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13 maio
Como combater a procrastinação e ser mais produtivo?

iCEV

Quem nunca disse “ah, deixo pra depois”, hein? Esse comportamento de sempre deixar tudo para resolver depois chama-se procrastinação. De certa forma, é um comportamento normal, no sentido de priorizar atividades, mas em outros casos, principalmente quando isso se torna corriqueiro, chega a ser prejudicial.

Segundo a escritora Heather Murphy, em um artigo publicado no jornal The New York Times, um em cada cinco indivíduos é procrastinador crônico.

Esta é a definição para quando a procrastinação atinge vários setores da vida. Para não chegar a esse ponto, o jeito é cortar o mal pela raiz. A nossa psicóloga e professora da disciplina “Inteligência Emocional”, Layse Policarpo, vai te explicar como criar estratégias para combater essa prática e organizar melhor seu tempo.

“A procrastinação começa com alguma espécie de sentimento negativo que nos desvia das tarefas importantes. Se você puder reconhecer e reformular alguns destes sentimentos de ansiedade e dúvidas, você poderá elaborar um plano para combater a tendência à procrastinação e gerenciar melhor o seu tempo”, explica Layse.

Perfeccionismo e expectativas irreais

Pensar que você não fez o melhor que possivelmente poderia fazer. O trabalho nunca está suficientemente bom para ser entregue.
Solução
1. Pare de procurar a perfeição a qualquer custo.
2. Defina um prazo firme para terminar.
3. Comece logo e faça o melhor que você conseguir nesse prazo.
4. Examine e corrija mais tarde.

Medo de falhar

Pensar que se não fizer o melhor, você é um fracassado. Ou pensar que, se falhar num teste, você, como pessoa, é um fracasso, ao invés de pensar que você é uma pessoa normal que falhou num teste
Solução
1. Reflita sobre a falha e use-a para aprender. Como posso fazer melhor na próxima vez?
2. Aplique o que aprendeu na próxima tarefa ou teste.

Achar a tarefa enfadonha

Ficar paralisado pensando nos aborrecimentos que terá na execução de uma tarefa tediosa e cansativa.

Solução
1. Focalize suas prioridades e objetivos.
2. Concentre-se nos resultados a serem obtidos.
3. Prometa a si mesmo uma recompensa pela execução da tarefa, alguns momentos de relaxamento.

Medo e ansiedade

Sentir-se esmagado pela complexidade e tamanho da tarefa e com medo de falhar, Como resultado, você gasta muito de seu tempo angustiado com o que tem a fazer, ao invés de agir.
Solução
1. Divida a grande tarefa em tarefas menores.
2. Estabeleça metas especificas e realize uma de cada vez.

Dificuldade de concentração

Sentado a sua mesa, você se vê a sonhar, flutuando ao espaço, navegando pela internet sem propósito, etc., ao invés de se dedicar a sua tarefa.
Solução
1. Esforce-se para fazer algo e dar a partida; Organize seu local de trabalho; Leia ou revise o que já foi feito.
2. Comprometa-se a trabalhar na tarefa pelo menos 10 minutos.
3. Comprometa-se com mais 10 minutos e assim por diante, até engrenar.

Fraco gerenciamento do tempo

Procrastinação significa que seu tempo não está sendo administrado com inteligência. Você pode estar inseguro quanto às suas prioridades, objetivos e metas. Como resultado, você se dedica a tarefa menos importante, sem planejamento.
Solução
1. Defina suas prioridades de acordo com a importância e urgências das tarefas.
2. Prepare sua lista de coisas a fazer, de acordo com prioridades definidas.
3. Siga seu planejamento e não o que seria mais agradável fazer.

Problemas pessoais

Dificuldades financeiras, conflitos no trabalho, problemas familiares ou amorosos, etc.
Procure um conselheiro, um profissional ou um amigo que possa ouvi-lo e orientá-lo.

Já marcou seu horário no NAPSI?

Layse Policarpo, Psicóloga e especialista em Neuropsicologia

O nosso Núcleo de Assistência Psicológica do iCEV, NAPSI, atua para promover saúde mental e emocional a todos os nossos alunos. Nós tentamos conduzir da melhor forma seus problemas psicossociais e queixas que interferem no seu desempenho acadêmico. Além disso, nós podermos te oferecer orientação pedagógica e educacional.

As orientações com a nossa psicóloga Layse Policarpo atende às quartas, das 14h30 às 16h30 e às sextas, das 16h30 às 20h. Essa assistência está também à disposição de toda comunidade educacional do iCEV.

Para marcar seu atendimento é só preencher o formulário que está disponível neste link: www.somosicev.com/quemsomos/napsi/ ou envie um email para napsi@somosicev.com

10 maio
Startup reúne mulheres para impulsionar empreendedorismo materno

Escola de negócios e gestão

A rede Maternativa começou como um grupo do Facebook e chegou a ganhar um prêmio como uma das 100 comunidades com maior impacto social do mundo

Valter Campanato/Agência Brasil

A necessidade de estar mais perto dos filhos fez Juliana Barbosa dos Santos, de 39 anos, deixar o mercado formal de trabalho e desenvolver a sua própria empresa. Há quatro anos, ela deu uma nova cara para o dindin – conhecido também como geladinho ou sacolé, e hoje vende o produto em feiras, clubes, festas infantis e até casamentos.

“A minha mãe já fazia há muito tempo para ajudar nas despesas da casa, com o tempo eu fui desenvolvendo a ideia e inovando um pouco mais. Temos vários sabores, de frutas, chocolates e até alcoólicos para festas de adultos”, contou. A Vila do Dindin nasceu quando seu filho mais novo tinha um ano. “Nasceu dessa necessidade de estar perto deles, que, às vezes, trabalhando fora eu não conseguia. E está dando certo”, disse ela, que é mãe de três filhos.

Juliana participou neste domingo (4) de uma feira de mulheres empreendedoras, em Brasília, promovida pela rede Maternativa, primeira startup (pequena empresa focada em tecnologia para novos modelos de negócios) de impacto social voltada ao empreendedorismo materno no Brasil. Cerca de 20 mulheres apresentaram seus produtos e serviços durante o evento, que aconteceu no Espaço Renato Russo.

Esta foi a terceira edição da feira, que já passou por Recife (PE) e São Paulo (SP), com workshops e palestras gratuitas para as mães empreendedoras. “Precisamos mostrar para a sociedade que mulheres mães estão à frente dos mais diversos tipos de negócios e que quando você direciona sua compra para uma mãe empreendedora, você está fomentando uma economia extremamente colaborativa”, explicou Vivian Abukater, sócia da Maternativa.

Segundo ela, mulheres mães que têm dinheiro e independência financeira investem na educação dos filhos, no cuidado e bem-estar da família. “A ideia é promover em Brasília esse pensamento, de fortalecer essa economia e ajudar as mulheres mães a encontrar independência financeira”, explicou.

A dificuldade que teve durante a amamentação do filho, fez a enfermeira Juliana Gomes, de 28 anos, desenvolver sua própria consultoria em amamentação, a Seio Materno. Formada há quatro anos, ela ainda busca um trabalho no mercado formal, mas espera agregar renda com o novo negócio.

“Na primeira semana de nascimento do meu filho tive problemas e uma pessoa me auxiliou e me abriu esse olhar para a consultoria de amamentação, que eu nem sabia que existia. Fiz o curso e me especializei”, disse, contando que o trabalho flexível também pode ser conciliado  com a maternidade.

Negócios com alimentos orgânicos, como a CSA Flor de Lotus, artesanato, como da BiJuCafé, vestuário, cosméticos, gastronomia e espaço para crianças fizeram parte da edição da feira da Maternavita deste domingo.

Há um ano e meio, a funcionária pública Moara Giasson, de 40 anos, teve seu primeiro filho e, com o esposo, desenvolveu a Moaralê Saboaria Natural. O casal usa óleos e extratos do Cerrado e compra a matéria-prima de extrativistas e agricultores familiares, buscando valorizar essa cadeia com produtos de qualidade a preços acessíveis.

O novo negócio também foi um refúgio para Moara durante a licença maternidade. “No início a criança demanda 100% do seu tempo, mas ter essa outra responsabilidade era um momento de estar pensando em mim, apesar de ser a empresa, de sair desse ciclo de ser só a provedora [do filho]. Às vezes, eu fazia mídia social na madrugada, enquanto estava amamentando”, contou.

Empreendedorismo

Em entrevista à Agência Brasil, a sócia da Maternativa, Vivan Abukater, citou pesquisa da Fundação Getúlio Vargas que mostra que 48% das mulheres deixa o mercado de trabalho antes do filho completar um ano de idade. Por outro lado, pesquisa da Rede Mulher Empreendedora aponta que 75% das mulheres que empreendem fazem isso depois que os filhos chegam.

De acordo com Vivian, esse é um empreendedorismo de necessidade, não de oportunidade, e por isso nem sempre elas têm o conhecimento necessário para gerir o novo negócio. “Dentro da rede Maternativa, elas desenvolvem com outras mães todas aquelas coisas que estão faltando”, explicou.

A rede nasceu em 2015, quando duas amigas começaram a enfrentar dificuldade, já durante a gestação, em relação ao mercado de trabalho. Elas, então, organizaram um grupo na rede social Facebook para trocar experiências sobre o assunto. Em um mês reuniram 600 mulheres. Hoje são 24 mil.

“Naquele momento ficou muito claro que existe uma penalidade materna quando a gente olha para o mercado de trabalho e que não era questão privada delas, era uma questão pública e sistêmica”, explicou Vivian.

No grupo, as mulheres trocam informações sobre empreendedorismo materno e como é possível se manter ativa no mercado de trabalho conciliando maternidade e carreira. “Quando uma mulher se torna mãe, ela leva essa potência da maternidade para todas as áreas da vida dela, inclusive para o trabalho”, disse Vivian, que é mãe e ex-executiva de uma grande empresa.

No início deste ano, a Maternativa ganhou um prêmio do Facebook como uma das 100 comunidades com maior impacto social do mundo. “Apesar de não sermos um grupo muito grande, enquanto a médias de outros grupos é de 8% a 10% de engajamento, o nosso tem 80% de engajamento, então essa é a riqueza, é uma troca, quem faz a Maternativa existir são as mulheres mães”, ressaltou Vivian.

Habilidades maternas

 Julia de Oliveira Botelho

Julia de Oliveira Botelho – Valter Campanato/Agência Brasil

Além de promover a troca de conhecimento e experiência entre as mães no ambiente virtual e presencial, com feiras e palestras, o modelo de negócio da Maternativa busca engajar a iniciativa privada no processo de transformação do mercado de trabalho para as mulheres e na redução da penalidade materna. As organizadoras da rede prestam consultoria, palestra e desenvolvem conteúdo para marcas e empresas.

De acordo com Vivan, cada vez mais estão surgindo comitês de igualdade e gênero dentro das empresas, onde o mercado começa a discutir a questão da penalidade materna, da barreira que as mães têm para crescer profissionalmente e ocupar cargos de liderança. A sócia da Maternativa destaca, entretanto, que, quando se torna mãe, a mulher fortalece várias habilidades.

“A mulher se torna altamente focada, ela vira detector de bobagem, tudo que não é importante ela tira da frente e foca no que é importante”, explicou. A capacidade de liderar e trabalhar em equipe, a autonomia, proatividade e empatia com as equipes são outras habilidades que as mães levam para o seu ambiente de trabalho.

 

 

Publicado por Agência Brasil

07 maio
MCTI inaugura parque que demonstra tecnologias em internet das coisas

Escola de tecnologia aplicada


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Centro Universitário Facens inauguraram hoje (30), em Sorocaba, no interior paulista, o Centro de Referência IoT e Tecnologias 4.0, espaço destinado a demonstrações práticas de tecnologias que fazem uso da chamada internet das coisas (IoT), advento que, graças à quinta geração da internet (5G) possibilitará o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades.

Ao conectar objetos do cotidiano – como eletrodomésticos, smartphones, roupas e automóveis – à internet (e entre si), essa tecnologia permitirá até mesmo a realização de procedimentos médicos delicados a distância, além de sistemas de direção automática de carros e as mais diversas tecnologias de automação e inteligência artificial, inclusive para a agricultura, a indústria e as cidades.

O centro de referência inaugurado nesta sexta-feira tornará possível a demonstração de soluções em IoT em áreas consideradas prioritárias segundo o Plano Nacional de Internet das Coisas, que abrange ações em frentes como o Cidades 4.0, Saúde 4.0, Agro 4.0, Indústria 4.0, Turismo 4.0 e Educação 4.0.

“A ideia é que o centro ofereça programas para a promoção do ensino, formação, popularização e divulgação da ciência e tecnologia no país, promovendo o ensino inovador, empreendedorismo e desenvolvimento das demandas locais, com o engajamento da indústria, academia e governo”, informa o ministério.

Em nota, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, diz que é papel da pasta direcionar o uso da internet das coisas e preparar a população para lidar com as tecnologias do futuro.

Enquanto o avanço das tecnologias vai tornando muitas tarefas mais eficientes e precisas, é preciso lembrar que é necessário criar empregos alinhados a esse progresso para as pessoas, afirma Pontes. “Nós não podemos parar a tecnologia para manter os postos de trabalho, mas podemos preparar e requalificar os profissionais, assim como formar as novas gerações já adaptadas para esse novo cenário.”

Segundo o MCTI, o centro de referência de Sorocaba estará integrado ao Smart Campus Facens – laboratório voltado para a solução de “problemas reais, conectando a comunidade acadêmica, mercado, empresas e sociedade, por meio de projetos que tornem as cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis”.

 

Publicado por UOL

30 abr
Projeto obriga consumidor a buscar acordo antes de acionar Justiça

Escola de direito aplicado

Objetivo do projeto de lei é reduzir o inchaço do poder Judiciário

Projeto de Lei 533/2019, de autoria do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), propõe que a busca de um acordo seja obrigatória antes de uma das partes acionar a Justiça em conflitos relativos ao Direito do Consumidor. Formalizado pelo deputado mineiro nos primeiros dias da atual legislatura, o projeto espera por votação da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara.

A matéria tem foco principal em conflitos que envolvem consumidores e já conta com parecer apresentado pelo relator, Vinícius Carvalho (Republicanos-SP). “Nesta semana, na quinta-feira (22/4), teremos a retomada do processo de discussão e a própria votação do projeto”, prevê o deputado.

A mudança proposta pelo relator no seu substitutivo virá com a adição de três parágrafos no Código de Processo Civil (CPC). Pelo texto original do projeto, o artigo 17 do CPC passaria a ter a seguinte redação em um parágrafo único: “Em caso de direitos patrimoniais disponíveis, para haver interesse processual é necessário ficar evidenciada a resistência do réu em satisfazer a pretensão do autor”.

Carvalho, no entanto, incluiu novos dispositivos para tratar especificamente do Direito do Consumidor. O primeiro traz mais um parágrafo ao artigo 17 do CPC para determinar que, quando se tratar do Direito do Consumidor, a tentativa de contato com a empresa “poderá ser demonstrada pela comprovação de tentativa extrajudicial de satisfação da pretensão do autor diretamente com o réu, ou junto aos órgãos integrantes da Administração Pública ou do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, presencialmente ou pelos meios eletrônicos disponíveis”.

A segunda inovação do relator altera o parágrafo 3º do artigo 491 do CPC para deixar expresso na lei que uma vez iniciado um processo judicial, o juiz terá que avaliar se houve, de fato, tentativa de contato por parte do consumidor que move a ação. “O juiz levará em consideração a efetiva resistência do réu em satisfazer a pretensão do autor, inclusive, no caso de direitos patrimoniais disponíveis, se o autor, por qualquer meio, buscou a conciliação antes de iniciar o processo judicial”.

Motivação do projeto de lei

A principal motivação para a apresentação do projeto de lei é o inchaço do Judiciário. “Um colega meu assumiu a magistratura e assumiu 11 mil processos. O objetivo do projeto de lei é aumentar as pequenas causas para ajudar a desafogar o Judiciário”, disse ao JOTA o autor do projeto de lei, deputado Júlio Delgado (PSB-MG).

O campo de justificativa do projeto de lei diz que “a maioria das pessoas tem a falsa premissa que é melhor recorrer ao Judiciário, ao invés de solucionar o conflito, primeiramente, por meios administrativos”.

A matéria destaca que em 2018 foram apresentadas 4,7 milhões de novos processos judiciais envolvendo relações de consumo e que esse contingente pode ser tratado com o fortalecimento dos Procons.

“Alguns indicadores têm mostrado que as tentativas de solução extrajudicial podem ser muito frutíferas”, diz Patrícia Helena Marta Martins, sócia na área de Direito do Consumidor do Tozzini Freire Advogados. A plataforma de solução extrajudicial do governo federal, o consumidor.gov.br, foi efetiva em 78,4% dos casos no ano passado, com prazo médio de resposta de oito dias. Ao todo, foram 1.196.627 reclamações finalizadas. “Eu, a princípio, recebo com alegria o objeto desse projeto de lei e essa nova tentativa de evitar a propositura de uma ação judicial de forma desnecessária”, avalia Martins.

Por outro lado, advogados consultados pelo JOTA apontam uma possível inconstitucionalidade no PL 533/2019 por atingir o direito à ação previsto no inciso XXXV do artigo 5º, que diz “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.

“Esse projeto de lei também fere o artigo 3º do Código de Processo Civil, que trata da inafastabilidade de apreciação do Poder Judiciário, e descumpre o direito de facilitação de acesso do consumidor à Justiça previsto no Código de Defesa do Consumidor”, avalia Marco Antonio Araújo Júnior, especialista em Direito do Consumidor e professor do Meu Curso Inteligência e Tecnologia Educacional.

Também há ponderação pelo fato de o projeto de lei tratar de uma mudança no Código de Processo Civil, o que acarretaria alteração em todos os tipos de direito. “Em uma relação contratual entre empresas, por exemplo, como seria essa prova? O que a pessoa estaria compelida a comprovar? Seria necessário um processo administrativo?”, questiona Luiza Boechat, especialista em processo civil, pós-graduada em Processo Civil pela UERJ e advogada do Marano Advogados.

Quando a questão se tratar especificamente de Direito do Consumidor, a produção de prova da tentativa de contato com a empresa poderá ser feita com um print na tela do celular ou uma gravação, explica o relator do projeto de lei Vinícius Carvalho. “A pessoa tem que ter a comprovação de que ligou para a empresa. Se ligou e ficou esperando 20 minutos, printa a tela e mostra o tempo de espera”, exemplifica. “Esse procedimento demonstra uma tentativa de solucionar o problema que ela está tendo. Não basta somente dizer na alegação que ligou e não foi atendido. Ela tem que comprovar isso”.

