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14 jun
A Inteligência Artificial e seus riscos

Escola de tecnologia aplicada

Artigo produzido pelo professor Ricardo Sekeff

Assim como admiramos as recentes conquistas da astronomia, como telescópios mais poderosos e imagens de buracos negros, também acompanhamos com agitação as recentes evoluções de uma área que tem ganhado cada vez mais espaço no quotidiano das pessoas: a Inteligência Artificial (IA). Muitas das nossas tarefas quotidianas são auxiliadas por sistemas que, de alguma forma, fazem ou fizeram uso da IA. Entretanto, ela é mais complexa do que parece, seja por sua implementação técnica, seja pelos seus resultados alcançados.

 

 

É bem verdade que a comunidade científica não tem um consenso formado sobre o real significado da palavra inteligência. Alguns a definem como a habilidade de resolver problemas; outros como a capacidade de aprender a realizar tarefas que não foram previamente ensinadas. Na computação, a inteligência também passa longe de ser um consenso. Conceituamos IA como sendo a capacidade de uma máquina ou sistema de realizar tarefas inerentemente humanas, como raciocínio lógico, descoberta de novos conhecimentos acerca de um assunto, realizar tarefas como conduzir carros e aviões e reagir a mudanças do meio ambiente a fim de se adaptar. Entretanto, independente do conceito utilizado, os resultados da IA são unânimes em mostrar como estamos ficando dependentes do seu uso.

robô apertando a mão de humano Tecnologia iCEV

A IA é a capacidade de aprender a realizar tarefas que não foram previamente ensinadas

IA GATO

Recentemente o Google lançou sua nova ferramenta de IA chamada Imagen, capaz de construir qualquer imagem totalmente inédita somente através de uma descrição textual. Frases como “pinguim fazendo churrasco no pólo norte” ou “pintura de um leão com corpode gafanhoto voando sobre a cidade de Atlântida no estilo Salvador Dali” resultarão em imagens ultrarrealistas produzidas pelo sistema. Uma outra IA anunciada recentemente pela DeepMind, chamada GATO, foi lançada e classificada como uma IA Genérica, um tipo de inteligência artificial capaz de “aprender” a fazer qualquer coisa que não tenha sido “previamente ensinada” a aprender, igual ao cérebro de uma criança. A IA GATO é capaz de realizar mais de 600 tarefas diferentes, como jogar vídeo-game, bater papo como se fosse um humano ou empilhar blocos coloridos. Ainda não se sabe ao certo se podemos classificá-la como IA Genérica ou apenas uma IA mais esperta e mais abrangente que as demais. Entretanto, os próprios cientistas já estão impondo limites no uso dessas IAs em razão do aparecimento de problemas éticos e morais.

Tecnologia iCEV Inteligência Artificial

A IA Tay que teve que ser desligada

Uma IA como a Imagen pode produzir fotos realistas de pessoas em situações em que elas nunca se encontraram (como cometendo um crime ou fazendo algo moralmente não aceito). A IA GATO, por exemplo, pode se passar por um humano e “aprender” a reagir a certos comportamentos socialmente inaceitáveis. Em 2016, uma ferramenta de chatbot da Microsoft chamada Tay teve que ser desligada porque, após “aprender” a se comunicar, ela assumiu, no Twitter, comportamentos racistas, homofóbicos e xenófobos. Ferramentas de DeepFake constroem vídeos de pessoas falando o que elas nunca disseram antes.

Inteligência Artificial

Estamos vivendo, hoje, um momento importante de expansão no uso dessas ferramentas de aprendizado, mas também de estabelecimento de limites quanto ao seu uso e capacidades. Alguns governos, inclusive o Brasil, discutem atualmente regulações e limites legais para o uso da IA. Ainda não sabemos se um computador poderá alcançar a capacidade cognitiva de um ser humano. Aliás, esse é o grande objetivo das IA Genéricas. Entretanto, como ainda não sabemos como o nosso cérebro aprende nem quais os circuitos envolvidos durante o aprendizado, parece que definir uma IA com a mesma capacidade humana ainda vai demorar muito tempo.

 

13 jun
Palestrante de renome! Estudantes iCEV têm palestra com Procurador-Geral do MP de Contas de SP

Escola de direito aplicado

O iCEV trouxe um convidado de renome para conversar com os estudantes de Direito iCEV do 7º período: o Procurador-Geral do Ministério Público de Contas de São Paulo, e atual presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas, Thiago Pinheiro Lima. Na sexta-feira, 10.  ele veio falar sobre os projetos de modificação do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica, pela disciplina “Tributos em Espécie”.

O procurador foi recebido pelo coordenador do curso, Gabriel Furtado e pelo professor da disciplina, Antônio Cláudio Portella.

 

Procurador-Geral Thiago Pinheiro Lima

Especialista em Direito Municipal pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP. Foi Analista Judiciário e Titular de Cartório Eleitoral no Tribunal Regional Eleitoral do Pará e no de São Paulo. Foi Procurador-Geral do Ministério Público de Contas no biênio 2019/2021 e reconduzido para o biênio 2021/2023. Atual Presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas – CNPGC (mar/22 a mar/23).

Palestra com convidados de renome

Estudante iCEV aprende com quem faz!  Desde o início do curso, há uma sólida formação teórica a uma experiência do direito aplicado na prática. Dentro do curso, os alunos têm contato direto com palestras de convidados de renome além de aulas experiências e visitas guiadas.

25 maio
Um Breve Passeio pela História do Curso de Direito da UFPI

Escola de direito aplicado

Artigo de Adriana Ferro, Diretora Acadêmica do iCEV

Este estudo tem o objetivo de apresentar o curso de Direito da Universidade  Federal do Piauí (UFPI), através de um passeio por sua historiografia, iniciando com o  momento de sua fundação e os ideais que inspiraram os primeiros professores, até  chegar à Fundação da Universidade Federal do Piauí, que trouxe a Faculdade de Direito  para o seu seio e transformou-a no Departamento de Ciências Jurídicas. O estudo sobre  o tema iniciou-se quando da elaboração da nossa Dissertação de Mestrado em  Educação, que está abrigada no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI,  mas o interesse pelo tema fez levou-nos a mais estudos, o que resultou no presente  artigo.

O olhar sobre a história é essencial para a compreensão do presente uma vez que os acontecimentos não são desvinculados de sua origem. E trazendo as palavras de  Charles Camillo da Silveira, professor do Departamento de Ciências Jurídicas e ex Reitor da Universidade Federal do Piauí “[…] só faz história quem conhece a sua  história, e só caminha no crescer quem tem a paciência, a tranquilidade de olhar para  trás, de enxergar as pegadas e tentar trilhar um caminho, desviando os encurtadores para  que possamos chegar a um bom lugar” (Apud, SOUSA; BOMFIM; PEREIRA, 2002, p.  21), é com o propósito de contribuir com o futuro da Universidade Federal do Piauí,  mais notadamente com o curso de Direito, que foi o berço de nossa formação  acadêmica, que empreendemos esta pesquisa.

Eram os primeiros dias dos anos 30 do século XX, o Brasil e o mundo viviam  uma efervescência de acontecimentos. O mundo começou a sentir os efeitos da quebra  da bolsa de Nova York, que acontecera em 1929, e os Estados Unidos estavam vivendo um período que ficou conhecido como a ‘Grande Depressão’ e, como este país mantinha  relação comercial com vários outros países, os severos sintomas da crise foram sentidos  em todos os continentes.

No Brasil, a crise teve seus reflexos, uma vez que boa parte da economia, na  época, era baseada na produção cafeeira que tinha nos Estados Unidos um dos seus  maiores importadores, fato que gerou queda nos preços, e forçou os cafeicultores a  investirem na industrialização brasileira (FURTADO, 1979).

Paralelo às mudanças econômicas, o Brasil vivia, na década de 1930 uma  Revolução Política, encampada pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do  Sul, que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do presidente eleito  Júlio Prestes, pondo fim à chamada Velha República, assumindo o governo o gaúcho  Getúlio Vargas.

No Piauí, politicamente, os primeiros dias da Revolução foram conturbados. O  governador Pires Leal foi deposto e assumiu o vice-governador Humberto de Area  Leão, que foi nomeado interventor federal, mas em razão de vários atritos entre os  líderes da Revolução no Piauí acabou por deixar o cargo três meses depois, sendo  nomeado interventor o oficial do exercito brasileiro Joaquim de Lemos Cunha, porém,  também este foi um governo de vida efêmera, de pouco mais de quatro meses, mas foi  neste curto período de tempo que foi fundada a Faculdade de Direito, a primeira escola  de curso superior do Piauí (NUNES, 1975).

Nesse período a história revela que havia, no Piauí, grande anseio pela

implantação de instituições de nível superior, notadamente por parte dos bacharéis em  Direito, o que culminou com a criação da Faculdade de Direito do Piauí (FADI), fundada em 25 de março de 1931, e que teve sua instalação solene em 14 de abril de  1931 (MELO, 2006), vindo a ser a 16ª faculdade de Direito do Brasil após quase 104  anos desde a instituição das primeiras faculdades de Direito2

O curso de Direito piauiense, conforme Brito (1996), nasceu de uma iniciativa  privada, ou seja, de um grupo de entusiastas pela causa, tendo como alguns dos  responsáveis por sua gênese: Cromwell Barbosa de Carvalho, Luiz Mendes Ribeiro  Gonçalves, Mário José Baptista, Giovani Costa, Leopoldo Cunha, Francisco Pires de  Gayoso e Almendra, Cristino Castelo Branco, Álvaro Ferreira e outros. A neo-faculdade  recebeu grande influência da Faculdade de Direito do Recife, uma vez que a maioria  dos seus idealizadores tinha, nesta instituição tradicional, recebido sua formação inicial,  no caso, o bacharelado.

A Faculdade de Direito de Recife, que junto com a Faculdade de Direito de São  Paulo, foi a primeira academia jurídica do Brasil, formava a elite intelectual brasileira,

sendo o berço de vários outros cursos jurídicos do Brasil, que a exemplo do Piauí,  tiveram como idealizadores juristas formados por ela. Neste sentido, e referindo às duas  primeiras faculdades de Direito, Holanda (2007, p. XLII) afirma: “As faculdades de  Direito de então faziam as vezes de escolas políticas, jurídicas e sociais, lugar portanto  desencadeador da formação dos futuros governantes, ministros, parlamentares,  legisladores, em suma, a classe dirigente do Estado Brasileiro.”

