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13 nov
Enjoei.com, startup que nasceu como blog, convence e chegará à B3 valendo R$ 2 bi

A oferta movimentou R$ 1,1 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e a startup estreia com um valor de mercado de R$ 2 bilhões

Nascido como um blog em 2009, pelo qual eram vendidas roupas usadas a amigos, num modelo de brechó virtual, a startup Enjoei.com engatou sua história com investidores na pegada da “economia circular”, um importante pilar quando se trata de sustentabilidade. A oferta movimentou R$ 1,1 bilhão em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e a startup estreia com um valor de mercado de R$ 2 bilhões. O debute da ação na B3, batizada de “Enju”, está marcada para a próxima segunda-feira, dia 09.

A ação foi precificada na oferta em R$ 10,25, piso da faixa indicativa de preço. Segundo uma fonte, a demanda superou em três vezes a oferta, exatamente quando outras empresas estão postergando operações, diante da seletividade do mercado.Fundada por Ana Luiza McLaren e Tiê de Lima, a Enjoei nasceu em forma de blog, por meio do qual o casal usava para vender roupas usadas próprias e de amigos, como um brechó virtual.

Desde o início, adotava uma linguagem próxima e bem-humorada, o que foi mantido ao longo dos anos. Hoje, a Enjoei.com traz como grande atrativo, especialmente ao público jovem, além da linguagem, muitas lojas de famosos. E se antes se vendia apenas peças de roupas usadas, hoje em dia é um grande marketplace que se vende de tudo (de segunda mão, é claro). Ventiladores, peças dignas de um antiquário, livros, videogames (dos mais novos ao saudosista Atari).

Enfim, tudo dos recursos que irão ao caixa da empresa, R$ 618,84 milhões, o objetivo é utilizá-los para a expansão da marca e da base de usuários da Companhia, investimentos em políticas comerciais com foco em melhoria de conversão e recorrência, expansão do time para desenvolvimento do produto e soluções fintech.”No Enjoei os usuários podem comprar e vender através de uma plataforma que inspira o engajamento e a descoberta. Nossa plataforma é comparável a navegar em uma rede social, com o benefício de estimular a oferta de produtos entre usuários.

A compra e venda acontecem com segurança e facilidade, uma vez que todos os produtos e todas as pessoas estão conectadas pelas nossas soluções de oferta, entrega e pagamento. Além disso, destinamos a cada cliente um espaço exclusivo onde ele pode criar a sua “lojinha” e oferecer os itens a amigos e outros usuários da plataforma. Desde o lançamento do Enjoei até 30 de junho de 2020, conectamos 1,5 milhão de compradores com 1,9 milhão de vendedores em nossa plataforma”, segundo o prospecto da oferta.Foram coordenadores da oferta os bancos BTG Pactual, Bradesco BBI, JPMorgan, XP E UBS.

04 nov
O que é Marketing Experiencial e como as marcas estão usando essa estratégia?

O Marketing Experiencial aumenta o engajamento e melhora o alcance orgânico da marca por meio de experiências valiosas . Saiba como!

Experiência. Já há algum tempo, esse é o segredo por trás de toda campanha de marketing de sucesso.

Sua importância é fácil de entender: consumidores modernos, cada vez mais acostumados a processos de compra rápidos e eficientes, preferem marcas que oferecem as melhores experiências de conteúdo.

Assim, é possível estabelecer conexões fortes e duradouras, ampliando o alcance da marca por meio de recomendações e feedbacks positivos.

Nesse cenário, não é mais suficiente contar com produtos e serviços de qualidade. O necessário, hoje, é adotar uma estratégia com foco no Marketing Experiencial.

Mas o que esse conceito quer dizer? Será que essa abordagem pode realmente trazer benefícios significativos para a sua empresa? Neste conteúdo, você vai ver:

Continue a leitura para aprender mais!

O que é o Marketing Experiencial?

Marketing Experiencial é uma estratégia que tem como objetivo o engajamento do consumidor por meio de experiências com a marca.

A ideia é focar o prazer da buyer persona, gerando um sentimento positivo em relação à marca. Nesse contexto, os produtos e serviços oferecidos são secundários.

Uma campanha que use esse tipo de marketing pode tomar formas diversas. Em eventos, por exemplo, esse conceito é somado ao de live experience, que representa uma abordagem bastante interessante para a maximização do engajamento dos leads.

Dessa forma, uma ação de Marketing Experiencial pode envolver, por exemplo, uma visita virtual por um museu, embora ela não precise se limitar ao ambiente digital.

Você pode usar sua criatividade para criar vivências em locais estratégicos, como eventos esportivos, concertos, instalações artísticas etc.

As opções são diversas, e, neste conteúdo, vamos mostrar exemplos que demonstram isso. Independentemente de qual modelo você escolha, porém, há algumas questões que não podem ser desconsideradas.

A primeira é: a ação deve estimular a participação ativa e o engajamento do consumidor.

Em outras palavras, não faz sentido conduzir um evento que interesse à persona se ela o frequentar apenas como ouvinte. Assim, você deve fazer com que o público-alvo tenha a possibilidade de realmente sentir-se parte da experiência — mais ou menos como funciona com o marketing de interação.

Outro ponto fundamental é a promoção dos valores e das mensagens da marca. Como dissemos, produtos e serviços não têm tanto espaço nesse tipo de abordagem, mas a identidade profunda da marca deve ser trabalhada de forma ampla. A ideia é criar uma imagem duradoura e positiva nas mentes das pessoas.

Mais um aspecto que deve ser levado em consideração ao se pensar em Marketing Experiencial é o valor gerado no longo prazo. Muitas marcas desenvolvem campanhas lindas, mas malsucedidas, pois criam valor apenas de curto prazo.

Quais são os benefícios do Marketing Experiencial?

Sem dúvida, o maior benefício do Marketing Experiencial é o engajamento. Afinal, ele representa a produção de experiências interativas e de imersão, tornando mais natural e fluido o diálogo do lead com a marca.

Então, enquanto se entretém os consumidores, cria-se a oportunidade de transmitir a mensagem que você deseja com pouco ruído ou interferência. Isso é fundamental para lidar com o consumidor 4.0, cuja atenção é muito difícil de atrair e reter.

Outra característica desse público, conforme apontado pelo professor Philip Kotler em seu livro sobre marketing 4.0, é a tendência a dar e receber feedback, comentando sobre o negócio com amigos e influenciadores — o que é um dos principais canais para a geração de novas oportunidades.

Assim, se sua estratégia de Marketing Experiencial for sólida, ela vai transformar leads em consumidores satisfeitos e, consequentemente, ampliar o alcance de sua empresa de modo orgânico.

As vantagens disso não se limitam às métricas de marketing. As vendas, por exemplo, são diretamente impactadas por ações do tipo.

Os próprios consumidores confirmam isso. 74% deles dizem que engajar-se com campanhas de experiência amplia suas chances de realizar uma compra.

Impacto do branding na intenção de compra
Fonte:  Single Grain 

Esse é um processo contínuo, pois clientes satisfeitos geram mais clientes satisfeitos. Um estudo mostrou que entre 50% e 80% do boca a boca é motivado por campanhas de Marketing Experiencial.

Portante, basicamente, três benefícios justificam o investimento nesse tipo de estratégia. O primeiro é o alto potencial de engajamento, que leva a melhores resultados tanto de marketing como de vendas.

O segundo é a geração de conexões duradouras. Já o terceiro é a possibilidade de expansão do alcance da marca sem a necessidade de investimento em publicidade.

Como grandes marcas estão usando o Marketing Experiencial em suas estratégias?

Agora você já sabe o que é Marketing Experiencial e entende seus principais benefícios. Mesmo assim, não há nada melhor para compreender um conceito por completo do que ver a sua aplicação.

É por isso que selecionamos alguns exemplos de campanhas de sucesso. Use-as como inspiração para criar suas próprias ideias!

Heineken

A Heineken é uma das empresas que atingiram a excelência na realização de campanhas de Marketing Experiencial.

Para isso, a cervejaria não hesita em usar o apelo de um de seus principais parceiros comerciais: a Liga dos Campeões da Europa, que é o torneio de futebol mais importante do continente.

Como patrocinadora do evento, a empresa já promoveu várias campanhas, como a transmissão pública dos jogos e surpresas para os fãs do esporte.

Com isso, ainda que sem mencionar seu produto de maneira direta, ela consegue relacionar o consumo de futebol com o consumo de Heineken, gerando gatilhos de compra.

Uma das ações mais significativas da Heineken em termos de experiência do consumidor foi a Heineken Experience, localizada em sua fábrica mais antiga, em Amsterdam. Na foto, repare em como o ambiente estimula a interação dos visitantes.

Heineken Experience

Sendo uma marca global, porém, é óbvio que suas ações não se restringem a seu país de origem. Um dos exemplos mais bem-sucedidos disso ocorreu em 2016 aqui no Brasil, como parte da ativação para a final da Liga dos Campeões da Europa.

Os alvos eram casais em um restaurante na cidade de São Paulo. Quando os homens recebiam o cardápio, liam uma mensagem que os convidava a assistir à partida em um espaço temático. Em troca, suas namoradas ganhariam um fim de semana em um spa.

Nomeada “O clichê”, a campanha, que tem uma importante quebra de expectativa, também serviu para posicionar a Heineken como uma empresa contra estereótipos de gênero e preconceitos. Veja o vídeo abaixo para entender melhor:

Volkswagen

Também europeia, a Volkswagen é outro grande exemplo de sucesso no uso do Marketing Experiencial. Aqui, o mais curioso é que a ação nem menciona carros, o que causaria estranhamento, se fosse uma campanha de marketing mais tradicional.

Em vez de produtos ou serviços, a empresa decidiu focar algo que é comum e agrada a todos: a diversão. Assim nasceu “A Teoria da Diversão”.

De acordo com a empresa alemã, a ideia era provar que as pessoas encontram mais motivação para mudar suas atitudes e tomar melhores decisões quando o processo é divertido.

Para isso, a Volkswagen instalou um piano gigante nas escadas comuns de uma estação de metrô em Estocolmo, que ficavam ao lado de uma escada rolante.

A ideia, claro, era encorajar as pessoas a economizar energia e priorizar atividades físicas. Ao pisar os degraus transformados em teclas, elas subiam a escada escutando suas próprias notas.

Os resultados comprovaram a Teoria da Diversão: enquanto durou a campanha, as escadas convencionais foram 66% mais usadas que sua versão rolante.

Sem sombra de dúvida, as pessoas que passaram por ali tiveram uma experiência única e memorável, mas será que essa ação teve relevância para o público em geral?

Sim, pois a Volkswagen sabia o que estava fazendo. Todas as intervenções foram gravadas e transformadas em vídeos que rapidamente viralizaram, tornando a ação muito famosa na internet.

Red Bull

O exemplo da Red Bull que separamos para esta lista é muito emblemático, por ser uma das ações mais inovadoras já realizadas sob a lógica do Marketing Experiencial. Além disso, este é um exemplo de campanha exclusivamente online, transmitida ao vivo por streaming.

O projeto girou em torno de Felix Baumgartner, um paraquedista de coragem, energia e paixão pelos esportes radicais, conceitos que têm tudo a ver com a identidade da Red Bull.

A ideia, então, não era nada menos do que quebrar o recorde mundial de queda livre ao saltar desde a estratosfera, a uma altura de 39 quilômetros do solo. Felix também se tornou a primeira pessoa a ultrapassar a velocidade do som sem a ajuda de um motor.

Muito aguardado, mais de 8 milhões de pessoas assistiram ao evento ao vivo, todas ansiosas para saber o resultado da aventura. Com o sucesso do pouso, o público celebrou e, certamente, associou a marca a um sentimento extremamente positivo.

Além disso, é claro, o vasto material em vídeo e fotos poderia ser usado para novos propósitos, gerando ainda mais conteúdo para a Red Bull, como no vídeo abaixo

Se você deseja manter conexões lucrativas e duradouras com seus clientes, é a hora de começar a pensar no Marketing Experiencial como um elemento-chave para a sua estratégia.

Além de otimizar o engajamento e facilitar a conversão dos leads, esse tipo de campanha gera autoridade para a marca e abre espaço para novas oportunidades.

 

Publicado por Rock Content

30 out
Especialistas em comportamento apontam 10 tendências de consumo

A Consumidor Moderno ouviu experts no assunto para entender os principais movimentos que irão nortear a sociedade e as relações de consumo nos próximos cinco anos. Confira

Com o surgimento de novas tecnologias, hábitos e costumes, acompanhar e se adaptar às mudanças que regem o comportamento das pessoas é fundamental para a sobrevivência de um negócio. “Manter-se informado sobre as tendências que prometem se tornar fortes nos próximos anos é vital para se certificar de que você fará as escolhas estratégicas, desenvolverá produtos e serviços adequados – e em tempo”, explica Iza Dezon, pesquisadora de tendências de comportamento e representante da consultoria Peclers Paris no Brasil.

Já a futurista Jaqueline Weigel, CEO da W Futurismo, explica que as organizações em geral já têm a inovação na pauta, mas apenas com a preocupação de manter o negócio que existe ou acompanhar a onda do momento. “No passado, ser maior era a grande qualidade. Hoje, no entanto, a qualidade está em ser ágil e rápido em todos os sentidos. Estar atento é o mínimo”, diz ela.

