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22 dez
“A sociedade quer empresas que fazem parte da solução, não do problema”

Para Ricardo Voltolini, da consultoria Ideia Sustentável, mais do que deixar de impactar, empresas vão precisar regenerar o meio ambiente

Ricardo Voltolini (Foto: Divulgação)

Não é segredo para ninguém que o comportamento das pessoas tem influenciado cada vez mais os rumos dos negócios em todo o mundo. Com a ameaça do aquecimento global no centro das discussões, companhias dos mais diversos segmentos passaram a tratar o tema da sustentabilidade com mais atenção, assumindo compromissos e revendo posturas até outrora aceitáveis.

Nessa nova era dos negócios, o propósito deve vir antes do lucro. “Evidentemente não existe propósito sem lucro”, pondera Ricardo Voltolini, fundador da consultoria Ideia Sustentável e um dos convidados do Bayer Life, evento promovido pela empresa alemã com o objetivo discutir a transformação digital e o futuro do trabalho.

“A sociedade quer empresas que fazem parte da solução, não do problema. Mais do que deixar de impactar, as empresas vão precisar regenerar o meio ambiente. Vão precisar tornar os ecossistemas melhores do que encontraram”, explica Voltolini, um dos mais respeitados especialistas em sustentabilidade corporativa do Brasil.

De acordo com o consultor, a proteção dos recursos naturais não é mais apenas um discurso de ambientalistas radicais. Hoje, a causa conta com o apoio até de grandes investidores, como Larry Fink, Chairman e CEO do Black Rock, um dos maiores fundos de investimentos do mundo, que afirmou em uma carta recente aos seus acionistas que “no futuro, uma maior transparência nas questões de sustentabilidade será um componente importante da capacidade de cada empresa para atrair capital”.

Para Barbara Dunin, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasil do Pacto Global, a nova postura dos investidores tem sido decisiva para a reorganização dos negócios dentro das corporações, que cada vez mais vêm alinhando os seus projetos aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU. Atualmente, já são mais de 10 mil empresas signatárias no mundo – 700 só no Brasil.

“Eles perceberam que é possível equilibrar o tripé da sustentabilidade, cuidando dos aspectos sociais e ambientais, sem abrir mão da parte econômica”, diz. “Está claro que esta é uma agenda universal, importante para todas as pessoas, em todo o mundo. As ODSs são apenas uma ferramenta de planejamento para que as empresas possam traçar um caminho mais sustentável.”

Este é, sem dúvida, um caminho sem volta no mundo dos negócios. Por mais que ainda exista certa desconfiança por parte de alguns empresários mais tradicionais, grandes empresas já começam a apresentar metas ousadas para os próximos anos.

Na Bayer, que lançou recentemente sua nova visão “Saúde para todos. Fome para ninguém”, o objetivo é garantir, até 2030, o acesso à saúde para ao menos 100 milhões de pessoas em países em desenvolvimento, incluir, através da tecnologia, 100 milhões de pequenos agricultores, além de trabalhar pela redução de 30% nas emissões de gases de efeito estufa na agricultura mundial. É o capitalismo dando a sua contribuição para um mundo melhor.

 

Publicado por Época Negócios

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