Entre os defensores da criação da primeira escola superior do Piauí destaca-se Higino Cunha3, que alertava para o fato do Piauí estar ficando na penumbra dos estados  próximos como o Ceará, cuja Faculdade de Direito data de 1903, o Amazonas com sua  Faculdade Jurídica do Amazonas, criada em 1910, e o Pará que instituiu a sua faculdade  em 1902. Registramos, desse modo, que o curso de Direito do Piauí surgiu em um  contexto histórico de grande valorização dos cursos jurídicos no Brasil e durante  décadas figurou como a única opção para quem almejasse realizar a formação superior  no Piauí, de modo que, caso houvesse o desejo por outra carreira superior o estudante  deveria buscá-la em outros estados do Brasil.4

Fachada da Universidade Federal do Piauí

UFPI – Universidade Federal do Piauí

Inicialmente, a FADI funcionou, provisoriamente, nas instalações da antiga  Assembléia Legislativa do Estado, demarcando desse modo, a necessidade de uma sede  própria. Na sua origem, como já mencionado, a faculdade de Direito do Piauí nasceu na  condição de uma instituição particular, todavia, em decorrência de dificuldades dos  mantenedores, suas despesas foram estadualizadas, regulamentada pelo decreto n. 1471,  de 16 de agosto de 1932. E neste mesmo ano a faculdade ganhou nova sede, passando a  funcionar na Rua Coelho Rodrigues, e lá permanecendo até a criação da UFPI, quando  foi transferida para campus universitário, o antigo prédio onde estava sediada a Velha  Salamanca hoje abriga a Biblioteca Pública Estadual Desembargador Cromwell de  Carvalho.

As atividades da primeira faculdade piauiense iniciaram-se em 1º de julho de  1931, e sua aula inaugural foi proferida por Joaquim Vaz da Costa, cuja cátedra  intitulava-se Introdução à Ciência do Direito, e por Mário José Baptista, que ministrou a

disciplina Economia e Ciência Política, ambas as disciplinas faziam parte das cadeiras  do primeiro ano do curso (BRITO, 1996). O primeiro corpo diretivo da faculdade teve a  seguinte composição: desembargador Francisco Pires de Castro, como Diretor,  desembargador Simplício de Sousa Mendes, como 1º Vice-diretor e Joel de Andrade  Sérvio, como primeiro secretário, sendo que no primeiro dia de aula, com a renúncia do  diretor e do vice-diretor assumiram estes cargos, respectivamente, Daniel Paz e Joaquim  Vaz da Costa.

A primeira turma de bacharéis em Direito formados pela Faculdade de Direito  do Piauí, concluiu seus estudos em 1935 e todos os concludentes eram do sexo  masculino. Ressaltamos que a literatura pertinente (BRITO, 1996; MELO, 2006, entre  outros) dá conta de que o curso de Direito do Piauí surgiu da necessidade de preparar o  corpo burocrático do Estado, de modo que a maioria dos primeiros bacharéis destinou

se ao serviço público estadual, renovando o que Melo (2006) chama de “elite”  burocrática no poder. Esses mesmos autores reconhecem, igualmente, a valiosa  contribuição da FADI para a formação de profissionais do mais alto gabarito, lançando  não só para o Piauí como para o Brasil intelectuais renomados no campo jurídico.

A Faculdade de Direito do Piauí veio imbuída do sentido de que não servia  apenas como pólo formador para uma carreira profissional, mas que tinha um objetivo  maior de formação de uma elite intelectual.

Em 1937, o cenário muda novamente, e a Faculdade de Direito precisa se ajustar  a nova realidade. Nesse ano, Getúlio Vargas foi protagonista do golpe de Estado que  instaurou no Brasil um regime de governo ditatorial, que ficou conhecido na história  como Estado Novo, e dentre várias medidas ficou determinada a proibição de acúmulo  de remuneração de cargos públicos, fato que gerou um grave problema para o ensino  jurídico piauiense, uma vez que a maioria do corpo docente era composta de  funcionários públicos, que, àquela época, ficaram impossibilitados de lecionar. (MELO,  2006)

Para resolver o problema da carência de professores, e possibilitar que aqueles  que já estavam lecionando pudessem continuar na atividade docente, o interventor  Leônidas Melo realizou a desoficialização da faculdade, ou seja, foi imprimido, novamente um caráter particular à instituição. Mesmo assim, continuou a receber  assistência financeira do Estado. A Velha Salamanca somente volta a ser pública no ano  de 1945, quando foi reconhecida pelo Governo Federal, através do Decreto-lei

nº17.551/1945 (MELO, 2006), fato que foi possível em decorrência do fim do Estado  Novo.

Na década de 1950 a faculdade torna-se federal, através da lei 1.254/1950, no  Governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra, acompanhando um movimento nacional  que levou a federalização de várias faculdades no Brasil inteiro, que tinha por objetivo  tornar menos oneroso o acesso ao ensino superior. A Faculdade de Direito do Piauí  passa a ser Faculdade Federal de Direito do Piauí, “[…] fato que determinou uma nova  fase em sua história e ensejou o aprimoramento de seu corpo docente, com a realização  de concursos públicos que se tornaram memoráveis e estimulavam a vida cultural do  Estado.” (BRITO, 1996, p. 87).

Biblioteca da UFPI

Biblioteca da UFPI

Em 1966, com Petrônio Portela Nunes governador do Piauí, iniciou-se o  movimento para a criação da Universidade Federal do Piauí, que, na sua origem, foi  formada pelas faculdades superiores já existentes no estado: Faculdade de Direito,  Faculdade Católica de Filosofia, Faculdade de Odontologia, Faculdade de Medicina e  Faculdade de Administração de Empresas, esta última sediada na cidade de Parnaíba

Piauí (CAMILLO FILHO, 1986). Efetivamente, a Fundação da Universidade Federal do  Piauí (FUFPI) foi instituída pela Lei nº 5.528, de 11 de novembro de 1968, e instalada  oficialmente em 12 de março de 1971, com o objetivo de criar e manter a Universidade  Federal do Piauí- UFPI, que durante anos figurou como a única universidade piauiense.

A criação da Universidade Federal do Piauí, com a aglutinação das faculdades  até então existentes e consequente incorporação da Velha Salamanca5 teve o condão de  propiciar “[…] enlarguecimento das letras jurídicas, mormente através de pesquisas mais  acuradas, nos cursos de pós-graduação […]” (OMMATI, 1995, p.312). É certo que a  produção de literatura jurídica já acontecia antes de sua criação, mas o reconhecimento  da necessidade da produção para a pesquisa na UFPI vem tomando corpo nos últimos  anos, através da constatação de que os professores, e não apenas eles, mas todos os  profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, devem tomar uma  postura pró ativa na produção de conhecimento científico (Bortoni-ricardo, 2008). Essa  atitude significa para estes profissionais um questionamento acerca da realidade que o  cerca, buscando entender os acontecimentos de seu dia a dia forense, refletindo sobre as  ações jurídicas e pedagógicas e observando o significado destas para os sujeitos  Muitos anos se passaram desde que a Faculdade de Direito do Piauí foi  incorporada à Universidade Federal do Piauí, formando o Departamento de Ciências  Jurídicas, mas o ideal de formar profissionais com a capacidade de questionar a sua  realidade ainda persiste, nas produções científicas, na voz do Centro Acadêmico de  Direito “Cromwell de Carvalho”, que promove palestras e eventos para o corpo discente  e a comunidade, na preocupação dos professores, alunos e funcionários de manter viva a  chama nascida nos idos anos de 1930, mas que teima em queimar por todo este tempo,  mesmo diante de grandes intempéries.

 

Este artigo foi produzido por Adriana Ferro, doutora em Educação, professora e Diretora Acadêmica do iCEV –  Instituto de Ensino Superior

 

 

 

 

 

 

1 -Doutora em Educação.

2- As duas primeiras faculdades de direito do Brasil foram criadas no mesmo ato, por Dom Pedro I, em 11 de  agosto de 1827, que hoje é considerado o dia do advogado. A de São Paulo funcionava no Convento de São  Francisco e a de Olinda funcionou no Mosteiro de São Paulo, quando foi transferida para o palácio do  Governador em Olinda, para em 1854 ser transferida em definitivo para a cidade de Recife.

3- Sobre o contexto da sociedade piauiense neste momento histórico e a influência de Higino Cunha  sugerimos a leitura de QUEIROZ, Teresinha de J. M. Clodoaldo Freitas, Higino Cunha e as Tiranias do  Tempo.

4-A Faculdade Católica de Filosofia do Piauí, conhecida como FAFI, foi a segunda faculdade piauiense e só  veio a ser instalada em 1957 por ação da Sociedade Piauiense de Cultura, criada por Dom Avelar Brandão  Vilela.

5 -A Faculdade Federal do Piauí passou a ser chamada de Velha Salamanca em alusão à Universidade de  Salamanca a mais antiga da Espanha e uma das universidades mais antigas do mundo.

Referências:

BORTONI-RICARDO, Stella M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa  qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

BRITO, Itamar S. História da educação no Piauí. Teresina: EDUFPI, 1996. CAMILLO FILHO, José. Pequena história do Piauí. 2 ed. Teresina: COMEPI, 1986. FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Editora Nacional, 1979.

HOLANDA, Ana P. A. de. A Escola do Recife e seu papel na construção do ensino  jurídico brasileiro: ruptura de paradigmas. In: CERQUEIRA, Daniel T de; CARLINI,  A.; ALMEIDA FILHO, José C. de A. (Orgs.). 180 anos de ensino jurídico no Brasil.  Campinas/SP: Millennium, 2008. p. XXVIII-XLV.

MELO, Antonio M. V. V. de M.. História e memória do ensino superior no Piauí de 1930 a  1960. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA UFPI, 4, 2006. Teresina.  Anais eletrônicos …Teresina, 2006. 1 CD-ROM.

NUNES, Odilon. O Piauí na História. Teresina: COMEPI, 1975.