Para Arthur Rolo, coordenador do Damásio Educacional e ex-secretário Nacional do Consumidor, essa exigência de tentativa de contato precisa de um aprimoramento no atendimento das empresas. “A gente só pode pedir esse tipo de comprovante depois de exigir que as empresas tenham canais de atendimento aos consumidores que propiciem o direito de ressarcimento”, defende. “Obviamente, ninguém quer que o consumidor vá ao Judiciário antes de falar com a empresa. Mas existem empresas que dificultam para o consumidor obter a prova da resistência da negociação”.

Tramitação

O PL 533/2019 tramita conclusivamente na CDC. Aprovado, será enviado para a Comissão de Constituição e Justiça, onde será designado novo relator e será necessária nova deliberação. Aprovado pela CCJ é aberto prazo de recurso de cinco sessões. O recurso – que deve ser assinado por ao menos 51 deputados – serve para que deputados que questionam a iniciativa solicitem a votação da matéria pelo conjunto dos deputados no plenário. Se não houver recurso, o projeto segue para o Senado.

 

Publicado por JOTA

26 abr
Conhece o Marketing de Produto? Aprenda tudo sobre ele aqui!

Escola de negócios e gestão

O Marketing de Produto é uma estratégia focada em encontrar, atrair e converter os consumidores ideais para um tipo específico de produto. É imprescindível conhecer os seus estágios, o ciclo de vida e entender bem como aplicar esse conceito para otimizar as vendas e o sucesso de sua estratégia.

marketing tem muitas vertentes. Aqui, no blog da Rock, você já leu bastante sobre o Marketing de Conteúdo, que é nosso foco principal. Porém, como a maioria das vertentes está relacionada de alguma maneira, sempre vale a pena falar sobre outros tipos de marketing e como eles podem contribuir para a estratégia de um negócio. Hoje, vamos olhar para o Marketing de Produto.

Você já viu essa expressão por aí? Se essa é a primeira vez que você encontra esse nome, fique tranquilo. Nós vamos explicar tudo sobre ele neste post completo. Confira!

O que é Marketing de Produto?

O Marketing de Produto é um tipo (ou “vertente”, ou “escola”) de Marketing cujo foco é conectar produtos e pessoas.

Sua meta é encontrar os consumidores certos para um determinado produto e criar uma maneira de vendê-lo que seja interessante para estes consumidores.

Para esse trabalho, entender o perfil do comprador é indispensável.

Vamos definir as funções do Marketing de Produto em poucas palavras?

  • Desenvolver o posicionamento do produto;
  • Desenvolver a mensagem da empresa sobre o produto;
  • Desenvolver o diferencial competitivo do produto, frente aos concorrentes;
  • Desenvolver o alinhamento entre as equipes de Vendas e Marketing.

Como você pode imaginar, portanto, o Marketing de Produto é essencial quando um produto novo está sendo lançado no mercado.

Outra situação em que seu papel é crucial é quando um produto que já existe vai ser introduzido em um novo mercado, no qual os consumidores ainda não o conhecem.

Mais um uso interessante do Marketing de Produto é para testar a recepção de um pequeno grupo de consumidores a um novo lançamento, antes de liberar o produto para o público em geral.

marketing de produto
Fonte: SlidePlayer

Qual é a diferença entre Marketing de Produto e Gestão de Produtos?

Quando falamos nesses conceitos, é comum que eles sejam confundidos e trocados. Contudo, são muito diferentes e devem ser esclarecidos para que sejam implementados corretamente em uma empresa.

A principal diferença é que a gestão cuida do desenvolvimento dos produtos, de acordo com os interesses do público e com as necessidades do mercado. Acompanha a fase de concepção, de modo a cuidar da alocação de recursos e otimizar os resultados. Portanto, é muito mais voltado para uma administração interna.

O marketing, por sua vez, cuida do lançamento e da oferta desse produto para o cliente no momento em que tudo está pronto. Ou seja, gerencia a chegada ao mercado, a disponibilização e distribuição para as pessoas. É uma ação voltada para fora, para as pessoas que consomem o que foi produzido.

Ou seja, em qualquer empresa saudável, o ideal é contar com essas duas funções em complemento: enquanto a gestão faz a ideia se transformar em algo concreto, o marketing se encarrega de ajudar a vender a ideia a fim de torná-la lucrativa.

Qual é a importância do Marketing de Produto?

Seguiremos neste tópico com a importância desse conceito.

Destaque competitivo

O Marketing de Produto é essencial para diferenciar os produtos no mercado e estabelecer um destaque competitivo para a marca. A cada novo item lançado, a empresa pode utilizar a comunicação segmentada como uma estratégia para fugir dos padrões da concorrência e gerar um valor a mais para o cliente.

A partir do posicionamento, o marketing estabelece relações entre o produto e a necessidade de uso, assim como permite que as características especiais sejam ressaltadas. Esse diferencial fica bem estabelecido tanto para os clientes quanto para os profissionais internos.

Personalização

No momento de lançamento, essa estratégia ajuda a personalizar a comunicação e o posicionamento do produto. Ou seja, permite que as ações sejam segmentadas e direcionadas para as necessidades específicas de cada usuário.

Afinal, a abordagem se torna uma forma interessante de apresentar um novo item para atrair a atenção do cliente, a partir de uma experiência única e pessoal. Isso é muito importante em uma abordagem de penetração de mercado.

Sustentação do produto no mercado

Como já falamos, um bom marketing reforça as fases de crescimento e maturidade de um produto. Ao trabalhar bem a mensagem e estabelecer os diferenciais, solucionando objeções e dúvidas, a empresa é capaz de manter o produto sólido por mais tempo e evitar crises e problemas.

Desenvolvimento de estratégias de precificação, distribuição e design

O Marketing de Produto também auxilia na precificação, nas etapas de distribuição e até mesmo no design. Os preços podem ser ajustados e reajustados a depender da demanda e do que o estudo do mercado diz. A distribuição é otimizada com o estudo de como a empresa deve disponibilizar o produto e com o apoio dos indicadores.

Em complemento a isso, é possível desenvolver peças publicitárias de divulgação que estejam coerentes com o design do produto, o que beneficia toda a parte gráfica da publicidade. Ou seja, isso desenvolve uma unidade, uma consistência.

Alinhamento das equipes de gestão de produto, marketing e vendas

Com as definições do marketing, é possível alinhar os times de produto, marketing e vendas. Assim, dá para garantir que todos estejam conectados e falando a mesma língua, bem como de olho nos mesmos resultados.

As definições e estudos do time de produto ajudam na comunicação e no posicionamento de marketing e na argumentação do time de vendas. Todos contribuem para transmitir uma imagem consistente do que foi produzido.

marketing de produto
Fonte: Drift

Qual é o ciclo de vida de um produto?

Existem quatro etapas no ciclo de vida de qualquer produto. A diferença de um produto para outro está na duração dessas fases.

marketing de produto
Fonte: Revista Ótica

Introdução no mercado

A introdução compreende o período do lançamento e se prolonga até o instante em que o produto finalmente encontra seu público e começa a gerar uma taxa maior de lucratividade. Nessa etapa, o Marketing de Produto é essencial para gerar visibilidade e posicionar o item na mente das pessoas.

Crescimento

Esse é o momento de aumento de demanda e de vendas bem-sucedidas. A taxa de lucro aumenta, enquanto o produto se torna comum no mercado e na visão das pessoas. Um bom marketing faz com que essa fase se estenda por mais tempo.

Maturidade

Depois do crescimento, o produto alcança uma fase de maturidade e regularidade nas vendas. Nesse momento, o índice de demanda se torna consistente, bem como as entradas de lucratividade.

Declínio

Há uma queda nas vendas, ao passo que a população procura outras ferramentas ou simplesmente adota uma nova postura.

Quais são os estágios do Marketing de Produto?

Todo produto tem um ciclo de vida, como já vimos. Antes da primeira fase é onde o trabalho do Marketing de Produto se concentra — e ele também tem diferentes estágios.

De maneira geral, podemos apontar sete estágios do Marketing de Produto:

  • Desenvolvimento do perfil dos consumidores;
  • Posicionamento e mensagem;
  • Educação da empresa sobre o posicionamento e mensagem;
  • Criação de um plano de lançamento;
  • Criação de conteúdo para o lançamento;
  • Preparação da equipe;
  • Lançamento.

Agora, vamos ver as atividades envolvidas em cada um destes estágios.

Desenvolvimento do perfil dos consumidores

Como já vimos antes, parte do trabalho do Marketing de Conteúdo é entender o perfil do comprador — e é neste estágio que isso é feito. O objetivo é definir o público-alvo e elaborar uma visão completa do potencial cliente da empresa.

Posicionamento e mensagem

Neste estágio, tentamos responder a três perguntas básicas: o que o produto faz, quem vai usá-lo e por que esse produto é diferente dos seus concorrentes. O resultado desse processo é um documento que posiciona o produto dentro do mercado ou, até mesmo, um conjunto de mensagens relevantes sobre o produto.

Educação da empresa sobre o posicionamento e mensagem

Em complementação ao estágio anterior, é a hora de garantir que toda a empresa saiba o essencial sobre o produto.

Esse trabalho é muito importante, já que, com ele, é possível manter o alinhamento nas informações que serão passadas aos clientes (e parceiros, e mídia, e outros stakeholders). Também é necessário que todos “comprem” a ideia do novo produto.

Criação de um plano de lançamento

A criação do plano envolve vários profissionais de diferentes áreas da empresa, mas o setor de Marketing ainda encabeça o trabalho. Nesse estágio, a preocupação com prazos e divisão de atividades é marcante.

Criação de conteúdo para o lançamento

Lá na introdução deste post, nós dissemos que a maioria das vertentes de marketing estão relacionadas. E é nesse estágio que o Marketing de Produto conversa com o Marketing de Conteúdo!

Estamos falando da produção de press releases, manuais, demonstrações, páginas da web e até mesmo entrevistas com os desenvolvedores do produto ou os diretores da empresa.

Tudo isso é muito relevante para alavancar o lançamento. O conteúdo vai garantir mais impacto e visibilidade ao produto. Além disso, será possível obter melhores resultados em vendas, desde que seja desenvolvida uma estratégia adequada.

Preparação da equipe

Mais uma vez, é um estágio com foco interno. A pergunta-chave, aqui, é: estão todos prontos?

Cada setor — e cada colaborador, individualmente — deve estar ciente do lançamento e preparado para atender às demandas que vão surgir a partir dele. A equipe de vendas, por exemplo, deve estar bem treinada para responder a todas as dúvidas dos clientes.

Lançamento

Por incrível que pareça, o trabalho não acabou! Mesmo após o lançamento, o Marketing de Produto continua em demanda. É preciso estar preparado para fazer ajustes conforme o retorno obtido junto ao mercado, aos consumidores. Isso é decisivo para garantir o sucesso em longo prazo.

Como fazer uma estratégia de Marketing de Produto?

Agora, vamos conceder algumas dicas de como desenvolver uma estratégia de Marketing de Produto.

Defina o público-alvo

Como já falamos, é fundamental estabelecer o público-alvo e, especificamente, sua persona. Saiba quem é o cliente ideal que você tentará convencer, quais são as suas necessidades e dores e como será possível posicionar o produto de uma forma positiva. Entenda as características do público para chegar a uma abordagem empática e personalizada.

Estude o seu mercado

Outra importante dica é estudar o mercado, com a inteligência competitiva e com o apoio de análise de dados. Ao realizar o benchmarking, a equipe conseguirá entender como o produto se encaixa em meio aos outros e como se destaca. Assim, será possível estabelecer comparações para saber quais características realçar para convencer o seu cliente.

Destaque os diferenciais do produto

Então, crie uma comunicação focada nos diferenciais do seu produto. Elogie essas características e tente reforçá-las como um motivo que deve ser considerado pelo usuário. Defina muito bem esses diferenciais, de modo que fique claro para o consumidor o que ele vai ganhar ao investir em sua solução.

Escolha os canais de divulgação

Pense na distribuição também. Por isso, selecione bem, de acordo com sua persona e com o mercado, qual é o canal ideal para falar sobre o seu produto. É importante considerar as especificidades do seu produto e do seu nicho de negócio para fazer uma boa divulgação e estar alinhado às regras implícitas de cada canal. Como exemplo, podemos mencionar as redes sociais, os emails, hotsites e eventos.

Monitore os resultados

Em estratégias de marketing, o monitoramento é sempre necessário. Assim, não deixe de acompanhar todos os seus resultados, estudar os indicadores e traçar planos de melhoria com base no que eles dizem. Desse modo, é possível otimizar a comunicação e garantir que o produto continue relevante e consistente em vendas.

A última pergunta

Agora que você já sabe o que é Marketing de Produto e, também, como ele funciona, provavelmente restou uma pergunta. O que diferencia essa vertente das outras? Bem, a resposta envolve um pouco de conceito.

É preciso entender que a maioria das vertentes do marketing estão focadas em conseguir leads, conquistar novos clientes. Outra preocupação básica é promover o negócio, a marca. Enquanto isso, o Marketing de Produto está mais ocupado em gerar demanda por um produto.

Talvez os clientes já existam — eles já compram outros produtos da empresa. Porém, é preciso fazer com que esses clientes tenham consciência da existência do produto e desenvolvam um interesse, desejo ou necessidade por ele.

O desafio é grande, especialmente quando o produto é muito inovador. Em casos revolucionários, como o lançamento dos tablets, é preciso levar o mercado a perceber que precisa de um produto que nunca existiu.

Porém, quando bem executado, esse trabalho define quais produtos conquistam a preferência dos consumidores e permanecem no mercado, com um ciclo de vida prolongado.

Publicado por RockContent

23 abr
Para que serve o Direito Penal?

Escola de direito aplicado

Nos manuais de Direito Penal, a resposta é simples e pretensamente óbvia: com a cominação, aplicação e execução de penas, sua finalidade é proteger os bens jurídicos mais relevantes.

 

A assertiva não é amparada por substrato empírico e traduz uma dogmática ensimesmada que fecha os olhos à realidade social. É fruto de um Direito Penal que desconhece a Criminologia.

 

Direito Penal é expressão equívoca, pois serve para designar três fenômenos distintos: (a) legislação penal; (b) poder punitivo e (c) Direito Penal propriamente dito. A divisão é de Eugenio Raúl Zaffaroni, maior penalista e criminólogo da América Latina.

 

A confusão dos conceitos – que deve ser afastada – tem a lamentável consequência de tornar incerto o papel dos juízes dentro do sistema penal.

 

Legislação penal

É o conjunto de leis que preveem as condições pelas quais o poder punitivo pode ser licitamente aplicado. Ao mesmo tempo em que, ao iniciar o processo de criminalização primária, habilita o poder punitivo (com a criação de tipos penais), também o limita, impondo-lhe balizas.

 

Poder punitivo

É o poder de fato, político mais do que jurídico, expresso pelo Estado de diversas formas: (1) poder disciplinador positivo, que permite às agências policiais fiscalizar as pessoas e restringir seus direitos fundamentais (p. ex., buscas pessoais em suspeitos); (2) sistema penal subterrâneo, o qual se caracteriza pelo exercício do poder punitivo em desconformidade com os parâmetros legais (p. ex., execuções extrajudiciais perpetradas por milícias e grupos de extermínio); (3) sistema penal paralelo, que, embora declaradamente não se situe no âmbito do poder punitivo, tem a mesma função de promover o controle social com a restrição da liberdade individual ou de outros direitos (p. ex., internações psiquiátricas com a finalidade de retirar indivíduos indesejáveis de circulação); e (4) sistema penal formal, em que o poder punitivo é exercido de forma lícita após ser depurado pelo devido processo legal.

 

É difícil conceituar o poder punitivo em razão de seu caráter difuso, mas pode ser compreendido como uma pulsão estatal de restringir direitos de determinados indivíduos e de controlá-los, preventiva ou repressivamente, por meio das agências policiais, a fim de que não violem a ordem social.

 

Três são as principais características estruturais do poder punitivo: (a) potencial de violar direitos fundamentais; (b) tendência a expandir-se em detrimento do Estado de Direito e (c) seletividade.

 

Não pode haver dúvida de que o poder punitivo tem o potencial de violar direitos fundamentais: em uma persecução penal, até mesmo o simples investigado pode ter a sua liberdade restringida e o seu patrimônio tornado indisponível. Também são atingidos os direitos à privacidade, honra etc.

 

Mesmo antes do inquérito policial, direitos fundamentais são violados. É o que se passa com a busca pessoal feita em cidadão que, ao andar pela rua, é obrigado a colocar suas mãos na parede, ter o seu corpo apalpado, e seus objetos vistoriados. Independentemente da legalidade ou não do procedimento – e ele será regular somente se houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de objeto ilícito (art. 240, §2º do CPP) –, é inquestionável que há restrição de direito fundamental.

 

Reparem que não estou sequer me referindo aos casos de sistema penal subterrâneo, em que as agências atuam de forma criminosa, como as execuções sumárias de suspeitos e as abordagens policiais desnecessariamente violentas, tal qual a noticiada em 22/03/2021 pelo site The Intercept Brasil, em que uma mulher foi agredida – com esganadura e utilização de spray de pimenta – por um policial militar, que filmava a ação.

 

Já a seletividade refere-se à limitada capacidade operacional do sistema penal e aos critérios que as agências se utilizam para darem início ao processo de criminalização secundária.

 

É premissa inconteste na Criminologia a existência de uma cifra oculta da criminalidade. Ela representa a porcentagem de pessoas que, embora tenham praticado um crime, não foram selecionadas pelo sistema penal formal.

 

A seletividade é uma característica estrutural do poder punitivo. A maioria esmagadora da sociedade já praticou, ao menos uma vez, infração penal. São fatos corriqueiramente praticados pelos “cidadãos de bem”: embriaguez ao volante, injúria, violação de direito autoral, perturbação de sossego etc. Para que não houvesse cifra oculta, todos deveriam ser punidos, o que evidentemente não é viável: “As agências de criminalização secundária têm limitada capacidade operacional e seu crescimento sem controle desemboca em uma utopia negativa. Por conseguinte, considera-se natural que o sistema penal leve a cabo a seleção de criminalização secundária apenas como realização de uma parte ínfima do programa primário” (Zaffaroni).

 

Ao contrário do que se poderia razoavelmente supor, a seletividade não leva em conta a gravidade do crime, mas a vulnerabilidade da pessoa que o praticou: “A regra geral da criminalização secundária se traduz na seleção: a) por fatos burdos ou grosseiros (a obra tosca da criminalidade, cuja detecção é mais fácil), e b) de pessoas que causem menos problemas (por sua incapacidade de acesso positivo ao poder político e econômico ou à comunicação massiva). No plano jurídico, é óbvio que esta seleção lesiona o princípio da igualdade” (Zaffaroni).

 

Quanto à tendência de o poder punitivo expandir-se, trata-se de consequência lógica do que foi posto nos parágrafos anteriores: se é imensa a cifra oculta da criminalidade; se a criminalização secundária depende da capacidade operacional do sistema penal; então a ampliação daquela capacidade resultará em um poder punitivo cada vez maior.

 

Enfim, para que serve o Direito Penal?

