência deste material, as condições de importação e exportação, e as ferramentas econômicas à disposição nesse novo segmento comercial.
Considerando que a Europa é um dos principais consumidores em potencial para a produção nacional, torna-se importante que as normas aqui construídas não destoem, ao menos na essência, das regras atinentes ao mercado europeu, a fim de não inviabilizar futuras transações comerciais. Com o objetivo de fornecer os materiais necessários à construção legislativa dessas normas para cenário brasileiro, foi constituída pelo Senado Federal uma “Comissão Especial para o Hidrogênio Verde (CEHV)”, objetivando o contato e difusão das experiências locais e internacionais com essa fonte energética, bem como o diálogo com as referências técnicas no segmento para a obtenção dos estudos de maior relevância no campo.
No compromisso mais recente dessa Comissão, em Audiência Pública realizada no Porto do Pecém no Estado do Ceará, o Senador Cid Gomes, que preside a Comissão, destacou os esforços de membros do Legislativo e do Executivo para que em tempo hábil possam elaborar a base de normas que será utilizada nos projetos e investimentos para a produção e comercialização do Hidrogênio Verde. Ainda nessa oportunidade, destacou-se a existência de projetos legislativos afins, como o PL 725/2022, de relatoria do Ex-Senador Jean Paul Patres, atual presidente da Petrobrás.
Neste Projeto de Lei, busca-se a inserção do Hidrogênio na política energética nacional, promovendo alterações nas Leis Federais nº 9.478/97 e nº 9.847/99, que disciplinam o setor de combustíveis no Brasil, visando à transição para uma econômica de baixo carbono e ao incentivo à produção em bases competitivas e sustentáveis. Esse PL também ingressa em pontos essenciais à atividade de produção e comercialização dessa fonte energética, como a conceituação do que seria o “Hidrogênio Sustentável”, os órgãos responsáveis pela fiscalização do segmento e os percentuais mínimos exigidos no setor de abastecimento.
No entanto, ainda que projetos como esse representem um avanço na materialização do debate, a efetivação do Hidrogênio Verde demanda a consolidação de normas que promovam verdadeira segurança jurídica para aqueles envolvidos nesse empreendimento ascendente. Assim, esforços como os aqui mencionados devem ser acompanhados e incentivados para que não haja um prejudicial descompasso entre a legislação vindoura e as necessidades desse campo econômico.
Ao expressar o objetivo de apresentar um verdadeiro “Plano Nacional do Hidrogênio Verde” ainda no ano de 2023, e a entrega dos projetos de lei correspondentes no primeiro semestre de 2024, o Presidente da Comissão Especial do Hidrogênio Verde pôs em palavras e datas a urgência que esse setor exige. Apenas reconhecer a imponência do desafio não o soluciona e nem garante que todos compartilharão dessa urgência, mas os caminhos de maior recompensa exigem decisões difíceis. É esse, pois, o desafio legislativo posto.
Essa nova fonte energética não é um assunto que se pode esgotar em tão breves textos, e com certeza retornará em novos questionamentos e discussões, mas o encerramento desse ciclo de publicações deve ser voltar para uma questão interna: como está o Piauí nessa corrida pelo desenvolvimento?
Considerando o estágio ainda inicial das discussões e investimentos específicos nessa fonte de energia, os Governos Estaduais têm buscado firmar memorandos de entendimentos e acordo comerciais com empresas e setores governamentais internacionais sobre potenciais investimentos para a produção e exportação desse Hidrogênio produzido de forma sustentável. O Piauí tem se consolidado como um dos expoentes nesse movimento, construindo fortes laços comerciais com grandes empresas do ramo e buscando parcerias que ajudem a desenvolver o Estado como um verdadeiro hub do Hidrogênio Verde.
Ciente da importância de utilizar esse estágio de desenvolvimento para demonstrar o interesse e capacidade de suprir as demandas da comunidade internacional – especialmente a União Europeia e as metas de redução na emissão de gases poluentes –, o Piauí tem apresentado aos consumidores em potencial as vantagens competitivas que possui, como a capacidade de aumento da produção energética, a forte presença de fontes renováveis de energia na sua matriz atual, e a configuração dos recursos naturais de que dispõe, no caso, a Energia Eólica e a Energia Solar.
O desenvolvimento do Estado como um dos polos de produção e exportação de Hidrogênio Verde e seus derivados – e.g. amônia verde–, dependerá em grande parte da confiança que o Piauí conseguir obter da comunidade internacional quanto à viabilidade da utilização de sua matriz energética rica em fontes sustentáveis para a implementação definitiva desse Hidrogênio limpo e essencial às metas de preservação.
Reconhece-se que esse processo demandará esforços contínuos e graduais, mas o privilégio de recursos naturais o Piauí já possui, bem como a implementação de projetos recentes que vão ao encontro dessa projeção internacional – e.g. o Terminal Portuário em Luís Correia, e a Zona de Processamento de Exportação do Piauí (ZPE) em Parnaíba. Resta acompanhar a concretização de um potencial energético que tem as credenciais necessárias para catapultar a capacidade econômica do Estado, e quem sabe transformar a história local, utilizando sol, vento, calor e rios de que o Piauí abundantemente dispõe.
Primeira grande mudança desde a década de 1960, a Reforma Tributária, que muda a forma de cobrança de impostos no país, foi aprovada nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados. O texto prevê que os tributos serão recolhidos no local onde as mercadorias e serviços foram consumidos e não onde foram produzidos, como é hoje, pondo fim à guerra fiscal entre estados, que dão benefícios fiscais para atrair investimentos.
Algumas mudanças também contemplam segmentos ou produtos específicos. A cesta básica, por exemplo, terá alíquota zerada. Outros produtos terão alíquota reduzida, como os relacionados à saúde menstrual (veja mais abaixo).
Uma mudança estrutural é o fim da chamada cumulatividade, quando os impostos vão sendo cobrados sobre os outros, o chamado efeito em cascata. Essa mudança introduzida na Reforma Tributária reduz o imposto na ponta e torna transparente para o consumidor quanto está sendo cobrado de tributos no que ele está comprando ou contratando, diretamente na nota fiscal.
A reforma vai unificar três impostos federais (IPI, PIS e Cofins), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS) em dois novos tributos: a CBS, de competência da União; e o IBS, para estados e municípios.