OMMATI, Fides A. de C. V. M. Letras jurídicas. In: SANTANA, R. N. M. de. Piauí:  Formação. Desenvolvimento. Perspectivas. Teresina: FUNDAPI, Halley, 1995.

SOUSA, Francisca M. de; BOMFIM, Maria C. Alves do; PEREIRA, Maria das G. M.  R. Presente do Passado: A Faculdade Católica de Filosofia na história da Educação do  Piauí. Teresina: Editora Gráfica da UFPI, 2002

12 maio
Governo Federal cria Perfil do Cidadão Brasileiro Estudante

iCEV

Parceria do Ministério da Educação com o Ministério da Economia disponibiliza plataforma com serviços e informações para estudantes da educação básica e superior

Governo Federal criou a solução de Perfil do Estudante do Cidadão Brasileiro Estudante, local em que os estudantes da educação básica e superior podem obter informações e serviços por meio da plataforma GOV.BR . Esse perfil concentra diversas informações e serviços voltados para o público estudantil, tornando mais fácil para o usuário navegar na plataforma e encontrar o que deseja.

Em poucos cliques, o estudante consegue obter ou protocolar documentos; realizar ações nos programas do MEC: Enem, Sisu, Prouni, Enade e Fies; efetuar pesquisas por  Universidades, Institutos ou outras entidades educacionais; obter informações sobre programas de assistência social na educação, sobre os serviços de finanças, impostos e gestão pública; consegue também cadastrar currículo; pesquisar sobre os serviços das Forças Armadas e Defesa Civil; tem a opção pelo serviço de busca de vagas de emprego no Sistema Nacional de Emprego (Sine) e agendamento de entrevista com possíveis empregadores; além da biblioteca digital e informações sobre infraestrutura, trânsito e transportes de estudantes.

“Estamos colocando o governo na palma da mão dos brasileiros, facilitando a vida dos cidadãos por meio do GOV.BR”, destaca o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mário Paes de Andrade. “Queremos oferecer uma experiência cada vez mais fluida, intuitiva e personalizada para os estudantes que acessarem os serviços digitais da plataforma”, complementa.

Para o subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC) do MEC, André Castro, essa entrega significa o aprimoramento e avanço na unificação da oferta de serviços, por perfil, auxiliando o estudante em vários momentos da vida.  “Os serviços disponibilizados percorrem a trajetória do estudante, apoiando-o em diversas interações necessárias ao longo de sua jornada. Alguns destes sequer são conhecidos pelos estudantes. Esta é uma iniciativa importante da Secretaria de Governo Digital, que envolve diversos órgãos governamentais dentre eles o Ministério da Educação que é o responsável por levar até o cidadão serviços acessíveis e úteis para o fortalecimento de políticas públicas. Buscaremos aprimorar ainda mais esses canais de acesso para garantir o amplo acesso aos nossos estudantes.”, explica o subsecretário.

André destaca que na página podem ser apurados os momentos da vida que perfazem uma jornada, desde os anos iniciais até as fases de entrada no mercado de trabalho. “De posse de todas as informações obtidas pelo Governo, será possível fazer a análise do melhor serviço a ser oferecido, o mais procurado, em que época é procurado, quais os principais obstáculos enfrentados pelos estudantes e muitas outras informações de extrema importância para composição da lista de serviços essenciais para o perfil estudante. Dependendo da fase em que se encontra em sua jornada, o Governo pode entregar o serviço pretendido, com mais presteza e eficácia, fortalecendo as relações entre órgãos.”, destaca.

Ainda há outros recursos, serviços e soluções do MEC focados nos aspectos pedagógicos que também poderão agregar esse rol de serviços e, em breve, serão divulgados e uma nova iniciativa do Ministério para fortalecimento da tecnologia nas ações de recuperação das aprendizagens pós-pandemia.

Para conhecer os serviços, acesse: Perfil do Estudante do Cidadão Brasileiro Estudante

 

Publicado por Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da STIC e do Ministério da Economia

11 maio
Probabilidade, fé e IA: o Teorema de Bayes – Nazareno Reis

Escola de direito aplicado

Ciência e fé se complementam. Creio que Bayes também pensava assim.

A incerteza sobre o futuro pode trazer medo ou esperança. Prever o futuro tem sido uma tarefa que historicamente esteve entre a experiência prática e a fé religiosa, com assaltos de charlatanismo no entremeio. Embora a ciência nunca tenha abandonado o propósito de dominar esse campo vastíssimo do desconhecido, que são os fatos ainda por acontecer, faltava-lhe ferramentas confiáveis para emitir juízos consistentes. Até que surgiram as estatísticas e as probabilidades na matemática.

Mas não foi fácil apagar a conexão da presciência do futuro com o sobrenatural. Durante muito tempo, a zombaria em torno do tema foi a tônica entre os não iniciados. Benjamin Disraeli, que foi primeiro-ministro britânico e um escritor prolífico, dizia que há três tipos de mentiras: as mentiras, as mentiras deslavadas e as estatísticas. Já se disse também que a estatística é aquela técnica matemática que diz que se há duas pessoas em um restaurante e uma delas come um prato inteiro, é exato afirmar que cada um dos dois, em média, comeu meio prato…

Enfim, até hoje ainda há comentários escarnecedores sobre as estatísticas e probabilidades matemáticas, pelo fato de elas produzirem modelos e estimativas que podem não se verificar na prática — o que contraria a imagem de exatidão que se tem da matemática. A verdade, porém, é que esse campo do conhecimento tomou conta de grande parte das atuais ferramentas de criação de conhecimento a partir de dados colhidos esparsamente.

Viagem a Poitou

As probabilidades, como campo de estudo, nasceram da observação dos jogos de azar, por volta do ano de 1654. Segundo os historiadores, nesse ano, durante uma viagem à cidade de Poitou, Blaise Pascal, então um jovem com menos de 30 anos de idade, teria encontrado Antoine Gombaud, conhecido como Cavaleiro De Méré, um célebre jogador profissional que tinha grande habilidade com números. De Méré apresentou a Pascal um problema que havia fascinado os jogadores desde a Idade Média e que vários matemáticos notáveis, como Pacioli (1494), Tartaglia (1556) e Cardano (1545) haviam já discutido:

“Dois jogadores com igual perícia são interrompidos enquanto jogam um jogo de azar para uma certa aposta em dinheiro. Dada a pontuação do jogo naquela altura, como deve ser dividido o prêmio?”

Para ilustrar com um caso particular, imaginemos, por exemplo, que dois jogadores de baralho (A e B) apostem R$ 1.000,00, que será entregue a quem vencer mais partidas em 10 mãos seguidas. Estando o placar em A (5) x (2) B, um dos jogadores ou ambos resolvem interromper o jogo. Como dividir o prêmio em termos matematicamente rigorosos? (Admitamos que não há um regulamento jurídico nem um acordo para a situação).

Nazareno Reis juiz

Cidade de Poitou – França

Poder-se-ia resolver a questão facilmente olhando para trás, isto é, para o que acontecera no jogo até antes da interrupção: neste caso, a quantia de R$ 1.000,00 poderia ser dividida em 7 partes iguais, ficando cinco partes para o jogador A e 2 partes para o jogador B. Mas aí deixaríamos de lado todos os eventos futuros e incertos que não ocorreram, e que justamente constituem o azar/sorte do jogo. Inclusive deixaríamos de considerar que B ainda poderia empatar o jogo, caso ganhasse as três partidas restantes.

Ao olharem para frente, ou seja, para as partidas que não se realizaram, Fermat e Pascal intuíram que a resposta adequada para a divisão do prêmio seriam frações calculadas segundo um processo combinatório dos vários resultados futuro possíveis (todos considerados igualmente prováveis). Assim, preservando a álea do jogo, se poderia fazer um cálculo para incluir eventos incertos na distribuição do prêmio. Nascia ali o estudo da probabilidade.

O problema que fascinou Pascal 

O problema fascinou Pascal que, mais tarde, o apresentou a Fermat (a esta altura um juiz de meia idade, que gostava mais de matemática que de direito).  Desenrolou-se, a partir disso, uma troca de correspondência entre os dois que se tornaria célebre, pois tais cartas seriam consideradas os documentos fundadores da Teoria das Probabilidades. E o problema apresentado por De Méré ficou conhecido como “O problema do jogo interrompido”.

Nazareno Reis juiz

Pascal

Por falar em jogo interrompido, no Brasil tivemos um caso real no futebol que bem poderia ter suscitado debates matemáticos à época. Isso ocorreu na final do Campeonato Paulista de 1973, entre Santos e Portuguesa. A partida terminou em um empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, tendo sido necessária a cobrança de pênaltis para conhecer-se o campeão. A Portuguesa cobrou e perdeu a sua terceira cobrança, quando o placar estava 2 x 0 para o Santos (que também já executara a sua terceira cobrança). O árbitro Armando Marques e sua equipe, então, cometeram um grave erro aritmético e encerraram o jogo, declarando o Santos campeão.

De fato, se eram 5 cobranças para cada lado, obviamente o árbitro fez as contas erradas, pois o Santos poderia perder as duas cobranças que lhe faltavam e a Portuguesa teoricamente bem poderia converter as suas duas, levando o jogo a um 2 x 2.

Inteligência humana probabilística

A divisão do campeonato foi para as instâncias desportivas e ambos os times foram declarados campeões (uma solução mais que salomônica). Mas, em termos de Teoria da Probabilidades, o Santos foi “muito mais campeão” que a Portuguesa, já que havia apenas uma chance (Santos perder os dois pênaltis e a Portuguesa marcar os dois), entre 16 combinações possíveis, de a Portuguesa estender a disputa de pênaltis e voltar novamente a ter possibilidade igual de vitória. Isso dava 6,25% de probabilidade de prolongar o jogo (sem garantia alguma de que nos pênaltis singulares a Portuguesa venceria). E nem estou considerando o fato de que um dos cobradores do Santos que ainda faltava cobrar a penalidade máxima era ninguém menos que Pelé.

Na perspectiva das probabilidades, o Santos deveria mesmo ter sido declarado o único campeão. Mas, é claro, aqui vem o Calcanhar de Aquiles: probabilidade alta não quer dizer certeza de ocorrência. O título do Santos ficaria sujeito sempre ao questionamento de não ter sido conquistado de forma cabal.