Superada a confusão conceitual entre Direito Penal e poder punitivo, a pergunta desloca-se da Teoria da Pena para a Teoria do Direito Penal. Não se discutem, neste texto, as finalidades das penas, que são manifestações do poder punitivo. Basta ter em mente que elas: (a) são potencialmente violadoras de direitos fundamentais; (b) aplicam-se de modo seletivo e (c) tendem à expansão. Como consequência, devem ser juridicamente limitadas.

 

O Direito Penal, então, é a ciência jurídica que, sem ignorar a realidade do poder punitivo, deve interpretar a legislação, com especial ênfase às normas constitucionais, e orientar as decisões judiciais, no sentido de limitar o poder punitivo, visando fundamentalmente à concretização dos direitos fundamentais.

 

A função dos juízes criminais confunde-se parcialmente com a função do Direito Penal (não do poder punitivo): devem interpretar a legislação e limitar eventuais irracionalidades que se lhes apresentem em um caso concreto, utilizando-se, para tanto, de instrumentos fornecidos pela dogmática (Direito Penal).

 

O Estado Democrático de Direito surgiu justamente – ao menos no plano discursivo da Teoria do Direito [2] – para limitar os poderes absolutos do Estado.

 

A desconfiança do poder é inerente à passagem dos Estados Absolutistas aos Estados Democráticos de Direito. É uma conquista civilizatória, por exemplo, a existência de recursos contra decisões judiciais, uma salutar política de freios e contrapesos, neste caso, interna ao próprio Poder Judiciário. Não se trata de desconfiar de um julgador específico, nem há qualquer demérito ao prolator da decisão.

 

Da mesma forma deve ser analisada a desconfiança do poder punitivo. A absolvição de um indivíduo apontado como culpado por agentes policiais não é um juízo de reprovação ou desconfiança particular contra estes, mas simples controle inerente à função jurisdicional.

 

A legitimidade do controle de um poder sobre outro deveria ser uma premissa óbvia em uma democracia e tranquilamente acatada pelos agentes públicos. Na Enciclopédia Política de Diderot e d´Alembert, escrita no século XVIII, já se afirmava: “A experiência de todos os tempos ensina que, quanto maior é o poder dos homens, mais eles são levados por suas paixões a abusar dele”. [3]

 

No Direito Administrativo, não cabe ao Poder Judiciário se limitar a acolher a pretensão do Estado-Administração; no Direito Tributário, não é sua função simplesmente homologar a pretensão do Fisco.

 

No Direito Penal, o raciocínio é idêntico. Não cabe aos juízes criminais o papel de mero homologador da atividade policial. Fosse assim e o devido processo legal seria um simulacro; o Direito Penal, ocioso; e o Poder Judiciário, enfim, desnecessário.

 

Historicamente, quando o pêndulo político se afasta dos ares democráticos, juízes criminais que desempenham corretamente seu papel de limitar o poder punitivo correm riscos e passam a sofrer pessoalmente seus efeitos, na qualidade de investigados e réus, em persecuções criminais ou em processos administrativos disciplinares: “Quanto mais dependente das agências políticas for a estrutura da judicial, maiores serão estas pressões e menor seu potencial crítico: o recrutamento de operadores tenderá a excluir potenciais críticos e o verticalismo a controlar quem pudesse ter dissimulado, por ocasião de seu ingresso, sua capacidade de observação da realidade” (Zaffaroni).

 

Publicado por Blog Justificando 

16 abr
10 dicas essenciais de gestão empresarial

Escola de negócios e gestão

No momento atual, em que ainda buscamos nos recuperar de uma das piores crises financeiras da história do país, proprietários de empresas de todos os portes precisam estar atentos à gestão empresarial. Os pequenos e médios empresários requerem uma atenção ainda maior, uma vez que decisões equivocadas podem significar a paralisação de um negócio promissor.

Este post tem o objetivo listar algumas dicas que são essenciais para a gestão empresarial e para a manutenção de seu estabelecimento. Se você é um pequeno ou médio empreendedor, este post é indicado para você. Confira!

 

A gestão empresarial em pequenas empresas

Administrar uma pequena empresa no Brasil nunca foi tarefa fácil. A complexidade fiscal, as dificuldades iniciais para a constituição de uma empresa e a altíssima carga tributária sempre foram empecilhos para os novos empreendedores.

Atualmente, devido à turbulência que estamos vivenciando, esse trabalho ficou ainda mais complicado. Além dessas dificuldades, ainda temos que nos adaptar a uma economia fragilizada.

Mas é preciso enfrentar as adversidades e perceber que crise também é um momento de oportunidades. Sendo assim, mostraremos 10 dicas essenciais de gestão empresarial:

1. Mapeie seu negócio

O primeiro ponto que deve ser avaliado profundamente pelo gestor é o mapeamento de seu negócio — qual o modelo que você quer implantar e como vai fazer para conseguir alavancar a sua ideia.

Reflita sobre seus eventuais concorrentes e analise seus fornecedores. Essa preocupação deverá ser constante, uma vez que o mercado possui um dinamismo muito intenso.

Garanta um plano de negócios bem formulado, com planejamento de ações e métricas claras. Pense em ações diárias, semanais e mensais — o foco é essencial nesse momento de múltiplas ideias.

2. Avalie seus clientes, o mercado e sua localização

Ajudando a mapear o seu negócio, avalie seus potenciais clientes e o mercado do qual você fará parte. Veja quais serão seus concorrentes e como eles têm trabalhado. Tente mensurar a quantidade e qualidade de seus clientes, observando se o modelo de negócio que você está pensando está de acordo com o local onde pensa em se estabelecer.

Estude com profundidade a sua localização. Nas grandes cidades é fundamental que se tenha um local de estacionamento para receber seus consumidores.

Faça um levantamento sobre as tendências de consumo nos arredores do estabelecimento. Atualmente, os modismos têm tido vida curta e tendências rapidamente se tornam ultrapassadas. Por isso, análises de longo prazo são essenciais nesse momento.

3. Monte uma boa equipe

A montagem de uma boa equipe também é uma dica essencial para a boa gestão empresarial. Mesmo havendo a necessidade de poucos auxiliares, procure pessoas que você tenha afinidade.

Dependendo do porte de seu negócio, familiares podem ser contratados, mas devem entender que no ambiente de trabalho as relações familiares não devem interferir. O que deve prevalecer é a qualificação da pessoa e como ela está desempenhando a função que lhe foi direcionada.

Tenha sempre uma postura de liderança. Aja com assertividade e justiça. Não aceite falhas de conduta e sempre dê exemplos motivacionais e inspiradores. Procure manter um bom clima organizacional mesmo nos momentos de maiores dificuldades.

4. Seja um bom gestor

Administre bem a sua empresa, independentemente de seu porte, tentando manter todas as suas obrigações em dia.

Relacione-se com seus colaboradores da melhor forma possível. Tenha um envolvimento cordial e próximo com eles. Dê autonomia, mas acompanhe de perto as atividades de cada membro da equipe.

Elogie em público o bom desempenho individual e, havendo a necessidade de uma crítica ou advertência, faça-a reservadamenteTransmita segurança e autoridade para todos, sem que haja qualquer tipo de intimidação. A relação líder-liderado deve ser a mais tranquila e transparente possível.

5. Controle sua vida financeira

Mantenha um controle rigoroso sobre a sua vida financeira. Não misture a sua vida financeira pessoal com a sua vida financeira empresarial. Separe-as e mantenha-as independentes.

Siga sempre as orientações dos consultores financeiros, evitando entrar no cheque especial e exceder no cartão de crédito. Isto é importante para a sua empresa e também para você, como pessoa física.

Tenha controle dos gastos e somente faça investimentos dentro da sua capacidade de pagamento. Fuja dos juros bancários e das instituições financeiras.

6. Avalie constantemente seus produtos

Seus produtos e serviços precisam ser constantemente avaliados. Seus clientes têm mantido a regularidade de compras? Há questionamentos sobre a qualidade ou sobre a modernidade de suas mercadorias?

Faça uma pesquisa. Utilize as conversas informais com seus consumidores para medir o grau de satisfação dos mesmos. Use as redes sociais para criar um relacionamento mais informal e contínuo.

Compare seus itens de comercialização com os de seus concorrentes. Faça prospecções na região onde você está estabelecido. Fidelizar os seus clientes é um passo importantíssimo para fazer sua empresa crescer.

7. Tenha uma boa comunicação

Tanto internamente quanto externamente, tenha uma comunicação direta, clara e abrangente. Dentro da empresa, faça reuniões de avaliação e de definição de metas. Estabeleça prioridade de ações e de procedimentos. Seja eficiente na divulgação e acompanhe sempre que possível o desempenho de seus colaboradores.

Externamente, faça um marketing dentro de suas possibilidades. Normalmente, as pessoas imaginam marketing como sendo uma atividade para grandes empresas. Na verdade, qualquer divulgação é uma ação de marketing e serve para difundir sua empresa e seus produtos e serviços.

Uma prática simples e que traz um bom retorno para os pequenos negócios é o boca a boca. Estimular essa prática entre os seus clientes é uma ótima medida. Utilizar outros canais como prospectos, faixas e mensagens em redes sociais ou em aplicativos de relacionamento também ajudam.

 

8. Seja um hábil negociador

Desenvolva e aprimore a habilidade de negociar. Isso vale para as negociações com clientes, fornecedores e colaboradores.

Tenha sempre em mente que todos precisam estar satisfeitos com os acordos. Se um estiver se sentindo prejudicado, mais cedo ou mais tarde o relacionamento irá se deteriorar.

Aprenda técnicas de condução de reunião ou de discussão. Procure entidades ou classes voltadas para a atividade comercial que você está conduzindo. Há consultores que podem auxiliá-lo na melhoria do seu perfil negociador.

9. Tenha a tecnologia da informação como parceira

Utilize a tecnologia da informação como aliada em suas atividades. Hoje em dia, as pessoas têm preferido não usar dinheiro em espécie. Instale máquinas para pagamento com cartões de crédito e débito em sua empresa. Facilite a forma de pagamento para seus clientes.

Divulgue seu negócio nas redes sociais e lembre-se de manter as suas informações sempre atualizadas. Cadastre os endereços eletrônicos de seus clientes, registre o número de seus celulares e envie promoções/informações via SMS e WhatsApp. sempre com critério para não se tornar invasivo. Os smartphones estão nas mãos da maioria das pessoas, saiba desfrutar dessa oportunidade!

Tenha um cadastro de seus principais clientes. Tente pegar as datas importantes como nascimento e casamento, envie uma mensagem específica nestes dias. Fique próximo dos seus consumidores, mesmo que virtualmente. Isto agrega no seu relacionamento com eles.

10. Seja inovador

Como dito em outro tópico, os modismos estão cada vez mais intensos e com uma vida útil mais curta. Avalie as tendências do mercado. Antecipe, dentro do possível, e lance produtos e serviços inovadores.

Obviamente isto dependerá do ramo de atividade que você estiver trabalhando. Sempre há o que inovar. Procure sempre reduzir seus custos, uma vez que qualquer redução de preço é absolutamente relevante para os consumidores.

Fique atento aos avanços tecnológicos. A geração milênio que está atuante no momento não adquire quase nada que não esteja sendo comentado nas redes sociais. Fique atento ao Facebook, Twitter e Instagram. Estas ferramentas fazem parte do dia a dia das novas gerações e são potenciais reservatórios de ideias, tendências e objeções.

Publicado por Blog Beblue

16 abr
Entenda o que é IoT na indústria 4.0 e porque isso é uma aposta que vai revolucionar o mercado industrial

Escola de tecnologia aplicada

Veja também exemplos de como esse conceito já está atuando em alguns mercados

 

Imagine conectar diversos dispositivos, através da internet, que podem trocar informações entre si? Essa é a ideia por trás da Internet das Coisas (IoT). Aplicado à indústria, a conexão entre esses diversos dispositivos é a IoT na indústria 4.0.

Indústria 4.0 é conhecida como a Quarta Revolução Industrial, caracterizada pela introdução da tecnologia da informação na indústria. Essa é a nova tendência que está sendo adotada pelas grandes corporações para sair na frente em seu mercado.

Para entender essa ideia de IoT na indústria 4.0, vamos fazer uma analogia com o funcionamento do cérebro humano. Em 1926, Nikola Tesla, inventor nos campos de engenharia mecânica e eletrotécnica, disse:

 

“Quando a tecnologia sem fio for perfeitamente aplicável, a Terra inteira será convertida em um imenso cérebro, o que de fato é, com todas as coisas sendo partículas de um todo real e rítmico”

 

Sendo assim, essa analogia ao nosso cérebro permite compreender melhor a ideia de IoT como uma rede conectada. Essa rede por si só possui imensas quantidades de conexões entre as células, compondo a rede do nosso sistema nervoso.

Portanto, assim como células diferentes possuem finalidades diferentes, os produtos conectados possuem diferentes funções e aplicabilidades, porém estão unidos sob a mesma rede.

As conexões geradas pela IoT

Essa conexão que a IoT na indústria 4.0 fornece, gera oportunidades inéditas, criando um grande círculo de valor agregado aos produtos e serviços que dela se utilizam. Entenda melhor como isso pode funcionar na prática, a partir da sequência de fatores a seguir:

  • A chuva influencia a produção de matéria-prima
  • O valor do produto final sofre alterações no mercado mundial
  • A quantidade de produtos derivados estocados impacta a economia nacional
  • Ocorre uma repentina elevação da demanda, cujo fornecimento de insumos não consegue suprir.
  • Em vez da produção ser intensificada, será interrompida para uma parada programada de manutenção.

Sendo assim, imagine um monitoramento integrado de todos esses acontecimentos, gerando dados que se comunicam em tempo real por meio do que pode-se considerar uma grande base de dados unificada.

A partir desse banco de dados, seriam tomadas decisões automáticas através da comunicação online entre os dispositivos interconectados responsáveis por monitorar esses eventos.

Com base nas decisões tomadas por meio da visão global de todos esses fatores, o processo produtivo se torna mais eficiente, reduzindo os impactos negativos e maximizando a cadeia de valor de determinado setor industrial.

Então, essa integração não só interna como externa à indústria, é a base da IoT na indústria 4.0. A nível mundial, a Accenture realizou um estudo para ter uma projeção do impacto na economia com a internet industrial das coisas (IIoT) nos próximos anos.

Diante disso, as previsões mais otimistas apresentam que o valor gerado pelo investimento em IIoT chegará a US $ 15 trilhões do PIB global até 2030. Esse estudo pode ser consultado através deste link.

Depois desse panorama mundial, vamos aprofundar mais nos assuntos. Aqui nesse artigo sobre IoT na indústria 4.0, você pode entender melhor sobre:

  • O que é a indústria 4.0
  • O que é IoT
  • Como a IoT na indústria 4.0 pode revolucionar a indústria
  • Benefícios da IoT na indústria 4.0

 

Afinal, o que é a indústria 4.0?

IoT na industria 4.0

O surgimento da indústria 4.0 veio por meio dos alemães que queriam elevar sua competitividade com a manufatura asiática. Por isso, definiram uma estratégia de governo para aumentar a produtividade da indústria através da inovação.

Segundo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel:

 

“A indústria 4.0 é a transformação completa de toda a esfera da produção industrial através da fusão da tecnologia digital e da internet com a indústria convencional.”

 

Apesar da disseminação do conceito mundialmente, ele ainda não é uma realidade. Essa é a primeira vez que uma revolução industrial é anunciada antes de acontecer. Todos os acontecimentos estão sendo previstos como tendências.

Dessa forma, a Quarta Revolução Industrial está sendo motivada por três grandes mudanças no mundo industrial produtivo. São elas:

  • Avanço exponencial da capacidade dos computadores;
  • Imensa quantidade de informação digitalizada;
  • Novas estratégias de inovação (pessoas, pesquisa e tecnologia).

Essas mudanças permitem que tudo dentro e ao redor de uma planta operacional (fornecedores, distribuidores, unidades fabris, e até o produto) sejam conectados digitalmente, proporcionando uma cadeia de valor altamente integrada.

 

Em meio a tudo isso, o que significa a Internet das Coisas (IoT)?

A IoT na indústria 4.0 é basicamente a responsável pela integração de todos os dispositivos dentro e externo à planta. A IoT é o conceito que representa a conexão.

 

“A Internet das Coisas é uma rede de objetos físicos, sistemas, plataformas e aplicativos com tecnologia embarcada para comunicar, sentir ou interagir com ambientes internos e externos.”  

 

Quando se diz que a internet está na indústria, no chão de fábrica, devemos relacionar isso a um ambiente onde todos os equipamentos e máquinas estão conectadas em redes e disponibilizando informações de forma única.

Desse modo, especificamente quando falamos do universo da Internet das Coisas na indústria, nos referimos a Industrial Internet of Things (IIoT). Conheça o nosso artigo sobre IIoT para se aprofundar no assunto e entender como esse conceito está funcionando atualmente.

Para deixar mais claro, vamos ressaltar a diferença entre IoT e IIoT. IoT é o conceito mais abrangente que surge como a ideia de conectar qualquer dispositivo que gere informações e possa se conectar a um serviço de cloud em qualquer segmento.

Em contrapartida, a IIoT é a conexão de diferentes dispositivos relacionados à cadeia produtiva, conectando essas informações via cloud. Por exemplo, permitindo o processo produtivo conectar-se diretamente a um fornecedor de produto em tempo real na linha de produção.

 

Como a IoT na indústria 4.0 está revolucionando a indústria?

Agora que já entendemos os conceitos, vamos apresentar exemplos do que já está sendo feito atualmente. A IoT na indústria 4.0 já está presente em diferentes segmentos e atuando de diferentes maneiras.

 

1) Otimizando a manutenção na energia eólica

IoT na indústria 4.0

Schaeffler e a IBM vão utilizar turbinas eólicas para explorar como Machine Learning pode revelar insights valiosos sobre a performance de equipamentos em diferentes condições de operação.

Assim, sensores nos equipamentos informam as condições dos componentes da turbina em tempo real. Dessa forma, através da previsão do vento pela IBM, os operadores de turbina estão aptos para planejar com antecedência e repor peças durante períodos menos ventosos.

 

2) Aumentando a eficiência operacional de plantas industriais com gerenciamento de alarmes e eventos

IoT na industria 4.0

É muito comum indústrias possuírem milhares de eventos disparados pelo sistema de automação da planta. Sejam informações de alarmes, intervenções, mudança de estados, tudo fica registrado como eventos.

A quantidade é tão grande que se torna impossível realizar a análise desses dados sem ser por softwares especializados

Assim, visando amenizar esse problema, existe a prática de gerenciamento de alarmes e eventos. Um software de gerenciamento conecta-se ao sistema de controle e consegue extrair todas as informações dos milhares de dados gerados diariamente.

Essa grande quantidade de dados brutos são minerados e transformados em insights valiosos sobre as condições da planta industrial. Esse processo é denominado business intelligence.

