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21 out
Por que um programa de trainee está gerando tanta controvérsia

iCEV

Estatísticas evidenciam as desigualdades raciais e têm alicerçado a adoção de ações afirmativas em muitos países, inclusive nas empresas. Não deveria ser diferente no Brasil

No dia 18 de setembro, o Magazine Luiza anunciou um programa de trainee exclusivo para profissionais negros. Imediatamente, criou-se uma enorme polêmica nas redes sociais. Entre os argumentos usados por alguns críticos, havia um velho conhecido dos estudiosos de relações raciais e da luta antirracista: a acusação de racismo reverso. Nas redes proliferaram perguntas como “e se o programa fosse voltado unicamente para jovens brancos?”.

Nossa posição é inequívoca: o Programa de Trainee 2021 do Magazine Luíza não é racista. Uma pesquisa do Instituto Ethos, de 2016, mostrava que os negros ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência e 4,7% dos postos de direção nas 500 maiores empresas do Brasil. Na época do levantamento, pretos e pardos correspondiam a 54,9% da população brasileira.

Os afro-americanos constituem cerca de 13% da população dos EUA e ocupam 9,4% dos cargos de direção nas 100 maiores companhias listadas pela revista Fortune, de acordo com informe do The Executive Leadership Council. Assim, para atingir uma representação de negros no mundo empresarial proporcionalmente próxima daquela encontrada nos Estados Unidos, o Brasil deveria contar com cerca de 40% de negros em postos de liderança empresarial, um percentual 8,5 vezes superior aos atuais 4,7%.

A julgar pelos dados do mundo empresarial, a desigualdade racial presente na nação que foi imaginada como uma democracia racial, um paraíso da convivência entre negros e brancos, é substancialmente maior do que a encontrada no país que, juntamente com a África do Sul, representaria o exemplo mais bem-acabado de sociedade racista. Eis uma verdade inconveniente para nós, brasileiros.

Estatísticas como essas evidenciam as desigualdades raciais e têm alicerçado a adoção de ações afirmativas em muitos países, inclusive nas empresas. Não deveria ser diferente no Brasil, país no qual o racismo se entranhou estruturalmente desde a origem colonial escravista e tem se reproduzido com permanências e mutações.

Racismo reverso? Só se nossa formação histórica tivesse sido diferente. Só se os negros tivessem, em algum período, controlado os aparatos político-militares e socioculturais, que os levassem a produzir uma economia baseada no trabalho não-remunerado de pessoas brancas, vendidas como mercadorias no tráfico transatlântico. E se, além de toda a brutalidade física, esses mesmos negros tivessem impetrado aos brancos, por meio de um sistema ideológico, uma violência simbólica equivalente àquela do racismo antinegro, que tentou incutir na população de pretos e pardos um sentimento de inferioridade intelectual e estética.

Há outro velho argumento que se articula à acusação de racismo reverso nesse imbróglio. A alegação de que não existem raças entre os seres humanos e que, portanto, programas como o do Magalu não têm cabimento.

Sabemos que a ideia de raça não possui fundamento científico desde os anos 1960, quando a biologia molecular e a genética das populações desmontaram as bases da raciologia, a pseudociência das raças fundada no século 18. Mas, as descobertas científicas não alteram necessária e imediatamente o imaginário social. “Não, a raça não existe. Sim, a raça existe. Certamente ela não é o que dizem que ela é, mas ela é, contudo, a mais tangível, real, brutal das realidades”, afirmou, em 1972, a socióloga francesa Colette Guillaumin.

Já o racismo moderno se esconde por detrás de noções como etnia, cultura e identidade. Mas a complexidade não se encerra aí. A ideia de racialização tem sido utilizada nos debates socioantropológicos para fazer referência ao que está em disputa em torno da ideia de raça.

RACISMO REVERSO? SÓ SE NOSSA FORMAÇÃO HISTÓRICA TIVESSE SIDO DIFERENTE

Nesse movimento procura-se enfrentar questões como: toda vez que essa ideia é mobilizada, o racismo está presente? E quando é acionada por um grupo que visa não inferiorizar um outro, mas se constituir como força política, reivindicar direitos que lhe foram negados, justamente por terem sido inferiorizados como uma raça? É adequado combater o racismo recorrendo ao vocabulário racial?

Elas não têm uma resposta simples. Mas, se todo racismo é uma forma de racialização, uma vez que recorre ao vocabulário racial, nem toda racialização pode ser taxada de racista simplesmente por lançar mão desse léxico.

Essa complexidade está na base da controvérsia em torno do Programa de Trainee do Magalu, que não é a única companhia a criar um programa desse tipo voltado para jovens negros. No mesmo dia em que seu programa foi anunciado, a multinacional Bayer divulgou uma ação muito semelhante. Tais iniciativas remontam ao início dos anos 2000, quando os principais bancos que operavam no Brasil, em razão de um complexo jogo político, iniciaram esse processo, conforme documentado no livro “Executivos negros: racismo e diversidade no mundo empresarial”.

Desde então, tal prática se disseminou para outros segmentos econômicos, como o da publicidade e o dos grandes escritórios de advocacia. Entre outros fatores, isso se deveu ao ativismo antirracista e aos Termos de Ajustamento de Conduta que vêm sendo pactuados entre empresas e o Ministério Público do Trabalho.

Gestores e lideranças empresariais não podem mais ignorar essa agenda. Ela não tem a abrangência das políticas públicas na promoção da equidade racial, mas são um alento. Permite-nos imaginar novos tempos, muito mais prósperos e justos.

 

Publicado por Jornal NEXO 

19 out
A inovação como princípio da Administração Pública na reforma administrativa

Escola de direito aplicado

Dentre as várias mudanças trazidas pela Reforma Administrativa, apresentada pelo Governo Federal por meio da Proposta de Emenda à Constituição n. 32/2020, destacam-se as alterações realizadas no texto do art. 37 da Constituição Federal, notadamente, a inclusão de novos princípios constitucionais da Administração Pública: imparcialidade, transparência, inovação, responsabilidade, unidade, coordenação, boa governança pública e subsidiariedade.

Da nova geração de princípios, entende-se que boa parte pode ser verificada como mera decorrência ou extensão dos princípios pretéritos – e.g. a imparcialidade como decorrência da impessoalidade, a transparência como decorrência da publicidade, a responsabilidade como decorrência da moralidade, a coordenação como decorrência da eficiência.

A mesma lógica derivativa, todavia, não é aplicável a todos os novos princípios, como é o caso da inovação. Para se ter melhor entendimento, é oportuna a remissão à Exposição de Motivos n. 47 do Ministério da Economia, que acompanha a Proposta de Emenda. No texto, verifica-se que o espírito do legislador, ao instituir o novo princípio, voltou-se a dirimir as “amarras inerentes à burocracia estatal”, em um novo contexto no qual “a inovação deve ser reconhecida, valorizada e almejada pela Administração e por seus agentes”.

Nota-se que o legislador atribuiu um caráter eminentemente programático á inovação, como algo que sempre deve ser almejado. Tal ideia é corroborada especialmente pela manifestação de que o estabelecimento da inovação como princípio servirá “como símbolo de uma nova era do Estado brasileiro, deixando para trás a mera conservação burocrática, que, desconectada dos tempos atuais, tem se revelado ineficiente para atender aos anseios do povo brasileiro”.

A inovação, sem sombra de dúvidas, é bem-vinda e deve ser estimulada no âmbito da Administração Pública, uma vez que procedimentos inovadores, em geral, trazem consigo economia de recursos e qualidade de resultado. Todavia, elevar tal preceito à categoria de princípio constitucional é, no mínimo, problemático.

Isso porque os princípios clássicos da Administração não podem ser relativizados ou entendidos como normas de meros efeitos dirigentes. Tais princípios vinculam todos os atos da Administração Pública,. Caso contrário, restaria desvirtuada a gestão dos negócios públicos e olvidado o que há de mais elementar para a boa guarda e zelo dos interesses sociais, como leciona Hely Lopes de Meirelles[1].

A vinculação irrestrita da Administração Pública à obediência dos princípios é verificada, com clareza, em matéria de controle dos atos administrativos. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a “finalidade do controle é a de assegurar que a Administração atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade”[2]. Tal controle constitui, inclusive, “poder-dever dos órgãos a que a lei atribui essa função, precisamente pela sua finalidade corretiva; ele não pode ser renunciado nem retardado, sob pena de responsabilidade de quem se omitiu”[3].

Em contornos práticos, a força normativa obrigatória dos princípios constitucionais da administração pode ser verificada no julgamento do Recurso Extraordinário n. 579.951/RN, em sede de Repercussão Geral, no qual o Supremo Tribunal Federal fixou a tese de que “a vedação ao nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, dado que essa proibição decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal”.

Os princípios constitucionais da administração têm, assim, caráter normativo autônomo, de modo que a mera violação é capaz de ensejar a ilegalidade do ato administrativo em concreto. É nesse ponto, portanto, que se verifica a problemática envolvida na inclusão da inovação no rol do art. 37 da Constituição Federal.

Em primeiro lugar, é evidente a contradição do legislador que eleva a inovação ao patamar de princípio constitucional da administração, mas a define como mero “símbolo de uma nova era” e algo que “deve ser almejado”. A atribuição de caráter meramente diretivo ao novo preceito viola a própria razão de ser dos princípios da administração pública, posto seu caráter vinculante e obrigatório.

Vale dizer que tal contradição se converte em verdadeira desnecessidade, ao se considerar que já existe norma constitucional de caráter programático que faz direta menção ao dever do estado de formar e fortalecer a inovação nos entes públicos[4].

Em segundo lugar, cumpre mencionar que, para uma vasta gama de atos administrativos, principalmente aqueles de procedimento tipificado, uma postura “inovadora” pode ser interpretada como algo indesejável. É o caso de atos como de concessão de aposentadoria, exoneração, publicação de edital de licitação, entre outros. A inovação no âmbito de tais atos administrativos, que possuem regras e procedimentos específicos, representariam, em verdade, um risco à segurança jurídica. Questiona-se, assim, se, de fato, uma inovação, necessariamente, importa num melhor ato administrativo.

Em terceiro lugar, caso seja atribuída força normativa ao princípio da inovação, seria necessário conceber a dicotomia entre atos inovadores – que estariam em conformidade com o preceito – e atos “não inovadores” – que estariam em desconformidade. Os atos administrativos “não inovadores” seriam, consequentemente, de inevitável anulação. Afinal, de igual modo, um ato administrativo que não atende ao princípio da legalidade deve  anulado.

Em quarto lugar, destaca-se o caráter controvertido do conceito de “inovador”. Com efeito, princípios têm, por característica, a abstração, mas que se corporizam nas situações concretas, quando imbuídos por contextos sociais, culturais, éticos, morais, entre outros, que circunscrevem e permeiam o direito. No presente caso, há razoáveis dúvidas se este “símbolo de uma nova era” realmente emerge desse meio social ou de um mínimo debate público, ou se decorre, em verdade, de uma mera vontade governamental, o que parece ser o caso, dada a explícita motivação do legislador de algo que “deve ser almejado”.

Dessa feita, a inserção na carta política de uma “intenção”, “vontade”, na forma de princípio, descolada de contextos do meio social que de fato o compreendam como valor a ser perseguido, revela-se temerária, especialmente ante o alto risco de ensejar interpretações particularistas.

Diante dessa problemática, parece-nos que dois cenários poderiam ser traçados. No primeiro, permitir-se-ia uma relativização do princípio da inovação, aceitando-se o seu caráter meramente programático. A segunda alternativa seria considerar que há força normativa, com todas as ressalvadas já feitas, tal como os demais princípios constitucionais da administração. Em qualquer das hipóteses, verificam-se deficiências práticas.

Na primeira, há grande perigo de instabilidade jurídica. Uma vez que tal princípio fora elencado em grau paritário no rol do art. 37 da Constituição, aceitar sua relativização seria precedente para a relativização e enfraquecimento de todos os demais princípios, o que comprometeria todo o sistema jurídico de direito administrativo.

A segunda hipótese, por sua vez, somente poderia ser concebida com a criação de critérios objetivos para a classificação dos atos administrativos como inovadores ou “não inovadores”. É o que se fez necessário em experiência semelhante, na qual a jurisprudência pátria criou o controverso parâmetro do “homem médio” para que fosse atestada a conformação dos atos ao princípio da boa-fé objetiva – princípio com igual grau de subjetividade e abstração.

Da mesma maneira, seria necessário estabelecer balizas que possibilitassem a aplicação concreta do princípio da inovação aos atos administrativos, o que, novamente, coloca sob questão se seria o caso de elevar essa “intenção” ao nível de princípio, pela notória descaracterização da abstração que é essencial. Adicionalmente, ter-se-ia constante conflito com os supramencionados atos administrativos de procedimento estritamente tipificado, nos quais não cabe a adoção de uma postura inovadora por parte dos agentes.

Conclui-se, em última análise, que a atitude do legislador de elevar a inovação ao patamar de princípio constitucional da administração é, no mínimo, questionável. Caso os princípios da nova geração sejam, de fato, incorporados ao texto constitucional, vê-se o risco de que recairá em última instância ao poder judiciário delimitar o seu âmbito de aplicação.

 

Publicado por JOTA 

16 out
Pix: O que é, como se cadastrar e quais as principais novidades do novo sistema?

Escola de negócios e gestão

Novo meio de transações do Banco Central já tem milhões de chaves inscritas, mas por quê? Quais os maiores atrativos?

Pix, novo sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central (BC) , começa a funcionar no dia 16 de novembro, mas o número de chaves já cadastradas impressiona. Em três dias após a liberação, logo no começo de outubro, já são 16,6 milhões de cadastros pelos canais digitais dos principais bancos e fintechs do Brasil. O que explica esse sucesso? Confira os principais pontos, saiba como se cadastrar e veja as novidades mais vantajosas para você.

O  Pix  permitirá pagar boletos, contas de luz, impostos ou compras, sendo mais um meio de pagamento para os brasileiros e uma nova forma de transferir dinheiro, como são atualmente TED e DOC. Ele terá a grande vantagem das operações em qualquer hora do dia, sete dias por semana, e com a promessa de mais rapidez. Usando apenas o aplicativo da instituição financeira em que você tem conta, será possível realizar transações em menos de 10 segundos, garante o BC.

