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21 set
Cientistas conectam cérebro humano com internet pela primeira vez

Nas últimas décadas a neurociência evoluiu a passos largos com o auxílio de tecnologias como eletroencefalogramas, ressonância magnética e tomografias computadorizadas, mas compreender em detalhes como o cérebro humano funciona e processa informações ainda representa um grande desafio para os neurocientistas. Uma das áreas mais desafiadoras dentro da neurociência é a pesquisa em interfaces cérebro-computador, mais conhecida pela sigla BCI (em inglês, brain computer interface).

Esse ramo da neurociência busca entender como criar interfaces que permitam uma comunicação direta entre o cérebro e um equipamento externo, como um computador ou uma prótese. Tais interfaces permitem aos cientistas mapear, estudar e reparar danos no cérebro humano. Atualmente, as pesquisas em BCI sao majoritariamente dedicadas a criar tecnologias que permitam à pessoas com limitações auditivas, visuais ou de movimento, restaurarem parcialmente essas capacidades com o uso das chamadas neuropróteses. Mas o potencial das interfaces cérebro-computador não para por aí. Além de ajudar pessoas com problemas de saúde, essa tecnologia também pode futuramente transformar a forma como nos comunicamos, aprendemos e experimentamos o mundo.

Um exemplo disso é o experimento apresentado na matéria do site Futurism, chamado Brainternet. Os pesquisadores que o idealizaram dizem ter conseguido, pela primeira vez, conectar um cérebro humano à internet. O projeto consiste em coletar sinais elétricos cerebrais de um usuário através de um equipamento de eletroencefalograma, sinais que são então transformados em dados e transmitidos para uma página na internet, em tempo real.

O grande desafio hoje é criar uma comunicação de mão dupla entre o cérebro e o computador, na forma de inputs e outputs de informações. Por enquanto só é possível capturar o ‘output’ do cérebro, ou seja, “gravar” o que os neurônios estão transmitindo, sendo o projeto Brainternet um exemplo disso. Futuramente pesquisadores acreditam que será possível também realizar ‘inputs’ de informação — introduzir informação externa através da estimulação correta dos neurônios.

Grandes empresas do vale do silício também estão atentas para o potencial das interfaces cérebro-máquina, investindo milhões de dólares no desenvolvimento dessa área de pesquisa. Em abril, em sua conferência F8, o Facebook, revelou ter um time de sessenta engenheiros trabalhando no desenvolvimento de uma BCI que possibilitará ao usuário digitar apenas com seu pensamento, sem a necessidade de controles ou teclados. O plano é que, eventualmente, as pessoas possam navegar ambientes de realidade virtual e realidade aumentada apenas com sua mente.

Outro grande destaque na área é Elon Musk, que recentemente criou uma nova empresa, a Neuralink, com o objetivo de usar BCI para reparar danos e eventualmente para ampliar nossas capacidades intelectuais e cognitivas. Com a iminência do rápido desenvolvimento da inteligência artificial, uma das grandes preocupações de Musk, futuristas e pesquisadores, é que a inteligência humana se torne obsoleta. Uma solução plausível para o problema é a possibilidade de, através de interfaces cérebro-máquina, nos conectarmos a essas inteligências artificiais, permitindo aos humanos acompanhar sua rápida evolução.

Esse cenário futuro nos convida a pensar nossa relação com a tecnologia e até mesmo repensar o que significa ser humano. A interação com nossas tecnologias até então se deu através de telas, teclados, interfaces visuais ou por voz, mas um futuro onde nossas ferramentas se confundem com nós mesmos talvez não esteja tão distante.

Fonte: Medium

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