Ainda assim, existe uma lacuna muito grande de sistemas que de fato conseguem minerar esses dados em tempo real gerando informações relevantes que facilitem o processo de tomada de decisão seja de maneira manual ou automática.

A maioria das indústrias sequer realiza a análise desses dados de maneira proativa, servindo apenas para registros para caso de necessidade de avaliação como, em análise de incidentes.

Por fim, o gerenciamento de alarmes e eventos facilita o trabalho do operador que consegue controlar a planta com maior precisão, aumentando a produtividade e diminuindo as perdas.

 

3) Veículos Conectados

IoT na industria 4.0

A IoT na indústria 4.0 também permite que a Schaeffler amplie a funcionalidade e a vida útil de componentes da indústria automotiva. Eles conseguiram encontrar um modelo de negócio híbrido a partir desta ideia.

Desse modo, análises e sistemas sensoriais em tempo real podem transformar dados brutos em insights valiosos que podem ser utilizados pelos fabricantes para aumentar a confiabilidade dos carros e oferecer um novo serviço de valor agregado aos clientes.

Dessa forma, eles conseguem ampliar a qualidade para além da porta da fábrica. Pois, fornece em tempo real aos clientes as condições dos seus respectivos carros.

 

Quais os benefícios da IoT na indústria 4.0?

Compreendido como funciona na prática, quais os benefícios que tudo isso oferece? A utilização de IoT e IIoT, trazem benefícios para as plantas industriais nos seguintes aspectos:

 

1- Eficiência operacional e maximização dos lucros

A eficiência operacional é o mais falado atualmente, e os primeiros adeptos estão focados nesses benefícios.

Ao introduzir automação, conectividade e técnicas de produção mais flexíveis, por exemplo, os fabricantes podem aumentar sua produtividade em até 30%. Esse dado também foi disponibilizado pelo estudo realizado pela Accenture.

Além disso, a escalabilidade, economia de tempo e de custos, auxilia na maximização dos lucros de organizações industriais.

Os aspectos que aumentam a eficiência operacional da planta são:

  • Redução de paradas na produção;
  • Melhoria do uso do ativo;
  • Redução no custo do ciclo do ativo;
  • Melhoria da produção;

 

2- Novos serviços e modelos de negócios

A IoT na indústria 4.0 permite que sejam criados novas fontes de receitas pela criação de novos serviços conectados. Os modelos de negócio híbridos, permitem que sejam aproveitados tantos os produtos quanto serviços digitais.

Sob o mesmo ponto de vista, o modelo de negócio híbrido são negócios que oferecem tanto produtos quanto um serviço relacionado à esse produto.

No exemplo anterior dos veículos conectados, a Schaeffler aproveitou os dados brutos obtidos para fornecer o serviço de condição dos carros em tempo real como fonte para manutenções preventivas.

A utilização de serviços digitais ainda melhora o relacionamento com o cliente. Pois, a entrega do produto possibilita diferentes pontos de contatos que geram informações valiosas para o cliente. É criada uma relação de confiança e lealdade.

 

3- Maior conhecimento para tomadas de decisões

A análise dos dados industriais permite que os executivos tenham maior quantidade de informação. Isso facilita para tomarem melhores decisões em virtude de ter uma visão mais precisa do desempenho da indústria.

Para completar, a rede da IIoT de dispositivos inteligentes permite que as organizações industriais conectem todas as suas pessoas, dados e processos do chão de fábrica até os executivos. Auxiliando ainda mais na produtividade dos líderes e nas tomadas de decisão.

É importante ressaltar que mais do que facilitar as tomadas de decisão, a indústria 4.0 quer ir além. Ela visa promover que boa parte dessas decisões sejam tomadas de maneira automática por técnicas inteligentes.

 

Conclusão

A melhor maneira de inovar em um setor industrial é quando você consegue identificar uma tendência de comportamento e se antecipa para aplicar uma nova ideia na sua indústria.

O mercado já está nos mostrando que o mundo caminha para a Quarta Revolução Industrial. Isso representa a introdução da tecnologia da informação nas indústrias.

Portanto, para as empresas que buscam sair na frente dentro do seu mercado e inovar, apostar na internet das coisas e IoT na indústria 4.0 pode ser um ótimo caminho.

Por fim, existe ainda um potencial escondido para um alto crescimento das indústrias, esse potencial é a utilização dos dados. Um bom uso desses dados permite aumentar a eficiência operacional, tomar melhores decisões e até criar novos modelos de negócio.

12 abr
Direito ao esquecimento e a LGPD

Escola de direito aplicado

A lei 13.709/18 - LGPD - traz regras que servirão para nortear a aplicação dos direitos à informação e liberdade de expressão quando em confronto com o direito ao apagamento de dados, como referido na lei nacional, mais conhecido como "direito ao esquecimento".

A internet é, sem dúvida, um avanço científico-tecnológico dos mais importantes dos últimos cem anos, festejada como ferramenta de pesquisa e disponibilização de informações nos mais variados ramos do interesse humano. Desse ponto de partida, já se pode avaliar sua relevância para o direito à informação na atualidade.

No entanto, é também já notório o poder destrutivo que a internet vem causando à vida particular dos indivíduos em face da perenidade, velocidade e alcance de informações que, por razões de foro íntimo, não se desejaria expor. A internet se revela fora do controle da esfera estatal e pessoal, colocando à disposição de uma quantidade indiscriminada de pessoas os dados particulares das demais, disponibilizando novos e antigos fatos, a qualquer tempo, modo e lugar.1 E o fato é que pode existir um interesse da pessoa em garantir a memória “certa” a respeito de seus dados pessoais, assim como que erros cometidos no passado não lhe tragam indefinidamente prejuízos cujas consequências já enfrentou. Alberga-se tal interesse por meio do chamado “direito ao esquecimento“.

Uma primeira observação que se pode fazer em relação ao direito ao esquecimento reside na falta, em especial no âmbito da legislação, de aceitação plena ao uso da expressão “direito ao esquecimento“, o que implica no fato de que as normas jurídicas ainda não a adotam uniformemente. No direito estrangeiro, vê-se, por exemplo, o Regulamento da União Europeia (UE) 2016/679, cujo art. 17º, que trata do direito ao apagamento de dados e, em seguida, como um subtítulo, o “direito a ser esquecido“. Ademais, no considerando 66 da mesma norma consta também a declaração “direito a ser esquecido no ambiente por via eletrônica“.2

A expressão direito ao esquecimento traduz, na verdade, o de não se conceder acesso a informações pessoais cuja publicidade se queira restringir. A palavra esquecimento é apenas retórica. A ideia subjacente é o ato de apagar uma informação e o esquecimento desta é a consequência desejada pelo titular do dado. É compreensível que exista o interesse da pessoa em garantir a memória certa a respeito de seus dados pessoais, assim como que erros cometidos no passado não lhe tragam indefinidamente prejuízos cujas consequências já enfrentou.

Ocorre que, para outras pessoas, a informação e a liberdade de expressão podem ser igualmente caras. Ao longo da história, aqueles que se viram instados a examinar o chamado direito ao esquecimento se viram no dilema de ponderar diversos valores e garantias, especialmente o direito de informação e de memória, assim como da liberdade de imprensa.3 Pedro Trovão do Rosário colocou a questão nestes termos:

O problema essencial, ou ponto de partida do direito a ser esquecido encontra-se na necessidade de encontrarmos parâmetros de concordância entre as liberdades de expressão (compreendida aqui também pelas liberdades de informação e imprensa) e a protecção da vida privada e familiar da pessoa humana (…), os quais não só não são absolutos como inconstantes e, problema seguinte, a efetivação da(s) solução(ões) que encontrarmos“.4

Para esse autor, a regulamentação europeia, já antes aqui mencionada5, está alinhada com a ideia de uma crescente liberdade concedida ao proprietário dos dados, com o correspondente aumento de responsabilidades, constituindo-se em exemplo de um Estado fiscalizador do cumprimento de direitos fundamentais.6 A proposta da norma, portanto, segundo referido autor, seria de que os Estados-Membros conciliem, por meio de lei, o direito à proteção de dados pessoais com o direito à liberdade de expressão e de informação.

Já no âmbito do direito brasileiro, a lei 13.709, publicada em 14 de agosto de 2018, vem trazer novos contornos à proteção de dados também ao nosso país. Neste brevíssimo estudo, fazemos um esforço por compreender como essa norma brasileira pretende enfrentar a questão do direito ao esquecimento, ou seja, quais parâmetros traz para que se estabeleça uma concordância entre as liberdades de expressão e a proteção da vida privada e familiar da pessoa humana.

Antes da vigente LGPD, o direito ao esquecimento tinha pouca regulação legal no Brasil, o antigo Marco Civil da Internet (lei 12.965/14), o Código de Defesa do Consumidor, a Lei de Acesso à Informação e a Lei do Habeas Data), além de uma jurisprudência vacilante. Contudo, a lei 13.709 faz importantes avanços no tema. Vejamos.

De logo, o chamado Novo Marco Civil da Internet cria órgãos para o trato específico da proteção de dados na internet. Ademais, institui regras preventivas, tais como o prévio consentimento expresso ao tratamento de dados, a possibilidade da reclamação administrativa, por meio dos órgãos de defesa do consumidor e a inversão do ônus da prova em casos judiciais, nas hipóteses que menciona. Afora isso, a lei também cria sanções de várias espécies, da mais simples advertência a pesadas multas e até a impossibilidade de permanência na atividade do controlador de dados que infringe a lei. É sem dúvida uma norma de forte cunho protetivo aos direitos dos usuários da internet.

No que diz respeito aos princípios norteadores da LGPD, estão estes destacados no art. 3º, dentre os quais, sem qualquer ordem de hierarquia, a garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal, e a proteção da privacidade e a proteção dos dados pessoais, na forma da lei, assim como a inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Esta enunciação é a fonte primária para o aplicador da lei em seu enfrentamento a cada caso concreto.

Notamos que a lei brasileira não adotou a expressão direito ao esquecimento. Em seu lugar, podemos encontrar a palavra “eliminação“, cujo significado vem expresso no inciso XIV do art. 5º da lei como a “exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em banco de dados, independentemente do procedimento empregado“. Nessa razão, este direito está mais conexo com a ideia do impedimento à manutenção da publicidade acerca de algo que se deseja seja esquecido, nos casos e circunstâncias em que a lei permite tal privacidade.

O aspecto mais relevante da lei para o tema do direito ao esquecimento se encontra nessa prerrogativa que tem o titular dos dados pessoais a obter do controlador, em relação aos seus dados por ele tratados, a eliminação destes, a qualquer momento e mediante requisição. E, o mais importante, é que se pode antever, nas hipóteses em que o tal direito é excepcionado, aquelas situações em que prevaleceriam outros direitos. Com efeito, a lei excepciona de logo os casos de cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; de estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; de transferência a terceiro, desde que respeitados os requisitos de tratamento de dados dispostos na Lei; ou uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por terceiro, e desde que anonimizados os dados. A identificação das situações de legítima eliminação dos dados aqui prevista, note-se bem, representa já um parâmetro a ser seguido pelos usuários assim como para os estudiosos e operadores do direito ao esquecimento.

Afora esse ponto específico, podemos observar na lei brasileira uma busca pela proteção das informações desde a concepção, pois o tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado mediante o fornecimento de consentimento pelo titular. Tal consentimento se refere a uma “manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada” (art. 5º, XII da LGPG).

Preventivamente, pois, a norma veda o tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento, devendo este se dar por escrito e referir-se a finalidades determinadas, considerando-se nulas as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais. Em reforço dessa determinação, a revogação do consentimento pode ser feita a qualquer tempo, mediante manifestação expressa do titular, por procedimento gratuito e facilitado.

É quando trata o legislador dos dados pessoais sensíveis que melhor podemos elucidar de que forma pretende a lei prevenir que haja desobediência aos direitos albergados. Os dados sensíveis são aqueles de ordem pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, referente à saúde ou à vida sexual e dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural.

De acordo com o art. 11 do já chamado Novo Marco Civil da Internet, o consentimento dado pelo titular ao tratamento de dados pessoais sensíveis deverá se dar de forma específica e destacada, assim como para finalidades específicas. Ou seja, se os dados se referem a origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, referente à saúde ou à vida sexual e dado genético ou biométrico, o tratamento deverá ter uma finalidade especifica, uma justificativa para tanto, assim como o consentimento deverá ser específico. Ademais, sem fornecimento de consentimento do titular, o tratamento de dados sensíveis somente poderá ocorrer em situações bem específicas, conforme dispõem os artigos 11 a 13 da LGPD.

Um dos maiores acertos da norma, não se porá dúvida, é a de instituir o direito de petição administrativa à Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD (§ 1º do art. 18), corrigindo o grave problema de ter o usuário de recorrer ao Poder Judiciário para corrigir danos ao seu direito.

Em conclusão, no que tange ao direito à proteção de dados na internet, pode-se dizer que a publicação, no Brasil, da lei 13.709/18 dotará o país de uma legislação que tem ferramentas para interferir positivamente na sociedade, amparando os usuários da internet, assim como com regras que poderão contribuir para resoluções relacionadas a direito ao esquecimento, ou apagamento de dados, como referiu a lei nacional.

Publicado por Blog Migalhas 

09 abr
4 estratégias para fazer mais no trabalho em menos tempo

iCEV

É possível que mais de uma vez seu dia de trabalho tenha se estendido muitas horas além do planejado. Talvez isso aconteça com frequência, e você sinta o peso do relógio nos ombros.

Por que o dia não tem mais de 24 horas? É uma pergunta bastante comum quando as pressões do trabalho — sejam exigidas pela empresa ou autoimpostas — estão o tempo todo nos assombrando.

É aí que entra o desafio da produtividade. Como fazer mais coisas em menos tempo?

Amantha Imber, fundadora da empresa de consultoria australiana Inventium, dedicada a fornecer assessoria em ciências comportamentais, criou quatro estratégias que podem ajudar a administrar o tempo de forma mais eficaz para ter uma melhor qualidade de vida.

Nos últimos três anos, Imber entrevistou pessoas de diferentes áreas de trabalho para tentar descobrir como podemos estruturar nossos dias de modo a tirar mais proveito deles.

Nessas conversas, ela ouviu várias vezes que não é saudável deixar que as prioridades de outras pessoas determinem as suas.

“A produtividade não tem a ver com quantas horas você trabalha ou quantas tarefas pendentes você pode tirar da sua lista”, afirma Imber em entrevista à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

“Trata-se de fazer o que você precisa para trabalhar de maneira eficiente.”

A seguir, confira quatro estratégias utilizadas por pessoas altamente produtivas, segundo os estudos realizados por Imber.

1. Alinhe o trabalho com seu ‘cronotipo’

O “cronotipo” é simplesmente uma forma de se referir ao relógio biológico. Tem a ver com nosso ciclo natural de sono-vigília que tem duração de 24 horas.

Como cada pessoa tem seu próprio cronotipo, é importante determinar quais são seus momentos de maior e menor energia ao longo do ciclo.

Homem olhando pela janela de escritório
Cronotipo é a predisposição natural que cada indivíduo tem de sentir picos de energia ou cansaço, de acordo com a hora do dia

De acordo com Imber, cerca de 10% das pessoas são “cotovias” que se sentem mais dispostas pela manhã.

No outro extremo do espectro, estão os 20% da população chamados de “corujas”, aqueles que trabalham melhor à noite.

A maioria das pessoas se encontra, no entanto, em algum ponto intermediário. Normalmente, sentem um pico de energia antes do meio-dia, uma queda depois do almoço e um segundo estímulo no fim da tarde.

Aqui, o fundamental é que você organize o seu dia levando em conta seu relógio biológico, de forma que as atividades que exigem maior concentração ou que são mais relevantes sejam realizadas nos momentos em que sua energia está em alta — e que você deixe as atividades mais rotineiras (como responder e-mails, por exemplo) para quando sua energia cai.

2. Planeje a jornada de trabalho no fim do dia anterior

Um dia produtivo não acontece por acaso. Requer planejamento. Se escrevermos o que queremos fazer, quando e onde, é muito mais provável que os objetivos sejam alcançados.

Reunião
Um planejamento meticuloso é o segredo para aproveitar ao máximo o seu dia

Uma maneira eficaz de fazer isso é anotar suas três prioridades para o dia seguinte, ou seja, aquelas coisas que você não pode deixar de fazer.

O próximo passo é completar a lista de tudo que tem pela frente, de preferência hora a hora.

Também é conveniente acrescentar no final pequenas tarefas que podem ser feitas entre reuniões ou em qualquer intervalo.

No fim das contas, o que mais ajuda é um planejamento cuidadoso.

3. Desenvolva rituais

São rituais relacionados a onde e quando trabalhar de acordo com o tipo de tarefa.

Ao fazer isso de forma consistente, seu cérebro irá associar esses sinais físicos e temporais a essas tarefas.

Por que o tempo e o espaço são importantes?

Basicamente porque nos ajudam a mudar a “chave” mental. Por exemplo, há pessoas que, quando precisam resolver problemas complexos ou desafios criativos, usam certos trajetos para caminhar e pensar.

Homem descansando no escritório
Uma pequena pausa pode ajudar a recarregar as energias

Outros preferem dividir as tarefas entre um espaço do escritório e outro, o que ajuda a quebrar a monotonia e também influencia a atitude com que abordamos determinados desafios.

E se você trabalha de casa, isso ajuda a definir o que fazer em que cômodo. Ou dividir o espaço entre manhã e tarde.

 

O importante é criar rituais fazendo o mesmo tipo de atividade no mesmo lugar ou à mesma hora.

Por exemplo, você pode participar de reuniões por videoconferência no quarto, responder e-mails na sala e se concentrar em uma poltrona.

Depois de praticar por algumas semanas, você terá gerado um fluxo que torna mais fácil atingir os objetivos em menos tempo.

4. Evite bloquear 100% a agenda

Um dia completamente bloqueado na agenda pode dar uma falsa sensação de produtividade. Você não terá tempo para resolver imprevistos, momentos de criatividade ou contato social com membros de sua equipe.

 

Se sua agenda parece estar sempre cheia, programe deliberadamente um tempo para não fazer nada.

Você pode usar esse tempo para tarefas inesperadas que surgem ao longo do dia ou para fazer uma pequena pausa que pode ajudá-lo a arejar a cabeça e seguir em frente com mais energia.

Publicado por BBC

08 abr
Como aprender a programar pode mudar sua vida

Escola de tecnologia aplicada

Para Hannah Blair, enveredar-se pelo ramo da tecnologia foi complicado.

Ela frequentava uma escola para meninas que não oferecia o curso de informática e programação que queria, embora a escola para meninos oferecesse a disciplina.

“A escola de meninas tinha ciência da computação, enquanto a escola de meninos tinha um curso de informática de verdade, apesar de as duas estarem sob o mesmo teto, então mudei para a escola de meninos para fazer isso”, diz Hannah.

Sua determinação valeu a pena e ela se formou em Ciência da Computação pela Universidade de Surrey (Inglaterra) em 2018.

