fbpx

30 jun
Oi! Vamos conversar sobre Branding Pessoal?

iCEV

Sou Rayana Agrélio, tenho 35 anos, sou mãe da Olívia, apaixonada por marketing e por Educação – acredito de verdade na capacidade que o conhecimento tem de mudar o mundo. Tenho MBA em Management pela PUC-Rio, certificação em Branding e Comportamento do Consumidor pelo Insper/SP. Sou Diretora de Relacionamento do iCEV – Instituto de Ensino Superior e fundadora da Bravo.branding, uma consultoria em… branding

Quero te ensinar alguns passos simples para a construção da sua marca pessoal. Mas primeiro:

O que é Branding Pessoal?

Personal Branding é um tópico bastante abordado desde o início da era digital. Sua importância nunca foi tão crítica quanto é hoje. A definição mais simples de Personal Branding seria o ato de identificar, posicionar e promover a si mesmo. Então, vamos ver como criar uma marca pessoal que seja autêntica para você.

Qualquer pessoa com acesso à internet e à mídia social pode estabelecer uma audiência, se posicionar como especialista e começar a atrair clientes para seus negócios. E é exatamente isso que muitas pessoas estão fazendo.

 

Marketing Pessoal x Branding Pessoal

Fuja da armadilha da autopromoção pessoal, que ocorre quando alguém depõe a favor das próprias atividades Marketing Pessoal faz parte do Branding, que é a gestão estratégica da imagem de uma empresa ou pessoa. Branding é sobre o que você acredita, sobre o que você se identifica, sobre qual a impressão que você deixa no mundo, seja de modo consciente ou não.

Você está se comunicando *o tempo todo*. Então faça isso de modo consciente. Provoca sentimentos e identificação com o target, enquanto o do marketing pessoal é fazer com que ele tenha uma ação mais direta

 

Mas pra quê mesmo fazer isso?

Aumenta sua visibilidade, o que, por consequência, eleva as chances de ser contratado, fechar um negócio ou parceria: conquistar a confiança e compartilhar seus valores com o público, existem chances de que outras pessoas indiquem você para novas oportunidades.

 

Boca-a-boca ainda é a melhor propaganda. Uma pessoa tem quatro vezes mais chance de comprar algo quando recebe a indicação de um amigo, reforça suas qualidades e diferencial, entrega valor ao público-alvo, aproxima você de possíveis clientes, contratantes e parceiros, constrói uma boa reputação, posiciona você como autoridade em seu campo de atuação, além de elevar as chances de indicações, promoções, convite para entrevistas de emprego e palestras.

 

Mas advogado pode?

Como construir uma marca na advocacia com as restrições do código de Ética da OAB?

Pode, mas com calma – a “ Publicidade” deve ter caráter informativo. Provimento 94/2000 está sendo atualizado por uma comissão desde 2019. Aprovação dia 17 de junho de 2021 dos artigos 1º e 2º.

Em resumo: … autorizam o marketing jurídico, desde que exercido em conformidade com as normas da OAB, e conceituam esse termo, além de “marketing de conteúdos jurídicos”, “publicidade”, “publicidade profissional”, “publicidade ativa”, “publicidade passiva” e captação de clientela.

 

6 passos simples para a construção da sua marca pessoal

 

Invista em Autoconhecimento

No fim das contas, a gente sabe o que engaja – relacionamento, bebês fofinhos, festas – ou seja, coisas mais leves. Mas é sobre isso que você quer falar? Você é assim? Onde está a sua essência? Descubra quem você é no mundo.

 

Quais são os seus valores? Qual a sua percepção sobre o mundo? Qual impressão você quer que as pessoas tenham sobre você? A partir daí um leque de outros pontos podem ser explorados, como, por exemplo, quais cores e estilo de roupas melhor representam a imagem que você quer passar, com isso você pode definir com quem você quer conversar. Ou seja, seu público alvo, seu nicho.

 

 

Coerência e Consistência

 

 

Não adianta nada criar um personagem! Investimento em Branding Pessoal demanda tempo. Construção de reputação é algo a longo prazo e você não conseguirá manter essa postura durante um longo prazo se ela não for real.

 

A gente sabe o que engaja, mas você assim? Voltamos para o autoconhecimento. Para entender o seu tom de voz, ou seja, como você fala, e a sua mensagem sobre o que você fala é preciso que você se conheça. Caso contrário, o cancelamento vem.

 

Use as redes sociais ao seu favor

 

Utilize as redes sociais em seu potencial máximo. É uma ótima ferramenta de pesquisa: pergunte o que as pessoas querem saber, faça enquetes, converse. Você já tem seguidores, faça deles seus promotores.  Você não precisa transformar seu Instagram em um perfil exclusivamente profissional Conteúdos pessoais geram identificação, o que leva ao nosso próximo tópico:

 

Crie Conexão

Você é a sua marca, independentemente do meio que atua. Você não precisa ser empreendedor no sentido empresarial da palavra. Mas o empreendedorismo aqui está em saber se vender. A sua marca pessoal se torna forte o suficiente a ponto das pessoas confiarem no que você está falando, nas suas indicações. Você deve transmitir aquilo que você vende, por isso mais uma vez, autoconhecimento e coerência,

 

 

Fala, que eles te escutam

Mas fale de forma clara, o conteúdo é rei. Dá um tempo na síndrome do impostor: quando a gente estuda muito sobre um assunto, temos a tendência de achar que aquele tema é bobo ou simples demais. Que as pessoas não vão se interessar sobre aquilo.

 

Lembre: você passou anos estudando – ou pelo menos deveria – e tem gente, muita gente, que não tem noção do que você está falando. Está chegando agora. Para gerar autoridade é preciso falar, falar, falar, e tem gente, sim, querendo escutar.

 

O Instagram, por exemplo, tem canais de distribuição para todos os tipos de conteúdo, desde os bastidores da advocacia, nos Stories, até um assunto complexo, no IG TV.

Comece!

 

Dê sua cara a tapa e arrase.

 

29 jun
Open innovation: o que é e como aplicar nos seus negócios

Escola de negócios e gestão

Você já ouviu falar em Open innovation? Este é um conceito que as empresas vêm adotando para inovar em seus processos de gestão. E, com isso, sobreviver em um mercado onde a troca de informações ocorre de forma cada vez mais disruptiva.

Por meio desse conceito de inovação aberta, as organizações quebram paradigmas. E passam a atuar de uma forma mais horizontal. Ou seja, criando conexões externas com o intuito de gerar novas ideias que não dependam exclusivamente da sua equipe interna.

Continue lendo esse artigo e entenda mais sobre o que é Open Innovation, os benefícios que este novo conceito oferece e como aplica-lo na prática em sua empresa. Confira!

Afinal, o que é open innovation?

Open innovation, ou inovação aberta em português, consiste em uma forma de inovação mais colaborativa e diversificada, trabalhando trabalha com o esforço conjunto e a constante alimentação de novas ideias.

O termo surgiu na Universidade de Berkeley e segundo seu criador foi, Henry Chesbrough – professor que atuou como executivo no Vale do Silício, o intuito dessa nova abordagem é diminuir a distância entre os ensinamentos acadêmicos e a aplicação prática deles.

Neste conceito de inovação, a geração de novas ideias não parte apenas da equipe interna de uma empresa. Mas, também de um conjunto de elementos externos, que vão desde fornecedores, até clientes, startups, órgãos públicos entre outros.

E este compartilhamento de conhecimento interno e externo é feito com o intuito de agilizar a inovação dentro da empresa. E permitir sua expansão para que os agentes externos também possam se beneficiar dessa inovação. Ou seja, todos saem ganhando!

Inovação aberta x inovação fechada: entenda a diferença

Basicamente, a inovação fechada é um modelo de atuação que foi aplicado por muitos anos em várias organizações. E suas diferenças em relação ao open innovation podem ser facilmente notadas.

Para começar, na inovação fechada, a geração de ideias e pesquisas se desenvolvem de modo vertical, ou seja, internamente. Além disso, quando o processo de inovação se dá de forma fechada, a empresa não compartilha as ideias e outras fases da inovação que ela desenvolve.

Enquanto isso, no open innovation, a geração de ideias e pesquisas é feito de modo compartilhado. Ou seja, tanto a parte interna, quanto externa da empresa operam gerando valor para a mesma.

Nesta dinâmica, mercado e empresa desfrutam dos benefícios de forma mútua. Isso porque as empresas utilizam o conhecimento e recursos que os elementos externos desenvolveram. E o mercado externo usufrui do conhecimento e inovação gerados a partir dessa colaboração.

Quais são os benefícios da open innovation?

Para compreender o funcionamento da open innovation, é importante conhecer os seus benefícios. Por isso, vamos a eles.

Cooperação mútua

Em um planejamento de capacidade no qual se pretende investir em inovação de processos, o foco normalmente é interno, ou seja, para ser utilizado em prol da própria empresa. Na open innovation, essa abordagem é feita com base em dois cenários diferentes:

  • externo > interno, quando ideias e tecnologias são buscadas no mercado para ser incorporadas aos processos da empresa;
  • interno > externo, quando ideias surgidas na própria empresa são agregadas aos processos de parceiros.

Rentabilidade

Na open innovation, a rentabilidade se justifica sobretudo pelo fato de esse modelo reduzir os custos e também o tempo para acessar novos produtos e tendências tecnológicas.

Além disso, ele permite uma atuação mais inovadora em todos os sentidos, o que é bem recebido pelo mercado e influencia o alcance de melhores resultados.

Ampliação do networking

Na inovação aberta, sua empresa irá naturalmente se aproximar de outras organizações com os mesmos objetivos que a sua. Dessa forma, essa dinâmica irá fortalecer seu networking, unindo competências, habilidades e talentos criativos que tornarão sua marca ainda mais relevante no mercado.

Aumento de performance da empresa

Empresas que produzem mais e se desenvolvem de forma ágil sem incrementar os custos de sua produção alcançam o sucesso com facilidade.

E é justamente este resultado que o open innovation traz para as empresas. Isso porque a dinâmica colaborativa interna e externa possibilita que os melhores atuem nesse processo. E o melhor sem precisar investir alto em contratações.

Melhoria e agilidade na produção

A descoberta acelerada de ideias inovadoras promove melhorias no desenvolvimento do produto. Mais do que isso, o open innovation agiliza a produção, posicionando sua marca a frente da concorrência. E, com isso, eleva seu potencial de vendas, facilita a identificação de melhorias e gera mais autoridade de mercado.

Melhor implementação de propriedades intelectuais

A melhor implementação de propriedades intelectuais acontece por meio de fatores como os movimentos de mercado, os quais guiam o constante aperfeiçoamento do modelo de atuação.

Nesse formato, há uma estratégia mais consistente de inovação, que evita agregar inovação de forma impensada e tem um processo de seleção mais crítico sobre o que precisa ser incorporado com base nas demandas existentes.

Como aplicar Open Innovation no seu negócio?

Aplicar a open innovation no seu negócio exige o conhecimento de alguns conceitos que serão fundamentais para elaborar essa estratégia. Dentre eles, podemos citar os seguintes.

Crowdsourcing

O crowdsourcing é uma ação que visa obter novas ideias, conteúdos e, em uma escala maior, a criação de serviços/produtos a partir de contribuições buscadas em meios específicos como as comunidades virtuais.

É uma forma de acelerar a inovação e torná-la aberta a contribuições externas, o que favorece uma melhoria constante nos processos e evita a escassez de ideias.

Hackathons

Os hackathons são eventos que reúnem diversos profissionais da tecnologia como programadores, designers, especialistas em criação de softwares, entre outros.

O objetivo é gerar um fluxo de trabalho em forma de maratona para encontrar determinadas soluções e/ou colocar uma ideia em prática. Ele é muito indicado quando há urgência em realizar esse processo e preocupação em não perder qualidade devido ao curto prazo disponível.

Cocriação

A cocriação, na inovação, é a construção compartilhada de soluções. Para que ela possa ocorrer, será preciso que a empresa siga estas premissas:

  • abertura de diálogo claro para que todos os objetivos sejam bem compreendidos;
  • acesso mútuo aos recursos e informações do projeto;
  • levantamento dos benefícios e riscos gerados por esse processo;
  • ética e transparência na condução das atividades.

Compreender o conceito e os benefícios da open innovation é levar para a sua empresa os elementos necessários para se começar a pensar na aplicação dela em sua realidade. Assim essa organização tornará possível realizar as ações apresentadas e, com isso, utilizar a open innovation como uma ferramenta de alta performance.

 Publicado por Blog Simply

27 jun
Direito do Trabalho, emprego, tecnologia: As mudanças e as permanências

Escola de direito aplicado

Nos últimos anos, ganharam cada vez mais espaço para debate questões envolvendo as transformações no campo do Direito do Trabalho, sobretudo no que tange às modificações nas formas de se trabalhar, em virtude do crescente desenvolvimento tecnológico. A forma de se trabalhar foi compulsória e abruptamente alterada, buscando e/ou se adaptando à realidade tecnológica, imposta, inclusive, face o distanciamento social e a quarentena. Nesse cenário, o teletrabalho e o home office viraram realidade para muitos e a uberizacão, aprofundou-se. Mas, o que realmente mudou do ponto de vista jurídico?

