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19 jun
Empresas devem planejar no curtíssimo e no longo prazo, diz consultor do Vale do Silício

Para John Hagel, da Deloitte, um mundo em constante tranformação pede novas estratégias: pensar a empresa em dois tempos é uma delas

Pensar no curtíssimo e no longo prazo: essa é a principal estratégia que John Hagel, diretor do Center for the Edge, da Deloitte, e consultor de empresas no Vale do Silício, recomenda para que as empresas sobrevivam a um mundo em constante transformação. “Hoje todos nós vivemos sob muita pressão. Em situações como essa, a reação natural dos seres humanos é não pensar a longo prazo”, afirmou ele durante o Singularity Brazil Summit 2019, evento que aconteceu este mês de junho em São Paulo. “Temos que expandir os nossos horizontes.”

Em vez de formular o tradicional plano de cinco anos, diz ele, as empresas hoje devem lidar ao mesmo tempo com duas linhas do tempo. Uma vai de seis a doze meses, e determina os objetivos imediatos, diante do cenário existente hoje. A outra se refere ao que vai acontecer em 10-20 anos, e permite às empresas formular previsões, ações e determinar os recursos que serão necessários a longo prazo. “Trabalhe no curtíssimo e no longo prazo, e esqueça tudo o que está no meio”, diz ele.

 

John Hagel, consultor de empresas no Vale do Silício. (Foto: Divulgação)

Outra estratégia para lidar com as mudanças é escanear o ecossistema e encontrar parcerias, seja com empresas de grande e médio porte ou startups – ação considerada fundamental para o consultor. “Ao colaborar com outros empreendedores e líderes, você conquista mais rapidamente novas habilidades e expertise que são essenciais para um mundo em revolução”, diz. “Hoje a maioria das empresas disruptivas captam os seus recursos por meio de parcerias.”

Para motivar os colaboradores nesse novo centário, diz Hagel, é preciso focar nas suas paixões. “Hoje as empresas falam em engajamento, mas poucas lembram de falar em paixão.” A paixão a que ele se refere diz respeito ao explorador, que quer enfrentar novos desafios. “A empresa deve tentar acessar essa paixão nos funcionários, e estimulá-los a enfrentar desafios motivadores. Só dessa maneira se engajarão com os projetos “Hoje, a maioria dos profissionais com quem me encontro sente medo. Queremos que eles se sintam esperançosos e motivados”, diz Hagel.

Em um mundo de contante mudança, a figura do líder tem papel fundamental. Segundo Hagel, o líder é aquele que faz as melhores perguntas e admite não ter todas as respostas. “Ele estimula as pessoas a encontrarem suas próprias soluções”, afirma. “Expor suas vulnerabilidades também desperta a confiança dos colegas.”

Nenhuma dessas soluções é simples, diz Hagel. Pesquisa feita pela sua consultoria nos Estados Unidos indicou que 13% dos trabalhadores não sentem paixão pelas suas funções no trabalho. Para o consultor, esse gap representa uma oportunidade de ação. “Precisamos entender as motivações dessas pessoas para alcançar os nossos objetivos”, afirma.

 Publicado por Época Negócios

 

 

 

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