A jovem conseguiu uma vaga no programa de pós-graduação do banco alemão Deutsche Bank e desde então tem trabalhado com startups como desenvolvedora independente. Atualmente, atua como desenvolvedora sênior na plataforma de eventos virtuais Hopin.

Demorou 14 meses para Carl Mungazi conseguir seu primeiro emprego, pois ele enfrentou um problema comum a muitos candidatos.

“Um dos entrevistadores me disse que tinha uma proposta, mas queriam que eu ganhasse mais experiência.”

Em última análise, seja qual for o caminho que você tomar nesse setor, você deve demonstrar um claro interesse e paixão pela programação.

“É um processo muito desafiador que realmente aumentará sua resistência mental, mas se você for capaz de seguir em frente, isso mudará seriamente sua vida”, conclui Thornton.

Foi uma escolha de carreira inteligente, já que o desenvolvimento de software é um setor com muitas oportunidades.

Por exemplo, o Bureau of Labor Statistics (BLS), o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, prevê uma taxa de crescimento de empregos de 22 % para esses desenvolvedores entre 2019 e 2029, em comparação com 4% para outras ocupações.

E os salários são bons. De acordo com o site de comparação de salários PayScale, o salário médio de um desenvolvedor é de cerca de US$ 80 mil (cerca de R$ 450 mil) por ano.

Mudança de carreira

Carl Mungazi

Carl Mungazi estudou jornalismo e trabalhou como repórter em Luton, na Inglaterra, por quatro anos, antes de se tornar desenvolvedor em 2016.

Sua vontade de enveredar-se pela profissão resultou de seu desejo de construir um agregador de notícias local, algo que já tinha visto em publicações nacionais.

“Basicamente, queria encontrar uma maneira de rastrear as notícias publicadas em Luton”, diz Mungazi.

Um amigo desenvolvedor o ajudou a construir o “back-end”, a tecnologia necessária para alcançar seu objetivo, e Mungazi aprendeu a usar Javascript, uma linguagem de programação para construir sites.

A escolha de qual linguagem de computador realmente aprender depende do que você deseja fazer.

Python é uma poderosa linguagem de propósito geral e muitas vezes é a primeira ensinada a estudantes universitários em cursos de informática.

É amplamente utilizada nos negócios — o YouTube, por exemplo, é amplamente escrito em Python.

Ruby é outra linguagem versátil, popular entre startups.

Os “bootcamps”

Independentemente da linguagem que um programador novato escolha, existem vastos recursos online para ajudar os autodidatas. Em seu caso, Mungazi diz que o site freecodecamp.org foi particularmente útil para ele.

Outra opção popular é frequentar um bootcamp (centro de treinamento), de grande ajuda para quem muda de carreira. Muitos deles surgiram nos últimos anos, oferecendo cursos intensivos destinados a ensinar os participantes as habilidades necessárias para conseguir o primeiro emprego nesse setor.

Brenden Thornton

Brenden Thornton escolheu esse caminho, inscrevendo-se em um curso oferecido pela Flatiron School, quando optou por deixar de ser cinegrafista da NBA (liga de basquete profissional) nos Estados Unidos.

“Uma grande vantagem de ir para um bootcamp é ter um currículo customizado para você. Não tive que fazer conjecturas ao decidir quais tecnologias aprender e como eu as aprenderia sozinho”, conta.

O suporte que vem com a participação nesses bootcamps também foi fundamental para sua decisão.

“Eles realmente dedicam tempo para formar uma equipe de suporte ao seu redor, não apenas por meio de oportunidades de emprego, mas também por meio de consultores de carreira que o ajudam a navegar no processo de procura de emprego.”

Uma desvantagem dos bootcamps é que eles podem ser demorados e proibitivamente caros para muitos. Muitos cursos ultrapassam US$ 10 mil (R$ 57 mil).

Uma bolsa parcial ajudou a aliviar parte dos encargos financeiros de Thornton, mas ele ainda tinha uma agenda cansativa.

Sua rotina de segunda a sexta consistia em acordar às 5 da manhã para trabalhar no Uber e no Lyft até as 9h. Então, estudava até as 16h e depois voltava a trabalhar nos apps de carona até as 21h.

Habilidades

Independentemente do caminho que você decidir seguir na programação, é essencial garantir que as chamadas soft skills (ou habilidades comportamentais) não sejam negligenciadas.

Curso da Flatiron School

Em cursos presenciais, habilidades além de programação e ciência da computação são aprendidas

“As habilidades que os empregadores procuram muitas vezes são mais do que técnicas”, de acordo com Barry Cranford, CEO da empresa de recrutamento RecWorks.

“A principal coisa que realmente faz a diferença é se você pode colocá-las em prática como parte de uma equipe.”

Ter um perfil público para destacar seu trabalho também pode ajudar na hora de se candidatar a empregos.

A plataforma online Github é particularmente popular entre os empregadores. “É como um portfólio de fotografias, você pode mergulhar nele e ver o que as pessoas fizeram”, diz Barry Cranford.

Encontrar um mentor que o apoia é outro elemento que pode lhe dar um impulso, diz ele, e pode ser uma “arma secreta” para sua carreira.

Redes profissionais

Tal como acontece com muitos setores, o networking (redes de contatos profissionais) também pode ajudar a construir esses primeiros contatos cruciais.

“Participar de qualquer reunião pode aumentar muito suas chances de conseguir um emprego”, diz Thornton.

No entanto, os desafios de conseguir o primeiro emprego não devem ser subestimados, especialmente para quem está mudando de carreira.

Hannah Blair

Hannah Blair teve que se transferir para uma escola só para meninos para estudar computadores

Demorou 14 meses para Carl Mungazi conseguir seu primeiro emprego, pois ele enfrentou um problema comum a muitos candidatos.

“Um dos entrevistadores me disse que tinha uma proposta, mas queriam que eu ganhasse mais experiência.”

Em última análise, seja qual for o caminho que você tomar nesse setor, você deve demonstrar um claro interesse e paixão pela programação.

“É um processo muito desafiador que realmente aumentará sua resistência mental, mas se você for capaz de seguir em frente, isso mudará seriamente sua vida”, conclui Thornton.

Publicado por BBC

06 abr
Atenção concurseiros: País tem mais de 80 concursos abertos para preencher 4,3 mil vagas; veja lista

iCEV

Há oportunidades para todos os níveis de escolaridade. No processo seletivo aberto pelo Ministério da Cidadania, são 89 vagas com salários de até R$ 8.300,00.

Pelo menos 83 concursos públicos estão com inscrições abertas no país nesta segunda-feira (5). São mais de 4,3 mil vagas em disputa.

Há cargos disponíveis para todos os níveis de escolaridade. Além de vagas para preenchimento após o término do processo seletivo, há oportunidades para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.

No processo seletivo aberto pelo Ministério da Cidadania, por exemplo, são 89 vagas para contratação por tempo determinado, com salários de até R$ 8.300,00. Veja aqui o edital.

Nesta terça-feira (6), iniciam as inscrições para o concurso do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça. São 107 vagas para profissionais de nível superior na área de engenharia e arquitetura. Os salários variam de R$ 6.242,41 a R$ 8.293,82. Veja aqui o edital.

Na quarta-feira (7), serão abertas as inscrições para o concurso do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). São 165 vagas, com salários de até R$ 7.620,37 em funções de nível superior em Brasília, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro. Veja aqui o edital.

Nesta segunda-feira, pelo menos 9 concursos abrem o prazo de inscrições. Veja abaixo:

Prefeitura de Aparecida do Taboado (MS)

  • Inscrições: até 09/04/2021
  • 30 vagas
  • Salários de até R$ 2.122,99
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Cunha Porã (SC)

  • Inscrições: até 05/04/2021
  • 2 vagas (professores de inglês)
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Formiga (MG)

  • Inscrições: 05/04/2021
  • 6 vagas (enfermeiros)
  • Salários de até R$ 2.122,99
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Maquiné (RS)

  • Inscrições: até 09/04/2021
  • 2 vagas (instalador hidráulico)
  • Salários de até R$ 2.292,97
  • Cargos de nível fundamental
  • Veja o edital

Prefeitura de União do Oeste (SC)

  • Inscrições: 05/04/2021
  • 4 vagas (professores)
  • Salários de até R$ 1.831,71
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Hospital Ophir Loyola (HOL-Paraná)

  • Inscrições: até 07/04/2021
  • 41 vagas
  • Salários de até R$ 1.858,41
  • Cargos de nível superior
  • Veja o edital

Prefeitura de Mambaí (GO)

  • Inscrições: até 07/04/2021
  • 52 vagas
  • Salários de até R$ 3.641,02
  • Cargos de nível fundamental, médio e superior
  • Veja o edital

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Tocantins (CBM – TO)

  • Inscrições: até 12/04/2021
  • 115 vagas
  • Salários de até R$ 4.805,62
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig)

  • Inscrições: até 16/04/2021
  • 11 vagas
  • Salários de até R$ 1.700,03
  • Cargos de nível médio e superior
  • Veja o edital

Publicado por G1

05 abr
5 apps para organizar melhor seu tempo

iCEV

Se você organizar melhor o seu dia, terá mais tempo para estudar e para dedicar a atividades de lazer! Fica a dica.  Dá uma olhada em alguns aplicativos que podem te ajudar nisso. Vai valer a pena, viu?

 HabitNow

Ajuda a definir hábitos e tarefas diferentes, metas diárias, semanais ou mensais.

 

 

 

Rescuetime

Permite entender e otimizar de modo fácil como você e seu grupo gastam seu tempo e atenção

 

 

Pocket

Permite salvar e organizar artigos, vídeos e outros conteúdos para acompanhar depois

 

 

TOGGL

Ajuda a registrar o tempo de tarefas cotidianas, monitorar a produção diária e os resultados do trabalho.

 

 

Pomodoneapp

Possibilita criar e completar tarefas, com temporizador de contagem regressiva de produtividade, no método Pomodoro.

01 abr
Facebook treinará Inteligência Artificial para entender vídeos postados

Escola de tecnologia aplicada

O Facebook anunciou que está empenhado em um novo projeto que treinará algoritmos de inteligência artificial (IA) para compreender áudios, textos e representações visuais em vídeos compartilhados por usuários no próprio Facebook e também no Instagram.

“Ao aprender com vídeos que abrangem quase todos os países e centenas de idiomas, este projeto não apenas nos ajudará a melhorar continuamente nossos principais sistemas de IA para recomendação de conteúdo e aplicação de políticas, mas permitirá experiências totalmente novas”, afirmou a empresa por meio de um comunicado em seu blog.

A iniciativa, chamada Learning from Videos (Aprendendo com Vídeos, em tradução livre), faz parte dos esforços do Facebook em desenvolver máquinas que “aprendem como os humanos” por meio de exemplos.

O objetivo da empresa é utilizar o aprendizado dos algoritmos de IA para criar novas formas de recomendação de conteúdo, criação automática de legenda nos vídeos e ferramentas de moderação. Segundo o Facebook, a tecnologia poderá ajudar na identificação de discursos de ódio compartilhados na rede.

No entanto, o aprendizado de máquina aplicado aos vídeos poderá ser ainda mais útil para a empresa no futuro. Com a tecnologia, o Facebook poderá utilizar a Inteligência Artificial para aprender ainda mais sobre seus usuários, analisando hobbies, interesses, preferências, entre diversas informações.

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O aprendizado dos algoritmos de Inteligência Artificial do Facebook poderão ser utilizados no futuro em óculos de Realidade Aumentada. Créditos: Facebook

Óculos de realidade aumentada

Entre os objetivos do Facebook para este ano está o lançamento de um óculos inteligente com realidade aumentada (RA). Ainda não há muitas informações disponíveis sobre o gadget, mas é possível que eles incluam (agora ou em versões futuras) câmeras para fazer capturas da perspectiva do usuário.

Com os sistemas de Inteligência Artificial do Facebook treinados para compreender vídeo, as pessoas poderão pesquisar gravações anteriores. A empresa cita como exemplo um usuário fazendo uma busca com a frase “Mostre-me sempre que cantamos parabéns à vovó” e, como resultado, recendo vídeos relacionados às palavras chaves.

“À medida que isso [uso de óculos e outros wearables com RA] se torna a norma, as pessoas poderão relembrar momentos específicos de seu vasto banco de memórias digitais com a mesma facilidade com que os capturam. Será valioso construir sistemas de IA mais inteligentes que possam entender o que está acontecendo nos vídeos em um nível mais granular”, diz o comunicado.

 Publicado por Olhar Digital 

29 mar
10 livros para quem quer empreender

Escola de negócios e gestão

Segundo a co-fundadora do Nubank, Cristina Junqueira.

Para se aventurar no mundo do empreendedorismo, você precisa estruturar as ideias e planejar os passos.  Foi o que fez a co-fundadora do Nubank antes de abrir a empresa. Cristina Junqueira indica 10 livros que a ajudaram nesse processo.

1 – Blink – A decisão num piscar de olhos

Por que nem sempre tomamos as melhores decisões? Quando seguir nossa intuição? O autor, Malcolm Gladwell, usa dados e pesquisas científicas para responder a essas perguntas.

 

 

2 – Execução: A disciplina para atingir resultados

Não importa se você comanda uma empresa ou ainda está no início da carreira: existe uma maneira de realizar o melhor trabalho possível. Livro de Larry Bossidy e Ram Charan.

 

 

 

3 – Fora de série -Outliers

Dos Beatles a campeões de matemática: o que pessoas com grandes conquistas têm de diferente? O que podemos aprender com suas histórias? O livro é do autor  Malcolm Gladwell

 

 

 

 

4 – Quem é promovido, quem não é e por quê

Nem sempre dedicação, competência e resultados bastam. O livro fala sobre como lidar com a frustração, encontrar oportunidades e ser bem-sucedido. O autor do livro é Donald Asher.

 

 

 

5 – Os 5 desafios das equipes: Uma história sobre liderança

Todas as equipes sofrem de cinco disfunções e nem sempre conseguem superá-las. O autor, Patrick Lencioni, descreve modelos para ultrapassar esses desafios.

 

 

 

6 – Grandes Decisões Sobre Pessoas

Encontrar talentos, trazê-los e manter essas pessoas engajadas é essencial – e o livro traz conceitos e ferramentas práticas para todas essas etapas. O autor do livro é Cláudio Fernández.

 

 

 

 

7 – Careerealism: The Smart Approach to a Satisfying Career

Por que tantas pessoas são infelizes no trabalho e como fazer dele algo prazeroso? Essa é a principal questão que a autora, O’Donnell, responde ao abordar sucesso profissional.

 

 

 

8 – De que Cor é o seu Pára-Quedas

Best-seller há quase 30 anos, ele traz dicas e lições sobre como se preparar para encontrar um emprego, trocar de cargo e até mesmo mudar de carreira.  O autor do livro é Richard N. Bolles.

 

 

 

9 – Faça acontecer: mulheres, trabalho e a vontade de liderar

Uma executiva do Facebook, Sheryl Sandberg, usa exemplos pessoais e do mercado para encorajar as mulheres a buscarem seus objetivos profissionais.

 

 

 

10 – Como avaliar a sua vida?

O best-seller usa grandes empresas para refletir sobre carreira, relações pessoais e felicidade. Afinal, qual é a medida do sucesso? Um livro de Clayton M. Christensen  e  James Allworth.

22 mar
Advocacia Empresarial – Como abrir um escritório especializado

Escola de direito aplicado

Diariamente as empresas se deparam com questões jurídicas e necessitam do suporte de um advogado especializado em advocacia empresarial.

Seja na hora de contratar um funcionário, redigir um contrato, recolher tributos, ou ainda, instituir boas práticas internas, saber o que diz a legislação é essencial e pode evitar inúmeros problemas no futuro. Em um mercado que estimula cada vez mais o empreendedorismo, se especializar em advocacia empresarial pode ser uma ótima oportunidade.

O Direito Empresarial é um ramo do Direito que oferece diversas possibilidades aos escritórios de advocacia. De olho nesse mercado, cada vez mais escritórios buscam focar sua atuação, trazendo soluções diversas aos problemas tradicionais do universo corporativo.

Durante muito tempo, as empresas contratavam escritórios especializados apenas com o objetivo de administrar seus processos. Porém, hoje, esse cenário vem mudando. Cada dia mais é possível encontrar empresas dispostas a investir não apenas no contencioso, como também no consultivo. A maioria dos negócios hoje quer regularizar suas práticas, pois sabe que, menos processos na Justiça, pode significar uma boa economia no orçamento e mais agilidade ao negócio. Como a maioria dos departamentos jurídicos não tem tempo ou equipe para cuidar de inúmeras questões das empresas, a tendência é buscar junto aos advogados especializados uma boa solução.

Embora o ramo do Direito Empresarial seja bastante promissor, antes de montar um escritório de advocacia empresarial o advogado deve se planejar. A advocacia é um mercado bastante competitivo. Assim, independentemente do ramo de atuação, o advogado deve estar preparado não apenas tecnicamente, como também para empreender de forma estratégica.

Saber como abrir e gerenciar um escritório de advocacia empresarial é o primeiro passo para se lançar no mercado da maneira mais preparada possível. Assim, além de conhecer os modelos societários e tipos de tributação, o advogado também deve se preparar para questões mais estratégicas, tais como, ter ou não ter sócios, como escolher seu nicho de atuação, como montar um plano de negócios, entre outras.

Se você é um advogado e pretende se lançar no mercado da advocacia empresarial, este material é para você! Através dele buscamos esclarecer desde as questões mais básicas sobre a formalização do seu negócio, até fatores mais estratégicos envolvendo a definição dos seus serviços, além de aspectos gerais do mercado.

Esperamos através deste post que você consiga compreender as principais questões relativas à abertura de um escritório de advocacia empresarial e assim se sinta mais preparado para atuar no Direito Empresarial e conquistar o sucesso através do seu escritório!

1. O mercado de Direito Empresarial

Hoje existem no Brasil empresas dos mais variados portes e nichos. Porém, a realidade das micro e pequenas empresas costuma ser bastante diferente dos médios e grandes negócios. Embora quando se trata de consequências jurídicas, o porte de uma empresa pouco importa, é fundamental compreender que no mercado empresarial existem diferenças tanto na demanda quanto na disponibilidade na hora de contratar um escritório de advocacia. Em outras palavras, a capacidade financeira para investir em serviços jurídicos varia bastante de uma empresa para outra.

Originalmente, as grandes empresas brasileiras contratavam grandes escritórios seja para a solução de questões pontuais, seja para o acompanhamento de seus processos. Hoje, no entanto, essa realidade vem mudando. Como todo empreendedor sabe as consequências de um Judiciário moroso e pouco eficiente, vale mais investir em prevenir problemas na Justiça, do que remediá-los. Assim, a tendência é que mais e mais empresas contem com o auxílio de um escritório especializado para regularizar sua atividade de acordo com as diretrizes da legislação.