Nossas premissas …

Premissa 1: a promoção de caminhos interpretativos equânimes e adequados é o caminho hermenêutico adequado, face o princípio constitucional da vedação ao retrocesso social e a observância da normatização das categorias nucleares do Direito e do Processo do Trabalho.

 

Premissa 2: o caráter civilizatório destes ramos jurídicos continua e continuará imperativo, pois o trabalho humano continua é um fundamento central da República Federativa do Brasil por via dos arts. 1o e 7o.

Premissa 3: discursos economicistas vazios, baseados em “lugares comuns”, sem comprovação científica, vinculados a vieses liberais, não serão considerados, pois tratam-se de instrumentos de manipulação.

Nossas ideias, nossos marcos, teóricos e científicos …

De acordo com o Maurício Godinho, (DELGADO, 2019. p.101), a relação de emprego permitiu ao empreendedor capitalista usufruir do máximo da energia, da inteligência, da emoção e da criatividade do trabalhador, pois, ao combinar liberdade pessoal do trabalhador com direção empresarial pelo empreendedor, originou um mecanismo de integração da pessoa ao sistema produtivo. Tornou-se, assim, do ponto de vista econômico-social, a principal forma de trabalho nos últimos dois séculos e meio.

 

Questionamentos do Direito do Trabalho tem o intuito de desconstruí-lo, reduzi-lo e até mesmo torná-lo insignificante para a prevalência de uma hiper exploração do ser humano, trabalhador ou empregado, o que não se afigura científica, jurídica e humanamente adequado.

 

Os dados estatísticos produzidos pela Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados em abril de 2021, revelam que a relação de emprego é, de fato, a mais expressiva: 67,19 % da população brasileira ocupada em relação à força de trabalho (83.867), relativa a dez/jan/fev de 2021, corresponde aos empregados. A análise da PNAD Contínua: Abril de 2021 demonstra que o número de  pessoas ocupadas na categoria empregado é de 56.355, em que pese o número de pessoas sem carteira no setor privado e no trabalho doméstico ser da ordem de 23,76%. O número da informalidade (sem carteira) que é mais expressivo é o que se refere ao trabalho doméstico pois para 1.310 com carteira, temos 3.598 sem carteira, isto em dez/jan/fev 2021. No período de dez/jan/fev/2020 a relação era 1.717 para 4.492. Todavia,  a diminuição no número deve ser lida em consonância ao número de trabalhadores domésticos que era de 6.209 e caiu para 4.908. Veja-se que os números se referem a trimestre durante a pandemia do Coronavírus.

 

Vivemos em uma era digital, fruto de um processo denominado de Revolução 4.0, Quarta Revolução Industrial ou ainda Indústria 4.0, que surgiu em meados de 2010. Esse conceito diz respeito ao uso de tecnologias para a troca de dados, automação por meio de sistemas cyber-físicos (compostos por elementos computacionais colaborativos para a gestão de entidades físicas), Internet das coisas (relacionada com a capacidade dos objetos cotidianos se conectarem à internet e coletar e transmitir dados) e computação em nuvem (que é o fornecimento de serviços de computação de armazenamento, servidores, banco de dados, rede, software, de forma online).

 

A revolução tecnológica e as tendências comportamentais advindas desse processo transformaram as possibilidades do trabalho e da interação entre empregadores e empregados. Jornadas de trabalho móveis – como a jornada do trabalho intermitente – e o trabalho à distância – os home offices – são exemplos de situações em que houve a modificação das condições do emprego. Tais modificações foram, inclusive, incorporadas pela legislação trabalhista, reconhecendo a importância de seu tratamento em norma jurídica.

 

A tecnologia trouxe também uma modificação mais drástica: inaugurou-se nos últimos anos uma nova forma de realização do trabalho, intermediada por aplicativos digitais, que tem recebido o nome de “uberização”. Uberização é o termo utilizado para tratar de um fenômeno geral, marcado por um modelo de negócio denominado de disruptivo, ou seja, de acordo com Clayton M. Christensen, Michael E. Raynor e Rory McDonald (2015), um modelo de negócio que traz uma inovação que desestabiliza os concorrentes e torna ultrapassado tudo o que se conhece até então no seu segmento de atuação.  As empresas responsáveis por esses tipos de aplicativos digitais afirmam que fornecem apenas uma ferramenta, para facilitar a captação de clientes para o trabalhador autônomo. Autores afirmam que se trata de exploração do trabalho humano, baseada na apropriação das qualidades da emoção do trabalhador para torná-lo devedor de sua autorrealização, concretizada pelo aumento do dever de trabalhar, ao qualificá-lo – e ele acreditar nisso – em “microempresário-parceiro”.

 

Para além de ser ou não relação de emprego, a uberização é uma relação de trabalho, o que atrai a competência da Justiça do Trabalho. Portanto, ainda que o hermeneuta não considere que os uberizados (motoristas ou entregadores) sejam empregados celetistas (nos moldes dos arts. 2º e 3º da CLT),  esses indivíduos são trabalhadores, sendo, portanto, competência da Justiça do Trabalho lidar com os conflitos judiciais que dizem respeito a essas relações de trabalho.

 

Gabriela Neves Delgado, os direitos constitucionais trabalhistas, elencados no art. 7º da Constituição Federal, devem ser estendidos a todo trabalhador, sem restrição imposta por parte da doutrina e jurisprudência – incluindo esses trabalhadores uberizados, ainda que não reconhecidos como empregados -, com o intuito de assegurar aos trabalhadores o “patamar civilizatório mínimo do direito fundamental ao trabalho digno” (DELGADO, 2006).

 

O único critério de exclusão do Direito e do Processo do Trabalho que pode ser tolerado é apenas aquele que tange às relações de trabalho que não sejam capazes de dignificar o homem, como, por exemplo, o trabalho escravo.

Publicado por Blog Justificando

21 jun
Em alta na pandemia, investir no setor de videogames e e-sports fica mais acessível; confira as alternativas

Escola de negócios e gestão

BB DTVM e XP lançaram fundos para atender à demanda crescente pelo tema, que se somam aos BDRs do setor

Se as ações do setor de tecnologia foram as maiores beneficiadas nas bolsas globais ao longo dos últimos meses devido ao confinamento social causado pela pandemia, uma vertente em especial conseguiu se destacar ainda mais no nicho: a dos games virtuais.

Com as pessoas trancadas em casa e com poucas opções de lazer, o mercado de videogames e dos e-sports (jogos eletrônicos com campeonatos online transmitidos para milhares de espectadores em tempo real), que já vinha em franca expansão, acelerou ainda mais. O reflexo dessa demanda pode ser observado pela valorização das ações do setor.

Em 12 meses, até 5 de abril, os papéis das principais desenvolvedoras de games do mercado global, como Nintendo, Electronic Arts, Activision Blizzard, Take-Two e Capcom, reunidas no fundo de índice (ETF) Hero, sobem cerca de 96%, em dólar.

No mesmo período, o índice de abordagem mais ampla do setor de tecnologia, o iShares Global Tech (IXN), que tem Apple, Microsoft, Visa e PayPal entre as maiores posições, teve ganhos de 66,9%. Já o benchmark de ações globais iShares MSCI All Country World Index (ACWI) avançou 51,7%.

Desde seu início, em outubro de 2019, os ganhos do ETF Hero são de 71,6%, contra 43,5% do índice de tecnologia, e 21,3% do benchmark de ações globais.

game-2.jpg (735×563)

 

Fonte: XP, com base em dados do Yahoo Finance de 05/04/2021.

O entusiasmo não é para menos. Segundo estimativas coletadas pela XP da Newzoo, plataforma especializada em prover dados globais do mercado de jogos virtuais para grandes empresas, a indústria de games faturou aproximadamente US$ 160 bilhões só em 2020, o que representa um crescimento de quase 10% em relação a 2019. O Brasil movimentou cerca de US$ 1,5 bilhão desse total, de acordo com os dados mais recentes da organização Brasil Game Show.

Segundo Valter Outeiro, economista dedicado às ações globais e BDRs da casa de análise Spiti, a maior vantagem da indústria de games em comparação a outras formas de entretenimento, como o cinema ou a música, é a possibilidade de o usuário ser o protagonista da ação.

“Com a tecnologia de realidade virtual, essa é uma tendência que vai se fortalecer ainda mais. Hoje as narrativas dos games são verdadeiros filmes, em que o jogador fica realmente imerso na história”, diz Outeiro.

Henrique Sana, analista de índices e ETFs da XP, destaca em relatório que, assim como as outras indústrias de entretenimento, a de games já passou por diversas inovações. Hoje, praticamente 50% do faturamento têm sua origem em aparelhos móveis, como celulares e tablets.

O gráfico a seguir ilustra a evolução do mercado de games nas últimas décadas, que teve início em meados dos anos 1980 com os fliperamas, e que vem em uma crescente praticamente ininterrupta desde então. O percurso passa ainda por consoles, jogos de computador e aparelhos móveis, até chegar mais recentemente à quarta onda, da realidade virtual.

game.jpg (1167×492)

Fonte: XP, com base em dados de Pelhman Smithers, NewZoo e Worldometers.

Diante de um desempenho tão destacado e das perspectivas animadoras, tem aumentado no mercado local a oferta de produtos que oferecem ao investidor pessoa física exposição aos principais nomes das gigantes do setor de games.

Além do investimento em fundos recém-lançados como o BB Ações Games BDR Nível I, da BB DTVM, ou o Trend e-Sports, da XP, disponíveis para o público geral, o investidor de varejo pode investir hoje diretamente nos BDRs dessas empresas.

Activision Blizzard, que tem como maiores trunfos na carteira jogos como Candy Crush, Call of Duty, e Warcraft; Take-Two, que tem no GTA seu maior sucesso de público e renda; e Electronic Arts, responsável pelo popular FIFA Soccer, estão entre as principais empresas desenvolvedoras de games com BDRs negociados na B3, assinala o analista da Spiti.

Ele aponta ainda os papéis da Sony e da Microsoft, responsáveis pela fabricação dos dois principais consoles do mercado – PlayStation e Xbox – entre os ativos que surfam o crescimento do setor de games e que estão disponíveis ao investidor por meio de BDRs.

Apesar da valorização expressiva por conta do desempenho do ativo, e do câmbio, o valor unitário para se investir na maior parte desses BDRs ainda é relativamente alto.

Entre as exceções, em abril de 2021, os BDRs da Sea Ltd, de Singapura, e da Zynga, dos Estados Unidos, foram lançados na B3 e já têm preços mais acessíveis. Além disso, o papel da Microsoft foi desdobrado em outubro do ano passado e também tem suas cotas negociadas com valores menores.

Das principais opções de desenvolvedoras de jogos, Outeiro aponta os BDRs da Take-Two como os mais promissores no médio e longo prazo. “O desempenho vai depender, contudo, do sucesso do lançamento da nova versão do GTA, esperada pelo mercado para os próximos anos”, diz.

Para quem ainda não tem nenhuma exposição internacional na carteira, a recomendação do especialista é privilegiar os investimentos nas fabricantes do PlayStation e do Xbox, por terem receita muito mais diversificada.

Acesso facilitado

Para o investidor que não quer apostar tantas fichas em um único BDR, cuja flutuação, é importante lembrar, tem ainda a influência do câmbio, já é possível investir em fundos com valores mais acessíveis, com uma carteira diversificada e sem a volatilidade da moeda.

A BB DTVM lançou em 31 de março o BB Ações Games BDR Nível I, com o objetivo de surfar a onda do promissor mercado de jogos virtuais, bem como de atrair o público mais jovem para o universo dos investimentos, diz Vinicius Vieira, head de gestão de fundos de ações da BB DTVM.

Segundo pesquisas de mercado com o público jovem, a geração Z, dos nativos digitais nascidos a partir de 1996, de poder aquisitivo crescente, hoje já assiste mais aos e-sports do que aos esportes tradicionais, com uma cesta de consumo muito mais digital, assinala Vieira.

São tendências que já vinham em crescimento e que só foram amplificadas pela pandemia, nota o gestor, responsável pela seleção dos BDRs para a carteira do fundo, que não fica exposto à variação do câmbio. “O jovem que antes ia jogar futebol na quadra do prédio passou a jogar mais o FIFA dentro de casa.”

A EA Sports, produtora do popular jogo de futebol virtual, além de Activis Blizzard e Take-Two, estão entre as maiores posições do fundo de BDRs de games da gestora do BB, que conta ainda com as chinesas NetEase, que também desenvolve jogos virtuais, BiliBili, uma espécie de YouTube do gigante asiático, e a americana Zynga.

Segundo o gestor da BB DTVM, diante de uma oferta ainda relativamente restrita de BDRs específicos de desenvolvedoras de jogos, a saída encontrada tem sido buscar ativos de empresas cujos negócios tenham estreita relação com a tendência de crescimento do setor.