Usando alíquotas hipotéticas para uma garrafa de água mineral, o infográfico mostra que o imposto vai se acumulando ao longo da cadeia produtiva e como ficará quando o novo sistema tributário estiver em vigor. O consumidor saberá quanto pagará de imposto na nota fiscal. Hoje, somente o ICMS vem exposto na nota.
Veja no infográfico abaixo a diferença entre o sistema atual e o que vai vigorar quando a reforma for implementada, após aprovação no Senado.
IMPACTO PARA O CONSUMIDOR
Hoje, o consumidor não sabe quanto paga de impostos nos produtos, pois cada etapa da produção é tributada, e os impostos vão se acumulando ao longo da cadeia produtiva. Com a Reforma Tributária, haverá apenas dois impostos que não vão se acumular durante o processo produtivo.
FUSÃO DE TRIBUTOS
A reforma tributária vai unificar três impostos federais – IPI, PIS, Cofins – no novo CBS. O imposto estadual ICMS e o municipal ISS, por sua vez, serão unificados para criar o IBS.
ALÍQUOTA ÚNICA
Hoje, cada produto tem uma alíquota diferente, o que gera distorções: embora similares, bombom e wafer têm tributação distinta, assim como perfume e água de colônia. A reforma determina que todos os produtos deverão pagar a mesma alíquota de imposto. Haverá exceções pontuais para alguns itens, como os da cesta básica, que ficarão isentos, e cigarros e bebidas, que pagarão mais.
MPACTO NA INDÚSTRIA
Exemplo: fábrica de água mineral
Compra garrafas plásticas para envasar a água que extrai da fonte mineral. Nesta operação, paga IPI, PIS, Cofins e ICMS. Ao contratar serviços, como os de manutenção de maquinário, paga ISS, PIS e Cofins.
Novo modelo: pagará CBS e IBS tanto na compra da garrafa plástica quanto na contratação de serviços.
NÚMERO DE IMPOSTOS
Em cada etapa da produção, em vez de até cinco impostos, serão pagos apenas dois.
IMPOSTOS CUMULATIVOS
Hoje, a cada etapa da cadeia produtiva, as empresas pagam impostos que vão se acumulando. Para explicar como funciona a cumulatividade e como a tributação tende a ser menor em produtos industriais, usaremos valores hipotéticos de cada item e uma alíquota única exemplificativa de 20% para todas as etapas.
FIM DA CUMULATIVIDADE
Com a Reforma Tributária, as empresas vão poder descontar os impostos pagos nas etapas anteriores da cadeia de produção, acabando com a cobrança de tributos sobre tributos, o chamado imposto cascata.
Veja o que mudou na reta final:
O relator alterou o texto também para acrescentar novos setores no rol que terão redução das alíquotas do imposto.
Setores incluídos:
Close up of customer paying by credit card
Setores que já estavam:
O deputado modificou o trecho que trata dos serviços de transporte passíveis de redução da alíquota. Na versão anterior, Aguinaldo Ribeiro estabeleceu a possibilidade para os serviços de transporte público coletivo urbano, semiurbano ou metropolitano.
Foi aprovada uma ampliação disso para a redução da alíquota para “transporte coletivo rodoviário, ferroviário e hidroviário, de caráter urbano, semiurbano, metropolitano, intermunicipal e interestadual”.
A proposta prevê a criação de um Imposto Seletivo, de competência federal, sobre bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (como cigarros e bebidas alcoólicas). Isso será decidido no futuro.
Uma mudança feita nesta quinta-feira foi que o imposto seletivo seja aplicado ao bens que terão alíquotas reduzidas.
Outra novidade inserida nesta quinta foi a cobrança do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) de forma progressiva em razão do valor da herança ou da doação. O relator incluiu isenção do ITCMD sobre doações para para instituições sem fins lucrativos “com finalidade de relevância pública e social, inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades religiosas e institutos científicos e tecnológicos”.
Uma alteração feita de última hora permitiu que os estados criem um imposto sobre produtos primários e semielaborados, produzidos nos respectivos territórios, para investimento em obras de infraestrutura e habitação, em substituição a contribuição a fundos estaduais.
Foram incluídos dois novos setores no regime diferenciado de tributação: cooperativas e serviços de hotelaria, parques de diversão e parques temáticos, restaurantes e aviação regional.
Foi incluída a possibilidade de criação, por meio de lei complementar, do Fundo de Sustentabilidade e Diversificação Econômica do Amazonas. Será constituído e gerido com recursos da União. O objetivo é fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas no Amazonas.
O aplicativo Threads, da Meta, foi lançado no dia 5 de julho de 2023. Com apenas dias de uso, já agregou cerca de 30 milhões de usuários. A plataforma é parcialmente integrada ao Instagram e permite que usuários publiquem textos, fotos e vídeos, curtam, compartilhem e comentem posts de outros usuários.
Lançado em mais de 100 países, o Threads é a nova aposta de Mark Zuckerberg para desbancar o Twitter como um aplicativo de conversas públicas.
Threads é a nova rede social da Meta concorrente do Twitter, que permite aos usuários postar mensagens curtas que podem ser curtidas, compartilhadas e comentadas. A empresa define a rede social como uma plataforma de conversas de texto do Instagram.
Além disso, as pessoas têm a opção de seguir as mesmas contas que seguem no Instagram e podem responder a postagens públicas de forma semelhante ao Twitter. Os textos publicados na plataforma têm limite de 500 caracteres. Já fotos e vídeos podem ter até 5 minutos.
Com o lançamento do Threads, o Twitter enviou uma carta para a Meta na qual ameaça entrar com um processo judicial contra a empresa. A acusação é de que a Meta teve acesso aos segredos comerciais do Twitter, sua propriedade intelectual e ex-funcionários da rede de Elon Musk trabalham no Threads.
No entanto, a Meta afirma que não atuou na ilegalidade e que ninguém da equipe de engenharia do Threads é ex-funcionário do Twitter. Especialistas em leis de propriedade intelectual afirmam que as acusações precisam de mais informações do que somente acusações contra a Meta.
O Threads é um desejo antigo da Meta, que viu nas recentes polêmicas de Elon Musk no comando do Twitter uma oportunidade. Assim, o Thread vem para ocupar um lugar no mercado de redes sociais de texto e competir com a dominância do Twitter.
As vantagens do Threads são sua integração com o Instagram, de forma que diversos dados podem ser importados da plataforma de fotos, inclusive o selo de verificado. Além disso, você não “começa do zero”, no Threads, pois os seguidores do Instagram “migram” para a nova rede social.