Para Jaqueline, olhar para fora do negócio com radares de busca é premissa para a continuidade. “Empresas com foco no mundo interno tendem a não entender o que o consumidor precisa, e é ele, hoje, quem decide que tipo de negócio continua e que tipo de negócio passará a ser dispensado até 2025”, insiste. Para a especialista, as empresas que antecipam futuros e fazem da ruptura uma vantagem competitiva na linha do tempo serão os grandes players do mercado.

“Por hora, falamos de inovação, e já não basta mais, porque a maioria dos negócios vem fazendo apenas inovação incremental, que é só uma resposta ao mercado em mudança. O assunto agora é transformação”, diz.

1. CIDADANIA PLANETÁRIA

Consumidores de diferentes partes do mundo desejam o mesmo: consumo consciente, empresas éticas, conveniência e personalização. Essa reorientação da nossa visão de mundo, na qual comunidades locais e globais se misturam, é chamada de cidadania planetária. Para Jaqueline, o segredo é pensar globalmente e agir localmente. “Esta tendência provoca o desenvolvimento de produtos e serviços com um padrão global (global standard), que precisarão estar em todos os mercados de forma similar, rápida e barata. Hoje, vemos empresas como Airbnb, Uber e WeWork olhando nessa direção. São pioneiras que inspiram vários outros negócios”, diz Jaqueline.

2. SOCIAL SHAME

Consumir em excesso, comprar sem checar a origem, trabalhar demais, fumar, beber e dirigir e usar plástico estão entre os comportamentos considerados hoje cafonas. E isso faz com que as empresas que vendem produtos para esses públicos revejam seus modelos para que não sigam perdendo mercado. Há, também, o movimento dos consumidores que se organizam em tribos e geram oportunidades para a criação e o crescimento de negócios até então marginalizados ou de acesso restrito, como produtos naturais, orgânicos e veganos.

“O impacto da tendência envolve a diminuição ou até a extinção de negócios nocivos, a revisão de produtos e de processos e a pilotagem de negócios que deixam de vender um item e criam algo muito mais adequado, seja no mesmo segmento, seja em outro. Já vemos negócios caminhando neste sentido, como as boutiques orgânicas, que ampliam seu portfólio com produtos, restaurante e serviços de entrega em casa”, diz Jaqueline.

3. PÓS-HUMANIZAÇÃO

O novo ser do planeta transcende e não aceita mais o que chamávamos de ‘normal’. Ele é questionador, integrativo, informado, holístico. Não é mais razoável manter uma vida em torno de si mesmo sem pensar nos impactos de tudo na sociedade e no planeta em que vivemos. Estamos em um processo de libertação de qualquer status quo ou padrão, que nos aprisiona em idade, sexo, cor, religião ou nacionalidade”, diz Jaqueline. Segundo ela, o “novo humano” vive bem sozinho; medita; se alimenta bem e precisa consumir produtos e serviços que vão até ele, de forma fácil e acessível.

O novo ser do planeta transcende e não aceita mais o que chamávamos de ‘normal’. Ele é questionador, integrativo, informado, holístico. Não é mais razoável manter uma vida em torno de si mesmo sem pensar nos impactos de tudo na sociedade e no planeta em que vivemos. Estamos em um processo de libertação de qualquer status quo ou padrão, que nos aprisiona em idade, sexo, cor, religião ou nacionalidade

“Tudo que faz a vida ficar simples, higiênica em termos éticos e permita tempo pessoal livre e conforto”, diz Jaqueline, a qual ressalta que nunca antes tantas pessoas buscaram desenvolvimento espiritual, ética, consciência e meditação como hoje. “Por isso, tende a ganhar força a procura por produtos pensados de forma interativa. Os negócios devem dar atenção ao fato de que agora ‘ser’ é mais importante do que ‘ter’, e que cada vez mais as pessoas vão se ver livres de amarras financeiras. Nos próximos anos, tudo o que puder ajudar as pessoas a transcender será de grande valor”.

4. LONGEVIDADE

O envelhecimento da população brasileira está aceleradíssimo. E, para Iza Dezon, quem deixar de olhar para essa parcela da população e não se adequar a esse processo não só perderá oportunidade de conquistar esse mercado crescente como acabará praticando o preconceito do “idatismo”. “A longevidade vai impactar a forma como olhamos para nós mesmos e como lidamos com o coletivo. Mas ela vai afetar principalmente a maneira como a gente oferece produtos e serviços, e em todos os sentidos. A tendência vai motivar discussões e impactar soluções voltadas à ergonomia, à acessibilidade e à empatia. Algumas empresas já estão voltando seu olhar à longevidade e traçando uma estratégia completa, que integra produto, serviço, comunicação e política interna. A Natura, por exemplo, já vem abordando a questão da longevidade, assim como a L’Oréal (que recentemente ganhou, inclusive, um prêmio em Cannes) e a Vodafone”, cita Iza.

5. HIPERECOLOGIA

A degradação do planeta é real, tangível, e o consumidor está finalmente percebendo as consequências disso. Portanto, nos próximos anos, será necessário ir além da transformação dos nossos hábitos cotidianos e entender que as mudanças para um futuro mais verde precisam ser estruturais e industriais; ou seja, devem acontecer em profundidade e em grande escala.

“A tendência da hiperecologia vai provocar o comprometimento de comunidades e envolver a coletividade de segmentos que não estão acostumados a trabalhar com seus concorrentes”. As escolhas do consumidor vão obrigar os fornecedores e as marcas a reagirem e a saírem do estado passivo, forçando-os a voltar seu olhar para essa necessidade.

“A ação Black Supermarket do Carrefour na França sobre a conscientização de alimentos orgânicos indicou o quanto a empresa, em nível global, está alinhada à tendência da hiperecologia. Além disso, notamos um forte movimento das grandes empresas que estão se unindo às startups para poder fazer essas mudanças”.

6. A REINVENÇÃO DA NARRATIVA SOBRE O AFETO

A forma de abordar o amor, após movimentos como “chega de fiu-fiu, #metoo e ni una menos”, precisa ser repensada. “Nos próximos anos, a atenção deve se voltar à preocupação de como a gente vai se expressar, comunicar e retratar o amor e o afeto. O mundo inteiro despertou e reagiu em prol da segurança das mulheres, e essa bandeira tende a se manter cada vez mais firme. Trata-se, principalmente, de como a gente estabelece um diálogo mais amoroso, que não seja nem na situação de ataque nem na situação de vítima.

Esta mudança deve impactar, especialmente, as narrativas e como vamos retratar a mulher e a relação afetiva” diz Iza. Segundo ela, essa análise é fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa e de qualquer sociedade.

“A tendência deve ganhar mais força daqui para a frente, mas já tenho notado um movimento muito interessante na Rede Globo, com programas que mostram como essa discussão é necessária e urgente, como em Segunda Chance, Toda Forma de Amor e na novela Amor de Mãe. Essa abordagem tem-se mostrado mais forte no universo sociocultural. Agora é hora de as marcas reagirem”, indica Iza.

7. HIPERPERSONALIZAÇÃO

Antes da internet, a referência de consumo era a mesma para todos. Ou seja, havia uma espécie de padronização dos desejos. Porém, com a ampliação dos canais de comunicação e de consumo, a busca pela individualização ganhou força. No contexto tecnológico atual e com a moeda de troca sendo o engajamento, o mercado busca cada vez mais informações para fornecer produtos e serviços personalizados.

Esse conhecimento vai além do histórico de navegação, de relacionamentos ou de consumo e deve, em breve, chegar até o nível genético. Empresas como a 23andMe e a FullDNA, por exemplo, fazem o mapeamento genético acessível, já trazendo informações valiosas, mas que em breve poderão desbloquear uma nova onda, com personalizações até medicinais.

8. ÉTICA DIGITAL

With great power comes great responsibility”. Diante de todas as mudanças que estão por vir, a confiança será um dos pilares estratégicos para a nova economia dos próximos anos. Com tantos dados disponíveis e com a abundância do poder computacional, Machine Learning e IA se tornam necessários nas estratégias digitais; afinal a utilização ética e transparente dos dados e dos insights gerados por eles gera confiança – palavra que deve pautar as relações de consumo daqui para frente.

9. PRESSÃO SUSTENTÁVEL

De acordo com a TrendWatching, a busca por um consumo mais sustentável está chegando a um momento crítico. E quais são as expectativas futuras? Uma mudança moral para os consumidores. Pois quando as alternativas ecológicas são tão disponíveis e acessíveis quanto as outras, não há razão para não optar por elas. Dê uma olhada em três momentos icônicos de consumo ecológico.

Em 2008, a Tesla lançou o Roadster, um supercarro elétrico de US$ 100.000. Status ecológico! Em 2016, a Adidas firmou parceria com a Parley for the Oceans para produzir uma linha de tênis de edição limitada feita de plástico oceânico reciclado, com uma edição de apenas 50 pares. Status ecológico! Também em 2016, o Momofuku Nishi de Nova York se torna o primeiro restaurante do mundo a oferecer “Impossible Burger”, que tem a aparência de carne, o sabor de carne, mas é feito a partir de plantas. Mais status ecológico!

10. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

As marcas estão assumindo um novo formato em meio ao avanço digital. Como prova disso, o ramo de influenciadores virtuais vem crescendo consideravelmente no mercado. Este ano, uma agência de notícias chinesa lançou sua segunda âncora virtual de notícias. Outro exemplo é a Lil Miquela, uma influenciadora virtual do Instagram, que estrelou ao lado da supermodelo Bella Hadid em uma campanha da Calvin Klein.

De acordo com a TrendWatching, no futuro os consumidores estarão mais atentos às marcas que se incorporam por meio de novos personagens e avatares virtuais, permitindo que eles habitem os canais digitais de maneiras mais ricas, imersivas e humanas. Cada vez mais os consumidores estão se acostumando a relacionamentos significativos com entidades movidas à Inteligência artificial, e esta tendência deve crescer cada vez mais.

23 out
5 livros escritos por vencedores do Nobel de Economia

Toda lista nasce incompleta. Essa que virá a seguir não foge à regra. Ela também não é definitiva – eu mesmo vou me arrepender dentro de alguns minutos depois de entregar essa lista ao Nexo por deixar de fora Sir Arthur Lewis e a dupla Esther Duflo e Abhijit Banerjee. Há economistas absolutamente fenomenais, como Paul Samuelson, que estão de fora da minha lista pelo simples fato de que seria impossível escolher um único livro seu: a obra completa têm rigorosamente o mesmo alto nível. Outros ficaram de fora pelo simples fato de eu não ter tido a chance de conhecer suas obras, mas apenas fontes secundárias ou relatos biográficos. Ah, a lista também não traz necessariamente os títulos mais famosos de seus autores.

Incompleta, não-definitiva e meio indie… que lista é essa, afinal? Bem, ela é apenas a minha lista de favoritos neste campo do qual sou apaixonado. Resultado do que li e do que estudei. Me diverti revisitando os livros e espero que ela seja tão agradável de ler como foi de escrever.

Investment in Human Capital: The Role of Education and Research
Theodore Schultz (The Free Press, 1971)

Desde sempre, a economia se preocupa com a formação de capital, sua taxação, a forma ótima de organização do Estado, o desemprego, os fatores condicionantes dos preços, as taxas de juros, a moeda. Ganhador do Nobel em 1979, foi Schultz quem, muito antes de ser modinha, chamou a atenção para o que ele (e Gary Becker) chamaram de “capital humano”. A escola, o ensino superior e o ensino técnico e profissionalizante aumentam nosso capital: ficamos mais produtivos. Em agregado, uma sociedade com pessoas mais produtivas é uma sociedade mais desenvolvida. Quando Schultz começou a falar em educação nesses termos, nos anos 1940, ninguém discutia o assunto. Mesmo nas duas décadas seguintes, enquanto ele aprimorava seu trabalho e chegava a prestigiosa função de chefe do departamento econômico da Universidade de Chicago, o tema ainda não “colava” entre os economistas.

Neste livro, escrito de forma direta ao ponto, Schultz consolida dados, fatos e teoria comprovando que melhores níveis de educação aumentam o bem-estar e a produtividade individual e coletiva. Sem crescimento do capital humano, os trabalhadores estariam condenados a tarefas árduas e basicamente manuais – e a riqueza ficaria ainda mais concentrada com os poucos detentores de imóveis. Para fechar, Schultz era um leitor voraz de literatura: que economista (ainda hoje!) seria capaz de amarram seu tema de pesquisa com William Faulkner?

Instituições, mudança institucional e desempenho econômico
Douglass C. North (Trad. Alexandre Morales, Três Estrelas, 2018)

Instituições importam. Mas a história, e a trajetória histórica das nações também. Neste curto, porém extraordinário livro, Douglass North, Nobel de 1993, traz estudos de casos (do teclado mais popular, modelo QWERTY, ao constitucionalismo ocidental) e amplo substrato literário para embasar seus achados teóricos. “O que acontece quando se impõe um conjunto de regras comum a duas sociedades diversas?” é uma das várias perguntas que North responde na obra originalmente publicada em 1990. Nesse sentido, ele ensina que instituições não podem ser tocadas, sentidas ou mensuradas, porque são constructos sociais. Mas elas cumprem um papel fundamental: são o fator determinante subjacente do desempenho das economias em longo prazo.

North também ensinou neste livro que é possível ser economista e saber escrever bem. Qualquer terráqueo que já tenha se aventurado por um artigo de um economista médio sabe do que estou falando. São raros os estudiosos da área que sabem comunicar adequadamente suas ideias, atingindo um público amplo e difuso (como Keynes sempre ensinou: é preciso sempre convencer as pessoas!). North é um dos que sabiam escrever realmente muito bem.