Qualcomm e Nvidia, que atuam com semicondutores e chips, bem como Sony, Microsoft e Apple estão entre as posições do fundo.

Vieira diz ainda que o fato de se tratar de um fundo de BDRs não o impede de ter no portfólio ações de empresas brasileiras, caso da Bemobi Mobile Tech, que desenvolve jogos de aplicativos para celular e fez seu IPO na B3 em fevereiro de 2021.

A leva de IPOs na Bolsa brasileira com representantes de setores ainda com baixa participação no mercado tem atraído atenção crescente por parte dos gestores. Em fevereiro, a Bemobi informou que a gestora Truxt Investimentos passou a deter participação relevante, acima de 10% da composição acionária.

Vieira afirma também estar nos planos aproveitar o espaço de 20% que o fundo pode destinar ao investimento direto no exterior para alocar em ações negociadas nas bolsas globais, em nomes hoje indisponíveis por meio dos BDRs ou em ETFs do setor.

O novo fundo da BB DTVM tem aplicação mínima a partir de R$ 0,01 e taxa de administração de 1% ao ano, com 20% de performance sobre o que exceder o índice Nasdaq 100.

Diversificação geográfica

Também de olho no aumento da demanda do investidor pelo tema dos games virtuais frente aos ganhos bastante chamativos, a XP passou a oferecer em sua plataforma no dia 6 de abril o fundo Trend e-Sports, que acompanha o desempenho do ETF Hero, sem a variação cambial.

O ETF, por sua vez, replica os ativos do índice “Solactive Video Games & Esports Index”, composto pelas 40 ações globais de empresas cujos principais negócios têm exposição significativa às indústrias de videogames e e-sports.

No fim de março, as dez maiores posições no ETF totalizavam aproximadamente 55% do portfólio e valiam, juntas, cerca de US$ 700 bilhões, aponta Sana, da XP.

Entre elas, além de EA, Nintendo, Activision Blizzard e Capcom, estão nomes como da chinesa NetEase, além da Sea Ltd, de Singapura, e da Embracer, da Suécia.

Em termos regionais, os Estados Unidos lideram, com cerca de 30% de participação no ETF, seguido por Japão (23,5%), China (13,5%) e Coreia do Sul (12,6%).

O analista da XP destaca que, em um mundo cada vez mais digital, no qual cerca de 47% da população global possui um aparelho celular, a indústria dos games tem ainda uma ampla avenida de crescimento à frente.

“Se continuarmos caminhando para um mundo 100% digital, ainda restam 3 bilhões de pessoas, desconsiderando crianças de 0 a 9 anos, sem dispositivo móvel que eventualmente terão acesso a um”, projeta o analista. O fundo dedicado aos e-sports da XP tem aplicação inicial a partir de R$ 100, e cobra 0,50% de taxa de administração ao ano.

As estimativas do mercado, diz Sana, indicam que o setor de jogos eletrônicos tem potencial para crescer a uma média de 10,5% ao ano pelo menos até 2026. As experiências imersivas permitidas pela realidade virtual e pela evolução gráfica tornam o setor um concorrente difícil de ser batido, avalia o analista da XP. “Os videogames dominam o tempo livre da população mais jovem e tomam o lugar dos esportes.”

Publicado por InfoMoney

17 jun
Estratégia aproxima cidadão da Justiça Digital

Escola de direito aplicado

Ferramenta aprimora políticas judiciárias e a prestação jurisdicional por meio de ciência de dados e IA

Um Poder Judiciário rápido e efetivo na garantia dos direitos dos cidadãos, que contribua para a pacificação social e o desenvolvimento do país. Essa é a visão de futuro que os tribunais dos cinco ramos da Justiça esperam atingir até 2026.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pela governança do Judiciário brasileiro e pela eficiência dos serviços judiciais, busca fomentar e disseminar práticas para modernizar e agilizar os serviços prestados à população. Com isso, contribui com a Estratégia Nacional do Judiciário.

Com esse olhar para o futuro, o CNJ lançou o Programa Justiça 4.0 – Inovação e Efetividade na Realização da Justiça para Todos, que visa ampliar o acesso da população brasileira à Justiça. O Justiça 4.0 é a concretização do quarto eixo da atual gestão do CNJ, do ministro Luiz Fux.

Busca aprimorar políticas judiciárias e a prestação jurisdicional por meio de projetos e ações desenvolvidos para o uso colaborativo de produtos que empregam ciência de dados e inteligência artificial.

Destacam-se no programa a criação do Juízo 100% Digital, do Núcleo Justiça 4.0 e o fomento à criação do Balcão Virtual nos tribunais, o desenvolvimento Plataforma Digital do Poder Judiciário, que vai ampliar o compartilhamento de soluções e serviços de TI entre os Tribunais, e o incentivo ao uso de inteligência nos órgãos do Judiciário.

O programa vai auxiliar, ainda, os tribunais no aprimoramento de registros processuais primários, na higienização e no envio de dados para a Base de Dados Processuais do Poder Judiciário brasileiro, o DataJud.

Outras frentes são a criação do sistema Codex, que alimenta o DataJud de forma automatizada e transforma decisões e petições em texto puro (material textual simples, sem informações de estilo), para serem usadas como insumo de inteligência artificial; e uma solução de pesquisa e recuperação de ativos chamada Sniper, que contribuirá para redução de acervo e congestionamento processual na fase de execução, facilitando a compreensão de crimes que envolvam sistemas financeiros complexos, como a corrupção e a lavagem de dinheiro.

O Justiça 4.0 engloba, também, o desenvolvimento de um novo Sistema Nacional de Bens Apreendidos, o SNBA, para fazer a gestão e destinação dos bens pelo Poder Judiciário.

As ações do Justiça 4.0 têm estreita relação com os valores que pautam as atividades da Justiça brasileira, como estabelecidos na Estratégia do Judiciário 2021-2026: acessibilidade, inovação, agilidade, eficiência, sustentabilidade e transparência.

Ao coordenar o programa, o CNJ observa o plano estratégico construído com todos os órgãos do Judiciário. Seus projetos e ações caminham ao encontro dos desafios da Justiça brasileira firmados para os próximos seis anos. Exemplos são o Juízo 100% Digital e o Datajud.

Enquanto o Juízo 100% Digital promove a garantia de direitos fundamentais ao aproximar Justiça e cidadão, em qualquer lugar, por meio de ferramentas tecnológicas, o Datajud melhora o processo de formulação dos indicadores e das metas nacionais balizadas por seus dados e números.

Esses registros são feitos para alavancar os índices do Judiciário, como melhorar a taxa de congestionamento, com redução de estoque, e o índice de conciliação, ao promover a desjudicialização dos processos.

Ademais, os tribunais terão a possibilidade de instituir o Núcleo Justiça 4.0, um espaço totalmente digital, que contará com um juiz – coordenador – e, no mínimo, outros dois magistrados, onde os processos irão tramitar em conformidade com o Juízo 100% Digital.

Os Núcleos Justiça 4.0 serão especializados em razão de uma mesma matéria, com competência no território sob jurisdição do tribunal. As partes do processo poderão optar pela tramitação no Núcleo Justiça 4.0.

O Justiça 4.0 também favorece a agilidade e produtividade na prestação jurisdicional, outro desafio importante no plano estratégico do Judiciário. O aumento da tramitação dos processos eletrônicos gerados pelo Juízo 100% Digital impactará as metas nacionais de julgamento, pois se beneficiará das automações e soluções de TI já integradas ao processo eletrônico, permitindo acelerar o julgamento dos processos e, assim, contribuirá para que o número de processos julgados ultrapasse o de processos distribuídos no ano.

Com o novo programa, o Poder Judiciário busca ampliar o acesso da população à Justiça. Em 2026, ele será ainda mais efetivo, ágil e promotor do desenvolvimento e da paz social.

 

Publicado por JOTA


14 jun
Começou como piada e ganhou mais fama que o bitcoin: conheça a dogecoin

Escola de negócios e gestão

A dogecoin foi criada em 6 de dezembro de 2013 por uma dupla de engenheiros de software, basicamente como uma piada

Representação digital da criptomoeda

Dogecoin é a criptomoeda mais famosa e peculiar do planeta.
O valor total de dogecoins em circulação é de quase US$ 50 bilhões (cerca de R$ 276 bilhões) -nada mal para uma moeda digital que surgiu como uma piada.

É a 5ª criptomoeda mais valiosa do mercado, de acordo com a CoinMarketCap, e subiu mais de 6.000% neste ano.

O preço de uma dogecoin duplicou novamente na sexta-feira (16) após o CEO da Tesla Elon Musk tuitar sobre isso pela enésima vez (mais sobre isso adiante). A demanda por dogecoins aumentou tanto nesta semana, que momentaneamente quebrou o sistema de negociação de criptomoedas da plataforma Robinhood.

O que é dogecoin?

Como todas as criptomoedas, dogecoin é uma moeda digital que pode ser comprada e vendida como um investimento e gasta como dinheiro.

Embora cada criptomoeda seja única, ela compartilha algumas semelhanças com seus pares mais conhecidos. Seu código é baseado no script da litecoin, por exemplo. Porém, existem algumas diferenças importantes.

Ao contrário da bitcoin, que definiu 21 milhões como a quantidade finita da moeda digital, a dogecoin tem 129 bilhões de moedas em circulação, e continuará a disponibilizar novos blocos de moedas para mineração a cada ano. Isso é parte do motivo pelo qual uma dogecoin é atualmente avaliada em cerca de três moedas, e um bitcoin vale cerca de US$ 62 mil (cerca de R$ 342 mil).

As criptomoedas estão ganhando cada vez mais aceitação como moeda para a compra de mercadorias, mas a dogecoin não tem muito uso no mundo real. Existem alguns nichos de mercado, incluindo o uso de dogecoins para dar gorjetas para artistas online, por exemplo.

No entanto, seu maior diferencial é sua comunidade online, e é o que torna a moeda tão ímpar e divertida. O grupo, que é ativo na rede social Reddit, levantou dinheiro (em dogecoins, obviamente) para causas de caridade e, em 2014, conseguiu um financiamento coletivo para fazer com que o piloto da Nascar Josh Wise anunciasse a dogecoin em seu carro.

“A dogecoin não é um instrumento numismático deflacionário alternativo, mas uma exploração inflacionária de construção de comunidades em torno de um criptoativo”, escreveu Usman Chohan, economista da Escola de Administração da Universidade de New South Wales, em um artigo atualizado em fevereiro sobre a moeda digital.

Como tudo começou

A dogecoin foi criada em 6 de dezembro de 2013 por uma dupla de engenheiros de software, basicamente como uma piada.

Billy Markus, um programador da IBM da cidade de Portland, nos Estados Unidos, decidiu diferenciar sua criptomoeda do bitcoin, que na época estava envolta em mistérios, tinha um criador anônimo e atraía um pequeno grupo de mineradores. Markus queria que sua criptomoeda fosse aberta ao público, de acordo com Chohan.

O programador buscou ajuda para transformar seu sonho esquisito em realidade, e encontrou Jackson Palmer, que trabalhava para a Adobe. Palmer comprou o domínio dogecoin.com -uma homenagem ao meme “doge”, que tinha viralizado na época.

O site remete às origens da piada: o mascote da raça Shiba Inu é a primeira imagem da página, imitando o meme que o inspirou, com o rosto de um cachorro com frases divertidas que simulam o pensamento do animal.

No site dogecoin.com, o mascote tem a seguinte legenda: “Dogecoin é uma moeda digital ponto a ponto de código aberto, a preferida dos Shiba Inus no mundo todo”.

Por que de repente ficou tão famosa?

A dogecoin não é mais uma piada. Sua fama explodiu neste ano, impulsionada em parte pela adoção mais ampla da bitcoin e de outras criptomoedas.

Além disso, Elon Musk é o defensor mais proeminente da dogecoin. Apenas um de seus tuítes bizarros para 50 milhões de seguidores pode causar a alta da criptomoeda, e foi exatamente o que aconteceu na sexta-feira (16). Musk tuitou “Doge Barking at the moon” (num trocadilho com a palavra “dog”, cachorro em inglês), e compartilhou a foto de uma pintura do artista espanhol Joan Miró, intitulada “Dog Barking at the Moon” (“Cão latindo para a lua”).

 

A dogecoin também alcançou um status de “cult” no Reddit, onde um grupo famoso (não muito diferente do grupo WallStreetBets por trás do frenesi da rede de lojas de videogame GameStop) decidiu, no início deste ano, projetar o valor da criptomoeda “para a lua”. A dogecoin disparou mais de 600% após esse impulso.

Se é ou não um investimento inteligente, a questão ainda está em aberto. O bitcoin, a criptomoeda mais negociada e mais amplamente aceita, está sujeita a uma volatilidade extrema, portanto a dogecoin também pode desmoronar sem aviso. Mesmo assim, sua valorização neste ano foi impressionante.

