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09 fev
Piauí é o maior exportador de mel do país, com 7 mil toneladas do produto

O Piauí se consagra como o maior exportador de mel do Brasil. No ano passado, o Estado exportou 7 mil toneladas do produto, obtendo U$ 26 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A produção de mel cresceu mais de 100 vezes nos últimos dezoito anos, de acordo com o IBGE.

O município de Oeiras é o principal polo exportador de mel, com a participação de cerca de 4.500 toneladas do produto, com faturamento de R$ 89 milhões. O segundo lugar é ocupado pelo município de Picos que, no ano passado, exportou cerca de 1.800 toneladas de mel, o que resultou em quase R$ 36 milhões em vendas. O terceiro município piauiense na exportação de mel é Simplício Mendes, que conseguiu comercializar cerca de 130 mil quilos para outros países, movimentando quase R$2,5 milhões.

A cadeia produtiva do mel se estende por outras regiões do Estado por meio de cooperativas, como a do Vale do Rio Piracuruca, localizada na zona rural de Piracuruca, que recebeu o Selo de Inspeção Federal (SIF) em abril do ano passado.

Os dados do IBGE sobre o valor da produção piauiense de mel nos últimos 18 anos são capazes de comprovar parte dessa história. Em 1994, o estado produziu o equivalente a R$ 953 mil (R$ 180 mil dólares). Até o final da década de 1990 houve um crescimento anual contínuo, mas muito baixo. No início dos anos 2000, o valor produzido dobra, chegando a R$ 13,5 milhões em 2003 e depois se mantém até haver um novo grande impulso na década de 2010 e começo da de 2020, quando atinge R$ 99,4 milhões em 2021, o equivalente a R$ 19,8 milhões de dólares. Portanto, entre 1994 e 2021, a produção do mel cresceu mais de 100 vezes.

 

Se esses números conseguem descrever parte da ascensão da produção de mel piauiense, a história completa só pode ser contada por meio da história de muitas pessoas. Foi e continua sendo necessário o envolvimento de muitos indivíduos, empresas e instituições para que o produto piauiense continue gerando resultados.

Desafios para o futuro

Apesar de a produção de mel nos últimos cinco anos ter tido um crescimento forte no Piauí, os atores que fazem parte da cadeia apontam dificuldades que devem ser superadas. Para os pequenos produtores, o desafio mais antigo que se perpetua é a falta de capital de giro. José de Anchieta Moura destaca que esse problema acaba reduzindo as receitas das cooperativas, que não podem cobrar taxas que seriam mais adequadas para a sua manutenção.

Além disso, facilitam a ação de atravessadores que são muito prejudiciais para a agricultura familiar. Essa realidade prejudica, inclusive, a constatação de dados mais reais sobre a produção e exportação de mel piauiense. Especialistas acreditam que a apicultura gera muito mais recursos do que as estatísticas oficiais apontam, mas que parte do que é produzido e vendido para o exterior vai para os dados de outros estados.

 

Outro desafio para os produtores piauienses, segundo Mercês Dias, é a alta concorrência internacional do produto. Países tradicionais no setor como Argentina e China estão muito acima do Brasil e há outras nações que passam a figurar entre os principais exportadores. Além disso, alguns países importadores estão começando a produzir o próprio mel internamente.

Com dados da Cidade Verde e Piauí Negócios 

05 jan
5 tendências de negócios para ficar de olho em 2023

As “business trends” tendem a impactar o funcionamento de diversos setores e negligenciá-las pode impactar no nível de inovação e competitividade de qualquer negócio.

Todo ano muito empreendedores podem se perguntas: o que o próximo ano reserva para os negócios? Mesmo em meio a um cenário repleto de incertezas políticas e socioeconômicas, já há indícios de quais serão as maiores tendências em 2023, ao menos no setor empresarial.

Não é novidade que consultorias e profissionais em todo o mundo dedicam tempo e esforço para descobrir nuances comportamentais e novas iniciativas transformadoras – Bernard Marr, é um desses profissionais.

Autor best-seller e referência mundial em futurismo, ele compartilhou recentemente algumas tendências que em certo grau, já vivenciamos atualmente mas que tendem a se fortalecer em um futuro próximo.

Com a necessidade cada vez maior de estabelecer uma conexão profunda com o cliente, entender o que estará em alta em 2023 pode prepará-lo para incrementar o customer experience e refinar a proposta de valor da sua solução, aumentando as vendas.

Quais são as maiores tendências de negócios para 2023? 

Toda pesquisa de mercado, inclui metodologias que buscam responder a uma pergunta simples mas ambiciosa: o que vem a seguir?

Muitas empresas têm a tendência de focar somente no presente, mas esse pode ser um erro fatal, afinal, o que trouxe sua empresa até aqui, dificilmente a fará avançar. Por isso, olhar para o futuro é tão importante, permite que os tomadores de decisão sejam capazes de entender o contexto, olhar para o negócio e então, “arrumar a casa”.

Ao analisar o mercado, Marr chegou a 5 tendências emergentes de negócios que farão parte de 2023. São elas:

  1. Transformação digital acelerada
  2. Segurança no supply chain e busca por autossuficiência
  3. Ascensão do ESG
  4. Experiência imersiva do cliente
  5. As novas habilidades do trabalho e a corrida por talentos

A seguir, falamos mais detalhadamente sobre cada uma, como também, suas respectivas implicações. Ao que tudo indica, novas tecnologiassustentabilidade e diferentes perspectivas laborais, são alguns dos temas que prometem impactar o setor empresarial no próximo ano.

#1 – Transformação digital acelerada

Sem dúvida, você já ouviu falar sobre Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Realidade Virtual e Aumentada, Cloud Computing, Blockchain, 5G. De acordo com Marr, elas continuarão liderando transformações em todos os âmbitos, construindo um futuro cada vez mais digital e conectado.

De acordo com a WGSN, haverá cerca de 29 bilhões de dispositivos conectados nos próximos anos, e 75% da população mundial acessando a internet.

Por isso, além de  impactar decisões estratégicas e até reinventar modelos de negócios, essas tecnologias emergentes estão sustentando novas concepções a respeito da relação entre on off – nesse mundo conectado, naturalmente, o desejo por opções híbridas e experiências “phygitais” aumenta.

O trabalho híbrido, por exemplo, tende a ser o principal arranjo no futuro. Um estudo da Gallup apontou que cerca de 53% dos colaboradores desejam uma cultura híbrida, enquanto 24% esperam trabalhar totalmente remoto, o que indica que grande parte dos trabalhadores busca flexibilidade e maior autonomia.

Portanto, ferramentas que suportem o trabalho assíncrono, assim como a criação de políticas híbridas e tecnologias capazes de automatizar processos, devem estar entre as principais pautas para 2023.

Para tanto, é necessário entender que essas soluções se conectam entre si, e permitem que áreas e processos se integrem de maneiras mais eficientes, impulsionando toda a operação. Marr enfatiza esse impacto abrangente:

“Vendas e marketing mais eficazes, melhor atendimento ao cliente, cadeias de suprimentos mais eficientes, produtos e serviços mais alinhados às necessidades do cliente e processos de fabricação simplificados. Em 2023, as barreiras para acessá-los serão menores do que nunca.”

Bernard Marr, futurista

Ou seja, a transformação digital tende a impactar a indústria de ponta a ponta, e a sinergia entre diferentes soluções tecnológicas permite uma nova reconfiguração empresarial – formando empresas mais orientadas a dadosinovadoras inteligentes.

#2 – Segurança no supply chain e busca por autossuficiência

Durante a pandemia, vimos uma série de indústrias enfrentarem desafios em suas cadeias de suprimentos devido às paralisações que afetaram todo o mundo.

Atualmente, além da guerra na Ucrânia, acompanhamos instabilidades sociais e econômicas mundiais, o que mantém o cenário de incertezas. Por isso, é fundamental que as companhias elaborem um plano de ação estruturado, focado em aumentar a segurança e a autossuficiência em suas operações.

Com expectativas de crescimento moderado para 2023, o especilista indica que é preciso:

  • Reduzir a exposição a preços voláteis de mercado e commodities;
  • Criar medidas de proteção nas cadeias de suprimentos (se preparando para a escassez);
  • Diminuir o aumento dos custos logísticos.

Para tanto, mapear a cadeia de suprimentos será essencial para entender como incluir soluções tecnológicas. Um recente estudo da Gartner indica que nos próximos anos, as tecnologias digitais serão fortemente adotadas no supply chain, melhorando tomadas de decisão humanas e a operação em armazéns e centros de distribuição.

Até 2026, 75% das maiores companhias do mundo terão adotado alguma forma de robôs inteligentes de intralogística em suas operações de armazém – Amazon é um grande exemplo de como adotar essas tecnologias emergentes para automatizar processos e somá-los à força de trabalho humana.

Além de ter sido pioneira na entrega feita por drones, recentemente, lançou o robô móvel Proteus que ajuda levantar e mover carrinhos nos armazéns de maneira totalmente autônoma.

robo proteus da amazon
(Na imagem: robô Proteus da Amazon)
(Créditos: divulgação)

Do ponto de vista mais estratégico, espera-se que mais de 75% dos negócios utilizem inteligência artificial (IA), análises avançadas (AA), e ciência de dados em aplicativos de gerenciamento, a fim de melhorar o processo decisório. Por essa razão, é uma prioridade em diferentes indústrias.

Reforçando essa movimentação, Dwight Kappich, VP Analyst da Gartner, aponta que a solução para aumentar o leque de alternativas é a digitalização:

“Dado o ambiente volátil e disruptivo de hoje, as organizações da cadeia de suprimentos devem se tornar mais flexíveis, e a solução é a digitalização.”

Dwight Klappich , VP Analyst Gartner.

Lembre-se, tempos de incerteza, geralmente, são acompanhados de mais riscos e inflação, por isso é importante não ficar com a produção “rendida”, dependendo de um único fornecedor ou uma única solução, dependendo de fatores externos para operar.

#3 – Ascensão do ESG

Embora a pandemia tenha intensificado conversas sobre o tema e popularizando a área de ESG (governança ambiental, social e corporativa), a sigla surgiu em 2005 com o objetivo de garantir que as empresas continuassem crescendo, mas de modo sustentável – impactando a sociedade e o planeta com uma atuação menos danosa.

Desde então, a sustentabilidade se tornou mais e mais vital para grande parte dos consumidores e, segundo Marr, se manterá como uma prioridade não só em 2023 mas também nos próximos anos.

De acordo com a Mckinsey, as entradas em fundos sustentáveis aumentaram de US$ 5 bilhões em 2018 para mais de US$ 50 bilhões em 2020.

Na metade de 2022, os ativos sustentáveis ​​globais são de cerca de US$ 2,5 trilhões e em 2025, deve atrair US$ 53 tri em investimentos – um crescimento acelerado e consistente.

Apesar disso, as práticas ESG são subaproveitadas por muitas companhias. De acordo com uma pesquisa recente da Robert Half citada em um artigo da Exame, as principais barreiras vão desde a ausência de uma área dedicada ao tema 56%, a falta de apoio da liderança 37%.

Contudo, para ter sucesso com o ESG, é necessário entender que são práticas que suportam todo o funcionamento da companhia, ou seja, mesmo que existam lideranças especializadas ou mesmo áreas, o ESG não se restringe a elas, e deve ser uma mentalidade incorporada e praticada por toda a empresa:

“Chamamos essas organizações de “empresas voltadas para o futuro”. Eles tornam o ESG intrínseco à sua estratégia, definindo, implementando e refinando um portfólio cuidadosamente construído de iniciativas ESG que se conectam ao núcleo do que fazem.”

Mckinsey

Portanto, o próximo ano será vital para colocar o seu negócio na vanguarda, tornando-se uma empresa do futuro.  Compreender o impacto causado e garantir que os processos ESG sejam colocadas em prática deve ser prioridade. Isso inclui manter relatórios de responsabilidade e transparência em dia, além de olhar minuciosamente para a cadeia de suprimentos, entendendo o impacto de maneira ampla.

plano de ação deve apresentar objetivos e prazos claros, estabelecendo uma comunicação clara e assertiva com a comunidade.

Além disso, é importante lembrar que o impacto não diz respeito somente a aspectos físicos – como lixos e exploração de recursos naturais. Provedores de serviços em nuvem por exemplo, também tem seu impacto, assim como muitos outros que podem ser desconsiderados.

Um relatório de 2020 citado em um white paper da WGSN, descobriu que 6 em cada 10 consumidores estavam prontos para mudar seu comportamento de compra com o objetivo de minimizar sua pegada ambiental, e conta cada vez mais com as empresas que consomem para atingir seus ideais sustentáveis.

Lembre-se, as empresas do futuro continuam igualmente competitivas e inovadores, mas tentam assumir desafios sustentáveis globais como parte inerente de suas soluções e proposta de valor, indo além das mudanças climáticas.

Leia também: Net Zero – as oportunidades por trás da sustentabilidade

#4 – Experiência imersiva do cliente

Recomendações e atendimento online são soluções que permitem uma relação entre marca e cliente mais íntima, afinal, além de contar com conhecimento prévio sobre o comportamento de compra, torna a empresa mais preparada para atender as expectativas do consumidor de maneira mais proativa e personalizada.

Contudo, o mercado está evoluindo e as palavras que irão estar mais presentes a partir de 2023 são: imersão interatividade.

Desde o momento em que o Facebook mudou o nome para “Meta” e anunciou que estaria evoluindo de uma empresa de mídia social para uma empresa do Metaverso, muitos de nós naturalmente passaram a relacioná-lo a empresas de tecnologia, contudo, o Metaverso vai muito além e já apresenta grandes oportunidades para o varejo.

Tokens digitalizados, NFTs e o dCommerce (comércio descentralizado), já estão emergindo não só como novas maneiras de impulsionar as compras como também, como estratégias capazes de acelerar o envolvimento com a marca, aumentando a fidelidade.

Os varejistas podem disponibilizar representações de roupas, jóias e acessórios, e a partir de tecnologias imersivas como realidade aumentada (AR), tornar a experiência de compra muito mais interativa.

A adoção de headsets de AR é um fator crucial para a popularização, e segundo projeções serão usados frequentemente por 75% da população global até 2025 – o que indica que o Metaverso veio para ficar e enquanto amadurece, grandes marcas já estão tentando desbravá-lo.

Além de ter lançado a Nikeland, a Nike comprou a marca de tênis digital TRKFT (Artifact Studios) em 2021. A empresa que foi fundada um ano antes chegou a arrecadar em apenas 7 minutos, cerca de US$3,1 milhões, vendendo 600 pares de tênis NFT criados em parceria com um popular artista de criptomoedas.

 o anúncio da compra da RTFKT pela Nike, Inc.
(Na imagem: o anúncio da compra da RTFKT pela Nike, Inc.)
(Créditos: divulgação / Nike)

Outra maneira de entrar no Metaverso é através do uso dos influenciadores virtuais. A empresária brasileira Bianca Andrade lançou recentemente seu avatar no Metaverso, a Pink. Junto com ela, a sua marca de maquiagem “Boca Rosa” ganha visibilidade e reconhecimento no novo ambiente.

bianca andrade, mais conhecida como boca rosa e seu avatar no metaverso, pink
bianca andrade, mais conhecida como boca rosa e seu avatar no metaverso, pink

Em suma, o Metaverso lançará produtos e se tornará um novo canal de comunicação, aquisição e distribuição em um futuro próximo, e contratar pessoas especializadas nessa nova fase da internet pode ser um passo essencial para sair a frente da concorrência, como afirma Marr:

“Marcas como Adobe e Adweek estão nomeando diretores de experiência (CXO) para garantir que ela seja um elemento fundamental da estratégia de negócios.”

Bernard Marr, futurista

#5 – As novas habilidades do trabalho e a corrida por talentos 

Enquanto o mundo se digitaliza, o mercado de trabalho também. De acordo com um estudo da Mckinsey, 85 milhões de empregos podem ser substituídos e 97 milhões podem passar a existir enquanto a divisão do trabalho entre humanos e máquinas se fortalece.

Nesse cenário, um relatório do Fórum Econômico Mundial chegou as 15 principais habilidades do futuro, que embora indiquem que as empresas devem focar no desenvolvimento de habilidades capazes de sustentar tecnológicas emergentes como inteligência de dados e IA, não devem abrir mão das people skills.

A medida que a automação ganha espaço, as soft skills tendem a aparecer como as habilidades mais importantes na hora da contratação, mas a capacidade interpessoal é somente um dos aspectos que irão fazer parte do futuro das contratações.

Com as empresas saindo de uma onda de pedidos de demissão em massa, o fenômeno quiet quitting, e ainda, novas dinâmicas do trabalho, em 2023, a busca por talentos promete se intensificar.

Uma pesquisa da Mckinsey indicou que uma forte reavaliação de prioridades, seguida por uma mudança de valores, muitos deixaram seus cargos para atuar em outros setores, oportunidades mais flexíveis ou começaram seus próprios empreendimentos.

Independente do caminho escolhido, encontra-se um padrão: para muitos, a carreira está sendo deixada em segundo plano, enquanto a busca por mais saúde e autonomia emergem com grande força.

Para não perder talentos, as companhias devem se concentrar na verdadeira causa das demissões, incorporando cultura da empresa aquilo que os funcionários estão valorizando – de modo que seja tangível no cotidiano.

A remuneração ainda é um fator importante, mas não mais determinante para fazer com que os funcionários fiquem. Isso porque as pessoas querem um tratamento mais humano e menos transacional.

Esse novo paradigma demanda uma abordagem mais social e emocional por parte das organizações, fazendo com que o employee experience seja um aspecto fundamental para a retenção de talentos.

Aproveitar as tendências de negócios pode se transformar em uma vantagem competitiva: 

O mundo dos negócios está em constante mudança, e atualmente, tecnologias emergentes estão no centro dessas transformações, impactando processos e operações em diferentes indústrias.

Empresas tradicionais ou aquelas que já nasceram digitais, devem focar em aproveitar as oportunidades que surgem dessas tendências,  visando potencializar a proposta de valor, incrementar a experiência do cliente e fomentar a inovação de forma contínua.

Para não perder a competitividade, é preciso olhar internamente, buscando por lacunas e possíveis alavancas de crescimento.

Como Bernard Marr constatou, 2023 será um ano de fortalecimento de tendências e novas reconfigurações de relacionamento – com o cliente e com o colaborador. Portanto, embora seja um exercício desafiador, é fundamental pensar a médio e longo prazo levando em consideração novas tecnologias e o comportamento de consumo para entender como seu negócio pode evoluir.

 

Publicado por G4 educação

02 jan
As 7 melhores ferramentas para criar dashboards online de sucesso

Utilizar boas ferramentas de dashboard permite que você tenha ainda mais eficiência no processo de decisão dos seus projetos. Nesse quesito, vale a pena contar com esse recurso para obter informações relevantes para as próximas etapas da sua estratégia, seja ela focada em marketing, seja em vendas, atendimento ou, até mesmo, para administrar um negócio.

(Foto: Freepik)

Esse tipo de cuidado é essencial na gestão de uma empresa, tendo em vista a importância de contar com uma rápida adaptação a mudanças no mercado. Assim, sua equipe se torna capaz de avaliar as condições atuais e desenvolver uma abordagem baseada em dados relevantes sobre sua audiência.

O que é um dashboard?

O dashboard é uma ferramenta que auxilia na visualização de dados e métricas importantes para a empresa. Por meio dele, é possível monitorar indicadores de maneira rápida para escolher os melhores caminhos para o seu estabelecimento.

Vetor de um homem apontando um dashboard de informações em gráficos gigante para uma mulher

Existem diferentes tipos de dashboard que podem ser usados no dia a dia do negócio. Por exemplo, os estratégicos são usados pelo alto escalão da empresa e são úteis para o planejamento de longo prazo.

Já o tático é importante para o médio prazo e deve conter um detalhamento maior. Outro dashboard possível é o operacional, que deve ser atualizado em tempo real para entender os erros e corrigi-los com agilidade.

Vale destacar que o dashboard pode gerar diversos benefícios para o cotidiano da empresa, ajudando a alcançar resultados melhores e as metas do negócio. A seguir, explicamos mais sobre os motivos para criar dashboards e usá-los no planejamento.

Por que usar um dashboard?