As vantagens do Threads são sua integração com o Instagram, de forma que diversos dados podem ser importados da plataforma de fotos, inclusive o selo de verificado. Além disso, você não “começa do zero”, no Threads, pois os seguidores do Instagram “migram” para a nova rede social.
A integração com o Instagram também é interessante para quem quer compartilhar conteúdo entre redes sociais. É possível compartilhar postagens pelos Stories do Instagram e as conversas do Threads também aparecem nas mensagens diretas do Instagram.
O Threads opera com o compartilhamento, respostas, comentários e republicação de postagens de texto. Seus posts de texto podem ter até 500 caracteres, uma evolução aos 280 caracteres do Twitter, por exemplo. Além disso, a Meta trabalha para que as publicações do Threads possam ser conectadas a outras redes sociais, como o Mastodon.
O Threads ainda não conta com uma interface web, busca de postagens de outros perfis e mensagens privadas entre usuários. A plataforma também não possui os assuntos mais comentados do momento, hashtags, tags, possibilidade de salvar postagens ou opções de monetização. Também é impossível deletar a conta do Threads sem excluir o perfil no Instagram.
O Threads foi lançado sem diversas funcionalidades que ainda colocam o Twitter em frente à nova rede social da Meta.
O Twitter não vai acabar por causa do Threads. A empresa de Elon Musk é pioneira entre as redes sociais de textos, e conta com mais de 350 milhões de usuários. Para valor de comparação, a Meta ainda tem “só” 30 milhões de perfis ativos.
Além disso, o Twitter ainda conta com diversas funcionalidades muito interessantes, sem igual no mercado. Entre elas estão as “Top trends”, as hashtags, as tags, a possibilidade de pesquisar posts e uma boa interface de web. O Spaces, a área de salvamento de posts e as opções de monetização colocam o Twitter como dominante. A questão é saber até quando.
Para achar as Threads do Instagram, o usuário precisa pesquisar por “Threads, an Instagram app” na App Store ou Google Play Store.
Confira, a seguir, como fazer o download do aplicativo em cada uma das lojas de aplicativos.
Usuários podem usar o Threads para compartilhar, curtir, comentar e republicar postagens de texto de até 500 caracteres. Fotos e vídeos podem ter a duração máxima de 5 minutos. Será possível criar listas e decidir se o post será aberto para respostas do público ou se será restrito aos seguidores. Também é possível importar a bio do Instagram para o Threads.
Também será possível enviar fotos, vídeos, stories, mensagens, curtidas, comentários e reportagens para terceiros. Essa funcionalidade pode ser compartilhada com usuários do Threads e do Instagram. O Threads é utilizado de forma semelhante ao uso do Twitter.
O setor do agronegócio, apenas ele, representa cerca de 30% de toda a economia brasileira. É uma atividade globalizada, com negócios e transações que ultrapassam fronteiras, o que significa uma infinidade de possibilidades de atuação para diversos profissionais.
Com as mudanças tecnológicas e as demandas cada vez mais complexas do setor agro, é imprescindível contar com um advogado especializado em Direito do Agronegócio.
É um setor complexo, com legislações específicas e desafios jurídicos próprios que exigem constante atualização e profissionais especialistas, o que se torna um diferencial competitivo promissor para o mercado de trabalho em constante crescimento.
Esse profissional deve estar preparado para lidar com desafios jurídicos como contratos de arrendamento rural, financiamentos agrícolas, questões ambientais, regularização de propriedades e proteção de marcas. Tudo isso é muito relevante para garantir a segurança das operações no campo.
Por isso, a pós-graduação em Direito do Agronegócio Aplicado iCEV, realizada em parceria com a Associação dos Agraristas do Piauí (AAP), representa uma ótima oportunidade de aperfeiçoamento para profissionais do Direito.
“A Pós-Graduação em Direito do Agronegócio tem como diferencial uma aplicação prática ao setor da economia que mais contribui com o desenvolvimento do Brasil. O curso propiciará aos alunos uma robusta base teórica para aplicação em procedimentos comuns à realidade do advogado agrarista. A estratégia de ensino parte da teoria geral do Direito Agrário e do Agronegócio, indo à implicação jurídica em procedimentos realizados dentro e fora da porteira”, explica Rodrigo Pontes, coordenador da Pós em Direito do Agronegócio, advogado especialista em Direito Ambiental e do Agronegócio e presidente da Associação dos Agraristas do Piauí (AAP).
Networking com conexões reais
Profissionais com conhecimento prático de mercado
Verdadeiras aulas-experiência
Aulas um final de semana por mês
Metodologia inovadora em trilhas do conhecimento
Utilizamos uma metodologia inovadora, baseada em trilhas do conhecimento, que permite uma abordagem mais completa e aprofundada sobre o Direito do Agronegócio. Além disso, nossas aulas são verdadeiras experiências, estimulando o aprendizado prático e promovendo a troca de experiências entre os participantes.
Se você busca se destacar no mercado jurídico do Agronegócio, venha fazer sua pós-graduação no iCEV e tenha uma formação de qualidade aliada a um ambiente enriquecedor. Invista em seu futuro e seja um profissional preparado para os desafios e as oportunidades que o setor do Agronegócio oferece.
Com um time de professores incomparável e as melhores colocações na OAB, o curso de Direito iCEV vai muito além das disciplinas que estão previstas na grade curricular do curso. Um dos diferenciais do iCEV é entender as necessidades de mercado e trazer atividades, minicursos e palestras extracurriculares para agregar na formação prática do estudante.
O iCEV sempre traz convidados de peso para acrescentar na formação acadêmica dos futuros profissionais de Direito. Confira:
O minicurso, ministrado pelo expert no assunto Thiago Ibiapina, permitiu aos alunos mergulharem de cabeça no universo do Processo Judicial Eletrônico (PJe).
Eles aprenderam mais sobre esse sistema revolucionário. Thiago compartilhou conhecimentos valiosos, dicas e truques para dominar o PJe como um profissional experiente.
“Vocês têm o privilégio de estar numa faculdade preocupada com esse aspecto da formação de vocês, de ir além da grade curricular e se importar com a prática da profissão de vocês”, disse Thiago Ibiapina.
PJe é uma plataforma digital desenvolvida pelo CNJ que busca facilitar a consulta e o acompanhamento de processos judiciais.
A advogada Prhiscilla de Queiroz é especialista em licitações e contratações públicas e deu diversas dicas de como fazer uma gestão eficiente neste ramo jurídico.