Markus, que vendeu todas as suas dogecoins quando foi demitido em 2015, não ganhou muito com o crescimento astronômico da moeda. Ele usou o que tinha para comprar um Honda Civic.

Publicado por CNN

10 jun
9 Must-Read Python Books in 2021

Escola de tecnologia aplicada

Which book would you recommend someone to read?

“The joy of coding Python should be in seeing short, concise, readable classes that express a lot of action in a small amount of clear code — not in reams of trivial code that bores the reader to death.”

— Guido van Rossum

Python’s popularity and all-around nature make it the perfect programming language for a diverse range of projects. Moreover, this popularity and wide adoption by the corporations has led to a sharp demand in the industry for skilled Python developers.

Today, there are literally tons of resources, such as books, YouTube channels, podcasts, GitHub repos, online courses, and websites that extensively cover a variety of topics in Python.

Python Books

Just take it slow, and do not hurt your brain.

The internet is filled with loads of convenient mediums to learn everything about Python. Although we discussed the more widely adopted mediums earlier, books still remain an all-time hot favorite among learners. The thing that makes books so much popular among Python learners is that they allow the reader to absorb and practice the content at their own time and pace.

Stick with us while we uncover a handful of more well-known Python books for learners of all skill levels in the list below.

1. Think Python

  • Author: Allen B. Downey
  • Publisher: O’Reilly
  • Difficulty Level: Beginner

Think Python

Cover of the book ”Think Python”

“For all live births, the mean pregnancy length is 38.6 weeks, the standard deviation is 2.7 weeks, which means we should expect deviations of 2–3 weeks to be common.”

— Allen B. Downey

“Think Python” is undoubtedly one of the best books out there to get into the basics of Python programming. The book offers beginners an excellent entry point into the world of Python by taking on a more gradual approach to teaching the topics.

The latest edition of the book updates all the included code examples with their Python 3 counterpart to offer learners the most up-to-date learning experience. The book also comes with a number of exercises, case studies, and detailed explanations about the topics. Some key highlights of “Think Python” are listed below:

● Offers beginners the know-how to jump into learning Python right from their browser.

● Provides a clear definition of the concepts in Python.

● Emphasis on debugging to teach the readers to quickly find, resolve, and avoid bugs.

2. Python Programming: An Introduction to Computer Science

  • Author: John M. Zelle
  • Publisher: Franklin, Beedle
  • Difficulty Level: Beginner

Python Programming: An Introduction to Computer Science

Cover of the book ”Python Programming: An Introduction to Computer Science”

Thanks to the ease and simplicity of Python, it can be an awesome first programming language for beginners. Similarly, “Python Programming: An Introduction to Computer Science” has been written with a singular goal of making the fundamentals of Python as easy as possible for beginners.

The author targeted this book to be used as a college-level textbook, and for that, the author has taken more of a traditional approach to teaching Python by focussing on problem-solving, program design, and programming as core skills. So, if you are a college student and want to learn Python, we recommend giving this book a try. Key highlights of this book are listed below:

● Focus on using an easy-to-use graphics package to encourage the use of such GUI packages

● Loads of interesting examples and end-of-chapter exercises

● Focus on helping the reader master the fundamentals without overwhelming them with the entirety of Python topics

3. Django for Beginners: Build Websites with Python and Django

  • Author: William S. Vincent
  • Publisher: WelcomeToCode
  • Difficulty Level: Beginner

Build websites with Python and Django

Cover of the book ”Django for Beginners: Build Websites with Python and Django”

Django has become one of the most popular web application development frameworks among modern developers. Built with Python, Django has proven itself capable enough to offer virtually everything needed for building stunning web applications without diving into core Python.

Starting with a simple Hello World, “Django for Beginners: Build Websites with Python and Django” flawlessly delivers the gradual approach to teaching you how you can build full-scale Django applications. The book also focuses on teaching you the best practices for maintaining security, customizing the look and feel, and effective testing of your app.

Apart from the Hello World app, the rest of the apps covered in this book include the following:

● A Pages app

● A Message Board app

● A Blog app

● A Newspaper app

4. Python Pocket Reference: Python in Your Pocket

  • Author: Mark Lutz
  • Publisher: O’Reilly
  • Difficulty Level: Intermediate

Python Pocket Reference

Cover of the book ”Python Pocket Reference: Python in Your Pocket”

“In the Python way of thinking, explicit is better than implicit, and simple is better than complex.”
― Mark Lutz

Python Pocket Reference: Python in Your Pocket” is not really a full-on Python learning resource but instead offers instant references to developers on a host of Python topics. The author has intended this book to be used as a companion to other more fuller Python books that offer tutorials, code examples, and other learning materials.

The latest edition of the book covers all the need-to-know content from Python 3.4 and 2.7 while also covering the difference between the two versions. Mark’s pocket reference is targeted towards developers with some experience with Python programming. The book covers several topics, such as:

● Commonly used standard library modules and extensions

● Syntax for statements for creating and processing objects

● Object-oriented programming tools

● Built-in object types, like numbers, dictionaries, and more

● Special operator overloading methods

5. Python Machine Learning: Machine Learning and Deep Learning With Python, scikit-Learn, and TensorFlow 2

  • Author: Sebastian Raschka & Vahid Mirjalili
  • Publisher: Packt Publishing
  • Difficulty Level: Intermediate

Python Machine Learning

Cover of the book ”Python Machine Learning: Machine Learning and Deep Learning with Python, scikit-learn, and TensorFlow 2”

Thanks to Python, the popularity of Machine Learning has skyrocketed in recent years. Python Machine Learning: Machine Learning and Deep Learning with Python, scikit-learn, and TensorFlow 2” is aimed towards both Python developers and data scientists packing the foundational knowledge of the programming language, who are eager to create impressive Machine Learning and Deep Learning-powered smart solutions. If you’re either one of these, this book will be the perfect fit for you.

When it comes to the contents of this book, apart from the necessary introduction, the third edition provides plenty of coverage on Machine Learning topics, such as:

● Training simple ML algorithms

● Classifiers with the Scikit-learn package

● Steps on building good datasets

● Embedding Machine Learning models to applications

6. Deep Learning with Python

  • Author: François Chollet
  • Publisher: Manning Publications
  • Difficulty Level: Intermediate

Deep Learning with Python

Cover of the book ” Deep Learning with Python”

Deep Learning with Python” is an excellent book that simplifies the intricacies of Deep Learning using Python. The author of this book is none other than the creator of the famed Deep Learning Python API called Keras. François’ book uses Keras as the bridge between the world of Deep Learning and Python to gradually build your understanding of the subject with intuitive explanations and practical examples.

The book has been split into parts, covering most of the introductory stuff about Machine Learning and Neural Networks and the practical application of Deep Learning for real-world challenges and tasks, such as:

● Computer Vision

● Text and sequences

● Best practices

● Generative Deep Learning

7. Python in a Nutshell: A Desktop Quick Reference

  • Author: Alex Martelli, Anna Ravenscroft & Steve Holden
  • Publisher: O’Reilly
  • Difficulty Level: Intermediate

Python in a Nutshell

Cover of the book ”Python in a Nutshell: A Desktop Quick Reference”

No matter if you have worked with Python in the past or you’re a veteran developer looking to pick up Python, you’ll find “Python in a Nutshell: A Desktop Quick Reference” exceptionally useful. The book covers a range of widely used topics from the world of Python and serves as a quick reference for the Python programming language.

The authors of the book have split it into five parts covering everything from the basics to the core features as well as the more advanced ones. A brief explanation about those five parts is below:

● Part I: Covers the introduction and explanation about the Python interpreter

● Part II: Covers the core python language and its built-in topics

● Part III: Covers the Python library and extension modules

● Part IV: Covers network and web programming with Python

 Part V: Covers extending Python programs, it’s distribution and migration from v2 to v3

8. Programming Python: Powerful Object-Oriented Programming

  • Author: Mark Lutz
  • Publisher: O’Reilly
  • Difficulty Level: Intermediate

Programming Python

Cover of the book ”Programming Python: Powerful Object-Oriented Programming”

Let’s say you’ve understood the introductory topics in Python with great clarity, but what next?

The most obvious thing to do next is to test out your newfound knowledge by developing a simple yet practical Python application.

If domain-specific examples are what you’re looking for, we can’t recommend Lutz’s book “Programming Python: Powerful Object-Oriented Programming” enough. The book is perfect for intermediate Python developers and covers in-depth tutorials for some of the widely used applications from a diverse range of topics listed below:

● A brief and quick introduction to Python

● System programming with system tools and files and directories

● GUI programming with Tkinter

● Internet programming with client- and server-side scripting, network scripting, and an email client

9. Natural Language Processing with Python: Analyzing Text with the Natural Language Toolkit

  • Author: Steven Bird, Ewan Klein & Edward Loper
  • Publisher: O’Reilly
  • Difficulty Level: Advanced

Natural Language Processing with Python

Cover of the book ”Natural Language Processing with Python: Analyzing Text with the Natural Language Toolkit”

Natural Language Processing has become a vital element for modern devices as they play a key role in offering smart features like predictive text, handwriting recognition, human-friendly language translation, and more. The book “Natural Language Processing with Python: Analyzing Text with the Natural Language Toolkit” contains sufficient learning resources for those taking their first steps into the world of programming or those new to Python.

This book would be more suitable for developers with a strong grasp of Python fundamentals as it is filled with hundreds of detailed examples and exercises. It uses the Python library NLTK to teach topics, such as:

● Introduction to NLP

● Accessing text and lexical resources

● Processing raw text

● Categorizing and tagging words

● Text classification

Conclusion

Learning Python can open a slew of lucrative opportunities for you. If you are eager to snag one of the most trending and high-paying job profiles of the century, we recommend getting a solid understanding of the concepts in Python. The books we covered in this article do an exceptional job explaining even the most intricate Python topics in a reader-friendly manner.

 Published by Better Programming

09 jun
Implicações jurídicas do fenômeno sharenting.

Escola de direito aplicado
Sharenting ou oversharenting é uma expressão de origem inglesa. Deriva-se das palavras “share” do verbo “compartilhar” em inglês + “parenting” termo ligado à ideia da função de ser pai e mãe.Existem 2 tipos de sharenting:

  • comercial, que implica em ganhos financeiros, muito comum entre os influenciadores digitais;
  • não-comercial, que se refere ao compartilhamento de dados de menores incapazes nas redes sociais sem a contrapartida econômica.

Assim, o sharenting não-comercial, significa o uso excessivo das mídias sociais pelos pais para compartilhar conteúdo com base em seus filhos, como fotos de bebês, crianças, adolescentes ou detalhes das atividades relacionadas a eles.

O constante crescimento do uso da Internet através das redes sociais, blogs e aplicativos, tem feito com que pais exponham seus filhos na web sem entender os riscos, ainda mais neste período de isolamento social devido a pandemia do Coronavírus, o qual impulsionou ainda mais este tipo de exposição.

A prática do sharenting no Brasil já é uma realidade. Pesquisas realizadas em alguns países, indicam que 75% dos pais que usam a Internet e compartilham fotos ou vídeos de seus filhos em suas redes sociais e 81% das crianças que possuem fotos próprias em ambientes virtuais tem até os 2 anos de idade.

A exposição de pessoas juridicamente incapazes pode gerar diversas consequências e implicações na vida de seus usuários e até mesmo na vida delas.

É possível identificar a prática do sharenting em contas criadas especialmente para compartilhar imagens de menores de idade ou incapazes. Lembrando que há crianças que já têm imagens expostas nas redes sociais antes mesmo de nascer.

Engana-se quem acredita que este comportamento, muitas vezes considerado “inocente”, não acarretará possíveis danos, já que é difícil se livrar completamente de imagens e informações deixadas na Internet e que poderão prejudicá-los no futuro.

O sharenting é um costume praticado no mundo todo!

O simples ato de publicar sobre menores na internet envolve perigos ocultos, que futuramente pode impactar de forma negativa a reputação dessas pessoas ao ter seus dados compartilhados nas redes sociais de terceiros, transformando sua vida privada em uma exposição a qual não lhe foi conferido o poder de dizer não.

O sharenting é uma possível violação aos direitos personalíssimos de menores incapazes e o problema surge quando se perde o controle do quanto, quando e o que se compartilha.

Após a ratificação da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, a criança passou a ser vista como um ser que está em crescimento, que necessita de proteção para seu desenvolvimento físico, mental, moral, psicológico e social e com o criação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069/90), a criança foi reconhecida como sujeito de direito no Brasil.

Direitos personalíssimos da criança

Os direitos personalíssimos estão ligados dignidade da pessoa humana, que tem previsão Constituição Federal, artigo , inciso X e no capítulo II do Código Civil artigo 11.

Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe proteção integral à criança e ao adolescente inclusive, aos direitos personalíssimos como o da imagem, privacidade e intimidade, a fim de que sejam preservados, o direito à honra do menor de idade e o direito à intimidade.

O uso de dados de menores pode ter como consequência o roubo de sua identidade, uma vez que não utilizam de seus documentos pessoais diariamente, facilitando o uso de suas informações por terceiros, que podem utilizar estas dados por muitos anos até este fato ser identificado.