Como você já conhece o que é essa ferramenta e qual a sua importância na hora de comandar uma empresa ou projeto, vale a pena entender de que maneiras ele pode ser utilizado para dar suporte aos líderes ou demais membros do seu time.

Melhora a tomada de decisão

Ao dispor de um dashboard, sua equipe tem acesso a um recurso simples, prático e capaz de centralizar as informações mais importantes acerca do projeto em questão. Isso facilita a visualização e a compreensão das condições atuais enfrentadas — sejam elas ligadas aos aspectos internos, sejam relacionadas com questões externas à empresa.

Isso significa que você pode incluir em seu dashboard todas as variáveis que considerar relevantes e que estão ligadas de maneira direta ou indireta a suas decisões, tais como:

  • indicadores;
  • investimentos realizados;
  • KPIs ligados ao projeto;
  • prazos de execução das tarefas;
  • estoque disponível;
  • recursos que podem ser utilizados, entre outros aspectos.

Oferece transparência nos dados

No processo de gestão, é fundamental que todos os líderes compartilhem com seus colegas o acesso a indicadores, resultados, prazos e metas alcançadas. Esse tipo de transparência permite que todos estejam alinhados quanto ao que precisa ser corrigido e qual o andamento do trabalho como um todo.

As ferramentas de dashboard cumprem com um importante papel ao simplificar a comunicação interna entre os profissionais — especialmente, nos contatos entre os setores — fornecendo uma visão ainda mais detalhada sobre as próximas etapas que devem ser desenvolvidas.

(Foto: Freepik)

Ajuda na otimização do tempo

Outro aspecto de grande relevância se refere ao ganho de eficiência que essa ferramenta proporciona ao time. Como a visualização desse painel traz dados atualizados para os líderes, as decisões são tomadas de maneira mais rápida, e o tempo de resposta em relação a alguma mudança é reduzido.

Também vale destacar que o uso de dashboard evita o trabalho manual de tratamento dos dados e a criação de indicadores com esses registros. Também permite centralizar as informações em um único painel.

Isso reduz custos e indica para a equipe quais são as atividades mais relevantes para serem realizadas nos próximos dias.

Separamos estes artigos que vão ajudar a melhorar sua gestão de tempo. Com isso, você terá boas ferramentas para aumentar a produtividade.

Proporciona alinhamento estratégico

Ao centralizar as informações relevantes em um único painel, a gestão consegue ficar ainda mais ágil e eficiente. Esse tipo de alinhamento traz vários benefícios, especialmente, na hora de distribuir as tarefas e responsabilidades entre os membros da equipe.

Além disso, o dashboard pode apresentar dados em uma perspectiva de evolução temporal, trazendo uma visão panorâmica do avanço da empresa em determinado período.

Assim, além das estratégias de curto prazo serem avaliadas e revistas, você também obtém condições para avaliar e definir qual caminho seguir no longo prazo. Com isso, verifica a evolução de qualquer técnica ou estratégia que foi implementada.

Garante integração setorial

O processo de integração entre os setores é fundamental para que a equipe permaneça unida em busca de um mesmo objetivo. Quando o time de marketing não se comunica com o comercial, por exemplo, muitos feedbacks dos clientes não chegam até a etapa de criação das campanhas. Isso significa que muito conhecimento é desperdiçado.

Além disso, dados de um setor podem contribuir para a elaboração de estratégias do outro. Por isso, ao contar com um dashboard, você consegue levar a todos os colaboradores quais são os principais KPIs do negócio, quais metas devem ser alcançadas e os principais líderes que devem assumir a responsabilidade pelo comando do projeto.

 

Conheça as 7 melhores ferramentas para criar dashboards online

Existem várias alternativas para desenvolver dashboards de forma online para usar no cotidiano e garantir os benefícios citados. Por isso, destacamos quais são as melhores ferramentas para criá-los digitalmente. Vale a pena continuar lendo e verificar os recursos disponíveis.

1. Cyfe

Cyfe | All-In-One Business Dashboard. Visualize your KPIs.
Créditos: Cyfe

Essa ferramenta online é considerada uma das melhores plataformas para criação de dashboard online. Ela permite a realização de diferentes integrações com diversos canais de venda e com recursos de análise de dados.

Por meio do Cyfe, você terá acesso, também, a diversos modelos que podem facilitar a criação dos painéis visuais. A ferramenta ainda possibilita a importação de dados de diferentes fontes.

Há uma versão gratuita, com recursos reduzidos, e a premium, que libera as funcionalidades que vão auxiliar no desenvolvimento de dashboards incríveis. Portanto, vale a pena considerar essa opção.

2. Pentaho

Créditos: Pentaho Marketplace

Outra ferramenta que pode ser utilizada na criação de dashboards é o Pentaho. Ele é desenvolvido pela Hitachi e oferece diversos recursos que podem ser muito úteis na criação de ótimos painéis. Entre os principais, destacam-se:

  • alternativas para armazenar dados;
  • obtenção de relatórios que podem ajudar no cotidiano do negócio;
  • uso de IoT que auxilia em previsões e estimativas.

Essas são algumas das possibilidades oferecidas pelo Pentaho. Vale lembrar que há um período de testes grátis de um mês. Assim, é possível verificar a adaptação ao uso da plataforma. Caso ela não aconteça, basta trocar.

3. Scoro

Créditos: Scoro

Outra ferramenta que pode ser cogitada é o Scoro. Por meio dele, é possível criar dashboards que vão auxiliar no acompanhamento das principais métricas do negócio. Além disso, é possível gerar mais de um painel com diferentes informações.

Ele é útil não apenas para o marketing, mas também, para finanças, vendas, previsões e outros quesitos relevantes para o bom andamento de um negócio. Há recursos que vão auxiliar no gerenciamento de tarefas e na compilação de relatórios importantes para o bom andamento da empresa.

O Scoro oferece um período de teste gratuito, sem necessitar inclusão de cartão de crédito. Além disso, há diversos planos com valores diferentes. Desse modo, é possível avaliar qual é o mais adequado, conforme o orçamento disponível e a demanda.

4. Databox

Sales Dashboard Software that's Free & Easy to Set Up | Databox
Créditos: Databox

Se deseja monitorar os avanços da empresa, o Databox pode ser muito útil. Ele ajuda na criação de painéis com todos os dados relevantes para avaliar o progresso que o negócio está obtendo.

Além disso, como há centralização de dados, é plausível fazer o acompanhamento sem perder tempo. Assim, é possível alocar as horas produtivas em aspectos estratégicos que vão auxiliar na diferenciação no seu nicho de mercado.

Nele, é possível agendar uma demonstração para conhecer melhor a ferramenta. Caso goste de utilizá-lo, basta escolher um dos planos disponíveis. Há, ainda, a possibilidade de personalizar a quantidade de conexões com os seus bancos de dados. Por isso, avalie o que o negócio precisa para escolher a opção adequada.

5. Google Data Studio

Google Data Studio é gratuito e vai ajudar a visualizar os seus dados de maneira mais adequada para tomar ótimas decisões na empresa. Ele oferece alternativas para se conectar com os dados e gerar relatórios em dashboards incríveis.

Além disso, é possível fazer a integração com várias fontes de dados, garantindo que você use todas as informações disponíveis de forma visual e simples. Ainda há opções de medidores, gráficos, mapas de calor e diagramas.

6. Power BI

O que é o Power BI? Definição e recursos | Microsoft Power BI
Créditos: Microsoft

O uso do Power BI ajuda a tornar o seu dashboard mais atrativo e com dados realmente importantes para o andamento das estratégias da sua empresa. Por meio dele, é possível recorrer a dados do Excel, banco de dados locais e até de arquivos em nuvem para gerar os seus relatórios.

Sua interface conta com recursos que oferecem uma melhor experiência aos usuários, além de gerar facilidades na visualização dos dados.

É possível utilizá-lo de forma gratuita, além de ter alguns planos com preços e recursos variados.

7. Grafana

Grafana: The open observability platform | Grafana Labs
Créditos: Grafano

A última ferramenta que vamos citar é ótima e disponibilizada em código aberto. Desse modo, é possível fazer adequações conforme a necessidade da empresa, gerando dashboards personalizados incríveis para melhorar as estratégias do negócio.

Além disso, é possível usar painéis com dados combinados de fontes diferentes no Grafana, ajudando na criação de uma cultura de dados que auxilie a equipe no cotidiano de trabalho. Vale a pena avaliar essa ferramenta.

Como escolher uma ferramenta para criar dashboards?

Para realizar uma boa escolha diante de tantas opções diferentes, vale a pena identificar os aspectos a considerar para determinar qual recurso sua empresa deve utilizar. Como existem diversas alternativas, é necessário criar alguns critérios para filtrar as boas opções.

Entenda as necessidades do seu projeto

O primeiro critério para determinar qual tipo de dashboard você vai utilizar é a avaliação das necessidades de dados, capacidade de integração e facilidade de uso de sua interface. Portanto, vale a pena considerar qual estrutura é mais adequada para sua finalidade, sendo que as principais são dadas por modelos táticos, operacional e estratégico.

Esse tipo de cuidado permite definir quais informações você deseja que apareçam em seu dashboard, fornecendo insumo para a realização de indicadores relevantes para sua finalidade.

Conheça as ferramentas disponíveis

Agora, é hora de olhar para a lista de ferramentas apresentadas e entender quais delas fornecem as melhores condições para alcançar os objetivos determinados por sua equipe. Cada uma conta com suas peculiaridades e limitações, portanto, não existe uma escolha que é superior às demais.

Vale a pena alinhar o que cada uma delas entrega com as reais necessidades do seu trabalho. Lembre-se de que essa não é uma escolha irreversível, ou seja, caso seu time não se acostume com determinada ferramenta, sempre é possível efetuar a troca para uma nova.

Faça avaliações periódicas

O mercado de software está sempre apresentando novidades e diversas formas de atender às demandas de determinado setor. Isso significa que é importante ficar de olho nas novidades do mercado, mesmo que você já conte com um dashboard que atenda sua equipe.

Assim, a avaliação periódica da eficiência dessa ferramenta permite que seu time entenda até que ponto ela é benéfica e quando é necessário investir em outra alternativa. Como existem várias opções, vale a pena acompanhar ferramentas com mais infraestrutura e condições de suporte para seus profissionais.

Viu como é importante contar com boas ferramentas para criar dashboards? Se você deseja melhorar o processo de tomada de decisão na empresa e tornar o projeto ainda mais rentável, é importante considerar os recursos de automação para gerar informações relevantes para o sucesso da sua estratégia.

Publicado por Rockcontent 

21 dez
Prepare-se para vender mais no final de ano

Compras de Natal, compras de Ano Novo, chegou a melhor época para o comércio vender mais.

Para o comércio, o Natal é um dos eventos mais promissores do ano. A comemoração é um dos melhores períodos para vendas, e os empresários já estão se movimentando para faturar. A data mexe com o coração de muita gente, e  os clientes se tornam mais dispostos a gastar com presentes para os familiares e amigos.

(Foto: Freepik)

Esta é a melhor época do ano para vender e consolidar clientes, tendo em vista que o clima natalino favorece a empatia e aumenta a procura por diversos produtos e serviços.  

Mesmo com a situação financeira de diversas famílias ainda abalada por causa do período de pandemia do coronavírus, acredita-se que o período natalino deste ano será a data sazonal com mais vendas no varejo. Além disso, os consumidores digitais estão aí e vieram com tudo também. 

O modelo de compras on-line foi intensificado nos últimos anos e se estabeleceu como uma das principais formas de consumo. Por isso, mesmo com a retomada das atividades em seu estado/município, é preciso manter a atenção nas vendas por redes sociais, vendas por WhatsApp e Loja On-line. Se o seu negócio é adaptável ao comércio eletrônico, não perca tempo, posicione-se nesse mercado e prepare-se para faturar no final do ano. 

(Foto: Freepik)

Se você ainda não começou a se planejar ou quer aprender a explorar ao máximo as vendas deste período, confira oito dicas que listamos a seguir para seu negócio faturar ainda mais no próximo Natal e fim de ano.

Crie oportunidades, promoções e ótimas condições de pagamento: 

Aposte em descontos e ofertas, como “leve 3, pague 2”, e facilidades nas formas de pagamento. Essas iniciativas são boas formas de estimular o consumo. Além disso, determine o volume de produtos que quer vender e em quanto tempo e, com base nisso, defina o mix de produtos que terão os preços reduzidos e de quanto serão os descontos. Você também pode criar outros tipos de oportunidades para seu consumidor, como: entregas gratuitas, cartão fidelidade, cupons…

Aposte na decoração do seu estabelecimento:

Traga o espírito natalino para sua loja física e on-line. A decoração estimula os clientes à compra de presentes. Não deixe faltar algo na decoração que remeta à época natalina, como por exemplo, árvore de Natal, bonecos de Papai Noel, as cores e etc. 

Além disso, aposte na decoração do layout do seu site de comércio eletrônico. Invista na decoração natalina e na divulgação da marca e dos produtos com a temática da data comemorativa.

Aproveite os clientes atrasados: 

É certo que muita gente deixa para comprar os presentes na última hora, por isso prepare bem o seu estoque. Além disso, treine o seu pessoal para ajudar o cliente a encontrar o que precisa, encorajando-o também a retornar para futuras compras.

Organize a loja: 

 

A boa disposição dos produtos facilita, tanto para o vendedor quanto para o cliente, identificar o que se procura, e isso pode ser decisivo para o momento da compra. É fundamental que o layout de sua loja esteja adaptado para receber um grande número de pessoas, com conforto e bom atendimento.

Invista em ações nas redes sociais: 

Estar ativo no ambiente digital é uma ótima maneira de divulgar sua marca e, com isso, aumentar seu alcance e vender mais. Assim como em 2020 e em 2021, neste ano continuar com ações nas redes sociais será bem importante.

Por isso, pode apostar na divulgação de promoções, de produtos, na criação de conteúdos em vídeo e em qualquer ação que aproxime o seu negócio do seu cliente.

(Foto: Freepik)

Ofereça vantagens  aos clientes para incentivar o seu cadastro como frete grátis e ou valor fixo acessível para determinada região, modalidade expressa, ou um cupom de desconto na próxima compra acima de um determinado valor. 

Faça posts nas redes sociais ou crie categorias específicas no site da empresa, divididas por promoção ou por playlists de produtos que os consumidores mais pretendem comprar: moda e acessórios, brinquedos, beleza e cosméticos, eletrônicos e informática, eletrodomésticos e eletroportáteis.

Invista em promoções pelo whatsApp business, Telegram, anúncios patrocinados nas redes sociais e outros veículos de comunicação.

Treine sua equipe tanto de venda como de suporte: 

Para auxiliar com as altas demandas, as lojas costumam contratar mais funcionários no fim de ano. Contudo, é fundamental treiná-los sobre a cultura da empresa, produtos e serviços. Não basta aumentar o número de atendentes e ainda assim deixar seus clientes insatisfeitos. Sua empresa deve primar pelo atendimento de qualidade.

Informe os prazos para a devolução e troca de presentes: 

Para proporcionar a melhor experiência de compra ao cliente, é essencial que os prazos para devolução e troca de produtos estejam claros para o cliente. Nem sempre se acerta no presente de Natal, por isso, o momento da troca deve ser aproveitado também para incentivar a aquisição de novos produtos.

Ofereça produtos complementares àqueles que o comprador já adquiriu anteriormente. Crie campanhas customizadas por meio de uma comunicação personalizada, de acordo com o perfil e os comportamentos dos clientes, oferecendo as melhores ofertas e argumentos de venda para cada grupo específico.

Solucione problemas: 

Mais do que vender muito no período natalino, busque encantar o seu cliente para que ele volte ao longo de todo o ano. Uma das melhores formas de fazer isso, é oferecer soluções rápidas para as necessidades dele.

Mais do que presentes, as pessoas querem se sentir queridas e valorizadas. Se um dos pilares da empresa for a solidariedade, então a comemoração natalina pode ser uma oportunidade de divulgação para promover ações solidárias com a marca da empresa. 

Ao apoiar algum projeto ou organização social, arrecadando doações ou revertendo uma certa porcentagem das vendas, usando como estratégia e tendência o comprometimento social da empresa.

Colocar essas dicas em prática no próximo Natal e fim de ano será memorável para seus clientes e para o seu negócio. 

Publicado por Sebrae 

25 nov
5 motivos para fazer Administração no iCEV em 2023

Com um time de professores empresários e com conhecimento prático de mercado, o curso de Administração iCEV faz você chegar muito mais longe! Faça sua inscrição para o Vestibular 2023.1.

Ingresse por meio de prova presencial, on-line, nota do ENEM, transferência ou portador de curso superior.

VEM PRA MELHOR! 

1 – Networking e contato com grandes empresas

(Foto: Denise Nascimento)

ICEV e parceiro de grandes empresas, o que facilita o acesso às melhores oportunidades do mercado, para estágio, contratação e networking. Os alunos têm contato direto com órgãos, empresas e profissionais de sucesso, por meio de parcerias e projetos de extensão que abrem oportunidades no mercado de trabalho.

2 – Foco na empregabilidade e na inovação

(Foto: Denise Nascimento)

Desde o início da graduação, o aluno é conectado às mais atuais práticas de gestão. As suas ideias saem do papel ainda na graduação, com o desenvolvimento de projetos de startups e participação em feiras e eventos de empreendedorismo.

3 – Grade Curricular adaptada ao mercado de trabalho

(Foto: Inácio Pinheiro)

Temos na grade curricular do curso de Administração disciplinas inovadoras e fora da caixa, como: Design Thinking: Softwares Gerenciais: Neuromarketing e Experiências; Inteligência Emocional, além de English for Business, desde o 1º período.

4 – Aulas práticas e experiências

(Foto: Inácio Pinheiro)

O curso de Administração incentiva a prática, por meio de estudos de caso, aulas-experiência, palestras, visitas técnicas, oficinas, feira de empreendedorismo e eventos de inovação.

5 – Ensino completo para formar líderes de excelência

(Foto: Inácio Pinheiro)

A meta é formar líderes diferenciados, inovadores e competentes. O estudante é preparado para as múltiplas carreiras que uma formação em Administração possibilita e aprende com professores com vasta experiência de mercado.

Saiba mais e inscreva-se no melhor curso de Administração do Piauí!

21 nov
Estudantes de Administração têm aula-experiência com empresários de renome no Piauí Original Hub

(Foto: José Ailson)

Mais uma verdadeira aula-experiência para a conta da galera de Administração iCEV! No sábado (19), os estudantes tiveram um bate-papo com grandes empreendedores do Piauí. O encontro, comandado pelo professor Samuel Moraes, aconteceu no Piauí Hub Original, ambiente de conexões de startups do Piauí e empresas, com foco na economia criativa, varejo, educação e saúde, localizado no Shopping Rio Poty.

Empreendedores de renome

Os palestrantes convidados são exemplos de iniciativa, planejamento e inovação: eles abriram o próprio negócio e se tornaram referências em seus nichos de atuação.

(Foto: José Ailson)

Artur Veloso – CEO da startup Fábrica de Gênios

Artur falou para a galera sobre a experiência na criação de uma startup, a Fábrica de Gênios – voltada para educação e soluções em tecnologia para profissionais e empresas.
A startup foi selecionada pelo Sebrae Piauí e esteve no Rio Innovation Week trocando experiências com startups do Brasil inteiro.

(Foto: José Ailson)

Ian Lobo – Empreendedor da FOM Teresina

Ian debateu com os estudantes sobre a experiência em franquias. Ele falou que o desejo de ser dono do próprio negócio fez com que desse o pontapé para se tornar um empreendedor e abrir a franquia de produtos ergonômicos.

(Foto: José Ailson)

Renato Arnon – CEO da startup Assamble

Assamble é uma plataforma online de gerenciamento para microempreendedores. Renato compartilhou com os estudantes iCEV sobre a motivação, a análise de mercado e as estratégias de criação da startup.

O contato próximo com cases de sucesso tem como objetivo fomentar a cultura do empreendedorismo, apresentar os modelos de negócios, as estratégias de gestão, posicionamento de marketing, processos e insights dos empreendedores, além de compreender os desafios e oportunidades de um negócio.

É uma baita experiência que só quem faz Administração no iCEV tem!

(Foto: José Ailson)

Happy Hour no La Concecion

Fomentar os empreendedores também faz parte da cultura iCEV. Por isso, ao final das palestras, todos foram prestigiar um case de sucesso do estudante de Administração iCEV Júnior Santana, que é proprietário do quiosque de drinks La Concecion.