As estatísticas e probabilidades, quando incorporadas ao processo decisório, são ferramentas poderosas para tornar as decisões mais objetivas, mas não prescindem do salto no escuro da incerteza. Isso é a sua fraqueza e a sua força.

pelé comemora gol

Pelé comemora vitória

Alguns estudiosos acreditam que a inteligência humana é, em grande medida, probabilística. As decisões cotidianas que tomamos seriam baseadas em um modelo embarcado nos nossos cérebros, que é capaz de assimilar a incerteza por um processo de comparação com o passado. Tudo muito rapidamente e, em grande parte, de forma inconsciente.

O alcance do que o ser humano decide probabilisticamente cobre um vasto conjunto de questões práticas, e não apenas jogos que são lineares no seu desenvolvimento. Para ficar em alguns exemplos comezinhos: ir ou não a um evento?, carne ou peixe no almoço?, que curso escolher na universidade?, etc.

Senso comum 

Para esse tipo de decisão sobre o futuro, normalmente empregamos dados do passado e acreditamos que os fatos semelhantes têm uma tendência a se repetir. Se fomos ao evento anterior e ele foi bom, provavelmente será de novo; se comemos peixe e isso foi uma experiência positiva, provavelmente repetiremos; se um conhecido escolheu cursar ciência da computação e teve êxito profissional, provavelmente escolheremos também essa área, etc.

Isso tudo é o que chamamos de bom senso ou senso comum. Um parêntese aqui: no Brasil, existe até determinação na lei para que o juiz, ao decidir, leve em conta o senso comum para admitir algo como acontecido ou não (sim, a probabilidade também serve para “decidir” o passado, quando ele não é totalmente conhecido). Tal recomendação está no art. 375 do nosso Código de Processo Civil, com uma linguagem esotérica: “o juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece”.

Imagem mostra Thomas Bayes  e seus cálculos  -  Nazareno Reis juiz

Thomas Bayes (1701 – 1761)

Pode-se objetar, no entanto, que nem sempre as coisas se repetem e que o fato de um padrão decisório ter sido sucessivamente repetido (ainda que por várias gerações humanas) não lhe confere o status de verdadeiro.

Pensemos, por exemplo, na fé religiosa. Várias gerações têm acreditado, ao menos no Ocidente, que milagres impressionantes ocorreram no Oriente Médio há pouco mais de 2000 anos. Milagres tão impressionantes que ainda hoje uma grande parte da população de vários países acredita que ocorreram.

David Hume, o cético e brilhante ensaísta escocês do Século XVIII, colocou em dúvida esses milagres, justamente opondo-lhes o fato de que não há na experiência diária milagres. Como eles poderiam ser provados por simples testemunhos que passam de geração em geração?

O Cerne da Inteligência Artificial 

Mal sabia ele que, com essa blasfêmia, despertaria a inteligência aguçada de um religioso que traduziria essa questão em um conceito matemático profundo — que, mais de duzentos anos depois, seria o cerne da Inteligência Artificial.

Thomas Bayes, de fato, não gostou do que dissera Hume e decidiu que provaria o contrário, isto é, que os milagres eram, sim, plausíveis. Ele trouxe algo novo para as probabilidades: em vez de o cálculo levar em conta apenas os dados de certo momento, ele pensou num método que permitiria o recálculo constante da probabilidade, à medida que novos dados se acrescentassem ao conhecimento do calculista.

 Em outras palavras, ele concebeu uma probabilidade dinâmica, segundo a qual quanto mais evidências houvesse de um fato, mais a sua probabilidade de ocorrência aumentava, num processo incremental de crescimento da certeza sobre a incerteza. E vice-versa: quanto menos dados confirmatórios, menos certeza da ocorrência.

Na verdade, Bayes não conseguiu formalizar a sua ideia em termos matemáticos rigorosos, e nós sequer saberíamos sobre ela se Richard Price (aquele mesmo da famosa “Tabela Price”) não a tivesse publicado, em 1767, quando Bayes já era falecido. Foi Laplace, o “Newton Francês”, quem concebeu a poderosa fórmula que ficou conhecida como o “Teorema de Bayes”, nos seguintes termos:

Em que: P (A/B) é a probabilidade posterior ao cálculo; P (B/A) é a verossimilhança; P (A) é a probabilidade anterior da classe; P(B) é a probabilidade anterior do preditor.

O Teorema de Bayes não teve sucesso duradouro e era muito difícil de ser aplicado na prática por dois obstáculos fundamentais: 1º) pressupunha, para ser efetivo, da existência grande número de dados para recálculo (estatísticas); 2º) pressupunha uma infinidade de cálculos sucessivos, que seriam tanto mais precisos quanto mais fossem os dados e quanto mais rápidos fossem executados os cálculos (capacidade computacional).

Já dá para ver que o Teorema de Bayes havia sido feito para a Era da Informação. Num daqueles muitos exemplos em que a matemática cria ferramentas que somente serão úteis décadas ou séculos depois, o Teorema de Bayes assumiu papel central no desenvolvimento da Inteligência Artificial.

Inteligência Artificial -  Nazareno Reis juiz

Inteligência Artificial

Basta pensar que hoje os fenômenos físicos e humanos contam com registros cada vez mais abundantes, precisos e minuciosos. Desde o movimento de um corpo celeste, passando pelas precipitações pluviométricas, pelos movimentos das marés, pela compra e venda de produtos, diálogos e relacionamentos entre as pessoas, informações sobre doenças e medicamentos — enfim, tudo agora é registrado e produz dados. Esses dados, por sua vez, podem ser utilizados, em tempo real, para recálculos constantes e muito rápidos, por meio da crescente capacidade computacional de que dispomos.

Algoritmos que usam o Teorema de Bayes, hoje, podem produzir previsões cada vez mais acuradas nos mais diferentes campos, tais como: a criação de vacinas, previsão do tempo, tradução de idiomas estrangeiros, predição de crimes, investigações sobre doenças, quebra de senhas, análise de discursos, busca por novos planetas, busca e resgate em acidentes ocorridos em áreas remotas, etc.

Por trás do Teorema de Bayes há uma verdade muito simples: não se mantenha preso a uma hipótese, qualquer que seja ela; reúna o máximo dados, processe-os e acredite no que eles estão dizendo.

Ah, Bayes acreditou nos milagres até o fim…

Nazareno Reis, mestre em direito, juiz federal e juiz auxiliar no STF

Publicado originalmente em  PhiloTechJus

03 maio
3 livros para mudar seu mindset empreendedor –  Thiago Rodrigo

iCEV

Nosso professor Thiago Rodrigo, do curso de Administração, tem três dicas valiosas de leitura para mudar seu mindset empreendedor. Confere só

Quer empreender ou alavancar seus negócios? Nosso professor Thiago Rodrigo, do curso de Administração, tem três dicas valiosas de leitura para dar aquela virada de chave na sua mente. Confere só:

Todas essas dicas de livros são de brasileiros e ele traz uma série de dicas e ferramentas pra você que é empreendedor, independente da área que você está atuando, possa acelerar o seu processo de crescimento e o processo de crescimento do seu negócio, da sua empresa.

E a dica é: além de ler, coloca eles em prática, tá?

Fator de Enriquecimento – Paulo Vieira

Esse livro é uma virada de chave na cabeça dos empreendedores porque ele mostra caminhos e alternativas, além de quebrar uma série de crenças ligadas a dinheiro e à gestão financeira.

Então, quando a gente vê o nome “Fator de Enriquecimento”, já pensa numa fórmula mágica, mas é muito mais do que isso: é um método, são informações científicas que são apresentadas para o empreendedor aprender a ter um novo mindset em relação a dinheiro, em relação a valores.

 

 

 

 Audaz  – Maurício Benvenutti

O livro é de um brasileiro que foi viver uma experiência fora do Brasil e entendeu como é que a cultura de inovação acontece, como é que isso acontece em outros países e trouxe isso para o livro.

Então, você que é empreendedor, vale a pena demais ter acesso a essas informações. Ele também quebra uma série de padrões e traz muitas informações sobre como você vai se posicionar nesse novo contexto de negócios em relação a carreira e em relação a negócios.

 

 

 

Do zero ao infinito – Everton Rosa

Esse livro aqui que é fantástico, tem me ajudado muito ultimamente. Ele traz ferramenta sobre vendas, marketing, portfólio digital, além de te ajudar a entender isso tudo através de exercícios de prática. Então, esse aqui eu tenho adotado nos últimos doze meses e realmente tem feito muita diferença.

 

 

27 abr
Dois livros sobre Tecnologia – Com Luciano Aguiar

iCEV

A área de Tecnologia muda TODOS OS DIAS. Essa transformação exige que o profissional se atualize constantemente, né?  O prof. Luciano Aguiar, do curso de Engenharia de Software do iCEV, traz algumas dicas de livros sobre Tecnologia.

O Projeto Fênix – Um romance sobre o TI, DevOps e sobre ajudar o Seu Negócio a Vencer

Gene Kim, Kevin Behr e George Spafford

 

É um livro em formato de história que conta sobre como a empresa desenvolve softwares. Ele retrata, principalmente, a cultura do desenvolvimento, a integração entre a equipe e a importância da integração dessas equipes para o desenvolvimento.

Ele aborda de maneira sutil os conceitos sobre débito técnico, DevOps, integração contínua e entrega contínua. Então se você vai montar sua empresa, se você é da área de tecnologia, este é um livro fantástico para você.

 

 

 

 

Transformação Digital –  Uma Jornada Possível

Organizado por Eduardo C. Peixoto e Geber Ramalho 

O segundo livro fala sobre transformação digital – Uma jornada possível. Foi escrito pelos professores da Cesar School, em Recife. Transformação digital é um tema extremamente evidente e importante nos dias de hoje.

A tecnologia por si só não agrega, a tecnologia transforma com a transformação digital.

Se um processo dentro de uma empresa se está errado ou mal elaborado, quando for transformado em tecnologia vai ser também uma tecnologia errada. Por isso você tem que entender e fazer acontecer com a transformação digital.

 

 

 

08 abr
Burocracia versus Autocracia

Escola de direito aplicado

Artigo de Charles Beserra, aluno do 9º período de Direito do iCEV debate sobre dois sistemas: a Burocracia e a Autocracia.

