Deep Research (ou Pesquisa Profunda, em português) é uma tecnologia de inteligência artificial (IA) que pode ser utilizada para realizar análises detalhadas e sintetizar informações a partir de fontes variadas. A funcionalidade permite criar relatórios e está presente nos planos gratuitos de alguns chatbots. É possível usar a ferramenta em plataformas como o ChatGPT, da OpenAI, Gemini Google, Claude.ai, DeepSeek e outras IAs. Usuários conseguem utilizar o deep research para realizar consultas acadêmicas ou para tomar decisões e desenvolver estratégias profissionais no ambiente corporativo. A seguir, confira como usar a ferramenta e quais são suas limitações.
Deep Research é uma ferramenta de IA que, junto às inteligências artificiais generativas, realiza buscas em nome do usuário na Internet para fornecer respostas que vão além da base de dados do chatbot. A partir de um prompt ou comando, a tecnologia faz o trabalho de pesquisa de forma independente e gera um relatório detalhado sobre o assunto.
Baseada no processamento de linguagem natural (NLP), a ferramenta possui algoritmos sofisticados e consegue gerar uma resposta com informações confiáveis e simples de ser compreendida. A automação também é importante neste processo, já que é responsável pela análise de dados complexos em pouco tempo. Dessa forma, insights precisos são proporcionados com rapidez.
Para usar o Deep Research, basta escolher um software, definir um prompt claro e específico e, por fim, verificar as fontes utilizadas pela IA para gerar a resposta. A função está disponível em chatbots como o ChatGPT, DeepSeek, Gemini Google e Perplexity AI, inclusive nos planos gratuitos. Veja exemplos a partir do mesmo prompt (“Faça uma pesquisa sobre artigos científicos que tratem da cura do câncer, sobretudo no Brasil, entre os anos de 2020 a 2025”).
A inteligência artificial da OpenAI respondeu concisamente ao comando. O ChatGPT explica haver diversas pesquisas em andamento no Brasil e menciona duas, em 2022 e 2024. Além disso, o chatbot ressaltou que a vacina terá sua aprovação ainda nesta década. É possível consultar as fontes do texto e verificar as sugestões de sites para consulta da temática.
No DeepSeek, o usuário pode utilizar a ferramenta ao clicar em “DeepThink (R1)”. Com isso, o chatbot pensará por mais tempo para entregar uma resposta mais completa e detalhada. Para conseguir resultados com informações mais recentes, é recomendado que o usuário marque a opção “Search”. Dessa forma, o software buscará na Internet dados atuais.
Nos testes realizados pelo TechTudo, a resposta não foi tão satisfatória. A partir do comando, o DeepSeek “pensou” por 27 e depois por 30 segundos e entregou a mesma resposta. Foram tratados alguns tópicos importantes, como principais temas e avanços no Brasil, desafios no cenário brasileiro e exemplos de fontes para busca de artigos. Porém, em ambas as respostas, o recorte temporal foi de 2020 a 2023, ignorando as produções realizadas entre 2024 e o início de 2025.
Após gerar um plano de pesquisa com oito passos, o Gemini Google buscou informações em 377 sites. Em cada uma das etapas, a inteligência artificial designou um tópico específico, com foco em “tratamento e pesquisa” e “avanços terapêuticos”. Ao fim da pesquisa, a IA sugeriu a sintetização dos achados para cada tipo de câncer prevalente no Brasil entre 2020 e 2025, considerando os desafios existentes na pesquisa e tratamento oncológico no país.
O Perplexity AI tem um limite de pesquisas profundas gratuitas por dia. Além disso, a IA afirma que a ferramenta “leva até 30 minutos para pesquisar, analisar e refletir minuciosamente”. Porém, o software demorou menos de três minutos para entregar uma resposta. “Ensino e pesquisa em Oncologia”, “inovações em estratégias de tratamento” e “desafios persistentes e perspectivas futuras” foram alguns dos tópicos abordados. É possível consultar também as fontes usadas no texto, as tarefas realizadas pela IA e as perguntas frequentes em relação ao assunto.
Embora as empresas de tecnologia tenham buscado cada vez mais a precisão das respostas, tais ferramentas não são totalmente autônomas, já que necessitam de um comando — dado por humanos — para funcionar. Além disso, muitas vezes, elas são treinadas em fontes pré-selecionadas, como bancos de dados acadêmicos ou textos previamente publicados na Internet. Nesse sentido, outra preocupação diz respeito às chamadas “alucinações de IA”. Os chatbots podem cometer erros ao consultar fontes incorretas ou reproduzir preconceitos e discriminações. Por isso, é essencial checar as informações enviadas.
Publicação Techtudo
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