“A Administração Pública é, sem dúvida, uma das maiores compradoras de bens e serviços. Afinal, com uma larga lista de entes públicos para manter, existe sempre a necessidade de adquirir desde materiais de escritório e uniformes, até a realização de reformas para a devida manutenção das instalações”, disse Prhiscilla.
Além das palestras e dos minicursos, a teoria e a prática no curso de Direito sempre andam juntas. Confira outros diferenciais do curso de Direito do iCEV:
Já imaginou participar de uma experiência de julgamento do STF? Essa é a proposta do Tribunal Constitucional Simulado iCEV, que tem objetivo de desenvolver habilidades de expressão, argumentação e comunicação dos alunos.
O iCEV periodicamente promove eventos de júri simulado, seja de casos do STF ou baseados em livros clássicos de filósofos jurídicos.
O iCEV quer formar líderes – por isso a grade curricular do Direito inclui, além das disciplinas comuns ao curso, matérias voltadas para despertar o talento para os negócios e as novas tecnologias, como “Empreendedorismo e inovação”, “Inteligência financeira” e “Gestão de Escritórios”.
O time de Direito iCEV tem ministra, juízes, procuradores, advogados de renome, pós-doutores, doutores e mestres. O estudante de Direito iCEV aprende as melhores práticas diretamente com profissionais com vasta expertise de mercado.
Em parceria com o Tribunal de Justiça do Piauí, o Núcleo de Práticas Jurídicas é espaço para aproximar a teoria aprendida em sala de aula e a realidade prática de um Juizado Especial Cível e Criminal.
Trapos e Fiapos fica localizada no povoado Santa Rita (Foto: Denise Nascimento)
Tecer fios, criar artes únicas e transformar vidas: essa é a missão da empresa piauiense “Trapos e Fiapos”, que é um exemplo de sucesso e sustentabilidade.
Localizada no povoado Santa Rita, zona rural de Teresina, a empresa tem o propósito claro: promover desenvolvimento econômico para a comunidade local, ao mesmo tempo em que preserva a essência ancestral da tecelagem e respeita a natureza ao seu redor.
A empresa é referência no segmento de tecelagem feita à mão (Foto: Denise Nascimento)
Com 42 anos de existência, a Trapos e Fiapos foi fundada pela visionária Tereza Melo. O que era apenas um sonho, tornou-se referência no segmento de tecelagem feita à mão, produzindo peças únicas como tapetes, pufes, almofadas, cortinas e bandôs.
“O trabalho aqui surgiu como uma necessidade da melhoria da qualidade de vida das pessoas deste local. Eu sou médica sanitarista e, ao invés de apenas dar receita e remédio, eu preferi promover uma ocupação e que a renda possibilitasse a essas pessoas o acesso aos bens de consumo. Ou seja, o tear começou como uma estratégia para melhorar a qualidade de vida das pessoas daqui”, explicou Tereza Melo.
O negócio é gerido por Tereza Melo e Nara Melo, mãe e filha (Foto: Denise Nascimento)
O negócio alavancou quando a filha de Tereza, Nara Melo, tomou para si a missão de administrar a Trapos junto à matriarca.
Com esse jeito inusitado, sustentável e criativo de ver o mundo através da arte do tear, a Trapos e Fiapos já alcançou mercados internacionais e agora inicia uma nova jornada rumo à consolidação do mercado global com ajuda do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) do Piauí, da ApexBrasil em parceira com o iCEV.
Trapos e Fiapos cria artes únicas (Foto: Denise Nascimento)
Seu Osvaldo e sua filha Rita de Cássia posando para o catálogo da Trapos e Fiapos com a peça que ele mesmo produziu (Foto: Reprodução)
Não é só existir por existir, é existir com um propósito. A empresa, que transformou a tecelagem em uma ferramenta de mudança social e econômica para a comunidade local, também mantém um ecossistema de respeito com a natureza.
Seu Osvaldo Dourado é artesão e há 35 anos trabalha com tecelagem na Trapos e Fiapos:
“Gosto muito de trabalhar com isso, principalmente quando termina e vê que o cliente ficou feliz, imaginar que uma peça dessas pode tá lá na Europa é uma felicidade total, ainda mais poder dizer ‘eu que fiz’”, diz o tecelão.
O modelo de negócios da Trapos e Fiapos chama atenção e é visto como referência para a ApexBrasil:
“O que vimos aqui é um caso de sucesso. A Trapos e Fiapos é tudo que o PEIEX busca de uma empresa. Isso aqui é vivido, é real. A dona Tereza e sua filha organizaram uma forma harmoniosa de viver com a terra, com a sua comunidade, sustentável, igualitária, mas com a rentabilidade necessária para que o negócio continue e prospere. Essa é uma solução que precisa ser mostrada para que as pessoas acreditem que é possível”, declarou
João Gabriel Solar, Gestor nacional do PEIEX-PI, em visita técnica à empresa durante o lançamento do núcleo do Programa no estado.
Superando as desigualdades sociais
Atualmente, há cerca de 20 pessoas trabalhando diretamente com as peças sustentáveis na comunidade da Trapos e Fiapos, ou seja, 20 famílias impactadas positivamente.
Mais de 20 famílias estão envolvidas diretamente com a produção da Trapos e Fiapos (Foto: Denise Nascimento)
“Sinto que minha missão está cumprida! Não há mais nenhuma casa de taipa como quando eu cheguei aqui. Todos os artesãos conseguiram formar seus filhos e filhas em faculdades e hoje são dentistas, advogados e muito mais”, explanou Tereza.
Toda a comunidade pode perceber a evolução na garantia de direitos e transformação social ao longo do tempo:
“Há 40 anos, as pessoas aqui não tinham carteira assinada, não recebiam uma diária inteira quando trabalhavam, as mulheres recebiam a metade que os homens, mas trabalhavam a mesma quantidade de horas. Hoje a realidade é outra, as coisas vêm se transformando ao longo dos anos”, explicou Nara Melo, que também afirma que todos os trabalhadores recebem participação nos lucros da empresa.
Por sua fibra, durável e resistente, a matéria-prima principal da tecelagem é a taboa, uma planta aquática facilmente encontrada em lagos e rios próximos à comunidade Santa Rita.
Tapetes são feitos de taboa e algodão (Foto: Reprodução)
A Trapos e Fiapos desenvolveu uma técnica pioneira na tecelagem, que foi adicionar algodão à taboa no processo da tecelagem.