O novo sistema será oferecido às pessoas e às empresas pelos bancos, os meios de pagamentos, como PicPay e Mercado Pago , e as fintechs, como o Nubank , por exemplo. Assim como hoje estão liberadas as opções de TED e DOC, o Pix deverá aparecer para o usuário como uma forma de pagar uma conta, um boleto, serviço ou mesmo transferir dinheiro para alguém.

Na prática, ele será uma função que vai aparecer no aplicativo do banco ou instituição financeira em que você tem conta na hora de fechar uma transação. Com a conta cadastrada, bastará escolher o Pix como forma de realizar a operação desejada. Não há e nem haverá um aplicativo exclusivo para o Pix. Ele estará disponível no aplicativo dos bancos e nas demais instituições aptas a fazer cadastro.

Como aderir ao Pix?

Para aderir, a primeira coisa a ser feita é criar a chave Pix, usando os canais de atendimento do banco ou instituição financeira em que você tem conta. Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e todas as instituições com mais de 500 mil clientes são obrigadas a oferecer a nova forma de pagamentos. Ao todo, segundo o BC, mais de 600 instituições estão autorizadas a fazer o cadastro.

Para criar a chave Pix , basta usar uma das quatro formas de identificação disponíveis: CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou ainda a chave aleatória (endereço virtual de pagamento, o EVP). A última opção é a única forma de receber um Pix sem precisar informar seus dados pessoais. A chave aleatória funcionará como login e será um conjunto de números, letras e símbolos gerados de modo aleatório para identificar a conta de destino do dinheiro.

Como cadastrar a chave Pix?

O registro da chave deve ser feito em um dos canais de acesso (aplicativo ou site) da instituição onde o cliente tem conta. Para isso, é preciso confirmar a posse da chave e vincular à conta do Pix, ou seja, se identificar e comprovar que aquele e-mail, por exemplo, é de fato seu.

Em cadastros com o telefone celular como chave, o usuário recebe um código por SMS. Ele deve ser inserido no aplicativo da instituição financeira para que a identificação seja confirmada.

Buscando prevenir golpes e fraudes , o BC destaca que não faz essas confirmações por ligações telefônicas nem por links enviados por SMS ou por e-mail. Não passe seus dados pessoais por telefone para cadastrar sua chave nem clique em links que prometem isso, já que o Banco Central e as instituições permitidas a cadastrar não utilizam esses meios de identificação para o Pix.

Simplificação dos pagamentos

Um dos principais objetivos do Pix é simplificar o processo das transações, já que não será preciso ter muitas informações sobre o destinatário dos recursos, como número da conta, agência, CPF e nome completo, como funciona atualmente. Com o Pix, será preciso apenas informar a chave Pix no momento da transação, que poderá ser feita nas 24 horas do dia, 7 dias por semana, com todas as operações concluídas em apenas 10 segundos.

Não é obrigatório cadastrar uma chave Pix para fazer uso do novo sistema. Quem preferir, pode seguir informando todos os dados da conta antes de concluir uma operação, como hoje acontece com as TEDs e os DOCs.

Tenho conta em mais de um banco, posso cadastrar quantas chaves?

Para as pessoas físicas, o limite é de 5 chaves por conta de sua titularidade. Se você tem uma conta no Itaú e outra no Nubank, por exemplo, poderá ter 10 chaves. É permitido se cadastrar usando diferentes e-mails e telefones celulares. As pessoas jurídicas têm direito a 20 chaves por conta.

Cada chave serve para apenas uma conta, então não é possível vincular uma mesma chave para diferentes contas de sua titularidade, ou seja, não dá, por exemplo, para usar seu CPF no momento de cadastrar sua chave no Itaú e repetir o processo no Nubank. Para quem busca receber todas as transferências em apenas uma conta, no entanto, a chave não importa e será possível vincular todas a essa única conta.

Qual o custo do Pix?

Para o uso mais corriqueiro, envolvendo as transferências entre pessoas físicas e os pagamentos de pessoas físicas para empresas, o Pix será totalmente gratuito.

Para microempreendedores individuais (MEIs), compras e transferências também serão gratuitas, mas as vendas com finalidade comercial, por exemplo, poderão ser tarifadas.

Transações entre empresas permitem que as instituições financeiras cobrem uma taxa.

As transações terão limite de valor?

De acordo com o Banco Central, não há um limite definido, mas as instituições financeiras poderão estipular um teto para transações gratuitas. Esse limite não poderá ser menor do que o valor máximo permitido (sem tarifa) em outras opções de pagamentos.

O Pix é seguro?

Todas as informações pessoais são protegidas pelo sigilo bancário e as medidas de segurança que já adotadas pelas instituições financeiras em TEDs e DOCs serão mantidas no Pix, sem nenhuma diferença.

Será possível sacar dinheiro em espécie pelo Pix?

Em 2020, não. Uma das principais medidas do novo modelo de transações deverá ser lançada oficialmente apenas no ano que vem, quando será possível sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais cadastrados, como lojas.

Quais as principais vantagens do Pix em relação ao atual modelo?

Para o BC, os três principais diferenciais são:

  1. Permitir transações 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana;
  2. Concluir transações em apenas 10 segundos; e
  3. Estar isento das tarifas, no caso das pessoas físicas e MEIs.

 

Publicado por Economia IG

 

15 out
Docência no ensino superior: como se tornar um professor de faculdade

iCEV

Você tem vontade de ser professor universitário? Seguir a carreira de docência no ensino superior é o desejo de muitos profissionais que amam a vida acadêmica e almejam estabilidade. Se você acabou de sair da graduação e pretende dar aulas em faculdades ou universidades – ou se já tem experiência na área e quer aprimorar seus conhecimentos –, saiba que um curso de especialização pode lhe abrir várias portas.

 

O que é preciso?

A primeira coisa que você deve saber é que o professor universitário não precisa fazer um curso específico para ser admitido em sua profissão. Diferentemente daquilo que ocorre com os profissionais que atuam na educação básica.

Sendo assim, não é necessário cursar uma área de licenciatura ou fazer Pedagogia para ensinar no ensino superior. O que significa que você pode se formar em Direito, Administração, Tecnologia, ou qualquer outra graduação.

Porém, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que regulamenta o sistema educacional no Brasil, cursos de bacharelado não habilitam automaticamente à ministração de aulas. O profissional graduado precisa ter, no mínimo, uma pós-graduação lato sensu (especialização) para atuar como docente no ensino superior privado, bem como uma stricto sensu (mestrado ou doutorado) para atuar como professor efetivo em universidades públicas federais.

Isso quer dizer que, para atuar como professor efetivo em uma faculdade particular ou como professor substituto em uma universidade pública, você precisa aprimorar seus conhecimentos na área de docência com um título de especialista – e daí começar a conquistar seu espaço no meio acadêmico.

Docência inovadora

A docência no ensino superior requer a formação em uma área específica do conhecimento, bem como o domínio de algumas habilidades didático-pedagógicas e, claro, experiência profissional. Além disso, é essencial que os docentes estejam em sintonia com o mundo moderno e aptos para lidar com inovações tecnológicas e metodológicas do setor educacional, tanto em sala de aula quanto no ambiente virtual

Realize monitorias e projetos de pesquisa 

Estas atividades não são pré-requisitos para quem deseja ser professor universitário, porém são importantes para adquirir conhecimento e experiência. Além é claro, de tornarem-se diferenciais no currículo.

Afinal, por meio da monitoria, é possível aprender como desenvolver aulas contando com a ajuda de professores veteranos. Já nos projetos de pesquisa, você adquire práticas científicas que serão bem importantes durante o trabalho profissional.

 

13 out
Evento online tem maratona de programação e prêmio de até R$ 5 mil

Escola de tecnologia aplicada

Hackathon OLX ocorre entre dias 16 e 25 de outubro; participantes concorrem a um Summer Job na OLX e a prêmios de até R$ 5 mil

O Hackathon OLX é uma maratona digital para jovens universitários que vai acontecer virtualmente entre dos dias 16 e 25 de outubro. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a OLX e o Hacktudo, festival de cultura digital, e se destina a jovens interessados em criar projetos a cerca do tema “Economia Colaborativa em Tempos de Pandemia”. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas até a próxima segunda-feira (28) pelo Sympla.

Podem participar do hackathon alunos universitários de cursos superiores de graduação em qualquer área do conhecimento e estudantes de cursos técnicos. Vale ressaltar que as inscrições só serão válidas para alunos com matrícula vigente. O evento ainda vai contar com prêmios em dinheiro para os três grupos finalistas, além de oferecer seminários online e sessões de mentoria para os participantes, que também vão concorrer a um Summer Job na OLX.

Abertura da Hackathon do festival Hacktudo 2019 — Foto: Divulgação/Hacktudo

Abertura da Hackathon do festival Hacktudo 2019 — Foto: Divulgação/Hacktudo

Além disso, a participação no Hackathon OLX está limitada aos 30 primeiros times que se cadastrarem na maratona. As inscrições devem ser realizadas por grupos de três a quatro estudantes, e um dos integrantes da equipe deve ficar responsável pelo envio dos comprovantes de matrícula e documentos necessários de cada membro do grupo. Valem boletos bancários ou faturas de cartão de crédito que constem os débitos de pagamento do curso e carteirinhas de identificação ou declaração da instituição.

O concurso seguirá um cronograma definido. Durante a abertura do evento, no dia 16 de outubro, será anunciado um desafio para os participantes, que terão 36 horas para idealizar e desenvolver uma solução inovadora e criativa a partir de um projeto original e aplicável. Após esse período, as dez equipes que mais se destacarem seguirão para a próxima etapa, um pitching no dia 24 de outubro. Então, no dia 25, serão revelados os três melhores projetos. O hackathon também vai contar com sessões de mentoria e outras dinâmicas virtuais e o time vencedor ainda leva para casa R$ 5 mil.

Para inscrever seu time no Hackathon OLX, basta acessar o site

O que é o Hacktudo?

O Hackathon OLX é apenas uma das atividades previstas para o Hacktudo, festival de cultura digital que acontece online e gratuitamente entre os dias 16 e 25 de outubro. O evento ainda vai apresentar conferências com profissionais de grandes empresas de tecnologia e uma exposição virtual do artista Jota Azevedo sobre lixo eletrônico. A programação também inclui atividades exclusivas para as mulheres e para o público infanto-juvenil. Para saber todos os detalhes e se inscrever nos laboratórios, basta acessar: www.hacktudo.com.br

01 out
Entenda o impacto dos juros baixos nas suas finanças

Escola de negócios e gestão

Você sabe a diferença entre juros reais e nominais? Ou sabe o que acontece com seus investimentos quando esses juros sobem ou descem? Preparei um conteúdo especial para te ajudar a entender os vais e vens da política de juros e como isso afeta o seu bolso:

Juros nominais

É a taxa de rendimento declarada do seu investimento, em contrato, sem descontar a perda causada pela inflação.

Juros reais

É a taxa de juros nominal, menos a taxa da inflação. Representa quanto seu investimento rendeu de fato, já que desconta a perda causada pela inflação enquanto seu dinheiro ficou investido.

O problema de termos uma taxa de juros baixa, fenômeno recente na economia brasileira, é que algumas vezes o investimento de renda fixa pode acabar rendendo menos que inflação, quando a taxa de juros reais fica negativa. Confira o exemplo abaixo para entender melhor:

Considere um investimento de R$100,00 feito no início deste ano:

Rendimento fixo

Com um rendimento de 2% ao ano, que é a taxa atual da Selic (a taxa básica de juros no Brasil) ao fim deste ano você teria 102,00.

Inflação no período

Nesse mesmo período, considerando uma inflação de 4% (meta para 2020), os produtos que custavam R$100,00 em janeiro, custarão R$104,00 em dezembro.

Resultado após 1 ano

Se tivesse feito esse investimento, após um ano você teria perdido R$2,00 em poder de compra.

Para quem sempre optou por poupança ou investimentos de renda fixa, este é um cenário ideal para começar a diversificar os investimentos em busca de maior rentabilidade.

30 set
STF julga se existe o direito ao esquecimento no Brasil

Escola de direito aplicado

Direito não é previsto na legislação, mas tem sido invocado com frequência em ações.

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga,  a fixação, ou não, de um novo direito: a ser esquecido. O processo em que é discutido o direito ao esquecimento está pautado para a sessão de quarta-feira (30/9). O conceito não é previsto na legislação brasileira, mas tem sido muito discutido nas instâncias inferiores devido a inúmeros pedidos de remoção de conteúdo que chegam aos tribunais. A controvérsia coloca, de um lado, a liberdade de expressão e informação e, de outro, direitos à honra, intimidade, privacidade e ressocialização.

O conceito do direito ao esquecimento ganhou destaque a partir de um processo envolvendo o Google na Espanha e julgado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia em maio de 2014.

Mario Costeja González é um advogado espanhol, que morava em um apartamento em Barcelona. Depois de deixar de pagar dívidas com a seguridade social, o imóvel foi levado a leilão, conforme se noticiou no jornal La Vanguardia, no ano de 1998. A dívida, no entanto, foi paga, e a venda judicial suspensa. A partir de 2009, ele passou a buscar a desindexação de seu nome das ferramentas de busca.

A corte europeia, no caso, assentou a possibilidade de se solicitar a remoção de resultados de busca, independentemente da manutenção do conteúdo no site de origem, sob o argumento de que seria legítimo dificultar o acesso a material que, pelo decurso do tempo, tivesse se tornado inadequado, irrelevante ou excessivo.

O caso em discussão no Brasil, no entanto, trata de uma disputa sobre a transmissão de um programa da TV Globo a respeito de um crime ocorrido na década de 1950, e tem, segundo especialistas, contornos bem diferentes e mais extensos.

Como o recurso extraordinário (RE) 1.010.606 teve repercussão geral reconhecida, estudiosos, empresas e setores da sociedade civil que trabalham com liberdade de expressão têm o receio de que o debate possa ser ampliado para atuação na internet, de modo a limitá-la. De acordo com o Google, por exemplo, o Brasil é um dos países do mundo onde a empresa mais registra pedidos de remoção de conteúdo.