Nudge: Como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade
Richard Thaler e Cass Sunstein (Trad. Ângelo Lessa, Objetiva, 2019)

Em “Nudge”, o leitor encontra casos práticos de como pequenas alterações – institucionais, processuais, burocráticas – geraram alterações profundas nos cursos da história. A partir do desenho de incentivos que permitem dar um empurrão corretivo, a economia comportamental busca reduzir desperdício e otimizar rotinas e procedimentos. Vale principalmente para a administração pública, mas também para a vida cotidiana das pessoas. Foi um livro especialmente influente durante os anos Barack Obama nos EUA e ainda estava na moda quando estudei em Columbia (antes de Thaler ganhar o Nobel, em 2017). “Nudge” é uma verdadeira “joia”, disse outro Nobel de Economia, o psicólogo (pois é) Daniel Kahneman, cujo “Rápido e devagar” bem poderia estar nesta lista aqui…

Narrative Economics: How Stories Go Viral and Drive Major Economic Events
Robert J. Shiller (Princeton University Press, 2019)

Ter uma boa ideia basta? Bem, se você só dividi-la com seus amigos, não. Eu sei que em tempos de bolhas sociais, presidentes sectários e pregação para convertidos, a própria sugestão de buscar gente que pensa diferente e dialogar parece tão antiquada quanto telefone fixo. Mas no campo da política econômica, em países democráticos, essa ainda é a regra, felizmente. Nobel de 2013, Shiller trata de como são formadas as narrativas e por que elas importam, algo que sabemos desde Aristóteles. “Nós não sonhamos com equações e geometria. Nós sonhamos com histórias”, diz Shiller, que neste livro tão rico ainda envereda por neurociência, mercado financeiro e pesquisas com amplas bases de dados.

O preço da desigualdade
Joseph Stiglitz (Bertrand, 2012)

A pequena cidade de Gary, onde nasceu o Nobel de 2001, só existe porque foi fundada por uma megacompanhia privada do começo do século passado, a United States Steel Corporation. Quando perdeu interesse na produção local, a US Steel partiu e Gary ficou abandonada, com desemprego, pobreza, criminalidade e baixa autoestima generalizada. Stiglitz estudou economia tendo a infância sempre em mente: o mercado simplesmente livre não pode ser a resposta automática para tudo, como se fosse um dogma. Neste livro, Stiglitz aprofunda seus estudos sobre a desigualdade (antes do tema ganhar grande dimensão, dois anos mais tarde, com Thomas Piketty). A imbricada relação entre as elites financeiras e o Estado gera incentivos perversos, que concentram ainda mais a renda – menos impostos para os mais ricos (pense em Trump pagando apenas 750 dólares de imposto de renda), caríssimo e complexo acesso a hospitais, educação desigual, intolerantes distorções étnicas. Stiglitz aponta para os riscos de turbulência política que essa desigualdade crescente em países ricos capitalistas poderia trazer (vide Brexit, Trump, Le Pen). E defende um modelo distinto, de redistribuição e novos incentivos em políticas públicas. Se você souber ler em inglês, a edição original está bem mais barata do que a tradução para o português, da lusitana Bertrand.

Publicado por Jornal NEXO 

16 out
Pix: O que é, como se cadastrar e quais as principais novidades do novo sistema?

Novo meio de transações do Banco Central já tem milhões de chaves inscritas, mas por quê? Quais os maiores atrativos?

Pix, novo sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central (BC) , começa a funcionar no dia 16 de novembro, mas o número de chaves já cadastradas impressiona. Em três dias após a liberação, logo no começo de outubro, já são 16,6 milhões de cadastros pelos canais digitais dos principais bancos e fintechs do Brasil. O que explica esse sucesso? Confira os principais pontos, saiba como se cadastrar e veja as novidades mais vantajosas para você.

O  Pix  permitirá pagar boletos, contas de luz, impostos ou compras, sendo mais um meio de pagamento para os brasileiros e uma nova forma de transferir dinheiro, como são atualmente TED e DOC. Ele terá a grande vantagem das operações em qualquer hora do dia, sete dias por semana, e com a promessa de mais rapidez. Usando apenas o aplicativo da instituição financeira em que você tem conta, será possível realizar transações em menos de 10 segundos, garante o BC.

O novo sistema será oferecido às pessoas e às empresas pelos bancos, os meios de pagamentos, como PicPay e Mercado Pago , e as fintechs, como o Nubank , por exemplo. Assim como hoje estão liberadas as opções de TED e DOC, o Pix deverá aparecer para o usuário como uma forma de pagar uma conta, um boleto, serviço ou mesmo transferir dinheiro para alguém.

Na prática, ele será uma função que vai aparecer no aplicativo do banco ou instituição financeira em que você tem conta na hora de fechar uma transação. Com a conta cadastrada, bastará escolher o Pix como forma de realizar a operação desejada. Não há e nem haverá um aplicativo exclusivo para o Pix. Ele estará disponível no aplicativo dos bancos e nas demais instituições aptas a fazer cadastro.

Como aderir ao Pix?

Para aderir, a primeira coisa a ser feita é criar a chave Pix, usando os canais de atendimento do banco ou instituição financeira em que você tem conta. Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal e todas as instituições com mais de 500 mil clientes são obrigadas a oferecer a nova forma de pagamentos. Ao todo, segundo o BC, mais de 600 instituições estão autorizadas a fazer o cadastro.

Para criar a chave Pix , basta usar uma das quatro formas de identificação disponíveis: CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou ainda a chave aleatória (endereço virtual de pagamento, o EVP). A última opção é a única forma de receber um Pix sem precisar informar seus dados pessoais. A chave aleatória funcionará como login e será um conjunto de números, letras e símbolos gerados de modo aleatório para identificar a conta de destino do dinheiro.

Como cadastrar a chave Pix?

O registro da chave deve ser feito em um dos canais de acesso (aplicativo ou site) da instituição onde o cliente tem conta. Para isso, é preciso confirmar a posse da chave e vincular à conta do Pix, ou seja, se identificar e comprovar que aquele e-mail, por exemplo, é de fato seu.

Em cadastros com o telefone celular como chave, o usuário recebe um código por SMS. Ele deve ser inserido no aplicativo da instituição financeira para que a identificação seja confirmada.

Buscando prevenir golpes e fraudes , o BC destaca que não faz essas confirmações por ligações telefônicas nem por links enviados por SMS ou por e-mail. Não passe seus dados pessoais por telefone para cadastrar sua chave nem clique em links que prometem isso, já que o Banco Central e as instituições permitidas a cadastrar não utilizam esses meios de identificação para o Pix.

Simplificação dos pagamentos

Um dos principais objetivos do Pix é simplificar o processo das transações, já que não será preciso ter muitas informações sobre o destinatário dos recursos, como número da conta, agência, CPF e nome completo, como funciona atualmente. Com o Pix, será preciso apenas informar a chave Pix no momento da transação, que poderá ser feita nas 24 horas do dia, 7 dias por semana, com todas as operações concluídas em apenas 10 segundos.

Não é obrigatório cadastrar uma chave Pix para fazer uso do novo sistema. Quem preferir, pode seguir informando todos os dados da conta antes de concluir uma operação, como hoje acontece com as TEDs e os DOCs.

Tenho conta em mais de um banco, posso cadastrar quantas chaves?

Para as pessoas físicas, o limite é de 5 chaves por conta de sua titularidade. Se você tem uma conta no Itaú e outra no Nubank, por exemplo, poderá ter 10 chaves. É permitido se cadastrar usando diferentes e-mails e telefones celulares. As pessoas jurídicas têm direito a 20 chaves por conta.

Cada chave serve para apenas uma conta, então não é possível vincular uma mesma chave para diferentes contas de sua titularidade, ou seja, não dá, por exemplo, para usar seu CPF no momento de cadastrar sua chave no Itaú e repetir o processo no Nubank. Para quem busca receber todas as transferências em apenas uma conta, no entanto, a chave não importa e será possível vincular todas a essa única conta.

Qual o custo do Pix?

Para o uso mais corriqueiro, envolvendo as transferências entre pessoas físicas e os pagamentos de pessoas físicas para empresas, o Pix será totalmente gratuito.

Para microempreendedores individuais (MEIs), compras e transferências também serão gratuitas, mas as vendas com finalidade comercial, por exemplo, poderão ser tarifadas.

Transações entre empresas permitem que as instituições financeiras cobrem uma taxa.

As transações terão limite de valor?

De acordo com o Banco Central, não há um limite definido, mas as instituições financeiras poderão estipular um teto para transações gratuitas. Esse limite não poderá ser menor do que o valor máximo permitido (sem tarifa) em outras opções de pagamentos.

O Pix é seguro?

Todas as informações pessoais são protegidas pelo sigilo bancário e as medidas de segurança que já adotadas pelas instituições financeiras em TEDs e DOCs serão mantidas no Pix, sem nenhuma diferença.

Será possível sacar dinheiro em espécie pelo Pix?

Em 2020, não. Uma das principais medidas do novo modelo de transações deverá ser lançada oficialmente apenas no ano que vem, quando será possível sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais cadastrados, como lojas.

Quais as principais vantagens do Pix em relação ao atual modelo?

Para o BC, os três principais diferenciais são:

  1. Permitir transações 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana;
  2. Concluir transações em apenas 10 segundos; e
  3. Estar isento das tarifas, no caso das pessoas físicas e MEIs.

 

Publicado por Economia IG

 

01 out
Entenda o impacto dos juros baixos nas suas finanças

Você sabe a diferença entre juros reais e nominais? Ou sabe o que acontece com seus investimentos quando esses juros sobem ou descem? Preparei um conteúdo especial para te ajudar a entender os vais e vens da política de juros e como isso afeta o seu bolso:

Juros nominais

É a taxa de rendimento declarada do seu investimento, em contrato, sem descontar a perda causada pela inflação.

Juros reais

É a taxa de juros nominal, menos a taxa da inflação. Representa quanto seu investimento rendeu de fato, já que desconta a perda causada pela inflação enquanto seu dinheiro ficou investido.

O problema de termos uma taxa de juros baixa, fenômeno recente na economia brasileira, é que algumas vezes o investimento de renda fixa pode acabar rendendo menos que inflação, quando a taxa de juros reais fica negativa. Confira o exemplo abaixo para entender melhor:

Considere um investimento de R$100,00 feito no início deste ano:

Rendimento fixo

Com um rendimento de 2% ao ano, que é a taxa atual da Selic (a taxa básica de juros no Brasil) ao fim deste ano você teria 102,00.

Inflação no período

Nesse mesmo período, considerando uma inflação de 4% (meta para 2020), os produtos que custavam R$100,00 em janeiro, custarão R$104,00 em dezembro.

Resultado após 1 ano

Se tivesse feito esse investimento, após um ano você teria perdido R$2,00 em poder de compra.

Para quem sempre optou por poupança ou investimentos de renda fixa, este é um cenário ideal para começar a diversificar os investimentos em busca de maior rentabilidade.

25 set
Veja como estruturar seu Planejamento Comercial para 2021

Já sabe como estruturar seu planejamento comercial para 2021? Descubra como estruturar seu plano para a retomada

Depois de um primeiro semestre nebuloso, a economia brasileira começa a dar sinais de melhora.

Mesmo com a queda do PIB no primeiro semestre, o Brasil figura entre os emergentes que menos sofreram prejuízos financeiros com a crise, tendo melhores perspectivas de recuperação econômica para o próximo ano.

Por que falar sobre planejamento comercial de 2021 agora?

Desde a data de publicação deste artigo, ainda faltam  meses para acabar o ano, então por que falar sobre o planejamento comercial em 2021?

Com o fim do ano chegando, é fundamental que as empresas já comecem a formular quais serão seus objetivos para continuar crescendo em 2021. Ou mesmo retomar o crescimento após o impacto da quarentena.

Algumas lideranças do mercado já estão preparando seus setores de geração de receita para já chegarem no próximo ano armados das estratégias, táticas e métodos necessários para a retomada.

Por isso, se você ainda não está se planejando para 2021, é melhor começar agora. E, para te ajudar nesse processo, separamos o planejamento comercial em 5 etapas:

  • Definição de objetivos;
  • Definição de estratégias;
  • Definição de táticas;
  • Operação comercial;
  • Métodos de controle e manutenção.

Essa divisão vai ajudar que você consiga cobrir todos os pontos para chegar mais preparado no início do próximo ano. Descubra o que cada uma dessas fases representa:

1. Definição de objetivos

Para começar o planejamento comercial para 2021, é necessário pensar se perguntar primeiro: quais serão os planos para o ano que vem?

Você quer aumentar as vendas simplesmente? Precisa melhorar a taxa de conversão? Seu processo ainda não é escalável o suficiente?

Essas são algumas perguntas que você, como gestor de vendas, pode se perguntar para começar o planejamento para 2021. Caso você atue diretamente nas vendas, também é muito importante ter objetivos para continuar se aprimorando.

Afinal, o modelo de empresa escalável não deve partir apenas da gestão. A própria equipe de vendas pode contribuir para a melhor gestão do processo ao controlarem seus próprios números e conseguir melhores resultados.

Quais KPIs seguir?

Existe uma diversidade de indicadores que podem te ajudar a medir os resultados do seu próximo ano, mas o importante é que você não se perca em meio aos números.