Direito da Criança à Privacidade

Uma pesquisa britânica publicada pela BBC inglesa, identificou que mais de 1 em 4 crianças se sentem envergonhadas, ansiosas ou preocupadas quando os pais publicam suas fotos, sofrendo uma pressão, que muitas vezes não conseguem verbalizar que estão sentindo.

Além disso, devemos lembrar do estresse a que essas crianças estão sendo submetidas ao serem foco constante de aprovação pública em rede social e o risco de não aprendam a discernir o público do privado.

As crianças e os adolescentes também têm direito à privacidade e que devem ser defendidos contra aqueles que os tenha violado, mesmo que os autores desta violação sejam os próprios pais.

A exposição excessiva de dados sobre menores incapazes pode corresponder a ameaça à sua privacidade, interesse este expressamente protegido pelo artigo 100, inciso V da Estatuto da Criança e do Adolescente.

Liberdade de expressão dos pais x direitos personalíssimos dos filhos

As crianças não possuem nenhum tipo de controle em relação às decisões de seus pais, no entanto, a falta de controle dos dados dos filhos por parte de seus titulares, nega o exercício do direito à proteção da privacidade, intimidade, vida privada, honra e imagem que crianças e adolescentes possuem.

Não existe em nosso ordenamento jurídico, uma solução taxativa para isso, no entanto, omelhor interesse da criança e do adolescente sempre será preservado, pois é a base dos direitos dos filhos e dos deveres dos pais, levando em consideração o princípio da prioridade absoluta, os quais são verdadeiros limitadores do direito à liberdade de expressão dos pais.

Sharenting x LGPD

A lei europeia de proteção de dados, GDPR (General Data Protection Regulation), considerou que os países europeus podem escolher a idade mínima para que menores decidam sobre conceder ou não seus dados pessoais.

Mas, como ainda não há clareza se o sharenting será ou não um problema para leis mais específicas como a GDPR e a para a LGPD aqui no Brasil, um indivíduo ou uma organização deve necessariamente obter o consentimento explícito do outro ou ter alguma outra base legítima para compartilhar seus dados pessoais.

Diante disso, os pais devem requerer o consentimento da criança antes de compartilhar suas informações online, visto que elas têm uma expectativa razoável de privacidade em relação a algumas das informações que os pais estão divulgando e que os registros públicos, exagerados e detalhados de crianças podem ser um empecilho à plena execução do seu direito ao esquecimento.

Sabemos que a solicitação de consentimento é confusa e dificilmente funcionará na prática, no entanto, vê-se necessário pensar em melhores soluções para questões que envolvem o sharenting.

Neste momento, vale utilizar da conscientização de pais e filhos sobre publicações exageradas na Internet e as possíveis implicações disso.

Os pais têm total liberdade para divulgar a história de seus filhos, mas, vale lembrar que, o compartilhamento inclui uma obrigação moral de agir com discrição apropriada e com total consideração pela segurança e bem-estar do menor incapaz.

Publicado por JusBrasil

07 jun
Como a economia de criadores pode gerar valor para marcas?

Escola de negócios e gestão

Redes sociais como o Instagram, Twitter, YouTube, Twitch e TikTok vêm transformando nossas interações com pessoas queridas e com marcas. Antes de visitar uma loja para conferir um produto, por exemplo, podemos consultar a opinião de um especialista por meio de vídeos e análises que falem a nossa língua. Prático, né? E, como era de se esperar, com a explosão dessas plataformas, surgiram também novas oportunidades de negócios na chamada economia de criadores.

Embora esse tipo de economia tenha surgido há apenas uma década, a empresa de investimentos SignalFire estima que, hoje, já existam mais de 50 milhões de pessoas que se consideram criadoras (creators) — pequenos empreendedores que usam plataformas tecnológicas para gerar conteúdo e monetizar suas marcas pessoais. E isso pode trazer muitas oportunidades para marcas que queiram repensar seus modelos e se conectar de maneira autêntica com os seus públicos. Quer saber o porquê? Confira nossos insights a seguir!

O QUE EXPLICA O BOOM DA ECONOMIA DE CRIADORES?

producao-de-conteudo-gera-renda-para-criadores
Criadores de conteúdos criativos e autênticos utilizam a internet como meio de renda

Também conhecida como creators economy ou passion economy, a economia de criadores envolve curadores, influenciadores, videomakers, blogueiros, youtubers e outros tipos de profissionais que fazem renda com a produção de conteúdo independente por meio de anúncios; conteúdo patrocinado; assinaturas; participação em eventos; fã-clubes, entre outras opções. Dados de 2021 da agência de marketing de influência Mediakix estimam que o setor passe a valer quinze bilhões de dólares até 2022.

Uma série de fatores impulsionaram o crescimento dessa indústria. O primeiro deles foi a chegada de millennials (nascidos entre 1985 e 1994) e centennials (nascidos entre 1995 e 2010) ao mercado de trabalho. Com recursos tecnológicos em mãos e maior acesso à educação, eles têm buscado por trabalhos dinâmicos que tragam um senso de propósito e geração de valor. E para muitos, essa oportunidade tem sido encontrada na produção de conteúdo independente financiada por comunidades de fãs e/ou apoiadores.

Vale considerar também que os recursos para produção de conteúdo têm se tornado cada vez mais acessíveis. Já não é preciso ter o celular mais caro do mercado para garantir uma câmera com boa resolução. Além disso, programas de edição de licenciamento gratuito, plataformas de monetização, pacotes de dados personalizados e fóruns online repletos de dicas e tutoriais vêm impulsionando projetos de muita gente por aí…

As próprias plataformas de produção de conteúdo, percebendo o valor desses criadores, também vêm “mexendo seus pauzinhos” para que eles permaneçam na ativa — e alimentando seus algoritmos! De acordo com a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, nos últimos três anos, a plataforma destinou mais de 30 bilhões de dólares a criadores e organizações de mídia. E em julho de 2020, o TikTok anunciou um fundo para criadores com mais de 200 milhões de dólares.

Como você pode perceber, para acompanhar essa turma de criativos, é preciso que as marcas adotem uma nova mentalidade de negócios: mais ágil, colaborativa, transparente e compartilhada. Elas passam a ser concebidas como plataformas, onde múltiplos stakeholders geram valor, colocando as necessidades dos indivíduos em primeiro lugar.

“O conceito de empresa como o compreendemos hoje, está deixando de ser aquele que define uma organização entre quatro paredes, para se aproximar, cada vez mais, de complexos sistemas autônomos que se integram interna e externamente, em camadas e mais camadas (layers) de produtos, serviços, canais de distribuição, modelos de negócios e o que mais for necessário para que a entrega do valor final desejado pelos participantes desse ecossistema seja efetivamente possível”, conta o publicitário, empreendedor e sócio da Pande, Gian Franco Rocchiccioli, no livro “Descentralizada – Uma nova mentalidade”, que será lançado em breve.

QUAIS OPORTUNIDADES A ECONOMIA DE CRIADORES TRAZ PRAS MARCAS?

O desejo por proximidade e conteúdos autênticos fortalece a creators economy. Para as marcas, essa é a chance de se aproximar de seus públicos, inovar e fomentar o trabalho de pessoas que façam a diferença.

Colaboração e diálogo com comunidades de nicho

Como dialogar com comunidades que possuem interesses cada vez mais fluidos e que transitam entre diferentes ambientes e grupos com tanta facilidade? Esse desafio, fortalecido pela chegada dos centennials ao mercado, tem levado muitas marcas a estabelecer processos criativos colaborativos com comunidades de nicho. E para construir essa ponte, os criadores são uma presença essencial nas estratégias.

Quem sabe bem disso é a Adidas, que, para o lançamento de novas linhas dos modelos NMD e Hardcourts, no início de 2020, criou a campanha “Creative in Process”. A ação envolveu diferentes criadores independentes de Nova York — como o artista visual Adam Lucas e a jovem ilustradora LOLA The Illustrator —, que propuseram obras inspiradas no conceito da linha. Além de colaborarem entre si, os artistas também recebiam feedbacks dos fãs pelas redes sociais.

Adidas Transmission Pack – Adam Lucas from Firstborn on Vimeo.

Pluralidade criativa 

As mídias sociais permitem que os criadores produzam conteúdos que dialoguem diretamente com as demandas de suas comunidades. Por estarem imersos nesses ambientes, eles sabem, melhor do que ninguém, quais são os tópicos relevantes para seus públicos e como abordá-los de maneira interessante, com o timing e os termos ideais.

A rede de lojas de departamento Target apostou nessa estratégia ao criar, em parceria com a instrutora de pilates youtuber Cassey Ho, uma linha de produtos para fazer exercícios em casa. Além de ofertar elásticos, garrafas, halteres, tapetes e meias instagramáveis, a linha também se apoia na figura de Cassey para trazer maior representatividade à comunidade asiática no meio fitness. A produtora de conteúdo é conhecida por incentivar o movimento e valorizar a beleza de todos os tipos de corpos.

Os criadores de conteúdos mantem uma comunidade engajada e são uma estratégia para marcas alcançar seus públicos

As mídias sociais transformaram nossas dinâmicas de comunicação e, para muitas pessoas, trouxeram novas possibilidades criativas. Bem no estilo do cineasta Glauber Rocha — “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” —, profissionais de diferentes áreas vêm trazendo à tona conteúdos de qualidade e mantendo um diálogo próximo com suas comunidades. Não é gostoso receber conselhos sobre finanças ou sobre aquele jogo difícil de alguém que fala a sua língua?

Para as marcas, a economia de criadores é uma oportunidade e tanto para estabelecer conexões genuínas com o público por meio de plataformas diversas e descentralizar a geração de valor. Afinal, essas pessoas dialogam diretamente com suas comunidades em diferentes redes sociais, estabelecendo fluxos de comunicação diretos, autênticos e ágeis, nos moldes dos novos tempos.

 

Publicado por Pande

04 jun
Governo sanciona Marco Legal das Startups, que incentiva empreendedorismo

Escola de negócios e gestão

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (01) o Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador, que permite às empresas do tipo serem reconhecidas como tal e contarem com tratamento específico, além de diversas garantias jurídicas. O projeto de lei complementar já está em vigor e delimita regras para a atuação das companhias, com foco no fomento da inovação no Brasil.

O marco traz uma série de parâmetros para os investidores e empresários da categoria, além de criar mecanismos de tratamento diferenciado de forma a desburocratizar os trabalhos em prol da inovação. Além disso, será criado um novo formato de licitação pública focado na contratação de startups, de forma que órgãos do governo possam testar soluções desenvolvidas por elas.

O único veto do Governo Federal ao Marco Legal das Startups veio nos termos que criavam dispositivos de renúncia estatal para as empresas da categoria. O pedido veio do Ministério da Economia, devido ao fato de o texto aprovado em Brasília não acompanhar avaliações de impactos da medida sobre o orçamento ou compensações relacionadas a essa redução de tributos.

A nova legislação

Ficam definidas como startups as empresas ou organizações que tenham elementos de inovação em sua abordagem aos produtos, serviços ou modelos de negócios. O Marco Legal estabelece um teto máximo de até R$ 16 milhões em receita bruta anual e CNPJ com inscrição feita há menos de 10 anos, enquanto declarações constitutivas nesse sentido também devem ser realizadas para que as companhias se encaixem nessa categoria.

Com isso, fica estabelecida também a figura do investidor-anjo, que pode ser remunerado por seus aportes financeiros em uma empresa, mas não será considerado sócio nem responsável por suas obrigações. Surge, também, o que o governo chama de ambiente regulatório experimental, um regime diferenciado que permite o lançamento de produtos e serviços com mais flexibilidade e menos burocracia, ainda que certas regras tenham que ser seguidas.

A lei sancionada também regula a contratação de startups pelo governo, de forma que os órgãos públicos possam experimentar as soluções desenvolvidas ou em andamento, sem riscos tecnológicos, e por um período limitado. Com isso, é criado o Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI), que deve ter vigência máxima de 12 meses, podendo ser prorrogado pelo dobro disso, e com valor máximo de R$ 1,6 milhão por contrato, com editais que precisam ser divulgados em, no mínimo, 30 dias antes do recebimento das propostas.

Fonte: Agência Brasil

02 jun
Como balão dirigido por inteligência artificial surpreendeu criadores

Escola de tecnologia aplicada

Os balões de hélio do Projeto Loon, do Google, tinham como objetivo levar acesso à internet a partes remotas do mundo

A equipe do Google olhava perplexa para as telas de seus computadores.

Eles haviam passado vários meses aperfeiçoando um algoritmo desenvolvido para conduzir um balão de hélio não tripulado de Porto Rico ao Peru. Mas algo estava errado.

O balão, controlado por inteligência artificial (IA), continuava desviando da rota.

Salvatore Candido, do agora extinto Projeto Loon, do Google, que tinha como objetivo levar acesso à internet a áreas remotas do planeta por meio de balões, não conseguia explicar a trajetória da aeronave.