Para o professor da Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Gustavo Binenbojm, é preciso enfatizar: o direito à informação, de informar e ser informado, não está sujeito a nenhum prazo prescricional. Ele é advogado da TV Globo no caso Aída Curi, discutido no processo.

“Estando em repercussão geral, o STF tem o dever de fixar uma tese que vai orientar todos os casos futuros, o que é muito importante. Um dos desafios é a amplitude que vem sendo dado ao direito ao esquecimento. O mero decurso do tempo não dá efeito de decadência ou prescrição. Esse direito não é reconhecido em nenhum lugar da ordem jurídica brasileira”, diz.

Desta forma, Binenbojm afirma que não seria possível aplicar um direito ao esquecimento contra a imprensa. “É preciso lembrar que o caso não envolve erro de cobertura, incorreção, falha. Não havia dúvida de que os fatos eram verdadeiros. Além disso, os fatos eram de interesse público e até histórico, e tinha uma longa trajetória narrada pela imprensa. Um dos irmãos escreveu um livro sobre o crime”, conta, afirmando que dar um direito ao esquecimento, neste caso, seria aplicar uma censura pelo retrovisor, já que a imprensa não poderia ser desautorizada a retratar um caso apenas pelo fato de ser antigo.

No julgamento em repercussão geral, o Supremo, ao fixar a tese, pode tratar apenas da imprensa tradicional, ou projetar a discussão para a internet, ou, ainda, de como as ferramentas de busca servem para acesso à informação neste meio.

“Reconhecer um direito ao esquecimento seria reconhecer um direito baseado em parâmetros muito vagos, ambíguos, amplos”, reforça. “Toda vez que a imprensa fosse trabalhar um caso antigo, teria que saber se tem interesse público ou histórico, ou ter alguma autorização por parte das pessoas envolvidas. é um parâmetro muito elástico. E a imprensa não é livre se tiver de ter esse tipo de autorização. Não há espaço no constitucional brasileiro desse tipo de alegação”.

A restrição em reportar fatos históricos tem sido imposta em decisões de tribunais inferiores, numa afronta à liberdade de imprensa e ao direito à informação.

No ano passado, por exemplo, o UOL foi condenado pela 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), por 3 votos a 2, a indenizar um bacharel em Direito em R$ 30 mil por ter relatado um crime cometido em 1994 pela irmã dele contra os próprios pais — um caso que foi comparado ao de Suzane von Richthofen, já que além de as vítimas serem de classe média alta, elas foram executadas enquanto dormiam, com a participação do namorado da irmã do rapaz.

O relator designado foi o desembargador Coelho Mendes. Para ele, não há “motivo para a manutenção da notícia, que não trás (sic) informação de cunho social relevante, senão fato que marca negativamente a vida” do bacharel.

Mendes disse que ao sopesar o conflito de interesses entre a liberdade de informação e o direito à intimidade, o magistrado deve considerar o grau de utilidade pública, a atualidade da notícia, dentre outros fatores.

Definição do conceito

Luis Fernando Moncau dedica anos de pesquisa a respeito do tema. Para ele, no Brasil, a expressão ainda suscita uma série de elementos que não querem dizer exatamente o que seria um direito ao esquecimento. “Fala-se sobre banco de dados, negativados, Código de Defesa do Consumidor, ressocialização, tem quem fale que habeas data é direito ao esquecimento. Faz-se uma confusão”, diz. Assim, para ele, o STF tem a oportunidade de delimitar o conceito.

“A minha preocupação é que a gente, por usar uma expressão nova, que empresta força renovada para alguns preceitos, acabe decidindo casos que teriam outro resultado se fosse julgado na base do direito à intimidade. Neste caso, há interesse público, foi amplamente veiculado. Se fosse pelo ângulo do direito à intimidade o pedido de remoção não vingaria, mas se você traz o direito ao esquecimento, considera-se de outra forma”, exemplifica.

Para o pesquisador, os traços em comum no debate que se relacionam com direito ao esquecimento seria a existência, em primeiro lugar, de uma informação. “Assim, afasta-se outras coisas que são chamadas de direito ao esquecimento e não o são, como maus antecedentes, prescrição”, diz. Além disso, essa informação teria de ter sido afetada de alguma forma pelo tempo, já que não se poderia falar nesse direito para algum episódio muito recente. Por fim, seria uma informação veiculada de forma lícita, ou seja, não é mentira, difamação, ou violação de intimidade.

Assim, os ministros terão de ponderar sobre o efeito jurídico da passagem do tempo: o tempo pode operar sobre a ideia de interesse público? De pessoa pública? O caso europeu trata de indexação em ferramentas de busca, enquanto o brasileiro é sobre televisão. Moncau afirma ter preocupação de que haja uma importação da discussão feita lá, com outras bases e outros fundamentos, para o contexto local.

Caso Aída Curi

O caso concreto que chegou ao STF foi o de Aída Jacob Curi. Ela nasceu em Belo Horizonte, se mudou para Goiás e, de lá, para o Rio de Janeiro com a família. Conheceu Ronaldo Guilherme de Souza Castro, 19 anos, em 14 de julho de 1958, em Copacabana. Na mesma tarde, Aída subiu com Ronaldo até a cobertura de um prédio, onde foi espancada e estuprada por Ronaldo e dois amigos. Quando ela desmaiou, eles tentaram simular um suicídio, a empurrando do parapeito. O assassinato de Aída Curi ficou marcado como o acontecimento que representou o fim da inocência do bairro de Copacabana.

O caso foi dramatizado pela TV Globo em 2004, no programa Linha Direta Justiça. A família da vítima, então, foi à Justiça pedir uma indenização pelo fato de o crime ter sido relembrado, encenado e transmitido em cadeia nacional, enquanto os parentes gostariam de esquecer a brutalidade pela qual Aída Curi passou.

Ainda que no caso concreto a discussão gire em torno de um programa de televisão, as instâncias inferiores já vêm discutindo o tema no contexto da internet, bem como o próprio Supremo já incluiu este outro ambiente no debate. O ministro Dias Toffoli, relator do caso, chamou uma audiência pública sobre a matéria em 2017.

Proteção à memória

Da forma como se coloca no Brasil, o direito ao esquecimento pode, segundo a advogada que representa a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) Tais Gasparian, afetar o direito à memória da nação. “O tal direito ao esquecimento também atenta contra a proteção de arquivos. É um direito constitucional, previsto, um princípio de guarda e proteção de arquivos, bibliotecas e, com isso, se guarda a história de um povo. Pretender que não se fale mais, que se retire de internet, atenta também contra a proteção e guarda de arquivos”, aponta.

Para ir além, ela explica que, mesmo no caso de Aída Curi, a demanda não teria cabimento. Isto porque a questão do direito ao esquecimento não foi suscitada desde o começo, mas passou a ser usada no fim da tramitação do caso na segunda instância. De início, a família buscava uma indenização pela exposição da história.  “Isso já me faz pensar que essa questão do direito ao esquecimento é amplamente oportunista neste processo. se tivessem pago um valor, não teria esse pedido.”

Da mesma forma, ela ressalta que o arquivo do episódio do Linha Direta não está disponível. Mesmo ela, enquanto advogada que atua no caso enquanto amicus curiae, não tem acesso às imagens. “Trata-se, então, de impedir que se fale de Aída, não de esquecer. Não fosse por nada disso, ainda tem a configuração da censura prévia, porque não se pode mais falar da pessoa. Viola-se o direito à memória de um país, de uma nação, de uma condição feminina, de um crime grave, que marcou uma geração, viola-se diversos preceitos constitucionais”, enfatiza.

No Supremo

O STF tem uma longa tradição da defesa da liberdade de imprensa, de informação, de manifestação. Ainda que, no que concerne às discussões sobre internet a Corte não teve muitas oportunidades de fortalecer jurisprudência, os especialistas são otimistas de que o plenário vai seguir a linha construída até aqui.

No início deste mês, em evento feito pela Abraji, o ministro Alexandre de Moraes adiantou posição que pode apresentar no julgamento. A respeito de pessoas que pedem a veículos de comunicação que retirem do ar reportagens antigas, sobre eventuais crimes cometidos, ele disse se tratar de discussão complexa, mas se colocou contra a possibilidade: “Não se pode apagar o passado”.

Antes de Moraes chegar à Corte, o colegiado decidiu, por unanimidade, que a publicação de biografias não autorizadas não fere a Constituição. Ao julgar a ADI 4.814, o plenário julgou ser inconstitucional a exigência de autorização prévia para a publicação de biografias. O precedente é apontado como importante para a discussão em jogo no dia 30 de setembro.

Ser esquecido

Um acórdão recente, de 15 de setembro, é outro exemplo de como o tema é amplo e pode ser acionado em diferentes circunstâncias, enquanto não há definição mais clara. A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou um pedido a um homem condenado em 2008 por estupro de uma menina de 9 anos, e que, agora, em liberdade provisória, quer ter este fato esquecido por ter dificuldade de encontrar trabalho.

O homem acionou a Justiça contra o Google e a Microsoft para que as empresas retirassem dos sites de busca os links que remetiam à notícia do crime. Ele afirma que ingressou com ação de revisão criminal para tentar provar inocência, e que não consegue recolocação no mercado e consequentemente alimentar sua família de forma digna, por causa da notícia. O homem, então, apela ao direito ao esquecimento em nome da dignidade da pessoa humana. O caso tramita em segredo de Justiça com o número 1000007-49.2019.8.26.0344.

“A primeira ideia que me ocorreu quando da leitura da inicial, foi a de associar a pretensão do ofendido à conduta de alguém que, desejando não se lembrar de algo que a desagradou quando da leitura de um livro, resolve apenas rasgar seu índice, para que ele não mais lhe remeta àquele assunto, deixando todo seu conteúdo, todavia, intocado”, disse o desembargador.

Publicado por JOTA

28 set
Banco Nacional de Empregos: Vagas em TI disparam 63% na pandemia

Escola de tecnologia aplicada

O desemprego segue em alta no Brasil, com 13 milhões de desocupados, ou 13,6% da população ativa do país. Mas não para todos. Para os profissionais ligados a áreas de tecnologia da informação, o ritmo é de aquecimento no mercado de trabalho, com alta de 63% segundo levantamento do Banco Nacional de Empregos, um portal de currículos com 135 mil empresas cadastradas.

Segundo esse levantamento, enquanto no ano passado, de janeiro a setembro, foram abertas 8.049 vagas, no mesmo período em 2020 a procura chegou a 12.682 postos – daí a alta de 63%.

Também de acordo com essa pesquisa, os estados de São Paulo (5.793), Santa Catariana (1.378), Paraná (1.105), Rio Grande do Sul (1.020) e Rio de Janeiro (858) são os que oferecem mais vagas no setor. Comparado com o ano passado, o aumento das vagas de TI em São Paulo foi de 138%.

“Com a maior opção por serviços delivery, internet e e-commerce, áreas diretamente ligadas à tecnologia tornaram-se necessárias dentro das empresas para que o atendimento continuasse acontecendo, o que consequentemente responde esse aumento de vagas na área de tecnologia”, aponta a pesquisa do BNE.

Publicado por Convergência Digital 

25 set
Veja como estruturar seu Planejamento Comercial para 2021

Escola de negócios e gestão

Já sabe como estruturar seu planejamento comercial para 2021? Descubra como estruturar seu plano para a retomada

Depois de um primeiro semestre nebuloso, a economia brasileira começa a dar sinais de melhora.

Mesmo com a queda do PIB no primeiro semestre, o Brasil figura entre os emergentes que menos sofreram prejuízos financeiros com a crise, tendo melhores perspectivas de recuperação econômica para o próximo ano.

Por que falar sobre planejamento comercial de 2021 agora?

Desde a data de publicação deste artigo, ainda faltam  meses para acabar o ano, então por que falar sobre o planejamento comercial em 2021?

Com o fim do ano chegando, é fundamental que as empresas já comecem a formular quais serão seus objetivos para continuar crescendo em 2021. Ou mesmo retomar o crescimento após o impacto da quarentena.

Algumas lideranças do mercado já estão preparando seus setores de geração de receita para já chegarem no próximo ano armados das estratégias, táticas e métodos necessários para a retomada.

Por isso, se você ainda não está se planejando para 2021, é melhor começar agora. E, para te ajudar nesse processo, separamos o planejamento comercial em 5 etapas:

  • Definição de objetivos;
  • Definição de estratégias;
  • Definição de táticas;
  • Operação comercial;
  • Métodos de controle e manutenção.

Essa divisão vai ajudar que você consiga cobrir todos os pontos para chegar mais preparado no início do próximo ano. Descubra o que cada uma dessas fases representa:

1. Definição de objetivos

Para começar o planejamento comercial para 2021, é necessário pensar se perguntar primeiro: quais serão os planos para o ano que vem?

Você quer aumentar as vendas simplesmente? Precisa melhorar a taxa de conversão? Seu processo ainda não é escalável o suficiente?

Essas são algumas perguntas que você, como gestor de vendas, pode se perguntar para começar o planejamento para 2021. Caso você atue diretamente nas vendas, também é muito importante ter objetivos para continuar se aprimorando.

Afinal, o modelo de empresa escalável não deve partir apenas da gestão. A própria equipe de vendas pode contribuir para a melhor gestão do processo ao controlarem seus próprios números e conseguir melhores resultados.

Quais KPIs seguir?

Existe uma diversidade de indicadores que podem te ajudar a medir os resultados do seu próximo ano, mas o importante é que você não se perca em meio aos números.

Para manter o foco no seu planejamento, é importante definir algumas métricas primárias que vão orientar seu desempenho geral e métricas secundárias que vão te ajudar a fazer análises mais aprofundadas.

Dessa forma, se uma métrica primária não for atendida, você pode olhar para as métricas secundárias para entender o que pode ter acontecido.

Exemplificando melhor como essas métricas conversam entre si, pense que cada métrica primária é o disjuntor geral de um apartamento e cada métrica secundária é um disjuntor dos componentes elétricos de cada apartamento.

Se houver apagão em um dos apartamentos, você vai saber que houve algum problema. Contudo, sem os disjuntores dos componentes elétricos, vai demorar muito mais tempo para entender onde que esse problema surgiu.

Então você precisa de ambos, primeiro para saber quando ocorrer algum “apagão” na sua equipe e, depois, para entender o motivo do “apagão”.