Para manter o foco no seu planejamento, é importante definir algumas métricas primárias que vão orientar seu desempenho geral e métricas secundárias que vão te ajudar a fazer análises mais aprofundadas.

Dessa forma, se uma métrica primária não for atendida, você pode olhar para as métricas secundárias para entender o que pode ter acontecido.

Exemplificando melhor como essas métricas conversam entre si, pense que cada métrica primária é o disjuntor geral de um apartamento e cada métrica secundária é um disjuntor dos componentes elétricos de cada apartamento.

Se houver apagão em um dos apartamentos, você vai saber que houve algum problema. Contudo, sem os disjuntores dos componentes elétricos, vai demorar muito mais tempo para entender onde que esse problema surgiu.

Então você precisa de ambos, primeiro para saber quando ocorrer algum “apagão” na sua equipe e, depois, para entender o motivo do “apagão”.

Exemplos de métricas

Para ajudar no seu planejamento comercial para 2021, separamos alguns exemplos de métricas para você acompanhar as vendas.

Lembrando que esses indicadores podem mudar dependendo do seu modelo de negócio e, principalmente de quais objetivos você busca mais.

Volume de vendas

  • Número de oportunidades geradas por marketing;
  • Taxa de conversão dos vendedores;
  • Ticket Médio.

Duração do ciclo de vendas

  • Média de abordagens por negócio;
  • Tempo médio de cada etapa da venda;
  • Perfil dos clientes atendidos.

Taxa de conversão de vendas

  • Taxa de conversão de cada etapa;
  • Taxa de conversão de cada vendedor;
  • Motivos de perda.

2. Definição das estratégias

Certo, agora que você já tem seus objetivos, chega o momento de traçar quais estratégias você pode utilizar para cumprir com esses objetivos.

Seja aumentar as vendas, diminuir o ciclo ou aumentar a eficiência da equipe, você precisa pensar em como é possível colocar isso em prática.

Assim como em qualquer modelo de negócio, as estratégias vão variar muito de acordo com o tipo de cliente que você busca atrair, qual a sua cobertura atual e qual produto ou serviço você está ofertando.

Tenha um conhecimento aprofundado do seu cliente

Em tempos que se fala tanto em sucesso do cliente, isso não deveria se novidade, mas a melhor forma de conseguir fazer sua empresa crescer é entender para quem você está vendendo.

Por mais que a sua carteira tenha clientes de diversos segmentos, comece a buscar por padrões que mostram quais clientes estão trazendo mais lucro e quais ficam mais satisfeitos com seus serviços.

Depois que definir seu Perfil de Cliente Ideal, comece a entender como ele se comporta, onde ele costuma frequentar e quais são os assuntos de interesse dele. Assim, sua equipe de vendas pode encontrá-los com mais facilidade e agir de forma mais eficiente com essas contas.

Veja o que os outros estão fazendo

Caso esteja buscando uma expansão de um segmento ou região que você ainda não conhece, veja o que a concorrência está fazendo e converse com parceiros que atuem no mesmo mercado.

Sua empresa não precisa ser pioneira em tudo. Aprender com a experiência de outros negócios vai te revelar algumas estratégias já comprovadas que vão guiar sua estratégia e te oferecer melhores oportunidades de sucesso.

Organize a casa

Antes dar um passo rumo a um novo mercado, certifique-se que você realmente tem tudo organizado na sua equipe de vendas.

Você tem visibilidade real sobre os resultados do seu time? Todos os dados estão corretamente preenchidos? Você tem os colaboradores certos para a estratégia que você busca.

Dimensionar a equipe de vendas e, antes disso, ter visibilidade sobre a performance de cada membro são dois fatores importantes para o sucesso da sua estratégia.

Defina metas SMART

Não podemos esquecer que as metas precisam estar em dia para que sua equipe possa se manter motivada a sempre ir além todo mês.

Um método muito utilizado é pensar em métricas SMART:

  • S (específica);
  • M (mensurável);
  • A (atingível);
  • R (relevante);
  • e T (temporal).

Não vamos entrar em maiores detalhes aqui, até para o texto não ficar tão longo, mas, em linhas gerais, recomendamos para que você:

  • analise os resultados do passado;
  • entenda a curva padrão de crescimento/queda em cada período;
  • e pense até onde é possível ir com o seu time sem colocar expectativas inatingíveis ou abstratas demais.

Defina métricas de sucesso

Independente da estratégia escolhida no seu planejamento comercial em 2021, é importante que você tenha números que mostrem se a sua estratégia foi implementada com sucesso ou não.

Também é interessante que você separe alguns indicadores diferentes daqueles definidos nos objetivos. Afinal, uma estratégia pode ser bem implementada e ainda assim não conseguir os resultados que você buscava.

Um exemplo é o projeto de implantação de um CRM para aumentar as vendas. Se as vendas aumentaram, mas ninguém atualiza a plataforma, não foi o CRM que ajudou nesse resultado.

Agora que você tem as suas estratégias, chega hora de definir as táticas que vão oferecer a estrutura para seu negócio.

3. Definição das táticas

Seu planejamento já tem objetivos e as estratégias para tornar os objetivos possíveis, agora chega a hora de pensar na estrutura que vai apoio a esse processo.

Afinal, fazer planos é a parte “fácil”, por assim dizer. A realidade sempre foge das nossas expectativas e é por isso que você precisa ter táticas para blindar seu planejamento comercial dos imprevistos que vão aparecer.

Nesse contexto, principalmente quando pensamos em empresas em crescimento, estamos falando principalmente da padronização de processos.

O motivo disso é porque toda área tem a sua rotatividade. Pessoas entram e saem de uma empresa, mas é crucial que os processos não sejam repensados a cada alteração na equipe.

E é nesse ponto que surgem táticas para garantir que os processos vão se manter. Abaixo vamos deixar algumas táticas que podem te ajudar:

Estruturação do backoffice de vendas

Qual é o principal objetivo da área de vendas? Vender, certo? Mas sabemos que a área comercial vai muito além da negociação.

Agendar visitas, controle de estoque, geração de contratos, validação de crédito entre outras atividades vistas como burocráticas também fazem parte da rotina de vendas.

Creio que você não queira que seus melhores vendedores passem o dia preenchendo a papelada em vez de visitar clientes, certo? Então é aí que entra o backoffice.

Os funcionários que trabalham na “retaguarda” do processo de vendas fornecem todo o apoio para que a equipe do frontoffice possa se preocupar com a negociação somente.

Dessa forma, eles são uma opção para que processos sejam respeitados sem que isso prejudique os resultados da equipe de vendas.

Definir um plano de remuneração consistente

Sua equipe de vendas precisa sempre estar motivada para que as metas continuem a ser batidas. Essa não é uma tarefa fácil de cumprir e apenas aumentar a remuneração para garantir que a equipe fique motivada é um caminho arriscado no longo prazo.

Por isso, você precisa de uma política bem definida e que ainda sim motive seu time. Uma comissão agressiva ajuda a tornar a busca por resultados mais atraente, porém, sem um valor fixo, a rotatividade da equipe pode aumentar, dificultando a busca por resultados.

Outros fatores poderão entrar nessa dinâmica, como média do mercado, nível de senioridade da equipe e complexidade do produto, por isso é interessante comparar seu modelo com o de outros parceiros de mercado para verificar o que funciona melhor no seu negócio.

Padronização do processo comercial

Como falamos, a padronização é essencial para blindar sua empresa de imprevistos. Por isso, contar com ferramentas para padronização do processo comercial é mais do importante.

Essa organização pode se dar por meio de um funil de vendas, onde cada oportunidade deverá seguir uma sequência de atividades, mas os meios para estruturar esse funil são inúmeros.

Planilhas de Excel da equipe, sistemas de gestão de projetos e CRMs são alguns exemplos de plataformas que podem te ajudar nesse processo.

Então, agora que vimos todo o planejamento comercial mais teórico para 2021, chega o momento de irmos para a parte prática: a rotina da operação comercial.

4. Operação comercial

Não é apenas a parte administrativa que precisa de planejamento. A operação também precisa estar bem equipada de dados, técnicas e métodos para saber lidar bem com cada situação.

Dessa forma, existem algumas atividades que os vendedores podem se usar para orientar melhor a sua rotina:

Estudo do perfil do cliente

Não é fácil ser vendedor. Vendedores muitas vezes são vistos com suspeitas, como alguém que vai te passar a perna e vender algo que você não precisa.

Sabendo dessa suspeita, como eu faço para meus potenciais clientes confiarem mais em mim? Saiba tudo sobre ele antes de começar qualquer conversa.

Se você já tem alguma experiência com um segmento ou um perfil de cliente específico, sabe que muitas vezes as necessidades se repetem. Por mais que cada empresa tenha seu cenário com aquele problema, a solução acaba sendo similar em muitos casos.

E, uma vez que você enxerga esses padrões, fica muito mais fácil gerar autoridade e até se aproximar do seu cliente. Ao saber de antemão como você pode ajudá-lo, fica muito mais fácil vender a solução.

Mapeamento de objeções

Assim como as necessidades se repetem muito, as objeções também costumam apresentar padrões entre si.

É esperado que muitos clientes reajam com desconfiança dos vendedores num primeiro momento e se você trabalha na linha de frente deve estar acostumado com algumas frase como:

  • Não temos orçamento para isso neste momento;
  • Não é prioridade;
  • Estamos desenvolvendo isso internamente.

Esses são alguns exemplos de objeções comuns, mas elas podem se multiplicar dependendo do seu segmento de atuação. E como você lida com elas? Planejando com antecedência

Como queremos mostrar neste texto, o vendedor também pode se preparar mapeando cada objeção e ensaiando alguns métodos para contorná-las. Assim, ele fica pronto para lidar com qualquer situação.

Técnicas de persuação

Se você já conhece o Livro As Armas da Persuasão do Cialdini, já deve conhecer o termo “gatilhos mentais“. Eles são nada mais do que técnicas para ativar o instinto do cliente e fazer com que ele agilize a negociação.

Como o mérito deste artigo não é falar sobre cada um dos gatilhos, vamos apenas deixar uma lista com alguns exemplos de gatilhos:

  • Reciprocidade: você faz algum favor para o cliente e ele se sente forçado a retribuir;
  • Compromisso: seu cliente já demonstrou algum compromisso, então agora ele tem que cumprir com o prometido;
  • Prova social: outras pessoas já usaram o produto/serviço e já aprovaram, logo a solução é segura;
  • Autoridade: sua empresa possui uma série de certificados e é especialista naquele segmento, sendo a escolha mais segura;
  • Escassez: uma condição especial precisa ser aproveitada em um determinado tempo ou não estará mais disponível.

Esses são apenas alguns exemplos de gatilhos mentais que você pode usar no dia a dia. Por isso é sempre bom estudar outras técnicas que podem te ajudar nesse processo.

E falando em estudo, vamos para a última seção do planejamento comercial para 2021.

Métodos de controle e manutenção

Falamos neste artigo que o planejamento nem sempre sai como esperado. Por isso, além da estrutura para manter a operação funcionando corretamente, é importante contar com métodos para garantir que, de tempos em tempos, você corrigirá os erros existentes nos processos.

Lembrando que isso não significa que você deva microgerenciar sua equipe, ainda mais numa área tão competitiva como a de vendas.

Existem algumas formas mais produtivas de garantir que o planejamento está sendo seguido da forma correta. Conheça alguns exemplos:

Capacitação do time

Pior do que perder um profissional bem capacitado é ficar preso a uma equipe acomodada. Então é fundamental que você treine sua equipe de tempos em tempos para garantir que eles estão seguindo as diretrizes definidas no início do planejamento.

Exemplos de ações de capacitação são:

  • Escuta da gravação das ligações;
  • Role play de vendas;
  • Treinos com colaboradores mais experientes.

Vincular metas aos relatórios

Sua equipe não preenche o sistema comercial como deveria ou os dados chegam inconsistentes com o balanço do mês?

Nesse caso, seguir a filosofia do “se não está registrado, então não existe” pode ser a melhor saída. Ao colocar a importância dos dados para a equipe, é essencial que ela não sirva apenas como uma orientação, mas uma obrigatoriedade.

Isso também não quer dizer que seus colaboradores tenham que ser forçados a lidar com toda a burocracia. Automatizar o registro de tarefas manuais ou contar com um backoffice podem ser algumas soluções para melhor a produtividade da equipe enquanto mantém os relatórios bem atualizados.

Disponibilize dashboards para o time

Resultados só podem ser medidos com números. Então não basta apenas fazer com que a sua equipe os registre, mas garantir que sua equipe lute por eles.

Disponibilize relatórios que mostrem que o esforço dos colaboradores está resultando no crescimento pessoal deles e da área com um todo.

Como gestor, você também precisa ter seu próprio painel para acompanhar no dia a dia.

Já tem tudo o que precisa para o planejamento comercial de 2021?

Esperamos que essas dicas te ajudem a se preparar melhor para a retomada no próximo ano. Lembrando que é sempre importante levar em consideração as especificidades do seu segmento para considerar cada ação.

 

Publicado por Rock Content 

07 set
Os prós e os contras da nota de R$ 200

A inflação acumulada e os 'desbancarizados' estão por trás da criação da nova cédula, que, apesar de virar meme na web, reflete questões importantes

Foto: Raphael Ribeiro/BCB Banco Central/Divulgação

Apesar de a nota de 200 reais ter virado meme e ocupado os assuntos mais comentados do Twitter, também se discutem questões sérias sobre a economia brasileira em torno da nova cédula. De acordo com o Banco  Central, ela foi criada pelo mesmo motivo que as de 2 reais e de 20 reais, em 2001 e 2002, respectivamente: reduzir o custo de impressão e de logística do papel em um momento que a demanda pelo dinheiro em espécie aumentou.