Seus colegas assumiram manualmente o controle do sistema e o colocaram de volta na rota.

Só mais tarde eles perceberam o que estava acontecendo. Inesperadamente, a inteligência artificial a bordo do balão havia aprendido a recriar uma antiga técnica de navegação desenvolvida por humanos há séculos, senão milhares de anos.

A técnica envolve conduzir a embarcação em ziguezague contra o vento, de modo que seja possível avançar mais ou menos na direção desejada.

Sob condições climáticas desfavoráveis, os balões autônomos aprenderam a se virar sozinhos. O fato de terem feito isso, de forma espontânea, surpreendeu a todos, inclusive aos pesquisadores que trabalhavam no projeto.

“Rapidamente percebemos que tinham sido mais espertos que a gente, quando o primeiro balão autorizado a executar totalmente essa técnica bateu um recorde de tempo de voo de Porto Rico ao Peru”, escreveu Candido em um blog sobre o projeto.

“Nunca me senti tão inteligente e tão burro ao mesmo tempo.”

Este é exatamente o tipo de coisa que pode acontecer quando a inteligência artificial é deixada à sua própria sorte.

Diferentemente dos programas de computador tradicionais, as IAs são projetadas para explorar e desenvolver novas abordagens para tarefas sobre as quais seus engenheiros humanos não lhes falaram explicitamente.

Mas enquanto aprendem como fazer essas tarefas, as IAs às vezes apresentam uma abordagem tão inovadora que pode surpreender até mesmo as pessoas que trabalham com esses sistemas o tempo todo.

Isso pode ser algo bom, mas também pode tornar as coisas controladas por inteligência artificial perigosamente imprevisíveis — robôs e carros autônomos podem acabar tomando decisões que colocam os humanos em perigo.

Como é possível para um sistema de inteligência artificial “superar” seus mestres humanos? E será que poderíamos controlar as mentes das máquinas de alguma forma, para garantir que não aconteça nenhum desastre imprevisto?

Na comunidade de IA, há um caso de criatividade que parece ser mais citado do que qualquer outro.

O momento que realmente empolgou as pessoas sobre o que a inteligência artificial pode fazer, diz Mark Riedl, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, foi quando o DeepMind, laboratório de IA do Google, mostrou como um sistema de machine learning (aprendizagem automática) dominou o antigo jogo de tabuleiro Go — e depois derrotou um dos melhores jogadores humanos do mundo.

Balão do Projeto Loon

CRÉDITO,LOON

A inteligência artificial que controlava os balões do Projeto Loon aprendeu uma técnica de navegação para desafiar o vento

“Isso acabou demonstrando que havia novas estratégias ou táticas para contra-atacar um jogador que ninguém realmente havia usado antes — ou pelo menos muitas pessoas não sabiam a respeito”, explica Riedl.

E ainda assim, um inocente jogo de Go desperta sentimentos diferentes entre as pessoas.

Riscos

Por um lado, o DeepMind descreveu orgulhosamente as maneiras pelas quais seu sistema, o AlphaGo, foi capaz de “inovar” e revelar novas abordagens para um jogo que os humanos vêm jogando há milênios.

Por outro lado, alguns questionaram se uma inteligência artificial tão inovadora poderia um dia representar um sério risco para os humanos.

“É ridículo pensar que seremos capazes de prever ou gerenciar o pior comportamento das inteligências artificiais quando não podemos, na verdade, imaginar seu possível comportamento”, escreveu Jonathan Tapson, da Universidade de Western Sydney, na Austrália, após a vitória histórica do AlphaGo.

É importante lembrar, diz Riedl, que as inteligências artificiais não pensam realmente como os humanos. Suas redes neurais são, de fato, vagamente inspiradas em cérebros de animais, mas podem ser melhor descritas como “dispositivos de exploração”.

Quando tentam resolver uma tarefa ou problema, elas não trazem consigo muitas, se é que alguma, ideia preconcebida sobre o mundo em geral. Simplesmente tentam — às vezes, milhões de vezes — encontrar uma solução.

“Nós, humanos, trazemos conosco muita bagagem mental, pensamos nas regras”, explica Riedl.

“Os sistemas de inteligência artificial nem sequer entendem as regras, então eles mexem nas coisas de maneira muito aleatória.”

Dessa forma, as IAs poderiam ser descritas como o equivalente em silício de pessoas com Síndrome do Sábio (ou de Savant), acrescenta Riedl, citando a condição em que um indivíduo tem uma deficiência mental grave, mas também possui uma habilidade extraordinária, geralmente relacionada à memória.

Uma maneira pela qual as IAs podem nos surpreender envolve sua capacidade de lidar com problemas radicalmente diferentes, mas usando o mesmo sistema básico.

Recentemente, uma ferramenta de machine learning desenvolvida para gerar parágrafos de texto foi requisitada a executar uma função muito diferente: jogar uma partida de xadrez.

O sistema em questão se chama GPT-2 e foi criado pela OpenAI. Treinado por meio de milhões de artigos de notícias online e páginas da web, o GPT-2 é capaz de prever a próxima palavra em uma frase com base nas palavras anteriores.

Uma vez que os movimentos de xadrez podem ser representados em caracteres alfanuméricos, “Be5” para mover um bispo, por exemplo, o desenvolvedor Shawn Presser pensou que se ele treinasse o algoritmo por meio de registros de partidas de xadrez, a ferramenta poderia aprender como jogar ao descobrir sequências desejáveis de movimentos.

Presser treinou o sistema com 2,4 milhões de jogos de xadrez.

“Foi muito bacana ver o mecanismo de xadrez ganhando vida”, diz ele.

“Eu não tinha certeza se iria funcionar.”

Mas deu certo. Não é tão bom quanto computadores especialmente projetados para xadrez — mas é capaz de jogar partidas difíceis com sucesso.

Veículo autônomo

CRÉDITO,NICHOLAS KAMM/GETTY IMAGES

Com a inteligência artificial começando a ser usada no mundo real, é importante saber se ela fará algo inesperado

Segundo Presser, o experimento mostra que o sistema GPT-2 tem muitos recursos inexplorados. Um “sábio” com dom para o xadrez.

Uma versão posterior do mesmo software surpreendeu os web designers quando um desenvolvedor o treinou brevemente para produzir códigos para exibir itens em uma página, como textos e botões.

A inteligência artificial gerou o código apropriado, embora tudo o que tinha para seguir adiante eram descrições simples como “texto em vermelho que diz ‘eu te amo’ e um botão com ‘ok’ nele”.

Claramente, ela adquiriu a essência básica de web design, mas após um treinamento surpreendentemente curto.

Uma área em que as IAs há muito tempo impressionam é na de videogames.

Há inúmeros casos na comunidade de inteligência artificial sobre coisas surpreendentes que os algoritmos têm feito em ambientes virtuais.

Os algoritmos costumam ser testados e aperfeiçoados, para ver o quão capazes eles realmente são, em espaços semelhantes aos de videogames.

Em 2019, a OpenAI ganhou as manchetes com um vídeo sobre um jogo de pique-esconde jogado por personagens controlados por machine learning.

Para a surpresa dos pesquisadores, aqueles que estavam “procurando” acabaram aprendendo que podiam pular em cima dos itens e “surfá-los” para ter acesso aos recintos onde havia personagens escondidos. Em outras palavras, aprenderam a burlar as regras do jogo a seu favor.

Uma estratégia de tentativa e erro pode resultar em todos os tipos de comportamentos interessantes. Mas nem sempre levam ao sucesso.

Dois anos atrás, Victoria Krakovna, pesquisadora da DeepMind, pediu aos leitores de seu blog que compartilhassem histórias em que as IAs resolveram problemas complicados — mas de maneiras imprevisivelmente inaceitáveis.

A longa lista de exemplos que ela reuniu é fascinante. Entre eles, está um algoritmo de jogo que aprendeu a se matar no final da primeira fase — para evitar morrer na segunda fase. O objetivo de não morrer na segunda fase foi alcançado, mas não de uma forma particularmente impressionante.

Outro algoritmo descobriu que poderia pular de um penhasco em um jogo e levar um oponente consigo para a morte. Isso deu à IA pontos suficientes para ganhar uma vida extra e continuar repetindo essa tática suicida em um loop infinito.

O pesquisador de inteligência artificial de videogame Julian Togelius, da Escola de Engenharia Tandon da Universidade de Nova York, nos EUA, pode explicar o que está acontecendo.

Ele diz que esses são exemplos clássicos de erros de “alocação de recompensa”. Quando uma inteligência artificial é solicitada a realizar algo, ela pode descobrir métodos estranhos e inesperados de atingir seu objetivo, onde o fim sempre justifica os meios.

Nós, humanos, raramente adotamos tal postura. Os meios e as regras que preveem como devemos jogar são importantes.

Togelius e seus colegas descobriram que esse viés voltado a objetivos pode ser exposto em sistemas de inteligência artificial quando eles são colocados à prova em condições especiais.

Em experimentos recentes, sua equipe descobriu que uma IA solicitada a investir dinheiro em um banco, correria para um canto próximo do saguão do banco virtual e esperaria para receber um retorno sobre o investimento.

Togelius diz que o algoritmo aprendeu a associar correr para o canto com a obtenção de uma recompensa financeira, embora não houvesse nenhuma relação real entre seu movimento e o quanto era pago.

Isso, segundo ele, é mais ou menos como se a inteligência artificial desenvolvesse uma superstição: “Você recebeu uma recompensa ou punição por algo — mas por que você recebeu?”

Essa é uma das armadilhas do “aprendizado por reforço”, em que uma inteligência artificial acaba planejando uma estratégia equivocada com base no que encontra em seu ambiente.

A inteligência artificial não sabe por que teve sucesso, ela só pode basear suas ações em associações aprendidas. Um pouco como as primeiras culturas humanas que começaram a associar rituais a mudanças no clima, por exemplo. Ou os pombos.

Em 1948, um psicólogo americano publicou um artigo descrevendo um experimento incomum em que colocava pombos em gaiolas e os recompensava com comida de forma intermitente.

Os pombos começaram a associar a comida a o que quer que estivessem fazendo na ocasião — seja batendo as asas ou executando movimentos semelhantes a uma dança. Eles então repetiam esses comportamentos, aparentemente na expectativa de que viria uma recompensa a seguir.

Pombos

CRÉDITO,BINNUR EGE GURUN KOCAK/GETTY IMAGES

Os pombos podem aprender a associar a comida a certos comportamentos, e as IAs podem exibir postura semelhante

Há uma grande diferença entre as IAs dos jogos testados por Togelius e os animais vivos usados ​​pelo psicólogo, mas Togelius sugere que o mesmo fenômeno parece estar em ação: a recompensa se torna erroneamente associada a um comportamento particular.

Embora os pesquisadores de inteligência artificial possam se surpreender com os caminhos trilhados pelos sistemas de machine learning, isso não significa necessariamente que tenham admiração por eles.

“Nunca tive a sensação de que esses agentes pensem por si só”, afirma Raia Hadsell, do DeepMind.

Hadsell fez experiências com muitas IAs que encontraram soluções interessantes e inovadoras para problemas não previstos por ela ou seus colegas.

Ela destaca que é exatamente por isso que os pesquisadores procuram aperfeiçoar as IAs em primeiro lugar — para que possam alcançar coisas que os humanos não conseguem por conta própria.

E ela argumenta que os produtos que usam inteligência artificial, como carros autônomos, podem ser rigorosamente testados para garantir que qualquer imprevisibilidade esteja dentro de certos limites aceitáveis.

“Você pode dar garantias razoáveis ​​sobre o comportamento com base em evidências empíricas”, diz ela.

O tempo dirá se todas as empresas que vendem produtos construídos com inteligência artificial são escrupulosas nesse aspecto.

Mas, ao mesmo tempo, é importante observar que as IAs que demonstram comportamentos inesperados não estão de forma alguma confinadas a ambientes de pesquisa. Elas já estão atuando em produtos comerciais.

No ano passado, um braço robótico que trabalhava em uma fábrica em Berlim, desenvolvido pela empresa americana Covariant, apresentou maneiras inesperadas de classificar os itens à medida que eles passavam em uma esteira rolante.

Apesar de não ter sido especialmente programada para isso, a inteligência artificial que controla o braço aprendeu a mirar no centro dos itens em embalagens transparentes para ajudar a garantir que os pegaria com sucesso todas as vezes.

Como esses objetos podem se confundir quando se sobrepõem, devido ao material transparente, mirar com menos precisão significa que o robô pode não conseguir pegar o item.

“Isso evita a sobreposição de objetos nos cantos e, em vez disso, mira na superfície mais fácil de agarrar”, afirma Peter Chen, cofundador e presidente-executivo da Covariant.

“Isso realmente nos surpreendeu.”

Em paralelo, Hadsell diz que sua equipe testou recentemente um braço robótico que passa diferentes blocos por meio de orifícios de formatos variados.