Exemplos de métricas

Para ajudar no seu planejamento comercial para 2021, separamos alguns exemplos de métricas para você acompanhar as vendas.

Lembrando que esses indicadores podem mudar dependendo do seu modelo de negócio e, principalmente de quais objetivos você busca mais.

Volume de vendas

  • Número de oportunidades geradas por marketing;
  • Taxa de conversão dos vendedores;
  • Ticket Médio.

Duração do ciclo de vendas

  • Média de abordagens por negócio;
  • Tempo médio de cada etapa da venda;
  • Perfil dos clientes atendidos.

Taxa de conversão de vendas

  • Taxa de conversão de cada etapa;
  • Taxa de conversão de cada vendedor;
  • Motivos de perda.

2. Definição das estratégias

Certo, agora que você já tem seus objetivos, chega o momento de traçar quais estratégias você pode utilizar para cumprir com esses objetivos.

Seja aumentar as vendas, diminuir o ciclo ou aumentar a eficiência da equipe, você precisa pensar em como é possível colocar isso em prática.

Assim como em qualquer modelo de negócio, as estratégias vão variar muito de acordo com o tipo de cliente que você busca atrair, qual a sua cobertura atual e qual produto ou serviço você está ofertando.

Tenha um conhecimento aprofundado do seu cliente

Em tempos que se fala tanto em sucesso do cliente, isso não deveria se novidade, mas a melhor forma de conseguir fazer sua empresa crescer é entender para quem você está vendendo.

Por mais que a sua carteira tenha clientes de diversos segmentos, comece a buscar por padrões que mostram quais clientes estão trazendo mais lucro e quais ficam mais satisfeitos com seus serviços.

Depois que definir seu Perfil de Cliente Ideal, comece a entender como ele se comporta, onde ele costuma frequentar e quais são os assuntos de interesse dele. Assim, sua equipe de vendas pode encontrá-los com mais facilidade e agir de forma mais eficiente com essas contas.

Veja o que os outros estão fazendo

Caso esteja buscando uma expansão de um segmento ou região que você ainda não conhece, veja o que a concorrência está fazendo e converse com parceiros que atuem no mesmo mercado.

Sua empresa não precisa ser pioneira em tudo. Aprender com a experiência de outros negócios vai te revelar algumas estratégias já comprovadas que vão guiar sua estratégia e te oferecer melhores oportunidades de sucesso.

Organize a casa

Antes dar um passo rumo a um novo mercado, certifique-se que você realmente tem tudo organizado na sua equipe de vendas.

Você tem visibilidade real sobre os resultados do seu time? Todos os dados estão corretamente preenchidos? Você tem os colaboradores certos para a estratégia que você busca.

Dimensionar a equipe de vendas e, antes disso, ter visibilidade sobre a performance de cada membro são dois fatores importantes para o sucesso da sua estratégia.

Defina metas SMART

Não podemos esquecer que as metas precisam estar em dia para que sua equipe possa se manter motivada a sempre ir além todo mês.

Um método muito utilizado é pensar em métricas SMART:

  • S (específica);
  • M (mensurável);
  • A (atingível);
  • R (relevante);
  • e T (temporal).

Não vamos entrar em maiores detalhes aqui, até para o texto não ficar tão longo, mas, em linhas gerais, recomendamos para que você:

  • analise os resultados do passado;
  • entenda a curva padrão de crescimento/queda em cada período;
  • e pense até onde é possível ir com o seu time sem colocar expectativas inatingíveis ou abstratas demais.

Defina métricas de sucesso

Independente da estratégia escolhida no seu planejamento comercial em 2021, é importante que você tenha números que mostrem se a sua estratégia foi implementada com sucesso ou não.

Também é interessante que você separe alguns indicadores diferentes daqueles definidos nos objetivos. Afinal, uma estratégia pode ser bem implementada e ainda assim não conseguir os resultados que você buscava.

Um exemplo é o projeto de implantação de um CRM para aumentar as vendas. Se as vendas aumentaram, mas ninguém atualiza a plataforma, não foi o CRM que ajudou nesse resultado.

Agora que você tem as suas estratégias, chega hora de definir as táticas que vão oferecer a estrutura para seu negócio.

3. Definição das táticas

Seu planejamento já tem objetivos e as estratégias para tornar os objetivos possíveis, agora chega a hora de pensar na estrutura que vai apoio a esse processo.

Afinal, fazer planos é a parte “fácil”, por assim dizer. A realidade sempre foge das nossas expectativas e é por isso que você precisa ter táticas para blindar seu planejamento comercial dos imprevistos que vão aparecer.

Nesse contexto, principalmente quando pensamos em empresas em crescimento, estamos falando principalmente da padronização de processos.

O motivo disso é porque toda área tem a sua rotatividade. Pessoas entram e saem de uma empresa, mas é crucial que os processos não sejam repensados a cada alteração na equipe.

E é nesse ponto que surgem táticas para garantir que os processos vão se manter. Abaixo vamos deixar algumas táticas que podem te ajudar:

Estruturação do backoffice de vendas

Qual é o principal objetivo da área de vendas? Vender, certo? Mas sabemos que a área comercial vai muito além da negociação.

Agendar visitas, controle de estoque, geração de contratos, validação de crédito entre outras atividades vistas como burocráticas também fazem parte da rotina de vendas.

Creio que você não queira que seus melhores vendedores passem o dia preenchendo a papelada em vez de visitar clientes, certo? Então é aí que entra o backoffice.

Os funcionários que trabalham na “retaguarda” do processo de vendas fornecem todo o apoio para que a equipe do frontoffice possa se preocupar com a negociação somente.

Dessa forma, eles são uma opção para que processos sejam respeitados sem que isso prejudique os resultados da equipe de vendas.

Definir um plano de remuneração consistente

Sua equipe de vendas precisa sempre estar motivada para que as metas continuem a ser batidas. Essa não é uma tarefa fácil de cumprir e apenas aumentar a remuneração para garantir que a equipe fique motivada é um caminho arriscado no longo prazo.

Por isso, você precisa de uma política bem definida e que ainda sim motive seu time. Uma comissão agressiva ajuda a tornar a busca por resultados mais atraente, porém, sem um valor fixo, a rotatividade da equipe pode aumentar, dificultando a busca por resultados.

Outros fatores poderão entrar nessa dinâmica, como média do mercado, nível de senioridade da equipe e complexidade do produto, por isso é interessante comparar seu modelo com o de outros parceiros de mercado para verificar o que funciona melhor no seu negócio.

Padronização do processo comercial

Como falamos, a padronização é essencial para blindar sua empresa de imprevistos. Por isso, contar com ferramentas para padronização do processo comercial é mais do importante.

Essa organização pode se dar por meio de um funil de vendas, onde cada oportunidade deverá seguir uma sequência de atividades, mas os meios para estruturar esse funil são inúmeros.

Planilhas de Excel da equipe, sistemas de gestão de projetos e CRMs são alguns exemplos de plataformas que podem te ajudar nesse processo.

Então, agora que vimos todo o planejamento comercial mais teórico para 2021, chega o momento de irmos para a parte prática: a rotina da operação comercial.

4. Operação comercial

Não é apenas a parte administrativa que precisa de planejamento. A operação também precisa estar bem equipada de dados, técnicas e métodos para saber lidar bem com cada situação.

Dessa forma, existem algumas atividades que os vendedores podem se usar para orientar melhor a sua rotina:

Estudo do perfil do cliente

Não é fácil ser vendedor. Vendedores muitas vezes são vistos com suspeitas, como alguém que vai te passar a perna e vender algo que você não precisa.

Sabendo dessa suspeita, como eu faço para meus potenciais clientes confiarem mais em mim? Saiba tudo sobre ele antes de começar qualquer conversa.

Se você já tem alguma experiência com um segmento ou um perfil de cliente específico, sabe que muitas vezes as necessidades se repetem. Por mais que cada empresa tenha seu cenário com aquele problema, a solução acaba sendo similar em muitos casos.

E, uma vez que você enxerga esses padrões, fica muito mais fácil gerar autoridade e até se aproximar do seu cliente. Ao saber de antemão como você pode ajudá-lo, fica muito mais fácil vender a solução.

Mapeamento de objeções

Assim como as necessidades se repetem muito, as objeções também costumam apresentar padrões entre si.

É esperado que muitos clientes reajam com desconfiança dos vendedores num primeiro momento e se você trabalha na linha de frente deve estar acostumado com algumas frase como:

  • Não temos orçamento para isso neste momento;
  • Não é prioridade;
  • Estamos desenvolvendo isso internamente.

Esses são alguns exemplos de objeções comuns, mas elas podem se multiplicar dependendo do seu segmento de atuação. E como você lida com elas? Planejando com antecedência

Como queremos mostrar neste texto, o vendedor também pode se preparar mapeando cada objeção e ensaiando alguns métodos para contorná-las. Assim, ele fica pronto para lidar com qualquer situação.

Técnicas de persuação

Se você já conhece o Livro As Armas da Persuasão do Cialdini, já deve conhecer o termo “gatilhos mentais“. Eles são nada mais do que técnicas para ativar o instinto do cliente e fazer com que ele agilize a negociação.

Como o mérito deste artigo não é falar sobre cada um dos gatilhos, vamos apenas deixar uma lista com alguns exemplos de gatilhos:

  • Reciprocidade: você faz algum favor para o cliente e ele se sente forçado a retribuir;
  • Compromisso: seu cliente já demonstrou algum compromisso, então agora ele tem que cumprir com o prometido;
  • Prova social: outras pessoas já usaram o produto/serviço e já aprovaram, logo a solução é segura;
  • Autoridade: sua empresa possui uma série de certificados e é especialista naquele segmento, sendo a escolha mais segura;
  • Escassez: uma condição especial precisa ser aproveitada em um determinado tempo ou não estará mais disponível.

Esses são apenas alguns exemplos de gatilhos mentais que você pode usar no dia a dia. Por isso é sempre bom estudar outras técnicas que podem te ajudar nesse processo.

E falando em estudo, vamos para a última seção do planejamento comercial para 2021.

Métodos de controle e manutenção

Falamos neste artigo que o planejamento nem sempre sai como esperado. Por isso, além da estrutura para manter a operação funcionando corretamente, é importante contar com métodos para garantir que, de tempos em tempos, você corrigirá os erros existentes nos processos.

Lembrando que isso não significa que você deva microgerenciar sua equipe, ainda mais numa área tão competitiva como a de vendas.

Existem algumas formas mais produtivas de garantir que o planejamento está sendo seguido da forma correta. Conheça alguns exemplos:

Capacitação do time

Pior do que perder um profissional bem capacitado é ficar preso a uma equipe acomodada. Então é fundamental que você treine sua equipe de tempos em tempos para garantir que eles estão seguindo as diretrizes definidas no início do planejamento.

Exemplos de ações de capacitação são:

  • Escuta da gravação das ligações;
  • Role play de vendas;
  • Treinos com colaboradores mais experientes.

Vincular metas aos relatórios

Sua equipe não preenche o sistema comercial como deveria ou os dados chegam inconsistentes com o balanço do mês?

Nesse caso, seguir a filosofia do “se não está registrado, então não existe” pode ser a melhor saída. Ao colocar a importância dos dados para a equipe, é essencial que ela não sirva apenas como uma orientação, mas uma obrigatoriedade.

Isso também não quer dizer que seus colaboradores tenham que ser forçados a lidar com toda a burocracia. Automatizar o registro de tarefas manuais ou contar com um backoffice podem ser algumas soluções para melhor a produtividade da equipe enquanto mantém os relatórios bem atualizados.

Disponibilize dashboards para o time

Resultados só podem ser medidos com números. Então não basta apenas fazer com que a sua equipe os registre, mas garantir que sua equipe lute por eles.

Disponibilize relatórios que mostrem que o esforço dos colaboradores está resultando no crescimento pessoal deles e da área com um todo.

Como gestor, você também precisa ter seu próprio painel para acompanhar no dia a dia.

Já tem tudo o que precisa para o planejamento comercial de 2021?

Esperamos que essas dicas te ajudem a se preparar melhor para a retomada no próximo ano. Lembrando que é sempre importante levar em consideração as especificidades do seu segmento para considerar cada ação.

 

Publicado por Rock Content 

23 set
Para onde olhar, que fundo escolher e outros conselhos para se sair bem numa entrevista de trabalho online

iCEV

A conversa a distância se torna cada vez mais habitual nos processos seletivos. Uma especialista nos conta como passar uma boa impressão e evitar contratempos

A necessidade de distanciamento social e a expansão do home office tornam cada vez mais habitual que as empresas convoquem os candidatos por chamadas de vídeo. Uma ferramenta que já estamos habituados a utilizar em contextos informais, com amigos ou colegas de trabalho —mas como devemos usá-la corretamente quando há um emprego em jogo?

Pensando naquelas pessoas que precisam encarar pela primeira vez um encontro desse tipo, elaboramos, com a ajuda de uma especialista em seleção de pessoal, um pequeno guia com vários aspectos a levar em conta.

Não subestime esse tipo de contato

A especialista em recrutamento Rosa Urraca lembra que uma entrevista por videochamada tem o mesmo valor e peso para a tomada de decisões que uma entrevista presencial. “.Portanto, a importância que devemos lhe dar deve ser a mesma, e não podemos subestimá-la em nenhum momento, apesar do meio que utilizamos para nos comunicar com nosso interlocutor (neste caso, entrevistador).”

Portanto, assim como fazemos antes de uma prova presencial, devemos nos preparar com cuidado para o momento e inclusive aumentar “nosso interesse e motivação para que a barreira interativa não seja tanta barreira”, afirma a especialista em RH.

Ensaie o olhar e a linguagem corporal

“Se não estivermos acostumados a utilizar esse meio, é recomendável visualizar-se previamente para estarmos seguros de como o entrevistador nos observa e de que nossa imagem está bem enquadrada na tela”, diz Urraca.