 

Em 2020, serão impressas 450 milhões de unidades, em um valor total de 90 bilhões de reais, e ao custo de 146,25 milhões de reais. Com a crise da Covid-19, muitas pessoas sacaram mais dinheiro em espécie, principalmente do auxílio emergencial. O problema é que esses recursos não retornaram aos bancos ou circularam pela economia de forma normal, o que significa que ele está nas mãos do público, muitas vezes em suas casas.

 

“Não foi exclusividade do nosso país, outras nações viveram fenômeno semelhante. Em momentos de
incerteza, é natural que as pessoas busquem a garantia de uma reserva em dinheiro”, disse Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Esse fenômeno também é causado pela diminuição das transações presenciais no comércio. Apesar de uma tendência mundial, no Brasil a expansão do volume de dinheiro em circulação foi muito maior: de 6,6% em fevereiro para 35% em junho. Nos EUA, em doze meses ele passou de 4,5% para 11,3%, enquanto no Japão passou de 2,5% para 3,9%.

 

É claro que a novidade tem o seu lado positivo e reduzir os custos de impressão é um deles. Para se alcançar os mesmos 90 bilhões de reais em circulação com cédulas de 100 reais, por exemplo, o custo caria muito mais alto. Além disso, o transporte será facilitado uma vez que o volume é menor. Há, no entanto, do outro lado da moeda, muitos fatores negativos.

 

O fato de as pessoas estarem guardando mais dinheiro em espécie nesse momento de crise remete como o trauma causado em 1990 pelo confisco da poupança, no governo Collor, ainda está na memória da população. “É muito comum encontrar um idoso que não conta em bancos, porque eles não acompanharam toda a evolução do sistema financeiro”, diz Rachel de Sá, economista da XP Investimentos.

 

A inflação naquela época, por exemplo, era de 84% ao mês, e em agosto o IPCA 15 ficou em 0,23%. Mesmo que tenha sido ferida nas últimas décadas, ela ainda existe. Ao se observar a inflação acumulada, o real vem perdeu bastante valor desde maio de 2000. De forma que na época uma nota de 100 reais hoje corrigida pelo IPCA corresponderia a uma de 329,77 reais. Ou seja: quando o dinheiro fica guardado em espécie, ele deixa de render. “É muito ruim  manter o dinheiro no colchão, para a pessoa e para a economia como um todo. Isso reflete a falta de educação financeira”, diz Sá.

 

Outro ponto negativo desse fenômeno é que, na contramão dos objetivos do BC e do que ocorre nos países mais desenvolvidos, ainda há uma grande quantidade de brasileiros fora do sistema bancário. Para receber o auxílio emergencial, muitos cidadãos tiveram de abrir uma conta poupança na Caixa Econômica Federal. Eles, porém, simplesmente sacaram o dinheiro em espécie, afinal a conta poupança não é feita para transações correntes, e guardaram o valor fora do sistema financeiro. Isso tudo depõe contra a agenda de digitalização que vem sendo empreendida pelo BC.

 

No cenário negativo, é possível prever ainda as dificuldades que os comerciantes terão para conseguir dar troco aos seus clientes. Hoje ela já é grande com uma nota de 100 reais, imagine só com o valor dobrado. Por fim, há uma preocupação de que uma nota de maior valor vai facilitar o trabalho de quem deseja lavar altas somas de dinheiro, facilitando a vida dos corruptos que escondem da Justiça malas cheias de notas.

 

Publicado por Revista Veja 

 

28 ago
Juros compostos: o que é e como utilizar ao investir

Muitos já devem ter ouvido falar sobre os juros compostos, mas não possuem o conhecimento sobre seus benefícios na vida financeira

Muitos já devem ter ouvido falar sobre os juros compostos, mas não possuem o conhecimento sobre seus benefícios na vida financeira na utilização para investir.

Sabendo de sua importância, abordaremos neste artigo os investimentos que são influenciados pelos juros compostos, além de apresentar seu significado e como realizar os cálculos.

O que são juros compostos

Basicamente, os juros compostos são juros aplicados sobre juros, possibilitando um aumento no rendimento de forma significativa. Por causa disso, eles costumam ser muito úteis no mercado financeiro e na utilização da matemática financeira.

Um exemplo sobre o uso dos juros compostos é a aplicação nas contas vencidas no mês. A dívida sofre um aumento por causa dos juros que começam a incidir sobre os juros já existentes.

Apesar dos juros compostos apresentarem um resultado negativo para o devedor, este tipo de cálculo pode ser um grande aliado para quem busca investir seu dinheiro em aplicações financeiras. Isto é, quando se tem uma boa organização financeira, é possível se favorecer com os juros.

Como calcular os juros compostos?

No primeiro momento, o cálculo dos juros compostos pode ser considerado complicado. Vamos explicar como fazer esta conta e você vai perceber como o procedimento é simples.

Veja qual é a fórmula para calcular os juros:

M = C (1+i)^t

Sendo:

  • M: capital acrescido de juros, conhecido como montante final
  • C: valor inicial da dívida, caracterizado como capital aplicado
  • i: uma taxa de juro (%)
  • t: tempo

Vamos supor que você realizou uma aplicação de 8.000 reais, com uma taxa de 1% ao mês, no período de seis meses.

Confira o cálculo realizado com a fórmula dos juros compostos:

  • Montante = capital x (1 + taxa de juro) elevado ao período de tempo definido
  • Montante = 8.000 x (1 + 0,01)⁶
  • Montante = 8.492,12

É interessante enfatizar que não é preciso decorar a fórmula para o cálculo. Atualmente, você encontra várias ferramentas pela internet que podem ser utilizadas para o cálculo dos juros compostos. Uma delas é a Calculadora do Cidadão, uma ferramenta gratuita do Banco Central. Conforme o exemplo acima, após o período de seis meses, você terá em mãos 8.492,12 reais, sendo que os 492,12 reais são decorrentes aos juros compostos. E claro, quanto mais tempo você deixar este dinheiro aplicado, maior será o rendimento.

Diferença entre juros simples e juros compostos

Os juros simples costumam ser utilizados em situações de curto prazo, por exemplo, um empréstimo de dinheiro para um amigo ou familiar. Então, os juros incidem apenas sobre o valor principal, e não sobre os juros gerados a cada mês.

Já os juros compostos são os juros de um determinado período que serão somados ao capital e utilizados para o cálculo de novos juros do período seguinte.

Para mais esclarecimentos sobre a diferença entre juros simples e os juros compostos, veja um exemplo prático das duas situações.

Juros simples

Fórmula: C.i.t

Onde:

  • C: capital inicial
  • i: taxa de juro
  • t: tempo

Juros simples: R$ 10.000 x 0,01 x 10 = R$ 1.000

Total: R$ 11.000

Juros compostos

Fórmula: M = C (1+i) ^ t

Juros compostos: 10.000 x (1 + 0,01) elevado a 10

Total: R$ 11.046,20

Com os juros compostos, o capital teve um aumento a cada mês, apresentando um melhor resultado no período. Mas, é claro, precisamos sempre ter em mente que esta situação pode ser tanto positiva quanto indesejada.

Conheça os investimentos que utilizam os juros compostos

Existem vários tipos de investimento que utilizam os juros compostos como forma de remuneração. Os mais conhecidos são as aplicações em renda fixa, por meio das quais os investidores se beneficiam com os resultados obtidos no longo prazo.

CDB – Certificado de Depósito Bancário

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido por bancos que usam este capital para financiar suas atividades. Ao final do período, a instituição financeira devolve o valor acrescido de juros.

Os juros utilizados neste título de renda fixa podem sofrer uma variação entre as instituições. Normalmente, os juros do CDB são atrelados ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Tesouro Direto

Os títulos do Tesouro Direto são uma possibilidade para as pessoas que desejam aplicar seu dinheiro em ativos de baixo risco. Com ele, o investidor empresta seu dinheiro ao governo em troca de um rendimento atrelado à Taxa Selic ou ao IPCA.

Como o Tesouro Direto é um investimento oferecido pelo governo, não é possível encontrar variações dos juros entre as instituições financeiras. Neste caso, o investidor precisa ficar atento sobre as várias opções disponíveis, as taxas atreladas e o período de vencimento de cada um.

Portanto, o recomendado é que se faça uma pesquisa sobre o título público que melhor se adequa às suas necessidades do momento.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

As letras de crédito foram criadas para impulsionar as atividades do setor imobiliário (LCI) e do setor de agronegócio (LCA).

São investimentos isentos de imposto de renda para pessoa física, o que chama a atenção de muitos investidores.

Ações

A renda variável também funciona indiretamente com os juros compostos, mas para esta modalidade não é possível prever os rendimentos que obterá ao investir na bolsa de valores. Devido à ausência da previsibilidade, os juros compostos podem apresentar resultados negativos. Por exemplo, as ações que você investiu podem sofrer quedas em um determinado período.

Por causa deste cenário incerto, a renda variável demanda uma análise mais cuidadosa, mas, com uma boa estratégia, a renda variável pode ser considerada uma excelente opção. Os juros compostos podem ser grandes aliados em seus investimentos, mas também podem ser grandes inimigos quando o assunto é uma conta vencida. O segredo está em utilizar este mecanismo a seu favor. Aproveite os grandes benefícios dos juros compostos e fuja dos prejuízos que eles podem te causar.

21 ago
As melhores e piores empresas do primeiro trimestre 100% pandêmico

Com um trimestre inteiro de pandemia, já podemos saber quem foi afetado, e como.

Quando a pandemia começou e os circuit breakers dominaram a Bolsa, a principal pergunta que todos os investidores em ações queriam e precisavam ver respondida era: como isso vai afetar as empresas?

As respostas mais comuns eram “depende do caixa”, “depende da saúde financeira”, “depende do mercado em qual a empresa está”… enfim: DEPENDE.

Um trimestre completo sob pandemia já passou, e os resultados das companhias já foram divulgados. Portanto, agora podemos ter algumas respostas bem melhores que “depende”.

Neste episódio do Stock Pickers o tema é esse. Quem foi bem? Quem foi mal? Quem surpreendeu nesta temporada de resultados 100% afetada pela covid-19? Luiz Aranha, da Moat, e Felipe Passaro, da Trafalgar deram suas opiniões.

“Esperava uma catástrofe”, diz Aranha. “Tivemos, sim, tombos relevantes, mas não foi tão ruim quanto poderia ter sido”, completa.

E-commerce e tecnologia

Uma das mais óbvias teses para os tempos de pandemia é o e-commerce, afinal, com lojas fechadas e isolamento social, só nos restaria comprar pela internet. A tese parece ter se confirmado e trazido excelentes resultados financeiros, principalmente sobre o Mercado Livre.

Já era esperado que os resultados viessem fortes, mas não com uma expansão de margem tão relevante”, afirma Passaro. Essa temporada de resultado tem sido mais para confirmar a saúde das empresas”, conclui.

Setor financeiro

Aranha tomou posição neste que é o maior debate do Ibovespa: long ou short em bancos. A Moat está comprada e uma das razões principais é a pandemia, ou a retomada posterior. “O país começa a se alavancar. Dinheiro precisa ser emprestado para a retomada e isso deve ser bom para os bancos incumbentes”, afirma. Bancos incumbentes são os famosos bancões (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander).

 

Publicado por Infomoney

07 ago
O que você precisa saber para se tornar mais criativo em 11 passos

A criatividade não é um dom, mas uma habilidade do ser humano ligada à nossa capacidade de invenção e inovação. Assim como qualquer competência, é possível praticar a criatividade para despertá-la e desenvolvê-la, tornando-se uma pessoa mais criativa.

Profissionais criativos nem sempre têm picos de imaginação. Problemas pessoais, cansaço físico, baixa autoestima, ruídos externos… Tudo isso pode acabar com a produtividade de especialistas em criação de conteúdo.

Apesar disso, não se desespere. Mesmo com a falta de inspiração, existem diversos meios para estimulá-la.

Não são segredos milenares, mas dicas práticas para você aplicar no conforto do seu lar ou escritório cotidianamente.

Neste artigo, você aprenderá as melhores técnicas para impulsionar a criatividade e se livrar de vez das suas horas ociosas diante da tela do PC. Mas primeiro, precisamos definir:

O que é criatividade?

A criatividade não é um dom, mas uma habilidade do ser humano ligada à nossa capacidade de invenção, reinvenção e inovação. Assim como qualquer competência, é possível praticar a criatividade para despertá-la e desenvolvê-la, tornando-se uma pessoa mais criativa.

Só se cria algo a partir de experiências anteriores. Diz o ditado, certeiro:

Para quem só conhece martelo, todo parafuso é prego.

O que pessoas criativas têm de diferente é um repertório amplo e uma capacidade de recorrer a ele, desmontar e montar novamente as suas vivências. É combinando o que se sabe com o que se conhece que faz nascer o novo. Assim, vamos te ensinar como criar esse repertório:

Como ser mais criativo em 11 passos

Para os pesquisadores , a maior causa da ausência de criatividade é a falta de estímulos. O cérebro é um órgão complexo e alimentar as diversas partes que o compõem é essencial para ter novas ideias.