Dentro do panorama de atuação dos escritórios de advocacia empresarial, o que se observa é que, assim como em outros ramos do Direito, os advogados tendem a se especializar também de acordo com os diferentes tipos de clientes. Assim, não é difícil encontrar escritórios de direito empresarial focados em pequenas empresas, ou até mesmo, nas startups.

Na hora de definir qual é o seu nicho de atuação, o advogado deve pesquisar bastante e enxergar as oportunidades que o mercado oferece. O ideal é sempre buscar contatos e oportunidades no mercado local, que se mostrem como potenciais clientes. Se você não sabe, por exemplo, quantas empresas existem na região do seu futuro escritório, vale a pena consultar órgãos como o SEBRAE ou ainda Câmara de Comércio. Algumas vezes, as próprias prefeituras também contam com dados sobre as empresas locais.

Construir uma boa rede de networking e participar de eventos onde estão seus potenciais clientes também é uma boa maneira de pesquisar o mercado e entender de que forma seus serviços jurídicos podem ajudar seu público.

Junto com a pesquisa de mercado, também é recomendado construir um plano de negócios antes mesmo de dar os primeiros passos rumo à abertura do seu escritório. Hoje existem diversas metodologias para a construção de um plano de negócios, porém, mesmo as técnicas mais tradicionais para a montagem de um plano podem servir à um escritório de advocacia.

2. Serviços jurídicos focados no público empresarial

O Direito Empresarial é um ramo do Direito que regulamenta tanto as atividades empresariais, quanto do próprio empresário. Escritórios que atuam nesse segmento basicamente cuidam de todas as questões envolvendo direitos e deveres dos empresários, bem como, das sociedades. Além disso, uma banca especializada em Direito Empresarial desenvolve contratos especiais, cuida de questões envolvendo a propriedade intelectual e realiza auditorias visando encontrar irregularidades que possam prejudicar a empresa.

Boa parte dos escritórios que atua nesse segmento conta com uma atividade predominantemente consultiva preventiva, visando sempre a regularidade tanto da empresa quanto da sua atividade. O advogado, através de uma consultoria jurídica preventiva, é capaz de orientar, induzir boas práticas internas e até gerar uma economia no orçamento da empresa. Isso porque multas e processos são extremamente onerosos dentro do cenário corporativo hoje, além de representarem altos riscos para qualquer empreendimento.

Além dessas questões, um escritório especializado também pode auxiliar com a formalização de contratos, recuperação de crédito, planejamento da carga tributária, regularização de atos na Junta Comercial e até no relacionamento com colaboradores e fornecedores. Atividades como estas, muitas vezes, quando são realizadas sem um bom acompanhamento jurídico, podem conter erros e falhas, representando um grande prejuízo para a empresa.

Durante muito tempo, a maioria dos empreendedores resistia à contratação de um advogado para questões relacionadas ao dia a dia da empresa. Isso porque muitos avaliavam os serviços preventivos como um custo e não como um investimento. Hoje, contudo, a maioria dos empresários conhece a realidade do Judiciário e sabe que o tempo consumido até a conclusão de um processo judicial pode custar caro para a empresa. Por isso, o mercado da advocacia empresarial vem crescendo cada dia mais. E, atualmente, mesmo empresas com menor porte estão dispostas a investir nesse tipo de serviço, desde que os honorários acompanhem a capacidade financeira dos pequenos negócios.

Para quem pretende atuar no ramo da advocacia empresarial, uma boa dica é tornar a prestação de serviços eficiente e prática, falando a mesma linguagem do empresário. Ao contrário do cliente pessoa física, as empresas precisam não apenas de resultados, como também de números, portanto é essencial que quem deseja atender a este público conte com uma gestão profissionalizada, capaz de prestar o suporte ao cliente da forma mais profissional e eficaz possível.

Para advogados que pretendem atuar no ramo da advocacia empresarial, o uso de ferramentas como um software jurídico, por exemplo, pode ser uma ótima forma de otimizar as rotinas do seu escritório, proporcionando mais agilidade e eficiência na hora do atendimento a clientes na advocacia e e prestar serviços jurídicos.

3. Formalização de um escritório de advocacia empresarial

Para ser dono de um escritório de advocacia empresarial é fundamental que o advogado tenha sido aprovado no exame da Ordem e tenha sua carteira profissional. Além disso, é necessário regularizar a atividade do escritório junto à OAB. A própria Lei n.º 6.839/80 determina que os advogados registrem seus respectivos escritórios para que haja a fiscalização de suas atividades.

Um escritório de advocacia empresarial pode contar com diferentes modelos societários. Assim, é fundamental não apenas fazer os registros na Ordem, como também tomar decisões importantes tais quais empreender sozinho ou com mais advogados. Ter ou não ter sócios, dentro desse contexto, é uma questão crucial, já que traz implicações práticas para o dia a dia do escritório.

3.1. Ter ou não ter sócios?

A decisão sobre ter sócios ou administrar um escritório de advocacia sozinho é um passo importante e que demanda uma boa reflexão do advogado. Contar com um ou mais sócios pode significar a divisão de despesas e a ampliação de competências para o seu escritório. Por outro lado, conflitos na sociedade podem trazer muita dor de cabeça e até levar ao fechamento das portas. Por isso, é fundamental escolher bem. Além de uma boa dose de afinidade e habilidades complementares, também é necessário alinhar a divisão de tarefas, investimentos, participação nos resultados, honorários e as responsabilidades relativas à administração do escritório.

3.2. A sociedade unipessoal na advocacia

Para quem pretende abrir um escritório sozinho, vale mencionar que em 2016, com a Lei n.º 13.247/16 foi regulamentada a chamada “sociedade unipessoal ou individual” na advocacia. Neste modelo, o advogado que decide empreender sozinho conta praticamente com as mesmas vantagens das sociedades de advogados. Assim, linhas de crédito mais favoráveis, seguros e regime tributário diferenciado também podem beneficiar os escritórios que contam apenas com um sócio.

Assim como as demais sociedades de advogados, a sociedade unipessoal não pode ter as mesmas características de uma sociedade empresária, bem como, não poderá contar com um nome fantasia ou realizar qualquer atividade que seja estranha à advocacia.

A denominação jurídica deste tipo de sociedade será de “Sociedade Individual de Advocacia”, sendo que o advogado não poderá integrar outra sociedade de advogados, ou mesmo, outra sociedade individual.

Em termos de responsabilidade, vale a pena destacar que o advogado nesse modelo societário responde de forma subsidiária e ilimitada pelos danos causados no exercício da profissão.

3.3. A sociedade de advogados

Conforme determina o Estatuto da OAB, além da sociedade unipessoal, o advogado também pode empreender na forma de sociedade simples de prestação de serviços jurídicos da advocacia. Este tipo de sociedade é formalizada através do registro do contrato social no Conselho Seccional da OAB, localizado na base territorial em que o escritório estiver.

A sociedade de advogados possui regulamentação própria e conta tanto com sócios patrimoniais, como também sócios de serviço. Ambos devem contribuir com a sociedade prestando serviços jurídicos, porém, somente os sócios patrimoniais devem ser responsáveis pela integralização do capital social.

O advogado que pretende constituir uma sociedade de advogados deve ter em mente que este tipo de sociedade é complexa, já que além da regulamentação tradicional do Código Civil, a sociedade de advogados deve atender às regras impostas pelos regulamentos da OAB. Trata-se, portanto, de um modelo societário bastante sui generis, o que implica em uma redação minuciosa do contrato social.

Uma boa dica para advogados que pretendem formalizar um escritório jurídico no formato de sociedade de advogados é usar um acordo de sócios. Esse instrumento pode trazer maior segurança para as questões internas, sem que isso implique em alterações significativas do contrato social.

Por fim, quem decide atuar na forma de sociedade de advogados, vale observar as regras da OAB. Primeiramente, é fundamental que o escritório de advocacia empresarial não ofereça outros serviços que não os jurídicos. Vincular a prestação de serviços do seu escritório à assessoria contábil, consultoria empresarial, ou outra atividade que não seja jurídica é uma prática vedada pela OAB.

Da mesma maneira, a OAB não permite que um sócio em um determinado escritório exerça qualquer atividade considerada incompatível com a advocacia, como é o caso da ocupação de um determinado cargo no Judiciário, Ministério Público ou funções consideradas diretivas dentro da Administração Pública.

 

Publicado por Blog Sajadv

19 mar
Indicadores no Day Trade, como utilizar?

Escola de negócios e gestão

Ao utilizar um indicador no gráfico, se pergunte: como ele me ajudará a tomar decisões? Se você não sabe ao certo como aquele indicador pode te ajudar, de nada adianta tê-lo no gráfico

Sempre que vemos a foto de um trader, ele está em frente a muitos monitores, olhando vários gráficos e informações para tomar suas decisões. Hoje, contamos com a ajuda de diversos indicadores, que, a partir de cálculos sobre o preço, volume ou outros dados, conseguem indicar uma possível direção do mercado.

Para isso, o trader deve conhecer o mercado em que atua e as ferramentas de análise disponíveis.

Ter indicadores é muito bom, eu mesma utilizo médias móveis no meu operacional para tomar decisões na hora de comprar ou vender um ativo. Contudo, quando era iniciante, me senti perdida!

A verdade é que existem muitos indicadores. Quando somos iniciantes, não sabemos qual utilizar e acabamos com o gráfico cheio deles, o que acaba nos atrapalhando. Não conseguimos ganhar dinheiro dessa forma.

Ao utilizar um indicador no gráfico, se pergunte: como ele me ajudará a tomar decisões? Se você não sabe ao certo como aquele indicador pode te ajudar, de nada adianta tê-lo no gráfico.

Outro ponto importante é entender como o indicador funciona. Isso não quer dizer que você precisa entender cálculos complexos. Afinal, os indicadores já entregam o resultado pronto. Mas é necessário saber como interpretar os resultados para que eles te ajudem a ter uma decisão assertiva.

Para quem realiza day trade, ter poucos indicadores é o mais recomendado. Em operações rápidas, por exemplo, ter muitos indicadores atrapalha na tomada de decisão – não há tempo de analisar todos rapidamente para fazer nossas operações.

Outro erro muito comum que vejo em traders iniciantes (e que eu já cometi) é utilizar muitos indicadores com o mesmo propósito.

Por exemplo, utilizar o indicador de médias móveis, que é um indicador de tendência, e o HiLo, que também é um indicador de tendência, pode deixar o trader confuso. Por isso, é importante entender qual o indicador é mais indicado para seu operacional.

No entanto, o que nos leva a utilizar muitos indicadores quando somos iniciantes é o fato de não sabermos o que estamos fazendo. Tudo que ouvimos dos outros sobre indicadores nos faz querer colocá-los no gráfico e utilizar.

Queremos ter certeza que vai dar tudo certo. Nosso cérebro quer buscar a certeza e acreditamos que os indicadores vão nos trazer essa certeza. Mas a verdade é que os indicadores também falham. Temos que aprender a assumir os riscos a cada operação realizada.

Com o tempo, passei a entender que menos é mais: o simples funciona! Você não precisa de várias telas, nem de muitos indicadores.

Um day trader precisa de agilidade para executar suas ações, tem que pensar rápido, pois o mercado muda a todo momento, não há tempo para avaliar todos os indicadores. Hoje, utilizo apenas duas médias móveis para o meu operacional.

Existem também estratégias de operações que não utilizam indicadores. Mas, hoje, a maioria dos traders utiliza algum indicador para tornar sua estratégia mais assertiva. Ao utilizar indicadores para day trade em suas operações, os traders conseguem se aproximar dos resultados esperados.

Quando iniciamos, é importante testar todos os indicadores e conhecê-los o máximo possível. Porém, o mais importante é avaliar se os resultados estão acontecendo e se a sua gestão de risco está adequada.

Não existe melhor indicador. Existe aquele que é ideal para seu operacional, que te ajuda a tomar decisões e, na maior parte das operações, te traga lucro.
Os indicadores nos fornecem informações sobre como fluem os preços. Sendo assim, ele só vai te indicar algo depois que o preço já se formou. Logo, os indicadores também podem ser um pouco tardios em relação a um movimento que já aconteceu.

Mesmo assim, indicadores são uma das ferramentas mais utilizadas no day trade ou até mesmo em operações de longo prazo. Existe facilidade em acessar plataformas que ofereçam uma variedade de indicadores.

Deixo aqui uma lista com os três principais indicadores que acho que todo trader deveria conhecer:

1. Médias Móveis

É um indicador de tendência que vai atualizando os preços conforme o mercado vai se movendo durante o dia. É simples e muito utilizado!

2. Bandas de Bollinger

As bandas avaliam se o preço do momento está próximo ou distante do seu desvio-padrão. Como o mercado tende a fazer correções, nos aproveitamos desse comportamento para fazer operações (esse foi o primeiro indicador que utilizei).

3. MACD

Ele analisa as disparidades entre duas médias móveis exponenciais, ou seja, a divergência de preço. Seu uso também facilita a percepção de tendências e, com isso, ampara as decisões de compra e venda.

Publicado por InfoMoney

15 mar
Muito além da GameStop: saiba onde investir no mercado de jogos

Escola de tecnologia aplicada

O segmento que deve gerar US$ 180 bilhões em 2021, segundo dados da consultoria NewZoo, está se afastando cada vez mais das mídias físicas

A escalada de preços das ações da varejista GameStop em Wall Street pouco tem a ver com o crescimento do mercado de jogos. Na verdade, o segmento deve gerar US$ 180 bilhões em 2021, segundo dados da consultoria NewZoo, e está se afastando cada vez mais das mídias físicas.

Um relatório assinado por Breno Bonani, analista de investimentos da Avenue Securities, mostra que o setor, que já vale mais que as indústrias de cinema e música juntas, terá avenidas de crescimento cada vez mais “digitais”. Não só no desenvolvimento dos jogos em si, mas em toda a cadeia de distribuição.

Antes de listar estes caminhos e os papéis que podem se beneficiar com isso, no entanto, vale contextualizar o momento da indústria. 2020 foi um ano duplamente positivo para os games, a começar pela pandemia do novo coronavírus. Com mais pessoas ficando em casa, a procura por entretenimento decolou.

Coincidentemente, o aumento da demanda veio no ano de lançamento de uma nova geração de consoles. Sony e Microsoft, que batalham arduamente por cada ponto percentual deste mercado, disponibilizaram ao público em novembro o PlayStation 5 e o Xbox Series X, respectivamente.

Resultado: os dois produtos sumiram das prateleiras logo após o lançamento e até o momento a demanda supera a oferta. Até o Switch, da japonesa Nintendo, que foi lançado em 2017, se aproxima da marca de 70 milhões de consoles vendidos — recorde de venda.

Isso sem falar dos jogos em si e dos periféricos (teclado, fone, mouse). Nessa linha, confira três possíveis motores de crescimento do setor, que pode gerar US$ 200 bilhões em 2023, segundo a NewZoo. Confira.

Game Pass

Os gamers têm se afastado das mídias físicas. Tirando os saudosistas e colecionadores que preferem ter a caixinha de cada jogo, os games atuais costumam ser baixados no próprio console. Mais do que isso, o mercado parece estar caminhando, assim como no cinema e na música, para um esquema de assinatura.

“A digitalização reduz muito os custos das companhias com produção, com plástico”, diz Bonani, da Avenue. “Ao mesmo tempo, é mais fácil alcançar um número maior de pessoas através de plataformas online, por isso acreditamos que essas assinaturas devem crescer muito nos próximos anos.”

Neste segmento, o produto mais avançado é o Xbox Game Pass, da Microsoft, que já possui quase 20 milhões de usuários. Por R$ 30 mensais, a plataforma dá acesso a mais de 100 jogos no console ou no computador. Para ter acesso às duas opções, o assinante desembolsa R$ 45.

Já o Google criou o Stadia, enquanto a Apple criou o Arcade para brigar neste mesmo mercado. As próprias desenvolvedoras também estão entrando na parada, como a Epic que criou uma assinatura para jogadores ávidos de Fortnite.

Mobile

Outro ponto importantíssimo no mercado de games é o crescimento da fatia do mobile — que nada mais é do que jogos no celular. Os jovens aderiram aos games no smartphone seja por não terem acesso a um console ou computador de qualidade, seja pela qualidade dos produtos ali disponíveis.

A receita, nesse caso, vem de microtransações. É que os jogos para celular costumam ser gratuitos para baixar e jogar, mas boa parte dos títulos permite que o usuário compre itens cosméticos (para mudar a aparência do jogo) ou que auxiliam de alguma forma a performance do gamer.

Para se ter ideia da magnitude das cifras, a expectativa é que em 2021 os jogos para mobile ultrapassem US$ 120 bilhões em receita, o que representa mais de 60% do faturamento total do setor de games.

Bonani explica que as empresas podem avançar ainda mais conforme promovam um intercâmbio entre plataformas. O objetivo final é que o mesmo título possa ser jogado no computador, no celular e no console, com usuários dos três modais interagindo dentro dos servidores.

“O jogo Genshin Impact, lançado pela chinesa miHoYo em setembro de 2020, quebrou essa barreira”, afirma. “Ele já nasceu disponível em todas as plataformas, modelo que deve ser consagrado devido ao conforto que propicia. Já vemos outros grandes títulos, como PUBG e Call of Duty, aderindo ao mobile.”

Mercado asiático

O governo chinês passou a exigir uma licença formal, chamada de ISBN, para que as desenvolvedoras possam vender seus títulos nas lojas de aplicativos.

“A legislação matou os estúdios menores e obrigou os grandes a apontar para lançamentos globais, não somente jogos rápidos de qualidade inferior. Isso fez com que cerca de 20% dos 100 títulos de maior bilheteria dos EUA em 2020 fossem da China, número que deve continuar crescendo.”

Além de dificultar a vida dos estúdios pequenos, a ISBN atrasa a liberação de jogos no mercado chinês, que é o maior do mundo.

Empresas para investir

A lista elaborada pelo analista é focada em produtos disponíveis em Wall Street, mas também é possível investir em alguns dos papéis no Brasil, por meio de BDRs.

Estúdios americanos

Take-Two (TTWO; BDR T1TW34), Activision (ATVI; BDR ATVI34), EA (EA) e Zynga (ZNGA). Os três primeiros são os três maiores players do setor, desenvolvedores de GTA, Call of Duty e Fifa, respectivamente. Já o Zynga vem avançando no segmento mobile e tem no Farmville um dos seus jogos de maior sucesso.

Estúdios asiáticos

Gravity (GRVY), Sea (SE), Bilibili (BILI). As campeãs de valorização em 2020, avançando 417%, 380% e 408% no ano, respectivamente. Têm crescido por saber aproveitar o mercado mobilie e crescer em regiões populosas do mundo, como o Sudeste Asiático e a América Latina. O Free Fire, jogo mais jogado no Brasil, é da Sea.

Desenvolvedoras de placas gráficas

NVIDIA (NVDA; BDR NVDC34), AMD (AMD). O analista enxerga essas duas empresas com maior upside no setor de placas gráficas, vital para o mercado gamer. Para Bonani, a Intel tem tido problemas para acompanhar os avanços das concorrentes, apesar de ainda ser líder em market share.

