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08 nov
4 desafios que as mulheres enfrentam na hora de empreender e como superá-los

Quando se trata das mulheres, a tendência é que e a jornada seja (no mínimo) dupla

 

Ter uma rede de apoio e buscar capacitação são algumas das medidas para superar desafios

 

Empreender é desafiador e, em especial no começo, envolve acumular diferentes funções e estar disponível o tempo todo. Quando se trata das mulheres, a tendência é que e a jornada seja (no mínimo) dupla. Afinal, muitas ainda acumulam funções dos seus lares e não recebem o mesmo estímulo que os homens para ter seu próprio negócio.

Em entrevista, a consultora do Sebrae Maria Augusta Pimentel Miglino destacou os quatro principais desafios que afligem as empreendedoras nesse caminho. Para cada um deles, algumas práticas podem ajudar na superação e no melhor desenvolvimento do negócio. Confira:

 

Vida pessoal

Cuidar dos filhos, de familiares idosos e dos afazeres domésticos não são obrigações exclusivas das mulheres,  mas como sabemos, ainda é comum que elas sejam mais sobrecarregadas por elas do que os homens. Não à toa, uma pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora mostrou que 70% delas abrem um negócio em busca de flexibilidade.

Porém, equilibrar os compromissos familiares com os do negócio ainda é um desafio, segundo a consultora Maria Augusta. A solução para mitigá-lo passa por vários fatores, entre eles, o diálogo. “O ideal é ter uma rede de apoio de pessoas que possam ajudá-las, tanto na família quanto na empresa. Também é preciso engajar os homens nesse debate e mostrar que os fardos devem ser divididos”, diz ela.

Quem comanda um negócio também deve levar o tema em conta no que diz respeito às suas funcionárias. Miglino destaca que empresas com mais estrutura podem investir, por exemplo, na oferta de berçários dentro do seu próprio espaço. Outras opções incluem um auxílio para o pagamento de creches, a oferta de jornadas mais flexíveis e uma licença-maternidade mais longa. “Medidas como essas criam um ambiente mais seguro para que as mulheres voltem a trabalhar depois de ter um filho.”

 

Acesso ao crédito

Segundo dados do Sebrae, as mulheres têm um nível de inadimplência ligeiramente mais baixo do que os homens (3,7% contra 4,2%). Apesar disso, Miglino afirma que elas tendem a ter mais dificuldade de acessar crédito para os seus negócios. Em média, também pagam taxas anuais de juros 3,5% maiores do que os homens.

De forma geral, dois fatores influenciam nesse cenário. Um deles é a postura de muitos gerentes de bancos diante de negócios comandados por mulheres. “Para muitos, elas não são a figura que deveria estar à frente da empresa ou não são capacitadas para conduzir determinadas iniciativas”, afirma.

Em muitos casos, também falta experiência ou segurança na hora de negociar empréstimos. Superar os dois pontos, segundo a consultora, envolve desde fortalecer a auto-confiança até desenvolver melhores técnicas de negociação. “Existem vários cursos sobre esse tema, mas essa competência será realmente desenvolvida ao longo da vida”, afirma a consultora. “O mais importante é ter confiança e se sentir à vontade para negociar, mesmo que alguém questione sua capacidade.”

 

Mortalidade dos negócios

Segundo a consultora, negócios comandados por mulheres tendem a morrer mais cedo que os comandados por homens. Embora seja difícil estabelecer uma relação de causa e efeito, ela explica que é possível ter alguns indícios das causas a partir das condições em que elas empreendem.

Dados do Sebrae mostram que 44% delas, por exemplo, empreendem por necessidade (como para superar o desemprego ou aumentar a renda). Entre os homens, o percentual é de 32%. “Grande parte delas abre um negócio não porque teve uma ideia genial ou porque sonhava com isso, mas porque precisou começar a vender doces ou fazer o cabelo da vizinha para ganhar dinheiro”, explica a consultora.

Uma média de 40% delas também empreendem sem ter uma experiência anterior no setor, contra um percentual de 27% entre os homens. Segundo a consultora, as principais causas para a mortalidade de uma empresa são dificuldades de planejamento, gestão financeira e falta de experiência para lidar com funcionários. “Para que uma empresa gerenciada por uma mulher viva mais, é importante que ela se capacite em diferentes frentes.”

 

Faturamento mais baixo

Embora as mulheres sejam 16% mais escolarizadas que os homens, segundo dados do Sebrae, as empresas comandadas por elas faturam, em média, 22% menos que as deles. Miglino diz que as explicações para esse fator, embora ainda sejam estudadas, são influenciadas pelos fatores anteriores e pela posição da mulher na sociedade.

“Geralmente esses negócios são menos rentáveis, têm menos valor agregado e estão em setores pouco avançados em tecnologia, até pelo fato de muitas empreenderem por necessidade”, explica. Setores como robótica, biotecnologia, tecnologia da informação e fintechs, que têm mais potencial de escalar, ainda têm baixa presença feminina.

A solução para esse ponto, segundo ela, começa já na educação primária, quando as meninas podem ser mais estimuladas a se interessar por disciplinas como matemática e robótica. Na idade adulta, elas também podem ser beneficiadas por programas de incentivo à participação em setores como o tecnológico. “Também precisamos mostrar mais exemplos de mulheres bem sucedidas, incluindo desde cientistas até empreendedoras.”

Essa, aliás, é uma das propostas da sala 1.000 Mulheres da Feira do Empreendedor 2019 Sebrae-SP. Entre as palestrantes estão algumas das empreendedoras atendidas pelo programa de mesmo nome, que foca na capacitação de mulheres em situação de vulnerabilidade. Após uma primeira ação, realizada em São Paulo (SP), o projeto será aberto à população de todo o estado.

 

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios 

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