Em uma entrevista ao cineasta Oliver Stone, Vladimir Putin expressa uma incontornável desesperança ante, segundo ele, a política de hostilidade e indiferença de Washington em relação ao Kremlin. Ele afirma que não importa quem seja o presidente dos EUA, as garras da burocracia americana conseguem cooptá-lo para seus interesses pré-estabelecidos.

 

De fato, analisando-se a condução da política externa americana em vários governos, observa-se que o país sempre esteve envolvido em algum conflito. Por outro lado, fica evidente na entrevista, inclusive com perguntas muito pertinentes de Sr. Stone (que provavelmente não teria feito a entrevista se não demonstrasse estar afastado do ideário de Washington) que, como a Rússia não tem uma boa burocracia como a americana, precisa valer-se da autocracia de Putin.

Onde não há burocracia, faz-se necessária a autocracia. Uma baseia-se na impessoalidade, a outra, na pessoalidade. Uma se baseia no sistema, outra, no indivíduo.

 

O que é burocracia?

Em sua obra, “O que é burocracia “, Marx Weber afirma que a burocracia é aquilo que torna a administração de uma instituição eficiente, eficaz, garantindo rapidez e racionalidade ao trabalho. Além disso, afirma que o modelo reduz os problemas internos de trabalho.

Etimologicamente, burocracia decorre da fusão de duas palavras: bureau + cracia. Bureau é uma palavra de origem francesa e pode ser usada para designar escritório, departamento, setor administrativo e “cracia”, de origem grega, que dizer governo.

Assim, juntando-se as acepções tem-se, grosso modo, que burocracia é um a administração ou governo por processos padronizados. Por seu turno, autocracia provém de duas palavras gregas “auto” e “cracia”. “Auto” designa “próprio, que se move sozinho” e “cracia”, como foi dito acima, é governo. Dessa forma, autocracia designa a ideia de autogoverno, especialmente no sentido de uma liderança pessoal muito forte.

 

A máquina burocrática

Comparando-se os dois sistemas, a burocracia apresenta, no aspecto temporal, algumas vantagens sobre a autocracia. Na burocracia, o ethos (conjunto de valores) é incorporado ao sistema e o torna impessoal. Já não depende do impulso ou motivação individual, senão para dar sua criação e start. Uma vez posta em funcionamento, a máquina burocrática se movimenta por si na direção traçada inicialmente.

Um parêntesis: a grande malignidade do regime nazista apontada por Hannah Arendt, cujo objetivo era erradicar judeus da Europa, na chamada “questão judaica” levantada pelo governo alemão de então, foi que isso foi incorporado dentro da burocracia de Estado.

A questão então transcende o aspecto pessoal e a máquina se torna mortífera, aumentando a eficácia com que atinge seus objetivos. Para a “solução” da “questão judaica” já não era apenas um grupo que deflagrava a perseguição. Era todo um sistema. Por isso, Hannah Arendt observou que até mesmo um governo de ninguém, isto é, um governo burocrático pode ser ainda mais perigoso que um governo baseado numa única liderança.

O Brasil e a forte burocracia

Segundo a filósofa (A condição humana, p. 49), “o governo de ninguém não é necessariamente um não-governo; pode, de fato, em certas circunstâncias, via a ser uma das suas mais cruéis e tirânicas versões”. Nesse estágio, já não seria apenas crimes de governo. Seriam crimes de estado.

A burocracia é preestabelecida para um fim. O Brasil, por exemplo, é um pais onde há forte burocracia, contudo é uma burocracia de meio, auto referenciada, e não de fim, como a americana parece ser. Assim, o papel de todo estadista parece ser a implementação de uma burocracia que faça a máquina girar independentemente da sua liderança. E nesse ponto o estadista é anti-autocrata.

 

Estratégias de estadistas

A sua preocupação é deixar a máquina política funcionando mesmo após o seu governo. Nisso o estadista se aproxima do gestor profissional que pensa em termos estratégicos. O estadista não pensa em termos de governo, transitório, mas em termos de estado, permanente.

Depender de um homem ou um grupo específico é algo temerário. Inúmeras circunstâncias podem contribuir para o alijamento de uma liderança. Isso expõe o grupo à vulnerabilidade e à instabilidade. Uma vez ausente o líder autocrático, o sistema tende a entrar em parafuso.

Na autocracia, o sistema recebe do líder seu entusiasmo. Todo seu ethos. Assim, no caso Russo, a destituição de Putin poderia colocar em cheque a política de desenvolvimento social implementada desde a desintegração da URSS. Todavia, parece intuitivo concluir que é melhor depender de um sistema do que de uma pessoa.

Pessoas passam, instituições permanecem

Outro aspecto interessante é aquele relacionado ao culto da personalidade. Na autocracia o líder é sua própria referência. Há uma forte propaganda apontando para o líder. O sistema passa ser secundário. O líder torna-se um semideus infalível. Diante de tanto apelo à megalomania, é comum em governos autoritários a dificuldade de passagem o posto de comando (Putin já vai para mais de 20 anos!).

Diante do exposto, resta demonstrado que uma instituição deve pensar seriamente em privilegiar a burocracia em detrimento da autocracia. Pessoas passam; as instituições permanecem!

30 mar
Como as empresas na América Latina estão acelerando a inovação

Escola de negócios e gestão

Pesquisa realizada pela Visa mapeou o estágio de inovação de mais de 100 companhias na região; Brasil lidera com mais de um terço das empresas mais inovadoras

As empresas da América Latina alcançaram um nível mais sofisticado de inovação. É o que mostra o estudo State of Innovation, realizado pela Visa em parceria com a Americas Market Intelligence (AMI), que mapeou processos de inovação de mais de 100 companhias da região. Segundo o levantamento, o percentual de participantes em estágio avançado de inovação teve a maior alta, subindo de 17% em 2020 para 23% no ano passado.

O contexto ajudou. Enquanto em 2020 o cenário da pandemia pedia uma rápida migração para serviços e canais digitais, em 2021 foi preciso fazer ajustes e trabalhar para solucionar as barreiras que atrapalham a digitalização. Por isso, tecnologias que melhoram a segurança e viabilizam experiências para os clientes passaram a ser as mais adotadas: biometria, tokenização e Inteligência Artificial (IA) para detecção de fraudes tiveram maior aumento no uso.

Dois terços das empresas pesquisadas usam IA e machine learning (ML) para criar experiências personalizadas para os clientes (Foto: Pexels)

“É possível notar que as novas tecnologias não são mais um fim em si mesmas, elas se tornaram um meio essencial de resolver as dores mais urgentes do consumidor”, observa Vanesa Meyer, vice-presidente de Inovação da Visa América Latina e Caribe.

De acordo com o estudo, das 30 empresas mais inovadoras da região, 46% são nativas digitais, enquanto as companhias tradicionais representam os 54% restantes, o que prova o esforço de organizações mais antigas para se reinventar.

O Brasil lidera com mais de um terço das empresas mais inovadoras. No país, as companhias tendem a ter mais parcerias com startups. Além disso, elas também estão à frente por experimentarem tecnologias avançadas, como IA, tokenização e criptografia.

O que habilita as empresas a inovar?

A pesquisa também revela características em comum das empresas mais inovadoras. Em geral, a inovação é descentralizada dentro da companhia, e está integrada à estratégia corporativa. Além disso, é promovida pelos executivos de C-level com equipes autônomas, o que as torna mais agéis. Cerca de 93% das empresas também dizem usar incentivos para promover a inovação de forma mais ampla.

Além disso, essas empresas revisam seus produtos e serviços atuais com regularidade, usando testes contínuos em tempo real e feedbacks dos clientes.

“As empresas mais inovadoras da América Latina têm uma qualidade em comum, que é o desejo de melhorar a jornada do cliente por meio de uma abordagem descentralizada e aberta. Seja resolvendo um desafio de mercado ou capitalizando uma oportunidade, elas estão em sintonia com as mudanças nas preferências do consumidor”, acrescenta Vanesa.

As tecnologias mais adotadas

Dois terços das empresas pesquisadas usam IA e machine learning (ML) para criar experiências personalizadas para os clientes. Além disso, as empresas têm adotado ferramentas de segurança avançadas para proteger informações sensíveis. Algumas das mais implementadas são IA para detecção de fraudes, tokenização e biometria, que em 2021 registrou o maior uso (74%) entre as empresas pesquisadas, sendo a autenticação facial a aplicação mais usada (63%).

Há também uma crescente descentralização dos serviços financeiros por meio de tecnologias como open banking, a ativação de tudo como um serviço (everything-as-a-service) e blockchain. Quase metade das empresas pesquisadas e 60% das mais inovadoras indicam que já estão desenvolvendo soluções de open banking.

As empresas estão cada vez mais interessadas em produtos cripto. No entanto, a implementação desses produtos continua limitada – apenas 8% das pesquisadas relatam algum grau de integração com criptomoedas. Porém, mais de um terço das empresas pesquisadas (34%) indicaram que estão desenvolvendo produtos cripto ou que os incluíram em seus planos estratégicos.

Publicado por Época Negócios

28 mar
7 novas profissões que surgirão com o Metaverso

Escola de tecnologia aplicada

Essas novas profissões apenas a superfície. Existem diversas outras que surgirão e já estão surgindo.

 

A principal dificuldade ao falar sobre o metaverso é que ele ainda não existe, mas com certeza os investimentos das gigantes de tecnologia nesse projeto mudarão essa situação em pouco tempo.

Loucura para uns e realidade para outros, a verdade é que cada vez mais empresas — e até mesmo governos — estão investindo na criação desse novo mundo.

Metaverso já é tendência e realidade em várias empresas, como Nvidia e Microsoft. Imagem: Divulgação/Microsoft

No entanto, o fato é que o metaverso exige mais conhecimentos de algumas áreas do que as profissões e no-hall, ou seja, pessoas com domínio prático técnico de um assunto, do que temos hoje.

Em outras palavras, como você perceberá ao longo do texto, essa nova tecnologia está criando algumas das profissões que nossos filhos e netos irão trabalhar.

Ignorar as mudanças pode ser letal.

O que é metaverso?

Ao contrário do que muitos acham, o metaverso está longe de só ter utilidade para tornar jogos mais divertidos. Por esse motivo, antes de ficar por dentro das novas profissões que a tecnologia irá criar, é importante ter bem claro do que se trata o metaverso.