A mão do robô era bastante desajeitada, então a inteligência artificial que o controlava aprendeu que, pegando e soltando repetidamente o bloco, poderia colocá-lo na posição certa para então agarrá-lo e passá-lo facilmente pelo orifício apropriado — em vez de tentar manobrá-lo usando a garra.

Tudo isso ilustra uma questão levantada por Jeff Clune, da OpenAI, que recentemente colaborou com pesquisadores do mundo todo para coletar exemplos de IAs que desenvolveram soluções inteligentes para problemas.

Clune diz que a natureza exploratória da inteligência artificial ​​é fundamental para seu sucesso futuro.

“Conforme estamos ampliando esses sistemas de inteligência artificial, o que estamos vendo é que as coisas que eles fazem de maneira criativa e impressionante não são mais curiosidades acadêmicas”, afirma.

Como as IAs encontram formas melhores de diagnosticar doenças ou entregar suprimentos de emergência, elas até salvam vidas graças à sua capacidade de encontrar novas maneiras de resolver velhos problemas, acrescenta Clune.

Mas ele acredita que aqueles que desenvolvem tais sistemas precisam ser abertos e honestos sobre sua natureza imprevisível, para ajudar a população a entender como a inteligência artificial funciona.

Afinal, é uma faca de dois gumes — a promessa e a ameaça da inteligência artificial fazem parte do mesmo pacote. O que será que elas vão inventar a seguir?

Publicado por BBC Future

31 maio
Estágio e trainee: B2W, Magalu e mais 46 empresas com vagas

Escola de negócios e gestão

Fique atento para as novas vagas e programas que terminam nesta semana para estudantes de diversos cursos em todo o Brasil

Está em busca de novas oportunidades para sua carreira? O Nubank abriu inscrições para um novo programa para formar 400 jovens negros e negras na Grande São Paulo. Os alunos terão oportunidade de trabalhar no bando digital e empresas parcerias ao final do curso.

Para participar, os candidatos devem ter entre 17 e 25 anos, estar fora da escola ou sem vínculo empregatício e que sejam moradores de comunidades próximas dos 10 polos educacionais da empresa Alicerce Educação.

Em sete meses, os jovens vão ter aulas todos os dias de Português, Matemática, Inglês, Habilidades para vida e Descoberta. Os alunos do programa de Engenharia terão oficinas aos sábados para aprender linguagens de programação. Confira mais informações sobre o curso e os locais aqui.

Confira mais empresas que abriram programas de estágio e traineeAs oportunidades disponíveis estão em ordem crescente de término do prazo.

orto Seguro – estágio
A empresa tem vagas para estudantes de graduação em diversos cursos para as áreas de planejamento e analitycs, comunicação interna, risco cibernético, gestão da inovação, compliance, inteligência artifical de operações, auditoria de cibersegurança, remuneração, entre outras.

Salário: não informado
Inscrições: até 31 de maio pelo site da Cia de Talentos

Junho

Corteva – estágio
São 37 vagas para duas modalidades: estudantes de agronomia e cursos relacionados, com período mínimo de seis meses de estágio e possibilidade de renovação. Nesta área, os estudantes poderão atuar em setores com foco agronômico, como: laboratório, pesquisa e desenvolvimento, produção de sementes, comercial, etc. Já os estudantes dos demais cursos, a partir do segundo ano de graduação, atuarão em diferentes áreas da companhia.

Salário: R$ 2.000 (6 horas) e R$ 2.657,74 98 horas)
Inscrições: até 6 de junho pelo site da Cia de Estágios

Arco Educação – trainee
Para se candidatar, é necessário a conclusão da graduação dentro do prazo de dezembro de 2017 a agosto de 2021. Também é necessário ter possibilidade de se mudar para os locais que a empresa tem sede, em São Paulo, Curitiba e Fortaleza.

Salário: não informado
Inscrições: até o dia 7 de junho pelo site do Eureca

Julho

Deloitte – estágio
São 400 vagas direcionadas para diferentes áreas da firma: auditoria, consultoria tributária, risk advisory, financial advisory e consultoria empresarial. As vagas são para estudantes desde o primeiro ano da faculdade e de todo o Brasil.

Salário: não informado
Inscrições: até 1º de julho pelo site

Sem data definida

Falconi – estágio
O programa é para estudantes matriculados em um curso de graduação de qualquer área, com previsão de formação de junho de 2022 a julho de 2023 e que residam na Grande São Paulo. As vagas são focadas na contratação de estudantes negros.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site

Eurofarma – estágio
A farmacêutica brasileira está com 46 vagas abertas para estagiários, analistas, pesquisadores e farmacotécnicos. Todas elas são para reforçar a área de inovação.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site

Thyssenkrupp Elevadores – estágio
São 50 vagas para estudantes de cursos superior e técnico nas áreas de administração, elétrica, eletrotécnica, engenharia, logística, mecânica e mecatrônica em cidades onde a empresa possui filiais no Brasil.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site

Grupo IN – estágio e trainee
Os candidatos podem ser estudantes ou recém-formados (até quatro anos da conclusão) de cursos nas áreas de tecnologia da informação, estatística e engenharias. Não é exigido conhecimento prévio ou experiência no universo de Business IntelIigence, mas é importante ter afinidade com o tema.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site

Rabobank – trainee
São duas vagas abertas para pessoas de qualquer lugar do Brasil na área comercial do segmento de rural banking. É necessário ter formação entre dezembro de 2017 e dezembro de 2019 nos cursos de economia, administração de empresas, engenharia, relações internacionais ou agronomia, bem como disponibilidade para viagens e mudanças permanentes e inglês avançado. Conhecimentos em finanças, vendas e agronegócio são desejáveis.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site

Estagilize – estágio
São 60 vagas em São José do Rio Preto. As oportunidades de estágios são para os cursos de ensino médio, ensino técnico e superior nas áreas de: administração, enfermagem, desenvolvimento de sistemas, web designer, engenharia de produção, engenharia civil, pedagogia, marketing e publicidade.

Salário: não informado
Inscrições: pelo link

B3 – estágio
A bolsa de valores brasileira, a B3, está com inscriçõe abertas para seu programa de estágio 2021. Para se inscrever, é necessário ter vínculo com uma instituição de ensino superior (bacharelado ou tecnólogo em andamento); ter de um a dois anos disponíveis para estagiar e disponibilidade para estagiar 6 horas diárias de segunda a sexta-feira, em horário comercial, de acordo com a demanda da área.

Inscrições: podem ser feitas neste site
Salário: bolsa auxílio compatível (com 13º) e benefícios

Tereos – estágio

A Tereos está com inscrições abertas para o programa de estágio Jovens Talentos. Para se candidatar, é preciso que os interessados possuam nível intermediário em inglês ou francês, além de domínio em informática, com habilidades em programas do pacote Office e internet, além de disponibilidade para estagiar seis horas por dia, de segunda a sexta-feira.

O programa tem duração de 11 meses e, durante o trabalho, os jovens podem participar de atividades como o Job Rotation, em que escolhem outras áreas da empresa para conhecer melhor durante o período de estágio. Além disso, participam de trilhas de desenvolvimento, com dinâmicas de grupo e gamificação.

O Jovens Talentos terá início em agosto, com possibilidade de efetivação ao término do programa. Entre os benefícios oferecidos pela Tereos estão: bolsa-auxílio, plano de saúde, seguro de vida, transporte, refeições na empresa e vale-alimentação.

Inscrições: para se inscrever, os interessados deverão acessar este link.

Heach RH – trainee
A Heach Recursos Humanos, empresa de recrutamento e seleção, anuncia quatro vagas para o Programa de Aceleração Trainee, que tem como objetivo ajudar os jovens a acelerar suas carreiras em grandes empresas

As oportunidades disponíveis são para trainee em recrutamento, seleção e inteligência artificial, em processos de recursos humanos, em relacionamento comercial e em inteligência de mercado. Os requisitos para se candidatar às vagas são: graduação completa em administração, economia, marketing, psicologia ou recursos humanos, conhecimento intermediário do pacote Office e um perfil proativo, com foco em soluções de problemas.

Salário: Não informado
Inscrições: Podem ser feitas no site

Cummins Brasil – estágio
A Cummins Brasil iniciou no dia 30 as inscrições do Programa de Estágio, com início previsto em fevereiro de 2020. Serão 33 novas vagas abertas para o público universitário. Com o objetivo de promover a diversidade e a inclusão na sua força de trabalho, a empresa vai priorizar a contratação de estudantes do ensino superior que contribuam com a pluralidade e intercâmbio cultural neste processo.

Salário: não informado
Inscrições: podem ser feitas neste site

Basf – estágio
As vagas são para atuar nos segmentos automotivo, agronegócio, químico, tintas Suvinil e na área corporativa. A empresa tem programas para alunos do ensino superior, ensino técnico e focados na área de agronomia e engenharia agrônoma.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site da Cia de Talentos

KPMG – trainee
Para se candidatar, é necessário ter graduação de junho de 2019 a dezembro de 2024. O processo também pede por inglês intermediário. São vagas em diversas cidades do Brasil.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site da Cia de Talentos

Nestlé – estágio
O programa aceita estudantes de todos os cursos de graduação com formação prevista entre dezembro de 2020 a julho de 2021; é necessário ter inglês a partir do intermediário e ter bons conhecimentos no pacote Office.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site da Cia de Talentos

Celere – estágio
A empresa tem vagas em São Paulo para estágio em engenharia de qualidade de software e estágio em levantamento de projetos e orçamentos.

Salário: não informado
Inscrições: pelo LinkedIn

Amazon – estágio
Com ambiente de trabalho dinâmico e estímulo à inovação, a Amazon têm neste momento 13 vagas abertas para diferentes áreas de atuação, em São Paulo, Barueri e Campinas.

Salário: 2.300 reais
Inscrições: pelo site da Cia de Estágios

Rabobank  trainee

O Rabobank Brasil, banco de atuação global especializado em soluções financeiras e estratégicas para o agronegócio, anuncia seu primeiro programa de trainee.

Com foco na área comercial para o segmento rural banking, o processo tem duas vagas abertas para candidatos de todo o país.

Os pré-requisitos são formação entre dezembro de 2017 e dezembro de 2019 nos cursos de economia, administração de empresas, engenharia, relações internacionais ou agronomia, bem como disponibilidade para viagens e mudanças permanentes e inglês avançado. Conhecimentos em finanças, vendas e agronegócio são desejáveis.

Inscrições: no site do programa 

EY – trainee
São 250 vagas para estudantes universitário e recém-formados (até três anos). Para os cursos de ciências contábeis e de TI, é exigido o nível básico de inglês. O inglês intermediário é pré-requisito para os demais cursos de administração de empresas, ciências atuariais, economia, relações internacionais, comércio exterior, direito, engenharia (todas), estatística, física, matemática, psicologia, marketing, publicidade e propaganda, design.

Salário: não informado.
Inscrições: o ano todo pelo site do programa

Radix – estágio
Oportunidades para banco de talentos em diversas áreas e escritórios da empresa.

Salário: não informado
Inscrições:  pelo site do Gupy

Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) – estágio 
Vagas para estudantes matriculados a partir do segundo semestre do curso de graduação, com preferências pelos cursos de administração, economia, matemática, estatística, direito, marketing, publicidade e propaganda, ciências da computação, análise de sistemas, segurança da informação, engenharia da computação, sistema da informação e demais áreas relacionadas à tecnologia.

Salário: não informado
Inscrições: pelo site do WallJobs

GOVBR – estágio 
Vagas na empresa de soluções para gestão pública nas áreas de análise de negócio, desenvolvimento de software, arquitetura UX, ciência de dados, devops, qualidade e agilidade.

Salário: não informado
Inscrições: vagas recorrentes pelo site

IBM – estágio
A empresa publica vagas em seu site de oportunidades. Para o programa de 2020, a IBM aceita estudantes de qualquer curso com graduação prevista a partir de dezembro de 2021. É desejável ter conhecimento de inglês.

Salário: não informado
Inscrições: o ano todo pelo site

Ternium – trainee
As vagas oferecidas são para diferentes formações, sendo a maioria voltada para a área de engenheira. Podem se candidatar pessoas com até dois anos de formadas.

Salário: não informado
Inscrições: o ano inteiro pelo site Vagas

Itaú Unibanco e Itaú BBA – estágio
Durante todo ano, há oportunidades para atuar na área corporativa do banco, na rede de agências. Estudantes a partir do terceiro semestre de cursos da área de exatas ou de humanas interessados em trabalhar na sede do banco em São Paulo podem se candidatar às vagas de estágio corporativo. Para o estágio em agências, estudantes a partir do terceiro semestre dos cursos de administração, economia e ciências contábeis.

Salário: não informado
Inscrições: o ano todo pelo site do Itaú Unibanco

Fapes – estágio
O programa tem vagas para estudantes do Rio de Janeiro nas áreas de administração, comunicação, contabilidade, direito, economia e sistemas de informação, entre outras. As inscrições ficam abertas em caráter permanente e as seleções ocorrem conforme a disponibilidade de vagas.