(Foto: José Ailson)

18 nov
Ancoragem e Efeito Priming: uma experiência em sala de aula

Artigo escrito pelo professor da Escola de Negócios e Gestão, Clenilson Cruz

Estudo foi feito em conjunto com os alunos de Administração do iCEV (Foto: Denise Nascimento)

O comportamento do consumidor pode ser influenciado, sabia? Muitas vezes eles só precisam de uma referência, que os permitam tomar decisões diante da volatilidade do mercado. Essa referência seria como um barco em alto mar que precisa de segurança e estabilidade diante das oscilações do mar, por isso esse processo de criar uma referência é chamado de “Ancoragem e Efeito Priming”.

De maneira simples, ancorar é o ato ou ação de estabelecer algo em algum lugar, ou seja, significa prender ou amarrar algo ou algum equipamento em um determinado lugar.

Nesse sentido, do ponto de vista do comportamento do consumidor, metaforicamente, podemos dizer a “âncora”, neste caso, é o ato ou efeito de estabelecer na mente do consumidor uma referência, que pode ser um número, um preço, uma data ou uma imagem, que permita orientá-lo, talvez a melhor palavra para isso seja influenciá-lo, quando à sua decisão diante do mercado.

O método de ancoragem de preços

Dan Ariely, pesquisador e professor da Universidade Duke, é conhecido como um dos principais professores de economia comportamental do mundo. A segunda referência são os autores Daniel Kahneman e Amos Tversky, ganhadores do prêmio Nobel de Economia que desenvolveram importantes estudos relacionados à tomada de decisão, entre eles o que deu origem a Teoria da Perspectiva ou Teoria do Prospecto.

Segundo Dan Ariely o modelo econômico tradicional, a ortodoxia em bom economês, apresenta as forças da oferta e demanda como elementos do mercado que definem os preços em uma economia competitiva. Neste sentido, essas forças são (inter)dependentes. Isso pode ser entendido quando analisamos separadamente cada força.

Ancorar é o ato ou ação de estabelecer algo em algum lugar, ou seja, significa prender ou amarrar algo ou algum equipamento em um determinado lugar (Imagem: Reprodução)

Exemplo: Um produtor tende a ser estimulado a produzir mais à medida que os preços sobem. Já um consumidor tende a consumir mais à medida que os preços caem (levando em consideração bens normais). Na prática, são relações inversas.

Quando, porém, produtores e consumidores não possuem estímulos para mudar seu comportamento, ou seja, o preço não se modifica nem para mais, nem para menos, dizemos que atingimos o “ponto de equilíbrio”. Contudo, a ancoragem dos preços pode manipular este o tipo equilíbrio por incutir na mente do consumidor informações prévias à sua tomada de decisão. Nas palavras de Ariely:

(…) No mundo real, a ancoragem vem de preços sugeridos pelo fabricante, preços anunciados, promoções, lançamentos de produtos, etc. – que são variáveis da oferta. Dessa maneira, parece que não é a disposição que os consumidores têm de pagar que influencia os preços de mercado, a causalidade é de algum modo revertida e são os próprios preços de mercado que influenciam a disposição dos consumidores de pagar. Isso significa que a demanda não é, na verdade, uma força completamente separada da oferta. (Ariely, 2006, p. 66).

Os experimentos de Kahneman e Tversky

Seguindo essa linha de raciocínio, os pesquisadores Daniel Kahneman e Amos Tversky demonstraram, a partir de diferentes contextos, que as pessoas que participavam de seus experimentos eram, de alguma forma, influenciadas por informações que tinham recebido recentemente.
Isso acontece porque as pessoas consideram uma referência particular para uma quantidade, preço ou valor desconhecido antes de estimá-lo. Dessa forma, o que ocorre é que os resultados seguem uma premissa lógica: o cálculo para um determinado valor fica perto do número referência que as pessoas tiveram acesso ou a informação receberam previamente.

Para demonstrar o efeito ancoragem e como ela funciona na realidade, Kahneman e Tversky elaboraram a seguinte pergunta e a aplicaram a dois grupos distintos: o de controle e o ancorado.

Estudo foi feito em conjunto com os alunos de Administração do iCEV (Foto: Denise Nascimento)

“A altura da sequoia mais alta é maior ou menor do que 365 metros?
Qual sua melhor estimativa sobre a altura da sequoia mais alta? Kahneman” (2011, p. 182)

Fica claro que a primeira pergunta foi seguida de uma âncora, uma vez que na sua formulação foi sugerida uma altura de 365 metros. A outra, sem uma informação prévia, permitiu que os participantes começassem a avaliar o tamanho da sequoia do zero.

Como esperado, os dois grupos forneceram estimativas médias bem diferentes: o primeiro, sob efeito da ancoragem apresentou uma média de 257, enquanto o segundo, 86 metros.

Essa influência que altera o comportamento dos indivíduos a partir de uma informação prévia é conhecida na economia comportamental como Efeito Priming. Em outras palavras, este efeito está relacionado ao modo como um estímulo inicial pode afetar as respostas de um indivíduo a estímulos subsequentes, sem que exista consciência do mesmo sobre tal influência. Nas palavras de Kahneman (2011, p. 187), é uma “sugestão (…), que evoca seletivamente evidência compatível”.

Estudo de caso no iCEV

Partindo deste pressuposto e no intuito de validar esta experiência desenvolvida por Kahneman, foi aplicada a mesma estratégia em sala de aula a fim de identificar o efeito ancoragem em um grupo de alunos do iCEV.

Estudo foi feito em conjunto com os alunos de Administração do iCEV (Foto: Denise Nascimento)

Qual foi a metodologia do estudo em conjunto com os alunos?

O experimento foi feito com 41 estudantes do curso de Administração. Eles foram divididos em dois grupos: o primeiro, de controle, com 18 alunos, e o segundo que foi submetido ao efeito ancoragem, com 23 estudantes. O resultado obtido está apresentado em forma de percentual.

Como foi feita a experiência?

Aos dois grupos foi feita a mesma pergunta, a diferença está na informação que foi apresentada previamente ao grupo sob ancoragem:

Grupo controle

O Tropical Kobe Beef é uma carne suculenta, macia e com sabor único, resultado de um cruzamento do gado raça Brangus com Wagyu, essa última uma raça japonesa. O gado é criado na Fazenda Rubaiyat, no Mato Grosso. Qual preço você pagaria pelo prato abaixo?

Kobe Beef (Imagem: Divulgação)

Grupo sob ancoragem

O Tropical Kobe Beef é uma carne suculenta, macia e com sabor único, resultado de um cruzamento do gado raça Brangus com Wagyu, essa última uma raça japonesa. O gado é criado na Fazenda Rubaiyat, no Mato Grosso. Qual preço você pagaria pelo prato abaixo? O preço no restaurante que o oferece no Mato Grosso é de R$ 243,00.

Kobe Beef (Imagem: Divulgação)

Resultados

Como se pode observar, a informação prévia (efeito priming) apresentada ao grupo sob ancoragem de que o prato custa no restaurante que o oferece é de R$ 243,00 fez toda a diferença.

Os resultados obtidos no grupo de controle apresentaram uma média de preço de R$ 50,10. Já o grupo sob ancoragem, resultou numa média de cerca de 50% superior. O preço médio obtido foi de R$ 75,43.

Como esperado, o efeito priming permitiu que um produto fosse oferecido a um conjunto de alunos-consumidores contribuísse para estes estivessem dispostos a pagar cerca de 50% mais caro que o grupo controle para obter o mesmo produto. Nesse sentido, a comprovação da teoria permite que empresas usem do efeito priming para obter maiores margens de lucro.

Esta experiência, além de reforçar a importância da ancoragem para precificação de produtos (especialmente com o uso do efeito priming) e, por consequência, nos resultados de uma empresa, desde que haja uma estratégia clara para maximizar os preços e encontre consumidores dispostos e aptos financeiramente a pagar por estes produtos, como também confirma que é a capacidade da oferta, por vezes, até independentemente da demanda, que é a responsável pela formação de preços no mercado, contrariando inclusive a teoria tradicional.

REFERÊNCIAS

Kahneman, Daniel. Rápido e devagar (p. 189). Objetiva. Edição do Kindle.

Ariely, Dan. Previsivelmente irracional: As forças invisíveis que nos levam a tomar decisões erradas. Sextante. Edição do Kindle.

14 nov
Estudantes de Administração vivem aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão

Aula-visita aconteceu no sábado, no Locomotiva Irish Pub

Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)

A sala de aula do iCEV tá diferente! No último sábado (12), a galera de Administração teve uma verdadeira aula-experiência no Locomotiva Irish Pub com o Diretor da produtora Mundo BLR, Bruce Cordão.

O bate-papo com o empresário de renome foi sobre o case do Festival GiraSol. Bruce falou sobre as estratégias de construção da marca, a experiência, os desafios e as estratégias de gestão do Festival. Quem conduziu a aula-visita foram os professores do iCEV, Thiago Rodrigo e Gorthon Moritz.

Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)

“O primeiro grande evento que projetou a BLR foi o Seu Roque, e hoje nós somos um grupo de oito empresas que atua não só na área do entretenimento, mas também em Negócios, Comunicação e Marketing”, disse o empresário Bruce Cordão.

A aula-visita foi promovida pela disciplina “Liga dos Campeões”, que tem como proposta promover esses momentos de aprendizado interdisciplinar e estudo de caso no curso de Administração.

Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)

“A aula case in loco é descontraída, mas sem deixar de ser séria. Sair da tensão da sala e ir para um lugar como o Locomotiva foi uma experiência única que o iCEV me proporcionou. Ter a oportunidade de conhecer os detalhes de como foi produzido um dos maiores eventos que Teresina já teve, conversar com empresários visionários, que são atuais, informados, preocupados, inteligente, foi ímpar”, disse Lara Lina, estudante do 2º período de Administração.

Aula-experiência sobre o Festival GiraSol com Bruce Cordão (Foto: José Ailson)

A BLR é uma das parceiras do iCEV desde o início e já nos proporcionou muito aprendizado e networking com aulas-experiências e apoio em grandes eventos.

“Vocês estão na melhor instituição, sem dúvidas. Tudo que o Bruce falou aqui são dados que ele vai utilizar para planejar, otimizar e minimizar os riscos para o próximo evento. E vocês têm essas disciplinas na faculdade: Planejamento Financeiro, Análise de Dados. Isso tudo torna vocês bem mais preparados para o mercado de trabalho”, explicou o professor Gorthon aos alunos presentes.

Sobre o Festival GiraSol

O Festival nasceu grande e, em sua primeira edição, já é referência para todo o Brasil! O GiraSol foi um projeto assinado pela produtora BLR e aconteceu na arena do Teresina Shopping. Abraçando eixos como música, arte, diversidade e sustentabilidade, ele surgiu principalmente para resgatar as memórias da cena musical local e como uma celebração da vida e da cultura. A ideia era que a população se envolvesse, além da programação de shows, em um conjunto de ações paralelas realizadas.

20 set
Aceleração da era da privacidade e o que isso significa para o seu negócio

Google aponta importância da LGPD nas estratégias digitais dos negócios

O uso da tecnologia para tarefas do cotidiano foi ainda mais estimulado nos últimos anos. Todo mundo usa algum aplicativo ou alguma plataforma para trabalhar, aprender, interagir e se divertir com outras pessoas. Com esse movimento crescente, uma necessidade ficou evidente: a preocupação com a privacidade dos usuários. Só em 2020, as pesquisas por “privacidade online” cresceram mais de 50% globalmente, em comparação a 2019.1

Diante deste novo cenário, as marcas precisam constantemente repensar suas estratégias digitais – ou acelerar transformações que já estavam em andamento. Para além de oferecerem uma experiência digital estruturada, elas têm que demonstrar que respeitam a privacidade e as informações pessoais de seus consumidores.

Símbolo de usuário e dados. 300% foram as conversões de um app financeiro após criar uma experiência de usuário personalizada para o consumidor ideal.

Com essas mudanças, governos de diversos países se envolveram para responder às preocupações de seus cidadãos e desenvolveram novas regulamentações de privacidade – ou fortaleceram medidas já existentes – com objetivo de aperfeiçoar o controle e a confidencialidade dos dados. No mesmo caminho, plataformas de tecnologia anunciaram e implementaram políticas para mudar a forma como os dados são coletados, compartilhados e medidos.

Para as empresas, é preciso olhar para esse momento com responsabilidade e como uma oportunidade de melhorar o seu relacionamento com atuais e potenciais clientes e, assim, se destacar no mercado. Para isso, faz-se necessário compreender os impactos dessas transformações e se adequar às novas demandas dessa indústria.

A nova era de privacidade no marketing digital

Quem não pode negar os efeitos desta nova era é o marketing digital. Muitas abordagens usadas até aqui para alcançar o público e medir resultados precisaram ser revistas e modificadas. À medida que a publicidade evolui para que os usuários tenham mais controle sobre seus dados, as marcas terão que investir mais e mais em dados proprietários.

Símbolo de usuário e dados. 300% foram as conversões de um app financeiro após criar uma experiência de usuário personalizada para o consumidor ideal.

Para lidar com este impacto se faz necessário preparar estratégias a partir do investimento em soluções seguras e duráveis de privacidade. Além da construção de uma base de dados proprietários, com consentimento dos usuários, a automação também é uma ferramenta que ajuda no desempenho de suas campanhas, ao mesmo tempo que garante ao usuário a transparência e a segurança almejadas.

É importante evitar atalhos, como técnicas de coleta oculta. Adiantar-se para atender e superar as crescentes expectativas dos consumidores é focar na privacidade a longo prazo, priorizando a adaptação ágil em um ambiente que muda constantemente. É possível um alinhamento para obter a eficácia na performance desejada pelos profissionais de marketing e também proteger a privacidade dos usuários. Isso é o que se chama de crescimento aliado à privacidade.

O papel do profissional de marketing

Como um profissional de marketing, sua meta deve ser preparar a sua empresa para o futuro da publicidade, aproveitando ao máximo os recursos disponíveis. A partir da vinculação de dados primários, é possível dobrar a receita incremental, já que esses dados são mais eficazes para oferecer produtos e serviços relevantes e de maneira precisa para seus clientes.2

Símbolo de usuário e dados. 300% foi o aumento das conversões de um app financeiro após criar uma experiência de usuário personalizada para o consumidor ideal.

Mesmo que ainda exista receio entre os profissionais sobre como implementar medidas sem ajuda de cookies de terceiros e que todo o setor tome um tempo até adotar efetivamente tecnologias de proteção de privacidade, o foco deve ser o acompanhamento dessa reformulação para, mais para a frente, colher-se os frutos dessas adequações.

LGPD como ponto de partida

Para que os consumidores se engajem e compartilhem seus dados, eles precisam se sentir protegidos e compreender o que está sendo feito com suas informações. No Brasil, desde setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP) regula como as empresas e o poder público devem tratar dados pessoais no país. É importante considerar a nova lei em suas estratégias, já que ela protege os direitos dos usuários, ao mesmo tempo que favorece o desenvolvimento dos negócios.

Tenha em mente que: 1) Dados pessoais são quaisquer informações que possam identificar o usuário; 2) Tratamento de dados pessoais é toda e qualquer operação realizada com as informações pessoais do usuário.

O uso de dados proprietários está alinhado à LGPD, pois garante uma maior segurança ao usuário, uma vez que a empresa possui o controle da origem dos dados e do contato com o titular, incluindo quais informações são fornecidas no momento da coleta.

Da mesma forma, a mensuração e a ativação dos dados devem ser desenhadas com a preocupação de garantir a proteção de dados. Esse cuidado também possibilita o cumprimento da LGPD e demais leis de proteção de dados aplicáveis.3

É possível respeitar a privacidade do usuário sem atrapalhar os resultados comerciais. Hoje em dia, existem muitos recursos para que você aprimore suas conexões com os clientes considerando o direito deles a transparência e segurança. No novo Guia da Privacidade do Google, você confere mais dicas para aplicar em suas estratégias, além das ferramentas disponíveis que você pode usar em busca do crescimento aliado à privacidade no seu negócio.

Publicado por Think with Google 

15 set
Quase 50% das empresas fecham em até três anos por má gestão

Brasil ocupa a 138ª posição em abertura de empresas; ranking do Banco Mundial considera indicadores como crédito e pagamento de impostos.

De acordo com o IBGE, 48% das empresas brasileiras fecham em até três anos e o principal motivo é a falta de gestão eficiente.

Os dados mostram que 25% dos empreendedores brasileiros que fecharam suas empresas apontaram a falta de gestão como um dos motivos principais para a falência. O motivo está atrás apenas de altos impostos (31%), pouca demanda e alta competitividade (29%) e dificuldade para arrecadar linhas de crédito (25%).

Imagem: Reprodução

Por outro lado, novas medidas de desburocratização têm incentivado a abertura de empresas. Segundo um levantamento realizado pelo Sebrae, com base em dados da Receita Federal, mesmo na pandemia, houve um aumento de abertura de empresas no primeiro semestre de 2021. Foram 2,1 milhões de pequenos negócios nesse período.

 

Aprenda a gerir seu negócio com eficiência

Para seguir o ritmo do mercado de trabalho tão frenético para os empreendedores você não pode se apegar ao diploma da faculdade. Você precisa de mais! Nós do iCEV queremos te ajudar a evoluir na sua carreira.

As pós-graduações e MBAs iCEV estão com inscrições abertas! As aulas são 100% presenciais e voltadas à prática do mercado de trabalho.

Aqui você adquire conhecimentos práticos de professores com experiência de mercado, além de empresas parceiras renomadas. As aulas são 100% presenciais e acontecem um final de semana por mês.

MBA em Management

Para profissionais das diversas áreas, essa pós é feita para capacitar gestores que tenham necessidade de implementar e inovar na gestão dos empreendimentos, e empresários interessados em conhecer ou aprofundar seus conhecimentos em gestão empresarial.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/mba-em-management

MBA em Gestão Financeira

Você vai aprender técnicas financeiras para auxiliar a gestão e as tomadas de decisões gerenciais e de planejamento das empresas. Vai inovar no controle financeiro, planejamento de lucros, controladoria e gestão de recursos.

Esse curso é voltado para profissionais das áreas de Economia, Administração, Contábeis, gestores financeiros e empresários interessados em conhecer ou aprofundar seus conhecimentos em finanças empresariais.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/mba-em-gestao-financeira

MBA em Gestão de Pessoas e Carreiras

O curso é uma formação executiva em gestão de pessoas com metodologia inspirada nas melhores escolas de negócio do mundo.
Você será capaz de liderar equipes de alta performance dentro de instituições públicas ou privadas com a utilização das mais modernas técnicas, conceitos e legislação vigente.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/mba-em-gestao-de-pessoas-e-carreiras

Pós em Direito Civil e Processo Civil

O curso certo para os profissionais de Direito que desejam aprimorar e aprofundar os conhecimentos nas áreas de Direito Civil ou Processual Civil, com foco na atividade prática que necessita do manejo dos instrumentos jurídicos.
Inscreva-se em: pos.somosicev.com/direito-civil-e-processual-civil

Pós em Direito do Trabalho e Previdenciário

O curso certo para os profissionais de Direito que desejam aprimorar e aprofundar os conhecimentos nas áreas de Complience, previdenciário e trabalhista com foco na atividade prática que necessita do manejo dos instrumentos jurídicos.

Inscreva-se em: pos.somosicev.com/direito-do-trabalho-e-previdenciario-aplicado

 

25 ago
Intercâmbio Internacional na California State University Northridge

Estudante de Administração Júnior Santana participou como bolsista de intercâmbio nos EUA

Júnior concluiu o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles

 

O nosso aluno de Administração do 7º período, Júnior Santana, voltou de uma experiência de intercâmbio internacional nos Estados Unidos da América. Ele participou do Summer Program, da Universidade do Estado da Califórnia,  Northridge (CSUN) em Los Angeles, em parceria com a International Business School Americas.

Júnior participou de uma concorrida seleção para o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em todo o Brasil e foi aprovado como bolsista.

Intercâmbio na Califórnia

Foram três semanas de imersão num curso sobre Empresas Digitais e Revolução Tecnológica. Ele havia sido selecionado como bolsista no programa.

Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles

A formação específica em Digital Companies & E-Business Revolution foi voltada para o uso da Tecnologia da Inteligência Artificial e de Dados no desenvolvimento das estratégias de negócios da organização. Sobre os conceitos de Internet of Things e sua aplicabilidade nos processos de inovação, competitividade e sustentabilidade das organizações.

“Foi uma experiência muito positiva, proporcionou um networking muito grande porque eu estudei e convivi com pessoas do mundo inteiro que trabalham em grandes empresas do mundo inteiro. A Califórnia é um dos polos mundiais de tecnologia aplicada nas empresas” contou Júnior Santana, que também é empreendedor e proprietário do quiosque de drinks La Concecion.

Júnior Santana é estudante e empreendedor no quiosque La Concecion, no Shopping Rio Poty

Júnior conta que seu curso foi dividido em três etapas, de acordo com as semanas de intercâmbio:

Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles

Startups

Logo na 1º semana Júnior e seu grupo tiveram apenas quatro dias para criar uma proposta completa de startup do zero que atendesse alguma “dor” dos alunos do campus. A do seu grupo criou um aplicativo para oferecer soluções para a locomoção facilitada de estudantes dentro da Universidade, com o aluguel de skates, patinetes e scooters elétricos.

Eles foram avaliados por alguns jurados e empreendedores locais de renome e as startups vencedoras receberam propostas de investimentos deles

Data Science e Big Data

A segunda semana já foi mais voltada para o Data Science e Big Data. Júnior e sua equipe avaliaram uma estruturação de tratamento de dados de determinadas empresas dos Estados Unidos.

Marketing digital

Já na última semana eles criaram anúncios, campanhas e fizerem toda a parte estratégica de determinação de posicionamento de mercado das empresas.

Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles

California State University Northridge

O programa da International Business School é destinado a jovens profissionais com alto potencial acadêmico, como Júnior Santaja, de todo o mundo. Enquanto melhora suas habilidades profissionais, o intercâmbio com outras culturas, etnias e religiões permitirão a ampliação de sua mentalidade intercultural.

A California State University Northridge é uma das maiores e mais importantes universidades do mundo. Referência no ensino e pesquisa em diferentes áreas do conhecimento, ela se destaca na formação de profissionais de Tecnologia e Negócios.

Júnior Santana fez o curso “Digital Companies & E-Business Revolution” em Los Angeles

Os cursos são voltados para certificações executivas, principalmente para atualidades como gerenciamento de marketing, decisões financeiras, inovação, gerenciamento de projetos e áreas de evidência no mundo dos negócios nos dias de hoje.

iCEV te prepara para oportunidades pelo mundo todo

O resultado do Júnior, além de uma conquista pessoal, é uma conquista para o iCEV enquanto instituição. Nós preparamos nossos alunos para oportunidades internacionais desde o começo.

Além de debates atuais do mundo coorporativo, os alunos de Administração do iCEV têm na grade curricular o English for Business, do 1º ao último período.

12 jul
Mulheres no mercado financeiro: Desafios e Inspirações

Entenda onde estamos no caminho para a igualdade de gênero no mercado financeiro e conheça mulheres inspiradoras

Outro dia, em uma conversa com colegas sobre mulheres no mercado financeiro e protagonismo, falávamos sobre como é importante ter uma mulher para se inspirar, seja pessoal ou profissionalmente.

Como mulher profissional do mercado financeiro, naturalmente me peguei pensando em quem me inspira nessa área e quem são as referências mais comuns citadas por outras pessoas.

Você já conhece muitos deles: Warren Buffet, Peter Lynch, Howard Marks e outros. Mas, apesar de pensar em vários nomes de influenciadoras e outras analistas e especialistas, não consegui me lembrar de nenhuma mulher autora de livros, que seja tão referenciada quanto os citados acima.

“Por quê?”, me perguntei. Não há nada de errado com esses homens, já que trouxeram muitas contribuições importantes para os profissionais de hoje em dia. Mas não é um pouco estranho que não tenhamos nenhuma mulher nesse patamar? Talvez.

Ocorre, porém, que nossa representatividade vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e me orgulho de ver analistas, gestoras, empreendedoras e investidoras que estão conquistando seu espaço no mercado financeiro. Por isso, resolvi fazer esse artigo e, quem sabe, inspirar mais mulheres a buscarem seu lugar, onde quer que ele seja.

caneca onde se lê "the future is female", representando as mulheres no mercado financeiro
Fonte: Unsplash – Photo by CoWomen

Qual a representatividade das mulheres no mercado financeiro?

O mercado financeiro é um ambiente predominantemente masculino. Seja no âmbito da atuação profissional ou no perfil de investidores em bolsa de valores, essa característica fica evidente.

Dados divulgados pela B3 em perfil de gênero, apontam que, dos quase 5 milhões de CPFs de investidores, 77% são homens e 23% mulheres.

Apesar das grandes transformações quanto ao papel da mulher na economia nas últimas décadas, com avanços relevantes no mercado de trabalho, ainda notamos grandes distorções nas taxas de participação enquanto investidoras e também como agentes protagonistas deste segmento.

De acordo com dados do IBGE, as mulheres correspondem a 51,29% da população brasileira. Ainda assim, uma série de entraves de ordem cultural, socioeconômica, bem como questões de gênero, raça, misoginia, entre outras, permanecem presentes no cotidiano feminino e, como não poderia deixar de ser, se perpetuam nas relações de trabalho e nas oportunidades desiguais.

Pesquisas relevantes

Em março de 2021, o IBGE  publicou a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, com dados de 2019, reportando que apesar das mulheres terem escolaridade maior, elas ocupam 37,4% dos cargos gerenciais e recebem 77,7% do rendimento dos homens.

Sendo assim, o mercado financeiro acaba sendo um microcosmo que reflete o macro:  temos visto, nos últimos anos, o aumento da contratação de mulheres, entretanto, a maioria não ascende aos cargos mais altos da hierarquia. Com a pandemia, esse quadro se agravou ainda mais.

Em janeiro de 2022, de acordo com dados apurados diretamente com o departamento de Comunicação e Marketing da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as mulheres eram apenas 7% do total de profissionais com Certificação de Gestores de Carteiras Anbima (CGA) – 296 de 4.394 aprovados.

O mesmo acontece com analistas CNPI. No site da Apimec, dos 1339 profissionais listados como analistas credenciados, apenas 171 são mulheres.

O Distrito, plataforma de inovação para startups e investidores, publicou em 2021 o Female Founders Report. O estudo apontou que 8,2% das startups de serviços financeiros são fundadas ou cofundadas por mulheres. Um número ainda bastante tímido, que demonstra que os desafios do empreendedorismo ainda têm na questão de gênero uma barreira de entrada relevante.

Vale a pena conhecer em detalhes o estudo do Female Founders Report e os importantes insights acerca do potencial da participação das mulheres no mercado financeiro.

Eufrásia: a primeira mulher na bolsa de valores

O expressivo número de 1 milhão de investidoras na B3 atualmente, resulta de um longo processo de lutas sociais e busca por protagonismo. Quando o tema é mercado financeiro e pioneirismo feminino, os caminhos começaram a ser abertos ainda no século XIX.

A carioca Eufrásia Teixeira Leite, neta e herdeira do Barão do Campo Belo, político e fazendeiro de café, iniciou sua bem sucedida carreira como financista em Paris, para onde se mudou em 1873, quando seu pai faleceu.

Apesar de todos os obstáculos impostos por uma sociedade machista, onde mulheres não possuíam nem mesmo direitos civis básicos como votar ou dirigir, e sequer podiam circular no ambiente dos pregões das bolsas de valores, Eufrásia se impôs. No período entre 1890 e 1930, operou em bolsas de valores de 17 países, multiplicou a herança recebida do pai aos 23 anos, e tornou-se bilionária.

Apesar de seu talento e êxito no mercado financeiro, a misoginia cobrou seu preço. Durante décadas, a história referiu-se à Eufrásia apenas como “a amante de Joaquim Nabuco”, apesar de ambos serem solteiros durante os 14 anos em que namoraram.

O reconhecimento à importância histórica de Eufrásia Teixeira Leite aconteceu apenas em 2019. Neste ano, Mariana Ribeiro publicou o livro “Quero ser Eufrásia“, onde o devido crédito foi dado à financista. Inclusive, a B3 e a ONU Mulheres reconheceram Eufrásia oficialmente como a primeira investidora brasileira.

A carioca Eufrásia Teixeira Leite, neta e herdeira do Barão do Campo Belo, político e fazendeiro de café, iniciou sua bem sucedida carreira como financista em Paris, para onde se mudou em 1873, quando seu pai faleceu.

Apesar de todos os obstáculos impostos por uma sociedade machista, onde mulheres não possuíam nem mesmo direitos civis básicos como votar ou dirigir, e sequer podiam circular no ambiente dos pregões das bolsas de valores, Eufrásia se impôs. No período entre 1890 e 1930, operou em bolsas de valores de 17 países, multiplicou a herança recebida do pai aos 23 anos, e tornou-se bilionária.

Apesar de seu talento e êxito no mercado financeiro, a misoginia cobrou seu preço. Durante décadas, a história referiu-se à Eufrásia apenas como “a amante de Joaquim Nabuco”, apesar de ambos serem solteiros durante os 14 anos em que namoraram.

O reconhecimento à importância histórica de Eufrásia Teixeira Leite aconteceu apenas em 2019. Neste ano, Mariana Ribeiro publicou o livro “Quero ser Eufrásia“, onde o devido crédito foi dado à financista. Inclusive, a B3 e a ONU Mulheres reconheceram Eufrásia oficialmente como a primeira investidora brasileira.

Conversas com Gestores de Ações Brasileiros, Luciana Seabra

Conversas com gestores de ações brasileiros: A fórmula dos grandes investidores para ganhar dinheiro em bolsa

A jornalista e CEO da Spit, Luciana Seabra, entrevistou grandes gestores de fundos e trouxe, nesta obra, a visão e principais estratégias que norteiam as decisões de investimentos dos maiores players do mercado financeiro.

O Lado Invisível da Economia, Katrine Marçal

O lado invisível da economia: Uma visão feminista

A jornalista Katrine Marçal questiona o pensamento econômico de matriz patriarcal e contextualiza a forma como as premissas das teorias econômicas não levam em consideração as mulheres.

A Cabeça do Investidor, Vera Rita de Mello Ferreira

A cabeça do investidor: Conheça suas emoções para investir melhor

A psicanalista especializada em psicologia econômica analisa, sob a ótica das ciências comportamentais, como as emoções interferem na tomada de decisões financeiras, especialmente na escolha dos investimentos.

Mulheres que Lucram – um guia para a independência financeira e emocional feminina

Mulheres que lucram: Guia para independência emocional e financeira feminina

O livro da economista Francine Mendes aborda o tema da equidade de gênero no mercado financeiro e em cargos de liderança. Além disso, trabalha conceitos de economia e finanças pessoais.

enda Fixa Não é Fixa, Marília Fontes

Renda Fixa não é Fixa

A mestre em Economia, analista CNPI e especialista em renda fixa da Nord Research, Marília Fontes, explica com profundidade o funcionamento e a precificação dos títulos de renda fixa, conceitos importantes para qualquer investidor que pretende gerir sua própria carteira com maestria.

Por que ainda precisamos apoiar as mulheres no mercado financeiro?

Fomentar o debate quanto ao espaço das mulheres no mercado financeiro não se trata apenas de justiça e equiparação, o que por si só já é excelente motivo. Mas, em um segmento onde os números são os indicadores de sucesso, podemos trabalhar por esse prisma: promover a equidade é também uma questão de melhorar a performance e a produtividade do setor:

  • estudo divulgado pela McKinsey demonstrou que empresas com maior diversidade de gênero têm 93% mais chances de superar concorrentes em performance financeira;
  • empresas que investem em equidade de gênero têm se mostrado mais produtivas e lucrativas;
  • o engajamento do consumidor com empresas de cultura inclusiva é muito mais elevado e culminam com incremento de receitas de até 19%;
  • pesquisa do S&P Global Market Intelligence apontou que CFOs do sexo feminino geraram maior lucratividade e valorização das ações de suas empresas em apenas 2 anos após sua contratação;
  • estudo do Goldman Sachs que avaliou quase 500 fundos de investimento, apontou que aqueles geridos por mulheres apresentaram em 2020 performance superior àqueles geridos exclusivamente por homens;
  • Relatório publicado em 2016 pela Mckinsey, em parceria com a Lean In – organização voltada à promoção de lideranças femininas – estimava que políticas de igualdade de gênero teriam potencial para injetar quase USD 30 trilhões na economia global até 2025.

Estes são apenas alguns aspectos quantitativos que demonstram os benefícios diretos que a equidade pode proporcionar ao desenvolvimento econômico de nossa sociedade. Mas, para além deles, toda uma questão qualitativa e de cunho sociocultural também está posta.

O apoio às mulheres no mercado financeiro envolve incorporar a dimensão de gênero nas políticas de desenvolvimento social, reconhecendo direitos inerentes à condição feminina, ampliando o debate sobre a construção social do papel da mulher na divisão do trabalho e o impacto que os estereótipos de gênero impõem no acesso às oportunidades de trabalho e a bens materiais.

É urgente que empresas, Estado e sociedade civil compreendam que é missão de todos evoluir nos debates para romper com uma cultura estereotipada que ainda sobrecarrega mulheres, restringindo a elas exigências ligadas aos cuidados com a família, criação de filhos e demais atividades tidas como “femininas”.

Como ajudar a inserir as mulheres no mercado financeiro?

Em linhas gerais, as questões que permeiam o acesso de mulheres no mercado financeiro são as mesmas para o mercado de trabalho como um todo, independente da área.

Os desafios que envolvem a ampliação do espaço feminino no mercado financeiro são complexos. A resposta a esta questão, certamente, renderia um estudo com muitas laudas e amplas discussões quanto ao papel das empresas, universidades, do consumidor e das políticas públicas de saúde, educação e diversidade.

A título de introdução ao tema, listei abaixo algumas iniciativas que merecem a atenção por parte das empresas, governos e sociedade:

  • implementação de práticas corporativas inclusivas que contemplem licença parental equânime e que não estigmatize as mulheres;
  • formulação de políticas mais claras e objetivas para avaliação de performance, levando em conta aspectos socioculturais que tornam as oportunidades desiguais;
  • criação de fóruns e debates sobre diversidade e os desafios à modificação da cultura das empresas. Garantir que esta seja uma agenda perene e não apenas uma semana de eventos no mês de março, dentro do calendário comemorativo do mês da mulher;
  • assegurar que os processos de recrutamento levem em conta a diversidade desde o momento da abertura de vagas;
  • valorizar empresas cuja cultura privilegie o tema diversidade, e possua políticas e metas claras quanto à promoção da equidade;
  • eleger mais mulheres para cargos legislativos, sobretudo aquelas comprometidas com a temática de gênero e diversidade. Cobrar dessas mulheres a atuação propositiva visando políticas públicas inclusivas e que fomentem educação financeira, políticas de incentivo ao empreendedorismo feminino e maior acesso aos serviços públicos essenciais;
  • envolver a sociedade civil no debate sobre a representatividade das mulheres no mercado financeiro como meio de emancipação e também como instrumento de desenvolvimento econômico das comunidade;
  • cobrar das empresas uma atuação mais proativa e comprometida com a superação das desigualdades e preconceitos. Privilegiar o consumo de produtos cujas empresas tenham essas premissas como proposta de valor.

Iniciativas que têm contribuído com o acesso das mulheres no mercado financeiro

Atualmente, temos algumas iniciativas interessantes ao redor do mundo, com foco em ampliar o protagonismo feminino no mercado financeiro. Algumas com alcance local, outras em âmbito global, mas, o fundamental mesmo é perceber que esse debate vem ganhando força e apoio de grandes nomes do mercado.

100 Women in Finance, organização global voltada à igualdade de gênero nas finanças. Realizam importante trabalho de capacitação e inserção de mulheres no segmento financeiro.

A meta da organização é que, até 2040, as mulheres ocupem pelo menos 30% das equipes de investimentos e cargos de liderança. Com atuação global, a ong tem também um braço brasileiro, tendo como Copresidente Francine Balbina/Modal, Nicole Dyskant (Dyskant Advogados) e Paula Attie (CME Group).

Women in Banking & Finance – com atuação no Reino Unido, realiza eventos e cursos com foco na ampliação da participação feminina do mercado financeiro.
Women’s Word Banking – o WWB merece destaque por seu histórico de 40 anos de atuação  no empoderamento financeiro feminino em 35 países. No escopo da ong, estão soluções financeiras digitais escaláveis, fomento de políticas públicas inclusivas, programas de liderança e diversidade, consultoria e capacitação, fundo de private equity com lentes de gênero, entre outras atividades.
Mulheres Investidoras Anjo – o MIA tem como missão incluir mulheres nas rodas de investimento, bem como fomentar investimentos em negócios comandados por mulheres.

Criado pela investidora Maria Rita Spina Bueno e as empresárias Ana Fontes e Camila Farani, o grupo busca conectar investidoras, empreendedoras e fundos de investimento.

Fin4she – fundada por Carolina Cavenaghi, a plataforma implementa projetos focados em independência financeira feminina e ampliação do protagonismo das mulheres no mercado financeiro. A plataforma é também responsável pelo evento Woman in Finance Brazil.
Programa Diversidade em Conselho (PDeC), ação conjunta entre a B3, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Spencert Stuart e WomenCorporationDirectors Foundation (WCD), cuja finalidade é disseminar boas práticas de governança corporativa, além de preparar executivas para atuar em conselhos de administração, conselhos fiscais, comitês de entidades do setor público e privado.

Conclusão

Os desafios ainda são muito grandes, contudo, o caminho está aberto e evoluindo. Hoje, temos muito mais acesso a informações de qualidade e sobretudo visibilidade.

A diferença salarial e de oportunidades de carreiras ainda é o principal obstáculo a vencer, bem como as políticas de concessão de financiamentos a empreendedoras.

Mas, dentre todas as ações afirmativas para superação de desigualdades, o maior de todos os desafios é a mudança cultural. Passaram-se mais de 130 anos desde que Eufrásia Teixeira Leite rompeu paradigmas e tornou-se uma das maiores financistas de seu tempo. Ainda assim, algumas barreiras culturais, misoginia e preconceitos que ela enfrentou, ainda perduram até hoje em nossa sociedade.

A reflexão quanto aos motivos que fazem com que ainda tenhamos que persistir nesse debate é ponto de partida para construirmos uma sociedade com igualdade de diretos e acesso às oportunidades. Afinal, as mulheres são metade da população mundial e mães da outra metade, então, se tivermos uma sociedade mais justa para elas, não há dúvidas de que será mais justa para todos.

Publicado por iDinheiro 

30 mar
Como as empresas na América Latina estão acelerando a inovação

Pesquisa realizada pela Visa mapeou o estágio de inovação de mais de 100 companhias na região; Brasil lidera com mais de um terço das empresas mais inovadoras

As empresas da América Latina alcançaram um nível mais sofisticado de inovação. É o que mostra o estudo State of Innovation, realizado pela Visa em parceria com a Americas Market Intelligence (AMI), que mapeou processos de inovação de mais de 100 companhias da região. Segundo o levantamento, o percentual de participantes em estágio avançado de inovação teve a maior alta, subindo de 17% em 2020 para 23% no ano passado.

O contexto ajudou. Enquanto em 2020 o cenário da pandemia pedia uma rápida migração para serviços e canais digitais, em 2021 foi preciso fazer ajustes e trabalhar para solucionar as barreiras que atrapalham a digitalização. Por isso, tecnologias que melhoram a segurança e viabilizam experiências para os clientes passaram a ser as mais adotadas: biometria, tokenização e Inteligência Artificial (IA) para detecção de fraudes tiveram maior aumento no uso.

Dois terços das empresas pesquisadas usam IA e machine learning (ML) para criar experiências personalizadas para os clientes (Foto: Pexels)

“É possível notar que as novas tecnologias não são mais um fim em si mesmas, elas se tornaram um meio essencial de resolver as dores mais urgentes do consumidor”, observa Vanesa Meyer, vice-presidente de Inovação da Visa América Latina e Caribe.

De acordo com o estudo, das 30 empresas mais inovadoras da região, 46% são nativas digitais, enquanto as companhias tradicionais representam os 54% restantes, o que prova o esforço de organizações mais antigas para se reinventar.