Primeiramente, não é novidade que, de fato, o metaverso ganhou enorme popularidade em 2021. No entanto, o termo é mais antigo do que pode se pensa.

O metaverso foi colocado em pauta pela primeira vez em 1992, a partir do autor Neal Stephenson. Ele descreveu a tecnologia sendo um mundo virtual 3D vivido através de avatares de pessoas reais.

Confuso? A imagem abaixo, divulgado pelo “Microsoft Teams” lançado no evento Ignite 2021, ajuda a exemplificar.

Microsoft quer entrar no metaverso com avatares 3D no Teams | Downloads | TechTudo

Microsoft Teams terá reuniões virtuais em ambientes 3D — Foto: Divulgação/Microsoft

Resumidamente, uma vez que é um “universo imersivo 3D”, a tecnologia une reúne três tipos de realidade: a virtual, a aumentada e a mista.

Antes de prosseguir, confira algumas definições rápidas: 

  • Realidade Virtual (VR): é um ambiente totalmente artificial, onde há imersão total em um ambiente virtual.
  • Realidade aumentada (AR): diferente da VR, aqui os objetos virtuais sobrepostos ao ambiente do mundo real. Ou seja, o mundo real é aprimorado com objetos digitais. Um ótimo exemplo é o famoso game Pokémon Go.
  • Realidade mista (MR): trata-se de um ambiente virtual combinado com o mundo real. Em outras palavras, ele une as tecnologias VR + AR, tornando possível interagir com o mundo real e um ambiente virtual.

Um exemplo de MR foi uma feira de automóveis, realizada na cidade de Fortaleza – CE. Nela, o visitante era capaz de fazer um passeio virtual com o uso dos óculos VR. O dispositivo era conectado a um celular, unindo o ambiente atual com elementos virtuais. Com isso, ao passar por determinadas localidades da cidade o usuário era capaz de sentir os aromas dos lugares visitados.

Bom, e o metaverso com isso? É que ele é uma realidade Estendida (XR), uma mistura de todos os itens acima. Confuso? Veja só: diferente da realidade mista, no metaverso é realmente como se o mundo real fosse um imersivo em 3D!

Pegando como exemplo o Microsoft Teams, no metaverso os avatares podem pegar emprestado a voz do participante e reagir com os mesmos movimentos da boca enquanto a pessoa fala.

Veja alguns casos do que pode ser considerado metaverso:

  • Imersão em diferentes mundos;
  • Quebra de barreiras geográficas com interação por avatares 3D;
  • Realização “físicas” de coisas que só estão no imaginário;
  • Espaços virtuais nos quais você pode construir cenários e interagir com pessoas;
  • Experiência sensorial de estar em algum local do qual você realmente não se encontra.

O uso crescente dessas tecnologias exigirá adaptação dos profissionais e das empresas, além de demandar novos conhecimentos, habilidades, condutas e dinâmicas sociais. Com tantas novidades, muitos podem sentir até mesmo insegurança sobre o futuro do próprio trabalho e da própria profissão.

Quais são as profissões específicas que o metaverso está criando?

Agora que já entendeu as principais mudanças que a inovação envolve, confira algumas das profissões que estão sendo criadas pela demanda da tecnologia:

1. Desenvolvedor de ecossistemas:

O Metaverso não surgirá por conta própria, por pura boa vontade do tipo Zuck. Como é de se imaginar, o desenvolvedor metaverso será o grande responsável pela construção de um ecossistema imersivo 3D.

Aqui se inclui desenvolvimento de leis, regulamentos, diretrizes… de fato, é realmente como se fosse criado tudo que existe no mundo real. A profissão não é nada fácil. Podemos comparar tamanha dificuldade com a que a indústria automobilística tem enfrentado na transição para veículos elétricos autônomos.

Ecosystem Developer, como é o nome que você pode se deparar por ai que também se refere à profissão, será o responsável por coordenar parceiros e governos para garantir que as várias funcionalidades criadas sejam possíveis em larga escala. Além disso, também é ele quem vai buscar investimentos governamentais em infraestrutura e incentivar toda a comunidade de participantes.

Um ponto importantíssimo é que os desenvolvedores de ecossistema do metaverso precisarão se concentrar na interoperabilidade, ou seja, nas necessidades dentro do metaverso (on-chain) e também fora dele (off-chain).

Como é algo extremamente complexo, pessoas com anos de experiência governamental/lobbying e um profundo conhecimento do metaverso tendem a ser esses futuros profissionais.

2. Especialista em cibersegurança:

O metaverso é — e será cada vez mais — o alvo perfeito para ataques cibernéticos e fraudes: avatares hackeados, roubo de NFT, vazamentos de dados biométricos, fones de ouvido hackeados… as possibilidades de as coisas darem errado são quase incontáveis!

Esses profissionais vão ser responsáveis por bloquear ataques em tempo real e garantir que leis e protocolos são reconsiderados e adequados.

Com um mundo totalmente novo e imersivo, é apenas uma questão de tempo até que violações virtuais se tornem processos judiciais do mundo real.

3. Storyteller destinado ao metaverso:

Primeiramente, sorytelling é a habilidade de contar histórias utilizando enredo elaborado, uma narrativa envolvente envolvendo os recursos audiovisuais. A técnica ajuda a promover pessoas e negócio, fazendo uma venda de forma indireta através da persuasão.

O storyteller é o nome dado para quem faz o storytelling.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, um dos principais objetivos do storytelling é entregar um conteúdo ao “alvo”, seja um cliente ou potencial cliente. No meio corporativo, esse conceito serve para chamar a atenção do cliente, atraí-lo para a sua marca, criar uma conexão e estabelecer um relacionamento mais concreto e duradouro.

O profissional storyteller do metaverso será a responsável por projetar missões imersivas para os participantes.

Parece bobagem mas não é: à medida que a economia da experiência do usuário e o conceito de gamificação continuam ganhando força, é lógico que o metaverso vai necessitar ter grandes histórias, ajustadas à tecnologia, com as quais possamos aprender grandes lições.

Para se ter uma ideia da importância e usabilidade, o treinamento de militares, sessões de psicologia e até mesmo uma simulação de cirurgia precisará desse profissional.

4. Especialista em bloqueio de anúncios:

Como o Facebook (atual Meta), Instagram e YouTube ganham dinheiro? Não é por doações governamentais: eles vendem anúncios!

O Metaverso provavelmente será executado de uma maneira muito, muito semelhante. Portanto, assim como já ocorre hoje em muitos sites, a venda de anúncios vai existir, também, no mundo imersivo.

No entanto, a invasão pode ser detida. Assim como o modelo AdBlock Plus, o profissional especialista em bloqueio de anúncio será o responsável por desenvolver plug-ins que podem impedir que os anúncios apareçam.

Para a capacitação na área, será muito preciso ter conhecimento em codificação e acesso ao código-fonte do metaverso. Sem dúvidas, com o passar do tempo, a tendência é que falte profissional especialista em bloqueio de anúncios para a demanda.

5. Advogados especialistas em smart contracts:

Primeiramente, é preciso saber que os smart contracts (contratos inteligentes) são contratos digitais programáveis que se executam automaticamente, sem necessidade de intervenção humana. E por quê isso é importante? Pois os metaversos dentro de uma rede blockchain usarão os smart contracts para funcionar.

De fato, o metaverso terá implicações em todos os aspectos de nossa sociedade, incluindo entretenimento, publicidade e economia. Os dois com universos andando juntos, e isso significa que os desafios jurídicos para empreendedores e usuários serão ainda mais complexos.

Aqui estamos falando de algo complexo, relacionado até mesmo à análise de taxas de transação virtual, privacidade e proteção de dados, cumprimento dos direitos autorais e dos usuários como consumidor.

Outro ponto interessante a se notar é que, conforme as transações passem a aumentar, os mineradores de dados precisarão de um apoio para analisar e criar melhores taxas dentro do blockchain. E, claro, o advogado especialista nos contratos inteligentes serão requisitados.

6. Estrategista digital do metaverso:

As ideias são baratas. A execução é cara.

Assim que tivermos um metaverso em pleno funcionamento, a capacidade de planejar e implementar todas as questões de funcionalidades em um mundo totalmente virtual será absolutamente indispensável para a maioria das empresas.

À medida que os CEOs definem uma visão e uma estratégia para a criação e o crescimento das receitas para os seus negócios, o Planner, ou estrategista digital do metaverso, precisará direcionar um portfólio estratégico de oportunidades, desde a prova da ideia até o processo de implantação.

Em outras palavras, esse profissional será o responsável pela estratégia de todo o portfólio de oportunidades. Sendo assim, caberá a esse profissional identificar oportunidades de mercado, conduzir cases, influenciar roteiros, desenvolver métricas, etc.

7. Estilista de modo digital:

Além do metaverso usar criptomoedas para negociação, também usam os NFTs (tokens não fungíveis), os ativos digitais únicos.

Para ficar mais fácil, os NFTs registro digital da posse de determinado bem, seja ele real ou virtual. No metaverso, o NFT pode representar personagens do jogo, terrenos, poderes mágicos, móveis, avatares de pessoas reais, e tudo que for exclusivo.

Com a evolução dos NFTs, alguns designers vão se especializar em desenvolver produtos para o mundo virtual, sejam “skins” (roupas para avatares) ou acessórios. Ou seja, será preciso estilistas de criação do look dos avatares pessoais e de produtos.

Existirá uma enorme oportunidade para os cabeleireiros virtuais, maquiadores digitais, figurinistas 3D e outros profissionais dos cursos de Estética e Cosmética, Design, Artes Visuais e Figurinistas.

Bobeira para uns, oportunidade para outros

A vida ao vivo num mundo em 3D está virando realidade. O grande objetivo do metaverso é melhorar não só a experiência das redes sociais, mas capacitar toda essência do “eu digital” e a personalização.

A chegada da Internet 5G, os novos celulares cada vez mais potentes e os programas de inteligência artificial estão colocando para o dia a dia os sistemas imersivos que antes só eram possíveis de se imaginar em filmes e séries.

Essas novas profissões apenas a superfície. Existem diversas outras que surgirão e já estão surgindo.

Você pode até não gostar da ideia, mas no futuro teremos ainda mais a criação de recursos e uso criativos desse espaço.