Nesse sentido, temos que situar a câmera na altura dos olhos e nos acostumar a dirigir o olhar à frente, e não para baixo, um erro muito habitual nesses casos. Também é aconselhável prestar atenção à nossa linguagem corporal e, como estaremos sentados, mostrar-se ereto. “Assim como numa entrevista presencial, os aspectos-chaves para podemos realizá-la com sucesso são, por um lado, a segurança que manifestamos (olhar nos olhos do interlocutor, postura erguida ou serenidade) e a segurança na transmissão de nossas ideias e conhecimentos”, afirma Urraca. Por outro lado, devemos mostrar motivação pela vaga ou projeto que estamos disputando, e esta “se verá manifestada, de maneira natural, numa expressão facial e corporal entusiasmada, positiva e apaixonada”.

Escolha um lugar neutro

Em uma entrevista por videochamada, tudo o que aparecer na tela será suscetível a ser julgado, então não custa dedicar um tempo para testar os diferentes enquadramentos e que impressões eles podem causar ao nosso interlocutor. O ideal é se situar diante de um fundo neutro, que não distraia a atenção do que importa. A iluminação também é um fator a levar em conta. Neste caso, o ideal é que ela incida de frente sobre nós, evitando o contraluz. Os profissionais também aconselham se situar a uma distância média e ficar bem centrado.

Algumas plataformas de videochamada, como Zoom, permitem modificar o fundo para simular um cenário diferente daquele onde estamos. Nesse caso, por se tratar de uma entrevista de trabalho, e não uma reunião mais informal, Urraca indica optar por um cômodo concreto, e não um ambiente fictício: “Considero que seja mais real estar localizado em um espaço que ofereça naturalidade, mas ao mesmo tempo ‘neutralidade’, para que o entrevistador não se veja influenciado pelo que o cômodo onde estamos transmite.”

Adapte seu vestuário ao estilo da empresa

O fato de não irmos até a sede da companhia não significa que não devamos planejar a roupa que vestiremos durante a entrevista. Segundo Urraca o que devemos fazer é “analisar a vaga de trabalho que estamos disputando e nos vestir de acordo com ela. Para isso, procuraremos informação prévia sobre a empresa, seus funcionários etc., e, mesmo se não pudermos ter acesso a isso, é preciso cuidar ao máximo da impressão que geramos ao interlocutor”.

Além de nos adaptarmos ao estilo de vestimenta da empresa em questão —mais ou menos formal— também se deve levar em conta que vamos ficar na frente de uma câmera. É recomendável, por exemplo, evitar objetos de listras que provoquem o temido efeito moiré, ou as cores muito escuras, que tendem a absorver a luz.

Tenha um plano B para um possível contratempo

Durante a pandemia, com o aumento das reuniões por videoconferência, sucedem-se as imagens de interrupções caseiras de entrevistas ou reuniões. A especialista em RH indica que, se temos que encarar uma entrevista de trabalho, “devemos, por todos os meios, evitar que isto aconteça, controlando todos os fatores que estão em jogo: preparar previamente a conexão, reservar esse tempo para estarmos sozinhos sem interrupções etc.”.

Mesmo assim, é possível, por exemplo, que a conexão à Internet falhe, então “o ideal é estarmos preparados para o que possa ocorrer e oferecer ao entrevistador outro meio para poder supri-lo: entrevista telefônica, via WhatsApp, outras plataformas disponíveis… Ou seja, propor de maneira ativa uma solução rápida para que o entrevistador não deixe de valorizar nosso interesse a todo momento por essa vaga ou projeto”, explica Urraca.

Publicado por El País

18 set
O que é legaltech e lawtech e como beneficiam os advogados?

Escola de direito aplicado

O que você sabe sobre lawtech, também conhecida como legaltech? No último ano esses termos conquistaram cada vez mais espaço, dentro e fora da internet, em colocações e debates sobre o futuro da advocacia.

Assim como as fintechs – combinação de financial (finanças) e technology (tecnologia) – fizeram com o setor financeiro e bancário no Brasil, as lawtechs querem fazer (e estão fazendo!) com o mercado jurídico. Hoje em dia, se você recorre a soluções como Nubank ou GuiaBolso, ir a uma agência bancária para falar com seu gerente, usar caixa eletrônico para checar seu extrato e precisar superar obstáculos de atendimento para solicitar aumento de crédito são coisas do passado.

E é seguindo essa maré de revolução e evolução que as lawtechs estão transformando o mercado jurídico. Aliás, é muito provável que, agora mesmo, você esteja sendo impactado por essa nova realidade. Pensando nisso, preparamos este conteúdo especialmente para aproximar você do conceito e das soluções das lawtechs ou legaltechs.

Mas o que é legaltech ou lawtech, afinal?

Abreviação de Legal Technology – law (advocacia) e technology (tecnologia) –, o termo lawtech é usado para nomear startups que criam produtos e serviços de base tecnológica para melhorar o setor jurídico. Essa é a explicação curta.

Trazendo para o universo prático, podemos dizer ainda que lawtechs (ou legaltechs) são empresas que desenvolvem soluções para facilitar a rotina dos advogados, conectar cidadãos ao direito e mudar, em menor ou maior grau, a forma de atuação do poder Judiciário.

Software de gestão para advogados e escritórios de advocacia, serviços que se baseiam em dados para facilitar acordos judiciais, plataformas que promovem o encontro do cliente com o advogado mais qualificado para seu caso. Todas essas soluções existem e foram criadas por lawtechs brasileiras. O software para advogados Astrea, desenvolvido aqui na Aurum, também é uma dessas soluções.

O cenário contribui para o desenvolvimento das lawtechs

A Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) já conta que, atualmente, existem mais de 50 startups jurídicas no Brasil. Ao que tudo indica, esse número não vai parar por aí.

O mercado está crescendo e, com isso, novas soluções estão sendo criadas para tornar a sua vida mais fácil. Só para ilustrar esse nosso papo, em 2010, os portais Angel List e Crunch Base contabilizavam menos de 20 legaltechs. Oito anos depois, o mundo conta com mais de 1500 startups atuando no segmento jurídico.

Aqui no Brasil, o desenvolvimento do mercado se deve a dois fatores principais: o avanço na modernização do setor jurídico (processos e peticionamento eletrônico são alguns exemplos) e a formação de novos advogados a cada ano. Quando você percebe que os jovens advogados de hoje lidam com a tecnologia de forma muito mais natural do que as gerações anteriores, entender a recente “aceleração” no processo de modernização do setor fica ainda mais fácil.

Que soluções as lawtechs estão criando e como elas beneficiam os advogados?

Até aqui, deu para entender que lawtech e legaltech têm o mesmo significado e representam as startups voltadas para soluções da rotina jurídica, certo? Então, chegou a hora de conhecer como as soluções criadas por essas empresas realmente beneficiam o seu cotidiano.

Atualmente, as lawtechs brasileiras estão divididas em sete categorias. Como o nosso objetivo é desvendar o universo das legaltechs e solucionar suas principais dúvidas, vamos explicar cada um dos grupos.

Automação e Gestão de Documentos

Nós até procuramos, mas não encontramos nenhum estudo que tivesse medido o tempo gasto com a criação e o preenchimento de documentos nos escritórios de advocacia. Infelizmente, vamos ficar devendo esse número, mas você deve concordar que essas tarefas consomem muitas horas da semana, não é mesmo?

Sabendo disso, algumas lawtechs criaram softwares de automação de documentos jurídicos e gestão do ciclo de vida de contratos e processos. O maior benefício que você pode ter com esse tipo de solução é a economia de tempo. Assim, o profissional e o escritório podem se dedicar mais às questões fundamentais da advocacia.

A Linte, por exemplo, se enquadra nessa categoria ao oferecer uma solução para gerenciar processos e contratos.

Gestão de Escritórios e Departamentos Jurídicos

Um escritório de advocacia é um negócio. E um departamento jurídico é uma das áreas mais importantes das grandes empresas. Para dar conta do volume de informações, da gestão de processos, de equipes, de clientes ou áreas da empresa, financeira e vários outros setores é preciso contar com uma ferramenta completa.

É nesse cenário que surgem os softwares de gestão para escritórios e departamentos jurídicos. A Aurum é um exemplo de lawtech focada nesse setor. A empresa desenvolve o Astrea, voltado para advogados autônomos e escritórios de advocacia e o Themis, destinado a departamentos jurídicos.

Os benefícios para quem utiliza esse tipo de ferramenta são muitos e vão desde produtividade até o aumento no faturamento do escritório. Como essa é a área que nós mais dominamos, temos muitos conteúdos aqui no blog sobre os benefícios de um bom software jurídico. Se você se interessa pelo o assunto, vale a pena dar uma olhada nos artigos da categoria “Software jurídico”.

Analytics e jurimetria

A partir da coleta e da análise de dados jurídicos, algumas lawtechs oferecem soluções que contribuem para o entendimento de como os casos são julgados. Algumas plataformas conseguem medir, inclusive, a porcentagem de êxito de um processo baseado em jurisprudência.

Um exemplo de lawtech desse setor é a Digesto, um serviço de busca de jurisprudência e organização de repositório.

Resolução de conflitos online

Muitas vezes, o caminho do processo judicial é lento e não garante o direito do seu cliente. Sabendo disso, algumas lawtechs criaram soluções dedicadas à resolução de conflitos. Por meio de softwares específicos para isso, é possível contar com as ferramentas online para mediação, arbitragem e negociação de acordos.

Um exemplo é a Sem Processo, que busca celebrar acordos diretamente com as empresas sem a necessidade de ir à Justiça.

Conteúdo Jurídico e Consultoria

Se manter atualizado sobre sua área de atuação e saber o que está acontecendo no mercado jurídico como um todo é essencial para a sua carreira e para a saúde do seu negócio jurídico, certo? É por isso que existem sites de notícias para advogados, portais de informação e legislação.

Empresas de consultoria, com serviços que vão desde a segurança da informação até a assessoria tributária, também entram nessa categoria. O Jusbrasil é um bom exemplo de lawtech desse grupo.

Extração e monitoramento de dados públicos

Quanto mais os dados públicos se tornam disponíveis virtualmente, mais oportunidades as lawtechs têm de reunir e organizar essas informações para beneficiar os advogados. Um exemplo disso são as ferramentas de monitoramento e gestão de informações públicas, como andamentos, legislações, publicações e documentos cartorários.

A upLexis é uma lawtech que oferece esse tipo de solução para proporcionar inteligência de negócios para gestores que precisam tomar decisões de forma estratégica.

Redes de Profissionais

Você já pensou em como a tecnologia pode ajudar na prospecção de clientes? As lawtechs do grupo de Redes Profissionais, já. Empresas desse setor criam redes de conexão entre profissionais do direito, facilitando que os advogados conquistem clientes e pessoas ou empresas encontrem um representante para seus casos.

Um exemplo de legaltech desse nicho é a Jurídico Certo, que permite o encontro de advogados e correspondentes jurídicos em todo o Brasil.

Conclusão

Quando falamos em legaltechs, novas tecnologias e soluções para melhorar o sistema jurídico, é muito comum surgir a pergunta “as máquinas vão roubar o emprego dos advogados?”. A resposta é não. Em uma entrevista para o nosso blog, Bruno Feigelson, presidente da AB2L, explicou por que isso não vai acontecer e falou mais sobre o presente e o futuro da tecnologia para advogados. Se você se interessa pelo assunto, vale muito a pena conferir o bate-papo.

Assim como o Bruno esclareceu na entrevista e nós endossamos sempre por aqui: a tecnologia existe para valorizar o tempo dos advogados. Dessa forma, é possível priorizar questões realmente importantes, como o atendimento ao cliente, o marketing jurídico, a definição de estratégia e várias outras questões que necessitam de inteligência tática.

Publicado por Aurum 

16 set
Unity IPO aims to fuel growth across gaming and beyond

Escola de tecnologia aplicada

A look at its core offerings and revenue streams

Image Credits: Nigel Sussman

Unity Software Inc. is set to list on the New York Stock Exchange this month, following its S-1 filing two weeks ago. The 16-year-old tech company is universally known within the gaming industry and largely unknown outside of it. But Unity has been expanding beyond gaming, pouring hundreds of millions of dollars into a massive bet to be an underlying platform for humanity’s future in a world where interactive 3D media stretches from our entertainment experiences and consumer applications to office and manufacturing workflows.

Much of the press about Unity’s  S-1 filing mischaracterizes the business. Unity is easily misunderstood because most people who aren’t (game) developers don’t know what a game engine actually does, because Unity has numerous revenue streams, and because Unity and the competitor it is most compared to — Epic Games — only partially overlap in their businesses.

Last year, I wrote an in-depth guide to Unity’s founding and rise in popularity, interviewing more than 20 top executives in San Francisco and Copenhagen, plus many other professionals in the industry. In this two-part guide to get up to speed on the company, I’ll explain Unity’s business, where it is positioned in the market, what its R&D is focused on and how game engines are eating the world as they gain adoption across other industries.

In part two, I’ll analyze Unity’s financials, explain how the company has positioned itself in the S-1 to earn a higher valuation and outline both the bear and bull cases for its future.

For those in the gaming industry who are familiar with Unity, the S-1 might surprise you in a few regards. The Asset Store is a much smaller business that you might think, Unity is more of an enterprise software company than a self-service platform for indie devs and advertising solutions appear to make up the largest segment of Unity’s revenue.

What is a game engine?

Unity’s origin is as a game engine, software that is similar to Adobe Photoshop, but used instead for editing games and creating interactive 3D content. Users import digital assets (often from Autodesk’s Maya) and add logic to guide each asset’s behavior, character interactions, physics, lighting and countless other factors that create fully interactive games. Creators then export the final product to one or more of the 20 platforms Unity supports, such as Apple iOS and Google Android, Xbox and Playstation, Oculus Quest and Microsoft HoloLens, etc.

In this regard, Unity is more comparable to Adobe and Autodesk than to game studios or publishers like Electronic Arts and Zynga.

What are Unity’s lines of business?

Since John Riccitiello took over as CEO from co-founder David Helgason in 2014, Unity has expanded beyond its game engine and has organized activities into two divisions: Create Solutions (i.e., tools for content creation) and Operate Solutions (i.e., tools for managing and monetizing content). There are seven noteworthy revenue streams overall:

Create Solutions (29% of H1 2020 revenue)

  • The Unity platform: The core game engine, which operates on a freemium subscription model. Individuals, small teams and students use it for free, whereas more established game studios and enterprises in other industries pay (via the Unity Plus, Unity Pro and Unity Enterprise premium tiers).
  • Engine extensions: A growing portfolio of tools and extensions of the core engine purpose-built for specific industries and use cases. These include MARS for VR development, Reflect for architecture and construction use with BIM assets, Pixyz for importing CAD data, Cinemachine for virtual production of films and ArtEngine for automated art creation.
  • Professional services: Hands-on, specialized consulting for enterprise customers using Unity’s engine and other products. Unity expanded its consulting capacity further in April with a $55 million acquisition of Finger Food Studios, a 200-person team in Vancouver that builds interactive media projects for corporate clients using Unity.