Salário: bolsa-auxílio compatível com o mercado, vale-refeição e vale-transporte
Inscrições: o ano todo é possível cadastrar currículo pelo site do Vagas

Ipiranga – estágio
O programa de estágio acontece durante todo o ano, conforme o surgimento de oportunidades. As inscrições estão sempre abertas, com oportunidades para estudantes do penúltimo ou último ano do ensino superior e último ano do curso técnico.

Salário: não informado
Inscrições: o ano todo pelo site da Ipiranga

Publicado por Revista Exame 

20 maio
#TBT botando a pesquisa científica pra jogo!

iCEV

I Exposição de Artigos Científicos sobre Responsabilidade Civil foi um sucesso

Falou em pesquisa acadêmica? Os alunos de Responsabilidade Civil deram um show!  Na 1ª Mostra de Pesquisa sobre Responsabilidade Civil, a turma da professora  Idelcelina Ximenes, de Direito pôde apresentar à comunidade acadêmica os frutos dos seus estudos.

A Exposição foi a finalização de um projeto da disciplina que visa apresentar aos alunos a atividade acadêmica da pesquisa. Cada grupo apresentou seu trabalho escrito e expuseram seus trabalhos para toda comunidade acadêmica.

Futuros pesquisadores

A I Exposição alcançou seu objetivo com sucesso, porque teve aluno que ficou encantado com a pesquisa acadêmica. Como foi o caso de Vitor Carvalho, estudante 6º período de Direito, que desenvolveu uma pesquisa sobre aplicabilidade do Punitive Damages no Direito Brasileiro junto com seu grupo:

“A Sensação de dever cumprido é muito satisfatória, ver que seu trabalho vai ser útil para a comunidade acadêmica é gratificante. Além disso, a experiência dessa atividade foi muito agregadora. Pude entender a importância da produção científica para o meio acadêmico, também descobri novos autores, consegui perceber a necessidade de uma organização nos textos”.

 

 

18 maio
Nem luddista, nem zumbi: o minimalismo digital

Escola de direito aplicado

Diz um antigo provérbio chinês: “Quando os ventos da mudança sopram, uns constroem muros; outros, moinhos de vento”. Eu ousaria acrescentar: “e outros apenas se deixam arrastar pela ventania”.

Lembrei desse sábio provérbio chinês e pensei na sua atualização, ao ler o magnífico livro de Cal Newport: Minimalismo Digital: para uma vida profunda em um mundo superficial” (tradução brasileira publicada pela editora Alta Books). Esse livro deveria ser obrigatório nas escolas, pois chama a atenção para um problema gravíssimo, que, no entanto, é difícil de perceber, porque ele está envolto num embrulho muito atraente.

O autor fala do que está acontecendo conosco, todos os usuários da internet (e particularmente das redes sociais, sites de notícias e sites de compra), de como a nossa atenção e a nossa energia criativa estão sendo dragadas pelo vício em internet.

Não é difícil reconhecer-se logo nos primeiros exemplos dados pelo autor: um consumidor voraz e insaciável de notícias, fofocas e fotos de terceiros, que passa a maior parte do tempo entre a condição de sentinela do próprio smartphone, ou de náufrago da internet, que pula de ilha em ilha em busca de não-sei-o-quê, perdendo um tempo enorme, sem produzir nada realmente útil.

O autor mostra que o vício que leva à compulsão pelas telas não é exatamente casual. Na verdade, é muito bem planejado e induzido pelas pessoas que comandam os processos criativos da internet. Segundo ele, uma das linhas de ação principais assenta-se em uma fragilidade psicológica bastante conhecida, que nasce do chamado “feedback positivo imprevisível”.

A coisa funciona mais ou menos assim: se você tem que realizar alguma atividade que você já sabe o que obterá, seja uma coisa boa, ou uma coisa ruim, isso dificilmente se tornará viciante, porque logo entrará em cena o tédio. O risco de viciar-se é maior quando a recompensa boa, aquela que você espera, é imprevisível. Basta pensar nos jogadores e apostadores inveterados para confirmar essa regra: eles ficam sempre naquela esperança de que “na próxima partida” tudo mudará para melhor.

A vadiagem aleatória por sites de notícia, redes sociais, e pela internet em geral, segue exatamente esse roteiro: o usuário, em meio a uma série de sensaborias, espera que na próxima aba apareça alguma coisa que valha a pena, e assim ele sai explorando a internet como quem abre uma Matrioshka infinita. Aqui e ali verá algo interessante; e esse algo provavelmente não surgirá por acaso, mas sim pelo perfil de navegação dele, já conhecido dos desenvolvedores (quem nunca apertou num “sim” para os cookies? Para saber o que são os cookies, ver: O que são cookies? Entenda os dados que os sites guardam sobre você | Internet | TechTudo)).

Outra isca quase infalível para nos encerrar na lamentável condição de vigilantes do próprio smartphone é a nossa primitiva necessidade de aprovação social. Aqui se destaca o botão “curtir”, inventado em 2009 (há pouco mais de 10 anos, portanto), usado nas redes sociais. Quem posta nessas redes, espera normalmente obter a aprovação que imagina merecer. E essa aprovação é um clássico caso de “feedback positivo imprevisível”, pois não se sabe de antemão quem e quantos irão “curtir”. Se não foi você, mas sim uma amiga ou amigo quem postou, há o chamariz oposto que consiste no dilema sobre “curtir” ou não a postagem. Assim todo mundo fica preso numa rede de aprovação recíproca que se retroalimenta indefinidamente.

Não é nada surpreendente, portanto, que o usuário fique atualizando o perfil, em curtos intervalos de tempo, para saborear as curtidas, ou para curtir a postagem de alguém. Isso estimula a secreção de dopamina e, por isso, queremos mais e mais…

Em todo caso, se por um milagre você não ficar atualizando o seu perfil de modo compulsivo, e para não correr o risco de lhe deixar escapar, as “notificações” se encarregarão de “alertar-lhe” sobre todas as interações que ocorreram no meio tempo enquanto você esteve “negligentemente” sem olhar para o seu celular.

Cal prova que não por acaso as notificações têm a cor vermelha. Isso foi resultado de estudos sobre a cor que mais desperta a curiosidade e o interesse do usuário. O negócio é capturar a atenção e impedir a todo custo que o usuário pense em outra coisa que não seja no seu smartphone e no que nele pode obter.

O mercado da atenção lida com valores astronômicos. O simples fato de conseguir fisgar os olhos de muitas pessoas nas telas tem um valor econômico enorme, e quanto mais tempo essas pessoas passam cativas de seus gadgets, mais dinheiro é ganho pelas empresas responsáveis por essa engenharia toda.

Sem nenhum exagero, Cal diz que a situação assemelha-se à de um “hackeamento” do nosso cérebro. É como se fosse introduzido em nossas cabeças um vírus que drena a nossa atenção e nos obriga a entregar toda ela, todo o nosso foco para a internet. Claro que isso tem consequências catastróficas, tanto do ponto de vista individual como social, pois a nossa atenção é que permite que o cérebro se ocupe de coisas diferentes, a cada momento, enriquecendo-se. Quando deixamos que a internet vampirize totalmente a nossa atenção, então aderimos a um processo de empobrecimento progressivo, que nos levará a uma situação cada vez pior, como todo vício.

O autor, porém, não é um luddista. Ele não nega as óbvias vantagens e comodidades trazidas pela internet e também pelas redes sociais. O que ele propõe é que tenhamos consciência do que nos espreita na internet e que adotemos uma estratégia inteligente para poder usar os recursos da rede, sem nos deixarmos escravizar por ela.

A essas estratégias ele chama de “minimalismo digital”. A ideia é contra-atacar, usando metodicamente a nossa vontade e autodisciplina para nos defender da arapuca que está armada para cativar a nossa atenção. Não vem ao caso aqui expor todas essas estratégias (melhor ler o livro), mas convém mencionar a mais óbvia e necessária medida: é preciso repensar a relação com o smartphone. Afinal, como diz Cal, “libertar-se do smartphone é provavelmente o passo mais sério para abraçar a resistência à atenção. Isso ocorre porque os smartphones são o Cavalo de Troia preferido da economia da atenção digital”.

Retomando o provérbio chinês: não devemos renegar os ventos da mudança, construindo muros, como os luddistas; nem devemos também nos expor à ventania, para sermos arrastados como zumbis errantes; devemos pensar em como construir os moinhos de vento, que aproveitam a energia da mudança, sem tirar os pés do chão.

 

17 maio
What Happens When Memes Are Commodities?

Escola de tecnologia aplicada

Putting a dollar value on the language of the internet will be weird

Zoe Roth, aka Disaster Girl

For over a decade, the image of a young girl smirking in the foreground as a home in the background is engulfed in flames has circulated as fodder for countless memes. The picture, known simply as Disaster Girl, though originally taken by an amateur photographer — who then entered it into an online contest, sparking its journey across the web — has all but officially entered the public domain. That is, until Thursday, at least technically speaking.

The Raleigh News & Observer reports that the then-young girl in the photo, Zoe Roth (now 21), recently sold the image as a Non-Fungible Token, or NFT, for 180 Ether — the cryptocurrency for the Etherium blockchain — worth somewhere in the vicinity of $450,000 at the time (at writing, 180 Ether is valued at approximately $500,000). With the sale, Roth has also assured that she will receive 10% of any sale of the NFT in the future — a kind of digital residual.

Yet, the image, like any digital asset, remains public. If anything, the Disaster Girl memes will likely spread even more with news of the sale. But is the image still the same, now that it’s technically been sold? It’s unclear from the coverage whether the copyright to Disaster Girl was transferred as part of the sale of the NFT, but even if not, there is something fundamental about the image that’s now different.

While memes have been endlessly replicated on consumer products for years (and things like dances have been used to create profits their original creators never see) — that is, memes are commodified — the meme itself, whether an image or an action, has remained transferable at no cost. These have been visual or social commodities, not in and of themselves financial commodities. But what happens when a meme image is made into an NFT, when it is sold to an owner, even if that owner doesn’t retain the copyright?

In practice, there is no difference. For the internet at large, Disaster Girl is the same, being far too popular for far too long to be reined in at this point. Disaster Girl is ours, no matter who owns the NFT. But for meme images yet to emerge, Disaster Girl’s sale raises the possibility that the underlying assumptions about meme images will likely change.

What has made countless meme images interesting, not to mention popular, has been that they are impossible to co-opt into a single use, impossible to be singularly defined by any single individual. Memes remain one of the few lasting products of a chaotic internet, unpredictable and frequently morphing in unexpected and inexplicable ways into distinct, accepted signifiers — the visual language of our online world.

As more meme images invariably become NFTs, even if they still function as they always have, temporally, they will have undergone a metamorphosis from an organic product of the internet into one that is immediately subject to a different kind of co-option — not simply into a slice of internet vernacular, but a piece of a different world altogether, the world of art. They will become part of the world of commerce. This means, in the future, when you share Disaster Girl or any other NFT-linked meme, you’re doing more than contributing to the language of the internet; you’re also affecting its strict monetary value.

It’s language, commodified.

Published by Wired 

14 maio
Crimes na internet têm penas agravadas com aprovação de projeto de lei no Senado

Escola de direito aplicado

Projeto busca inibir fraudes semelhantes às cometidas contra beneficiários do auxílio emergencial

 

Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal.

Senado aprovou, com 76 votos a favoráveis – unanimidade dos presentes – o PL 4554/2020, que torna mais graves os crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos de forma eletrônica ou pela internet. O relator Rodrigo Cunha (PSDB-AL) votou pela manutenção do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados.

texto aprovado originalmente pelos deputados prevê a majoração dos patamares mínimo e máximo da causa de aumento de pena – de um terço a um sexto, para um terço a dois terços – quando a invasão de um dispositivo informático resultar em prejuízo econômico à vítima, e a supressão do artigo 69 do Código de Processo Penal, que permitirá a  fixação de competência pelo domicílio ou residência da vítima em qualquer crime cometido pela internet ou de forma eletrônica.

O texto aprovado por deputados e senadores também prevê a adição do §4º do artigo 70 do CPP, que prevê fixação de competência apenas em determinadas modalidades de crimes de estelionato (quando praticado mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores).

O projeto das “fraudes eletrônicas” faz parte das matérias formuladas a partir dos efeitos gerados pela pandemia. Nesse caso, a motivação foi o aumento no número de fraudes eletrônicas, inclusive com beneficiários do auxílio emergencial. Segundo dados do relator na Câmara, Vinícius Carvalho (Republicanos-SP), foram identificados pelo menos 3,8 milhões de pedidos fraudulentos de auxílio emergencial, e que no período houve um aumento de 60% de tentativas de golpes a idosos e aposentados.

Projeto de lei segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

Publicado por JOTA

Está com dúvidas?
Estamos aqui pra ajudar! Envia um e-mail ou chama no whatsapp: (86) 3133-7070
Entrar em contato!
© 2017 iCEV Instituto de Ensino Superior
Esse domínio pertence ao Grupo Educacional Superior CEV
CNPJ: 12.175.436/0001-09