Acordar, ir ao trabalho, realizar as mesmas tarefas, voltar para casa, assistir a programas semelhantes e dormir. Esse tipo de atividade cotidiana é tudo que você deve evitar para trazer a inspiração.

Segundo o sociólogo e psicólogo inglês Graham Wallas, existem quatro fases para o surgimento de uma ideia. São elas:

  1. preparação: consiste no estudo preparatório acerca de um tema;
  2. incubação: o tempo em que a ideia é formulada dentro da mente, de maneira despercebida pelo ser;
  3. iluminação: é quando a ideia chega à consciência,
  4. verificação: ocorre ao “checar” se a ideia é realmente boa.

Assim, aquele pequeno devaneio se torna uma grande ideia. Mas, como você pôde ver, existe um processo.

Ser mais criativo envolve mudar sua forma de pensar e trabalhar para remover os obstáculos no caminho de sua criatividade natural, permitindo que você a alcance e a desenvolva.

Os passos a seguir são dicas e técnicas simples de como fazer isso por meio de novos hábitos e mudanças de mentalidade:

1. Tenha um propósito

Assim como para qualquer objetivo traçado, você será muito mais eficiente se tiver um propósito. Ou seja, um motivo pelo qual deseja ser mais criativo.

Pode ser para se tornar um escritor melhor, um designer diferenciado ou simplesmente ter mais facilidade para solucionar problemas da sua rotina.

Mas é preciso ter um propósito que inspire você a seguir em direção a inovações e novas soluções para atingir seus objetivos.

2. Estude muito

Como dito antes, não existem ideias sem conhecimento. É preciso que exista uma base para o surgimento da criatividade.

Você pode tentar exercitar isso agora mesmo. Pense em uma área sobre a qual você não compreende. Agora tente inventar soluções e novidades para revolucionar o setor. Difícil, não é?

Por sorte, hoje temos a internet. Um dossiê infinito de informações disponíveis à distância de um clique. Você pode assistir vídeos, ler artigos e livros, ouvir podcasts e mais uma infinidade de materiais disponíveis de maneira gratuita e instantânea.

Seria absolutamente inútil se uma maçã caísse sobre a cabeça de Isaac Newton e ele não tivesse pesquisado sobre a matemática e a física durante os anos anteriores.

O próprio cientista conta como funcionava o seu processo criativo:

“Eu apenas mantenho o assunto diante de mim, sempre pensando. Até que os segredos são revelados, um por um, bem lentamente, completos e claros”.

Então, lembre-se: seja qual for o tema sobre o qual você escreverá, é preciso estudá-lo e compreendê-lo. Só assim será possível absorver informações e iniciar o processo criativo.

3. Saia da sua zona de conforto

Uma característica comum a todos os grandes criativos da humanidade é a fome pelo conhecimento. Eles observavam o mundo, aprendiam sobre variados temas e se arriscavam em áreas que não dominavam por completo.

E não é à toa. Sair da zona de conforto é um exercício necessário para que o cérebro ative diferentes áreas e, consequentemente, formule novas ideias.

Mas não entre em pânico, você não precisa começar do zero. Existem muitas áreas relacionadas a todos os temas e é possível conectá-las.

Você é fera em marketing digital? Então, comece a aprender sobre programação. É um expert em literatura? Então, ainda há outras 6 artes sobre as quais aprender. Tem conhecimentos em nutrição? Ótimo, então, é hora de começar a explorar a educação física.

Isso também inclui os seus hobbies. Portanto, assista a séries de gêneros que não está acostumado, jogue outros esportes e converse com novas pessoas. O cérebro humano é uma ferramenta muito mais poderosa do que você imagina. Então, explore o máximo do seu potencial.

Muitas vezes, até mesmo pequenos atos podem impulsionar a criatividade. Escolher uma rota diferente para ir ao trabalho. Sentar-se em outro lugar durante o café da manhã. Tentar adivinhar objetos de olhos vendados.

No caso de redatores, essa é uma possibilidade bastante vívida. Candidatar-se em outras categorias, aprender sobre novas técnicas de escrita, consumir diferentes formatos de conteúdo.

e você parar para refletir, os grandes pensadores sempre se arriscam em novas áreas. Leonardo da Vinci, por exemplo, foi um renomado artista. Além de pintor, ele era escultor, poeta e músico. Aí estão as áreas relacionadas.

Mas, além disso, destacou-se como arquiteto, cientista, matemático, anatomista, botânico, inventor e engenheiro.

Calma, você não precisa igualar os feitos de um dos maiores gênios da humanidade. A ideia é que você saiba que quanto mais você desafia seu cérebro, mais ideias surgem.

4. Fuja da rotina

A mesmice é, certamente, um remédio de baixa qualidade para o cérebro. Quando você faz as mesmas coisas todos os dias, o seu cérebro se acostuma com a rotina e estagna.

Não adianta forçar, suas ideias não surgirão de um momento para o outro. Durante a fase da incubação, elas estão se desenvolvendo, mesmo que você não perceba.

Então, sempre que a sua criatividade estiver em baixa, tente realizar atividades que geralmente não fazem parte do seu dia a dia. Mesmo à frente do computador, existem milhões de possibilidades.

Abra as janelas do seu quarto ou escritório. Deixe que os seus cinco sentidos trabalhem. Sinta o vento bater no rosto. Cheire novos aromas. Experimente sabores inéditos. Vá a lugares que nunca foi. Escute músicas diferentes das usuais. Ao estimular o funcionamento dos sentidos, a criatividade surge naturalmente.

Um exemplo: quando Gabriel Garcia Márquez sofria um dos piores bloqueios criativos de sua vida, ele foi convencido pela esposa a viajar, algo que ele raramente fazia. Assim que chegaram à praia, ele teve uma ideia que, mais tarde, se tornaria o romance Cem Anos de Solidão, uma de suas maiores obras-prima.

5. Observe o mundo ao seu redor

Muitas vezes, as ideias surgem das associações mais absurdas. Vivenciar tudo que o mundo oferece pode fazer emergir a criatividade em instantes.

Steve Jobs, por exemplo, teve a ideia de criar embalagens compactas para seus produtos depois de observar a caixinha na qual estava o seu sanduíche.

E quando George Orwell viu um garoto em uma carroça puxada por um burro, ele se perguntou: e se os animais percebessem a força que têm? Nascia ali A Revolução dos Bichos, um dos best-sellers mais lidos de todos os tempos.

O mesmo aconteceu diversas vezes na história da humanidade. Um bom observador pode acessar as áreas mais criativas do cérebro com facilidade. Então, exercite essa atividade!

6. Relacione-se com as pessoas ao seu redor

Muitas vezes temos uma fonte inesgotável de criatividade nas pessoas que estão ao nosso lado. Conversar com a família e amigos pode ser um ótimo meio de conseguir estimular as novas ideias.

Você sabe quem são Dustin Moskovitz, Chris Hughes e o Brasileiro Eduardo Saverin? Eles eram alunos de Harvard que dividiam o quarto com um sujeito estranho chamado Mark Zuckerberg.

Eles poderiam ter se atentado aos estudos e ignorado a ideia absurda do colega, que queria criar um site para eleger as pessoas mais atraentes da faculdade. Em contrapartida, Mark poderia também negligenciar as sugestões dos amigos para transformar aquilo em algo maior.

Mas essa história não termina assim. Eles conversaram, se divertiram e, juntos, fundaram o Facebook, a maior rede social da atualidade. Hoje, todos eles são empreendedores bem sucedidos.

Portanto, relacionar-se é uma ótima solução para estimular a criação de novas ideias. Esse processo é também conhecido como brainstorm (algo como tempestade cerebral, em português), e é um dos modelos de maior sucesso nos ramos criativos de negócios.

7. Peça ajuda para outra pessoas

Certamente, duas mentes criativas pensam melhor do que uma. Então, externalizar as suas ideias pode ser o que faltava para que elas comecem a fluir.

Na antiga Grécia, famosos pensadores como Platão e Aristóteles costumavam discutir com seus alunos para formular novos pensamentos. A arte do diálogo sempre foi a favorita dos filósofos, que acreditavam que o auxílio de outras mentes criava argumentos mais concisos.

Você não está sozinho, então, compartilhe suas considerações com os outros. Essa prática pode surpreendê-lo, e será possível retribuir em outro momento.

8. Descanse bastante

A incubação pode ocorrer em diversos níveis temporais. Pode ser que ela venha em cinco minutos ou demore anos até que, finalmente, se torne uma ideia palpável.

Isso não impede que você tenha uma ideia genial em poucos minutos. Ou que, depois de um longo período de pensamentos, você perceba que a sua idealização não era assim tão boa.

Em ambos os casos, é preciso dar um tempo para a sua mente. Repare que, se pensarmos literalmente, isso não acontece nunca. O cérebro de um ser humano vivo nunca deixa efetivamente de funcionar, mesmo enquanto dorme.

A verdade é que pausas e descansos fazem muito bem para o cérebro. Você já deve ter reparado que, quanto mais você pensa em algo, mais difícil é desenvolver o raciocínio acerca do tema.

Isso acontece porque o processo da incubação ocorre inconscientemente. Por isso, é necessário se distrair para deixar as partes ocultas da sua mente trabalhar.

Uma dos métodos mais conhecidos para produtividade no mundo corporativo é a Técnica Pomodoro. Basicamente, ela consiste em trabalhar por um período longo (como uma hora seguida) e exercer outras atividades por um breve tempo (como cinco minutos).

Então, sempre que você se sentir extenuado de pensar nas ideias que colocará em um texto, por exemplo, faça uma pausa. Assista a um vídeo no YouTube, mexa no seu celular ou apenas vá até o lado de fora e volte a observar o mundo. Se possível, termine a tarefa no dia seguinte.

Essa prática certamente poderá ajudá-lo a reorganizar as coisas. Relaxar, dormir, sentar, distrair. Essas ações são tudo que você precisa para voltar com tudo.

9. Coloque as ideias no papel

Depois de tudo isso, as ideias começarão a surgir. A princípio, elas podem não ser tão boas assim. Isso pode ocorrer por diversos motivos: faltaram estudos para servir de alicerce, você não descansou o suficiente ou elas simplesmente ainda não se formaram totalmente.

Ainda assim, sabemos como é trabalhar com prazos. Nem sempre é possível esperar para cumprir um tarefa.

Nessa fase, onde inicia-se a iluminação, você não ouvirá um plim nem uma lâmpada se acenderá na sua cabeça, como nos antigos desenhos animados. Então, mesmo que não considere as ideias tão boas, coloque-as no papel.

De forma similar, elas podem desaparecer em devaneios. Então, registrá-las é a melhor forma de garantir que você não perderá o fio da meada.

10. Não tenha medo de errar

Charles Darwin, Thomas Edison, Alexander Graham Bell, George Orwell, Ludwing van Beethoven, Nikolas Tesla, Louis Pasteur, Albert Einstein, Galileu Galilei, Henry Ford, Steve Jobs, Santos Dumont, Larry Page e Sergey Brin. Você sabe o que esses nomes têm em comum?

Se você respondeu que todos eles foram gênios à sua maneira, acertou. Mas o ponto é que, em algum momento de suas carreiras, foram desacreditados. Foram chamados de loucos, burros, medíocres. E, ainda assim, persistiram em suas ideias.

Os erros acontecem. E, acredite, nem sempre de fato existem. Às vezes uma ideia pode parecer boba, mas se você não tentar, não terá o prazer de se arrepender e, com isso, aprender.

11. Crie. Crie qualquer coisa

Desenhe, escreva, cante, pinte. Absolutamente qualquer coisa.

Crie um blog post. Uma escultura. Uma nova receita para aquele macarrão de sábado de madrugada.

Faça uma nova maquiagem e penteado, mesmo que não vá sair com eles.

A criação não precisa (e nem sempre deve) ser grandiosa ou perene. Entenda que criar é parte da sua essência e não fuja dela.

Tente inovar e impulsionar a criatividade em pequenos passos diariamente. Reinvente-se a cada instante. Pense em criações, frases e orações que nunca usou. O importante é manter a originalidade em seus atos.

Dessa forma, a criatividade se torna natural para você e nunca mais terá que ler outro artigo como esse para desenvolvê-la.

Publicado por Rockcontent 

04 ago
O que é Reforma Tributária e quais pontos estão em discussão?

Imposto de Renda Negativo, Nova CPMF, PIS e Cofins unificados… A reforma pode mudar muitos dos impostos que você paga hoje. Entenda o que está na primeira proposta..

PIS, Cofins, IOF, ICMS, IPVA, IR… A lista de impostos pagos pelos brasileiros parece infinita. A Reforma Tributária, que vem aparecendo cada vez mais nos noticiários, pode ser um primeiro passo para simplificar.

O projeto de lei prevê a unificação do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), e tem como ideia criar um tributo sobre bens e serviços que seja mais fácil de entender, preencher e recolher, com alíquota de 12%.

Ficou confuso? É normal, são muitas coisas em discussão. Veja, abaixo, os principais pontos dessa primeira proposta explicados.

O que é Reforma Tributária?

Começando do princípio: uma reforma tributária visa a mudança da forma como são cobrados os impostos, taxas e outras contribuições obrigatórias em um país. Trata-se de uma reforma político-econômica cujo objetivo principal é modernizar o sistema de pagamento e ajudar a corrigir possíveis problemas econômicos e sociais – como moradia, desemprego, saúde e educação.

Vale lembrar: Reforma Tributária não é sinônimo de redução de impostos. Eles podem ou não diminuir.