Publicado por Livecoins 

24 mar
Custas processuais: o que são e como calcular

Escola de direito aplicado

As custas processuais são consideradas despesas processuais de natureza de taxa, cujo recolhimento é ônus/obrigação das partes, além de ser requisito processual objetivo de validade.

A atividade jurisdicional exercida pelo Estado inerentemente gera custos ao Poder Público. Para se ter uma ideia, as despesas com o Poder Judiciário, em 2019, no Brasil, alcançaram 1,5% (um e meio por cento) do Produto Interno Bruto do País, cerca de cem bilhões de reais.

Estes custos gerados no processo são divididos entre o Estado e as Partes. Como aponta Cândido Dinamarco, é importante haver o rateio das despesas com os jurisdicionados que litigam na justiça, uma vez que “a gratuidade generalizada seria incentivo à litigância irresponsável, a dano desse serviço público que é a jurisdição”.

Neste conteúdo, abordarei o assunto com mais detalhes, destacando a previsão legal, o cálculo  e pagamento das custas processuais. Você pode utilizar o menu ao lado para facilitar a navegação. Boa leitura!

O que são custas processuais?

As custas processuais, também conhecidas como custas judiciais, são consideradas despesas processuais devidas pelas partes ao Estado. Elas correspondem aos serviços prestados pelo Poder Judiciário no andamento das ações, tendo natureza de taxa.

O recolhimento das custas é requisito objetivo de validade no processo.

Fundamento legal das custas processuais

A Constituição Federal, em seu artigo 145, II, autoriza a instituição de taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.

Nesse sentido, a previsão do pagamento das custas processuais está inserida no artigo 82 do Código de Processo Civil:

Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.

§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.

§ 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.

É importante apontar que as custas judiciais constituem apenas uma parte das despesas processuais, que incluem os outros gastos devidos aos agentes estatais, como:

  • Os emolumentos;
  • Os custos de diligência e de determinados atos;
  • A remuneração dos auxiliares da justiça.

Valor das custas judiciais

O valor das custas judiciais varia de acordo com tipo de processo ajuizado e também pela localidade.

Uma pesquisa realizada pelo portal jurídico Migalhas aponta que o valor das custas de uma mesma ação de cobrança de R$ 100.000,00 na Justiça Comum, varia de R$ 386,36 a R$ 6.931,00, a depender do Tribunal, sendo o mais barato o TJDF e o mais caro o TJPB.

Você pode verificar os valores de cada Tribunal pelos links abaixo:

TJRS TJSC TJAM TJRR TJAL
TJPR TJSP TJRO TJAP TJMA
TJRJ TJES TJPA TJPE TJPI
TJGO TJDF TJPB TJRN TJSE
TJMT TJMS TJTO TJCE TJAC
Sites oficiais dos Tribunais de Justiça mostram valores das custas judiciais.

Valor das custas na Justiça do Trabalho

Conforme o artigo 789 da CLT, na Justiça do Trabalho as custas são calculadas no valor de 2% do valor da condenação ou o valor da causa, quando a ação for constitutiva/declaratória ou no caso de pedidos improcedentes.

Além disso, dispõe o mesmo dispositivo que as custas trabalhistas não poderão ser inferiores a R$ 10,64 e não poderão ser superiores a quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Pagamento das custas processuais

A dinâmica de recolhimento de custas varia a depender do Rito aplicado na determinada ação. Neste artigo, irei abordar a dinâmica do pagamento de custas em três deles:

  1. No procedimento comum cível;
  2. No juizado especial cível e;
  3. Nos procedimentos trabalhistas.

Confira abaixo os detalhes de cada um.

Pagamento das custas no procedimento comum cível

No procedimento comum cível, a parte Autora, por força do artigo 82 do Código de Processo Civil, tem o ônus processual de adiantar o pagamento das custas. Caso a parte deixe de recolhê-las, isso pode causar diversas consequências, inclusive o cancelamento da distribuição da ação, no caso das custas iniciais.

As custas poderão ser ressarcidas ao Autor pelo Réu, caso a ação seja julgada procedente.

Pagamento das custas no juizado especial cível

No juizado especial cível, há a dispensa de despesas judiciais na Primeira Instância, conforme o artigo 54 da Lei 9099/95, sendo necessário pagá-las apenas em caso de interposição de recurso inominado.

Pagamento das custas nos processos trabalhistas

Nos processos trabalhistas, não há necessidade de adiantamento de custas, sendo pagas apenas ao final do processo ou na interposição de recurso.

Preparo recursal e depósito recursal trabalhista

Para a interposição de recursos, é necessário, além do pagamento das custas iniciais, o recolhimento do chamado “preparo”.

Por definição, o preparo recursal é o conjunto de despesas relacionadas ao processamento do recurso. Deve ser arcado pela parte recorrente para remetê-la à próxima instância, sob pena de deserção, conforme prevê o artigo 1.007 do Código de Processo Civil:

Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.

Nos procedimentos trabalhistas, não há despesas recursais propriamente ditas, apenas as custas iniciais calculadas sob o valor da causa. Estas devem ser pagas ao final do processo ou na interposição de recursos.

Entretanto, diferentemente do rito cível comum, no processo do trabalho, há uma figura específica chamada de depósito recursal.

O depósito recursal não possui natureza de despesa judicial, uma vez que é um adiantamento da condenação pago para a interposição de recurso.

Para os Recursos Ordinários, o valor é, atualmente, de até R$ 10.986,80. O valor do Recurso de Revista é duas vezes o Recurso Ordinário e para o Agravo de Instrumento é metade do valor do Recurso que se pretende destrancar.

Como calcular o preparo recursal

O preparo, assim como as custas iniciais, varia conforme a localidade do processo e do Recurso que se pretende interpor.

Em São Paulo, por exemplo, o valor do preparo de apelação é 4% sobre o valor da causa. Já um recurso especial é um valor fixo de R$ 202,89.

Como calcular o valor do depósito recursal trabalhista

Vamos pegar um exemplo prático: se a condenação imposta pelo juízo for de R$ 20.000,00.

Para interpor um Recurso Ordinário, a empresa terá que recolher R$ 10.986,80, além das custas judiciais de 2% (R$ 400,00). Para continuar o processo através de um Recurso de Revista, terá que recolher até R$ 21.973,60.

Como se trata de um adiantamento da condenação (no exemplo, de R$ 20.000,00) e a empresa já adiantou R$ 10.986,80, será necessário apenas R$ 9.013,20.

Conforme o artigo 899, §9°, da CLT, o valor do depósito recursal será reduzido pela metade para:

  • Entidades sem fins lucrativos;
  • Empregadores domésticos;
  • Microempreendedores individuais;
  • Microempresas e empresas de pequeno porte.

Não pagamento de custas processuais e justiça gratuita

Por se tratar de um requisito de validade, o não pagamento das despesas judiciais pode acarretar diversas consequências processuais.

Nos recursos, o pagamento de preparo é requisito extrínseco e sua ausência poderá implicar em deserção, se não o sanar. Caso a parte não comprove o pagamento no ato de interposição, será intimada a fazê-lo em dobro (artigo 1.007, §4°, do CPC). E caso o recolhimento seja insuficiente, será intimada para complementá-lo (artigo 1.007, §2°, do CPC).

Excepcionalmente, o beneficiário da justiça gratuita, nos termos do artigo 98, §1° do CPC, está isento tanto do pagamento das custas iniciais quanto dos preparos recursais.

Perguntas Frequentes sobre as custas processuais

O que são custas processuais?

As custas processuais, também conhecidas como custas judiciais, correspondem aos serviços prestados pelo Poder Judiciário no andamento das ações. Seu recolhimento junto ao Estado é obrigação das partes e requisito processual objetivo de validade. Saiba mais aqui!

Qual é o valor das custas processuais?

O valor das custas judiciais varia de acordo com tipo de processo ajuizado e também pela localidade do Tribunal de Justiça. Confira o valor das custas processuais em cada um dos TJ neste conteúdo.

Conclusão

Como requisito de validade, as custas possuem inerentemente uma carga alta de importância, de modo que o advogado deve se ater ao modo como são recolhidas e seus valores.

É sempre importante ler as regras de cada tribunal acerca de suas custas judiciais, pois, como vimos, os valores e a dinâmica das custas variam a partir da localidade do processo e do tipo de ação.

Além disso, é sempre bom lembrar que a desatenção ao recolhimento das custas pode gerar um prejuízo processual enorme, como a necessidade de recolhimento em dobro até o próprio não conhecimento do recurso – que poderá implicar o insucesso de determinada causa.

Publicado por Blog Aurum 

 

22 mar
Como crescer JUNTO com a empresa?

Escola de direito aplicado

A psicóloga Layse Policarpo dá dicas fundamentais

Ser reconhecido e evoluir dentro da empresa é uma das partes mais importantes do sucesso profissional, não é? Quando há um crescimento JUNTO com empresa, a organização consegue atingir seus resultados e colaborador constrói uma carreira de destaque, ganhando protagonismo e notoriedade em sua área.

Layse Policarpo, psicóloga e coordenadora do Núcleo de Apoio Psicológico do iCEV dá dicas fundamentais para te ajudar a crescer junto com a empresa que trabalha e alcançar patamares mais altos para construir uma carreia de sucesso.

 Perceba as oportunidades

“Para crescer na empresa, o colaborador deve perceber as oportunidades, seja de resolver problemas, contribuir em algum projeto, propor uma ideia ou ajudar os colegas”, disse a psicóloga.
Para isso, trace as metas profissionais, mapeie quais são as suas oportunidades, chances, canais e conexões, assim você consegue enxergar com mais facilidade para onde ir e quais são as suas opções.

Esteja em aprimoramento contínuo

O marcado de trabalho hoje necessita não só de um profissional tecnicamente preparado, mas também com criatividade, boa comunicação, inteligência emocional, colaboração e adaptabilidade. Os desafios de ontem não são os mesmo de hoje e atentar-se a essas mudanças nos sinaliza em que habilidades precisaremos focar naquele momento.
“É importante que esteja em aprimoramento contínuo, tanto em conhecimentos específicos de sua área, como em conhecimentos afins: Excel, inglês, marketing e etc”, revelou Layse.

