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Pesquisadores criam primeiros robôs vivos a partir de células-tronco

Criados com células-tronco de embriões de sapos, os Xenobots podem ser programados para se locomover ou trabalhar em grupo dentro de um organismo

14 de Janeiro de 2020

Os xenobots podem sobreviver em ambientes aquosos sem nutrientes adicionais por dias ou semanas

Pesquisadores da Universidade de Vermont e da Universidade Tufts, nos EUA, desenvolveram os primeiros “robôs” programáveis construídos com tecido vivo. Batizados de Xenobots, eles são construídos a partir de células-tronco embriônicas de uma espécie de sapo africano e podem trabalhar grupos, caminhar e nadar em um organismo e sobreviver semanas sem comida.

Segundo os pesquisadores, eles são “formas de vida completamente novas, nunca vistas na natureza”, com corpos projetados por um supercomputador. “Eles não são um robô tradicional nem uma espécie conhecida de animal. São uma nova classe de artefato: um organismo vivo e programável”, disse Joshua Bongard, um dos líderes da pesquisa na Universidade de Vermont, em um comunicado à imprensa.

Os robôs tradicionais “degradam-se com o tempo e podem produzir efeitos colaterais prejudiciais à saúde e ao ecossistema”, disseram os pesquisadores no estudo, publicado na segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. Como máquinas biológicas, os xenobots são mais “amigáveis” ao meio-ambiente e mais seguros para a saúde humana, segundo o estudo.

Os xenobots podem sobreviver em ambientes aquosos sem nutrientes adicionais por dias ou semanas – tornando-os adequados para a administração interna de medicamentos. Também podem se “consertar” quando danificados. Mas uma coisa que não podem fazer, por decisão dos cientistas, é se reproduzir. Eles se alimentam de lipídios e depósitos de proteína em suas células, e podem viver cerca de uma semana sem alimentos extras, ou mais tempo em um ambiente rico em nutrientes.

Os robôs poderiam potencialmente ser usados para uma série de tarefas, como limpar resíduos radioativos, coletar microplásticos nos oceanos, transportar remédios para dentro de corpos humanos ou até mesmo viajar para nossas artérias para remover placas de gordura. Além disso, também podem nos ajudar a compreender melhor os mecanismos da biologia celular.

“Se pudéssemos criar uma forma biológica em 3D sob demanda, poderíamos reparar defeitos de nascimento, reprogramar tumores em tecidos normais, regenerá-los após lesões traumáticas ou doenças degenerativas e derrotar o envelhecimento”, disseram os pesquisadores. Esta pesquisa pode ter “um enorme impacto em áreas da medicina regenerativa como construção de partes do corpo e indução da regeneração”.

Fonte: CNN

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