O que foi apresentado na proposta de Reforma Tributária do governo?

A proposta tributária, apresentada em julho de 2020, propõe a Unificação de PIS e Cofins, Imposto de Renda negativo, CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e aborda ainda outros temas. Entenda cada um deles.

1. IR negativo

O IR Negativo é uma proposta pensada para  trabalhadores informais – que não possuem um único empregador . A ideia é que esse tipo de prestador de serviço não tenha que arcar com encargo trabalhista. Por isso a proposta do IR negativo.

O IR negativo acontece quando, em vez de pagar impostos, pessoas com renda mínima recebem pagamentos complementares do governo.

Segundo o Ministério da Economia, ao declarar os R$500 no Imposto de Renda, o governo depositaria 20% do rendimento mensal do trabalhador informal em uma conta. Ou seja, nem a empresa, nem o trabalhador precisa contribuir. Tal valor poderá ser sacado quando ele se aposentar.

2. Nova CPMF

A nova CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), visa elaborar um novo imposto sobre pagamentos e transações eletrônicas – uma espécie de imposto digital -, com alíquota de 0,2% a 0,4%.

Vale lembrar que a alíquota é o valor utilizado para calcular quanto será determinado tributo a ser pago pela empresa, como impostos, taxas e contribuições. Em outras palavras, a alíquota é proporcional ao rendimento.

Segundo o governo, com isso seriam arrecadados de R$ 60 bilhões a R$ 120 bilhões por ano.

No entanto, não se sabe ainda se a cobrança irá refletir sobre qualquer pagamento feito pela internet (utilizando o internet banking, por exemplo) ou apenas em compras online de bens e serviços.

3. Unificação de impostos

O objetivo é criar um único imposto, unificando os tributos já existentes. Por enquanto, a reforma deve unir apenas PIS e Cofins, que são impostos federais. O ISS (Imposto Sobre Serviços), o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), por exemplo, devem permanecer iguais.

Atualmente, vários setores de serviços pagam o equivalente a 3,65% da receita bruta de PIS e Cofins. Com a mudança, esse percentual seria de 12%.

Quais os próximos passos da Reforma Tributária?

Nessa primeira fase, está em discussão a unificação do PIS e da Cofins. O Ministério da Economia disse que a proposta de reforma tributária deve ter mais três etapas, que incluem na discussão: mudanças na forma como é cobrado o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados); alterações na cobrança da renda de pessoas jurídicas e físicas e também isenção da folha de pagamentos.

IR negativo e a nova CPMF devem ficar para a segunda fase.

No momento (Julho 2020) a proposta está sendo analisada pelo Congresso Nacional.

Postado por Blog Nubank

30 jul
As principais características de um líder atual de sucesso

Você consegue listar quais são as principais características de um líder atual? Saber definir com clareza algumas dessas características é fundamental para quem trata com o mercado de trabalho, afinal, o próprio mercado está em constante mudança e desenvolvimento.

Toda essa evolução faz com que as características de um líder atual sejam diferentes daquelas vistas em lideranças do passado. Hoje, líderes efetivos têm múltiplas habilidades, e vão além de apenas conduzir equipes a fim de alcançar metas e objetivos.

Como definir um líder?

Em qualquer época, um líder é visto como alguém que guia uma ou mais pessoas para o cumprimento de algo estipulado. Hoje, porém, entendemos que essa jornada não compreende apenas o alcance de resultados, mas também a evolução, de alguma maneira, de todos que participam do processo.

Líderes são pessoas com um elevado poder de inspirar quem está ao seu redor, de influenciá-los e guiá-los em uma empreitada, que pode ter motivações pessoais ou profissionais.

Diante disso, muitos podem pensar que não possuem as principais características de um bom líder. Porém, a questão: qualquer habilidade pode ser desenvolvida. Bons líderes estão sempre lapidando seus conhecimentos, com o tempo, derrotas (e consequentes aprendizados) e a persistência para tentar novamente.

A importância de um líder para as empresas

Embora as tecnologias, a pressão (interna e externa) e a alta competitividade mercadológica tenham transformado o mercado, o papel do líder ainda é de extrema importância em qualquer negócio. Porém, assim como os modelos de negócio e de gestão, o modelo de liderança também mudou com o passar do tempo.

O maior exemplo é em relação à liderança autocrática, que não cabe mais na cultura organizacional de uma empresa focada em se desenvolver continuamente. Ordens, execuções e limitações perspectivas não têm mais espaço em meio a um panorama impulsionado pela revolução tecnológica e social.

As características de um líder atual devem dar espaço para uma liderança construída em conjunto com os colaboradores, que são mais participativos e buscam inspirações em uma figura que sirva de exemplo para eles.

Se o líder de hoje não tiver esse conjunto de habilidades e competências, ele acaba desmotivando seus colaboradores, o que contribui para o aumento do turnover da empresa. Motivação e eficiência são qualidades inerentes a esse papel de um líder atual.

Em um contexto geral, para as empresas um bom líder engloba diversos aspectos, tais como:

  • Compartilhar poder e conhecimento para que todos tenham autonomia e responsabilidades;
  • Ter flexibilidade ao lidar com regras e normas;
  • Contribuir com feedbacks e orientações aos colaboradores;
  • Relacionar-se com todos de sua equipe;
  • Delegar, mas também de maneira participativa no processo produtivo.

Esse perfil que prioriza o desenvolvimento da equipe, a satisfação de cada um de seus colaboradores (e o desenvolvimento de seus talentos) e a atenção à melhoria gradual do fluxo de trabalho — que se reflete em uma experiência memorável para os clientes —é o que faz da liderança essencial dentro de uma empresa.

Principais características de um líder atual

O mercado, assim como o mundo todo, está passando por transformações e processos de remodelagem de conceitos e práticas. A tecnologia tem promovido a automatização de todos os setores, com softwares que auxiliam na gestão e nos processos organizacionais e facilitam as tarefas do universo empresarial, assim como a adoção de novos modelos de trabalho, como o home office.

Tudo isso faz com que um líder atual precise estar antenado às inovações e às novas tecnologias, além de estar integrado aos processos de gestão organizacional.

Também é preciso que um bom líder conduza sua equipe a obter bons resultados, e incentive o crescimento prezando sempre por um grupo harmônico. A valorização do capital humano é fundamental e um líder atual deve ter essa visão.

Há, ainda outros fatores indispensáveis para uma liderança de sucesso. Entre as principais características de um líder atual, destacamos:

1. Boa comunicação

Um bom líder atual precisa ter boas habilidades de comunicação, afinal, é através da comunicação garante o entendimento correto por todas as partes, além de evitar equívocos e conflitos.

Ser capaz de se expressar abertamente e criar empatia com outras pessoas é o fundamento de uma liderança eficaz. E, para conseguir isso, o segredo é simples: ouvir. A única maneira de fazer as pessoas seguirem você é fazendo com que elas se sintam ouvidas.

Algumas dicas ajudam para a garantir a boa comunicação:

  • Prefira sempre conversas feitas pessoalmente;
  • Mantenha contato visual com quem está falando;
  • Mostre interesse sincero no que o outro diz.

Para muitos especialistas, a comunicação é a principal qualidade de ser um grande líder. Portanto, invista nisso!

2. Integridade

Sem integridade é praticamente impossível conquistar a confiança de uma equipe. Você não pode esperar que seus colaboradores sejam honestos quando não é isso o que você passa para eles – ou para os negócios das empresa.

Um líder é honesto quando pratica o que prega, vive de acordo com seus valores centrais, lidera pelo exemplo e segue adiante. A integridade é a pedra angular de todas as outras qualidades de liderança. Sem ela, é difícil sustentar qualquer discurso.

3. Valorização do capital humano

Como já citamos, uma das principais características de um líder atual é a valorização do capital humano. Isso significa valorizar seus colaboradores, e também incentivá-los ao desenvolvimento e ao crescimento, sem o medo de ser substituído.

Um bom líder entende que o seu sucesso está diretamente atrelado à evolução de sua equipe. Por isso, é preciso incentivar essa evolução, assim como oferecer meios para que ela aconteça.

Neste sentido, é importante que o líder esteja sempre atualizado e incentive todos os seus comandados a estarem também.

4. Flexibilidade

Cada indivíduo tem um perfil e se dá bem trabalhando com pessoas de determinada personalidade, mas um líder precisa ter a flexibilidade de saber trabalhar com pessoas extremamente variadas, muitas vezes dentro de um mesmo time.

Sendo assim, todo líder atual deve saber com a diversidade nas empresas, que se expressam de maneira diferente e trabalham de maneira diferente.

5. Confiança

Para ser um líder eficaz, é preciso arregaçar as mangas e assumir o comando. E isso só é possível quando há confiança suficiente para liderar, sabendo que seus planos e visão não são apenas viáveis para a equipe, mas são efetivamente o melhor.

Sem confiança em si mesmo, é impossível manter um papel de liderança. Quanto mais você acreditar em si mesmo, mais poderá gerenciar qualquer situação estressante, além de passar confiança também aos seus colaboradores.

6. Propósito claro de atuação

Hoje os melhores líderes têm um propósito claro de atuação, ele norteia suas ações e dá sentido ao que é feito, inspirando todo o time na busca por resultados exponenciais.

É preciso deixar claro por que se faz o que é feito, refletir os motivos que o levam a agir e com isso engajar as outras pessoas.

7. Ousadia

O mercado atual é muito competitivo e demanda cada vez mais dos profissionais. Assim, mais uma característica de um líder atual é a ousadia, quase como uma busca por novos patamares.

É importante que essa ousadia não seja apenas na busca por bons resultados, afinal, erros sempre podem acontecer e devem ser tratados como aprendizados. Pense sempre na ousadia como algo que deve trazer novos desafios, novas perspectivas e ideias.

8. Inteligência emocional

A inteligência emocional vai além de ser uma pessoa que consegue controlar suas próprias emoções. Dentro do mundo empresarial há vários situações estressantes e que são difíceis de lidar, como o desligamento de funcionários, crises internas, entre outros.

Em todas essas situações é necessário agir com muita astúcia, e ter a capacidade de sentir o ambiente e as pessoas. Por isso a inteligência emocional é uma das características mais valorizadas por muitas empresas.

9. Feedbacks

A importância dos feedbacks no ambiente de trabalho é inegável. Cabe ao líder saber mostrar os pontos de melhora sem causar nenhum tipo de mal-estar ou constrangimento.

Em contrapartida, também é preciso receber bem os feedbacks de seus colaboradores, pois um ponto de vista diferente pode trazer melhorias inestimáveis aos processos e consequentemente melhores resultados.

Embora os feedbacks estejam muito ligados à boa comunicação, muitas vezes este pode ser um problema pontual: ter uma comunicação, mas não saber dar ou receber bons feedbacks. Portanto, vale trabalhar esse ponto com atenção.

 10. Inteligência organizacional

A inteligência organizacional está ligada à forma que um líder leva a organização a fazer o que ele deseja. Basicamente ela consiste em competências que devem ser aprimoradas e colocadas em prática, como enviar mensagens que reforçam a estratégia, ter um plano de ação, entre outros.

É importante usar os pontos fortes da própria organização para alcançar seus objetivos, visando sempre obter o máximo de efeito com o mínimo de esforço de sua parte, ou seja, delegando atividades e sendo criterioso com a escolha de quem faz o quê.

Essas são algumas das principais características de um líder atual e, ao trabalhá-las e adequá-las às situações do dia a dia no trabalho, é possível alcançar resultados inspiradores e de êxito.

Publicado por Xerpay

24 jul
Saiba o que são as startups unicórnio – e quais brasileiras estão no ranking

As startups unicórnio lançaram produtos ou serviços inovadores que mexeram com o mercado; mas não é só isso que elas têm em um comum. Entenda como funciona o ranking que conta com Uber e Spotify, e que já abarcou Google e Facebook.

O que Uber, Airbnb e Pinterest têm em comum? Além de terem introduzido grandes inovações ao mercado, elas são consideradas startups unicórnio. No mundo dos negócios, a figura mitológica é referência a um grande feito.

Uma empresa unicórnio é aquela que conseguiu algo tão difícil quanto encontrar a criatura mítica: ser avaliada em 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores.

Ou seja, a startup unicórnio é aquela que arrecada essa quantia antes de vender suas ações para o público e se tornar uma IPO (Initial Public Offering, em português “Oferta Pública Inicial” – OPI).

Histórico das empresas unicórnio

Em 2013, quando a venture capitalist (ou investidora-anjo) Aileen Lee introduziu o termo ao público, a partir do artigo Welcome To The Unicorn Club: Learning From Billion-Dollar Startups, apenas 39 empresas recebiam o título. Hoje, cinco anos depois, o número que compõem o ranking se multiplicou em mais de seis vezes.

Para Aileen, os primeiros unicórnios nasceram nos anos 1990, com o Google (antes chamado de Alphabet Inc.) sendo o “super-unicórnio” da década. Muitos foram fundados a partir dos anos 2000, mas o Facebook se destaca como o único super-unicórnio da década. Estas duas não fazem mais parte da classificação porque já fizeram suas OPIs.

Atualmente, entre as cinco mais valiosas das mais de 260 startups unicórnios mundiais, três são americanas – Uber, Airbnb e SpaceX. As outras duas, Didi Chuxing, Toutiao, são chinesas.

O que é startup?