O Brasil lidera com mais de um terço das empresas mais inovadoras. No país, as companhias tendem a ter mais parcerias com startups. Além disso, elas também estão à frente por experimentarem tecnologias avançadas, como IA, tokenização e criptografia.

O que habilita as empresas a inovar?

A pesquisa também revela características em comum das empresas mais inovadoras. Em geral, a inovação é descentralizada dentro da companhia, e está integrada à estratégia corporativa. Além disso, é promovida pelos executivos de C-level com equipes autônomas, o que as torna mais agéis. Cerca de 93% das empresas também dizem usar incentivos para promover a inovação de forma mais ampla.

Além disso, essas empresas revisam seus produtos e serviços atuais com regularidade, usando testes contínuos em tempo real e feedbacks dos clientes.

“As empresas mais inovadoras da América Latina têm uma qualidade em comum, que é o desejo de melhorar a jornada do cliente por meio de uma abordagem descentralizada e aberta. Seja resolvendo um desafio de mercado ou capitalizando uma oportunidade, elas estão em sintonia com as mudanças nas preferências do consumidor”, acrescenta Vanesa.

As tecnologias mais adotadas

Dois terços das empresas pesquisadas usam IA e machine learning (ML) para criar experiências personalizadas para os clientes. Além disso, as empresas têm adotado ferramentas de segurança avançadas para proteger informações sensíveis. Algumas das mais implementadas são IA para detecção de fraudes, tokenização e biometria, que em 2021 registrou o maior uso (74%) entre as empresas pesquisadas, sendo a autenticação facial a aplicação mais usada (63%).

Há também uma crescente descentralização dos serviços financeiros por meio de tecnologias como open banking, a ativação de tudo como um serviço (everything-as-a-service) e blockchain. Quase metade das empresas pesquisadas e 60% das mais inovadoras indicam que já estão desenvolvendo soluções de open banking.

As empresas estão cada vez mais interessadas em produtos cripto. No entanto, a implementação desses produtos continua limitada – apenas 8% das pesquisadas relatam algum grau de integração com criptomoedas. Porém, mais de um terço das empresas pesquisadas (34%) indicaram que estão desenvolvendo produtos cripto ou que os incluíram em seus planos estratégicos.

Publicado por Época Negócios

07 mar
Usuários de criptomoedas de games ultrapassam pela primeira vez os de DeFi

Segundo especialistas, mercado ainda não entende as propostas dos diferentes tipos de ativos digitais

Dados observados pela empresa de pesquisa de blockchain CryptoRank mostram que usuários de criptomoedas de games ultrapassaram em 2021, pela primeira vez, os de finanças descentralizadas (DeFi). No ano passado, carteiras ativas únicas ligadas a tokens de games responderam por 49% da indústria de blockchain.

“Gaming se tornou uma das áreas de maior crescimento no mercado cripto. A primeira onda de jogos são os play-to-earn (P2E, ou jogue para ganhar), como Axie [Infinity] e DeFi Kingdoms, porque eles são fáceis de lançar e necessitam de mecânicas e gráficos menos intensos”, afirmou em e-mail Ilan Solot, sócio do Tagus Capital Multi-Strategy Fund.

Segundo o especialista, o grande apelo dos jogos play-to-earn é participar da economia do jogo de alguma maneira, então muitos usuários de DeFi, principalmente provedores de liquidez, entraram rapidamente. “Há muita sobreposição”, apontou.

Fortuna dos tokens de games 

No mês passado, em post publicado no blog da gestora de ativos Arca, Jeff Dorman apontou que, embora o setor de jogos esteja “bombando” e seja considerado à prova de crises, as fortunas dos tokens de games e as moedas de outros sub-setores continuam atreladas ao Bitcoin (BTC), possivelmente devido à falta de conhecimento do varejo e de novos investidores profissionais.

“Por conta dos altos faturamentos e rendimentos, muitos ativos digitais deveriam ser os favoritos dos consumidores, e não se comportar como empresas de tecnologia sem lucro. Mas o mercado parece não estar pronto para colocar, de um lado, tokens de empresas de jogos que se comportam bem em crises (como o AXS) e exchanges com alto fluxo de caixa (como o FTT, SUSHI) e, de outro, protocolos sem fluxo de caixa (como o BTC) e produtos em fase inicial com pouca geração de taxas (como o SOL, AVAX)”, afirmou Dorman.

Publicado por InfoMoney

10 fev
Janeiro terminou. E o seu planejamento financeiro, já está pronto?

O primeiro mês do ano terminou - o mês mais longo. De agora em diante, tudo acelera e, quando nos damos conta, já tem panetone no mercado de novo

Janeiro foi o período para se organizar, traçar metas, planejamentos, além de realizar uma série de projeções que vão (ou não) se concretizar nos próximos tempos.

Mas, o primeiro passo que define se os planos irão de fato se tornar realidade é o planejamento. Como diz o ditado: “Se você falha em planejar, está planejando falhar”.

Imagino que, entre as suas metas, existe alguma relacionada à vida financeira. Seja guardar dinheiro, comprar um determinado bem ou fazer uma viagem. Agora eu te pergunto: você tem alguma meta relacionada a investimentos?

Porque, se tem uma meta financeira, deveria saber que investir pode te ajudar a atingi-la. Mas, tanto para fazer o primeiro investimento como para investir mais e melhor, é necessário um bom planejamento.

Se você não sabe muito bem por onde começar, vou deixar aqui o meu passo a passo. Todo começo de ano repasso por esses pontos para planejar os meus investimentos:

1. Organize o seu orçamento

Ter visibilidade sobre o seu dinheiro é o primeiro passo para fazer melhor uso dele. Some todas as suas receitas; liste seus gastos, agrupando-os em categorias (custos fixos, variáveis e livres – lembrando que “livres” são aqueles mimos e luxos que nos permitimos) e defina qual o percentual da sua receita quer destinar para cada grupo de despesas. Já aproveite para cortar gastos desnecessários.

2. Planeje seus investimentos

Agora, sabendo quanto e com o que gasta, fica mais fácil definir a parcela do seu orçamento que você quer e pode separar para investir. Fazendo isso, você define o valor dos seus aportes mensais.

Assim como fez com as despesas, estipule qual o percentual da sua receita será destinado para investimentos, dividindo entre sonhos e aposentadoria.

O investimento para o sonho vai te ajudar a atingir as metas financeiras, como comprar algum bem ou fazer uma viagem, enquanto o investimento para a aposentadoria vai garantir o seu futuro.

O quanto vai destinar para cada um depende muito dos seus objetivos, se quer se aposentar mais cedo ou se está comprando uma casa, por exemplo. Por isso, é importante ter suas metas de vida bem definidas.

3. Entenda o seu perfil de investidor

Esse é um passo de autoconhecimento: você analisará qual tipo de investimento faz mais sentido para você e os seus objetivos. Para isso, é importante conhecer a sua situação financeira – exatamente o que você já fez nos passos anteriores. Só assim saberá se pode se expor aos investimentos mais arriscados.

Tendo visibilidade da sua situação, é necessário refletir sobre: qual a sua tolerância aos riscos? Qual o seu horizonte de tempo para os investimentos?
É importante também conhecer o produto que quer investir, para não estar exposto a riscos desconhecidos.

4. Defina a sua estratégia de investidor

Agora, você precisa definir onde vai aplicar o seu dinheiro mensalmente. Você pode escolher os seus investimentos por objetivo, pensando em quais seriam de curto, médio ou longo prazo. Além de estar de acordo com o seu perfil, calculando quanto você irá colocar em produtos de baixo risco e com quanto está disposto a correr mais risco.

Tendo essa estratégia definida, você escolhe quais investimentos fazem mais sentido para compor a sua carteira de investimentos, pensando sempre em diversificar os seus investimentos para aumentar a segurança das suas aplicações.

5. Verifique se a sua estratégia está alinhada com seus objetivos financeiros

Para ser realista com as suas expectativas, entenda se o plano de investimentos que você traçou está alinhado com o alcance das suas metas financeiras.

Calcule se será viável atingir o seu objetivo dentro do seu prazo, com o valor que você tem para investir. Se for preciso, reenquadre o seu plano de investimentos ou a sua expectativa.

Com o plano definido, fica muito mais fácil se organizar para investir todo começo de mês, já tendo visibilidade de quanto e onde você vai colocar o seu dinheiro. Isso faz a diferença no seu ano.

Agora, com um planejamento bem feito, é o momento de colocar o plano em ação e percorrer as metas que definiu em janeiro.

Publicado por InfoMoney 

04 jan
Com a aceleração do e-commerce, qual o futuro das lojas físicas?

28 dez
3 soluções para levar seu pequeno negócio para o mundo digital

Treinamentos do Google Academy que mostram ferramentas para implementar de maneira prática a digitalização da sua pequena empresa e conquistar cada vez mais clientes

Reprodução/Sebrae

80% das pessoas buscam na internet quando querem encontrar um negócio perto de onde estão1. Pensando nisso, e na imposição do distanciamento social em tempos de pandemia, a presença digital é a chave para alcançar clientes e conseguir resultados mesmo em momentos de crise. Mas levar o seu negócio para o ambiente online não precisa ser trabalhoso ou dispendioso. 98% dos empreendimentos no Brasil são pequenas empresas2, e, para elas, existem soluções simples — e gratuitas, em alguns casos — para levar de vez o seu negócio para o mundo virtual. Abaixo, veja dois treinamentos do Google Academy que mostram ferramentas para implementar de maneira prática a digitalização da sua pequena empresa e conquistar cada vez mais clientes.

21 dez
Paraguai: uma análise de mercado para exportação de queijo coalho

No ano de 2016 segundo estudos do IBGE, o valor total da produção industrial de leite e de seus derivados no Brasil foi de R$ 54,4 bilhões, sendo que somente o valor da produção de leite atingiu cerca de R$ 17 bilhões, enquanto a fabricação total de laticínios atingiu R$ 37,6 bilhões, representando cerca de 70% do valor total de produção desse setor. Desagregando o setor por seus produtos, merecem destaque:

  • Na fabricação de laticínios, a produção de queijos e outros derivados segundo a Tabela 1 abaixo, representam cerca de 50,8% do total, atingindo cerca de R$ 28 bilhões. Em seguida, destaca-se leite em pó (11%), creme de leite (3,9%) e manteiga (2,1%), cuja produção agregada soma cerca de R$ 10 bilhões;

Tabela 1 -Fonte: Sidra, IBGE

 

  Embora o mercado de leite se caracteriza por uma pulverização pelo lado da produção da matéria-prima (leite) com distribuição em todas as regiões do país, há poucos compradores para o beneficiamento desse produto na indústria. Na realidade, em 2017, as quatro maiores empresas (Nestlé, Laticínios Bela Vista, UNIUM e CCPR/Itambé) receberam cerca de 60% do leite produzido pelos pecuaristas, atingindo 5,1 bilhões de litros de leite;

  • Estima-se que a capacidade instalada de processamento do leite das 14 principais empresas de laticínios no país seja de 13,8 bilhões de litros por ano.

Apesar de ser o 4º maior produtor de lácteos do mundo, o Brasil é apenas o 12º exportador; a União Europeia domina esse mercado, seguida pela Nova Zelândia e pelos Estados Unidos segundo dados do Ministério da Economia. O consumo interno brasileiro ainda é dependente do mercado externo, mesmo apresentando uma produção crescente desde a década de 1990.

Atribuem-se vários fatores à mudança ocorrida na década de 1990, como a abertura comercial e a integração econômica, aumentando assim os investimentos na cadeia produtiva do leite. Com a criação do Plano Real e fortalecimento da economia brasileira também houve mudança nos padrões de consumo, alavancando a produção do setor lácteo, e contribuindo para transformar esse produto em uma commodity.

A fabricação de laticínios envolve um número maior de etapas no processo de produção quando comparado a produção industrial do leite. O resultado reflete o nível de intensificação tecnológica do segmento, portanto é natural que ao agregar tecnologia o valor da produção desse segmento seja superior ao segmento do leite industrial.

Destaca-se na fabricação de laticínios a produção de queijos e outros derivados, que juntos representam cerca de 50,8% do total da produção atingindo cerca de R$ 28 bilhões, como vemos na Tabela 02 abaixo.

Em seguida, destaca-se leite em pó (11%), creme de leite (3,9%) e manteiga (2,1%) que juntos somam cerca de R$ 10 bilhões.

 

Tabela 02 – Fonte: Sidra, IBGE

 

Nesse panorama da produção de laticínios, o Piauí possui algumas empresas que estão investindo e têm conquistado mercado também em outros estados da região Nordeste do Brasil.

Produzindo atualmente diversos derivados do leite, como leite pasteurizado, manteiga de garrafa, manteiga, requeijão, nata, creme de leite fresco, queijos frescos gourmet, com e sem lactose.

Com o presente trabalho, foi realizado um Estudo de Mercado para Exportação do Queijo Coalho (Código NCM / SH: 2208.40.00 OUTROS QUEIJOS FRESCOS NÃO CURADOS), para o Paraguai.

Segundo o site da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo – ABIQ os Queijos Coalhos são de origem brasileira, mais especificamente do Nordeste, onde a tecnologia artesanal utiliza leite cru. Recebe esse nome pela coagulação ocorrer a partir de uma enzima encontrada no estômago de ruminantes.

O processo de fabricação passou ao longo dos anos por melhoramentos tecnológicos, por exigências de higiene e de pasteurização do leite, sem que fossem comprometidas suas características intrínsecas e funcionais. Atualmente os queijos coalhos estão difundidos em todo o país e no exterior e são encontrados com facilidade em supermercados e bares, principalmente em regiões litorâneas.

Esse tipo de queijo é usualmente consumido no Piauí e em quase todo o Brasil, a quente, servido em pedaços em palitos, assado em brasa ou mesmo frito. Uma vez aquecimento não derrete, devido à baixa proteólise e desmineralização. Possui uma textura que range nos dentes ao se mastigar e um aspecto de tostado na superfície.

Os queijos coalhos, são queijos sem maturação, recomenda-se, portanto, que se observe a data de validade e a condição de armazenamento sob refrigeração.

O cenário global e as exportações brasileiras

 Entre os anos de 2015 a 2019 podem como podemos observar no Gráfico 1 abaixo, temos os 10 maiores compradores de queijos frescos brasileiros segundo dados do Comex Stat.

Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

A partir dos dados extraídos, podemos observar que o Paraguai é o terceiro maior importador de queijos frescos do Brasil, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Chile. Sendo um país vizinho do Brasil, o Paraguai possui o espanhol e o guarani como línguas oficiais, e o guarani como moeda, segundo dados do World Factbook.

O Paraguai não é banhado por mar, limitado pelos seus três vizinhos, (Argentina, Brasil e Bolívia) e faz seu comércio por via terrestre ou fluvial.

Possui intensas relações comerciais com o Brasil, além de ser membro do Mercosul.

Ainda segundo dados do Trademaps, em 2019 o Brasil foi principal mercado importador e exportador de produtos para o Paraguai.

Exigências normativas, certificações e requisitos técnicos

Todo produto de origem animal deve ser regularizado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. O MAPA define queijo como todo produto fresco ou maturado proveniente da separação parcial do soro do leite, coagulado pela ação de enzimas ou bactérias específicas.  Primeiramente, antes de iniciar os processos para registrar queijo no MAPA, será preciso registrar sua empresa como Estabelecimento Produtor.

Essa licença destina-se para empresas que utilizam matéria-prima, semi-industrializados ou industrializados de origem animal para a fabricação de produtos, como o queijo.

Alguns dos requisitos necessários para obter o registro:

  • A área para recebimento de matéria-prima deve ter tamanho suficiente para comportar a demanda;
  • Para os estabelecimentos que recebem leite em latão, uma área destinada a lavagem e higienização dos mesmos é requerida.

 

A classificação para estabelecimentos produtores de queijo é Fábrica de Laticínios. Após legalizar a empresa no MAPA, pode-se dar início ao processo para registrar queijo.

A Licença de Estabelecimento precisa ser renovada a cada dez anos, sendo válida em todo território nacional. Se uma mudança ocorrer na legislação vigente, será preciso fazer as devidas alterações no registro.

Depois da regularização do estabelecimento no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sua empresa estará apta para iniciar o procedimento necessário para registrar queijo no MAPA.

A solicitação deve ser realizada eletronicamente, contendo informações técnicas do produto. São algumas delas:

  • Dados de identificação e caracterização do queijo;
  • Indicação dos ingredientes do queijo, seguindo ordem decrescente de quantidade;
  • Descrição dos processos de fabricação.

 

Para registrar queijo no MAPA é preciso o selo do Serviço de Inspeção Federal – S.I.F. Este órgão é responsável por fiscalizar e assegurar a qualidade dos produtos de origem animal, sendo comestíveis ou não. Isso quer dizer que, para comercializar e registrar queijo no MAPA, o produto deve passar pela inspeção e receber o selo de aprovação do SIF em seu rótulo.

É necessário avaliar o custo-benefício na obtenção da certificação, pois o processo de obtenção ocasiona custos decorrentes das adequações no sistema de produção. Indica-se a consulta ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, para obtenção de informações sobre as entidades certificadoras, recomenda-se que a certificadora use padrões aceitos internacionalmente, como os estabelecidos pela International Federation of Organic Agriculture Movements – IFOAM.

 

Registro Internacional de Marcas e Patentes

É de fundamental importância que a empresa interessada em exportar para o Paraguai faça o registro da marca, destacando-se os seguintes benefícios: proteção da sua marca e evitar eventuais impedimentos para a utilização da mesma; evitar problemas de falsificações, fraudes, direitos autorais, etc.

Deve ser destacado que o Paraguai não é parte do Sistema de Haia para o Registro Internacional de Desenhos Industriais, o Tratado de Cooperação de Patentes – PCT ou do Protocolo de Madrid relativo ao Registro Internacional de Marca.

Segundo estudo desenvolvido pelo Mercosul IPR SME Helpdesk  em relação ao registro das marcas no Paraguai, temos:

  • Itens que podem ser registrados como marcas comerciais: uma ou mais palavras, slogan, emblemas, monogramas feitas sob focas, selos e gravações, nomes, palavras fantasiosas, combinações distintas de letras e números, combinações e arranjos de cores, rótulos e de embalagens e containers. A marca registrada também pode consistir de a forma particular, apresentação ou um arranjo de dos produtos ou nas respectivas embalagens, bem como os meios ou local onde os produtos ou serviços são vendidos.

A legislação paraguaia fornece também alguns tipos especiais de marcas comerciais:

  • Marca coletiva: qualquer sinal destinado a distinguir a origem comum ou quaisquer outras características comuns partilhadas por produtos ou serviços produzidos por diferentes empresas que utilizam a marca registrada sob o controlo do titular. Marcas coletivas podem ser registradas por sociedades devidamente autorizadas a serem utilizadas pelos seus membros. O titular deve declarar explicitamente a natureza da marca e os regulamentos que regem a sua utilização.
  • Marca de certificação: Um sinal aplicado a produtos ou serviços, as características únicas ou qualidade dos que são certificadas pelo titular da marca. Este tipo de marca registrada pode ser requerido por empresas ou instituições privadas ou de direito público nacionais ou estrangeiras, ou por organismos estatais regionais ou internacional.

O processo de Registro demora cerca de 8 a 11 meses, se não há oposições. Maiores informações e o formulário de pedido de Registro da marca no Paraguai pode ser encontrado no

site oficial da Dirección Nacional de Propiedad Intelectual – DINAPI, na secção de Formalidades e Serviços

 

Requisito para rótulos e embalagens no mercado paraguaio

No âmbito do Mercosul, existe uma série de normas de rotulagem unificadas e de caráter obrigatório para qualquer produto destinado aos consumidores finais no país de destino. As exigências de rotulagem do Mercosul abrangem o conteúdo do rótulo.

Diferentemente de outros mercados, como nos Estados Unidos e na União Europeia, não existem requisitos formais com relação à arte e ao formato do rótulo, salvo a legibilidade que implica “caracteres de bom tamanho, realce e visibilidade”.

Os rótulos devem ser redigidos em espanhol. Para produtos que não contam com rótulo original em espanhol, podem-se confeccionar rótulos adicionais (por exemplo, em forma de adesivo), que se aderem à embalagem sem cobrir o rótulo original. É importante que o rótulo esteja fixado de modo que impeça a perda ou destruição do rótulo pela unidade, pela exposição à luz, ou pelo manuseio da mercadoria.