“O trabalho de tapeçaria tem esse pensamento de sustentabilidade desde o começo, desde a colheita da fibra que é feita na lagoa, com muito respeito pra que oito meses depois a gente possa de novo colher. Essa fibra entra num processo de secagem, limpeza, tratamento, para ser a matéria-prima da nossa comunidade”, explicou Tereza Melo.
As peças são produzidas com um design contemporâneo, desenhadas pela própria fundadora da Trapos, que usa como inspiração o cotidiano, a natureza e as pessoas, mas sem perder a ancestralidade do uso da tecelagem.
A partir do sonho de nutrir e recuperar o solo, a Trapos e Fiapos busca novas possibilidades alinhadas ao propósito de ser sustentável. A implantação da Agrofloresta surge como uma colaboração com a natureza e a equipe da empresa.
A empresa presa pela sustentabilidade e responsabilidade social (Foto: Denise Nascimento)
Nesse espaço, cultivam mais de 53 tipos de plantas, que são alimentos para compartilhar com a comunidade e garantir que todos tenham acesso a uma alimentação orgânica. Além disso, a Trapos & Fiapos também cria abelhas sem ferrão e possui um tanque de peixes, integrando um ecossistema sustentável que recicla nutrientes.
Segundo Nara, “já temos algumas participações no mercado internacional, inclusive uma galeria que nos representa lá em Nova Iorque, mas o que nós buscamos junto ao PEIEX é uma constância no mercado internacional”.
(Foto: Reprodução)
Dona Tereza e Nara colecionam diversos prêmios nacionais e internacionais de design sustentável. O último foi no Salão de Gramado, considerado o Oscar do Design do Brasil, na categoria Design de Impacto Positivo.
“Aqui vocês têm um diferencial muito maior do que os prêmios nacionais. Existe um público muito grande lá fora que procura consumir exatamente produtos de negócios sociais, orgânicos, com design, com história e muito valor agregado”, afirma Rita Albuquerque, Coordenadora de Qualificação da ApexBrasil.
Rita Albuquerque, Coordenadora de Qualificação da ApexBrasil (Foto: Denise Nascimento)
O conceito de ESG (environmental, social and governance), que engloba as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança, está ganhando cada vez mais importância globalmente. O conceito vai muito além do âmbito corporativo, pois envolve tanto as práticas ambientais como sociais. A ideia é construir um futuro mais sustentável e resiliente.
Visita da comitiva ApexBrasil à Trapos e Fiapos (Foto: Denise Nascimento)
“Enquanto outras empresas estão se preparando para isso, aqui nós vivemos esses valores muito antes mesmo do termo existir. É a nossa prática e forma de trabalhar. Não estamos apenas preocupados com tapetes, mas sim com seres humanos, em que o tapete é apenas uma estratégia para melhorar a qualidade de vida”, explica Nara.
A Apex assume um papel ativo na promoção da igualdade de gênero, bem como na valorização do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade social corporativa:
“Aqui estamos testemunhando um resgate desses valores, especialmente no empoderamento das mulheres e no trabalho pela dignidade, valorizando-as. A Apex está adotando novas diretrizes para dar mais atenção às empresas lideradas por mulheres e às empresas com foco em ESG e impacto social”, afirma Rita Albuquerque, Coordenadora de Qualificação da ApexBrasil.
A parceria estratégica com a PEIEX está abrindo portas para a internacionalização da empresa, permitindo que suas criações únicas alcancem públicos ao redor do mundo.
“O PEIEX representa um sinal milagroso em nossas vidas, pois enfrentamos desafios para encontrar um mercado competitivo para produtos artesanais. O encantamento nos olhos dos estrangeiros ao observarem nossos produtos é o impulso que esperamos obter através do PEIEX para alcançar o sucesso”, diz Dona Tereza, a maior entusiasta para a exportação da sua marca.
Visita da comitiva ApexBrasil à Trapos e Fiapos (Foto: Denise Nascimento)
A equipe da ApexBrasil pôde conhecer de perto toda a equipe e a produção da Trapos e Fiapos na ocasião do lançamento do Núcleo do PEIEX-PI, em abril.
A Apex oferece qualificação gratuita e organiza toda a participação do Brasil em missões internacionais, sendo a qualificação um primeiro passo fundamental para isso, pois a partir dela, abre-se uma ampla rede de apoio.
Para Rayana Agrélio, coordenadora do Núcleo PEIEX-PI, há uma preocupação do Programa inclusive com a fase pós qualificação:
“A discussão sobre as ações pós-lançamento foi um tema amplamente debatido no conselho. Após o programa PEIEX, quais são as iniciativas que dependem, inclusive, de ações governamentais? Já temos a intenção de organizar missões do Piauí em feiras internacionais em 2024. O PEIEX é uma forma de ajudar a impulsionar o sucesso das empresas locais”.
Rayana Agrélio, coordenadora do Núcleo PEIEX-PI (Foto: Denise Nascimento)
A história da Trapos e Fiapos prova que é possível tecer um legado sustentável, levando a arte da tapeçaria do Piauí para o mundo. Com produtos únicos, socialmente responsáveis e carregados de propósito, a empresa inspira outras organizações a adotarem práticas semelhantes. A Trapos e Fiapos mostra que é possível alcançar o sucesso econômico, promover a transformação social e preservar a cultura e o meio ambiente ao mesmo tempo.
A metodologia Lean é uma forma de gerenciamento que tem como finalidade impedir desperdícios, seja de verba, mão de obra ou tempo, apenas fazendo uso de meios fundamentais para realizar de uma melhor forma uma certa tarefa ou um processo específico.
O conceito da metodologia Lean começou a ser usado em meados dos anos 1980 como Lean manufacture, que significa manufatura enxuta. Nessa época, a indústria japonesa já carregava a filosofia de ter uma produção de veículos otimizada.
Como exemplo, podemos citar a Toyota, que incorporou este método depois da 2ª Guerra Mundial. Mas antes de tudo isso, muitas das ideias que estão contidas nela dizem respeito a Frederick Taylor e aos seus conceitos de Administração Científica, em meados de 1910.
Durante os 50 anos seguintes, o Lean manufacture foi continuamente melhorado e desenvolvido por Lilian e Frank Gilbreth, Henry Ford e muitos outros. Após notarem o enorme sucesso no Japão, no final dos anos 70, vários empresários e consultores de produtividade dos Estados Unidos resolveram adotar o modelo.