Você entendeu o que significa ser uma startup unicórnio mas está em dúvida em relação ao que é uma startup? Basicamente, elas se diferem em três pontos:

  • as possibilidades de crescimento das startups são maiores

  • o meio de financiamento das startups é outro

  • as startups têm uma estratégia “de saída” (qual é o objetivo do fundador?)

Conheça as startups unicórnio brasileiras

#1 O país entrou para a classificação neste ano com a 99 Taxi. A companhia do ramo dos transportes anunciou o feito após ser adquirada pela Didi Chuxing, em janeiro de 2018.

#2 Em março deste ano, o Nubank revelou que também tem valor superior a 1 bilhão de dólares, fazendo da fintech a segunda startup unicórnio brasileira.

#3 Há um embate em relação à classificação do PagSeguro, que seria a terceira startup unicórnio, com valuation superior ao limite.  Apesar de ser considerada um unicórnio por alguns veículos da mídia. segundo a StartSe, portal de notícias, cursos e eventos sobre empreendedorismo, o problema vem do fato de que até pouco tempo atrás, o PagSeguro não era uma organização independente, tendo tido boa parte do seu crescimento sob o comando da UOL, que era sua dona. Então, apesar de ter sido o segundo empreendimento nacional a ter atingido a marca, o PagSeguro teoricamente não é uma startup. Se esse é um critério, a companhia de pagamento não se classifica como o terceiro unicórnio do país.

#4 A quarta das startups brasileiras no ranking é a Arco Educação, especializada em soluções educacionais para o ensino privado, que além de outras frentes é dona da plataforma SAS.

#5 A Stone, especializada em pagamentos, também é uma das unicórnios brasileiras. Em outubro de 2018, fez sua oferta pública inicial e, como resultado disso, captou US$ 1,2 bilhão e passou a ter seu valor de mercado na ordem dos US$ 6,7 bilhões.

#6 A sexta unicórnio brasileira é a Movile, que controla o IFood, o Apontador e a Sympla, entre outras empresas. Segundo seu presidente do conselho, Fabrício Bloisi, a startup passou a valer US$ 1 bilhão em faturamento em março de 2017, mas só optou por anunciar os valores depois que recebeu o novo aporte.

#7 Por fim, temos a Brex, que não é brasileira, mas foi fundada por brasileiros. Fintech especializada em cartões de crédito corporativos para empreendedores, a Brex nasceu no Vale do Silício como uma criação de dois Líderes da Fundação Estudar: o carioca Pedro Franceschi e o paulista Henrique Dugubras. A companhia saiu do zero e alcançou o valor estimado de US$ 1,1 bilhão em menos de dois anos de existência.

Loggi

Eduardo Wexler, Fabien Mendez e Arthur Debert, da Loggi (Foto: Divulgação)
Eduardo Wexler, Fabien Mendez e Arthur Debert, da Loggi (Foto: Divulgação)

Fundada pelo francês Fabien Mendez em São Paulo, a startup se especializou no mercado de entregas. Tornou-se unicórnio após receber US$ 150 milhões do Softbank. “É um marco financeiro que confirma que a Loggi está no caminho certo de reinventar a logística com uso de tecnologia”, dz o presidente e cofundador da Loggi.

Gympass

Gympass oferece serviço de assinatura de academias (Foto: Reprodução/Pexel)
Gympass oferece serviço de assinatura de academias (Foto: Reprodução/Pexels)

Gympass é uma startup brasileira de assinatura de academias e serviços fitness. Recebeu um investimento de US$ 300 milhões também liderado pelo Softbank. “Acreditamos que esse investimento permitirá levar a nossa solução a mais organizações globalmente, revolucionando a forma como as pessoas se engajam com atividades físicas”, afirma Cesar Carvalho, CEO da startup.

QuintoAndar

Gabriel Braga, CEO e cofundador do QuintoAndar (Foto: Divulgação)
Gabriel Braga, CEO e cofundador do QuintoAndar (Foto: Divulgação)

Também investida pelo Softbank, a startup de locação de imóveis recebeu um aporte de US$ 250 milhões. Também participaram da rodada os fundos Kaszek Ventures, da Argentina, e General Atlantic, dos Estados Unidos. Para Gabriel Braga, CEO e fundador do QuintoAndar, a conquista mostra que a empresa está “no caminho certo”. “Dá a sensação de ter completado uma etapa, mas é só o começo. Agora é comemorar e pensar no que está por vir.”

Ebanx

Co-fundadores do Ebanx: Alphonse Voigt, CEO, Wagner-Ruiz, CFO e Joao Del-Valle, COO (Foto: Divulgação)
Co-fundadores do Ebanx: Alphonse Voigt, CEO, Wagner-Ruiz, CFO e Joao Del-Valle, COO (Foto: Divulgação)

A fintech de Curitiba (PR) alcançou o status de unicórnio após receber investimento da norte-americana FTV Capital. O Ebanx presta serviços, em toda a América Latina, de processamento de pagamento a empresas com atuação global, como AliExpress, Wish, Gearbest, Pipedrive, Spotify e Airbnb. Alphonse Voigt, cofundador e CEO da startup, diz que o desafio de prestar serviços a todo o continente é conhecer profundamente as especificidades de cada país. Além do pagamento, a fintech oferece análises de inteligência de mercado, estratégias antifraude e consultoria em marketing, entre outros serviços.

 

Publicado por Na Prática e Época Negócios

17 jul
Educação financeira: o que é e por que ela é importante?

Planejar seus gastos, guardar dinheiro, organizar suas contas… Entenda como isso pode te ajudar a ter mais qualidade de vida e menos dor de cabeça.

Engana-se quem pensa que o termo educação financeira se refere a estudos, cursos, palestras e muita teoria. Não.

Educação financeira vai além: tem a ver com organizar as finanças, saber o quanto ganha e gasta, planejar as contas e pensar no futuro.

Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o conceito de educação financeira é o processo que permite melhorar a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, se tornando capaz de fazer escolhas de forma bem informada.

Ou, em outras palavras, educação financeira é a habilidade de entender como o dinheiro funciona.

Abaixo, veja 6 dicas que podem ajudar a colocar em prática conceitos importantes de educação financeira.

1. Tenha em mente quanto ganha e quanto gasta

Esse é o primeiro passo para quem deseja se organizar. Saber o que entra e o que sai de dinheiro na conta é essencial para manter os pagamentos em dia e saber até onde pode ir.

Coloque em uma planilha o salário, os gastos no cartão de crédito e as contas fixas (aluguel, água, luz, mercado, internet). Dessa forma, o controle fica mais fácil.

2. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo

Ter objetivos é essencial para se manter motivado. As pequenas conquistas de curto prazo podem servir como incentivo para alcançar as metas consideradas de longo prazo.

A metodologia de OKR (sigla para Objectives and Key Results: Objetivos e Resultados-chave, em português), pode te ajudar a traçar metas mais realistas.

Ele é um método de gestão usado por muitas empresas – incluindo o Nubank – para traçar os objetivos do negócio e acompanhar sua evolução ao longo do tempo.

Quer saber mais sobre a metodologia de OKR? Leia:

Conheça o método do Nubank para traçar objetivos e veja como ele pode te ajudar em 2020

3. Tenha um reserva de emergência

Imprevistos acontecem (doenças, viagem de última hora, compromisso familiar, reparos em casa e etc) e ter um dinheiro guardado pode evitar que você tenha dor de cabeça em momentos como esse.

A maioria dos analistas financeiros recomenda que a reserva de emergência seja equivalente a seis salários. Mas não se preocupe se não for. O importante mesmo é ter uma quantia para não passar apuro.

Leia mais: Como criar uma reserva de emergência na NuConta

4. Quite contas atrasadas

Liste tudo o que você tem de dívida. Dos gastos no cartão de crédito às despesas da casa, carro e etc, sem se esquecer de registrar os juros cobrados e o tempo em atraso de cada uma.

Assim, você vai conseguir saber quanto da sua renda é possível dedicar nos próximos meses para quitar dívidas que ainda estejam em aberto.

Entre em contato com as instituições para quem você deve e negocie seu débito. Tente fazer um acordo que caiba no seu bolso.

5. Separe Pessoa Física de Pessoa Jurídica

Se você tem uma empresa, é muito importante não misturar os gastos da sua conta PJ com os da sua conta física. Mantê-los separados irá te ajudar a saber quanto seu negócio tem de lucro, o quanto você gasta e o quanto poderá investir nele, se necessário. Além disso, mantendo os gastos separados você organiza melhor seu orçamento pessoal e evita dívidas.

6. Fale mais sobre dinheiro

Não tenha receio. Converse com os seus pais, cônjuge e filhos. Fale também com o gerente do seu banco e, em caso de dívida, entre em contato com a instituição financeira responsável pelo seu cartão de crédito e tente negociar.

Falar sobre dinheiro pode ser um bom começo para colocar a educação financeira em prática.

Um estudo da University of Cambridge defende que as crianças formam boa parte dos seus conceitos e hábitos financeiros até os 7 anos de idade. Ensiná-las desde cedo a importância de cuidar do próprio dinheiro pode ajudar a mudar a relação que desenvolvem na vida adulta.

Leia mais aqui: Dá pra falar sobre dinheiro com crianças? Esse estudo diz que sim

 

Por que educação financeira pessoal é importante?

Nunca é tarde para começar a se organizar financeiramente. Ter controle do seu dinheiro e ter uma quantia guardada para lidar com imprevistos e realizar seus sonhos (viagem, faculdade, morar sozinho, casa própria) são as vantagens de fazer um planejamento pessoal.

Esse planejamento nada mais é do que um guia para organizar melhor seu dinheiro, ou seja, saber seus ganhos e gastos.

Na prática, esse plano funciona como um controle do que entra e sai nas suas finanças e ajuda a tomar decisões mais assertivas. Como por exemplo, decidir se uma compra é realmente necessária.

Ter uma planilha pode ajudar – e muito. Registrar tudo permite que você saiba para onde está indo o seu dinheiro.

 Como criar um planejamento financeiro pessoal eficiente

 

Aprenda sobre educação financeira

Uma pesquisa feita em 2019 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), SPC Brasil e o Banco Central revela que 36% dos brasileiros não realizam o controle do orçamento.

Além disso, 44% dos entrevistados estão ou estiveram com o nome sujo no último ano.

As dificuldades macroeconômicas contribuem para esse tipo de índices negativos, mas outro ponto importante deve ser ressaltado nessa situação: a educação financeira.

Pesquise sobre finanças. Mas não em qualquer página na internet. Existem muitos sites confiáveis sobre o assunto. Mantenha-se atualizado sobre as melhores práticas para organizar o orçamento e poupe dinheiro. Essas atitudes fazem a diferença ao longo do tempo.

Publicado por: Blog Nubank

26 jun
Empreendedorismo em tempos de crise: desafios e oportunidades

Embora o cenário pareça muito desanimador, a verdade é que a crise é, também, uma fonte de oportunidades. O empreendedorismo nesses tempos parece ser um combustível para a retomada de economia durante esses períodos históricos, e não está sendo diferente nesse momento.

Os primeiros passos para o crescimento nesse período desfavorável são sempre os mais difíceis, mas muitos pontos positivos são encontrados nesse momento econômico e, por isso, o mais aconselhável é persistir e tirar o melhor proveito de todas as oportunidades.

Vale a pena empreender em tempos de crise?

Empreender sempre é uma maneira de recomeçar para muitos brasileiros. Em tempos de recessão, a estagnação pode significar a morte profissional. Nem todos conseguem manter seus empregos quando a economia se desestabiliza e, por esse motivo, é a hora de mudar de planos para não viver tempos ainda mais sombrios.

Reinventar, inovar e criar soluções são metas que podem ajudar você a entender a sua oportunidade. É preciso aprender a utilizar as suas habilidades e não ficar esperando que as coisas melhorem.

Como identificar oportunidades?

É muito importante fazer uma análise de mercado. Identificar quais são os nichos de produtos e serviços que a população demanda nesse período de restrição é fundamental. Já que o essencial não pode faltar, esse pode ser o mercado mais interessante para esse momento.

Quando você descobre uma necessidade dos clientes, você acerta diretamente no alvo e as chances de sucesso são ainda maiores. Portanto, identificar as oportunidades é estar em constante análise dos setores que mais crescem, ou que pelo menos não perdem tantos clientes, em tempos de crise. É trabalhar com a informação do que agrada o cliente e se concentrar para trazer o melhor resultado. Pense na reestruturação dos modelos de negócios tradicionais e aposte na inovação.

Invista no Marketing Digital

Via de regra, a internet tem sido um excelente balcão de negócios. Mas, em tempos de crise, se torna uma necessidade. Atrás de descontos, preços mais baixos, comodidade e segurança, os clientes passam a consumir ainda mais os produtos e serviços oferecidos pelos sites e lojas virtuais na internet.

Quais os maiores desafios para quem deseja empreender na crise?

Os desafios para quem quer abrir uma empresa em meio a instabilidade econômica é ter a persistência e criatividade necessárias para driblar as adversidades do mercado.
Os principais desafios para empreender são:
• analisar o cenário de forma realista para encontrar o nicho de mercado que se adéque às suas habilidades e às necessidades dos clientes;
• executar um bom planejamento estratégico e orçamentário;
• tomar decisões de forma racional;
• ser persistente mesmo com as intemperes econômicas, que podem se mostrar negativas e assustadoras;
• entrar nesse mercado motivado para o sucesso e não deixar que as dificuldades sejam maiores que a sua força de vontade de empreender — a resistência é palavra de ordem para quem quer empreender em tempos de crise.

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