 

Público-alvo no mercado paraguaio e eventos de promoção comercial

Segundo dados do site da Apex-Brasil, apenas em Assunção e sua zona metropolitana são mais de dois milhões de potenciais consumidores. O Embaixador brasileiro Carlos Alberto Simas Magalhães, corrobora esse potencial: “A economia paraguaia cresce em média 4% ao ano de forma consistente na última década. Essa missão é particularmente importante para difundir a capacidade exportadora brasileira para além das nossas grandes empresas”.

Chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada brasileira em Assunção, Luiz Fellipe Schmidt revela que de 2014 a 2016 a consulta de empresários brasileiros sobre o mercado paraguaio aumentou de 214 para 966, um salto de 400% em apenas dois anos. “Estamos construindo um banco de dados para o exportador brasileiro e nossa sinergia com a Apex-Brasil tem fortalecido a promoção comercial brasileira”, detalha Schmidt.

É recomendado às empresas que queira exportar que participem de feiras e eventos ligados ao mercado em questão. A Expo Paraguai Brasil é uma feira multissetorial, que busca promover o intercâmbio comercial, cultural e turístico entre os dois países. É o lugar ideal para conduzir negócios, identificar novas oportunidades, desenvolver parcerias efetivas e paralelas, participar de conferências e conferências de negócios entre empreendedores de ambos os países.

Este artigo foi produzido por:

 

Gustavo Dias 

Advogado, Especialista em Direito Empresarial, atua como Consultor em Gestão Empresarial e Comércio Exterior.

 

 

Marta Emanuelly  

Economista, Especialista em Gestão Empresarial e Tecnóloga em Comércio Exterior.

 

 

 

Thiago Rodrigo

Empreendedor, Mestre em Administração e professor do iCEV.

 

 

 

Referência

IBGE. Disponível em <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6705> Acesso em 15 de setembro de 2021.

IBGE. Disponível em <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6705> Acesso em 15 de setembro de 2021.

Disponível em < https://www.abiq.com.br/queijos_ler.asp?codigo=1918&codigo_categoria=16&codigo_subcategoria=37>
Acesso em 20 de setembro de 2021.

Comex Stats. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/20268>. Acesso em 20 de setembro de 2021.
5 World Factbook. Disponível em <https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pa.html>. Acesso em 15
de setembro de 2021.

Mercosul IPR SME Helpdesk. Disponível em <https://www.latinamerica-ipr-
helpdesk.eu/sites/default/files/factsheets/pt_factsheet_paraguay.pdf>. Acesso em 26 de setembro de 2021.

Dirección Nacional de Propiedad Intelectual – DINAPI. Disponível em < https://servicios.dinapi.gov.py>. Acesso em 26 de
setembro de 2021.
8 Série Como Exportar: Paraguai. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXParaguai.pdf>. Acesso em 18 de setembro
de 2020.

Apex-Brasil. Disponível em <https://portal.apexbrasil.com.br/noticia/EMPRESARIOS-ATENTOS-AS-OPORTUNIDADES-
DO-MERCADO-PARAGUAIO/>. Acesso em 20 de setembro de 2021.

21 dez
Uma análise do mercado norte-americano para exportação do mel natural piauiense

 

Foto: Mauricio Pokemon

 Na construção da sua jornada exportadora, uma variável de importante análise é a escolha do mercado e a sua gestão. Identificar a vocação internacional do seu produto, os requisitos de acesso e as exigências normativas para o mercado-alvo, configuram-se atualmente com um dos grandes desafios principalmente para o empresário que está iniciando a sua trilha exportadora.

Diante do exposto, o objetivo desse estudo é aprofundar através de uma pesquisa bibliográfica do tipo exploratória, os principais critérios relevantes e peculiaridades do mercado dos Estados Unidos, selecionando no setor de Alimentos, Bebidas e Agronegócios, as exportações do Mel para esse mercado.

O cenário global e as exportações brasileiras

Uma vez que é uma das poucas atividades baseadas no trinômio da sustentabilidade: o ecológico, o social e também o econômico a apicultura desempenha papel importante no quadro socioeconômico mundial. Olhando pelo viés ecológico a apicultura contribui sobremaneira para a polinização de espécies nativas e cultivadas  conservando assim a vegetação, visto que não é necessário desmatar para criar abelhas,  precisando apenas de plantas vivas para a retirada do pólen e do néctar de suas flores (alimento principal das colmeias); do lado social, favorece a manutenção da ocupação de mão de obra familiar no campo, diminuindo o êxodo rural; e ainda pelo viés econômico é o gerador de renda para os produtores contribuindo principalmente para a melhoria de vida de milhares de famílias as quais muitas vezes têm a apicultura como única fonte de renda.

Em nosso país, principalmente pelas suas dimensões continentais, a atividade apícola tem um papel fundamental no desenvolvimento sustentável das zonas rurais. No Brasil, a apicultura tem ainda um caráter econômico e social importante para muitas famílias gerando emprego e presta um importante serviço para o ecossistema devido à polinização, que, por sua vez, contribui para a melhoria da biodiversidade e para a segurança alimentar mundial.

Baseado em alguns estudos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pode ser observado que o aumento da densidade e da diversidade dos insetos polinizadores tem um impacto direto na produtividade das culturas, podendo, por isso, contribuir para que os pequenos agricultores aumentem a sua produtividade média global em até 24%. O setor é, portanto, também essencial para todo o setor agrícola.

Contando com aproximadamente 360 mil apicultores, em sua maioria de baseada na agricultura familiar, a cadeia produtiva do mel no Brasil apresentou um crescimento de 4,5% nos últimos 10 (dez) anos segundo a Confederação Brasileira de Apicultura. Centenas de associações e cooperativas de pequenos produtores e exportadores de mel geram 450 mil postos de trabalho no campo e 16 mil empregos diretos e indiretos no setor industrial.

Tendo em vista a grande à biodiversidade brasileira, ao clima, ao solo, às floradas, à genética das abelhas e à localização geográfica do país, que propiciam ambiente favorável ao habitat das abelhas, produz mel ao longo do ano todo, e se coloca em 8° (oitavo) lugar como produtos mundial, ficando atrás de México, Índia, Rússia, Irã, Estados Unidos da América, Turquia e China (1° lugar). Em 2016, a produção de mel brasileira totalizou 39,6 mil toneladas, das quais 17,1 mil toneladas tiveram como origem o sul do país.

Uma vantagem do Brasil em comparação aos países do Hemisfério Norte é a introdução de espécie de abelha de origem africana que se tornou muito mais produtiva e resistente às pragas e doenças do que as europeias e americanas. As africanizadas, encontradas hoje em quase todas as colmeias produtivas brasileiras, só passaram a existir a partir de 1956, quando, por acidente, essas abelhas escaparam dos laboratórios e, na natureza, formaram um híbrido com a espécie europeia que já vivia no país desde o século XIX. Assim, o Brasil ainda consegue produzir mel sem uso de medicamentos (produtos químicos), o que faz destacar o país no mercado pela qualidade do produto.

O presente estudo tem por objetivo a análise do mercado norte-americano para as exportações de mel natural piauiense (Código NCM / SH: 0409.00.00 MEL NATURAL) fracionado.

O Piauí no cenário global das exportações

Quando observamos as exportações de mel em um ano atípico como o ano de 2020, o Brasil exportou 45.728 toneladas, um volume 50,5% superior ao obtido no ano de 2019 onde não tínhamos ainda a Pandemia do Coronavírus. O faturamento nacional foi 44,1% maior, chegando a US$ 98,560 milhões, conforme podemos observar no Gráfico 1 abaixo.  

Gráfico 1 – Exportação Mel Natural – Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

As exportações do mel brasileiro ganharam fôlego no primeiro trimestre de 2021 quando exportamos 8.891 toneladas de mel in natura. Esse volume é 112,4% superior às 4.186 toneladas do mesmo período em 2019. Nosso faturamento cresceu de US$ 8,121 milhões para US$ 29,151 milhões (358,95%) segundo dados mais recentes do Agrostat Brasil que é uma ferramenta que reúne números de exportação e importação de produtos agropecuários.

O estado do Piauí está na primeira colocação nas exportações de mel, com 2.825 toneladas e recursos de US$ 9,830 milhões, seguido do estado do Paraná que exportou 2.039 toneladas do produto in natura, com receita cambial de US$ 6,360 milhões.

Assim como no ano de 2020, os Estados Unidos são o principal destino para o mel brasileiro, com 87% do volume exportado. Em seguida vem, pela ordem, Alemanha, Canadá, Países Baixos, Reino Unido e Panamá. No Gráfico 2 abaixo podemos observar a participação por país nos últimos 5 anos.

Gráfico 2 – Participação por país nas exportações de mel entre 2016-2020 Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

No primeiro trimestre de 2021 as Exportações Piauienses somam US$ 64,2 milhões representando um crescimento de 19,8% se compararmos com o mesmo período do ano de 2020 conforme podemos observar no Gráfico 3.

 

                                         

Gráfico 3 – Exportações Piauienses (milhões US$) Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

Esse crescimento foi alavancado sobretudo pela exportação de mel natural já no 1° trimestre de 2021 onde obtivemos um aumento de 436% (quatrocentos e trinta e seis por cento) em relação ao mesmo período do ano anterior, além do aumento de 27% na exportação de milho em grãos  e também resultados expressivos no aumento das exportações de pilocarpina e quercetina (produzidas no litoral piauiense). Já em relação à soja, principal produto da nossa pauta exportadora, o que se observou referente a esse mesmo período foi uma queda na ordem de 15% no volume exportado, conforme podemos observar no Gráfico 4.

 

Gráfico 4 – Exportações Piauienses por Produtos Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

Analisando o mel natural pelo desempenho espetacular obtido já nesse primeiro trimestre, que coloca o Piauí em 1° (primeiro) lugar com US$ 13,9milhões já exportados (30% das exportações brasileiras) cabe um detalhamento em separado das exportações em relação a esse produto tão importante da pauta exportadora piauiense.

Referente ao ano de 2020, o estado do Pauí se destacou nas exportações de mel natural ficando em evidência nacional ao se colocar como 2° (segundo) maior exportador com 21,4% do total, representando US$ 21,1 milhões e com um volume de 9,8mil toneladas ficando atrás apenas para o estado de Santa Catarina que conseguiu 23,1% do total das exportações com um montante de US$ 22,8 milhões perfazendo 10,4mil toneladas de mel exportados conforme podemos analisar no Gráfico 5.

Gráfico 5 – Principais Exportadores de Mel Brasileiro Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

O principal destino das exportações de mel natural é o mercado norte-americano. Quando analisamos os dados referentes à média dos valores exportados nos últimos 10 (dez) anos entre 2011 e 2020 pudemos observar que os Estados Unidos conseguiram ocupar a primeira colocação sendo o destino de quase 80% (oitenta por cento) do mel piauiense. Como podemos observar no Gráfico 6 abaixo, o 2° (segundo) maior comprador é a Alemanha mas bem distante com 10% (dez por cento), em 3° (terceiro) lugar temos o Reino Unido com 4% (quatro por cento) e em 5° (quinto) lugar vemo Canadá como sendo o destino de 2% (dois por cento) das exportações do nosso estado.

Gráfico 6 – Principais Importadores de Mel Piauiense Elaboração própria com dados SECEX/MDIC (2021)

                             

Exigências normativas, barreiras técnicas e regulamentação do mercado

Em termos regulatórios, as normas dos EUA exigem uma “Taxa de Avaliação da Ordem de Pesquisa e Promoção de Importadores e Embaladores de Mel” igual a US$ 0,015 por libra. As avaliações, pagas por importadores e primeiros manipuladores (embaladores), são usadas para projetos de pesquisa e promoção projetados para manter e expandir o mercado de mel e produtos de mel nos Estados Unidos e no exterior. Os EUA também possuem um sistema de classificação da qualidade e da cor do mel.

As mudanças a serem realizadas para otimizar processos de modo a aumentar a produtividade possuem impacto direto nos produtos, aumentando a sua qualidade. Além disso, a empresa também precisa fazer melhorias nesse sentido de maneira consciente para que seja capaz de atender às especificações do mercado internacional, que pode ser consideravelmente mais exigente em determinadas situações.

A indústria de mel dos EUA é representada pela American Honey Producers Association – AHPA e pela Federação Americana de Apicultura.

Por isso, ao exportar o seu produto uma empresa automaticamente pensa em torná-lo melhor, com mais valor agregado e mais adaptado para cumprir uma série de exigências. Para o mercado interno, isso é ainda mais vantajoso, já que o mercado passa a ter acesso a um produto com preço adequado e com padrões internacionais.

Um dos requisitos para a exportação para os Estados Unidos é a análise físico-química do produto para adequação do pedido do cliente, tendo em vista que nas várias regiões do país selecionado, existem padrões diferentes exigidos. A empresas que desejem exportar já devem trabalhar com uma linha de produtos fracionados atendendo aos padrões internacionais tanto de rotulagem como embalagem.

Para o mercado selecionado a melhor apresentação de produto, seria o mel natural fracionado em potes de vidro transparentes, com tampa metálica e lacre plástico termoencolhível. O tamanho escolhido mais adequado para a embalagem são os potes com 500g uma vez que se adequa bem ao padrão de consumo do mercado selecionado, podendo ainda caso seja de interesse do comprador, ser utilizadas bisnagas de 350g e 500g, potes de 250g, 500g e até de 1kg. A escolha da embalagem se deu tendo em vista a capacidade de realçar a cor do produto e ainda por ser o tipo de embalagem mais utilizada no mercado de exportação, atendendo aos padrões internacionais para a comercialização do mel.

Existem diversos tipos de embalagens com vários tamanhos e tipos, que variam conforme a escolha de cada produtor. Assim, ao escolher a embalagem certa para comercialização de mel fracionado deve-se estar atento para as que são próprias para a conservação de produtos alimentícios. Devem ser cheias e completamente fechadas e vedadas, evitando que o contato com o ar e a umidade fermente o mel em um curto período de tempo.

Os Estados Unidos já utilizam o mel como alimento e como complemento para diversos outros produtos em refeições como no tradicional american breakfast que serve de cobertura para panquecas, frutas e biscoitos.

Devem ser consultadas ainda as normas regulamentadas pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento que dizem respeito às embalagens e rótulos.

Em relação aos rótulos de produtos estes são regidos por diversas leis norte-americanas. Dentre as principais temos:

  • Fair Packaging and Labeling Act – FPLA: de acordo com o “Fair Packaging and Labeling Act-FPLA”, de 1967, cabe à “Federal Trade Commission – FTC” e à FDA a responsabilidade pela elaboração e implementação de regulamentos referentes à rotulagem de bens de consumo produzidos e/ou comercializados nos Estados Unidos. O FPLA determina que conste em todo rótulo a identificação precisa do produto, nome e endereço do fabricante ou distribuidor e volume líquido do conteúdo (em unidades do sistema métrico e em libra/onça). O FPLA autoriza também os mencionados órgãos a expedirem regulamentos visando a proibição de reivindicações enganosas e a facilidade de comparação de preços. O FDA administra o FPLA no que concerne a alimentos, cosméticos, medicamentos e aparelhos médicos, cabendo à FTC a regulamentação de rótulos da maioria dos demais bens de consumo não duráveis de uso doméstico;
  • “Nutrition Labeling and Education Act”: determina a inclusão de informações sobre nutrientes nos rótulos da maioria dos produtos alimentícios. Determina também que os rótulos que contenham reivindicações especiais sobre nutrientes e benefícios à saúde do consumidor estejam em conformidade com requerimentos específicos contidos no regulamento.

Os produtos alimentícios importados devem cumprir as leis e regulamentos da FDA sobre rotulagem de alimentos. A lei do país determina que as instalações envolvidas na fabricação, processamento, embalagem ou manutenção de alimentos para consumo nos Estados Unidos devem enviar informações de registro adicionais à FDA, incluindo a garantia de que o órgão está autorizado a inspecionar a instalação nos horários e na maneira permitida pela lei. Além disso, a lei requer que as instalações de alimentos estejam registradas junto à FDA para renovar esses registros a cada 02 (dois) anos. A FDA tem a autoridade para suspender o registro de uma instalação de alimentos em determinadas circunstâncias.

A forma mais recomendada para inserção no mercado norte-americano é a representação através de Agente/Representante Comercial via trading company. Com isso, a prospecção e o contato comercial são realizados por uma pessoa de fora da empresa exportadora, que irá promover e comercializar seus produtos mediante o pagamento de uma comissão, um percentual sobre o valor da venda.

O trabalho desenvolvido por uma trading company com experiência no mercado americano é fundamental para a empresa que ainda não tem conhecimento da cultura comercial do país de destino ou de aspectos relativos à legislação comercial local e a barreiras alfandegárias, evitando assim gastos com pesquisa de mercado e possíveis transtornos para finalizar a exportação.

Para exportar mel ou outros produtos apícolas, deve-se seguir as instruções da Circular 320 do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

O produtor encaminha ao Sistema de Inspeção Federal – SIF uma solicitação de habilitação para exportar. O SIF encaminha o parecer ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal – SIPA para conhecimento, apreciação e remessa da habilitação à Divisão de Controle do Comércio Internacional (DCI/DIPOA).

Para ser comercializado no exterior, o mel deve estar adequado ao Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel, que estabelece parâmetros a respeito do produto final destinado ao mercado.

Com a finalidade de proteger de fraudes a indústria local e os consumidores, os apicultores e empresas de beneficiamento de mel nos Estados Unidos se organizaram e criaram uma política de certificação de origem. Essa organização se chama True Source Honey e passou a realizar uma análise de risco relacionada à origem do mel, resultando em uma simples classificação de origem: países de baixo e alto risco. Essa é uma abordagem interessante por diferenciar os produtores de países de alto risco, e exigir critérios mais restritivos para os mesmos.

A certificação realizada por essa organização procura avaliar por meio de visitas à planta produtora e entrevistas com os apicultores a quantidade real de mel que pode ser processada pela planta, bem como se o mel realmente veio dos fornecedores cadastrados.

Também são coletadas amostras para verificação da origem do pólen. Após uma análise morfológica do pólen, pode-se detectar a origem botânica e geográfica do mel.

O mel brasileiro, para a True Source Honey, é classificado como de Baixo Risco.

 

Registro Internacional de Marcas e Patentes

Não é permitida a entrada nos EUA de produtos que possuam um nome que copie ou imite o de um fabricante ou comerciante dos Estados Unidos ou de um país estrangeiro que conceda direitos semelhantes a cidadãos americanos. Assim, também é proibida a entrada de produtos que possuam um nome que imite ou copie marca registrada no United States Patent and Trademark Office – USPTO e no Departamento do Tesouro, exceto quando importados pelo proprietário da marca registrada ou nome comercial, ou em seu nome, ou ainda através de seu consentimento, por escrito.

Perfil do consumidor norte-americano

Após a retração da economia advinda da crise financeira de 2008 verificou-se uma série de mudanças no comportamento do consumidor norte-americano fazendo com que ele se tornasse mais exigente e comedido em suas decisões de compra. Com isso, o consumidor passou a pesquisar e comparar preços com maior frequência e busca recomendações na mídia social e outras fontes sobre produtos ou serviços, bem como sobre as empresas que os fornecem.

Associar um produto com uma causa social tornou-se em muitos casos um fator preponderante na decisão de compra. Conforme pesquisa consultoria Cone Communications revelou que essa característica é particularmente importante para cerca de 90% dos chamados Millenials (pessoas nascidas entre 1980 e meados dos anos 2000). Mais de dois terços dos consumidores nesse segmento (66%) utilizam as mídias sociais para se informar sobre o assunto.

Conforme projeções do Serviço Censitário dos Estados Unidos, em 2044, a população será composta por uma “maioria de minorias”, com predominância de hispânicos e afrodescendentes tornando-se cada vez mais um mercado com etnias diversificadas. Como base de sua política de

proteção às liberdades e garantias individuais, o governo norte-americano não reúne informações acerca do consumo de indivíduos e as estatísticas oficiais referem-se a dados relativos ao consumo de domicílios (unidade consumidora). Segundo dados do U.S. Bureau of Labor Statistics, o consumo médio anual por domicílio, em 2014, foi de US$ 53.495,00.