Em meados dos anos 90 e no início do novo século, essa metodologia se espalhou por toda a Europa e Estados Unidos e até hoje é muito usada pela sua capacidade em gerar significativas melhorias aos que a adotam.
A metodologia Lean é uma abordagem de gestão que tem como finalidade a otimização de custos e conseguir tornar processos e procedimentos mais eficientes e produtivos, partindo de uma melhoria feita de maneira contínua e que tem em seu foco a entrega de valores.
A metodologia Lean, como foi mostrado primeiramente no modelo de produção enxuta da Toyota, é um trabalho realizado em equipe, o que gera potencialmente um grande diferencial em sua empresa. Com ele, ainda é possível livrar-se de planos de projetos empoeirados e gráficos estáticos.
A metodologia Lean tem adaptações de conceitos, por isso existem diferentes tipos de Lean. Porém, todos eles pertencem ao conceito da metodologia original, ou seja, são como braços de um corpo.
Veja quais são eles:
Ela é a que mais carrega a ideia original da metodologia Lean, tendo uma estratégia de manufatura enxuta que permite garantir uma operação de excelência, assim como no sistema de produção da Toyota.
Usado em ambientes de áreas administrativas e escritórios, a Lean office pode ser facilmente usada, para o modelo de home office, transformando o fluxo de valores em fluxo de informações.
Voltado para o setor de construção civil, a Lean construction tem como finalidade diminuição de prejuízos de uma construção, rapidez na entrega de uma obra e ainda a redução de custos.
Com foco na área da saúde, tem como finalidade a melhoria no atendimento de pacientes. Procura de forma contínua melhorar a participação de todos os funcionários nos processos da empresa e ainda busca diminuir desperdícios.
Este modelo tem um foco maior no processo empreendedor, como fazer testes constantes com o uso de MVPs e a otimização de vendas, por exemplo.
Com foco nas operações logísticas, a Lean logistic foca em reduzir custos, enxugar desperdícios e usa o Mapa do Fluxo de Valor, que consegue mostrar aos gestores quais as tarefas e atividades que geram um maior valor às operações.
A metodologia Lean auxilia no entendimento para identificar todos os desperdícios de uma forma mais clara. Antes de saber quais são eles, vamos te mostrar os cinco princípios em que o pensamento enxuto se baseia:
As ações da metodologia Lean têm uma base na redução de sete desperdícios principalmente. Saiba quais são:
Movimentação: movimentações desnecessárias de uma equipe desgastam o fluxo de trabalho e ainda podem gerar transtornos maiores, como atrasos de reuniões e prazos.
Falta de qualidade: trabalhos realizados de forma incorreta, que podem ocasionar defeitos e inconsistências.
Transporte: ao transportar materiais e produtos para locais sem uma preparação prévia e um mapeamento, insumos como tempo, dinheiro, energia e os próprios produtos podem ser pedidos no caminho.
Estoque: o excesso de materiais que ocupam um espaço e podem levar a gastos maiores como aluguéis, manutenção do espaço e mão de obra.
Processos desnecessários: não é preciso falar os problemas que são acarretados ao perder tempo realizando atividades redundantes, como revisões excessivas.
Espera: sem a otimização de tempo em processos como documentação, atendimento e seleção de materiais, pode haber transtornos no fluxo de trabalho e também na produtividade dos trabalhadores.
Superprodução: assim como é importante ter um controle no estoque, também é importante ter um controle sobre a produção, produzindo apenas aquilo que for necessário, não gerando excessos.
O principal objetivo da metodologia Lean é a dedicação máxima para entregar o melhor para o cliente em menos tempo, tendo como base vários indicadores importantes. Ou seja, a junção de alta qualidade e prazo reduzido.
De acordo com a Escola DNC, isso ajuda a entender se alguma ação está indo no caminho definido para atingir os objetivos.
A implementação de um pensamento com mais foco e específico é algo que exige muito planejamento, mente aberta e esforço de todo o time. É necessário fazer o mapeamento de todas as etapas do processo e das tarefas para poder fazer a identificação de pontos que são causadores de desperdícios e assim poder melhorá-los.
Todos os tipos de implementação de modelos e metodologias precisam primeiramente serem estudadas. E mesmo que o seu plano de negócios tenha sido embasado por longos períodos de muita pesquisa, nesta etapa tudo é teoria.
É muito importante listar todos os pontos da sua empresa, sejam positivos ou negativos, pois é conhecendo o negócio que você conseguirá entender qual é a melhor adaptação.
A metodologia Lean foi criada para oferecer um alinhamento dos funcionários sobre os produtos, ajudando assim o time e permitindo uma visão mais ampla e clara da solução de problemas.
Ela também permite a promoção de um alinhamento em torno de um objetivo que seja comum em todas as áreas.
Determinar suas metas e definir de forma clara a sua estratégia é, geralmente, uma etapa que é deixada de lado em pequenas empresas. Porém é isso que deixará evidente qual o processo necessário para que os pontos positivos da empresa sejam destacados e os objetivos sejam alcançados.
Por exemplo: se uma empresa deseja se organizar financeiramente, é necessário estabelecer um planejamento financeiro, controlar o fluxo de caixa, registrar e monitorar suas transações financeiras e avaliar seus resultados financeiros regularmente.
Use todos os recursos que estão a sua disposição para estar sempre se atualizando e aprendendo cada vez mais sobre o seu negócio e seu público-alvo. A metodologia Lean em qualquer setor te ajudará também a estudar e aprender tudo o que for necessário para alavancar o seu negócio. Assim, você poderá aprender sobre ele de forma prática.
Com a metodologia Lean, você poderá aplicar as ferramentas na sua rotina diária. A versatilidade e a capacidade de adaptação é o que torna esta metodologia mais acolhedora. Podemos citar ferramentas como Trello, Notion, Google Agenda, Google Keep.
A implementação da metodologia Lean resultará em uma transformação da rotina do seu negócio e do ambiente de trabalho. Consequentemente, irá impactar de forma positiva os resultados da empresa
Confira alguns dos muitos benefícios:
A metodologia Lean faz o uso de métodos que gerenciam de forma eficiente e ainda conseguem promover processos que são executados de maneira detalhada. Há uma redução de desperdícios em todos os processos e departamentos da empresa.
Em geral, há redução do estoque de matérias-primas e de produtos já prontos, pois excessos são transformados em desperdícios, exatamente o que aqui é evitado. E ainda, a equipe se torna mais produtiva e os prazos são cumpridos de forma mais segura.