Aside from these three product categories, Unity is reporting another group of content creation offerings separately in the S-1 as “Strategic Partnerships & Other” (which accounts for further 9% of revenue):

  • Strategic Partnerships: Major tech companies pay Unity via a mix of structures (flat-fee, revenue-share and royalties) for Unity to create and maintain integrations with their software and/or hardware. Since Unity is the most popular platform to build games with, ensuring Unity integrates well with Oculus or with the Play Store is very important to Facebook and Google, respectively, for example.
  • Unity Asset Store: Unity’s marketplace for artists and developers to buy and sell digital assets like a spooky forest or the physics to guide characters’ joint movements for use in their content so they don’t each have to design and code1 every single thing from scratch. It is commonly used, though larger game studios often use Asset Store assets just for initial prototyping of game ideas.

Operate Solutions (62% of H1 2020 revenue)

  • Advertising: Via the 2014 acquisition of Applifier, Unity launched an in-game advertising network for mobile games. This expanded substantially with the Unified Auction, a simultaneous auction that helps games get the highest bid from among potential advertisers. Unity is now one of the world’s largest mobile ad networks, serving 23 billion ads per month. Unity also has a dynamic monetization tool that makes real-time assessments of whether it is optimal to serve an ad, prompt an in-app purchase or do nothing to maximize each player’s lifetime value. While the Unity IAP feature enables developers to manage in-app purchases (IAP), Unity does not take a cut of IAP revenue at this time.
  • Live Services: A portfolio of cloud-based solutions for game developers to better manage and optimize their user acquisition, player matchmaking, server hosting and identification of bugs. This portfolio has primarily been assembled through acquisitions like Multiplay (cloud game server hosting and matchmaking), Vivox (cloud-hosted system for voice and text chat between players in games), and deltaDNA (player segmentation for campaigns to improve engagement, monetization and retention). There is also Unity Simulate for training AI models in virtual recreations of the real world (or testing games for bugs). Live Services products have usage-based pricing, with an initial amount of usage free.

Unity versus Unreal, versus others

Unity is compared most frequently to Epic Games, the company behind the other leading game engine, Unreal. Below is a quick overview of the products and services that differentiate each company. The cost of switching game engines is meaningful in that developers are typically specialized in one or the other and can take months to gain high proficiency in another, but some teams do vary the engine they use for different projects. Moving an existing game (or other project) over to a new game engine is a major undertaking that requires extensive rebuilding.

Epic Games

Epic has three main businesses: game development, the Epic Games Store, and the Unreal Engine. Epic’s core is in developing its own games and the vast majority of Epic’s $4.2 billion in 2019 revenue came from that (principally, from Fortnite). The Epic Games Store is a consumer-facing marketplace for gamers to purchase and download games; game developers pay Epic a 12.5% cut of their sales.

In those two areas of business, Unity and Epic don’t compete. While much of the press about Unity’s IPO frames Epic’s current conflict with Apple as an opportunity for Unity, it is largely irrelevant. A court order prevented Apple from blocking iOS apps made with Unreal in retaliation for Epic trying to skirt Apple’s 30% cut of in-app purchases in Fortnite. Unity doesn’t have any of its own apps in the App Store and doesn’t have a consumer-facing store for games. It’s already the default choice of game engine for anyone building a game for iOS or Android, and it’s not feasible to switch the engine of an existing game, so Epic’s conflict does not create much of a new market opening.

Let’s compare the Unity and Unreal engines:

Origins: Unreal was Epic’s proprietary engine for the 1998 game Unreal and was licensed to other PC and console studios and became its own business as a result of its popularity. Unity launched as an engine for indie developers building Mac games, an underserved niche, and expanded to other emerging market segments considered irrelevant by the core gaming industry: small indie studios, mobile developers, AR & VR games. Unity exploded in global popularity as the main engine for mobile games.

Programming Language: Based in the C++ programming language, Unreal requires more extensive programming than Unity (which requires programming in C#) but enables more customization, which in turn enables higher performance.

Core Markets: Unreal is much more popular among PC and console game developers; it is oriented toward bigger, high-performance projects by professionals. That said, it is establishing itself firmly in AR and VR and proved with Fortnite it can take a console and PC game cross-platform to mobile. Unity dominates in mobile games — now the largest (and fastest growing) segment of the gaming industry — where it has over 50% market share and where Unreal is not a common alternative. Unity has kept the largest market share in AR and VR content, at over 60%.

Ease of Authoring: Neither engine is easy for a complete novice, but both are fairly straightforward to navigate if you have basic coding abilities and put the time into experimenting and watching tutorials. Unity has prioritized ease of use since its early days, with a mission of democratizing game development that was so concentrated among large studios with large budgets, and ease of authoring remains a key R&D focus. This is why Unity is the common choice in educational environments and by individuals and small teams creating casual mobile games. Unity lets you see but not edit the engine’s source code unless you pay for an enterprise subscription; this protects developers from catastrophic mistakes but limits customization. Unreal isn’t dramatically more complex but, as a generalization, it requires more lines of code and technical skill. It is open source code so can be completely customized. Unreal has a visual scripting tool called Blueprint to conduct some development without needing to code; it’s respected and often used by designers though not a no-code solution to developing a complex, high-performance game (no one offers that). Unity recently rolled out its own visual scripting solution for free called Bolt.

Pricing: While Unity’s engine operates on a freemium subscription model (then has a portfolio of other product offerings), Unreal operates on a revenue-share, taking 5% of a game’s revenue. Both have separately negotiated pricing for companies outside of gaming that aren’t publicly disclosed.

Proprietary engines

Many large gaming companies, especially in the PC and console categories, continue to use their own proprietary game engines built in-house. It is a large, ongoing investment to maintain a proprietary engine, which is why a growing number of these companies are switching to Unreal or Unity so they can focus more resources on content creation and tap into the large talent pools that already have mastery in each one.

Other Engines

Other game engines to note are Cocos2D (an open source framework by Chukong Technologies that has a particular following among mobile developers in China, Japan, and South Korea), CryEngine by Crytek (popular for first-person shooters with high visual fidelity), and Amazon’s Lumberyard (which was built off CryEngine and doesn’t seem to have widespread adoption, or command much respect, among the many developers and executives I’ve spoken to).

For amateur game developers without programming skills, YoYo Games’ GameMaker Studio and Scirra’s Construct are both commonly used to build simple 2D games (Construct is used for HTML5 games in particular); users typically move on to Unity or Unreal as they gain more skill.

There remain a long list of niche game engines in the market since every studio needs to use one and those who build their own often license it if their games aren’t commercial successes or they see an underserved niche among studios creating similar games. That said, it’s become very tough to compete with the robust offerings of the industry standards — Unity and Unreal — and tough to recruit developers to work with a niche engine.

UGC Platforms

User-generated content platforms for creating and playing games like Roblox (or new entrants like Manticore’s Core and Facebook Horizon) don’t compete with Unity — at least for the foreseeable future — because they are dramatically simplified platforms for creating games within a closed ecosystem with dramatically more limited monetization opportunity. The only game developers these will pull away from Unity are hobbyists on Unity’s free tier.

I’ve written extensively on how UGC-based game platforms are central to the next paradigm of social media, anchored within gaming-centric virtual worlds. But based on the overall gaming market growth and the diversity of game types, these platforms can continue to soar in popularity without being a competitive threat to the traditional studios who pay Unity for its engine, ad network, or cloud products.

What’s at the forefront of Unity’s technical innovation?

DOTS

For the last three years, Unity has been creating its “data oriented technology stack,” or DOTS, and gradually rolling it out in modules across the engine.

Unity’s engine centers on programming in C# code which is easier to learn and more time-saving than C++ since it is a slightly higher level programming language. Simplification comes with the trade off of less ability to customize instruction by directly interacting with memory. C++, which is the standard for Unreal, enables that level of customization to achieve better performance but requires writing a lot more code and having more technical skill.

DOTS is an effort to not just resolve that discrepancy but achieve dramatically faster performance. Many of the most popular programming languages in use today are “object-oriented,” a paradigm that groups characteristics of an object together so, for example, an object of the type “human” has weight and height attached. This is easier for the way humans think and solve problems. Unity takes advantage of the ability to add annotations to C# code and claims a proprietary breakthrough in understanding how to recompile object-oriented code into “data-oriented” code, which is optimized for how computers work (in this example, say all heights together and all weights together). This is orders of magnitude faster in processing the request at the lowest level languages that provide 1s-and-0s instructions to the processor.

This level of efficiency should, on one hand, allow highly-complex games and simulations with cutting-edge graphics to run quickly on GPU-enabled devices, while, on the other hand, allowing simpler games to be so small in file size they can run within messenger apps on the lowest quality smartphones and even on the screens of smart fridges.

Unity is bringing DOTS to different components of its engine one step at a time and users can opt whether or not to use DOTS for each component of their project. The company’s Megacity demo (below) shows DOTS enabling a sci-fi city with hundreds of thousands of assets rendered in real-time, from the blades spinning on the air conditioners in every apartment building to flying car traffic responding to the player’s movements.

Graphics

The forefront of graphics technology is in enabling ray tracing (a lighting effect mimicking the real-life behavior of light reflecting off different surfaces) at a fast enough rendering speed so games and other interactive content can be photorealistic (i.e. you can’t tell it’s not the real world). It’s already possible to achieve this in certain contexts but takes substantial processing power to render. Its initial use is for content that is not rendered in real-time, like films. Here are videos by both Unity and Unreal demonstrating ray tracing used to make a digital version of a BMW look nearly identical to video of a real car:

To support ray-tracing and other cutting-edge graphics, Unity released its High Definition Render Pipeline in 2018. It gives developers more powerful graphics rendering for GPU devices to achieve high visual fidelity in console and PC games plus non-gaming uses like industrial simulations. (By comparison, its Universal Render Pipeline optimizes content for lower-end hardware like mobile phones.)

Next-gen authoring

Unity’s Research Labs team is focused on the next generation of authoring tools, particularly in an era of AR or VR headsets being widely adopted. One component of this is the vision for a future where nontechnical people could develop 3D content with Unity solely through hand gestures and voice commands. In 2016, Unity released an early concept video for this project (something I demo-ed at Unity headquarters in SF last year):

Game engines are eating the world

The term “game engine” limits the scope of what Unity and Unreal are already used for. They are interactive 3D engines used for practically any type of digital content you can imagine. The core engine is used for virtual production of films to autonomous vehicle training simulations to car configurators on auto websites to interactive renderings of buildings.

Both of these engines have long been used outside gaming by people repurposing them and over the last five years Unity and Unreal have made expanding use of their engines in other industries a top priority. They are primarily focused on large- and mid-size companies in 1) architecture, engineering, and construction, 2) automotive and heavy manufacturing, and 3) cinematic video.

In films and TV commercials, game engines are used for virtual production. The settings, whether animated or scanned from real-world environments, are set up as virtual environments (like those of a video game) where virtual characters interact and the camera view can be changed instantaneously. Human actors are captured through sets that are surrounded by the virtual environment on screens. The director and VFX team can change the surroundings, the time of day, etc. in real-time to find the perfect shot.

There are a vast scope of commercial uses for Unity since assets can be imported from CAD, BIM, and other formats and since Unity gives you the ability to build a whole world and simulate changes in real-time. There are four main use cases for Unity’s engine beyond entertainment experiences:

  1. Design & Planning: have teams work on interactive 3D models of their product simultaneously (in VR, AR, or on screens) from offices around the world and attach metadata to every component about its materials, pricing, etc. The Hong Kong International airport used Unity to create a digital twin of the terminals connected to Internet of Things (IoT) data, informing them of passenger flow, maintenance issues, and more in real-time.
  2. Training, Sales & Marketing: use interactive 3D content so staff or customers can engage with: a) photorealistic renderings of industrial products; b) VR trainings for risky construction situations; c) online car configurators that render custom designs in real-time; or d) an architect’s plan for new office space with every asset within the project filled with metadata and responsive to interaction, changes in lighting, etc.
  3. Simulation: generate training data for machine learning algorithms using virtual recreations of real-world environments (like for autonomous vehicles in San Francisco) and running thousands of instances in each batch. Unity Simulation customers include Google’s DeepMind and Unity teamed up with LG to create a simulation module specific to autonomous vehicles.
  4. Human Machine Interfaces (interactive screens): create interactive displays for in-vehicle infotainment systems and AR heads up displays, as showcased by Unity’s 2018 collaboration with electric car startup Byton.

Unity’s ambitions beyond gaming ultimately touch every facet of life. In his 2015 internal memo in favor of acquiring Unity, Facebook CEO Mark Zuckerberg wrote “VR / AR will be the next major computing platform after mobile.” Unity is currently in a powerful position as the key platform for developing VR / AR content and distributing it across different operating systems and devices. Zuckerberg saw Unity as the natural platform off which to build “key platform services” in the mixed reality ecosystem like an “avatar / content marketplace and app distribution store”.

If Unity maintains its position as the leading platform for building all types of mixed reality applications into the era when mixed reality is our main digital medium, it stands to be one of the most important technology companies in the world. It would be the engine everyone across industries turns to for creating applications, with dramatically larger TAM and monetization potential for the core engine than is currently the case. It could expand up the stack, per Zuckerberg’s argument, into consumer-facing functions that exist across apps, like identify, app distribution, and payments. Its advertising product is already in position to extend into augmented reality ads within apps built with Unity. This could make it the largest ad network in the AR era.

This grand vision is still far away though. First, the company’s expansion beyond gaming is still early in gaining traction and customers generally need a lot of consulting support. You’ll notice other coverage of Unity over the last few years all tends to mention the same case studies of use outside gaming; there just aren’t that many than have been rolled out by large companies. Unity is still in the stage of gaining name recognition and educating these markets about what its engine can do. There are promising proof points of its value but market penetration is small.