O consumo per capita de mel nos EUA é de cerca de 0,589kg/ano necessitando importar mel para atender à demanda total. Em 2010, a participação das importações no consumo de mel nos EUA era de aproximadamente 61%. Com o aumento das importações de mel, o Conselho Nacional do mel estima que entre 2/3 e 3/4 o mel consumido nos EUA é agora importado. Cerca de metade do mel vendido é através de canais de varejo, com o restante sendo vendido a granel ou para uso na indústria de food service.

Este artigo foi produzido por:

 

Gustavo Dias 

Advogado, Especialista em Direito Empresarial, atua como Consultor em Gestão Empresarial e Comércio Exterior.

 

 

Marta Emanuelly  

Economista, Especialista em Gestão Empresarial e Tecnóloga em Comércio Exterior.

 

 

 

Thiago Rodrigo

Empreendedor, Mestre em Administração e professor do iCEV.

 

 

 

Referências

Associação Brasileira dos Exportadores de Mel, ABEMEL. Disponível em <http://brazilletsbee.com.br>. Acesso em 21 de
agosto de 2021.
2 ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA. FAO. 2018. Disponível em:
<http://www.fao.org/faostat/en/#data>. Acesso em 22 de agosto de 2021.
3 TRENDRR. Disponível em <https://www.trendrr.net/6124/top-10-largest-honey-producing-countries-world-famous-best/>.
Acesso em 18 de agosto de 2021.
4 Caderno Setorial ETENE ano 3 | nº 30 | Novembro | 2018. Banco do Nordeste. Produção de mel na área de atuação do
BNB entre 2011 e 2016. Maria de Fatima Vidal. Disponível em
<https://www.bnb.gov.br/documents/80223/3183360/30_apicultura_04-2018.pdf/45478af7-ac21-e8a1-cc12-dcf58e5a454e>.
Acesso em 17 de agosto de 2021.
5 Sistema de Gestão do Acervo Documental e Digital da Embrapa (AINFO). Apicultura. Mel brasileiro conquista o mercado
externo. Disponível em <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/31892/1/REVFINEPAPICULTURAPI.pdf.>
Acesso em 15 de agosto de 2021.

COMEX STAT. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/35594>. Acesso em 29 de agosto de 2021.
7 AGROSTAT. Disponível em <http://indicadores.agricultura.gov.br/agrostat/index.htm>. Acesso em 21 de agosto de 2021.

COMEX STAT. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/35599>. Acesso em 29 de agosto de 2021.
9 Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33074>. Acesso em 28 de agosto de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33076>. Acesso em 28 de novembro de 2021.
11 Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33077>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33078>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Portaria n° 6 /85 MAPA. Disponível em <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-
consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=7916>. Acesso em 08 de agosto de 2021.
14 Guia para Etiquetagem. Disponível em <http://www.fda.gov/FoodLabelingGuide>. Acesso em 14 de agosto de 2021.

Circular n° 320 MAPA. Disponível em <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-
consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=12873>. Acesso em 18 de agosto de 2021.
16 Regulamento Técnico de Qualidade do Mel. Disponível em <http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-
consulta/servlet/VisualizarAnexo?id=1690>. Acesso em 24 de agosto de 2021.
17 True Source Honey. Disponível em < http://www.truesourcehoney.com>. Acesso em 15 de agosto de 2021.

Food Safety Brazil. Disponível em <https://foodsafetybrazil.org/mel-com-mercado-aquecido-o-mundo-se-preocupa-com-
cada-vez-mais-fraudes/>. Acesso em 20 de agosto de 2021.
19 USPTO. Disponível em <http://www.uspto.gov>. Acesso em 13 de agosto de 2021.
20 Invest & Export Brazil. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXEstadosUnidos.pdf>. Acesso em 15 de
agosto de 2021.

Invest & Export Brazil. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXEstadosUnidos.pdf>. Acesso em 15 de
agosto de 2021.
22 Invest & Export Brazil. Disponível em
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/Publicacoes/ComoExportar/CEXEstadosUnidos.pdf>. Acesso em 15 de
agosto de 2021.

17 dez
5 aprendizados de 2021 que podem transformar seu marketing em 2022

Mesmo em meio a novas incertezas relacionadas à pandemia, o sentimento geral neste fim de 2021 é de renovação. E a trajetória até aqui deixou importantes aprendizados para as nossas vidas – pessoal e profissional. No Think with Google, reunimos os 5 artigos mais relevantes do ano para nos lembrar importantes dados e insights desse tempo sem precedentes. Olhando para esses aprendizados, podemos nos preparar melhor para o que está por vir. A vida mudou. A forma de comprar, também. As buscas do Google nos mostram a evolução dos nossos desejos e preocupações. O que vai ficar no pós-pandemia? O que nos move no nosso novo deslocamento? Como fazer anúncios mais eficientes? E, enfim, e não menos importante: como iremos mitigar as perdas? Respondemos essas e outras questões na nossa lista dos 5 artigos mais lidos de 2021. Acompanhe:

10 dez
Barreiras Não-Tarifárias e o Mercado Internacional entre Brasil e União Europeia

O Acordo de Associação entre Mercosul e União Europeia (UE) inclui três pilares: diálogo político, cooperação e livre-comércio. A parte econômica do acordo foi assinada em 28 de junho de 2019 e depende de processo de ratificação pelos países do MERCOSUL (incluindo o Brasil) e poderá entrar em vigor provisoriamente após a aprovação pelo Parlamento Europeu.

Em relatório promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria coma Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), identificou-se algumas das principais dificuldades que afetam as exportações de produtos brasileiros na União Europeia.

Dentre essas dificuldades apontadas no referido relatório, há ênfase especial às Medidas Não Tarifárias (MNTs) e Barreiras Não Tarifárias (BNTs) como os principais obstáculos para o acesso dos produtos brasileiros ao mercado europeu.

De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), as “Medidas Não Tarifárias são medidas políticas diferentes das tarifas alfandegarias comuns – que podem potencialmente ter um efeito econômico sobre o comércio internacional de mercadorias, a mudança das quantidades negociadas ou dos preços ou ambos”.

Esta definição da UNCTAD diz respeito a todas as medidas que afetam as condições comerciais entre duas partes, incluindo políticas e regulamentos que possam facilitar ou restringir o comércio.

O entendimento comum, então, é que a definição de Medidas Não Tarifárias abrange uma gama mais ampla de medidas positivas ou negativas do que as Barreiras Não Tarifárias, que se destinam exclusivamente a barreiras não tarifarias impostas por um governo a um fornecedor estrangeiro.

O Brasil, como um país que procura ampliar suas exportações para a União Europeia, deve cumprir os regulamentos da União Europeia, que podem ser interpretados pelos exportadores como uma barreira que ou restringe o acesso ao mercado dessa região ou aumenta o custo para alocar produtos para este mercado.

Nos termos do art. 3º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), a UE tem competência exclusiva em relação a sua legislação aduaneira, que deve aplicar-se uniformemente em todo o território. A Organização Mundial do Comércio reconhece o direito de seus membros de implementar medidas para alcançar objetivos políticos legítimos, como a proteção da saúde e segurança humana ou do meio ambiente.

As principais medidas não tarifárias que dificultam o acesso ao mercado europeu são as Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS), de acordo com a base de dados da OMC. De acordo com a OMC, as medidas sanitárias e fitossanitárias (SPS) abordam a segurança alimentar e os padrões de saúde animal e vegetal, sendo as medidas sanitárias relativas a saúde humana e animal e as medidas fitossanitárias relacionadas a plantas e produtos vegetais. As mercadorias importadas pela UE devem satisfazer os requisitos sanitários e fitossanitários do bloco no que diz respeito a proteção da saúde humana e animal.

As principais dificuldades de acesso para produtos brasileiros no mercado europeu são as cotas tarifarias e as medidas sanitárias, fitossanitárias e técnicas, que se aplicam predominantemente ao setor de alimentos. No total, esses setores representam quase 40% das exportações brasileiras para a UE.

As medidas não tarifarias que ela impõe geralmente abordam preocupações legitimas de saúde e higiene, mas também podem ser utilizadas como manobras políticas destinadas a proteger produtores e consumidores europeus. A abordagem da UE se baseia no acordo sobre segurança alimentar e saúde animal e vegetal também conhecido como o Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (Acordo SPS) e aplica o uso frequente do “princípio da precaução”.

Em muitos aspectos, o Brasil possui um robusto sistema de controle sanitário. Além disso, garantir a segurança do consumidor implica adoção de regras rígidas que regem as importações de produtos que contenham resíduos (LMRs) de pesticidas ou contaminantes.

O problema reside mais em incertezas e imprevisibilidade dos exportadores brasileiros em relação as mudanças nessas regras. Um melhor sistema de transmissão de informações sobre os requisitos sanitários e a implementação de requisitos técnicos certamente os ajudaria. Uma ação, especialmente relativa as disposições quanto aos métodos de inspeção de produtos, para teoricamente garantir que, se um pais exportador puder demonstrar que as medidas aplicadas as suas exportações atingem o mesmo nível de proteção da saúde que as que estão em vigor no pais importador, para que este aprove os padrões e métodos do pais exportador.

No que diz respeito a certificação, o melhor acesso de produtos orgânicos impulsionaria as exportações do Brasil neste setor, pois a biodiversidade do pais e capaz de atender crescente demanda de produtos orgânicos pelos consumidores europeus. O mel e claramente um segmento em que os consumidores europeus teriam a ganhar com o aumento das importações do Brasil, mas também frutas, castanhas e produtos vegetais.

Dessa forma, embora esteja firmada a progressiva desagravação de tarifas comerciais entre os dois blocos econômicos, as barreiras não tarifárias ainda poderão significar um importante obstáculo a ser superado pelas empresas brasileiras que desejem ter acesso ao mercado comum europeu.

O principal obstáculo ainda é o acesso a informação de como atender tais requisitos sanitários e fitossanitários para não ser um produto exportado objeto de barreira comercial com base no já referido “princípio da precaução”. A busca por credibilidade passa pela capacitação de pessoal capaz de conhecer e implementar os regulamentos exigidos pela União Europeia para circulação de produtos em seu território.

Fontes:

http://www.apexbrasil.com.br/uploads/clique%20aqui.pdf

http://comexstat.mdic.gov.br/pt/comex-vis

http://siscomex.gov.br/acordos-comerciais/mercosul-uniao-europeia/

Este artigo foi produzido por:

Yuri Guimarães 

Especialista em História e Cultura Brasileira (Estácio), bacharel em Direito (UFPI) e membro do Núcleo de Estudos Políticos Eleitorais (NEPE – UFPI). Possui experiência em Política Externa Brasileira, Formação Econômica do Brasil e Economia Brasileira Contemporânea.

09 dez
A balança comercial do Piauí e o agronegócio

O agronegócio Piauiense sozinho conseguiu no ano de 2020  atingir o patamar de US$ 498 milhões de dólares

Apesar de um ano em que a economia mundial sofreu com a Pandemia do Coronavírus, o Piauí conseguiu ter um aumento na ordem de 7,6% nas exportações no ano de 2020 comparado a 2019. Segundo os dados publicados pelo Ministério Ministério da Economia através da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, quando analisamos economicamente os dados da Balança Comercial do estado do Piauí, referente ao ano de 2020 podemos observar que obtivemos um superávit na ordem de US$ 284,4 milhões, fato este que nos colocou em 19° (décimo  nono) lugar no Ranking das Exportações Brasileiras com um valor de US$ 584 milhões exportados pelo nosso estado. Quando analisamos no âmbito da Região Nordeste, o Piauí ocupou o 5° lugar, ficando atrás apenas da Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco respectivamente nas primeiras posições.

A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Esse resultado deve-se sobretudo ao Agronegócio Piauiense que sozinho conseguiu no ano de 2020  atingir o patamar de US$ 498 milhões (85% do total de US$ 584 milhões). Desse montante as exportações de soja correspondem ao nosso principal produto com US$ 407 milhões  (70% das exportações), milho vem em 2° lugar com US$ 50,9 milhões (8,7% das exportações) e em 3° lugar temos o mel natural US$ 21,1 milhões sendo os três principais pauta de exportações do agronegócio.

O principal destino das exportações do Piauí em 2020 foi a China para onde exportamos US$ 317 milhões (54% do total) em soja, ceras vegetais e algodão. Em 2° lugar dentre os principais importadores temos o Irã que comprou US$ 35,3 milhões (6% do total) em soja e milho, seguido dos Estados Unidos em 3° lugar com US$ 34,6 milhões (5,9% do total) em mel natural, ceras vegetais e quercetina (que é um flavonóide natural que possui propriedades farmacológicas, encontrado na região de Parnaíba); em 4° a Tailândia US$ 26,3 milhões (4,5% do total) de soja e algodão, e em 5° lugar temos a Alemanha que comprou US$ 24,7 milhões (4,2% do total) em soja, ceras vegetais e mel natural.

Já no primeiro trimestre de 2021 as Exportações Piauienses somam US$ 64,2 milhões representando um crescimento de 19,8% se compararmos com o mesmo período do ano de 2020 conforme podemos observar no Gráfico 1.

Gráfico 1 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Esse crescimento foi alavancado sobretudo pela exportação de mel natural já no 1° trimestre de 2021 onde obtivemos um aumento de 436% (quatrocentos e trinta e seis por cento) em relação ao mesmo período do ano anterior, além do aumento de 27% na exportação de milho em grãos  e também resultados expressivos no aumento das exportações de pilocarpina e quercetina (produzidas no litoral piauiense). Já em relação à soja, principal produto da nossa pauta exportadora, o que se observou referente a esse mesmo período foi uma queda na ordem de 15% no volume exportado, conforme podemos observar no Gráfico 2.

Gráfico 2 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Analisando o mel natural pelo desempenho espetacular obtido já nesse primeiro trimestre, que coloca o Piauí em 1° (primeiro) lugar com US$ 13,9milhões já exportados (30% das exportações brasileiras) cabe analisarmos em separado as exportações em relação a esse produto tão importante de nossa pauta exportadora.

Referente ao ano de 2020, nosso estado também se destacou nas exportações de mel natural ficando em evidência nacional ao se colocar como 2° (segundo) maior exportador com 21,4% do total, representando US$ 21,1 milhões e com um volume de 9,8mil toneladas ficando atrás apenas para o estado de Santa Catarina

Referente ao ano de 2020, nosso estado também se destacou nas exportações de mel natural ficando em evidência nacional ao se colocar como 2° (segundo) maior exportador com 21,4% do total, representando US$ 21,1 milhões e com um volume de 9,8mil toneladas ficando atrás apenas para o estado de Santa Catarina que conseguiu 23,1% do total das exportações com um montante de US$ 22,8 milhões perfazendo 10,4mil toneladas de mel exportados conforme podemos analisar no Gráfico 3.

Gráfico 3 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

Se por um lado a China é o maior destino das exportações totais do Piauí, no tocante às exportações de mel natural, o principal destino é o mercado norte-americano. Quando analisamos os dados referentes à média dos valores exportados nos últimos 10 (dez) anos entre 2011 e 2020 pudemos observar que os Estados Unidos conseguiram ocupar a primeira colocação sendo o destino de quase 80% (oitenta por cento) do mel piauiense. Como podemos observar no Gráfico 4 abaixo, o 2° (segundo) maior comprador é a Alemanha mas bem distante com 10% (dez por cento), em 3° (terceiro) lugar temos o Reino Unido com 4% (quatro por cento) e em 5° (quinto) lugar vemo Canadá como sendo o destino de 2% (dois por cento) das exportações do nosso estado.

Gráfico 4 – A balança comercial do Piauí e o agronegócio

 

Este artigo foi produzido por:

 

Gustavo Dias 

Advogado, Especialista em Direito Empresarial, atua como Consultor em Gestão Empresarial e Comércio Exterior.

 

 

Thiago Rodrigo

Empreendedor, Mestre em Administração e professor do iCEV.

 

 

 

 

Referências 

Ministério da Economia. Disponível em <https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br>. Acesso em 28 de
novembro de 2021.
Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33074>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33076>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33077>. Acesso em 28 de novembro de 2021.
Comex Stat. Disponível em <http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral/33078>. Acesso em 28 de novembro de 2021.

18 nov
Black Friday: 7 dicas para pequenos negócios venderem mais

Não basta ter o maior desconto, as marcas também precisam oferecer produtos, prazos e condições de entrega diferenciados que atendam às reais necessidades e expectativas dos consumidores.

Black Friday, uma das datas comerciais mais importantes do ano, está chegando e os pequenos empreendedores já se preparam para as vendas. Neste período, a disputa pela atenção do consumidor é ainda maior, por isso, é preciso planejamento.

Para vender mais, não basta ter o maior desconto, é preciso oferecer também produtos, prazos e condições de entrega diferenciados que atendam às reais necessidades e expectativas dos consumidores.

1- Planeje e prepare suas ações

É preciso se preparar com antecedência, conhecendo muito bem o cliente. Tem que estar sempre perto de quem compra da sua marca, conhecer as demandas, entregas, ofertas, perfis. Assim, as ações serão bem mais assertivas.

A empreendedora Anny Meisler, dona das lojas de móveis e decoração LZ Studio e LZ Mini, sempre se prepara para a data e aumenta seu estoque em 30% nesse período. Ela orienta os pequenos empresários a sempre pensar em 3 pontos:

– Quais produtos ofertar: o que seus consumidores sonham em comprar? Não adianta queimar produto que não gera desejo. Prepare seu estoque, negocie muito bem sua compra. Aposte em profundidade e não em variedade nessa data.

-Comunicação: Como você vai comunicar? Para essa pergunta, faça outra pergunta: onde está seu público e sua audiência? Essa resposta é a peça chave e precisa estar na ponta da língua.

-Divulgação: Comece a divulgar sua ação com antecedência. Uma pré-campanha é essencial sempre. Desperte o desejo de compra o quanto antes. Dispare e-mails, mensagens no WhatsApp, comunicações em mídias digitais e site. Sempre com muita criatividade e indo direto ao ponto. Nem todas as marcas podem fazer grandes investimentos, mas sempre tem aquela mensagem pelo WhatsApp que uma mãe manda para outra, aquele grupo de amigos, grupo do clube, do prédio…. Isso funciona muito bem se a sua oferta for boa. Quanto mais impactar, mais você vai atrair pessoas para o seu negócio.

2- Ofereça descontos por vários dias, não só na sexta-feira

Anny Meisler, dona das lojas de móveis e decoração LZ Studio e LZ Mini, aumenta o estoque de suas lojas em 30% durante a Black Friday — Foto: Arquivo pessoal

Anny Meisler, dona das lojas de móveis e decoração LZ Studio e LZ Mini, aumenta o estoque de suas lojas em 30% durante a Black Friday 

Letícia Romão Correia é dona da Ava, marca de roupas e lingeries, com 3 lojas físicas e e-commerce. Sua experiência com a data mostra que vale a pena investir em vários dias com descontos. Na Ava, ela consegue, em média, um aumento de faturamento de 50% em novembro se comparado a um mês regular. O motivo? As ações da Black Friday.

“Não faça a Black Friday só na sexta-feira. Faça um esquenta, comece antes. Eu começo quase duas semanas antes. Em 2020, a gente vendeu mais no esquenta do que na própria data”, orienta Letícia.

Geralmente, nesta data, as pessoas se programam e pesquisam muito para comprar itens de alto valor, como televisão e eletrodomésticos. Quem vende produtos com ticket médio menor, como é o caso do setor de vestuário, pode se beneficiar dessa antecipação.

“As pessoas recebem muita oferta, de todos os segmentos. Quando nos antecipamos, garantimos que a cliente gaste primeiro com a gente”, diz a empreendedora.

3- Organize sua estrutura

Letícia Romão, dona da marca Ava, mistura peças de coleções antigas e lançamentos nas ações da Black Friday  — Foto: Arquivo pessoal

Letícia Romão, dona da marca Ava, mistura peças de coleções antigas e lançamentos nas ações da Black Friday 

Quem tem um negócio físico, tem que pensar no aumento da demanda e se vai precisar de mais funcionários. No online, também é preciso ter uma estrutura na loja virtual. Nos dois casos, é importante deixar a equipe preparada para o aumento da demanda nas compras.