Por fim, o uso do 5S irá contribuir para o aumento da visibilidade das tarefas, fluxo de trabalho padrão e melhoria da produtividade. Os 5S são os seguintes, originalmente em japonês:
A metodologia Lean beneficia não só a empresa, mas também seus colaboradores. Com os processos mais bem definidos, as equipes têm uma visão mais ampla e estratégica das suas funções e consegue atingir seus objetivos com mais assertividade.
Técnicas que melhoram o gerenciamento de projetos, como o Lean, beneficiam também a saúde mental no ambiente de trabalho, ajudando a evitar qualquer tipo de estresse.
Como foi dito anteriormente, os processos serão enxutos e os materiais só serão produzidos sob demanda, reduzindo custos. Assim, a tendência é de aumento dos lucros, o que é essencial para qualquer empresa.
Na metodologia Lean, sempre será usado o conceito just-in-time, que determina que o processo de produção e a produção devem ser traçadas sempre pela demanda. É possível usar várias ferramentas como o Mapa A3, Kaban e programa 5S para atingir esses objetivos.
É importante destacar também que mesmo que a metodologia Lean tenha nascido na indústria, ela poderá ser aplicada em qualquer outra área.
Agora que você já sabe tanto sobre a metodologia Lean, entenda quais os três pilares do Lean.
Processo contínuo de interação com o consumidor, o customer development tem como foco o teste e a validação de suas hipóteses sobre o cliente, mercado e produtos, sempre englobando pesquisas qualitativas e quantitativas.
Ou seja, é muito importante estar sempre disposto a ouvir seus clientes a fim de entendê-lo de forma verdadeira. Não existe um espaço para achar que entende ou sabe o que o consumidor precisa sem antes ouvir o que ele tem a dizer.
Por isso, esse pilar é fundamental para ter empatia e poder se colocar no lugar do outro para poder germinar uma compreensão profunda.
XP e Scrum são metodologias que podem ser aplicadas e que são de grande ajuda para a administração e gestão de projetos do cotidiano. Aqui é possível aumentar a velocidade de aprendizado usando os feedbacks dos clientes e usuários.
Diferente de muitas outras metodologias, o Lean oferece recursos que podem ser inteiramente gratuitos, o que é ideal principalmente para as empresas que ainda estão começando. Por isso ela também se destaca neste pilar.
Em conclusão, a metodologia Lean tem se mostrado uma abordagem altamente eficaz para aprimorar a eficiência e a qualidade dos processos de negócios. Ao adotar uma mentalidade enxuta, as empresas são capazes de reduzir o desperdício, identificar problemas com mais rapidez e tomar medidas proativas para melhorar seus fluxos de trabalho.
Além disso, a metodologia Lean incentiva a colaboração, a inovação e a experimentação, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças do mercado e mantenham sua competitividade a longo prazo.
Através do uso de ferramentas como o mapeamento de fluxo de valor e o kanban, as empresas podem identificar áreas de melhoria e implementar mudanças significativas em seus processos de negócios.
Em um mundo onde a mudança é constante e a eficiência é essencial, a metodologia Lean é uma abordagem valiosa para qualquer empresa que busque melhorar sua produtividade e desempenho.
Ao adotar a mentalidade enxuta, as empresas podem criar uma cultura de melhoria contínua, impulsionando a inovação e aprimorando sua capacidade de oferecer valor aos seus clientes.
Você já ouviu falar sobre Proteção de Dados e Direito Digital? Basicamente são ramos do Direito, criados para regulamentar as relações no mundo digital, isso porque o direito digital está cada vez mais presente no dia a dia. Assim, a partir dessa ideia vamos traçar um conceito e buscar entender a Lei Geral de Proteção de Dados.
Nesse sentido, você sabe como funciona essa lei na prática e se existe ou não responsabilidade do profissional que atua em desacordo com as normas estabelecidas? Continue a leitura e descubra mais sobre este assunto!
Vejamos, o direito digital surgiu com o intuito de regulamentar as relações do ambiente virtual, sabia? Como dito anteriormente, o mundo sofre constantes evoluções, isto é, estamos em constante transformação e junto com esse progresso surge a necessidade de regulamentar o ambiente digital e desenvolver regras e normas para contribuir com o desenvolvimento das relações e evitar assim práticas que podem ser lesivas.
Diga-se, de passagem, que a transformação do direito digital está em curso e a Lei Geral de Proteção de Dados entra no sentido de tentar solucionar os problemas ligados à proteção do indivíduo nas redes. Hoje, o mercado necessita se adaptar a essa nova realidade da era digital.
Então, é possível dizer que o mercado digital se torna naturalmente uma excelente área para os profissionais do direito que desejam atuar diretamente nessa área, que vem crescendo constantemente.
Como já mencionado, percebemos que as empresas estão cada vez mais migrando para o digital de modo a se adaptar a essa nova era. Na medida em que as empresas começam a migrar para o mercado digital surge a necessidade de regulamentar e fiscalizar essas relações, bem como surge a possibilidade de atuação.
Sabe-se que, existe a prática de crimes cibernéticos que são indivíduos que por meio do computador utilizam recursos ilegais para desenvolver e executar meios de fraudes pela internet.
A exemplo, temos a falsificação de identidade por meio de dados pessoais que são roubados e utilizados para aplicar golpes e o roubo de dados financeiros como acesso a contas de pagamento.
Você pode até não acreditar, mas o direito digital vem se consolidando como um área em crescimento no mercado jurídico. É como se o mercado exigisse profissionais que atuassem diretamente nesta área.
Então, com o vazamento de dados pessoais surge a necessidade de danos morais e indenização ao indivíduo pela violação de seus dados. Assim, o profissional que atua no direito digital trabalha no sentido de regulamentar a relação entre contratante e contratado.
Ademais, existem vários tipos de serviços que esse profissional pode realizar, podemos citar:
Na situação narrada é possível dizer que esse profissional vai buscar formalizar contratos e acordos com os clientes, prestar consultoria a empresas e orientar como a empresa deve guardar esses dados para não acontecer vazamentos de informações.
Podemos dizer que atualmente existe uma demanda grande de empresas que procuram profissionais especializados na área e que necessitam de contratos estratégicos que visem contemplar questões relacionadas a dados pessoais e direito de imagem.
Imagine que você deseja investir nessa área, é necessário então buscar se atualizar sobre o ramo digital e ter uma base sobre informática. Isso porque, o conhecimento em tecnologia enriquece e contribui para uma boa atuação do profissional acerca das interpretações das leis e normas possibilitando o desenvolvimento de teses jurídicas e análise de contratos.