Motor de jogos

Unity (U). Com IPO recente, a companhia é uma opção de investimento no nicho de motor de jogos, ou seja, empresas que criam plataformas para que outras companhias desenvolvam games dentro desse universo.

12 mar
10 coisas que aprendi escrevendo a dissertação do mestrado – Por Nazareno Rêis

iCEV

 

 

Enquanto escrevia a minha dissertação de mestrado, felizmente defendida e aprovada, confirmei algumas suspeitas. Não apenas sobre o tema objeto da minha pesquisa, mas também sobre coisas importantes a respeito do ato de escrever.

Tomei nota de algumas dessas coisas:

 

1 – O tema da pesquisa é sempre muito maior do que pensamos inicialmente

Os gregos antigos imaginavam que o sol era do tamanho de um pé humano. Hoje sabemos que ele é mais de 100 mil vezes maior que a Terra. O que mudou de lá para cá? A quantidade de pesquisa e conhecimento acumulada, é claro. Guardadas as proporções, é mais ou menos isso que acontece com quem se propõe a escrever uma dissertação de mestrado.

 

Frequentemente subestimamos aquilo que não conhecemos bem, outras vezes nos perdemos em sonhos ou ideias difusas e muito abstratas, quando contemplamos algo com atenção. É bom sonhar, mas a ciência e a pesquisa não casam bem com abordagens oníricas.

 

Carlos Salas, um mestre da boa escrita, disse que o cérebro é um animal dentro de outro animal, e que é preciso domá-lo, se quisermos fazer ele trabalhar para nós em algo concreto. A pesquisa é um processo de investigação externa, mas também de domesticação dos impulsos internos da nossa mente, em busca de uma visão equilibrada do mundo.

 

Li em algum lugar que Eça de Queirós teria dito que as páginas mais bem escritas em língua portuguesa seriam aquelas do capítulo sete de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, quando Machado de Assis descreve um delírio do protagonista. “Mutatis mutandis”, é a descrição de um mestrando contemplando seu tema.

 

Primeiro, Brás se transforma num gordo barbeiro chinês; depois, ele vira um livro hirsuto; e, finalmente, volta à sua forma humana, agora montado num hipopótamo que regressa ao começo dos tempos e vai galopando com Brás no lombo rumo ao futuro, passando pelo Éden e outras paragens, conversando com a Natureza em pessoa, até chegar no século final, quando o hipopótamo na verdade se revela como Sultão, o gato de estimação de Brás, brincando com uma bola de papel.

 

Assim também acontece com o tema de pesquisa: primeiro temos uma visão fantástica dele, que nos leva a lugares fabulosos e a soluções rápidas e extraordinárias; à medida que avançamos no processo de filtragem, começamos a perceber as suas formas mais prosaicas e, quando finalmente estamos diante do problema de pesquisa, que é o tema em carne e osso, vemos que o factível está muito aquém do sonho, porém é muito mais palpável. O problema de pesquisa é o gato Sultão brincando com a bola de papel.

 

2- Conhecer a fundo o tema é fundamental

Catão disse: “rem tene, verba sequentur”. Ou seja, tenha a coisa e a palavra se seguirá naturalmente. A dissertação não é um texto ficcional (pelo menos, não deve ser). Assim, não é dado ao autor muita margem para invenção.

 

A maior parte do tempo, ele deve regurgitar as suas leituras, embora isso deva ter um quê de originalidade. Conhecer o tema previamente e de modo seguro é fundamental para que a escrita tenha fluência e sinceridade. Quando tentei escrever alguns capítulos sem ter lido bem os assuntos, surpreendi-me inventando coisas, fantasiando e tentando encaixar frases que me pareciam mais imprescindíveis do que a verdade. Logo apaguei tudo e voltei à leitura.

 

Percebi que não estava preparado para escrever sobre aquilo. O pior é que isso acontece com indesejável assiduidade. Basta baixar um pouco a guarda e a Quimera se senta ao lado. A melhor forma de evitar isso é manter-se em contato cerrado com boas leituras, fazer-se acompanhar dos que já se ocuparam eficazmente do tema de interesse.

 

3 – É bom ter pessoas para conversar sobre o texto

 

É estranho pensar o seguinte: ninguém jamais viu diretamente o próprio rosto, nem ouviu a própria voz à distância. Claro, podemos dizer que já nos vimos no espelho ou alguma superfície polida qualquer; ou que já ouvimos uma gravação da nossa própria voz. Isso pode ser verdade, mas prova apenas que vimos ou ouvimos um registro externo da nossa imagem e da nossa voz.

 

Isso é outra coisa, somos seres relacionais. Precisamos do outro para sermos quem somos e nos compreendermos. A linguagem, ela mesma, é um tabuleiro de símbolos em que cada lance só faz sentido se houver um interlocutor para apreciá-lo e respondê-lo com outro lance apropriado. A execução da escrita, em grande medida, apresenta-se como um monólogo imerso em uma confusa polifonia; à nossa cabeça vêm, nessa hora, intuições mais ou menos inexplicáveis, memórias de leituras anteriores e de conversas sobre o tema, clichês que nos obsedam há anos, enfim o fluxo de consciência em toda a sua riqueza e ambiguidade.

 

Ao trocarmos ideias com um interlocutor qualificado — pode ser o(a) orientador(a), um(a) colega, ou outro alguém capaz — temos oportunidade de refinar ideias próprias, que nos ocorrem de modo aparentemente inextricável. Eventualmente, isso é tão bom que, apenas no esforço para explicarmos uma passagem do texto que estamos escrevendo, nós mesmos constatamos imediatamente algumas inconsistências ou obscuridades que precisam de correção. Ou seja, o outro é o espelho de que precisamos para nos vermos.

4 – A rotina leva à inspiração

 

Um pequeno progresso é um progresso. Não dá para escrever um texto de aproximadamente cem páginas, com qualidade, em apenas poucos dias. A ideia de que a dissertação decorre de uma gestação longa com um parto rápido é muito atraente, mas dificilmente realizável.

 

Na prática, a escrita de uma dissertação se parece mais com o gotejamento de uma nascente do que com uma borrasca no meio da noite. A questão da página em branco já foi resolvida por Hemingway. Ele disse que contra ela só há um remédio: começar a escrever. Simples, porém, difícil. Mas é isso mesmo. Ninguém pode escrever um trabalho, medíocre ou brilhante, se não começar, e se não continuar até o fim. A disciplina é inspiradora.

 

 

5 – Convém respeitar o leitor e estabelecer um vínculo honesto com ele

 

A escrita é uma forma de comunicação interpessoal. Uma das mais importantes, por sinal. Mas, por alguma razão, ela não é compreendida assim à primeira vista, e não é raro que seja usada como instrumento de tortura do leitor (e não me parece uma boa ideia torturar a Banca). Ninguém levaria a sério alguém que, numa conversa, começasse a falar coisas sem sentido ou totalmente fora de propósito (e, pior, não parasse de falar). Mas, na escrita, talvez por falta do item 3 (acima), pode-se acreditar que é possível essa viagem psicodélica em prejuízo do coitado do leitor.

 

Se não nos policiarmos rigidamente, começamos a escrever coisas completamente despropositadas apenas para preencher os espaços em branco da tela e avolumar o trabalho final. É preciso sempre voltar ao texto, relê-lo com cuidado e se colocar no lugar do leitor, para expurgar essas alucinações importunas. Fazendo isso, muitas vezes percebemos que castigo imerecido estávamos impondo ao benevolente indivíduo que se dispôs a ler o nosso trabalho. Em outras palavras, para bem escrever, é preciso deixar de escrever ou apagar muita coisa.

 

 

6 – A dissertação lembra um conto ou uma novela, nunca um romance

 

A informação hoje não é matéria escassa. Pelo contrário, há informação demais disponível para o pesquisador — especialmente em ciências sociais —, quando se faz um recenseamento bibliográfico. Por isso, é preciso não escrever demais, nem falar de coisas impertinentes. Uma dissertação de mestrado, como ensinam os metodologistas, deve concentrar-se em apenas um problema central, embora circundado por subproblemas.

 

Abrir muitas frentes de trabalhos pode ser um erro terrível — que infelizmente quase todos cometemos, e cujo remédio é a releitura e o enxugamento. O que mais se deve evitar é lançar questões para os quais ou não haverá solução no texto, ou, se houver, será pobre demais. Assim, o melhor é evitar referências que não levarão a lugar algum — confesso que não consegui seguir à risca essa verdade. Tchekhov, o mestre da narrativa curta, disse que “se uma espingarda aparece num conto, ela tem que disparar”.

 

Isso também ocorre com a dissertação. Cada elemento que aparece no texto deve ser funcional.  Desde as palavras utilizadas, às frases, aos períodos, aos parágrafos, aos itens, até aos capítulos, tudo deve estar numa boa harmonia, colaborando para a solução do problema de pesquisa. Se uma passagem do texto nos soa esquipática, provavelmente é mesmo.

 

7 – A intertextualidade é o meio ambiente da pesquisa em direito

 

Cada texto que escrevemos é uma releitura da realidade, iluminada pelos textos com os quais tivemos contato anterior. A originalidade total não existe. Particularmente no campo do direito, a pesquisa é muito dependente de textos. Embora haja amplas possibilidades de pesquisa jurídicas diretas sobre a realidade, com dados, números, estatísticas e até experimentos, a verdade é que nossa academia ainda é profundamente dominada pela cultura da pesquisa bibliográfica e da escrita intertextual.

 

Logo, é muito importante ler bons textos para produzir bons textos. Afinal, a escrita é, em grande medida, a imitação do que se leu. A escolha correta das leituras, com a ajuda do orientador, é fundamental. Por um lado, isso evita leituras desnecessárias e, por outro, constitui a comunidade de ideias da qual queremos fazer parte.

 

8 – Um lugar para escrever é indispensável

 

“Grandes coisas acontecem quando o homem e a montanha se encontram”, essa frase, de William Blake, é tão boa que se tornou lugar-comum, e não raro a ouvimos até em filmes de comédia. O que Blake quis dizer foi que a paz das montanhas oferece ao sujeito a atmosfera necessária para pensar densamente em coisas grandes, para além do ramerrão.

 

De fato, a Bíblia é cheia de passagens em que inspirações, visões, conversas diretas com Deus ocorreram no cume de algumas montanhas (Tabor, Horebe, Sinai, Carmelo, Oliveiras, etc.). O pensamento pagão também compartilha da ideia de que a montanha é inspiradora. Basta pensar no Monte Parnaso. Mas não é preciso subir uma montanha para encontrar um lugar inspirador.

 

Felizmente, com as tecnologias que temos hoje, dá para transformar o quarto de um apartamento num ambiente estimulante para o pensamento. Cada um saberá como fazer isso. Eu, particularmente, gosto de que seja algo próximo à Natureza e que tenha uma mesa cheia de papel e canetas. Seja como for, o importante é que o espaço da escrita seja bem delimitado do resto da vida diária.

 

9 – Escrevemos enquanto dormimos

 

Realmente não sabemos nada sobre como o nosso cérebro trabalha. É um estranho que habita em nós e, no entanto, é também o responsável por quem somos. O certo é que ele não segue um padrão celetista de horário de trabalho.

 

Qualquer pessoa que esteja lendo e pensando fixamente sobre um problema certamente tem um caso para contar sobre lampejos que surgiram “do nada” e que pareciam muito interessantes para se perderem. Isso acontece, suponho, porque o cérebro é caprichoso e se parece com aqueles heróis aposentados de filme de ação, que apenas se dispõem a voltar ao trabalho depois de muita insistência da frágil vítima que dele precisa. Mas quando voltam … vêm com tudo.

 

Durante o sono, muitos insights acabam ocorrendo e alguns deles permanecem em nossa memória tão logo acordamos. Nem tudo é brilhante, claro, mas muitas coisas dessas reminiscências do sono podem ser aproveitadas. Para isso, é muito importante também ter um caderno de notas, de modo a poder anotar essas ideias tão logo surjam, porque elas são muito fugazes.

 

10 – Tudo é história

 

Ninguém ainda inventou uma forma melhor de comunicação de um tema do que a narrativa, ou “contação” de história (storytelling). Em português não temos bem estabelecida a diferença de vocábulos para designar uma narrativa real e outra fictícia. É verdade que Câmara Cascudo defendeu o uso da distinção entre “história” e “estória”, como no inglês history/story, mas isso não é sempre praticado.

 

O certo é que mesmo a narrativa de um fato real, que deve ser o caso de uma pesquisa científica, pode se beneficiar dos recursos técnicos e estilísticos da boa literatura de ficção. Não é porque se trata de uma pesquisa que a escrita precisa ser aborrecida. Acho até que, pelo contrário, não deve ser.

 

Além disso, a situação daquele que está escrevendo uma dissertação lembra bastante a de um romancista, embora naturalmente haja diferenças de método, de propósitos e de limites para ambas as tarefas. Para tornar a produção da dissertação um trabalho prazeroso e entregar ao leitor algo bem legível, não vejo por que não se possa empregar, de forma prudente, algumas estratégias de storytelling.

 

Creio que isso melhora muito o clima da escrita e da leitura. Por fim, embora não tenha escrito um romance, durante todo o trabalho me lembrei muito da lição de E. L. Doctorow: “Escrever um romance é como dirigir um carro à noite. Você só consegue enxergar até onde a luz dos faróis alcança, mas pode fazer a viagem inteira assim”.

 

11 mar
Imposto de Renda 2021: regras são divulgadas pela Receita Federal

Escola de negócios e gestão

A Receita Federal divulgou as principais informações da declaração do Imposto de Renda 2021 — como o piso de rendimentos para declarar, as faixas de renda e alíquotas e o prazo para declaração, entre outras informações relevantes. Veja, a seguir, quais são elas.

Novas regras para o Imposto de Renda 2021

As principais mudanças na declaração do IR 2020 é em relação ao auxílio emergencial. Segundo a Receita Federal, todos os valores recebidos do auxílio emergencial são rendimentos tributáveis e devem ser declarados no Imposto de Renda, na ficha Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica.

Além disso, os beneficiários do auxílio que receberam, no ano, mais de R$ 22.847,76 em rendimentos tributáveis em 2020 terão que devolver o auxílio emergencial ao governo. As informações de como devolver foram disponibilizadas em um novo site.

Este artigo será atualizado com mais novidades divulgadas pela Receita Federal.

Quem precisa declarar o IR em 2021?

Para 2021, a declaração do Imposto de Renda é obrigatória para os brasileiros que tiveram, em 2020, mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis — salários, férias, horas extras, pensões, benefícios do INSS, entre outros rendimentos. Quem recebeu menos que isso está isento de declarar o IR.  Em 2020, o piso de rendimentos também era de R$ 28.559,70.

Além disso, também precisa declarar o IR 2021 quem:

  • Obteve receita bruta superior a R$ 142.798,50 com atividade rural;
  • Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, superiores a R$ 40.000;
  • Obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
  • Teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);

Faixas de renda e alíquotas do IR 2021

As faixas de renda que determinam qual alíquota será aplicada sobre os rendimentos tributáveis para cada pessoa não mudou neste ano.

Veja, a seguir, a nova tabela de faixas de renda:

Base de cálculo Alíquota (%) Parcela a deduzir do IRPF (R$)
Até R$ 22.847,76 Isento R$ 0,00
De R$ 22.847,77 até R$ 33.919,80 7,5% R$ 1.713,58
De R$ 33.919,81 até R$ 45.012,60 15% R$ 4.257,57
De R$ 45.012,61 até R$55.976,16 22,5% R$ 7.633,51
Acima de R$ 55.976,16 27,5% R$ 10.432,32

Entenda como a tabela do IRPF funciona e cada informação dela aqui.

Prazo para declaração do IR 2021

Em 2021, a declaração do IRPF deverá ser feita entre 1o de março e 30 de abril de 2021 — como nos anos anteriores, são dois meses para acertar as suas contas com a Receita Federal, entre março e abril.

Vale lembrar que, neste ponto, 2020 foi um ano atípico: por conta da pandemia do Covid-19, o prazo foi estendido até o mês de junho.

Lotes da restituição do Imposto de Renda 2021

Neste ano, o cronograma de restituição do IR foi antecipado, tal como no ano passado — serão cinco lotes pagos entre maio e setembro. Veja o cronograma completo de pagamentos.

No total, serão 5 lotes. Eles são pagos de acordo com a data de entrega da declaração. Ou seja: quanto antes for entregue a declaração, antes é paga a restituição — exceto algumas categorias que têm prioridade legal: contribuintes com 60 anos ou mais, com prioridade especial aos maiores de 80 anos; portadores de deficiência física ou moléstia grave e contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

 

Publicado por Blog Nubank

05 mar
Impossibilidade de requisição administrativa de bens públicos destinados à saúde

Escola de direito aplicado

Constituição prevê condomínio legislativo e administrativo em matéria de saúde

Imagem: Agência Brasil

A requisição administrativa é importante instrumento à disposição do Poder Público para a salvaguarda de interesses sociais ameaçados por situações de perigo atual ou iminente. Trata-se de medida excepcional, pela qual o Estado utiliza compulsoriamente bens e/ou serviços de terceiros para que possa responder prontamente à situação de emergência que esteja a colocar em risco interesse público de especial relevância.

Nesse sentido se insere a disposição do artigo 3º, VII, da Lei nº 13.979/2020, que prevê, como alternativa de ação a ser adotada pelas autoridades estatais no enfrentamento da crise de saúde pública causada pelo novo coronavírus, a possibilidade de “requisição de bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa”.

De fato, no cenário emergencial vivenciado no país em decorrência da COVID-19, a requisição administrativa se apresenta muitas vezes como mecanismo imprescindível para garantir o regular e eficaz atendimento à crescente demanda por produtos e serviços médico-hospitalares decorrente da disseminação da doença no território nacional. Nesse contexto, caso necessário para a adequada proteção da vida e saúde da população, pode o Estado requisitar medicamentos, insumos terapêuticos, equipamentos médicos, espaços e até serviços hospitalares, com posterior pagamento de justa indenização aos prejudicados.

Questão importante acerca da requisição administrativa para fins de enfrentamento às dificuldades causadas pela COVID-19 consiste em saber se o ato requisitório poderia recair sobre bens públicos. A indagação é pertinente em razão de serem os entes públicos titulares de grande parte dos materiais e serviços de saúde no Brasil, os quais estariam sujeitos à requisição se admitida a incidência da medida sobre eles. Dessa observação se percebe a relevância prática da questão, que inclusive já se manifestou em casos recentes de requisições formalizadas pela União que acabaram atingindo bens pertencentes a Estados-membros, embora não tenham sido especificamente contra eles direcionadas.