Second, the era of AR as “the next major computing platform after mobile” seems easily a decade away, during which time existing and yet-to-be-founded tech giants will also advance their positions in different parts of the AR tech, authoring, and services stack. Apple, Facebook, Google, and Microsoft are collaborators with Unity right now but any of them could decide to compete with their own AR-focused engine (and if any of them acquire Unity, the others will almost certainly do so because of the loss of Unity’s neutral position between them).

 

Published by Techcrunch

14 set
Como ler mais na era das redes sociais?

iCEV

São muitas distrações para aqueles que desejam mergulhar em um bom livro. Tem como melhorar essa realidade e ler mais?

“Tédio. Falta de criatividade. Confusão. Burrice. Conformismo. Desliga a televisão e vá ler um livro!”, falava o comercial da MTV exibido entre 2004 e 2005. A campanha a favor da leitura pode estar defasada do ponto de vista tecnológico — os celulares se tornaram os grandes inimigos da leitura –, mas a provocação continua relevante.

O Brasil é um dos países que mais dedicam tempo a internetredes sociais e aplicativos de celular. Segundo a quarta edição da pesquisa “Retratos da Leitura“, realizada em 2016 pelo Instituto Pró-Livro, a média de livros lidos por ano no país é de 2,43 por pessoa.

Para Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro, o índice é preocupante. “Infelizmente, estamos abaixo da média de países vizinhos nossos da América Latina como Argentina, Chile e Uruguai. Quando falamos dos EUA e de países da Europa e da Ásia, ficamos ainda mais para trás.”

Segundo Tavares, o número pequeno é consequência da falta de políticas públicas voltadas para o incentivo a leitura, cenário que melhorou nos últimos governos mas que segue defasado.

Ainda segundo a pesquisa, jovens são os que mais leem no Brasil+ O alto índice de leitura na juventude tem relação com as leituras obrigatórias nas escolas, mas não é só isso que explica o fenômeno. “Na Bienal do Livro de São Paulo, recebemos milhares de alunos de escola públicas. Eles ficam encantados com os livros, curiosos para descobrir o que há dentro das páginas”, relata Tavares.

Para o presidente da CBL, a criação de um hábito de leitura é fundamental para quem deseja ler. “Quem tem o hábito da leitura sempre vai encontrar um livro para ler”, afirma. Se os seus dias de leitor ficaram na juventude ou você não lê mais como antigamente, Gama aponta alternativas para driblar o celular e voltar a devorar páginas (de livros, não apenas de internet).

De acordo com a pesquisa “Retratos da Leitura”, 56% da população brasileira se declara como “leitora”

A sociedade dos leitores

A leitura pode ser um hábito solitário, mas isso não significa que não seja possível compartilhar a experiência com outras pessoas. Com o distanciamento social, o famoso — e antigo — clube do livro voltou com tudo.

Além dos clubes dos livros virtuais, outra prática que vem ganhando muita adesão são os clubes de leituras de editoras, onde é possível assinar um pacote e receber a cada mês um livro novo selecionado para você.

Circuito Ubu, clube de assinatura da editora Ubu, promete livros que dialoguem com debates contemporâneos da sociedade. Para Florencia Ferrari, diretora editorial da Ubu, os clubes oferecem uma experiência literária diferente para os leitores, criando uma comunidade de conhecimento no caminho.

“Uma das características desse modelo de negócio é que você não é escolhido pelo leitor, você entra dentro da casa da pessoa. Elas são surpreendidas por assuntos que talvez não escolhessem naturalmente.”

A curadoria de editoras talvez não seja a porta de entrada para quem não tem o costume de ler, mas pode ser útil para aqueles que já leem, mas desejam ler mais. “O clube em si não vai fazer milagre. Mas uma cultura de regularidade, de hábito de leitura, acaba contaminando a pessoa”, diz Ferrari.

Na área de assinantes do site, é possível encontrar textos de apoio, entrevistas e palestras relacionadas ao livro do mês. Além disso, os leitores interagem no grupo de Facebook da editora, combinam leituras e — em um passado recente — podiam ir juntos a cursos que a Ubu oferece para os assinantes.

Existem também as assinaturas desvinculadas de editoras. Como é o caso do “Clube do livro 451“, organizado pela revista Quatro cinco um; o “Leiturinha“, clube com o foco em literatura infantil; e a TAG, que seleciona livros focados em áreas como a de negócios. Nesse modelo, a curadoria oferta livros que já estão no mercado brasileiro — mas que não se encontram no radar das pessoas.

Segundo Ferrari, essas assinaturas (de editoras ou independentes) são capazes de criar um incentivo de comunidade: “As pessoas recebem o mesmo livro ao mesmo tempo, isso cria uma relação de pertencimento, coisa que você não tem normalmente com a compra do livro individual. É uma forma de incentivar”.

Tem que correr, tem que suar, tem que malhar

Duas vezes finalista do Prêmio Jabuti na categoria Formação de Novos Leitores e dona do canal de YouTube “Ler Antes de Morrer” — que conta com quase meio milhão de inscritos –, Isabella Lubrano faz resenhas de livros e dá dicas de como melhorar hábitos de leitura.

Parte da onda de BookTubers — YouTubers focados em livros — que abalou o mercado editorial brasileiro, seu principal conselho para aqueles que buscam aprimorar sua leitura é criar uma rotina. “Eu comparo o hábito de fazer leitura com o hábito de fazer exercício. Da mesma forma que não queremos nos exercitar, não queremos ler. Mas é preciso criar resistência.”

Para ela, é por meio da disciplina que se cria o condicionamento físico para vencer a falta de concentração. Uma rotina diária, com metas de leitura e objetivos claros pode ajudar, mas a YouTuber alerta que o momento perfeito para ler jamais vai existir: “Não fica esperando cair do céu o tempo livre, você tem que criar esse tempo na sua vida”. Para ela, é preciso priorizar o hobby se você deseja ler.

A Bíblia é o gênero mais lido pelos brasileiros, seguido por livros religiosos, contos e romances

Como driblar a tecnologia

Pesquisas apontam que os hábitos digitais estão prejudicando hábitos de leitura. Isso é especialmente verdade para jovens, que cada vez mais estão desacostumados com textos longos e críticos. Afinal, mensagens e textos curtos e rápidos dominam a internet.

As pessoas estão tendo cada vez mais dificuldades em se concentrar e processar textos complexos. É como se a habilidade de leitura se atrofiasse com o uso continuo e ininterrupto do celular, explica a neurocientista cognitiva Maryanne Wolf — que dá aulas na Universidade da Califórnia em Los Angeles — em entrevista a BBC Brasil.

Existem inúmeros formatos, jeitos e maneiras de se ler, mas o celular ainda é capaz de atrapalhar todas as alternativas. Felizmente, a vida real ainda não é um episódio de Black Mirror e é possível sobreviver a tentação dos Googles e Facebooks da vida.

Um ambiente tranquilo para ler pode solucionar seus problemas. Estabelecer horários e locais para ler pode ajudar, desde que o celular, e qualquer outro dispositivo eletrônico que não um e-reader, fique longe do alcance.

Se a coceira para checar o feed do Instagram for forte, é sempre possível usar o feitiço contra o feiticeiro. Entender como e onde o seu tempo no celular é gasto é o primeiro passo para uma leitura sem interrupções.

Aplicativos como Toggl, para iOs e o Social Fever, para Android, indicam quanto tempo alguém passa em cada rede social ou aplicativo. Com essas informações em mão, é possível traçar um plano.

As novas versões do sistema iOS vem com ferramentas que podem auxiliar o uso moderado do celular e existem os apps que emitem um alerta quando muito tempo é dedicado à um aplicativo; outros chegam a bloquear outros apps para que não sejam utilizados.

Outra ótima opção é comprar um eReader. Leves e práticos, os aparelhos são perfeitos para acomodar bibliotecas inteiras na palma da mão — e é comum ouvir compradores recentes se gabarem de como eles passaram a ler bem mais devido a praticidade do device.

Você já ouviu a palavra do livro?

Mesmo com diversas opções, ainda existem aqueles que se encontram sem tempo — ou sem paciência — para as páginas a serem enfrentadas em um livro. Para essas pessoas, a solução pode ser consumir literatura em um formato diferente.

O audiobook ainda é novo no Brasil, mas com o boom dos podcasts e um consumo cada vez mais alto de serviços de streaming de música, o futuro onde livros são escutados já é realidade.

Storytel, empresa sueca de audiobook, chegou ao Brasil ano passado e busca popularizar o formato que ainda engatinha por aqui. André Palme, o Country Manager da empresa no país, afirma que o perfil consumidor de audiobooks são de jovens, na faixa de 25-34 anos, que não tem o costume de ler livros.

“Nos audiobooks, falamos com um público que não lê muito, mas que usa outras mídias e vê no áudio uma maneira de consumir entretenimento.” Palme acredita que o áudio — multitarefa e presente no dia a dia das pessoas — tem a capacidade de romper certas bolhas, que por fatores históricos e comerciais, o livro não consegue romper. Além de criar um interesse posterior de compra e leitura do produto físico

Para ele, a literatura em áudio também oferece uma certa democratização. “As pessoas podem não saber ler ou podem ler e não entender, mas quando você conta uma história na oralidade, elas entendem.”

 

Publicado por Revista Gama

07 set
Os prós e os contras da nota de R$ 200

Escola de negócios e gestão

A inflação acumulada e os 'desbancarizados' estão por trás da criação da nova cédula, que, apesar de virar meme na web, reflete questões importantes

Foto: Raphael Ribeiro/BCB Banco Central/Divulgação

Apesar de a nota de 200 reais ter virado meme e ocupado os assuntos mais comentados do Twitter, também se discutem questões sérias sobre a economia brasileira em torno da nova cédula. De acordo com o Banco  Central, ela foi criada pelo mesmo motivo que as de 2 reais e de 20 reais, em 2001 e 2002, respectivamente: reduzir o custo de impressão e de logística do papel em um momento que a demanda pelo dinheiro em espécie aumentou.

 

Em 2020, serão impressas 450 milhões de unidades, em um valor total de 90 bilhões de reais, e ao custo de 146,25 milhões de reais. Com a crise da Covid-19, muitas pessoas sacaram mais dinheiro em espécie, principalmente do auxílio emergencial. O problema é que esses recursos não retornaram aos bancos ou circularam pela economia de forma normal, o que significa que ele está nas mãos do público, muitas vezes em suas casas.

 

“Não foi exclusividade do nosso país, outras nações viveram fenômeno semelhante. Em momentos de
incerteza, é natural que as pessoas busquem a garantia de uma reserva em dinheiro”, disse Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Esse fenômeno também é causado pela diminuição das transações presenciais no comércio. Apesar de uma tendência mundial, no Brasil a expansão do volume de dinheiro em circulação foi muito maior: de 6,6% em fevereiro para 35% em junho. Nos EUA, em doze meses ele passou de 4,5% para 11,3%, enquanto no Japão passou de 2,5% para 3,9%.

 

É claro que a novidade tem o seu lado positivo e reduzir os custos de impressão é um deles. Para se alcançar os mesmos 90 bilhões de reais em circulação com cédulas de 100 reais, por exemplo, o custo caria muito mais alto. Além disso, o transporte será facilitado uma vez que o volume é menor. Há, no entanto, do outro lado da moeda, muitos fatores negativos.

 

O fato de as pessoas estarem guardando mais dinheiro em espécie nesse momento de crise remete como o trauma causado em 1990 pelo confisco da poupança, no governo Collor, ainda está na memória da população. “É muito comum encontrar um idoso que não conta em bancos, porque eles não acompanharam toda a evolução do sistema financeiro”, diz Rachel de Sá, economista da XP Investimentos.

 

A inflação naquela época, por exemplo, era de 84% ao mês, e em agosto o IPCA 15 ficou em 0,23%. Mesmo que tenha sido ferida nas últimas décadas, ela ainda existe. Ao se observar a inflação acumulada, o real vem perdeu bastante valor desde maio de 2000. De forma que na época uma nota de 100 reais hoje corrigida pelo IPCA corresponderia a uma de 329,77 reais. Ou seja: quando o dinheiro fica guardado em espécie, ele deixa de render. “É muito ruim  manter o dinheiro no colchão, para a pessoa e para a economia como um todo. Isso reflete a falta de educação financeira”, diz Sá.

 

Outro ponto negativo desse fenômeno é que, na contramão dos objetivos do BC e do que ocorre nos países mais desenvolvidos, ainda há uma grande quantidade de brasileiros fora do sistema bancário. Para receber o auxílio emergencial, muitos cidadãos tiveram de abrir uma conta poupança na Caixa Econômica Federal. Eles, porém, simplesmente sacaram o dinheiro em espécie, afinal a conta poupança não é feita para transações correntes, e guardaram o valor fora do sistema financeiro. Isso tudo depõe contra a agenda de digitalização que vem sendo empreendida pelo BC.

 

No cenário negativo, é possível prever ainda as dificuldades que os comerciantes terão para conseguir dar troco aos seus clientes. Hoje ela já é grande com uma nota de 100 reais, imagine só com o valor dobrado. Por fim, há uma preocupação de que uma nota de maior valor vai facilitar o trabalho de quem deseja lavar altas somas de dinheiro, facilitando a vida dos corruptos que escondem da Justiça malas cheias de notas.

 

Publicado por Revista Veja 

 

04 set
Como aumentar a lucratividade de advogados em escritório

Escola de direito aplicado

Com o mercado jurídico cada vez mais competitivo, os profissionais que administram um negócio buscam garantir que ele cresça e se consolide. Para que isso aconteça é necessário possuir um bom planejamento que lhe auxilie a tomar as melhores decisões mirando aumentar a lucratividade dos advogados em escritório, porque é ela que irá dizer se os resultados dos serviços prestados estão atendendo os gastos e se há lucro.

Contudo, quando se fala em gestão financeira na advocacia, muitos pensam que é algo extremamente difícil e já se desesperam. Mas o que poucos sabem é que administrar um negócio exige muito do que você provavelmente já tem: organização e planejamento.

Em um processo, você não precisa ficar atento aos prazos? Não precisa desenvolver uma estratégia de defesa? Se atentar ao valor da causa? Então, na gestão financeira não é diferente. Nesse caso, você precisa ter atenção, traçar boas metas e ações que visam sempre aumentar a sua lucratividade, porque quanto maior, melhor para o escritório!