Apesar de já ter comentado sobre o assunto no tópico anterior, vamos às definições mais claras. A Lei Geral de Proteção de Dados surge com a finalidade de preservar os direitos fundamentais. O termo “proteção de dados” diz respeito ao método de proteger dados relevantes e que não podem ser perdidos ou corrompidos.
O interessante é que a LGPD foi criada em 2018 e entrou em vigor somente em 2021, com foco no cenário atual de promover a preservação de dados pessoais de todo mundo.
É importante dizer que conforme dispõe a Lei nº 13.709/2018 é fundamental regulamentar o tratamento de dados pessoais nos meios digitais, com o intuito de proteger os direitos fundamentais da privacidade, livre desenvolvimento da personalidade natural e liberdade.
Vejamos, é certo que a LGPD é um instrumento importante para a proteção de usuários do digital e favorece os indivíduos e as empresas. Apesar disso, é necessário dizer que a LGPD é uma lei nacional e versa somente sobre a proteção de dados em território nacional.
É importante ressaltar, porém, que empresas internacionais que têm sede no Brasil devem se adequar a LGPD, pois toda operação que contenha dados pessoais devem se adequar a norma.
Nesse sentido, são considerados alguns dados pessoais:
Como consequência, dados como vida pessoal do indivíduo são encarados como dados sensíveis, pois são dados que versam sobre questões particulares de cada um e não podem ser divulgados sem o consentimento do titular.
Com a proteção de dados pessoais o usuário pode escolher não compartilhar e não ter seus dados pessoais compartilhados e divulgados. Algo importante é passar segurança com a organização e o armazenamento de dados pessoais com o intuito de ganhar a confiança do indivíduo, pois o vazamento de informações geram enormes prejuízos.
Agora que já sabemos o significado de Direito Digital e LGPD, vamos falar sobre meios de proteger esses dados. Assim, situações decorrentes de vazamento de dados não são casos raros, considerando, que dados pessoais são qualquer tipo de informações que podem ser utilizadas para identificar uma pessoa. Certo?
Desta forma, é indispensável o consentimento do cliente e o seu interesse legítimo em fornecer seus dados para a finalidade que a empresa propõe. Invista em tecnologia, faça a adoção de backups frequentes, armazene as cópias em servidores e tenha o controle de acesso se o seu ramo de atuação lida com dados importantes.
Então vamos prever a seguinte situação na qual um cliente procura uma determinada empresa para fechar um contrato de serviço e aceita receber e-mails e informações sobre promoções da empresa no seu e-mail pessoal. Desta maneira, podemos afirmar que o cliente consentiu fornecer suas informações.
Como explicado, toda empresa, setor ou escritório que utilizam dados pessoais estão sujeitos às normas da legislação digital. É necessário compreender que os dados só podem ser utilizados para a finalidade informada e pretendida cabe a empresa deixar claro como estão sendo manuseados esses dados.
Seguindo a mesma lógica, é necessário colher somente informações que sejam realmente necessárias. Ademais, à medida que os usuários estão migrando seus dados para a internet com abertura de contas digitais, investimos digitais, redes sociais e cadastro em lojas virtuais são necessários buscar soluções para proteger essas informações.
Caso a LGPD não seja cumprida a empresa poderá sofrer sanções que vão deste a uma simples advertência a uma proibição total ou parcial de suas atividades. Então a LGPD serve somente para servir como base para aplicações de sanções? Claro que não! A nova legislação veio para proteger, regulamentar e evitar o vazamento de informações.
Agora que você já entendeu mais sobre o assunto, conclui-se que a finalidade da lei LGPD é possibilitar a proteção de bens jurídicos como o direito à privacidade. Logo, o profissional que deseja atuar nessa área deve se especializar e se manter atualizado.
Dando continuidade, observa-se que o número de demandas de vazamento de dados estão aumentando no judiciário. No entanto, podemos verificar que ainda existem poucos profissionais especializados na área.
Por fim, para diminuir casos de vazamento de dados é necessário respeitar o direito pessoal de cada um, sempre estando de acordo com as normas estabelecidas pela LGPD e outras leis que podem ser aplicadas de forma subsidiária.
A Stability AI ficou famosa nos últimos meses com o Stable Diffusion, modelo de geração de imagens com inteligência artificial. Agora, ela vai partir para o campo da escrita. A empresa anunciou uma alternativa ao ChatGPT chamada StableLM, com código aberto.
O StableLM gera texto prevendo qual o próximo token, como é chamado o fragmento de palavra. A sequência começa com uma informação fornecida por um ser humano.
O funcionamento é bem parecido com o GPT-4, modelo grande de linguagem (LLM, na sigla em inglês) que serve de base para o ChatGPT.
“Modelos de linguagem formarão a espinha dorsal da nossa economia digital, e queremos que todo mundo possa opinar nesses projetos”, diz a Stability AI no blog post anunciando a novidade. “Modelos como o StableLM demonstram nosso compromisso com tecnologias de inteligência artificial transparentes, acessíveis e solidárias.”
Por enquanto, o StableLM está em fase alpha. Ele foi disponibilizado no GitHub, nos tamanhos de 3 bilhões e 7 bilhões de parâmetros. A Stability AI promete que os modelos de 15 bilhões e 65 bilhões de parâmetros serão liberados em breve.
Os parâmetros são variáveis que um modelo usa para aprender a partir dos dados de treinamento. Números menores significam que os modelos podem ser mais eficientes, podendo rodar localmente em notebooks ou smartphones.
Por outro lado, eles precisam de projetos mais elaborados para conseguir entregar bons resultados usando menos recursos.
O StableLM é mais um dos modelos grandes de linguagem a prometer desempenho próximo ao do GPT-3, da OpenAI, com número menor de parâmetros — o GPT-3 usa 175 bilhões.
Outros são o LLaMA, da Meta; o Alpaca, de Stanford; o Dolly 2.0; e o Cerebras-GPT.
Os modelos foram disponibilizados sob a licença Creative Commons BY-SA-4.0. Isso significa que projetos derivados devem dar créditos ao autor original e ser compartilhados usando a mesma licença.
Por enquanto, é possível testar uma versão do modelo de 7 bilhões de parâmetros já customizada para chatbots no Hugging Face.
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Telefone: (86) 3133-7070 - E-mail: contato.icev@somosicev.com