Mostre que sua colaboração é valiosa

“É importante destacar-se dos demais e mostrar que sua colaboração é valiosa para a empresa. Ter alguém no seu time que é resolutivo, colaborativo e que atua de acordo com o propósito e valores da empresa indica potencial para crescer, desenvolver novas funções a conquistar cargos mais altos e novos desafios”, contou Policarpo.
Mostre para os gestores que você está genuinamente engajado com a empresa e que está determinado a oferecer o seu melhor para que a organização alcance os resultados pretendidos. Sempre que surgir uma oportunidade, um projeto novo, um curso de capacitação, a chance de uma promoção ou algo assim, aproveite.

Saiba trabalhar bem em equipe

Tenha empatia pelas pessoas, isso significa respeitar a opinião do próximo e desenvolver habilidades em conjunto com a equipe.
Para tanto, é preciso entender que esse processo de construir laços positivos com eles é algo contínuo. Portanto, esteja disposto a auxiliar quem precisa e seja sempre educado.

21 mar
Entenda o que é Web3 e tudo o que é preciso saber sobre o conceito

Escola de tecnologia aplicada

Cunhado em 2014 pelo britânico Gavin Wood, o termo coloca em perspectiva uma internet descentralizada.

Na Web3, blockchain é um conceito importante de tecnologia para que a descentralização faça sentido (Crédito: Getty Images)

Conseguir equilibrar o melhor das duas fases anteriores da internet, essa é a proposta da Web3 que se baseia na premissa de descentralização. O termo foi utilizado pela primeira vez em 2014 por Gavin Wood. O britânico é cofundador da rede de blockchain Ethereum.

Se na Web 1.0 a premissa era o compartilhamento de informações e na Web 2.0 o foco foi a importância do conteúdo gerado pelo usuário, a ideia por trás da Web3 é juntar a descentralização, permitida pela blockchain e fortalecer ainda mais o conteúdo desenvolvido pelos usuários.

Porém, apesar de pressupor uma evolução das outras fases anteriores, ela não necessariamente será uma continuidade, alerta Ricardo Cavallini, global faculty da Singularity University. “Considerando que um dos principais elementos deste mundo é o NFT, que apesar de usar criptomoedas e blockchain não é nada descentralizado, fica claro o quanto a realidade de Web3 está distante”, pontua.

No ano passado, a expressão Web3 esteve entre as mais comentadas na internet junto com Metaverso e NFT. Uma característica também importante da Web3 é um número maior de mecanismos que garantam aos usuários transparência na coleta e destinação de seus dados.

O que é Web3?

De acordo com Cavallini, “mais do que uma evolução (a próxima versão, três ponto zero), se trata de uma remodelagem da internet, baseada em blockchain, tokenização e descentralização. Aproveito para fazer um parênteses aqui, a frase acima em si mostra bem a necessidade dos executivos ficarem em dia com as novidades. Perceba que para entender Web3 é preciso conhecer outras coisas que muita gente ainda não entende, nem a tecnologia, tampouco o conceito.”

A Web 3.0 é a mesma coisa que Web3?

“O nome se confunde com um conceito antigo chamado Web 3.0, a tal web semântica. Acho que a grande diferença desta buzzword é que tenho a sensação que ela não surgiu para vender livros, palestras, artigos ou especialistas. Sinto que a força da Web3 vem de um desejo mais puro de corrigir os problemas atuais da internet”, diz Cavallini.

Qual a importância da distribuição no conceito?

 

Elon Musk já criticou algumas vezes o termo que remete à internet descentralizada (Crédito: Getty Images)

Para Cavallini, do entendimento que a internet foi para um caminho com monopólios, fake news e discurso de ódio, é importante estar atento para não replicar tudo isso ao buscar uma nova web descentralizada. “Quando surgiu, uma das principais descrições da internet era que ela era distribuída. Pense no Brasil, um país onde Facebook virou sinônimo de internet, comerciantes dependem do Instagram e 99% dos smartphones têm um WhatsApp instalado.”

Elon Musk e Jack Dorsey já fizeram piada com o termo
Os bilionários Elon Musk e Jack Dorsey já fizeram piada com a expressão Web3 e criticaram o envolvimento de empresas de capital de risco como Andreessen Horowitz no que alguns chamam de nova versão da internet. “Você não pode possuir a Web3, escreveu Dorsey no Twitter. “No final das contas, é uma entidade centralizada com um nome diferente. Saiba antes no que está se envolvendo…”, disse Dorsey.

Publicado por Forbes

 

18 mar
Playlist iCEV – Focado nos estudos

iCEV

As aulas já iniciam com foco total! Pra te ajudar nesse novo período, a gente elaborou com os diretores,  coordenadores, professores e tutores do iCEV uma playlist no Spotify com mais de 22 horas de música pra te ajudar na hora de estudar e entrar no flow do processo de aprendizagem e reter muito mais conhecimento pra cada minuto dedicado.

Para abrir a playlist acessa esse link e bons estudos!

Confere só alguns benefícios de estudar ouvindo música:

 

 

 

Música ajuda na concentração

De acordo com um estudo da Universidade de Caen, na França, estudar ouvindo música favorece a concentração do estudante. Através da música é possível aumentar o tempo de atenção em uma determinada atividade. Assim, a capacidade para absorver novos conteúdos também é ampliada.

Estudar ouvindo música amplia a criatividade

Um ótimo exercício para quem enfrenta o chamado bloqueio criativo é colocar aquela playlist para tocar e deixar a criatividade fluir. 

Memória mais aguçada

Você sabia que alguns sons, como as músicas instrumentais, auxiliam no armazenamento de informações no cérebro? Além disso, as paródias são outra forma divertida de estudar e guardar os conteúdos. Importante ressaltar que a música não age sozinha, você também precisa saber como melhorar os seus estudos, escolher um ambiente silencioso e sem distrações e organizar o seu cronograma de estudos.

07 mar
Usuários de criptomoedas de games ultrapassam pela primeira vez os de DeFi

Escola de tecnologia aplicada

Segundo especialistas, mercado ainda não entende as propostas dos diferentes tipos de ativos digitais

Dados observados pela empresa de pesquisa de blockchain CryptoRank mostram que usuários de criptomoedas de games ultrapassaram em 2021, pela primeira vez, os de finanças descentralizadas (DeFi). No ano passado, carteiras ativas únicas ligadas a tokens de games responderam por 49% da indústria de blockchain.

“Gaming se tornou uma das áreas de maior crescimento no mercado cripto. A primeira onda de jogos são os play-to-earn (P2E, ou jogue para ganhar), como Axie [Infinity] e DeFi Kingdoms, porque eles são fáceis de lançar e necessitam de mecânicas e gráficos menos intensos”, afirmou em e-mail Ilan Solot, sócio do Tagus Capital Multi-Strategy Fund.

Segundo o especialista, o grande apelo dos jogos play-to-earn é participar da economia do jogo de alguma maneira, então muitos usuários de DeFi, principalmente provedores de liquidez, entraram rapidamente. “Há muita sobreposição”, apontou.

Fortuna dos tokens de games 

No mês passado, em post publicado no blog da gestora de ativos Arca, Jeff Dorman apontou que, embora o setor de jogos esteja “bombando” e seja considerado à prova de crises, as fortunas dos tokens de games e as moedas de outros sub-setores continuam atreladas ao Bitcoin (BTC), possivelmente devido à falta de conhecimento do varejo e de novos investidores profissionais.

“Por conta dos altos faturamentos e rendimentos, muitos ativos digitais deveriam ser os favoritos dos consumidores, e não se comportar como empresas de tecnologia sem lucro. Mas o mercado parece não estar pronto para colocar, de um lado, tokens de empresas de jogos que se comportam bem em crises (como o AXS) e exchanges com alto fluxo de caixa (como o FTT, SUSHI) e, de outro, protocolos sem fluxo de caixa (como o BTC) e produtos em fase inicial com pouca geração de taxas (como o SOL, AVAX)”, afirmou Dorman.

Publicado por InfoMoney

25 fev
A importância de uma boa escrita para os advogados

Escola de direito aplicado

Vocês já perceberam que nós, advogados, somos pagos para escrever? Dentre as muitas habilidades essenciais para um bom advogado, acredito que a escrita é a mais importante de todas. Ela faz parte do nosso dia a dia: vencemos casos e conseguimos clientes através da escrita. Não deveríamos, então, nos dedicar mais a ela?

Aqui vão cinco razões para você investir mais tempo escrevendo e melhorando sua escrita:

1 – A escrita é o principal meio de comunicação do advogado

Sim, há os momentos em que a fala ganha destaque, como em uma sustentação oral ou um júri. Mas a rotina do advogado é escrever: peças, e-mails, propostas, consultorias. Se essa é uma técnica tão importante na nossa profissão, deveríamos melhorar cada vez mais no seu uso.

 

 

2 – Escrever ajuda a ter clareza e a organizar as ideias

Quando colocamos no papel nossas ideias, somos obrigados a dar a elas uma forma mais acabada – a organizá-las e a encontrar palavras certas para pensamentos vagos. Quantas vezes não temos ideias novas ou ajustamos argumentos a medida que escrevemos? Escrever afia nossas ideias.

 

 

 

3 – Não há forma melhor de aprender

Ler é importante, mas não há uma forma melhor de aprender um assunto do que escrever sobre ele. Sintetizar num texto escrito aquilo que estudamos auxilia na compreensão e na retenção. De peças a posts de Instagram, quanto mais escrevemos sobre um assunto, mais aprendemos sobre ele.

 

 

 

4 – A escrita é um veículo para construir autoridade

Pense nos grandes juristas. Nosso contato com eles é, sobretudo, através da escrita: lemos seus livros, decisões, pareceres. Escrever bem é um ótimo cartão de visitas. Ampliamos nossa autoridade, conhecemos novas pessoas e aumentamos nosso alcance.

 

 

5 – Escrever aguça nossa atenção pelos detalhes – e essa é uma habilidade essencial

Enquanto falamos, temos menos preocupação com precisão, rigor e coerência. Na escrita é diferente: ficamos mais atentos a detalhes, datas e fatos. Podem testar: se você domina a escrita, dará mais atenção aos detalhes daquilo que seu cliente lhe relata já que precisará transformar aquilo num texto depois.

 

 

 

 

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