Então, quer saber como realizar o sonho de ser um advogado ou advogada rentável e com sucesso? É só conferir as 5 excelentes dicas práticas que o Juris preparou.

Reduza seus custos  

A nossa primeira dica é redução de custos, mas não é qualquer custo. Então, antes de tomar qualquer decisão, tenha sempre muita consciência de todas as despesas realizadas pelo escritório para que você não cometa o erro de cortar algo que fará falta futuramente.

Para te ajudar, organize os gastos por categorias – como, por exemplo, salários, aluguel, limpeza, suprimentos. Com isso, você conseguirá ver com mais clareza onde é possível fazer uma redução e, inclusive, poderá acompanhar mês a mês a evolução dessas despesas, então mantenha os dados sempre atualizados.

Lembre-se de que nem todas as despesas processuais são de responsabilidade do advogado ou advogada, e sim, do cliente. Por isso, veja quais foram os valores de honorários combinados entre as partes, porque pode ser que você esteja atribuindo como despesa valores que estão sendo pagos pelo cliente como locomoção, hospedagem, alimentação, fotocópias, entre outras que estão vinculadas indiretamente às despesas do processo.

Após essa análise, saber onde reduzir será muito mais fácil e você poderá fazer sem medo. Por exemplo, percebeu que a conta de luz está chegando acima do orçamento previsto? Converse com seus colegas de escritório sobre a importância da economia não só para a empresa, como também para o meio ambiente.

Observe onde ocorrem mais desperdícios, quais são as áreas que mais gastam energia e quais aprimoramentos devem ser aplicados para obter o resultado que você deseja. A instalação de sensores de movimento em locais como banheiro e recepção, por exemplo, é uma ótima ideia para reduzir custos.

Se quiser saber mais, o Juris possui um Guia de Redução de Custos para Escritórios de Advocacia  para transformar a gestão do seu negócio em uma experiência mais lucrativa, sem cair em armadilhas.

Além disso, uma boa opção de redução de custos e aumento de lucratividade, no que diz respeito à estrutura física, é por meio do coworking – um espaço de trabalho compartilhado. Nesses ambientes, muito utilizados por empresas e freelancers, as pessoas dividem as despesas gerais. Então, acaba sendo uma ótima oportunidade para aqueles que buscam não ter preocupações burocráticas como aluguéis, por exemplo, principalmente quando está iniciando um negócio.

Vale dizer que por ser um local onde várias pessoas de diferentes áreas e setores dividem o mesmo ambiente de trabalho, é possível criar uma ótima rede de networking. O que só tem a agregar para sua vida profissional!   

Marketing Jurídico 

Aposte no marketing jurídico, seus futuros clientes precisam conhecer você e  para isso você precisa ser visto pelo mercado. Diante de algumas restrições da OAB, muitos advogados ficam sem saber por onde começar e o que pode ser feito.

Segundo o Código de Ética e Disciplina da OAB e o provimento 94/2000 da OAB Federal, os advogados e advogadas podem publicar suas informações na internet, revistas, jornais, cartão de visita, mas por outro lado, não podem fazer propagandas em rádios, outdoors e panfletos.   

Então, respeitando as restrições, é possível planejar e colocar em ação várias formas de promover seu trabalho e, assim, aumentar sua lucratividade. Para começar, saiba em qual área você deseja atuar e especialize-se. A partir daí, tudo será mais fácil, porque você poderá começar a dar palestras para seu nicho, onde irá conhecer pessoas novas, o que também te auxilia a realizar o networking.

Além disso, crie sua marca! Algo que facilmente irá te identificar. Por exemplo, quando você pensa em um símbolo de uma maçã mordida. O que te lembra? Se isso te remete a alguma marca, é porque ela possui uma identidade visual bem-sucedida. Faça o mesmo para você! Daí é só padronizar, desde o papel timbrado com o nome e sua logomarca à decoração do escritório.

O ambiente virtual não pode ficar de fora! Crie um site e blog, ou tenha um perfil no Instagram, Facebook, Twitter Linkedin. Essas plataformas poderão ser vistas como uma extensão do seus serviços e é onde seus futuros clientes poderão conhecer sua formação, suas especialidades e seu contato (endereço/número de telefone), por isso é importante manter os dados sempre atualizados.

Para atrair ainda mais pessoas e aumentar a sua lucratividade, você pode criar conteúdos e divulgar em suas redes sociais, assim você poderá demonstrar quais áreas você domina e todo seu conhecimento. Mas, tome bastante cuidado com a poluição visual. Saiba escolher bem as cores e procure não escrever textos longos demais em plataformas como o Instagram, as pessoas costumam interagir mais com posts menores e objetivos.

E, lembre-se, quanto mais regulares forem as postagens, mais as pessoas irão acessar sua página!

Busque o seu aprimoramento 

Para se manter em um mercado de trabalho extremamente competitivo, é preciso se inovar e se atualizar sempre. Então, aprimore-se em sua área, faça cursos, participe de congressos, seja como palestrante ou ouvinte.

Em ambientes como congressos jurídicos e simpósios, você terá acesso a conteúdos atuais e relevantes, e também terá contato com profissionais de vários lugares e áreas. Então, poderá estabelecer relacionamentos que podem virar oportunidades de trabalho, parceria e trocas importantes de informações sobre interesses em comum.

Um profissional desatualizado não é lucrativo!

Expanda suas áreas de atuação 

Talvez seja hora de aumentar a equipe! Ao expandir as áreas de atuação, você pode: tornar-se especialista em outra área ou pode criar uma equipe multidisciplinar (o que também é ótimo!).

Isso mesmo, você pode contratar um advogado de apoio que irá te auxiliar no atendimento das necessidades de diferentes clientes. Para isso, um advogado ou advogada correspondente é ideal, uma vez que trata-se de um profissional capacitado e especialista em fornecer apoio logístico e suporte à causa, sem contar que você não precisará investir em espaço, ou seja, conseguirá aumentar a sua lucratividade.

Assim, ao contratar correspondentes você poderá aumentar a demanda sem prejudicar, contudo, a satisfação do cliente e a qualidade do serviço. Consequentemente, essa expansão de atuação já dá para ter um aumento de lucratividade de advogados em escritório porque irá aumentar o seu segmento de clientes.

Além disso, uma outra possibilidade é celebrar parcerias com outros escritórios que atuem em áreas similares à sua, gerando assim mais clientes para todos. Uma boa alternativa para aumentar a lucratividade dos advogados em escritório é focar em áreas como meio ambiente, tecnologia e internet, pois são ramos que tem crescido e podem gerar novas demandas e clientes.

Preste serviços de consultoria e assessoria 

Quem nunca teve alguma dúvida sobre um tema que não domina muito bem? A maioria das pessoas possuem dificuldades em analisar contratos, interpretar cláusulas e leis. Por isso, o serviço de consultoria e assessoria jurídica é uma boa forma de aumentar a sua lucratividade.

Mas você sabe o que significa prestar consultoria jurídica? Ou melhor, você sabe por que esse ramo da advocacia tem crescido nos últimos anos?

Bom, a consultoria é um serviço de apoio e age de forma preventiva. Isso quer dizer que consiste em desenvolver planejamentos, relatórios e prestar opiniões especializadas de como agir frente a algumas situações, justamente para evitar o litígio.

Ela pode abranger diversas áreas, variando de acordo com o ramo de atividade do cliente. Então pode ser:

  • Trabalhista;
  • Comercial;
  • Ambiental;
  • Tributário, entre outras;

Por exemplo, se você se identifica com Direito Tributário e deseja se tornar um consultor jurídico nessa área, provavelmente terá clientes que precisarão que você elabore relatórios e pareceres sobre a incidência tributária nos serviços ou produtos fornecidos por seu cliente.

A consultoria tem crescido muito nos últimos anos porque auxilia no crescimento das empresas, uma vez que com um consultor jurídico analisando as questões legais do empreendimento, permite que o seu cliente concentre seus esforços no core business (negócio principal).

Nesse sentido, a consultoria pode ajudar a aumentar a lucratividade dos advogados em escritório e a do seu cliente, uma vez que ambos estarão focando em atividades que geram lucro de forma estratégica.

Se interessou? Então estude diferentes assuntos, não se limite a uma única área e busque sempre conhecimento. Utilize a tecnologia a seu favor e, com isso, aumentará sua lucratividade!

Publicado por Blog Juriscorrespondente 

28 ago
Juros compostos: o que é e como utilizar ao investir

Escola de negócios e gestão

Muitos já devem ter ouvido falar sobre os juros compostos, mas não possuem o conhecimento sobre seus benefícios na vida financeira

Muitos já devem ter ouvido falar sobre os juros compostos, mas não possuem o conhecimento sobre seus benefícios na vida financeira na utilização para investir.

Sabendo de sua importância, abordaremos neste artigo os investimentos que são influenciados pelos juros compostos, além de apresentar seu significado e como realizar os cálculos.

O que são juros compostos

Basicamente, os juros compostos são juros aplicados sobre juros, possibilitando um aumento no rendimento de forma significativa. Por causa disso, eles costumam ser muito úteis no mercado financeiro e na utilização da matemática financeira.

Um exemplo sobre o uso dos juros compostos é a aplicação nas contas vencidas no mês. A dívida sofre um aumento por causa dos juros que começam a incidir sobre os juros já existentes.

Apesar dos juros compostos apresentarem um resultado negativo para o devedor, este tipo de cálculo pode ser um grande aliado para quem busca investir seu dinheiro em aplicações financeiras. Isto é, quando se tem uma boa organização financeira, é possível se favorecer com os juros.

Como calcular os juros compostos?

No primeiro momento, o cálculo dos juros compostos pode ser considerado complicado. Vamos explicar como fazer esta conta e você vai perceber como o procedimento é simples.

Veja qual é a fórmula para calcular os juros:

M = C (1+i)^t

Sendo:

  • M: capital acrescido de juros, conhecido como montante final
  • C: valor inicial da dívida, caracterizado como capital aplicado
  • i: uma taxa de juro (%)
  • t: tempo

Vamos supor que você realizou uma aplicação de 8.000 reais, com uma taxa de 1% ao mês, no período de seis meses.

Confira o cálculo realizado com a fórmula dos juros compostos:

  • Montante = capital x (1 + taxa de juro) elevado ao período de tempo definido
  • Montante = 8.000 x (1 + 0,01)⁶
  • Montante = 8.492,12

É interessante enfatizar que não é preciso decorar a fórmula para o cálculo. Atualmente, você encontra várias ferramentas pela internet que podem ser utilizadas para o cálculo dos juros compostos. Uma delas é a Calculadora do Cidadão, uma ferramenta gratuita do Banco Central. Conforme o exemplo acima, após o período de seis meses, você terá em mãos 8.492,12 reais, sendo que os 492,12 reais são decorrentes aos juros compostos. E claro, quanto mais tempo você deixar este dinheiro aplicado, maior será o rendimento.

Diferença entre juros simples e juros compostos

Os juros simples costumam ser utilizados em situações de curto prazo, por exemplo, um empréstimo de dinheiro para um amigo ou familiar. Então, os juros incidem apenas sobre o valor principal, e não sobre os juros gerados a cada mês.

Já os juros compostos são os juros de um determinado período que serão somados ao capital e utilizados para o cálculo de novos juros do período seguinte.

Para mais esclarecimentos sobre a diferença entre juros simples e os juros compostos, veja um exemplo prático das duas situações.

Juros simples

Fórmula: C.i.t

Onde:

  • C: capital inicial
  • i: taxa de juro
  • t: tempo

Juros simples: R$ 10.000 x 0,01 x 10 = R$ 1.000

Total: R$ 11.000

Juros compostos

Fórmula: M = C (1+i) ^ t

Juros compostos: 10.000 x (1 + 0,01) elevado a 10

Total: R$ 11.046,20

Com os juros compostos, o capital teve um aumento a cada mês, apresentando um melhor resultado no período. Mas, é claro, precisamos sempre ter em mente que esta situação pode ser tanto positiva quanto indesejada.

Conheça os investimentos que utilizam os juros compostos

Existem vários tipos de investimento que utilizam os juros compostos como forma de remuneração. Os mais conhecidos são as aplicações em renda fixa, por meio das quais os investidores se beneficiam com os resultados obtidos no longo prazo.

CDB – Certificado de Depósito Bancário

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido por bancos que usam este capital para financiar suas atividades. Ao final do período, a instituição financeira devolve o valor acrescido de juros.

Os juros utilizados neste título de renda fixa podem sofrer uma variação entre as instituições. Normalmente, os juros do CDB são atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto são uma possibilidade para as pessoas que desejam aplicar seu dinheiro em ativos de baixo risco. Com ele, o investidor empresta seu dinheiro ao governo em troca de um rendimento atrelado à Taxa Selic ou ao IPCA.

Como o Tesouro Direto é um investimento oferecido pelo governo, não é possível encontrar variações dos juros entre as instituições financeiras. Neste caso, o investidor precisa ficar atento sobre as várias opções disponíveis, as taxas atreladas e o período de vencimento de cada um.

Portanto, o recomendado é que se faça uma pesquisa sobre o título público que melhor se adequa às suas necessidades do momento.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

As letras de crédito foram criadas para impulsionar as atividades do setor imobiliário (LCI) e do setor de agronegócio (LCA).

São investimentos isentos de imposto de renda para pessoa física, o que chama a atenção de muitos investidores.

Ações

A renda variável também funciona indiretamente com os juros compostos, mas para esta modalidade não é possível prever os rendimentos que obterá ao investir na bolsa de valores. Devido à ausência da previsibilidade, os juros compostos podem apresentar resultados negativos. Por exemplo, as ações que você investiu podem sofrer quedas em um determinado período.

Por causa deste cenário incerto, a renda variável demanda uma análise mais cuidadosa, mas, com uma boa estratégia, a renda variável pode ser considerada uma excelente opção. Os juros compostos podem ser grandes aliados em seus investimentos, mas também podem ser grandes inimigos quando o assunto é uma conta vencida. O segredo está em utilizar este mecanismo a seu favor. Aproveite os grandes benefícios dos juros compostos e fuja dos prejuízos que eles podem te causar.

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