Examinado sistematicamente o arcabouço normativo da Constituição Federal, em especial a própria formatação constitucional do instituto da requisição, aliado à ótica do federalismo cooperativo e repartição de competências na área de saúde pública, extrai-se a conclusão de que, em regra, a requisição prevista no artigo 3º, VII, da Lei nº 13.979/2020 não pode incidir sobre bens e serviços públicos.

A requisição administrativa é instituto que encontra fundamento de validade na Constituição da República, especificamente no artigo 5º, XXV, segundo o qual “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano”. Esse é o desenho fundamental da figura da requisição administrativa no Direito brasileiro, cuja essência há de ser observada pela normatização infraconstitucional que também disponha sobre o tema.

O mencionado preceito constitucional indica expressamente a natureza do bem sobre o qual pode recair a requisição administrativa: propriedade particular. Portanto, o texto constitucional alça à condição de pressuposto de legitimidade da requisição a natureza privada do bem requisitado.

Dessa forma, por explícita disposição constitucional, a requisição administrativa só pode incidir sobre bens particulares, estando os bens públicos – ou afetados à destinação pública – excluídos da sujeição à ordem requisitória emanada de ente estatal.

Apenas excepcionalmente, em contexto de declarado estado de defesa (artigo 136, §1º, II) ou estado de sítio (artigo 139, VII), é que a Constituição admite que a requisição possa abranger bens públicos, uma vez que inexiste, nos dispositivos constitucionais que tratam da requisição nas hipóteses de estado de exceção, a limitação da incidência do instituto à “propriedade particular” constante no artigo 5º, XXV.

A limitação constitucional quanto à incidência da requisição administrativa apenas sobre bens particulares visa essencialmente resguardar a autonomia dos entes federados, impedindo que eles possam avançar sobre bens e serviços uns dos outros, situação que poderia ocasionar conflitos insolúveis e abalar a harmonia do sistema federativo brasileiro.

Importante realçar que, embora a requisição administrativa esteja prevista também em diplomas normativos infraconstitucionais nos quais não há expressa menção à natureza privada dos bens requisitados (como ocorre no já mencionado artigo 3º, VII, da Lei n.º 13.979/2020),  certo é que tais dispositivos devem ser interpretados e aplicados em consonância com a previsão do artigo 5º, XXV, da Constituição Federal, base normativa acerca do instituto da requisição administrativa e que afasta a possibilidade de sua incidência sobre bens públicos, ao menos fora das circunstâncias de estado de defesa ou de sítio.

Além de derivar dos próprios contornos constitucionais do instituto, a impossibilidade de incidência da requisição administrativa sobre bens públicos afetados à prestação de serviços na área de saúde decorre também da arquitetura do federalismo brasileiro, especialmente do aspecto relacionado à divisão de competência entre os entes federados.

A Constituição da República dispõe competir à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre proteção e defesa da saúde (artigo 24, XII, CF), bem como cuidar da saúde e assistência pública (artigo 23, II, CF). Os artigos 196 e seguintes da Lei Maior também estabelecem competir ao Estado (nos seus diversos níveis federativos) o desempenho de programas e ações de saúde, direito fundamental de toda a população.

A Carta Magna prevê, assim, um condomínio legislativo e administrativo em matéria de saúde, impondo a todos os entes federativos a responsabilidade de promover ações de saúde no âmbito de suas capacidades e competências.

Especificamente quanto às ações de saúde relacionadas ao combate à pandemia do novo coronavírus, o Supremo Tribunal Federal já assentou, por diversas vezes e com eloquência, o caráter concorrente das atribuições e responsabilidades da União, Estados, Distrito Federal e Municípios relativamente à adoção das providências necessárias ao enfrentamento da emergência de saúde que grassa no país desde meados de março de 2020.

Dessa forma, constituindo dever da União, Estados, Distrito Federal e Municípios prestar serviços de saúde à população, de forma conjunta e colaborativa, especialmente no atual cenário de crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, afigura-se imprescindível manter em poder daqueles entes todos os bens e serviços de que disponham para o exercício regular e eficiente de sua missão constitucional. Daí porque incabível a formalização de requisição administrativa de bens públicos destinados à prestação dos serviços de saúde, sob pena de embaraçar o desempenho de competência constitucional dos diversos entes que compõem a Federação brasileira.

Admitir a possibilidade de requisição administrativa de bens e serviços públicos para o enfrentamento de problemas relacionados à crise sanitária que vigora no país implicaria, por outro lado, em impedir o pleno exercício das competências em matéria de saúde do ente afetado, em evidente abalo ao sistema federativo brasileiro.

Nessa linha de raciocínio, o Supremo Tribunal Federal já teve a oportunidade de se manifestar acerca da impossibilidade de requisição administrativa de bens públicos ainda no ano de 2005, quando concedeu a ordem no mandado de segurança nº 25.295/DF, impedindo a União de requisitar bens e serviços do Município do Rio de Janeiro afetados à prestação de serviços de saúde.

Particularmente no atual contexto de enfrentamento da situação de emergência causada pela COVID-19, a Suprema Corte também reconheceu a impossibilidade de que requisições formalizadas pela União alcançassem bens e insumos adquiridos por Estados a fim de serem empregados na execução de políticas públicas de saúde para fazer frente à crise sanitária.

Trata-se de posição que há de continuar sendo reverberada com energia pelo Supremo Tribunal Federal, em estrito respeito à Constituição da República e à ideia de federalismo cooperativo nela plasmado, “exigindo que entre os entes federados ocorra a prevalência de soluções consensuais e informadas pela maximização do bem-estar da sociedade, não sendo legítima uma disputa autofágica entre diferentes esferas públicas em detrimento do cidadão[2].

 

Publicado por JOTA

 

26 fev
Reconhecimento internacional! Artigo do professor Luciano será publicado no maior evento internacional de Engenharia de Software do mundo

Escola de tecnologia aplicada

E dá-lhe professor fazendo bonito internacionalmente! Luciano Aguiar teve seu artigo aprovado na maior conferência internacional de Engenharia de Software do mundo, a “43rd International Conference on Software Engineering”! A 43º Edição do evento será realizada em Madri e possui o Qualis A1, que é a maior nota dada a um congresso pelo sistema de avaliação brasileiro.

 

O prof. Luciano, do nosso curso de Engenharia de Software, está no doutorado. Por isso, submeter sua pesquisa nesses congressos é importante para receber avaliações e orientações de grandes pesquisadores internacionais.

 

O evento internacional possui várias trilhas, o artigo do prof. Luciano será publicado no Simpósio Doutoral, no qual os alunos de Doutorado submetem o seu Plano de Tese, o Plano de Tese é o Planejamento de como ocorrerá toda a pesquisa durante o doutorado.

 

“A proposal to systematize introducing DevOps into the software development process”

 

O artigo, “Uma proposta de Sistemização da Introdução do DevOps no processo de desenvolvimento de software”, aborda sobre como a indústria de desenvolvimento de software vem evoluindo com novos padrões de desenvolvimento e modelos de disponibilização de serviços.

 

Metodologias ágeis atingiram sua completude com DevOps, aumentando a qualidade do software e criando uma celeridade maior na entrega. Todavia, uma lacuna quanto à formalização de sua adoção e dúvidas de implantação tornaram-se relevantes.

 

A hipótese levantada no artigo é que a partir da sistematização da introdução do DevOps no processo de desenvolvimento de software e delimitação da função dos membros da equipe DevOps, torne o processo mais célere na sua implantação, reduzindo conflitos entre as equipes.

 

Como parte da investigação dessa hipótese, será aplicado o resultado da pesquisa em ambientes de desenvolvimento prático que será em uma Agência de Tecnologia do Estado do Governo Brasileiro e na Empresa também Brasileira Neurotech a fim de avaliar sua eficácia a partir de métricas adequadas para ambientes DevOps.

 

Veja mais em  https://conf.researchr.org/profile/icse-2021/lucianoaguiarmonteiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

19 fev
Os novos, e muito bem remunerados, cargos em Tecnologia em 2021

Escola de tecnologia aplicada

Ao longo de 2021 as empresas irão investir ainda mais em dois segmentos da área de Tecnologia: Dados e Desenvolvimento de Softwares.

A principal razão para isso é a procura das companhias por se tornarem cada vez mais “Data Driven”, ou seja, à partir de dados sobre o comportamento de seus clientes ou potenciais clientes, possam ser capazes de tomar as melhores decisões de negócio e, assim, obter uma vantagem competitiva frente aos seus competidores.

Funções que há poucos anos não existiam hoje são muito valorizadas. Por exemplo, a média mensal de um profissional Sênior da área de Dados está entre R$13.000 e R$17.000.

Como destaque, é possível citar o Engenheiro de Dados, um o profissional responsável pela organização e criação de pipelines de transformação de dados. E o Cientista de Dados o profissional que fica responsável pela análise, produção de insights e construção de Dashboards para a tomada de decisões.

Como a área de Dados ainda é uma área relativamente nova em grande parte das empresas é esperado que surjam novos cargos como, por exemplo, o Engenheiro de Machine Learning.

Este profissional possui um perfil bastante técnico de engenheiro de software mas com conhecimento especializado de Machine Learning.  É uma função que está na intersecção entre a engenharia de software e a ciência de dados e é responsável por desenvolver e aplicar modelos para o “aprendizado das máquinas” e assim automatizar diversos processos importantes. A robotização de processos e funções que se tornará cada vez mais comuns no nosso dia a dia.

Como efeito do fenômeno de “oferta X demanda” a busca por esse profissional vem aumentando e não há ainda uma grande oferta de profissionais com esta especialização. Por isso os salários tenderão a ficar bastante inflacionados.

A área de Desenvolvimento de Software vem crescendo há alguns anos e os salários vem acompanhando este movimento. A média mensal de um Desenvolvedor Sênior é entre R$12.000 e R$14.000 CLT, dependendo do nível de experiência.

Os cargos que continuarão em alta demanda são:

  • Desenvolvedor Back End Java,
  • C#
  • Python
  • Desenvolvedor Front End (Angular e React)
  • DevOps

‘’Mas há também a perspectiva de surgirem novas demandas por linguagens de programação mais voltadas a Dados (como R e Python) e também linguagens mais novas como Golang (linguagem de programação criada pelo Google). Assim, independentemente do cenário econômico geral, as novas aplicações, tecnologias e modelos de negócio continuarão a impulsionar o surgimento de novas funções altamente especializadas e muito bem remuneradas na área de Tecnologia.’’ Comenta e finaliza Tatiana Chebat, consultora Sênior de Tecnologia da Robert Walters.

Publicado por Penso Tecnologia 

16 fev
O caso que virou Wall Street do avesso

Escola de negócios e gestão

Se você acompanha o mundo das finanças, talvez tenha se deparado nas últimas duas semanas com o caso da GameStop – uma loja de jogos americana que virou personagem principal em uma espécie de guerra na bolsa de valores americana.

No meio do economiquês e dos termos super técnicos do mercado de ações, muita gente até ouviu falar desse caso, mas não entendeu totalmente o que aconteceu.

A gente explica em português claro a seguir.

 

Era uma vez uma empresa chamada GameStop

Ela era uma loja de videogames muito famosa nos anos 90. Com o avanço do mercado online, no entanto, acabou ficando pra trás. Nos últimos anos, vinha registrando prejuízo e anunciou o fechamento de várias lojas físicas.

Só que, do nada, o preço das suas ações começou a aumentar. E não foi pouco: só em janeiro, foi mais de 1500% de valorização. As ações da GameStop saltaram de cerca de 19 dólares pra quase 400 dólares.

Daí você pode estar pensando: “Ah, essa empresa deve ter feito um anúncio grande, mudou o negócio, fez o mercado ficar otimista”.

A resposta é não. Essa valorização insana da GameStop aconteceu sem que ela tenha feito nenhum movimento específico – ela foi arquitetada por um grupo de investidores dentro de um fórum online que resolveu apostar na direção contrária de alguns fundos bilionários.

O que aconteceu, exatamente?

Para entender essa história, é preciso saber que existem duas principais formas de negociar ativos na Bolsa. Elas se chamam long e short.

  • Operar em long é quando você compra uma ação apostando que ela vai subir. Ou seja, você compra por um preço e pretende vender por um preço mais alto. Outro termo pra isso é “operar comprado”.
  • Operar em short é justamente o contrário: você negocia uma ação apostando que ela vai cair. Isso também é chamado de “operar vendido”.

O primeiro caso é fácil de entender. Mas o segundo é um pouco mais complicado. Afinal, por que alguém negociaria uma ação apostando que ela vai se desvalorizar?

Basicamente, essas ações em short estão sendo alugadas. Um fundo pega ações emprestadas de outros investidores. Esse fundo vende essas ações pelo preço de hoje, já planejando comprar novamente no futuro por mais barato e devolver pro dono original. Os fundos que fazem previsões de que essas ações vão cair e que eles poderão lucrar se operarem elas em short.

E a GameStop nisso tudo? Lembra que ela vinha tendo resultados fracos já há algum tempo? Isso a tornou um dos alvos favoritos dos fundos pra operar em short. De forma simples, alguns fundos tinham ações da GameStop aos montes nessa situação de “aluguel”. Como a empresa andava mal das pernas, a expectativa é que as ações iam cair e os fundos lucrariam.

Nisso entram aqueles investidores que resolveram subverter o sistema. Eles se organizaram dentro de uma comunidade do Reddit, um dos maiores fóruns online do mundo, pra comprar em massa as ações da GameStop.

O que aconteceu foi o efeito clássico da oferta e demanda. Quando muita gente começa a comprar um produto (nesse caso, as ações da GameStop), o preço sobe. E todos aqueles fundos que apostavam na queda passaram a ver sinais de prejuízo – afinal, se as ações se valorizam, eles se tornam obrigados a comprá-las por mais caro do que haviam vendido.

A partir disso, começou uma espécie de bola de neve. Alguns fundos começaram a recomprar as ações antes que elas subissem ainda mais, o caso ganhou atenção da mídia e os papéis da GameStop dispararam. Muitos investidores que tinham alugado suas ações para os fundos pediram elas de volta, obrigando quem estava em posição vendida a recomprar os ativos muito mais caros.

Esse fenômeno todo tem um nome: short squeeze. Esse é o nome que se dá quando uma empresa com muitas ações shorteadas começa a se valorizar. Basicamente, a aposta dos fundos sai pela culatra e eles são obrigados a assumir o prejuízo.

Tem ainda mais um fator pra complicar a história. Pelas regras da bolsa americana, os fundos que estavam operando essas ações em short precisavam ter uma espécie de garantia proporcional ao valor das ações. Como o preço disparou, os fundos foram obrigados a desembolsar mais dinheiro pra essa garantia. Segundo a S3, uma empresa de análises, as perdas chegaram à marca de US$ 20 bilhões.

Quais são as consequências disso tudo?

A resposta mais simples é que ainda é cedo pra dizer. Esse caso fascinou muita gente. Tem algo de romântico na ideia de pessoas comuns que se uniram para apostar contra fundos bilionários.

Só que nem tudo são flores. O fato é que não só os fundos perderam dinheiro: as ações da GameStop caíram depois da alta e, nessa “brincadeira”, ja começaram a surgir relatos nos Estados Unidos de pequenos investidores que perderam muito dinheiro.

Ou seja: antes de achar que é a sua oportunidade de entrar numa dessas e sair milionário, pense muito bem: bolsa de valores é coisa séria e as pessoas ganham, mas também perdem muito dinheiro. Investir com cautela e ir aprendendo com o tempo é muito melhor do que fazer apostas arriscadas.

E agora? Pode ser que os fundos precisem modificar a estratégia que usam no mercado. Pode ser que tudo volte ao normal. Mas o caso da GameStop deve entrar para a história como uma das situações mais inusitadas que a bolsa já viveu.

 

Publicado por: Blog Nubank

08 fev
Tudo sobre o vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros

Escola de direito aplicado

Um vazamento gigantesco de um banco de dados nacional expôs informações confidenciais de 223 milhões de brasileiros, conforme revelou o dfndr lab da empresa de cibersegurança PSafe.

Apontado como o maior vazamento de dados da história do Brasil, o caso deixou muitas pessoas assustadas, devido à quantidade de informações que ficaram expostas, facilitando a aplicação de golpes e fraudes.

O vazamento incluiu CPFs de pessoas falecidas.

Quais dados foram vazados?

Inicialmente, foi relatado o vazamento de 223 milhões de CPFs, incluindo nome, sexo, data de nascimento e outras informações. Posteriormente, a empresa anunciou uma segunda divulgação indevida, desta vez muito mais completa.

Além dos dados citados acima, as duas exposições revelaram:

  • Endereços
  • Números de telefones
  • Dados de veículos (placa, número de chassi etc)
  • Informações sobre CNPJs (razão social, nome fantasia e data de fundação)
  • Detalhes sobre Imposto de Renda
  • Fotos de rosto
  • Benefícios do INSS
  • Informações de servidores públicos
  • Escolaridade
  • Cadastros do LinkedIn
  • Dados financeiros (score de crédito, cheques sem fundo e renda, entre outros)

De onde eles foram retirados e como?

Por enquanto, há apenas suspeitas de onde esses dados teriam sido roubados. Uma das possibilidades apontadas é a de que as informações pertenciam à Serasa Experian, mas a empresa negou que o seu sistema tenha sido invadido.

Também existe a chance de que o gigantesco banco de dados tenha sido formado reunindo informações de vazamentos anteriores, incluindo acessos indevidos aos sistemas de empresas e órgãos públicos.

Devido à falta de detalhes sobre a origem dos dados, ainda não se sabe como aconteceu a ação do(s) hacker(s).

E os responsáveis pela ação?

Segundo a companhia que identificou o vazamento, as bases foram postadas por um cibercriminoso em um fórum online. Além da lista de CPFs disponibilizada gratuitamente, ele vendia o pacote de informações mais completo.

Informações financeiras também foram expostas.

O número de CPFs vazados é maior que o de habitantes. Por quê?

De acordo com o IBGE, o Brasil tem uma população estimada em 212,6 milhões de habitantes, atualmente. Já a quantidade de dados vazados indicou a exposição dos documentos de 223 milhões de pessoas.

A explicação para essa diferença é simples: foram incluídos dados de pessoas falecidas.

Quais os riscos para a população?

Diversos tipos de golpes podem ser aplicados com os dados roubados. Cometer crimes se passando por outra pessoa, abrir conta em banco, realizar saque indevido do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e se inscrever em programas sociais usando documentos falsos são algumas das possibilidades.

Os criminosos também podem usar os dados para fazer cobranças falsas, por exemplo, se passando por bancos, financeiras, prestadoras de serviços e até mesmo o governo.

O que eu poderia ter feito para proteger minhas informações?

Com relação a este megavazamento, as pessoas atingidas não podiam fazer nada para evitá-lo, pois a responsabilidade de proteger os dados é de quem os recebe (empresas, governo, redes sociais etc).

Mas você pode diminuir os riscos tendo o cuidado de evitar informar dados pessoais a sites não confiáveis.

Em ações como esta, o internauta não tem o que fazer para se proteger.

 

Publicado por Techtudo

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