Pensar no estoque também é fundamental. Letícia tem uma estratégia para a Black Friday: escolhe peças de coleções anteriores e é bastante agressiva nos descontos, chegando a até 70%. Da coleção atual, seleciona itens para oferecer até 40%. São peças que têm um estoque maior ou que entraram no começo da coleção e já estão há um tempo circulando.

4- Ofereça uma boa experiência para os clientes

Não é porque vai comprar com desconto que o cliente não quer ser bem atendido. Garantir a satisfação máxima é primordial, segundo Fernanda Winck, diretora de operações do marketplace da Via, empresa de varejo.

“O comprador tem que estar sempre no centro de todas as ações. Vivemos hoje na era da experiência do cliente e é ele que garantirá a longevidade do seu negócio e venda. Um cliente satisfeito e bem atendido, além de se tornar recorrente, indica a loja para seu grupo social. Essa última dica é para a além da Black Friday, é para a vida”, afirma Fernanda.

5- Invista nas vendas online

Investir em um marketplace e cadastrar os produtos com muita informação ajudam nas vendas online — Foto: Reprodução PEGN

Investir em um marketplace e cadastrar os produtos com muita informação ajudam nas vendas online — Foto: Reprodução PEGN

Para quem vende pela internet, ter a loja em um marketplace traz algumas vantagens.

“Quem está em um marketplace tem acesso a uma plataforma que lhe dará maior visibilidade, público e incentivos para a venda se concretizar”, afirma Fernanda.

Para escolher esse marketplace, a dica da especialista é buscar aqueles que sigam o CDC (Código de Defesa do Consumidor), que sejam empresas com compliance e que ofereçam uma estrutura sólida de parceria.

Outro ponto importante é cuidar das informações dos produtos. Ficha técnica, título e imagens devem estar na rotina de todo empreendedor digital, pois as informações contidas no cadastro do produto impactam diretamente na busca, seja no próprio site ou até mesmo no Google.

“Quanto mais informações relevantes, mais confiança o cliente sentirá para realizar a compra”, lembra Fernanda.

6- Integre seus canais de venda

O conceito “omnichannel” é uma tendência do varejo e significa integrar todas as áreas de um empreendimento, online e offline, para facilitar a vida do consumidor e fazer com que ele tenha uma boa experiência com a marca.

Para Fernanda Baggio, chief marketing officer da Neoway, empresa de big data e inteligência artificial para negócios, a experiência da migração do online para a loja física durante o processo de compra, por exemplo, deve ser a melhor possível. Esse é um caminho para aumentar o potencial de vendas. Ela dá algumas dicas:

  • Alie dados online e offline e se relacione com a sua audiência;
  • Tenha a tecnologia como uma aliada estratégica, investindo em ferramentas, seja e-mail, SMS ou mobile marketing, para ampliar, dinamizar e alcançar todos os canais de contato direto com o cliente.

7- Pense no futuro

A Black Friday pode ser uma grande oportunidade para fidelizar novos compradores. É preciso encantar o cliente ao final da compra.

“Dá pra oferecer frete grátis, cupom de desconto para a próxima compra, mandar uma gentileza junto com a encomenda, como uma cartinha, balinhas, um cheirinho especial, coisas simples, mas que encantam e fazem com que o cliente se sinta realmente especial e volte sempre”, orienta Anny.

Publicado por G1

09 nov
Leilão do 5G: o que é nova tecnologia e como ela muda sua vida

Dispositivos móveis de alta velocidade podem permitir que robôs, sensores e outras máquinas se comuniquem

O leilão do 5G, a nova geração da internet móvel, foi realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na quinta-feira (4/11) e movimentou pelo menos R$ 7 bilhões. 

A previsão é de que a tecnologia comece a chegar ao Brasil em 2022, primeiro nas grandes cidades e depois nos demais municípios do país.

De imediato, usuários vão se beneficiar de uma maior velocidade de conexão, tanto para baixar quanto para enviar arquivos pelo celular, além de um tempo de resposta mais ágil e maior estabilidade.

Mas a implantação do 5G requer grandes investimentos e operadoras já preveem desafios — segundo a Anatel, para todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes, o prazo para a adoção da tecnologia é julho de 2029.

á para as 26 capitais e o Distrito Federal, está previsto que o 5G deva estar em operação em julho de 2022, mas isso não significa que a tecnologia estará disponível em todos os lugares.

Confira abaixo algumas perguntas e respostas sobre o 5G, que promete revolucionar como consumimos dados em nossos dispositivos móveis.

Gráfico de carro conectado sem motorista
Carros sem motorista serão capazes de “falar” uns com os outros e com os sistemas de gerenciamento de tráfego

O que é o 5G?

É a próxima geração de conexão de internet móvel que oferece velocidades para baixar e enviar arquivos muito mais rápidas.

Através de uma maior utilização do espectro de rádio, a tecnologia permite que muito mais dispositivos acessem a internet móvel ao mesmo tempo.

O que isso nos permitirá fazer?

“O que quer que façamos agora com nossos smartphones, seremos capazes de fazer mais rápido e melhor”, diz Ian Fogg, da OpenSignal, uma empresa de análise de dados móveis.

“Pense em óculos inteligentes com realidade aumentada, realidade virtual móvel, vídeo de qualidade muito superior, a internet de coisas que tornam as cidades mais inteligentes”.

“Mas o que é realmente empolgante são todos os novos serviços que não podemos prever.”

Imagine enxames de drones cooperando para realizar missões de busca e resgate, avaliações de incêndio e monitoramento de tráfego, todos se comunicando sem fio uns com os outros e com bases terrestres em redes 5G.

Da mesma forma, muitos pensam que o 5G será crucial para que veículos autônomos se comuniquem entre si e leiam mapas e dados de tráfego ao vivo.

Drone com câmera de 360 ​​graus
China está experimentando transmissões de drones ao vivo de ultra alta definição usando 5G

Usuários de videogames devem notar menos atraso — ou “latência”, termo usado por especialistas — ao pressionar um botão e ver o efeito na tela.

Os vídeos móveis devem ser quase instantâneos e sem falhas. As videochamadas devem se tornar mais claras e menos intermitentes. Dispositivos de saúde podem monitorar sua saúde em tempo real, alertando os médicos assim que surgir qualquer emergência.

Como funciona?

5G é uma nova tecnologia de rádio, mas, assim como no restante do mundo, as velocidades não serão muito mais altas no início, porque o 5G provavelmente vai ser usado pelas operadoras de rede inicialmente como uma forma de aumentar a capacidade das redes centrais 4G existentes, para garantir um serviço mais consistente para os clientes.

A velocidade obtida dependerá da banda do espectro em que sua operadora opera a tecnologia 5G e de quanto ela investiu em novas antenas e transmissores.

Portanto, poderemos ver um maior número de antenas menores e mais próximas ao solo, transmitindo as chamadas “ondas milimétricas” entre um número muito maior de transmissores e receptores. Isso permitirá maior densidade de uso.

Mas essa tecnologia é cara e as empresas podem enfrentar desafios para implantar muitas novas antenas.

Então, quão rápido poderia ser?

Atualmente, a média da velocidade 4G no Brasil entre as quatro maiores operadoras é de 17,1 Mbps (megabits por segundo), segundo um relatório da consultoria OpenSignal de maio deste ano.

Mas, em alguns casos, essa diferença pode chegar a ser 100 vezes maior em relação ao 4G.

Essa taxa vai depender da região, da prestadora de serviço e do horário em que o usuário acessa a rede.

Mas, em termos práticos, a tecnologia 5G permitiria baixar um filme de alta definição em mais ou menos um minuto.

Por que precisamos do 5G?

O mundo está se tornando móvel e estamos consumindo mais dados a cada ano, principalmente com o aumento da popularidade do streaming de vídeo e música. As bandas de espectro existentes estão ficando congestionadas, levando a falhas no serviço, especialmente quando muitas pessoas na mesma área estão tentando acessar serviços móveis online ao mesmo tempo.

O 5G é muito melhor para lidar com milhares de dispositivos simultaneamente, de celulares a sensores de equipamentos, câmeras de vídeo e luzes de rua inteligentes.

Mulher segura chip de tecnologia 5G
Será preciso ter smartphone compatível com 5G para poder usar tecnologia

Vou precisar de um novo telefone?

Sim. Será preciso ter um celular compatível com a nova tecnologia. Atualmente, isso só é possível em aparelhos mais caros.

Mas, com o tempo, espera-se que todos os modelos incorporem a compatibilidade, assim como aconteceu com o 4G, usado comercialmente no Brasil pela primeira vez no fim de 2012.

Funcionará em áreas rurais?

A falta de sinal e a baixa velocidade de dados em áreas rurais é uma reclamação comum não só no Brasil, mas em muitos países.

Velocímetro mostrando 2G a 5G
5G pode ser 10 a 20 vezes mais rápido que 4G

O 5G não vai necessariamente resolver esse problema, pois vai operar em bandas de alta frequência — pelo menos no início — que têm muita capacidade, mas cobrem distâncias mais curtas. 5G será principalmente um serviço urbano para áreas densamente povoadas.

As bandas de frequência mais baixa (normalmente 600-800Mhz) são melhores em distâncias mais longas, então as operadoras de rede se concentrarão em melhorar sua cobertura 4G LTE em paralelo com a implantação 5G.

Mas a realidade comercial significa que, para algumas pessoas em áreas muito remotas, a conectividade ainda será irregular.

Publicado por BBC Brasil 

21 out
Marketing interativo: exemplos de empresas que o estão usando com sucesso

Envolver o seu público-alvo pode melhorar os resultados e ajudar a sua marca. Com os exemplos de marketing interativo que reunimos nesta postagem, você se inspirará para criar suas próprias experiências.

Aumentar o envolvimento do seu público-alvo pode melhorar os seus resultados e ajudar a sua marca a se destacar. Com os exemplos de marketing interativo que reunimos neste post, você poderá se inspirar para criar as suas próprias experiências.

No mundo digital de hoje, é mais importante que nunca se destacar em meio à multidão e impressionar o seu mercado-alvo.

Isso porque se você não fizer todo o possível para se diferenciar, será colocado de lado.

É por isso que o marketing interativo é tão útil.

Ele não apenas chama a atenção de seus clientes e leads, mas também possibilita que a sua marca mostre o seu lado criativo.

Neste post, vamos falar sobre esse tipo de marketing digital e por que ele é tão importante.

Além disso, traremos alguns exemplos de marketing interativo que a equipe da Rock Content considera alguns dos melhores.

 

O que é marketing interativo?

Marketing interativo é qualquer tipo de marketing que possibilita ao seu público interagir com o conteúdo escrito ou visual.

Isso pode ser algo tão simples como um quiz online ou envolvente como uma experiência multimídia presencial.

O motivo pelo qual esse tipo de marketing vem ganhando popularidade é que ele exige que a sua buyer persona dê um passo à frente e se envolva com a sua marca.

Isso significa que, em vez de apenas ler um post de blog ou ver a descrição de um produto, as pessoas têm a opção de usar seu tempo e ação em troca do valor que você está oferecendo mediante o seu conteúdo interativo.

➤ Por exemplo, talvez você queira atrair um comprador específico para o seu e-commerce.

Para despertar a sua atenção, você oferece um cupom de 15% de desconto para quem responder a um questionário de cinco perguntas sobre as preferências de produto.

Enquanto você coleta ativamente dados sobre o seu comprador ideal, ele recebe o desconto ao concluir o questionário. É uma situação em que todos ganham!

Mas os quizzes online não são a única maneira de atrair clientes.

Existem diversos outros meios, como infográficos, apresentações de slides, jogos, transmissões ao vivo, vídeos, áudio e muito mais.

Resumindo: o marketing interativo rompe o status quo e convida o seu público a se envolver com sua marca em troca de algo de valor.

O que torna o marketing interativo especial?

O marketing interativo é especial porque não há limites para o que você pode fazer.

Com uma equipe criativa, você pode tornar quase todas as campanhas de marketing tradicionais em uma experiência que ajuda a destacar sua marca.

envolvimento do cliente é muito importante e as empresas que adotam uma abordagem interativa muitas vezes veem um nível significativamente mais elevado.

Por quê? Você está orientando o cliente por meio de ações que quer que execute, em vez de esperar que ele faça isso por conta própria.

Marcas que são capazes de criar esses tipos de campanhas interativas também costumam ter muito mais seguidores fiéis.

A razão por trás disso pode variar, mas o consenso geral é que campanhas de marketing memoráveis ​​ficam com os consumidores por mais tempo, o que facilita lembrar o nome da empresa ao procurar um determinado produto ou serviço.

Os 11 melhores exemplos de marketing interativo

Agora que você já sabe o básico do que é marketing interativo e os benefícios de trabalhar com ele, vamos nos aprofundar com alguns exemplos de empresas que estão executando-o corretamente.

Aqui estão 11 exemplos favoritos de marketing interativo da nossa equipe da Rock Content.

1. Experiência musical interativa — Clash Up by Eko

Dar ao público uma maneira de brincar com música ou recursos multimídia é quase sempre um sucesso.

A razão disso é que ele oferece aos indivíduos uma maneira de passar o tempo sendo criativos, o que, por sua vez, cria melhor reconhecimento da marca.

Nós adoramos como o Clash Up by Eko lançou uma página interativa permitindo aos usuários criarem mixagens de diferentes artistas, de vários gêneros, em uma única faixa.

Não foi apenas uma excelente promoção para as suas várias séries multimídia, mas também deu um reconhecimento adicional aos artistas que estavam utilizando a experiência interativa.

2. Realidade virtual — Santa Sleigh Ride da Coca-Cola

Quem disse que as experiências interativas estão limitadas apenas ao acesso à web?

A Coca-Cola já é um nome conhecido, mas eles começaram a entreter famílias durante a temporada de férias de 2015, oferecendo um passeio de trenó interativo com o bom velhinho.

O público pôde acessar o conteúdo usando um dispositivo Oculus, um headset que permite que os usuários vejam muito dos conteúdos de realidade virtual.

A coisa toda foi um sucesso — tanto para a marca de refrigerantes quanto para a Oculus.

O melhor de tudo foi que a ação foi memorável para aqueles que participaram e provavelmente pegarão uma lata de Coca na próxima vez que precisarem matar a sede.

3. QR codes em locais públicos — L’Oréal Mobile Taxi Shops

Quando se trata de marketing interativo, o QR Code é um dos métodos mais simples e eficazes de usar.

A L’Oréal arriscou ao criar uma experiência chamada Mobile Taxi Shops. Eles adicionaram QR Codes especificamente no interior dos táxis de grandes cidades.

Quando um consumidor escaneava o código com um smartphone, ele era levado a uma página de download de um aplicativo de e-commerce.

A marca obteve enormes resultados que levaram à expansão de uma campanha de marketing semelhante em outras áreas de alto tráfego.

4. Chatbot — Alexa

É difícil imaginar a Alexa da Amazon como um chatbot, mas isso é o que ela é essencialmente para a mega varejista on-line.

Quando um cliente faz uma pergunta sobre um produto específico, ela oferece conselhos e opções para comprar aquele item com comandos de voz.

Esse é um bom exemplo de como o marketing interativo está se tornando uma parte envolvente de nossa vida cotidiana.

O que começou como uma forma de aumentar as vendas para a Amazon, agora é parte integrante de como administramos nossas casas, nos mantemos organizados e nos envolvemos com a inteligência artificial em todas as interações cotidianas.

5. Evento virtual — Retomada da NBA durante o lockdown

Para muitas empresas, a pandemia foi um grande catalisador para o envolvimento em eventos virtuais.

No entanto, a forma como o basquete profissional fez isso foi um excelente exemplo de como dar aos clientes-alvo uma experiência interativa e, ao mesmo tempo, manter a marca viva.

Utilizando a plataforma Microsoft Teams, eles foram capazes de oferecer aos fãs uma maneira de assistir aos jogos da NBA ao vivo enquanto eles aconteciam.

Em troca, imagens ao vivo da webcam dos torcedores foram transmitidas nas arquibancadas para dar aos jogadores a sensação de jogar na frente de uma multidão real.

Durante um momento complexo que poderia ter dificultado a interação com seus times favoritos, os fãs tiveram uma experiência interativa memorável.

6. Ebook interativo — Think City da IBM

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Ler um relatório de uma empresa de tecnologia pode ser algo difícil.

Na verdade, mesmo aqueles que realmente gostam dessas coisas, às vezes ficam um pouco entediados.

É por isso que o Think City da IBM é um exemplo incrível de conteúdo interativo.

Usando animações e um caminho interativo, o público pode selecionar diferentes setores clicando nos prédios ilustrados.

Nesses caminhos, existem milhares de informações excelentes sobre como a empresa está ajudando a tornar esses nichos um lugar melhor.

É uma maneira muito legal de pegar o que poderia ser um simples ebook em texto e transformá-lo em algo a mais.

7. Treinamento — Canva’s Design School

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Sempre há algo que o seu cliente-alvo adoraria experimentar usando o seu produto, mas ele simplesmente não tem certeza de como chegar lá.

O Canva tem feito um excelente trabalho ao combinar marketing interativo com uma abordagem educativa por meio de sua Design School.

Com diversos cursos diferentes, a empresa oferece treinamento de design gráfico gratuito para todos os que desejam aprender.

Além disso, eles deixam claro que as técnicas não se destinam apenas ao uso em sua plataforma. Em vez disso, eles se aplicam a todo o meio.

No entanto, eles oferecem incentivos para aqueles que preferem usar sua ferramenta para facilitar.

Essa é uma ótima combinação realmente memorável para a maioria das buyer personas.

8. Experiência interativa personalizada — MyHeritage’s Deep Nostalgia

Todos nós temos alguém em nossas vidas de quem sentimos muita falta — seja um pai, avô, amigo, ou quem quer que seja importante para nós.

MyHeritage pegou este conceito unificador e o transformou em uma fantástica experiência de marketing interativo.

Os usuários são incentivados a criar uma conta e fazer upload de fotos de seus entes queridos.

Em troca, a imagem fica animada.

Para aqueles que podem estar há décadas sem ver um ente querido em forma de vídeo, essa pode ser uma experiência muito comovente e memorável.

9. Show interativo — Pokémon Day com Post Malone

O que acontece quando você combina uma das maiores marcas de animação do mundo com uma estrela internacional da música?

A equipe do Pokémon fez exatamente isso ao criar um show interativo especial para promover o seu vigésimo quinto aniversário.

No entanto, esse não foi apenas o lançamento de um vídeo.

Houve todo um evento de transmissão ao vivo com o cantor como personagem de desenho animado, enquanto outros famosos monstros digitais da marca agraciavam a tela.

Para as crianças e aqueles que estão prontos para relembrar uma grande parte de sua infância, esse foi um evento imperdível.

10. Sugestões de produtos personalizados — Quiz interativo do Yummly

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Para ajudar os usuários a encontrar as receitas certeiras com base no gosto pessoal, o site de comida criou um quiz interativo.

Os participantes têm a opção de selecionar seus tipos de culinária favoritos e, em seguida, responder a uma série de perguntas.

Depois, ele gera uma lista com os melhores resultados da plataforma de receitas que certamente irão agradar os paladares. 

Claro, o melhor aspecto de tudo isso é que o Yummly não tem apenas algumas opções.

Eles realmente mergulham fundo nas sugestões que vão muito além dos pratos tradicionais e nível de habilidade culinária para oferecer aos usuários uma combinação que com certeza vão adorar.

11. Infográficos interativos — Ion by Rock Content

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Claro, temos que mencionar nosso próprio Ion by Rock Content nesta lista.

Não estamos dizendo que somos tendenciosos, mas particularmente amamos como essa parte de nossa equipe é capaz de criar infográficos incríveis que incluem elementos interativos para melhor engajamento.

Desde itens básicos como cronogramas a elementos que incluem vídeo, quizzes e muito mais, as páginas de infográfico estão longe de ser chatas.

E são uma ótima maneira de garantir que as informações mais importantes de uma marca sejam claras e concisas.

Conclusão: esses exemplos de marketing interativo inspiraram você?

Como você pôde verificar, o conteúdo interativo é uma excelente opção para garantir que as suas campanhas de marketing se destaquem das demais.

Quer você o esteja usando para testar seu público para melhorar o reconhecimento da marca ou apenas para sair na frente da concorrência, dar aos usuários algo para se envolver é uma forma infalível de obter bons resultados.

 Publicado Rock Content 
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